Buscar

2 EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO CME RESPONDIDO PARA DIA 13 2017

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Curso: Enfermagem 7º semestre – 2017/1
Disciplina: Cuidado de Enfermagem Cirúrgica
Professora: Msc Regina A. Pereira
Entregar dia: 13/03/17
 
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO – CENTRAL DE MATERIAIS E ESTERILIZAÇÃO
Estudo de caso:
Um cirurgião, momentos antes do início de uma cirurgia, entrega para a circulante da sala de operação (SO) um material de sua propriedade para utilizar naquele procedimento cirúrgico. Segundo a informação do médico, o material foi preparado e autoclavado no dia anterior por um centro de materiais e esterilização (CME) de outro hospital, considerado renomado por boas práticas. O material estava embalado em papel grau cirúrgico e trazido dentro da maleta do médico, sem proteção adicional. O circulante da SO fica inseguro com a situação e chama o enfermeiro responsável pelo centro cirúrgico (CC) para resolver a situação. 
Tendo em vista a segurança do paciente, pergunta-se: Qual a conduta que o enfermeiro deve tomar nesta situação?
R= O enfermeiro do CC comunica o médico que o referido material, deve ser inspecionado quanto a sua integridade/condições da embalagem, e de uso conforme normas e rotina institucional deve oferecer ao cirurgião o material disponível no CC, caso não o tenha, deve ser comunicado o médico que o procedimento será iniciado assim, que o material esteja pronto para o uso.
Em seguida o enfermeiro providência o processamento do referido material, a partir da limpeza, inspeção e autoclavação em ciclo flash (somente em casos de uso imediato/emergência) para disponibilizá-lo a tempo hábil para cirurgia, uma vez que este material não foi esterilizado na instituição, deve passar por processo de esterilização antes do uso, com o objetivo de manter a Segurança do Paciente. 
 2 – Defina Central de Materiais e esterilização (CME), e conceitue os processos de: Limpeza, descontaminação, desinfecção de nível baixo – intermediário e de alto nível, pasteurização, esterilização, processamento, reprocessamento e despirogenização.
R= CME: é um centro de materiais e de esterilização. Definido pelo ministério da Saúde (MS) como uma unidade de apoio técnico, cuja finalidade é fornecer produtos e materiais adequadamente processados, proporcionando condições para o atendimento direto e a assistência à Saúde de indivíduos enfermos e/ou sadios. Atualmente, os CME’s são montados com os mais modernos e sofisticados equipamentos, que permitem realizar adequadamente os diversos processos que são de responsabilidade do setor. 
O CME é uma unidade destinada à recepção, limpeza, desinfecção, preparo do material, embalagem, rotulagem, esterilização, armazenamento, distribuição de artigos médico-cirúrgicos, equipamentos, e controle de qualidade de materiais. Deve ser considerado o cartão de visitas de uma instituição, pois responde pelo preparo, distribuição e controle de artigos hospitalares, que tem por finalidade garantir a ausência de microrganismos e assegurar a qualidade do processamento de materiais, necessários a todas as unidades hospitalares consumidoras, além das responsabilidades referentes à segurança dos profissionais que ali atuam e dos clientes consumidores dos seus serviços.
A RDC n. 307 do MS determina que o CME, é o setor responsável pelo desenvolvimento das seguintes atividades:
- Receber, desinfetar e separar os artigos que requer reprocessamento;
- Lavar os artigos de maneira cuidadosa e sistemática;
- Receber as roupas provenientes da lavanderia e selecioná-las;
- Empacotar os artigos a serem reprocessados e as roupas para esterilização;
- Esterilizar os artigos e as roupas por meio de métodos adequados;
- Realizar controle microbiológico e, de validade dos artigos esterilizados;
- Armazenar e distribuir os artigos e as roupas esterilizadas para outras unidades com garantias de segurança;
- zelar pela proteção e pela segurança dos pacientes e dos funcionários.
Atividades técnico-administrativas também fazem parte do cotidiano de um CME, tais atividades incluem: planejamento, organização, coordenação, orientação e supervisão de todas as atividades realizadas no setor, além de realização de escalas, treinamentos e educação continuada. 
Em 15 de março de 2012, foi aprovada a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) n.15 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que define o CME como uma “unidade funcional destinada ao processamento de produtos para saúde dos serviços de saúde”. A referida RDC classifica o CME em duas categorias: 
# CME de classe I: é aquele que realiza o processamento de produtos para a saúde não críticos, semicrítico e críticos de conformação não complexa, passíveis de processamento; 
# CME de classe II: é aquele que realiza o processamento de produtos para a saúde não críticos, semicríticos e críticos de conformação complexa e não complexa, passíveis de processamento. A responsabilidade pelo processamento dos produtos no serviço de saúde é do Responsável Técnico. (Nível superior com atuação exclusiva no CME classe II durante sua jornada). 
Conforme, RDC 15/2012, Parágrafo único - O responsável pelo CME Classe II deve atuar exclusivamente nesta unidade durante sua jornada de trabalho. 
Art. 25 - No CME Classe II e na empresa processadora o processo de esterilização deve estar documentado de forma a garantir a rastreabilidade de cada lote processado. Rastreabilidade: capacidade de traçar o histórico, a aplicação ou a localização de um item por meio de informações previamente registradas. A rastreabilidade é importante para: Investigação de surto, e de produtos com falhas.
- Quanto à localização, o CME pode estar situado dentro ou fora da instituição hospitalar. Pode estar contíguo, ou não ao CC, porém mesmo estando dentro do CC, deve ser uma unidade autônoma e independente, que conte com chefia e funcionários alocados especificamente para o centro de materiais. Pode também estar localizado em área próxima às unidades fornecedoras, como lavanderia/rouparia, farmácia e almoxarifado, ou próxima às unidades consumidoras, CC, CO e UTI.
Conforme RDC n. 15 - Seção IV – Da Infraestutura
* Art. 46 - O CME Classe I deve ter no mínimo: 
I - área de recepção e limpeza (setor sujo);
II – área de preparo e esterilização (setor limpo);
III – sala de desinfecção química, quando aplicável (setor limpo);
IV – área de monitoramento do processo de esterilização (setor limpo).
