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DOENÇASAUTO-imunes[1]

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DOENÇAS AUTO­IMUNES (DAIs) 
n Auto­imunidade. 
n Caracterização de uma DAI: 
● Evidência de uma reação auto­imune; 
●  Julgamento  que  a  reação  auto­imune  não  é  apenas  de  caráter 
secundário; 
● Ausência de outra causa identificada para o distúrbio. 
n Especificidade das DAIs 
n Alterações patológicas nas DAIs. 
● Órgano­específicas: Tireóide, adrenais, estômago e pâncreas. 
● Órgano­inespecíficas: Pele, rins, articulações e músculos. 
n Mecanismos de autotolerância: 
● Deleção clonal: 
Perda de clones auto­reativos durante a maturação no timo; 
A deleção celular ocorre por apoptose; 
Ocorre principalmente com as células T. 
● Anergia clonal: 
Inativação funcional irreversível de linfócitos; 
Ausência de co­estimuladores gerando um sinal negativo; 
Ocorre principalmente com células B e TCD4. 
● Supressão per ifér ica por  céls T:  Funcionam em células B e T que 
escaparam do controle primário.
n Perda da autotolerância: 
● Modificação do determinante de um carreador de um Ag. 
Não reconhecimento por células T auxiliares; 
Associação de auto­antígenos com fármacos ou MOs; 
Exemplo: AR e AHAI. 
● Reações cruzadas. 
Ags humanos e MOs que compartilham antígenos; 
Exemplo: Cardiopatia reumática. 
● Ativação de linfócito policlonal. 
Produtos de MOs que estimulam a ativação de clones; 
Exemplo:  Infecção por EBV. 
● Desequilíbrio de células T supressoras. 
n Fatores genéticos relacionados a auto­imunidade 
Doença  Alelo de HLA  Risco Relativo 
AR  DR4 ou DR1  6 
DM­1  DR3 e/ou DR4  5 (20) 
Hepatite crônica  DR3  14 
Síndrome de Sjögren  DR3  10 
Doença celíaca  DR3  10 
Dermatite herpetiforme  DR3  50 
LES  DR2 e DR3  2,5 (5) 
Espondilite anquilosante  B27  90 a 100 
n Agentes infecciosos relacionados a auto­imunidade 
● Associação do Ag microbiano a auto­antígenos; 
● Produtos de MOs que são mitógenos de células B policlonais; 
● Perda da função supressora de células T; 
● Reação cruzada.
Doença  Agente 
AR  EBV,  HTLV­1,  micoplasmas, 
parvovírus e micobactérias. 
LES  HTLV­1, HIV­1 
SS  HTLV­1 
DM­1  Vírus  da  rubéola,  do  sarampo  e 
Coxsackie 
Esclerose múltipla  HTLV­1 e paramixovírus 
Febre reumática  Estreptococo 
Espondilite anquilosante  Yersinia e Klebsiella 
n Fármacos relacionados com auto­imunidade 
● Conversão de proteínas em imunógenos 
● Acúmulo anormal do fármaco nos tecidos corpóreos 
● Exemplos: Hidralazina e procainamida (LES) e metildopa (AHAI) 
n Relação entre hormônios e auto­imunidade 
● Andrógenos inibem a resposta do SI 
● Estrógenos estimulam a resposta do SI 
PRINCIPAIS DOENÇAS AUTO­IMUNES 
n Lupus Er itematoso Sistêmico 
● DAI febril,  inflamatória, multissistêmica, de manifestações múltiplas 
e comportamento variável 
●  Ocorrem  lesões  vasculares  com  depósitos  fibrinóides  na  pele,  rins, 
membrana serosas, articulações e coração 
● Envolve um número enorme de auto­anticorpos 
● Apresenta a necessidade de critérios de diagnóstico: 
1­Exantema em borboleta  7­Distúrbio renal 
2­Lupus discóide  8­Distúrbio hematopoiético 
3­Fotossensibilidade  9­Distúrbio imunológico 
4­Úlceras orais  10­Distúrbio neurológico 
5­Artrite  11­Presença de ANA 
6­Serosite 
● Dados de prevalência 
1/2500 indivíduos (1/700 em mulheres e 1/250 em negros);
10/1, relação entre mulheres e homens doentes; 
Acomete indivíduos geralmente entre 20 e 40 anos; 
Além de mais comum em negros a doença  também se manifesta 
de forma mais agressiva. 
● Lesão: No glomérulo ocorre hipersensibilidade tipo III 
Em hemáceas, plaquetas e  linfócitos ocorre  hipersensibilidade 
tipo II 
n Ar tr ite Reumatóide 
● É a mais comum das DAIs 
●  DAI  sistêmica  que  afeta  principalmente  as  articulações,  levando  a 
destruição da cartilagem 
● 3 a 5 mulheres / 1 homem (preferencialmente dos 30 aos 50 anos de 
idade) 
● Diagnóstico: Achados radiográficos característicos 
Análise do líquido sinovial 
Presença do fator reumatóide ou de anticorpos anti­CCP 
(peptídio citrulinado cíclico) 
n Diabetes Mellitus tipo 1 (insulino dependente) 
● Afeta 0,2% da população, suas manifestações se iniciam em torno de 
11 anos de idade. 
