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Restos a Pagar e Despesas Anteriores

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Aula 08
Curso: Administração Geral e Pública p/ AFT (parte de Orçamento Público)
Professor: Sérgio Mendes
 Administração Geral e Pública (Parte de Orçamento Público) 
p/ Auditor Fiscal do Trabalho 
Teoria e Questões Comentadas ʹ Com Videoaulas 
Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 08 
 
Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 73 
AULA 8: Restos a Pagar, Despesas de Exercícios 
Anteriores, Suprimento de Fundos e Conta Única 
 
 SUMÁRIO PÁGINA 
Apresentação do tema 1 
Restos a Pagar 3 
Despesas de Exercícios Anteriores 12 
Suprimento de Fundos 15 
Conta Única 22 
Mais Questões de Concursos Anteriores - CESPE 29 
Memento (resumo) 56 
Lista das questões comentadas nesta aula 60 
Gabarito 73 
 
Olá amigos! Como é bom estar aqui! 
 
³8PD� OHQGD� FRQWD� TXH� GXDV� FULDQoDV� SDWLQDYDP� HP� FLPD� GH� XP� ODJR�
congelado. Era uma tarde nublada e fria e as crianças brincavam sem 
preocupação. De repente, o gelo se quebrou e uma das crianças caiu na 
água. 
 
A outra criança vendo que seu amiguinho se afogava de baixo do gelo, pegou 
uma pedra e começou a golpear com todas as suas forças, conseguindo 
quebrá-lo e salvar seu amigo. 
 
Quando os bombeiros chegaram e viram o que havia acontecido, 
perguntaram ao menino: 
_ Como você conseguiu fazer isso? É impossível que você tenha quebrado o 
gelo com essa pedra e suas mãos tão pequenas! 
 
Nesse instante apareceu um ancião e disse: 
_ Eu sei como ele conseguiu. 
 
7RGRV�SHUJXQWDUDP��µ&RPR"¶ 
 
O ancião respondeu: 
_ Não havia ninguém ao seu redor para dizer-OKH�TXH�HOH�QmR�VHULD�FDSD]�´ 
 
Você é capaz!!! 
 
 
 
 Administração Geral e Pública (Parte de Orçamento Público) 
p/ Auditor Fiscal do Trabalho 
Teoria e Questões Comentadas ʹ Com Videoaulas 
Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 08 
 
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Pessoal, hoje, 09/08, boa parte dos vídeos já estão disponíveis. Em algumas 
aulas abordei em vídeo todos os tópicos da respectiva aula. Em outras aulas, 
abordei apenas o tópico mais relevante. Assim: 
 
AULA CONTEÚDO DO VÍDEO DATA 
Aula 0 Diretrizes orçamentárias (PPA, LDO e LOA) Já disponível 
Aula 1 Processo Orçamentário: fase de discussão Próximas duas semanas 
Aula 2 Princípios orçamentários Já disponível 
Aula 3 Processo Orçamentário: Créditos Adicionais Já disponível 
Aula 4 
Métodos, técnicas e instrumentos do orçamento 
público (Tipos e Espécies de Orçamento) Próxima semana 
Aula 5 Receita pública: categorias Já disponível 
Aula 6 Despesa pública: categorias. Próximas duas semanas 
Aula 7 Despesa pública: estágios. Já disponível 
Aula 8 Restos a pagar. Próxima semana 
 
Vejam que mais da metade das aulas em vídeo já estão no site e mais duas 
aulas estarão disponíveis na semana que vem. Outras duas demorarão entre 
15 e 20 dias, no máximo, de forma que restará ainda um bom tempo de 
revisão antes da prova. 
 
A parte escrita terminará hoje, portanto, 30 dias antes da prova. 
 
Estudaremos nesta aula os temas Restos a Pagar, Despesas de Exercícios 
Anteriores, Suprimento de Fundos e Conta Única. E para fechar com ³chave de 
ouro´ teremos mais 100 questões comentadas do CESPE! 
 
 
 
 Administração Geral e Pública (Parte de Orçamento Público) 
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1. RESTOS A PAGAR 
 
Depois que é feito o empenho tendo como base a dotação orçamentária à 
respectiva despesa, tem-se o início do cumprimento do contrato, convênio ou 
determinação legal. 
 
O próximo passo é a liquidação da despesa, a qual consiste na verificação do 
direito do credor com base nos títulos e documentos comprobatórios do 
respectivo crédito, tendo por finalidade apurar a origem e o objeto do que se 
deve pagar, a importância exata, e a quem se deve pagar para extinguir a 
obrigação. 
 
No entanto, se a despesa não for paga até o término do exercício financeiro, 
dia 31 de dezePEUR��R�FUpGLWR�SRGHUi�VHU�LQVFULWR�HP�³UHVWRV�D�SDJDU´��FRP�R�
pagamento podendo realizar-se em exercício subsequente, caso se concluam 
os estágios faltantes. 
 
Consideram-se restos a pagar (RAP) ou resíduos passivos as despesas 
empenhadas, mas não pagas dentro do exercício financeiro, logo, até o dia 31 
de dezembro. 
 
Consoante o art. 92 da Lei 4.320/1964, os restos a pagar, excluídos os 
serviços da dívida, constituem-se em modalidade de dívida pública flutuante e 
são registradas por exercício e por credor, distinguindo-se as despesas 
processadas das não processadas. 
 
O entendimento dos estágios da despesa é importante porque o art. 36 da 
Lei 4.320/1964 distingue as despesas em processadas e não processadas. As 
despesas processadas referem-se a empenhos executados e liquidados, 
prontos para o pagamento; as despesas não processadas são os empenhos 
de contratos e convênios em plena execução; logo, ainda não existe direito 
líquido e certo do credor. Por exemplo, caso a Administração Pública assine 
contrato com um laboratório para o fornecimento de vacinas contra o sarampo 
e, ao final do exercício, ainda não se saiba o número exato de crianças que 
serão vacinadas, tal despesa não poderá ser liquidada e será considerada não 
processada, pois ficará pendente a verificação do direito líquido e certo do 
credor e da importância exata a pagar. Enquanto não ocorrer a verificação do 
implemento da condição prevista, não haverá o reconhecimento da liquidez do 
direito do credor, não podendo o empenho ser considerado liquidado. Assim, a 
despesa será inscrita em restos a pagar não processados. 
 
Ressalto que a despesa pública deve passar pelos estágios da execução: 
empenho, liquidação e pagamento. Assim, o pagamento dos restos a pagar 
não processados, o qual passou apenas pelo estágio do empenho, também só 
poderá ocorrer após a sua regular liquidação. 
 
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Restos a Pagar 
São as despesas empenhadas, mas não pagas dentro do 
exercício financeiro. Podem ser: 
Processados: empenhados, liquidados e não pagos. 
Não Processados: empenhados, não liquidados e não pagos. 
 
 
1) (CESPE ± Técnico Judiciário ± Administrativa ± TRT/10 - 2013) No 
registro dos restos a pagar, dadas as limitações operacionais para a 
discriminação das despesas em processadas e não processadas, 
dispensa-se a distinção quanto às características da despesa não paga, 
sendo exigido apenas o registro contábil agregado. 
 