O CME de Classe II a empresa processadora devem possuir, minimamente, os seguintes ambientes:
I – sala de recepção e limpeza (setor sujo);
II – sala de preparo e esterilização (setor limpo);
III – sala de desinfecção química, quando aplicável (setor limpo);
IV – área de monitoramento do processo de esterilização (setor limpo);
V – sala de armazenamento e distribuição de materiais esterilizados (setor limpo).
A planta física deve ser organizada de modo que possibilite o fluxo contínuo e linear de materiais da área contaminada para a área limpa, exatamente na ordem das áreas supracitadas, a fim de evitar o cruzamento dos artigos sujos com os já limpos e esterilizados e para não permitir que os funcionários da área suja (expurgo) transitem pelas áreas limpas e vice-versa. (é obrigatória barreira técnica entre o setor sujo e os setores limpos). 
* Art. 50 No CME Classe II, que recebe para processamento instrumental cirúrgico e produtos consignados, deve existir uma área exclusiva, dimensionada de acordo com o volume de trabalho desenvolvido, para recepção, conferência e devolução destes. 
Conforme o MS, 2001, o fluxo de materiais no CME das unidades funcionais deve ser distribuído da seguinte forma:
- Área contaminada (procedimentos prévios/recebimento do material contaminado)
Descontaminação prévia (química ou física)
Limpeza
Área limpa (procedimentos finais)
Preparo 
Desinfecção (física ou química) ou Esterilização (processo físico ou físico-química)
 
Armazenamento
* Art. 62 Deve ser realizada a conferência e o registro de entrada de todos os produtos medico-cirúrgico-hospitalar.*Limpeza: Consiste na remoção de sujidades orgânicas e inorgânicas da superfície de materiais e superfícies inanimadas, além de reentrâncias, articulações e lumens, visando reduzir os microrganismos e remover resíduos, sejam derivados de: químicos, proteínas, sangue ou por endotoxinas. 
Segundo a nova Legislação da Anvisa (RDC n. 15, de 15/03/2012), limpeza é a remoção de sujidades orgânicas e inorgânicas, redução da carga microbiana presente nos produtos para saúde, utilizando água, detergentes, produtos e acessórios de limpeza, por meio de ação mecânica (manual ou automatizada), atuando em superfícies internas (lúmen) e externas, de forma a tornar o produto seguro para o manuseio e preparado para desinfecção ou esterilização. 
No processo de limpeza, podem ser utilizados meios mecânicos (fricção), físicos (temperatura) e/ou químicos (detergentes, desincrostantes, ou enzimáticos). A efetividade da limpeza provém de vários fatores interdependentes: a complexidade do artigo, a qualidade da água, o tipo e a qualidade dos agentes e acessórios de limpeza, o manuseio e a preparação dos materiais para limpeza, o método adotado para a limpeza, o método adotado para a limpeza, o enxágue e a secagem do material.
Nota: Para evitar riscos de infecção em sítios cirúrgicos, recomenda-se que para uma boa limpeza, é fundamental a realização de ação mecânica direta, por meio de fricção de escovas, esponjas, máquinas ultrassônicas e finalizar com jatos de água sob pressão pois, apenas detergentes e fluxos de água sem pressão são ineficazes para a remoção de sujidades. Podem ser utilizados detergentes enzimáticos, alcalinos e neutros, desde que tenham a certificação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os detergentes enzimáticos possuem enzimas que facilitam a dissolução de matéria orgânica. São substâncias catalizadoras, produzidas por células vivas, que tem poder de acelerar reações químicas. São classificadas conforme o tipo de substrato que irão afetar, sendo:
- enzima lipolítica (também chamada de lipase) – capaz de catalisar a hidrólise de ligações ésteres de ácidos graxos;
- enzima glicolítica (também chamada de amilase) – capaz de catalisar a hidrólise de ligações glicosídicas;
- enzima proteolítica (também chamada de protease) – capaz de catalisar a hidrólise de ligações peptídicas.
Para a efetividade de ação na limpeza, a temperatura da água deve atingir níveis entre, 60 – 70ºC.
Recepção do material para o processo de limpeza:
A limpeza deve iniciar durante o próprio uso do material, na devolução dos instrumentos à mesa cirúrgica, é necessário limpá-los com compressa umedecida em água destilada estéril, reforçando fricção nas articulações e frestas.
As equipes cirúrgicas devem ser conscientizadas sobre as boas práticas de cuidados com os materiais. Assim que o material é recebido no CME deve passar por uma pré-limpeza, com jatos de água para remoção da sujidade grosseira e mantê-los imersos em água até o momento da limpeza.
*Usar na sala de recepção e limpeza, o protetor facial, este pode substituir o uso de máscara e óculos. 
Condutas de boas práticas para limpeza eficaz:
Nunca se deve utilizar solução fisiológica para limpeza de materiais cirúrgicos, pois o sódio favorece a corrosão dos instrumentos;
A limpeza rigorosa e minuciosa do artigo antes do processo de desinfecção e esterilização é fundamental para garantir controle sobre essa variável;
A limpeza dos materiais deve ser priorizada, já que interfere diretamente na eficácia do processo; 
Deve-se irrigar materiais canulados e cateteres com água destilada estéril, com uso de seringa de 20ml, para evitar ressecamento da matéria orgânica no lumen dos materiais cirúrgicos disposto na mesa de instrumentação cirúrgica. A limpeza de produtos de saúde com conformações complexas (lumens de difícil limpeza manual, espaços internos inacessíveis para a fricção direta, reentrâncias e válvulas) inicia-se com a limpeza manual. Alerta: Uma grande preocupação é a formação de biofilme nos produtos para saúde. O biofilme consiste num conjunto de células microbianas, associadas a uma superfície e envolvidas em uma matriz extracelular de substâncias poliméricas, tendo como principal componente água, além de outras macromoléculas como proteínas, carboidratos, fragmentos de DNA, produtos derivados da lise de bactérias, cristais, minerais e sedimentos. 
