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Profª Drª Carolina Cella Conter Trichuris trichiura Introdução • Cosmopolita, prevalentes em países quentes • Terceira helmintose mais comum em crianças • Estima-se 1 bilhão de pessoas infectadas, aproximadamente 350 milhões idade inferior a 15 anos Trichuris trichiura • Morfologia: Apresenta região anterior do corpo afilada e mais comprida que a posterior, que é mais robusta. Região posterior encontram- se os órgãos reprodutivos e o intestino que termina no anus. Morfologia Verme adulto • 3 – 5 cm de comprimento • Boca na extremidade anterior seguida de esôfago longo e Delgado (2/3) • Parte posterior (1/3) alargada com Sistema reprodutor • Dióicos e dimorfismo sexual FÊMEA • Mede cerca de 4 cm. • Ovário e útero únicos, que se abrem na vulva, localizada na transição da parte fina para a robusta. • Extremidade posterior reta. MACHO • Mede cerca de 3 cm. • Possui um só testículo, canal deferente, canal ejaculador e espículo, protegido por bainha. • Extremidade posterior fortemente recurvada ventralmente Morfologia • 50-55µm de comprimento por 22µm de largura. • Formato elíptico com poros salientes em ambas as extremidades. • A casca possui três camadas, uma camada lipídica externa, uma quitinosa intermediária e uma vitelínica interna. Habitat Intestino grosso – ceco e colón ascendente Alta carga parasitária – intestino grosso inteiro CICLO BIOLÓGICO • Monoxênico • No exterior, os ovos, em temperatura e umidade adequadas, a massa de células dá origem a uma larva infectante dentro do ovo. CICLO BIOLÓGICO • Infecção ocorre pela ingestão dos ovos infectados (embrionados) (a); • As larvas presentes no ovos, eclodem no intestino delgado (b); • Migram até o ceco CICLO BIOLÓGICO • Ocorre ovoposição em aproximadamente 30 a 60 dias após a infecção (d); • Estes ovos são então, eliminados pelas fezes (e). • O parasita pode viver no organismo por 3 a 4 anos. TRANSMISSÃO • Ingestão de ovos • Extremamente resistentes no meio ambiente (1ano ou +) • Disseminados pelo vento ou pela água. • Contamina alimentos, os quais são ingeridos, contaminando o hospedeiro. PATOGENIA • Em casos de parasitismo frequentemente baixo – 6 a 8 vermes por pessoa. • Sintomatologia intestinal discreta • No local, as gls esofagianas secretam uma substância lítica que digere as células, servindo de fonte de alimento para o verme, que se alimenta inclusive do sangue presente. • Alta carga parasitária - alterações tornam-se graves, favorecendo a invasão bacteriana nos pontos em que os vermes estão mergulhados, formando úlceras e abcessos. • Anemia • Perda de apetite – elevação de TNF • Prolapso retal e síndrome desintérica. • Como não existe migração sistêmica das larvas de trichiura, as lesões provocadas pelo verme estão confinadas ao intestino. PROLAPSO RETAL: É consequência de um processo inflamatório muito intenso no reto. O edema formado e o intenso sangramento na mucosa retal é provavelmente responsável por iniciar o reflexo de defecação mesmo a ausência de fezes no reto. O esforço continuado de defecação associados a possíveis alterações nas terminações nervosas locais, gera um aumento do peristaltismo, causando o prolapso retal. CLÍNICA • Frequentemente assintomática. • Infecções maciças, podem causar problemas gastrointestinais, principalmente em crianças. • Dor abdominal, diarréia, prolapso retal e retardo no crescimento DIAGNÓSTICO • CLÍNICO: • Não há possibilidade de ser feito conclusivamente devido a semelhança com outras parasitoses. • Exceto em casos de prolapso retal. • LABORATORIAL: • Encontro de ovos típicos pela realização de exames parasitológicos de fezes. EPIDEMIOLOGIA – 17% da população mundial. – 35 a 39% infectadas no Brasil. – Sendo que há uma alta prevalência nos estados do norte, nordeste e região litorânea: Pará (68,1%), Alagoas (72%). – Goiás (2,5%), Mato grosso (8,9%) Minas gerais (13,8%). PROFILAXIA • A mesma recomendada em Ascaris. TRATAMENTO • Mebendazol droga de escolha, com albendazol como alternativa. • https://www.youtube.com/watch?v=IPQhbKFKk9A
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