O registro dos restos a pagar far-se-á por exercício e por credor 
distinguindo-se as despesas processadas das não processadas (art. 92, 
parágrafo único, da Lei 4.320/1964). 
Resposta: Errada 
 
2) (CESPE ± Analista Técnico-Administrativo ± Ministério da 
Integração - 2013) Restos a pagar são despesas empenhadas, mas não 
pagas até o dia 31 de dezembro do exercício corrente, distinguindo-se 
as processadas das não processadas. 
 
Consideram-se restos a pagar ou resíduos passivos as despesas empenhadas, 
mas não pagas dentro do exercício financeiro, logo, até o dia 31 de dezembro. 
Consoante o art. 92 da Lei 4.320/1964, os restos a pagar, excluídos os 
serviços da dívida, constituem-se em modalidade de dívida pública flutuante e 
são registradas por exercício e por credor, distinguindo-se as despesas 
processadas das não processadas. 
Resposta: Certa 
 
Os empenhos referentes a despesasjá liquidadas e não pagas, assim como os 
empenhos não anulados, serão inscritos em Restos a Pagar no encerramento 
do exercício (31/12) pelo valor devido ou, se não conhecido, pelo valor 
estimado, desde que satisfaça às condições estabelecidas para empenho e 
liquidação da despesa, pois se referem a encargos incorridos no próprio 
exercício. 
 
 
 
 
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 No caso de estimativa, são possíveis duas situações: 
- Valor real > valor inscrito em RAP: a diferença será empenhada à conta de 
despesas de exercícios anteriores. 
- Valor real < valor inscrito em RAP: o saldo existente será cancelado. 
 
 
 
 
Tivemos uma mudança no tema Restos a Pagar. É uma atualização 
relativamente pequena no Decreto 93.872/1986, considerando que ele tem 
mais de 150 artigos. Porém, é muito importante! A mudança está 
unicamente no art. 68 e seu parágrafo único. Na verdade, houve várias 
inclusões nesse dispositivo e duas alterações. Foram realizadas pelo Decreto 
7.654, de 23/12/2011. 
 
Antes, para relembrar: 
 
Restos a Pagar - RAP: são as despesas empenhadas, mas não pagas dentro 
do exercício financeiro, logo, até o dia 31 de dezembro. São classificados 
como: 
RAP processados: empenhados e liquidados, porém não pagos. 
RAP não processados: empenhados, porém não liquidados e não pagos. 
 
 
 RAP é como são chamados informalmente os Restos a 
Pagar em diversos órgãos públicos, para você ir se acostumando. 
 
 
As mudanças foram nos RAP não processados! 
 
 
ALTERAÇÕES 
 
Alteração 1: impossibilidade de inscrição automática de Restos a Pagar 
Não Processados. Isso agora depende da observância de algumas 
regras do Decreto. 
 
De: 
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Art. 68. A inscrição de despesas como restos a pagar será automática, no 
encerramento do exercício financeiro de emissão da Nota de Empenho, desde 
que satisfaça às condições estabelecidas neste Decreto para empenho e 
liquidação da despesa. 
 
Para: 
Art. 68. A inscrição de despesas como restos a pagar no encerramento do 
exercício financeiro de emissão da Nota de Empenho depende da observância 
das condições estabelecidas neste Decreto para empenho e liquidação da 
despesa. 
§ 1o A inscrição prevista no caput como restos a pagar não processados fica 
condicionada à indicação pelo ordenador de despesas. 
 
Comentário: Assim, não existe a inscrição automática. Deve haver a 
indicação do Ordenador de Despesas e ser observadas as regras do Decreto 
93.872/1986, que permanecem as mesmas: 
 
Art. 35. O empenho de despesa não liquidada será considerado anulado em 31 
de dezembro, para todos os fins, salvo quando: 
I - vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor, nele 
estabelecida; 
II - vencido o prazo de que trata o item anterior, mas esteja em cursos a 
liquidação da despesa, ou seja de interesse da Administração exigir o 
cumprimento da obrigação assumida pelo credor; 
III - se destinar a atender transferências a instituições públicas ou privadas; 
IV - corresponder a compromissos assumido no exterior. 
 
Alteração II: Os Restos a Pagar Não Processados terão validade até 30 
de junho do segundo ano subsequente ao da sua inscrição, com 
algumas exceções. 
 
De: 
Parágrafo único. Os restos a pagar inscritos na condição de não processados e 
não liquidados posteriormente terão validade até 31 de dezembro do ano 
subsequente de sua inscrição 
 
Para: 
§ 2o Os restos a pagar inscritos na condição de não processados e não 
liquidados posteriormente terão validade até 30 de junho do segundo ano 
subsequente ao de sua inscrição, ressalvado o disposto no § 3o. 
 
Comentário: antes era 31/12 do ano subsequente, agora é 30/06 do 
segundo ano subsequente ao da sua inscrição. Porém, há exceções, que 
chamo aqui de inclusões ao texto do artigo. 
 
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INCLUSÕES 
 
Inclusão I: as exceções quanto ao término de validade em 30 de junho 
do segundo ano subsequente à inscrição dos RAP Não Processados. 
 
§ 3o Permanecem válidos, após a data estabelecida no § 2o, os restos a pagar 
não processados que: 
I - refiram-se às despesas executadas diretamente pelos órgãos e entidades da 
União ou mediante transferência ou descentralização aos Estados, Distrito 
Federal e Municípios, com execução iniciada até a data prevista no § 2o; ou 
II - sejam relativos às despesas: 
a) do Programa de Aceleração do Crescimento - PAC; 
b) do Ministério da Saúde; ou 
c) do Ministério da Educação financiadas com recursos da Manutenção e 
Desenvolvimento do Ensino. 
 
§ 4o Considera-se como execução iniciada para efeito do inciso I do § 3o 
I - nos casos de aquisição de bens, a despesa verificada pela quantidade 
parcial entregue, atestada e aferida; e 
II - nos casos de realização de serviços e obras, a despesa verificada pela 
realização parcial com a medição correspondente atestada e aferida. 
 
Comentário: permanecem válidos os RAP não processados que tenha 
execução iniciada antes de 30 de junho. O conceito de execução iniciada 
também é apresentado: 
_ no caso de aquisição de bens: é a quantidade parcial entregue, atestada e 
aferida; 
_ no caso de serviços e obras: é a realização parcial medida, atestada e 
aferida. 
 
Também permanecem igualmente válidos os restos a pagar não processados 
de despesas do PAC, do Ministério da Saúde e as financiadas com recursos da 
Manutenção e Desenvolvimento do Ensino do Ministério da Educação. Duas 
observações: 
_ tais despesas permanecem válidas independentemente do artigo anterior, ou 
seja, não precisam estar incluídas como de execução iniciada; 
_ no caso do PAC e do Ministério da Saúde, são todas as despesas. Entretanto, 
no Ministério da Educação, são apenas os recursos que chamamos de MDE 
(Manutenção e Desenvolvimento do Ensino), que são aqueles vinculados pela 
Constituição Federal. 
 
Inclusão II: regras de gestão. 
 