O biofilme é constituído por uma comunidade estruturada de células aderentes a uma superfície inerte (abiótica) ou viva (biótica), embebidas numa matriz de exopolissacarídeo. A associação dos organismos em biofilmes constitui uma forma de proteção ao seu desenvolvimento, fomentando relações simbióticas e permitindo a sobrevivência em ambientes hostis. Desenvolvem-se, em tubulações de teflon e outros plásticos, e reservatórios de metal e vidro, além de cateteres vasculares e urinários, tubos endotraqueais, próteses diversas entre outros. 
 Os microrganismos mais relevantes na produção de biofilmes são: Enterecoccus faecalis, Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis, Streptococcus viridans, Escherichia Coli, Klebsiella pneumoniae, Proteus Mirabilis, Pseudomonas aeruginosa e diversos fungos. Esses microrganismos podem ser provenientes da pele do paciente, das mãos dos profissionais de saúde, da água e de fontes ambientais.
O excesso de biofilme no lúmen dos cateteres/materiais cirúrgicos dificulta a sua remoção, tornando o processo de limpeza mais complexo. Para prevenir o desenvolvimento de biofilme é fundamental iniciar a limpeza do material o mais precocemente possível. Se não for possível realizar a limpeza imediatamente após o uso, deve-se fazer a pré-limpeza e manter o material em meio úmido, até a lavagem normal, para evirar ressecamento da matéria orgânica.
As pistolas de água sob pressão são úteis para limpeza de produtos com lúmen, materiais delicados como os endoscópios, a pressão deve ser controlada para evitar controlada para evitar danos ao revestimento interno do lúmen.
A limpeza automatizada possibilita reprodutividade do processo, controle dos parâmetros, maior produtividade e minimiza os riscos ocupacionais. As lavadoras utilizadas em CME’s são termodesinfetadoras (ação – força de spray e de jatos de água) e as ultrassônicas (ação - processo de cavitação). 
Por fim, A limpeza é o principal fator que reduz a carga microbiana dos materiais, podendo reduzir o risco de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS), realizada após a descontaminação ou simplesmente após o uso do material. 
Descontaminação: é definida por Rowe, 1998 citado, por Graziano, 2011, como um termo que significa “seguro para o manuseio”, uma nomenclatura considerada em desuso no processamento de materiais em unidades de saúde. Porém, Carvalho, 2015, cita dois conceitos, contaminação e descontaminação, definidos como: o processo que torna algo “seguro para o manuseio” e deve proceder ao processo de limpeza, por:
# processo físico: imersão do artigo em água fervendo (T=100ºC) por 30 minutos;
# processo químico: imersão do artigo em produto químico apropriado por 30 minutos;
# processo físico-químico: lavadora esterilizadora com uso de detergente.
Descontaminação Prévia: procedimento usado nos artigos contaminados por bactéria orgânica (sangue e exsudato), para destruição de microrganismos na forma vegetativa ou não esporulada, de modo que o objeto se torne livre de contaminação.
Desinfecção: Consiste no processo que elimina ou destrói microrganismos, patogênicos ou não, na forma vegetativa, executando-se os esporos bacterianos, em objetos inanimados. Seu objetivo é garantir o manuseio e a utilização segura do produto para a saúde de um paciente a outro, diminuindo os riscos de contaminação. É realizada posteriormente ao processo de limpeza e processa os artigos semicríticos e os artigos não críticos (quando necessário), que devem ter sido previamente limpos e secos. É indicada para os produtos semicríticos que entram em contato com membranas mucosas colonizadas ou com pele nãoíntegra.
Os fatores que afetam a desinfecção são: 
- limpeza prévia do produto, presença de carga orgânica e/ou inorgânica, tipo e nível de contaminação microbiana, concentração e tempo de exposição ao germicida, configuração do produto, pH e dureza da água.
Segundo a RDC n. 15/2012, da Anvisa, a desinfecção é classificada conforme seu espectro de ação, em três níveis:
1- Desinfecção de baixo nível: elimina a maioria das bactérias vegetativas, vírus lipídicos, alguns vírus não lipídicos, e alguns fungos; não elimina micobactérias, esporos, bacilo da tuberculose e a maioria dos vírus e fungos. - O agente que realiza esse tipo de desinfecção é o quartenário de amônia;
2-Desinfecção de nível intermediário: é o processo físico ou químico que destrói microrganismos patogênicos na forma vegetativa, micobactérias, a maioria dos vírus e dos fungos poucos resistentes em objetos inanimados e superfícies, mas não destrói bactérias esporuladas. Utilizada na limpeza da Sala Operatória (SO), envolvendo piso, mobiliário e equipamento. Os agentes mais utilizados são: cloro, iodo, fenol e álcool. 
3- Desinfecção de Alto Nível: é o processo físico ou químico que destrói a maioria dos microrganismos, inclusive micobactérias, enterovírus, bactérias vegetativas, fungos e vírus pouco resistente, não destrói bactérias esporuladas. Indicada para artigos semicríticos, como material de inaloterapia, terapia respiratória, anestesia e endoscópios. O agente mais utilizado é o ácido peracético. 
Parágrafo único. - produtos para saúde semicríticos utilizados na assistência ventilatória, anestesia e inaloterapia devem ser submetidos à limpeza e, no mínimo, à desinfecção de nível intermediário, com produtos saneantes em conformidade com a normatização sanitária, ou por processo físico de termodesinfecção, antes da utilização em outro paciente. 
 Art. 13 - Produtos para saúde utilizados na assistência ventilatória e inaloterapia, não poderão ser submetidos à desinfecção por métodos de imersão química líquida com a utilização de saneantes a base de aldeídos.
Art. 55 - A sala de desinfecção química deve conter bancada com uma cuba para limpeza e uma cuba para enxágue com profundidade e dimensionamento que permitam a imersão completa do produto ou equipamento, mantendo distanciamento mínimo entre as cubas de forma a não permitir a transferência acidental de líquidos. 
Art. 86 - O CME que realize desinfecção química deve dispor de uma sala exclusiva. Caso o serviço realize desinfecção ou esterilização química líquida automatizada, deve também dispor de área e condições técnicas necessárias para instalação do equipamento.
Artigos semi-críticos: − Aqueles que entram em contato com mucosas íntegras ou pele não íntegra. - Requerem desinfecção de médio, alto nível ou de esterilização. 