● Ocorre destruição das células β mediada por células TCD8 e produção 
de  auto­anticorpos  que  se  ligam  a membrana  e  constituintes  citoplasmáticos 
das células β. 
● A enzima envolvida no processo é a ácido glutâmico descarboxilase 
que tem homologia com o vírus Coxsackie 
n Espondilite Anquilosante 
●  Afetam  fixações  ligamentares  dos  ossos  e  acometimento  das 
articulações sacroilíacas 
● Diferente da AR, não apresenta fator reumatóide 
● Forte associação com o HLA­B27 
n Síndrome de Sjögren 
●  Caracterizada  pela  tríade:  Ceratoconjuntivite  seca  (ressecamento 
ocular),  xerostomia  (ressecamento  bucal)  e  uma  outra  DAI  associada  (AR, 
LES, poliomiosite, tireoidite, vasculite ou esclerose sistêmica). 
●  Nas  formas  mais  graves  pode  atingir  glândulas  do  nariz,  faringe, 
laringe, traquéia, brônquios e vagina.
●  Ocorre  um  disfunção  das  células  B,  levando  a  uma 
hipergamaglobulinemia. 
● 9/1, relação mulheres e homens doentes 
● Dados laboratoriais: 
Presença de FR, mesmo na ausência de AR 
50 a 80% dos pacientes apresentam FAN positivo (SSA e SSB) 
25% dos pacientes apresentam teste de células LE positivo 
n  Esclerose sistêmica (Esclerodermia) 
● Alterações  inflamatórias  e  fibróticas  em  todo o  interstício  de  vários 
órgão do corpo, porém a apresentação habitual é a forma cutânea. 
● 3/1, relação mulheres e homens doentes, preferencialmente entre 30 e 
40 anos de idade. 
● Existem duas variantes 
Difusa:  envolvimento  cutâneo  difuso,  com  rápida  evolução  e 
comprometimento visceral precoce. 
Limitada:  restrita  aos  dedos  e  a  face,  com  envolvimento  tardio 
dos órgãos, apresenta padrão centrômero no FAN (síndrome de CREST) 
n Esclerose múltipla 
● Ocorre uma desmielinização dos neurônios; 
● Atinge homens e mulheres de maneira eqüitativa, geralmente entre 20 
e 40 anos de idade. 
● 70% dos indivíduos apresentam HLA­DR2. 
● Imunógenos: Proteína mielínica básica e/ou a proteína proteolipídica. 
n Poliomiesite 
●  É  uma  miopatia  inflamatória  crônica  podendo  haver  exantema 
cutâneo. 
● Caracterizada por fraqueza e dores musculares. 
● FR e ANA podem ser encontrados. 
● MOs relacionados: Coxsackie e Toxoplasma gondii 
n Tireiodite de Hashimoto 
● É uma das principais causas de hipotireoidismo. 
● HLA­DR8 e HLA­BW35. 
●  São  produzidos  auto­anticorpos  contra  tireoglobulina  (AAT)  e  anti­ 
peroxidase (AATPO).
n Doença de Basedow­Graves (tireotoxicose) 
●  Uma  das  principais  causas  de  hipertireiodismo,  onde  os  auto­ 
anticorpos  IgG,  se  ligam aos  receptores para TSH, mimetizando sua  função, 
produzindo tiroxina em excesso. 
● HLA­B8 e HLA­DW3. 
n Myasthenia gravis 
●  São  produzidos  auto­anticorpos  contra  o  receptor  para  acetilcolina, 
bloqueando a transmissão neuromuscular. 
●  Caracterizada  por  fraqueza  muscular:  olhos,  faringe,  laringe  e 
músculos respiratórios. 
● HLA­βγ e HLA­DR3 
n Anemia Hemolítica Autoimune (AHAI) 
●  Produção  de  auto­anticorpos  anti  eritrócito  das  classes  IgG  e  IgM, 
sendo estes então fagocitados por macrófagos esplênicos e hepáticos. 
n Púrpura Trombocitopênica auto­imune 
● Produção de auto­anticorpos anti plaquetas, que  são  fagocitadas  por 
macrófagos esplênicos e hepáticos. 
● O auto­anticorpo produzido (IgG) é de difícil detecção no laboratório. 
● O auto­antígeno é uma glicoproteína IIb­IIIa (integrina), que atua na 
agregação plaquetária funcionando como receptor para fibrinogênio e fvW. 
n Síndrome de Goodpasture 
● Anticorpos anti­membrana basal dos capilares glomerulares, levando 
a uma glomerulonefrite.n Anemia Perniciosa 
●  Auto­anticorpos  anti­fator  intrínseco  impedindo  a  absorção  de 
vitamina B12 
n Infer tilidade Masculina 
● Os auto­anticorpos levam a uma aglutinação dos espermatozóides

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