§ 5º Para fins de cumprimento do disposto no § 2º, a Secretaria do Tesouro 
Nacional do Ministério da Fazenda efetuará, na data prevista no referido 
parágrafo, o bloqueio dos saldos dos restos a pagar não processados e não 
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liquidados, em conta contábil específica no Sistema Integrado de 
Administração Financeira do Governo Federal - SIAFI. 
§ 6º As unidades gestoras executoras responsáveis pelos empenhos 
bloqueados providenciarão os referidos desbloqueios que atendam ao disposto 
nos §§ 3º, inciso I, e 4º para serem utilizados, devendo a Secretaria do 
Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda providenciar o posterior 
cancelamento no SIAFI dos saldos que permanecerem bloqueados. 
§ 7º Os Ministros de Estado, os titulares de órgãos da Presidência da 
República, os dirigentes de órgãos setoriais dos Sistemas Federais de 
Planejamento,de Orçamento e de Administração Financeira e os ordenadores 
de despesas são responsáveis, no que lhes couber, pelo cumprimento do 
disposto neste artigo. 
§ 8º A Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda, no âmbito de 
suas competências, poderá expedir normas complementares para o 
cumprimento do disposto neste artigo. 
 
Comentário: aqui não há o que acrescentar. São regras para a gestão dos 
RAP não processados, de observância principalmente pela STN e pelas 
Unidades Gestoras Executoras. 
 
Já no que se refere aos restos a pagar processados, consoante Parecer 
401/2000 da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, o cancelamento de restos 
a pagar processados caracteriza forma de enriquecimento ilícito, tendo em vista 
que o fornecedor de bens/serviços cumpriu com a obrigação de fazer e a 
Administração não poderá deixar de cumprir com a obrigação de pagar sob pena 
de estar descumprindo o princípio da moralidade que rege a Administração 
Pública, previsto no art. 37 da CF/1988. Assim, os restos a pagar 
processados não podem ser cancelados. 
 
No entanto, segundo o art. 70 do Decreto 93.872/1986, o qual é baseado na 
legislação civil, prescreve em cinco anos a dívida passiva relativa aos restos a 
pagar. Logo, as dívidas com RAP, ainda que liquidadas, não podem perdurar 
indefinidamente. 
 
Os restos a pagar com prescrição interrompida, os quais são aqueles cuja 
inscrição tenha sido cancelada, mas ainda vigente o direito do credor, poderão 
ser pagos à conta de despesas de exercícios anteriores, respeitada a categoria 
própria. 
 
Os empenhos que sorvem a conta de créditos com vigência plurianual, que 
não tenham sido liquidados, só serão computados como restos a pagar no 
último ano de vigência do crédito. Ou seja, durante os outros anos só serão 
inscritos em restos a pagar os créditos plurianuais liquidados. 
Exemplo: determinado crédito adicional especial com vigência plurianual teve 
no primeiro ano: 
Empenhados: R$ 200 mil. 
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Liquidados: R$ 160 mil. 
Pagos: R$ 130 mil. 
 
Assim, apenas R$ 30 mil (liquidados e não pagos) serão inscritos em restos a 
pagar no primeiro ano, porque os empenhos que sorvem a conta de créditos 
com vigência plurianual, que não tenham sido liquidados, só serão computados 
como restos a pagar no último ano de vigência do crédito. 
 
O MCASP dispõe que não devem ser reconhecidos como receitas 
orçamentárias os recursos financeiros oriundos de cancelamento de despesas 
inscritas em restos a pagar, o qual consiste na baixa da obrigação constituída 
em exercícios anteriores, portanto, trata-se de restabelecimento de saldo de 
disponibilidade comprometida, originária de receitas arrecadadas em exercícios 
anteriores e não de uma nova receita a ser registrada. O cancelamento de 
restos a pagar não se confunde com o recebimento de recursos provenientes 
do ressarcimento ou da restituição de despesas pagas em exercícios anteriores 
que devem ser reconhecidos como receita orçamentária do exercício. 
 
Ainda consoante o art. 15 do Decreto 93.872/1986: 
³$UW�� ���� 2V� UHVWRV� D� SDJDU� FRQVWLWXLUmR� LWHP� HVSHFtILFR� GD� SURJUDPDomR�
financeira, devendo o seu pagamento efetuar-se dentro do limite de saques 
fi[DGR�´ 
 
As despesas extraorçamentárias são aquelas que não constam da Lei 
Orçamentária e decorrem da contrapartida da receita extraorçamentária. 
Provêm da obrigação de devolver o valor arrecadado transitoriamente, como 
os valores de depósitos e cauções, de pagamentos de restos a pagar e de 
resgate de operações de crédito por antecipação de receita orçamentária. 
Se uma despesa for empenhada em um exercício e somente for paga no 
exercício seguinte, ela deve ser contabilizada como pertencente ao exercício do 
empenho. Assim, os restos a pagar serão contabilizados como despesas 
extraorçamentárias, já que o empenho foi efetuado dentro do orçamento do 
exercício anterior. 
 
 
 
Situações de RAP como 
receita e como despesa 
extraorçamentária 
Inicialmente, a despesa é orçamentária, fixada na LOA. 
Na Contabilidade Pública, se essa despesa vier a ser 
inscrita em restos a pagar no fim do exercício, será 
necessário computá-la como RAP do exercício na 
receita extraorçamentária do balanço financeiro, 
para compensar sua inclusão na despesa orçamentária 
da LOA daquele ano. 
Na contrapartida, também no balanço financeiro, os 
RAP, quando forem pagos, serão classificados como 
despesas extraorçamentárias. 
 
 
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Os restos a pagar são constituídos por recursos correspondentes a exercícios 
financeiros já encerrados. No entanto, integram a programação financeira do 
exercício em curso. 
 
De acordo com o art. 71 da CF/1988, o Tribunal de Contas da União tem o 
dever de elaborar relatório e emitir parecer prévio sobre as contas prestadas 
anualmente pelo Presidente da República, cabendo, exclusivamente, ao 
Congresso Nacional, julgar as contas prestadas e apreciar os relatórios sobre a 
execução dos planos de governo, conforme o inciso IX do art. 49 da CF/1988. 
 
Os restos a pagar têm tido uma atenção crescente e relevante nos relatórios 
apresentados pelo TCU, conforme se comprova no relatório apresentado sobre 
contas do Governo da República, relativas aos últimos exercícios. O TCU 
ressalva a manutenção de volume expressivo de restos a pagar não 
processados, inscritos ou revalidados, o que compromete a programação 
financeira e o planejamento governamental nos exercícios seguintes. O TCU 
tem mostrado preocupação com o acompanhamento e o controle das contas 
referentes a restos a pagar, em virtude do expressivo volume de recursos do 
Governo Federal inscritos nessa rubrica nos últimos exercícios financeiros, 
devido ao contingenciamento de dotações orçamentárias, promovendo sua 
descompressão quase ao final do exercício. 
No entanto, como a descompressão ocorre no final do exercício financeiro, 
grande parte das despesas ainda não terá passado pelo estágio da liquidação 
ao término do exercício, devendo ser inscritas em restos a pagar não 
processados. 
 
Em resumo, há um número excessivo de despesas inscritas em restos a pagar 
a cada ano, principalmente em restos a pagar não processados. 
 