Artigos não críticos: − Aqueles que entram em contato com pele íntegra. - Requerem limpeza e/ou desinfecção de baixo ou médio nível. Ex: termômetro clínico; incubadoras; artigos de higiene, entre outros.
Obs.: Centralização do processo – custo, eficiência, operacionalização e qualidade ƒ Considerar todo artigo como contaminado ƒ Manusear com equipamentos de proteção individual (EPI). 
Meio químico (passos) − Imergir o artigo em solução desinfetante (fricção se não puder emergir); − Usar EPI e preencher o interior dos tubos e reentrâncias; 
− Observar tempo de exposição, de acordo com o fabricante, observar a validade do produto;
− Manter os recipientes tampados; 
− Enxaguar com água potável (múltiplos enxágues), secar e acondicionar. 
Pasteurização: Consiste no processo mecânico de desinfecção que provoca destruição de microrganismos vegetativos patogênicos ou não, mas não destrói esporos bacterianos. Utiliza parâmetros físicos e químicos para desinfecção de alto nível. É usado para reprocessamento de artigos de assistência à saúde. Seu mecanismo de ação atua no processo de morte microbiana, ocorre pela destruição por meio de coagulação das proteínas celulares das bactérias, inativando-as. 
Esterilização: Processo pelo qual os microrganismos são mortos a tal ponto que não seja mais possível detectá-los no meio de cultura-padrão no qual previamente haviam proliferado. Realizado nos artigos críticos e precedido pelo processo de limpeza rigorosa, garantindo a diminuição da carga microbiana inicial, com empacotamento adequado a cada processo de reprocessamento, e a devida qualificação do serviço, através de equipamentos de esterilização qualificados, e com preventiva validada e regularizada para eficácia da esterilização.
O objetivo da esterilização é evitar a contaminação dos usuários submetidos a tratamentos que requerem o uso desses artigos.
O artigo é considerado estéril quando a probabilidade de sobrevivência dos microrganismos é menor do que 10-6, ou seja, para cada um (1) Milhão de microrganismos existe a probabilidade de que haja um vivo, que não cause infecção, por não ter colonização e nem virulência suficiente para tal. Obs.: O conceito de que esterilização é a destruição de todo e qualquer tipo de microrganismo, incluindo forma esporulada, não é mais aceito, uma vez que não é possível garantir a “isenção” total de microrganismos.
Conforme RDC n. 15/2012. Art. 21 - A limpeza o preparo, desinfecção ou esterilização, armazenamento e distribuição de produtos para saúde devem ser realizados pelo CME do serviço de saúde, e suas unidades satélites ou por empresa processadora.
Nota: O funcionário deve usar luvas de proteção térmica impermeável (luvas de amianto cano longo que suporte no mínimo até temp. 200ºC), na descarga de secadoras, das termodesinfetadoras e de autoclaves.
Processamento de artigos - Classificação
 Artigos críticos: − Aqueles que penetram nos tecidos subepiteliais, no sistema vascular e em outros órgãos isentos de flora microbiana própria. - Todos requerem esterilização. Ex.: roupas; instrumentos cirúrgicos; soluções injetáveis. 
Artigos semi-críticos e não críticos podem passar por processos de esterilização e/ou desinfecção de nível intermediário e de alto nível. Artigo crítico requer processo de esterilização.
Despirogenização: Processo de calor seco, sendo possível agregar o processo de eliminação das endotoxinas em estufas específicas. A esterilização não garante a inativação completa de toxinas ou enzimas celular. Ocorre o processo de enchimento asséptico de frascos, o qual requer temperaturas muito altas devido ao menor tempo de exposição ao calor. Alguns materiais e líquidos, além de estarem estéreis, necessitam estar livres de pirogênios, sendo os principais as endotoxinas bacterianas. Essas endotoxinas podem sobreviver aos processos de esterilização porque requerem calor seco acima de 132ºC por uma (1) hora para serem inativadas. Sendo assim, os processos de despirogenização são tratamentos específicos visando à inativação desses elementos.
Descreva o processo de esporulação e de germinação.
R= Esporulação: É o processo que não envolve multiplicação, pois cada célula vegetativa dá origem a um único esporo e na sua subsequência germinação, cada esporo produz somente uma célula vegetativa. Ou seja: é o processo pelo qual alguns gêneros de bactéria como bacillus e clostrídium, formam esporos, ocorre quando essas bactérias estão frente a situações críticas para sua sobrevivência, sendo as condições ambientais adversas para o crescimento de formas bacterianas. Isso ocorre quando há falta de nutrientes, como carbono de nitrogênio. Nesse estágio dormente, as bactérias têm ausência de atividades biossintética e sua atividade respiratória é reduzida. Uma característica geral dos esporos é o decréscimo na quantidade total de água da célula, comparada com a forma vegetativa. A capacidade aumentada de resistência às adversidades do ambiente entre o esporo e sua célula vegetativa de espécies do gênero Bacillus sp. São normalmente destruídos quando submetidas a tempo de aquecimento menor que um minuto a 60ºC, enquanto o mesmo organismo, no estado esporulado, pode sobreviver diversos minutos a 120ºC.As formas esporuladas são constituídas, em grande parte, por dois elementos: ácido dipicolínico e cálcio, que são sintetizados durante o processo de esporulação (diferentemente da forma vegetativa que possui como principal mineral, o potássio).
- A associação de cálcio e ácido e ácido dipicolínico e outros minerais tem sido considerado como o fator responsável pela característica de termorresistência dos esporos. A termorresistência pode variar entre as diversas espécies de um mesmo gênero que produzem esporos e possuem características de resistência ao calor ou a agentes químicos diferenciados, o que explica a razão pela qual os microrganismos diferentes são utilizados como indicadores biológicos para distintos processos de esterilização.
Germinação: É a conversão irreversível de esporos bacterianos dormentes para a forma celular metabolicamente ativa. Desta forma o esporo sofre a perda de algumas características peculiares, principalmente a resistência a adversos, como agentes químicos ou físicos.
Qual é o papel do enfermeiro da CME? Na sua concepção, pontue três estratégias de gerenciamento para uma CME funcionar perfeitamente.