E para evitar abusos em fim de mandato, a LRF, em seu art. 42, parágrafo 
único, determina: 
³$UW������e�YHGDGR�DR�WLWXODU�GH�3RGHU�RX�yUJmR�UHIHULGR�QR�DUW������QRV�~OWLPRV�
dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não 
possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem 
pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa 
para este efeito. 
Parágrafo único. Na determinação da disponibilidade de caixa serão 
considerados os encargos e despesas compromissadas a pagar até o final do 
H[HUFtFLR�´ 
 
O Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público observa que, embora a 
Lei de Responsabilidade Fiscal não aborde o mérito do que pode ou não ser 
inscrito em restos a pagar, veda contrair obrigação no último ano do mandato 
do governante sem que exista a respectiva cobertura financeira, desta forma, 
eliminando as heranças fiscais. 
 
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3) (CESPE ± Administrador ± Ministério da Integração - 2013) 
Considere que a vigência de um contrato assinado por um órgão 
público com determinada empresa se encerre em julho de determinado 
ano e que, ao final do contrato, ainda haja pagamentos a fazer. Nessa 
situação, o órgão deverá inscrever o saldo devedor em restos a pagar 
imediatamente após o término do contrato. 
 
Os empenhos referentes a despesas já liquidadas e não pagas, assim como os 
empenhos não anulados, serão inscritos em Restos a Pagar no encerramento 
do exercício (31/12) pelo valor devido ou, se não conhecido, pelo valor 
estimado, desde que satisfaça às condições estabelecidas para empenho e 
liquidação da despesa, pois se referem a encargos incorridos no próprio 
exercício. 
 
Logo, no caso em tela, o órgão deverá inscrever em restos a pagar apenas o 
que for empenhado e não pago até o fim do exercício financeiro (e não ao 
fim do contrato). 
Resposta: Errada 
 
4) (CESPE - Analista Administrativo ± Administrador - TRE/MS ± 2013) 
Os direitos de credores de despesas em restos a pagar prescrevem no 
dia 31 de dezembro do ano subsequente ao da inscrição. 
 
Ainda que os saldos remanescentes dos Restos a Pagar sejam cancelados após 
o término do prazo previsto, o direito do credor prescreve apenas em cinco 
anos. 
Resposta: Errada 
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2. DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES 
 
As Despesas de Exercícios Anteriores são dívidas resultantes de 
compromissos gerados em exercícios financeiros anteriores àqueles em que 
ocorrerão os pagamentos. 
 
 
Despesas de Exercícios 
Anteriores 
(art. 37 da Lei 4.320/1964) 
São as despesas relativas a exercícios encerrados, 
para as quais o orçamento respectivo consignava 
crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-
las, que não se tenham processado na época 
própria, bem como os Restos a Pagar com 
prescrição interrompida e os compromissos 
reconhecidos após o encerramento do exercício 
correspondente. 
 
Vamos destrinchar o art. 37 da Lei 4.320/1964: 
x Despesas relativas a exercícios encerrados, para as quais o 
orçamento respectivo consignava crédito próprio, com saldo 
suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na 
época própria: ao final de um exercício, determinada despesa pode não 
ter sido processada, porque o empenho pode ter sido considerado 
insubsistente e anulado. No entanto, o credor havia, dentro do prazo 
estabelecido, cumprido sua obrigação. Nesse caso, quando o pagamento 
vier a ser reclamado, a despesa poderá ser empenhada novamente em 
Despesas de Exercícios Anteriores. 
x Restos a Pagar com prescrição interrompida: ainda que os saldos 
remanescentes dos Restos a Pagar sejam cancelados após o término do 
prazo previsto, o direito do credor prescreve apenas em cinco anos. Os 
Restos a Pagar com prescrição interrompida, os quais são aqueles cuja 
inscrição tenha sido cancelada, mas ainda está vigente o direito do 
credor, poderão ser pagos à conta de despesas de exercícios anteriores, 
respeitada a categoria própria. 
x Compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício 
correspondente: algumas obrigações de pagamento criadas em virtude 
de lei podem ser reconhecidas pela autoridade competente após o fim do 
exercício financeiro em que foram gerados, ainda que não tenha saldo na 
dotação própria ou que a dotação não tenha sido prevista. Como 
exemplo, é o que ocorrerá se a Administração Pública reconhecer dívida 
correspondente a vários anos de diferenças em gratificações de 
servidores públicos em atividade. As despesas decorrentes da decisão 
referentes aos anos anteriores deverão ir à conta de despesas de 
exercícios anteriores, classificadas como despesas correntes; as dos 
meses do exercício financeiro corrente serão pagas no elemento de 
despesa próprio. 
 
Para o pagamento das despesas de exercícios anteriores, a despesa deve ser 
empenhada novamente, comprometendo, desse modo, o orçamento vigente à 
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época do efetivo pagamento. Há necessidade de nova autorização 
orçamentária. Na classificação por natureza da despesa, há um elemento de 
GHVSHVD�HVSHFtILFR�GHQRPLQDGR�³GHVSHVDV�GH�H[HUFtFLRV�DQWHULRUHV´��$VVLP��DV�
Despesas de Exercícios Anteriores são orçamentárias, pois seu pagamento 
ocorre à custa do orçamento vigente. 
 
 
As Despesas de Exercícios Anteriores são orçamentárias. 
 
As dívidas de exercícios anteriores, que dependam de requerimento do 
favorecido, prescrevem em cinco anos, contados da data do ato ou fato que 
tiver dado origem ao respectivo direito. 
 
Ainda, segundo o § 1º do art. 22 do Decreto 93.872/1986, o reconhecimento 
da obrigação de pagamento de despesas de exercícios anteriores cabe à 
autoridade competente para empenhar a despesa. 
 
Importante destacar que as despesas de exercícios anteriores não se 
confundem com restos a pagar, já que sequer foram empenhadas ou, se 
foram, tiveram seus empenhos anulados ou cancelados. 
 
 
5) (CESPE ± Administrador ± Ministério da Integração - 2013) Suponha 
que determinada lei preveja vantagem aplicável a determinado 
beneficiário da previdência social e que esse beneficiário protocole o 
pedido de pagamento do referido benefício depois de encerrado o 
exercício financeiro em que ocorreu o respectivo fato gerador. Nessa 
situação, o pagamento ao beneficiário deverá ser contabilizado como 
despesas de exercícios anteriores. 
 
Os compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício 
correspondente são contabilizados como despesas de exercícios anteriores. É o 
caso em tela: trata-se de obrigação de pagamento criada em virtude de lei e 
reconhecida pela autoridade competente após o fim do exercício financeiro em 
que foi gerada, ainda que não tenha saldo na dotação própria ou que a dotação 
não tenha sido prevista. 
Resposta: Certa 
 
6) (CESPE ± Analista Técnico-Administrativo ± Ministério da 
Integração - 2013) As despesas a pagar de exercícios encerrados que 
não foram processadas na época própria e os restos a pagar com 
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prescrição interrompida são casos de despesas de exercícios 
anteriores. 
 
Despesas de exercícios anteriores são aquelas relativas a exercícios 
encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio, 
com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época 
própria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os 
compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente 
(art. 37 da Lei 4320/1964). 
Resposta: Certa 
 
7) (CESPE ± Contador - TJ/RR ± 2012) Os restos a pagar com 
prescrição interrompida que forem pagos em determinado exercício 
devem ser computados como despesa orçamentária. 
 