R= O enfermeiro do CME é, frequentemente, questionado por exercer atividades em um setor que não realiza cuidados diretamente ao paciente. Porém o cuidado indireto representa, em sua essência, uma parte do processo de cuidar, o qual requer o exercício diário de reflexão teórico-prático, pois é através deste cuidado indireto, que ações são desenvolvidas para garantir condições, qualidade e segurança ao paciente. 
O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) define as atribuições para profissionais de enfermagem que atuam no CME:
Estratégias de gerenciamento do Enfermeiro Coordenador: é de sua responsabilidade:
- Planejar, coordenar, executar, supervisionar e avaliar todas as etapas relacionadas ao processamento de produtos para saúde, recepção, limpeza, secagem, avaliação da integridade e da funcionalidade, preparo, desinfecção ou esterilização, armazenamento e distribuição para as unidades consumidoras;
- Participar da elaboração de Protocolo Operacional Padrão (POP) para as etapas do processamento de produtos para saúde, com base em referencial científico atualizado e normatização pertinente. (Os POP’s devem ser amplamente divulgados e estar disponível para consulta);
- Participar da elaboração de sistema de registro (manual ou informatizado) da execução, do monitoramento e do controle das etapas de limpeza e desinfecção ou esterilização, como também cuidar da manutenção e do monitoramento dos equipamentos em uso;
- Propor e utilizar indicadores de controle de qualidade do processamento de produtos para a saúde;
- Avaliar a qualidade dos produtos fornecidos por empresa processadora terceirizada;
- Acompanhar e documentar, sistematicamente, as visitas técnicas de qualificação de operação e desempenho de equipamentos do CME ou da empresa processadora de produtos para saúde;
- Participar das ações de prevenção e controle de eventos adversos no serviço de saúde, incluindo o controle de infecção;
- Garantir a utilização de equipamentos de Proteção Individual (EPI), de acordo com o ambiente de trabalho do CME;
- Participar do dimensionamento e da definição da qualificação necessária aos profissionais que atuam no CME;
- Promover capacitação, educação permanente e avaliação de desempenho dos profissionais do setor;
- Orientar e supervisionar as unidades usuárias dos produtos para saúde com relação ao transporte e ao armazenamento desses produtos;
- Elaborar termo de referência ou emitir parecer técnico relativo à aquisição de produtos para saúde equipamentos e insumos a serem utilizados no CME;
- Atualizar-se continuamente, sobre as inovações tecnológicas relacionadas ao processamento de produtos para saúde.
Cabe ao Enfermeiro responsável pelo CME do serviço de saúde, as atribuições definidas pela Legislação específica da profissão, conforme RDC n.15/2012:
- Coordenar todas as atividades relacionadas ao processamento de produtos para saúde;
- Avaliar as etapas dos processos de trabalho para fins de qualificação da empresa processadora, quando existir terceirização do processamento;
- Definir prazo para recebimento para o CME dos produtos para saúde que necessitam de processamento antes da sua utilização;
- Participar do processo de capacitação, educação continuada e avaliação do desempenho dos profissionais que atuam no CME;
- Propor os indicadores de controle de qualidade do processamento dos produtos sob sua responsabilidade;
- Contribuir com as ações de programas de prevenção e controle de eventos adversos em serviços de saúde, incluindo o controle de infecção;
- Participar do dimensionamento de pessoal e da definição da qualificação dos profissionais para atuarem no CME;
- Orientar as unidades usuárias dos produtos para saúde processados pelo CME sobre o transporte e o armazenamento destes produtos;
- Avaliar a empresa terceirizada segundo os critérios estabelecidos pelo Comitê de Processamento de Produtos de Saúde. e ainda:
- Realizar prevenção e controle sistemático de danos que possam ser causados à clientela durante a assistência de enfermagem, fazer escalas;
- Participar ativamente do processo de reforma;
- Participar do processo de seleção de pessoal, fazer inventário dos materiais e equipamentos, manter-se atualizado com as tendências técnicas e científicas relacionada ao controle de infecção relacionada à assistência à saúde (IRAS);
- Participar de Comissões Institucionais que interfiram na dinâmica do trabalho do CME, entre outros.
5 - Para reutilização de artigos médicos de uso único os processos de reesterilização recomendados são: óxido de etileno (ETO) e peróxido de hidrogênio (GPPH). Descreva três (03) vantagens e três (03) desvantagens de cada método.
 R= O óxido de etileno:
Vantagens: 
 1- Capacidade de substituir os processos físicos de esterilização, como calor seco e calor úmido;
Excelente capacidade de penetração, por causa das pequenas moléculas de óxido de etileno; 
Incapacidade de danificar o artigo exposto, uma vez que o processo utiliza baixa temperatura – menor que 60ºC – e baixa pressão 0,5 kgf/cm2. 
Desvantagens: 
 1- Processo de custo muito elevado, para instalação e segurança, toxicidade;
Efeito carcinogênico, mutação e teratogênica;
Tempo longo despendido para a esterilização e para a aeração, exigindo maior quantidade de material disponível para o uso em estoque.
O peróxido de hidrogênio
Vantagens:
 1- Rapidez no ciclo de esterilização e facilidade de instalação do equipamento;
 2 - Ciclo desenvolvido em ambiente seco (não há água no processo);
 3 – Compatibilidade com produtos de saúde que devem ser esterilizados em baixa temperatura.
Desvantagens:
Ressecam os materiais, necessitando de invólucros especiais para o agente esterilizante, não aceita celulose como embalagem; 
Investimento inicial elevado e custo de manutenção do equipamento;
Não pode ser utilizado em materiais maiores que 40 cm.
Os artigos destinados ao contato com a pele íntegra do paciente são chamados de artigos não críticos. Em relação à desinfecção. Assinale a alternativa correta:
( ) Autoclavagem
( ) Imersão e ácido peracético 2%
( ) Esterilização por óxido de etileno
( ) Requer uma desinfecção de alto nível
( X ) Requer limpeza ou desinfeção de baixo nível
Quais são os indicadores químico (IQ) e biológico (IB) utilizados no controle e no monitoramento dos processos de esterilização?