Pegadinha! Os restos a pagar são despesas extraorçamentárias. Entretanto, os 
restos a pagar com prescrição interrompida que forem pagos são enquadrados 
como despesas de exercícios anteriores, as quais são orçamentárias, pois seu 
pagamentoocorre à custa do orçamento vigente. 
Resposta: Certa 
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3. SUPRIMENTO DE FUNDOS 
 
O processo tradicional da realização de despesas geralmente é demorado, 
principalmente quando se exige prévia licitação. No entanto, o administrador 
público vivencia situações que não podem se sujeitar ao processo normal, as 
quais exigem ações imediatas que demandam a utilização de recursos 
públicos. A finalidade do suprimento de fundos é exatamente atender a 
situações atípicas que exijam pronto pagamento em espécie, que não podem 
aguardar o processo normal, ou seja, é exceção à realização de procedimento 
licitatório. 
 
 
O regime de adiantamento, suprimento de fundos, é aplicável aos casos de 
despesas expressamente definidas em lei e consiste na entrega de numerário a 
servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria, para o fim de realizar 
despesas que pela excepcionalidade, a critério do ordenador de despesa e sob sua 
inteira responsabilidade, não possam subordinar-se ao processo normal de 
aplicação, nos seguintes casos: 
x Para atender despesas eventuais, inclusive em viagem e com serviços 
especiais, que exijam pronto pagamento em espécie. 
x Quando a despesa deva ser feita em caráter sigiloso, conforme se 
classificar em regulamento. 
x Para atender despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo 
valor, em cada caso, não ultrapassar limite estabelecido em portaria do 
Ministro da Fazenda. 
 
No que se refere a viagens do Presidente e Vice-Presidente da República e o 
suprimento de fundos, destaca-se o art. 9º, § 3º, do Decreto 5.992/2006, 
dispondo que: 
Art. 9º Nos deslocamentos do Presidente da República e do Vice-Presidente da 
República, no território nacional, as despesas correrão à conta dos recursos 
orçamentários consignados, respectivamente, à Presidência da República e à 
Vice-Presidência da República. 
§ 1º Correrão à conta dos recursos orçamentários consignados à Presidência 
da República e à Vice-Presidência da República as diárias das autoridades 
integrantes das respectivas comitivas oficiais. 
§ 2º Correrão, ainda, à conta dos recursos orçamentários consignados ao 
respectivo Ministério as diárias relativas a assessor de Ministro de Estado. 
§ 3º As despesas de que trata o caput serão realizadas mediante a 
concessão de suprimento de fundos a servidor designado pelo 
ordenador de despesas competente, obedecido ao disposto no art. 47 do 
Decreto nº 93.872, de 23 de dezembro de 1986. 
 
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Os valores de um suprimento de fundos entregues ao suprido poderão 
relacionar-se a mais de uma natureza de despesa, desde que precedidos 
dos empenhos nas dotações respectivas, respeitados os valores de cada 
natureza. 
 
 
A concessão de suprimento de fundos deverá respeitar os 
estágios da execução da despesa pública: empenho, 
liquidação e pagamento. 
É vedada a realização de despesa sem prévio empenho. 
 
 
O pagamento ao suprido só será realizado após os estágios do empenho e 
liquidação. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho. Já no que 
se refere à liquidação, tal estágio é representado pelo registro de uma 
obrigação pelo suprimento, em contrapartida com o direito ao recebimento do 
bem ou serviço objeto do gasto ou à devolução do valor adiantado. 
 
 
 
Não se concederá 
suprimento de 
fundos: 
x A responsável por dois suprimentos, ou seja, é 
permitida a concessão de até dois suprimentos com 
prazo de aplicação não vencido. 
x A servidor que tenha a seu cargo a guarda ou a 
utilização do material a adquirir, salvo quando não 
houver na repartição outro servidor. 
x A responsável por suprimento de fundos que, esgotado 
o prazo, não tenha prestado contas de sua aplicação. 
x A servidor declarado em alcance. 
 
Entende-se por servidor declarado em alcance aquele que não tenha prestado 
contas do suprimento no prazo regulamentar ou cujas contas tenham sido 
impugnadas, total ou parcialmente. 
 
Ainda, é vedada a aquisição de material permanente por meio de suprimento 
de fundos. 
 
 
8) (CESPE ± Analista Técnico-Administrativo ± Ministério da 
Integração - 2013) O suprimento de fundos pode ser concedido para 
despesas de pequeno vulto para atender despesas eventuais e com 
serviços especiais, exceto em casos de viagens. 
 
O regime de adiantamento, suprimento de fundos, é aplicável aos casos de 
despesas expressamente definidas em lei e consiste na entrega de numerário a 
servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria, para o fim de 
realizar despesas que pela excepcionalidade, a critério do ordenador de 
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despesa e sob sua inteira responsabilidade, não possam subordinar-se ao 
processo normal de aplicação, nos seguintes casos: 
_ Para atender despesas eventuais, inclusive em viagem e com serviços 
especiais, que exijam pronto pagamento em espécie. 
_ Quando a despesa deva ser feita em caráter sigiloso, conforme se classificar 
em regulamento. 
_ Para atender despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo 
valor, em cada caso, não ultrapassar limite estabelecido em portaria do 
Ministro da Fazenda. 
 
Resposta: Errada 
 
9) (CESPE ± Analista Judiciário ± Administrativa ± CNJ - 2013) 
Considere que um servidor público tenha sido deslocado às pressas 
para uma área remota do país, dada a ocorrência de situação de 
emergência, e que tenha sido necessário realizar o adiantamento de 
valores em espécie. Nessa situação, quanto ao suprimento de fundos 
realizado, deverão ser cumpridos os três estágios da despesa ² uma 
vez que se trata de despesa orçamentária ², mas a liquidação só 
deverá ocorrer após a prestação de contas do servidor. 
 
O pagamento ao suprido só será realizado após os estágios do empenho e 
liquidação. No que se refere à liquidação, tal estágio é representado pelo 
registro de uma obrigação pelo suprimento, em contrapartida com o direito ao 
recebimento do bem ou serviço objeto do gasto ou à devolução do valor 
adiantado. 
Resposta: Errada 
 
Segundo o art. 45 do Decreto 93.872/1986, excepcionalmente, a critério do 
ordenador de despesa e sob sua inteira responsabilidade, poderá ser 
concedido suprimento de fundos a servidor, sempre precedido do empenho na 
dotação própria às despesas a realizar, e que não possa subordinar-se ao 
processo normal de aplicação. Ainda, o suprimento de fundos será 
contabilizado e incluído nas contas do ordenador como despesa 
realizada; as restituições, por falta de aplicação, parcial ou total, ou aplicação 
indevida, constituirão anulação de despesa, ou receita orçamentária, se 
recolhidas após o encerramento do exercício. 
 