R= A sobrevivência de microrganismos nos processos de esterilização pode decorrer de falhas humanas e/falhas mecânicas. No monitoramento do processo de esterilização com indicadores físicos deve ser registrado e checado a cada ciclo de esterilização. Todo CME deve implantar um programa de controle do processo de esterilização por meio de monitoramento dos parâmetros críticos do ciclo, através do controle da concentração do agente esterilizante, dependendo do método de esterilização;monitoramento dos parâmetros físicos do tempo de esterilização, da temperatura e da pressão, registrados por meio de uma impressora acoplada ao esterilizador; monitoramento químico, por meio de:
# indicadores químicos (IQ) – (classes 1 a 6): monitoramento biológico com indicadores biológicos (IB). 
Para controlar ciclos de esterilização com IB são preparados processos padronizados de esporos bacterianos, comprovadamente resistentes ao método, contendo em torno de 106 UFC (unidades formadoras de colônias). Os esporos são utilizados como IB na avaliação do sucesso da esterilização, por serem altamente resistentes às condições ambientais adversas. No monitoramento do processo de esterilização dos produtos implantáveis, deve ser adicionado um indicador biológico - IB a cada carga. A carga só deve ser liberada para utilização após leitura negativa do IB. Na indicação de uso do IB deve constar: o número de esporos por carreador, o lote, data de validade, condições de armazenagem, valores característicos dos esporos bacterianos e as condições da resistência térmica, indicações de uso, incluindo o meio de subcultura e as condições de incubação.
Existem três gerações de IB que são:
*Indicadores de primeira geração: tiras ou discos de papel impregnado com esporos contido em um envelope de embalagem compatível com o método de esterilização. Os IB expostos a um ciclo de esterilização devem ser encaminhados a um laboratório de microbiologia para evidenciar se existe algum esporo viável. A leitura definitiva acorre após sete (7) dias ou 168 horas;
* Indicadores de segunda geração: são indicadores, autocontidos, com suporte impregnado com esporos é acondicionado no fundo de um frasco separado do meio de cultura contido em uma ampola de vidro. O indicador é incubado no próprio CME por 48 horas às temperaturas de 37ºC ou 56ºC, conforme microrganismo teste. A leitura é feita por mudança de cor decorrente da mudança de pH no meio de cultura.
* Indicadores de terceira geração: IB autocontido, porém diferente do indicado de segunda geração. Após a esterilização, o IB deve ser colocado em incubadora específica para essa geração de indicador, por um período de 1 a 3 horas, a temperatura de 37 a 56ºC, conforme microrganismo-teste. Em seguida, a leitura dos resultados é realizada por meio da incidência da luz ultravioleta. A ausência da fluorescência indica que as condições de esterilização foram atingidas e os esporos eliminados. A tecnologia de leitura por fluorescência é diferenciada, recebe a classificação Terceira Geração e revolucionou o mercado de produtos para controle dos processos de esterilização já que consegue em apenas uma ou três horas (Esterilização a vapor), dar o retorno esperado pelo profissional que coordena a CME, favorecendo a entrega rápida do material que foi destinado à esterilização de forma segura e confiável. A grande diferença entre os sistemas de leitura convencional (48h) e os de leitura rápida (3 horas), está na detecção de microrganismos viáveis, latentes, que no caso do indicador convencional ocorre por mudança de cor visual. Essa alteração da cor ocorre porque forma-se um subproduto ácido resultante das reações que acontecem quando o esporo bacteriano transforma-se em bactéria vegetativa. 
A detecção deste subproduto ácido leva de 8 a 48 horas, dependendo do número viável de esporos em processo de conversão, e quanto maior o número de esporos, maior a produção de subproduto ácido, e mais rápido a mudança da cor visual. 
Então, é por essa razão que a ampola controle, que não foi processada e encontra-se com toda a sua população bacteriana intacta, muda de cor visualmente – de roxo a amarelo – em apenas 8 horas.
# Indicadores Químicos (IQ): evidenciam falha potencial no ciclo de esterilização pela mudança na coloração dos indicadores. Existem seis (6) classes de IQ, alguns são capazes de avaliar a temperatura atingida pelo equipamento, sem sofrer alteração com o tempo de exposição, outros respondem ao resultado de integração de todos os parâmetros essenciais para garantir a esterilização.
Classe 1: Consistem em indicadores externos: são tintas termocrômicas impregnadas em fitas adesivas que muda de coloração quando exposto a temperatura, sistema de barreira estéril (embalagens), com papel grau cirúrgico, Tyvek, e etiquetas de identificação do material, tem o objetivo de identificar e diferenciar os produtos para saúde que foram processados dos que não foram.
- O IQ em forma de adesiva fita adesiva, conhecido com fita zebrada. Todos os pacotes ou caixas de instrumental esterilizados devem ser identificados com um IQ classe 1, que deverá identificar o processo de esterilização do invólucro após esterilização, garantindo que o item passou pelo processo de esterilização.
Classe 2: indicado para uso de testes específicos, testa a eficácia do sistema de vácuo da autoclave pré-vácuo. Uso diário no 1º ciclo, sem carga, a 134°C por 3,5 a 4 min sem secagem. No caso da autoclave a vapor com sistema de pré-vácuo, o teste de Bowie-Dick é um indicador químico classe 2. Conforme RDC 50/2002, - Art. 93 É obrigatório à realização de teste para avaliar o desempenho do sistema de remoção de ar (Bowie & Dick) da autoclave assistida por bomba de vácuo, no primeiro ciclo do dia. - Art. 94 Não é permitido à alteração dos parâmetros estabelecidos na qualificação de operação e de desempenho de qualquer ciclo dos equipamentos de esterilização. 
- § 1º O ciclo de esterilização a vapor para uso imediato só pode ocorrer em caso de urgência e emergência 
- Art. 96 O monitoramento do processo de esterilização deve ser realizado em cada carga em pacote teste desafio com integradores químicos (classes 5 ou 6), segundo rotina definida pelo próprio CME ou pela empresa processadora. 
- Art. 97 O monitoramento do processo de esterilização com indicadores físicos deve ser registrado a cada ciclo de esterilização.
Classe 3: indicador de parâmetro único, a temperatura pré-estabelecida. (Classe não é comumente usado);
Classe 4: indicador multiparamétrico: controla a temperatura e o tempo necessários para o processo. 
Classe 5: indicadores integradores: designados para reagir com todos os parâmetros críticos de um ciclo de esterilização. Controla além da temperatura e do tempo mínimo de exposição, a qualidade do vapor que deve ter pelo menos 95% de umidade. 
Classe 6: indicadores emuladores (simuladores). Reage com todos os parâmetros críticos de um ciclo específico de esterilização. 
Em relação ao controle de infecção relacionada à assistência à saúde (IRAS), assinale a alternativa correta:
( X) Artigos semicríticos, aqueles que têm contato direto ou indireto com áreas do corpo, sejam mucosas ou tecidos epiteliais. Artigos críticos são os que entram em contato direto com mucosa flora própria ou lesões superficiais de pele.
( ) De acordo com o conceito acima, a sonda vesical passa ser considerada artigo crítico a deve ser utilizada de forma estéril.
( ) O uso de agentes químicos desinfetantes, com ácido peracético 2%, hipoclorito de sódio 1% e outros no processo de descontaminação prática largamente utilizada, não tem fundamentação. O agente químico é impedido de penetrar nos microrganismos, pois há tendência das soluções químicas ligar-se com as moléculas de proteínas presentes na matéria orgânica, não ficando livres para ligarem-se aos microrganismos nas proporções necessárias dando uma falsa segurança no manuseio do material descontaminado.
( ) O excesso de matéria orgânica diminui não só a duração do processo de esterilização como altera os parâmetros para este processo.
Assinale a alternativa que indica a solução utilizada nos hospitais para a antissepsia da pele, mãos e antebraço da equipe cirúrgicParte superior do formulárioa.
(X) Clorexidina
 ( ) Ácido peracético
 ( ) Solução de álcool a 70%
 ( ) Peróxido de hidrogênio
 ( )FenolParte inferior do formulário
 Quais são as características essenciais dos artigos de uso único?
R= O produto de uso único, definido pelaRDC Anvisa 185/2001, deve ser entendido como qualquer produto médico destinado a ser usado na prevenção, diagnóstico, terapia, reabilitação ou anticoncepção, utilizável somente uma vez, segundo especificado pelo fabricante. 
PRODUTO DE USO ÚNICO”. Com a publicação da RDC Anvisa 156/06, os rótulos para os produtos constantes da lista de produtos proibidos de serem reprocessados constantes da Resolução - Anvisa 2605/06 e aqueles em que o fabricante indica a impossibilidade de garantir a segurança do produto no seu processamento devem conter no rótulo os dizeres “PROIBIDO REPROCESSAR” Os artigos de uso único, ou descartáveis, são designados pelo fabricante para serem usados somente uma vez, sendo produzidos a partir de materiais plásticos ou sensíveis ao calor e adquiridos pelas instituições de saúde já previamente embalados e esterilizados. 
Historicamente, os primeiros artigos descartáveis surgiram em 1948, com o advento das agulhas hipodérmicas. Com o desenvolvimento dos materiais plásticos utilizados na área da saúde, em 1960, esta prática foi se consolidando com o objetivo de disponibilizar, prontamente, materiais para uso na assistência à saúde, com a consequente redução da sobrecarga inerente ao reprocessamento de materiais.
 Liste os artigos de uso único determinado pela Anvisa.
R= É proibido o reprocessamento de artigos de uso único conforme RDC nº 515 de 15/02/2006. Lembrando que todo material após o uso deve ser segregado de forma adequada. Lista de materiais de uso único em anexo.
Cite os processos de desinfecção e esterilização existentes por meio físico, químico, e mecânico? 
R= Desinfecção física: desde os tempos remotos, a exposição de materiais à água quente ou à fervura, apesar de efetiva como processo desinfetante, não é recomendado pelo risco de queimadura. Para isso, há equipamentos que permitem o processo de forma controlada e com mínimo de riscos ocupacional como: lavadoras termodesinfectadoras, lavadoras de descarga e pasteurizadoras.
Desinfecção química: deve ser a última opção para processamento de produtos termossensíveis em razão da complexidade do processo de desinfecção manual por imersão e da toxicidade dos desinfetantes para os profissionais, paciente e meio ambiente. Conforme Anvisa – RE nº 35 – as recomendações de soluções para - Desinfecção de alto nível: - Germicidas – aldeídos (glutaraldeído) contraindicado para desinfecção de aerossóis de assistência ventilatória. As alternativas para desinfecção desses produtos seriam termodesinfecção, soluções cloradas, formaldeído, ácido peracético e peróxido de hidrogênio.
Desinfecção de nível intermediário e baixo: soluções cloradas: requer atenção ao enxague dos artigos que deve ser de forma abundante, principalmente se utilizadas em contato direto com as vias aéreas, como máscaras de inaladores, pois pode causar irritação nas mucosas. – Álcool: é rapidamente bactericida, age na coagulação das proteínas, apresentando potente ação contra os vírus lipídicos ( HIV, HBV, HCV, herpes vírus, influenza vírus). O álcool isopropílico tem menor ação esporicida. O uso de desinfecção com álcool pode danificar instrumentos ópticos e dilatar e endurecer borrachas e certos plásticos. – Quartenário de Amônia: capacidade de remover sujidades. Sua atividade microbicida é atribuída à inativação de enzimas, desnaturação de proteínas celulares e ruptura da membrana celular. Seu uso é indicado para não críticos e para superfícies fixas e de equipamentos em razão de sua baixa toxicidade e alta compatibilidade. De quarta geração, melhor espectro de ação (pseudomonicida e funcicida). – Fenóis: desinfetantes, utilizados para produtos não críticos. Apresenta efeito residual. Utilizados em produtos semicríticos que entram em contato com mucosas. (Não deve ser usado em berçários). – Soluções iodadas: penetra na parede celular dos microrganismos rapidamente e agem de forma letal na estrutura e síntese de proteínas e de ácidos nucleicos. Ação bactericida e micobactericida, virucida, mas precisam de longo tempo de contato para inativação de certos fungos e esporos. 