O servidor que receber suprimento de fundos é obrigado a prestar contas de 
sua aplicação, procedendo-se, automaticamente, à tomada de contas se não o 
fizer no prazo assinalado pelo ordenador de despesa, sem prejuízo das 
providências administrativas para apuração das responsabilidades. 
A importância aplicada até 31 de dezembro será comprovada até 15 de janeiro 
seguinte.Administração Geral e Pública (Parte de Orçamento Público) 
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A responsabilidade pela aplicação do suprimento de fundos, após sua 
aprovação na respectiva prestação de contas, é da autoridade que o concedeu. 
 
A concessão de suprimento de fundos deverá ocorrer por meio do Cartão de 
Pagamento do Governo Federal (CPGF), conhecido como Cartão Corporativo, 
utilizando as contas de suprimento de fundos somente em caráter excepcional, 
em que comprovadamente não seja possível utilizar o cartão. 
 
O CPGF é instrumento de pagamento, emitido em nome da unidade gestora e 
operacionalizado por instituição financeira autorizada, utilizado exclusivamente 
pelo portador nele identificado, nos casos indicados em ato próprio da 
autoridade competente. Ele permite o acompanhamento das despesas 
realizadas com os recursos do Governo, facilita a prestação de contas e oferece 
maior segurança às operações. 
 
O Decreto 5.355/2005 dispõe sobre a utilização do CPGF pelos órgãos e 
entidades da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional, 
para pagamento de despesas realizadas nos termos da legislação vigente, e dá 
outras providências. 
 
Segundo o art. 2º, a utilização do CPGF para pagamento de despesas poderá 
ocorrer na aquisição de materiais e contratação de serviços enquadrados como 
suprimento de fundos, sem prejuízo dos demais instrumentos de pagamento 
previstos na legislação. No entanto, ato conjunto dos Ministros de Estado do 
Planejamento, Orçamento e Gestão e da Fazenda poderá autorizar a utilização 
do CPGF como forma de pagamento de outras despesas. 
 
Segundo o § 6º do art. 45 do Decreto 93.872/1986, é vedada a utilização do 
CPGF na modalidade de saque, exceto no tocante às despesas: 
x De que trata o art. 47, ou seja, decorrente de Regime Especial de 
Execução estabelecido em instruções aprovadas pelos respectivos 
Ministros de Estado, vedada a delegação de competência. 
x Decorrentes de situações específicas do órgão ou entidade, nos termos 
do autorizado em portaria pelo Ministro de Estado competente e nunca 
superior a 30% do total da despesa anual do órgão ou entidade efetuada 
com suprimento de fundos. 
x Decorrentes de situações específicas da agência reguladora, nos termos 
do autorizado em portaria pelo seu dirigente máximo e nunca superior a 
30% do total da despesa anual da agência efetuada com suprimento de 
fundos. 
 
Este é o art. 47 citado acima: 
Art. 47. A concessão e aplicação de suprimento de fundos, ou adiantamentos, 
para atender a peculiaridades dos órgãos essenciais da Presidência da 
República, da Vice-Presidência da República, do Ministério da Fazenda, do 
Ministério da Saúde, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, do 
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Departamento de Polícia Federal do Ministério da Justiça, do Ministério das 
Relações Exteriores, bem assim de militares e de inteligência, obedecerão ao 
Regime Especial de Execução estabelecido em instruções aprovadas pelos 
respectivos Ministros de Estado, vedada a delegação de competência. 
Parágrafo único. A concessão e aplicação de suprimento de fundos de que trata 
o caput restringe-se: 
I ± com relação ao Ministério da Saúde: a atender às especificidades 
decorrentes da assistência à saúde indígena; 
II ± com relação ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento: a 
atender às especificidades dos adidos agrícolas em missões diplomáticas no 
exterior; e 
III ± com relação ao Ministério das Relações Exteriores: a atender às 
especificidades das repartições do Ministério das Relações Exteriores no 
exterior. 
 
É vedada a abertura de conta bancária destinada à movimentação de 
suprimentos de fundos (art. 45-A do Dec 93.872/1986). 
A Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda encerrará as contas 
bancárias destinadas à movimentação de suprimentos de fundos até 2 de 
junho de 2008. Entretanto, poderão ser abertas novas contas bancárias 
destinadas à movimentação de suprimento de fundos no caso dos órgãos dos 
Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público da União e dos Comandos 
Militares. 
 
A regra geral é a utilização do CPGF para o suprimento de fundos, sendo 
exceção a abertura de novas contas bancárias destinadas à movimentação de 
suprimento de fundos (Decreto 6.467/2008). 
 
O CPGF é uma modalidade de pagamento, ou seja, não altera em nada os 
procedimentos existentes para a utilização do suprimento de fundos e sua 
prestação de contas. Se o ordenador de despesa impugnar as contas do suprido, 
este deverá devolver, por meio do documento Guia de Recolhimento da União ± 
GRU, os valores das despesas não elegíveis, ou seja, aquelas que não foram 
aceitas pelo ordenador de despesa da UG, por estar em desacordo com o objeto 
do suprimento. Cabe ressaltar que a rotina de devolução vale tanto para a conta 
bancária quanto para o cartão. 
 
Nos pagamentos correspondentes ao fornecimento de bens ou pela prestação 
de serviços efetuados por meio de Cartão de Pagamento do Governo Federal 
(CPGF), pelos órgãos e pelas entidades da administração pública federal, ou 
via cartões de crédito ou débito, a retenção será efetuada pelo órgão ou pela 
entidade pagadora sobre o total a ser pago à empresa fornecedora do bem ou 
prestadora do serviço, devendo o pagamento com o cartão ser realizado pelo 
valor líquido, depois de deduzidos os valores do imposto e das contribuições 
retidos, cabendo a responsabilidade pelo recolhimento destes ao órgão ou à 
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entidade adquirente do bem ou tomador dos serviços (art. 10 da IN RFB 
1.234/2012). 
 
Entretanto, o disposto acima não se aplica às despesas efetuadas com 
suprimentos de fundos de que tratam os arts. 45 a 47 do Decreto nº 
93.872/1986, e aos adiantamentos efetuados a empregados para despesas 
miúdas de pronto pagamento. 
 
Atualmente, apenas as despesas de pequeno vulto possuem limites, com 
percentuais baseados no art. 23 da Lei 8.666/1993: 
 
Valores máximos para a concessão de suprimento de fundos 
Modalidade Obras e serviços de engenharia Compras e serviços em geral 
CPGF R$ 15.000,00 R$ 8.000,00 
Conta tipo B R$ 7.500,00 R$ 4.000,00 
 
Valores máximos por despesa realizada 
Modalidade Obras e serviços de engenharia Compras e serviços em geral 
CPGF R$ 1.500,00 R$ 800,00 
Conta tipo B R$ 375,00 R$ 200,00 
 
Repare que há valores diferenciados para a concessão total e por despesa 
realizada; por CPGF e por Conta Tipo B; para obras e serviços de engenharia e 
para compras e serviços em geral. 
 
 
10) (CESPE ± Auditor de Controle Externo ± TCE/ES ± 2012) Se 
determinado suprimento de fundos for concedido no regime especial 
de execução, então o respectivo cartão de pagamentos poderá ser 
utilizado na modalidade de saque. 
 
Segundo o § 6º do art. 45 do Decreto 93.872/1986, é vedada a utilização do 
CPGF na modalidade de saque, exceto no tocante às despesas: 
_ De que trata o art. 47, ou seja, decorrente de Regime Especial de Execução 
estabelecido em instruções aprovadas pelos respectivos Ministros de Estado, 
vedada a delegação de competência. 
_Decorrentes de situações específicas do órgão ou entidade, nos termos do 
autorizado em portaria pelo Ministro de Estado competente e nunca superior a 
30% do total da despesa anual do órgão ou entidade efetuada com suprimento 
de fundos. 
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_ Decorrentes de situações específicas da agência reguladora, nos termos do 
autorizado em portaria pelo seu dirigente máximo e nunca superior a 30% do 
total da despesa anual da agência efetuada com suprimento de fundos. 
 
Logo, se determinado suprimento de fundos for concedido no regime especial 
de execução, então o respectivo cartão de pagamentos poderá ser utilizado na 
modalidade de saque. 
Resposta: Certa 
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4. CONTA ÚNICA 
 
4.1 O Princípio Financeiro da Unidade de Caixa (ou de Tesouraria) 
 
A Conta Única foi implantada em setembro de 1988, pouco antes da 
promulgação da atual Constituição Federal, que ocorreu em outubro do mesmo 
ano. Representou uma mudança radical no controle de caixa do Tesouro 
Nacional, em virtude da racionalização na movimentação dos recursos 
financeiros no âmbito do Governo Federal. Com ela, todas as unidades 
gestoras on-line do SIAFI passaram a ter os seus saldos bancários registrados 
e controlados pelo sistema, sem contas escriturais no Banco do Brasil. 
 
O princípio da unidade de caixa (ou de tesouraria) é aquele que respalda a 
Conta Única do Tesouro, a qual é mantida junto ao Banco Central do Brasil e 
sua operacionalização será efetuada por intermédio do Banco do Brasil, ou, 
excepcionalmente, por outros agentes financeiros autorizados pelo Ministério 
da Fazenda. O objetivo seria apresentar todas as receitas e despesas numa só 
conta, a fim de confrontar os totais e apurar o resultado: equilíbrio, déficit ou 
superávit. Vale ressaltar que o princípio da unidade de caixa não se confunde 
com o princípio orçamentário da unidade, pois este se refere à dotação 
orçamentária, enquanto aquele a recursos financeiros. 
 
O princípio da unidade de caixa está consagrado no art. 56 da Lei 4.320/1964: 
³$UW������2�UHFROKLPHQWR�GH�WRGDV�DV�UHFHLWDV�IDU-se-á em estrita observância 
ao princípio de unidade de tesouraria, vedada qualquer fragmentação para 
FULDomR�GH�FDL[DV�HVSHFLDLV�´ 
 
O art. 164, § 3º, da CF/1988 determina o destino das disponibilidades: 
³†� �ž� $V� GLVSRQLELOLGDGHV� GH� FDL[D� GD� 8QLmR� VHUmR� GHSRVLWDGDV� QR� EDQFR�
central; as dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou 
entidades do Poder Público e das empresas por ele controladas, em instituições 
ILQDQFHLUDV�RILFLDLV��UHVVDOYDGRV�RV�FDVRV�SUHYLVWRV�HP�OHL�´ 
 
 
 
Receitas não recolhidas 
à conta única 
Apesar dessa regra, algumas receitas não são 
recolhidas à conta única do Tesouro, a exemplo das 
receitas de aplicação financeiras de fundos e de 
convênios. Essas receitas revertem às suas respectivas 
contas-correntes, sendo exceções ao princípio da 
unidade de caixa. 
 
Assim, a Conta Única é destinada a acolher, em conformidade com o disposto 
no art. 164 da CF/1988, as disponibilidades financeiras da União que se 
encontram à disposição das UGs on-line, nos limites financeiros previamente 
definidos. Como vimos, o referido artigo determina que as disponibilidades de 
caixa da União serão depositadas no banco central; as dos estados, do 
Distrito Federal, dos municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e 
 Administração Geral e Pública (Parte de Orçamento Público) 
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das empresas por ele controladas, em instituições financeiras oficiais, 
ressalvados os casos previstos em lei. 
 
 
 
De acordo com o STF, as disponibilidades de caixa dos Estados-membros, dos órgãos 
ou entidades que os integram e das empresas por eles controladas deverão ser 
depositadas em instituições financeiras oficiais, cabendo, unicamente, à União 
Federal, mediante lei de caráter nacional, definir as exceções autorizadas pelo art. 
164, § 3º, da Constituição da República. 
 
A Instrução Normativa STN nº 02, de 22 de maio de 2009, dispõe sobre a Guia 
de Recolhimento da União - GRU, e dá outras providências. 
 
De acordo com a referida IN, o Banco do Brasil S.A. é o agente financeiro 
centralizador da arrecadação por meio da Guia de Recolhimento da União ± 
GRU. 
 
Órgão Arrecadador: para fins dessa instrução normativa, entende-se como 
Órgão Arrecadador a unidade do Governo Federal que detém a 
responsabilidade administrativa sobre os valores arrecadados por meio da Guia 
de Recolhimento da União. 
 
A Lei de Responsabilidade Fiscal traz uma observação importante ao princípio 
da unidade de caixa, pois em seu art. 43, § 1º, estabelece que as 
disponibilidades de caixa relativas à Previdência Social deverão ser separadas 
das demais disponibilidades do ente público: 
 
³†� �ž� $V� disponibilidades de caixa dos regimes de previdência social, 
geral e próprio dos servidores públicos, ainda que vinculadas a fundos 
específicos a que se referem os arts. 249 e 250 da Constituição, ficarão 
depositadas em conta separada das demais disponibilidades de cada 
ente e aplicadas nas condições de mercado, com observância dos limites e 
FRQGLo}HV�GH�SURWHomR�H�SUXGrQFLD�ILQDQFHLUD�´ 
 
Para não deixar dúvidas, segundo a LRF, são entes da Federação: a União, 
cada estado, o Distrito Federal e cada município. 
 
É vedada a aplicação de tais disponibilidades em: 
x Títulos da dívida pública estadual e municipal, bem como em ações e 
outros papéis relativos às empresas controladas pelo respectivo ente da 
Federação. 
x Empréstimos, de qualquer natureza, aos segurados e ao Poder Público, 
inclusive a suas empresas controladas. 
 
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4.2 Considerações Importantes sobre a Conta Única 
 
A Conta Única é movimentada pelas UGs da Administração Pública Federal, 
inclusive fundos, autarquias, fundações, e outras entidades integrantes do 
SIAFI, na modalidade on-line. A movimentação de recursos da Conta Única 
será efetuada por meio de Ordem Bancária ± OB, Documento de Arrecadação 
de Receitas Federais ± DARF, Guia da Previdência Social ± GPS, Documento 
de Receita de Estados e/ou Municípios ± DAR, Guia do Salário-educação ± 
GSE, Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações da Previdência Social ± 
GFIP, Nota de Sistema ± NS ou Nota de Lançamento ± NL, de acordo com as 
respectivas finalidades. 
 