Esterilização: Termorresistentes Termossensívies 
 
 Autoclave a vapor PPH VBTF ETO
Controle dos resultados na rotina diária
 
Indicadores biológicos (preparação padronizada de esporos bacterianos comprovadamente resistentes ao método que se pretende monitora)r e;
Indicadores químicos – classes 1 a 6. 
Pontue os tipos de embalagens utilizadas nas práticas de processamento, conforme Resolução RDC n. 15 de março de 2012.
R= Embalagens: - Tecido de Algodão – Contêiner Rígido; Vidro Refratário; Papel Grau Cirúrgico; Papel Crepado; Filmes, Tivek; \Tecido não Tecido – SMS e Caixas Metálicas.
- O Sistema de Embalagem deve:
- Ser avaliado antes da aquisição e do uso, para garantir a eficácia do método de esterilização e suportar as condições físico-químicas do processo;
- Permitir a entrada do agente esterilizante, mesmo com dupla embalagem;
- Ser apropriado a material que está sendo esterilizado;
- Promover adequada barreira à passagem de microrganismos, partículas e fluídos;
- Garantir a esterilidade do produto até a abertura do pacote;
- Permitir a identificação do conteúdo, favorecendo a transferência asséptica;
- Permitir o fechamento hermético e seguro do item;
- Proteger o conteúdo interno de danos físicos;
- Resistir a rasgos, perfurações, abrasões e tração;
- Não apresentar furos, fissuras, rasgos ou dobras;
- Apresentar um nível aceitável de limpeza;
- Ser atóxico e inodoro;
- Apresentar baixa liberação de fibras e partículas;
- Possuir baixa memória, para não dificultar a abertura do pacote;
- Promover adequada integridade da selagem;
- Possuir impresso, de preferência, o indicador químico específico para cada processo de esterilização;
- Possuir registro na Agência Nacional de Vigilância Epidemiológica (Anvisa);
- Estar de acordo com as especificações da norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) NBR ISSO 14.990.
14- Descreva as etapas que devem ser validadas em um protocolo de reutilização de artigos médicos de uso único.
R= Testar o processo de Limpeza – funcionalidade, esterilidade, rastreabilidade, condições de armazenamento é uma etapa de grande importância nos protocolos de reutilização de artigos de uso único. O que devemos rastrear - o número do lote, validade inicial, quais pacientes utilizaram aquele produto e fazer contato com o paciente 7 dias após o procedimento para verificar se houve alguma reação adversa.- Avaliação das condições de armazenamento e descarte adequado dos produtos. 
A Anvisa por meio da RE nº 2.606/2006, permite o reuso de materiais de uso único nas condições de ausência de risco, reuso justificado, mediante elaboração de protocolo de reprocessamento com capacitação de equipes e monitoramento dos resultados, No caso do Kit em análise tem o valor de compra de R$ 4.500,00, acrescido da taxa administrativa, podendo chegar a um preço final para o paciente particular ou para o convênio em 5 a 6 mil reais.
Defina re-esterilização, reprocessamento e reuso.
Re-esterilização: esterilização de materiais que já passaram por processo de esterilização, mas não utilizados, mantido sobre sua validade inicial, uma vez que não foram utilizados, ou seja, será re-esterilizado em razão do vencimentodo prazo de validade e/ou violação da embalagem.
Reprocessamento: compete ao empacotamento e esterilização de um material que permite sua reutilização. (passa pelo processo de limpeza, desinfecção, inspeção preparo, embalagem, rotulagem, esterilização e controle de qualidade). 
Reuso: O material de uso único é material lavado, supervisionado, empacotado e esterilizado para uso em outro paciente. 
A Legislação atual RDC 156/2006 e seus anexos, RES 2605 e 2606, permitem e norteiam o Reuso de materiais de uso único (MUU), apesar das dificuldades na sua implementação, por apresentar implicações de ordem legal ética e de segurança, que exigem profunda e contínua discussão da área da saúde e de outras áreas, para que se possa atingir o melhor consenso do ponto de vista da legitimidade. Tais implicações incluem, além dos riscos potenciais de infecção, as possíveis reações do paciente aos resíduos de agentes esterilizantes ou de limpeza; endotoxinas, ou outros patógenos decorrentes do procedimento; embolização por partículas carreadas pelo dispositivo reutilizado e eventos adversos pela funcionalidade prejudicada do material reutilizado. 
Em relação às justificativas financeiras para a prática do reuso, ao serem apurados os custos e os benefícios de se reutilizar materiais de uso único, deve ser incluído, cálculos do reprocessamento gastos relacionados à validação da segurança em reusar o item, entre outras considerações. Para isso, se faz necessário à criação de protocolos para tomada de decisões por critérios de emergência e alta complexidade.
Esse material deve passar por processo de lavagem manual externa e interna, com auxílio de escovas e cerdas macias, porém firmes, enxague em água corrente potável com auxílio de pistola, água sob pressão, por último enxágue com água purificada por osmose reversa ou similar. Esse material deve ser secado com compressas macias e auxílio de ar comprimido filtrado, após dever ser inspecionado a eficácia da limpeza, utilizando lentes de intensificadoras de imagem (pelo menos de 8x). Empacotado em embalagens com propriedades de barreira microbiana, compatível com o método de esterilização a baixa temperatura. (ETO, vapor a baixa temperatura e formaldeído – VBTF, ou plasma de peróxido de hidrogênio (H2O2 – Sterrad)). Deve ser controlado o número de reuso, fazendo uma marcação no material, a cada uso, em todos os itens do sistema de material polimérico. Com base na capacidade de corte dos tubos de extratores, diante do custo do Kit que justifique a necessidade de reutilização. 
Tendo em vista, a segurança do paciente, o comitê de reuso da instituição deverá, formalmente, estabelecer o número máximo de reúsos, dos materiais de auto custo.
Referências consultadas
CARVALHO, R. Enfermagem em Centro de material, biossegurança e bioética. 1 ed. Barueri, São Paulo: Monole, 20015.
GRAZIANO, K. U. SILVA, A. PSALTIKIDIS, E M. (Org’s) – Enfermagem em Centro de Material e Esterilização. Barueri, São Paulo: Manole, 2011.
 
BONS ESTUDOS!!!

Outros materiais