Observa-se que somente são permitidos saques para o pagamento de 
despesas formalmente processadas e dentro dos limites estabelecidos na 
programação financeira. No entanto, em casos excepcionais e para fins 
específicos, o Ministro da Fazenda poderá autorizar o levantamento de tal 
restrição, possibilitando haver saques da conta única para pagamento de 
despesas que não tenham sido formalmente processadas ou fora dos limites 
estabelecidos na programação financeira. 
 
Outra observação éque as entidades da Administração Federal indireta não 
poderão utilizar recursos provenientes de dotações orçamentárias da 
União, inclusive transferências, nem eventuais saldos da mesma origem 
apurados no encerramento de cada ano civil, em suas aplicações no mercado 
financeiro. Para a verificação dessa determinação, o Banco Central do Brasil 
prestará à Secretaria do Tesouro Nacional as informações por ela solicitadas. 
 
O SIAFI consolidará, diariamente, as ordens bancárias emitidas, de acordo 
FRP�D� UHVSHFWLYD� ILQDOLGDGH��JHUDQGR�D� ³5HODomR�GH�2UGHQV�%DQFiULDV� ,QWUD-
SIAFI-57´� H� D� ³5HODomR� GH� 2UGHQV� %DQFiULDV� ([WHUQDV� ± 5(´�� 'HVWDFD-se a 
ordem bancária de cartão, a qual é utilizada para registro de saque, efetuado 
pelo portador do Cartão de Pagamento do Governo Federal (CPGF ou também 
chamado cartão corporativo), em moeda corrente, observado o limite 
estipulado pelo ordenador de despesas; e a Ordem Bancária de Sistema ± 
OBS, utilizada para cancelamento de ordem bancária pelo agente financeiro 
com devolução dos recursos correspondentes, bem como pela STN para 
regularização das remessas não efetivadas. 
 
A Guia de Recolhimento de Receitas da União ± GRU é o documento 
padronizado para registrar os ingressos de valores na Conta Única. Deverão 
ser recolhidas por GRU as taxas (custas judiciais, emissão de passaporte etc.), 
aluguéis de imóveis públicos, serviços administrativos e educacionais (inscrição 
de vestibular/concursos, expedição de certificados), receitas de multas (da 
Polícia Rodoviária Federal, do Código Eleitoral, do Serviço Militar etc.) e outras. 
 
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Excetuam-se do recolhimento por meio da GRU as receitas do Instituto 
Nacional do Seguro Social ± INSS, recolhidas mediante a Guia de Previdência 
Social ± GPS, e as receitas administradas pela Secretaria da Receita Federal do 
Brasil ± RFB e pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional ± PGFN, recolhidas 
por meio do Documento de Arrecadação de Receitas Federais ± DARF. 
 
Nos casos devidamente comprovados em que características operacionais 
inviabilizem a utilização da GRU, a Coordenação-Geral de Programação 
Financeira poderá, em caráter excepcional, submeter à avaliação do 
Secretário do Tesouro Nacional pedido de autorização para a 
arrecadação de receitas em documento distinto (art. 1º, § 2º, da IN STN 
nº 2/2009). 
 
 
11) (CESPE ± Analista Judiciário ± Contabilidade - TRE/RJ ± 2012) A 
Conta Única do Tesouro Nacional destina-se a acolher as 
disponibilidades financeiras da União, dos estados, do Distrito Federal 
e dos municípios. 
 
As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco central; as 
dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do 
Poder Público e das empresas por ele controladas, em instituições 
financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei (art. 164, § 3º, da 
CF/1988). 
Resposta: Errada 
 
12) (CESPE ± Técnico Científico ± Administração ± Banco da Amazônia 
- 2012) A Conta Única do Tesouro Nacional, mantida no Banco do 
Brasil, tem por finalidade acolher as disponibilidades financeiras da 
União a serem movimentadas pelas unidades gestoras da 
administração pública federal, sendo operacionalizada por meio de 
ordem bancária, para pagamento dos credores da União. 
 
A Conta Única do Tesouro é mantida junto ao Banco Central do Brasil e sua 
operacionalização será efetuada por intermédio do Banco do Brasil, ou, 
excepcionalmente, por outros agentes financeiros autorizados pelo Ministério 
da Fazenda. 
Resposta: Errada 
 
13) (CESPE ± Técnico Científico ± Contabilidade ± Banco da Amazônia - 
2012) A conta única é movimentada pelas unidades gestoras da 
administração pública federal, sendo o único documento padronizado 
para o registro de receitas a guia de recolhimento da União. 
 
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A Guia de Recolhimento de Receitas da União ± GRU é o documento 
padronizado para registrar os ingressos de valores na Conta Única. Deverão 
ser recolhidas por GRU as taxas (custas judiciais, emissão de passaporte etc.), 
aluguéis de imóveis públicos, serviços administrativos e educacionais (inscrição 
de vestibular/concursos, expedição de certificados), receitas de multas (da 
Polícia Rodoviária Federal, do Código Eleitoral, do Serviço Militar etc.) e outras. 
Excetuam-se do recolhimento por meio da GRU as receitas do Instituto 
Nacional do Seguro Social ± INSS, recolhidas mediante a Guia de 
Previdência Social ± GPS, e as receitas administradas pela Secretaria da 
Receita Federal do Brasil ± RFB e pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional 
± PGFN, recolhidas por meio do Documento de Arrecadação de Receitas 
Federais ± DARF. 
Resposta: Errada 
 
14) (CESPE ± Agente ± Polícia Federal ± 2012) No que se refere a 
administração financeira e orçamentária, julgue o item que se segue. 
O gestor público que pretenda sacar recursos da Conta Única do 
Tesouro deverá realizá-lo por intermédio de ordem bancária, 
diretamente no SIAFI. Para a efetivação de pagamentos, esses 
recursos são disponibilizados no Banco do Brasil S.A. 
 
O princípio da unidade de caixa (ou de tesouraria) é aquele que respalda a 
Conta Única do Tesouro, a qual é mantida junto ao Banco Central do Brasil e 
sua operacionalização será efetuada por intermédio do Banco do Brasil, ou, 
excepcionalmente, por outros agentes financeiros autorizados pelo Ministério 
da Fazenda. Logo, Para a efetivação de pagamentos, esses recursos são 
disponibilizados no Banco do Brasil S.A. 
O SIAFI consolidará, diariamente, as ordens bancárias emitidas, de acordo com 
a respectiva finalidade. Destaca-se a ordem bancária de cartão, a qual é 
utilizada para registro de saque, efetuado pelo portador do Cartão de 
Pagamento do Governo Federal (CPGF ou também chamado cartão 
corporativo), em moeda corrente, observado o limite estipulado pelo 
ordenador de despesas. Logo, o gestor público que pretenda sacar recursos da 
Conta Única do Tesouro deverá realizá-lo por intermédio de ordem bancária, 
diretamente no SIAFI. 
Resposta: Certa 
 
15) (CESPE ± TFCE ± TCU ± 2012) O Banco Central do Brasil é o agente 
financeiro que centraliza a arrecadação da GRU; o órgão arrecadador é 
a unidade do governo federal que detém a responsabilidade 
administrativa sobre os valores arrecadados. 
 
Os artigos abaixo da IN STN 2/2009 respondem o item: 
Art. 3º O Banco do Brasil S.A. é o agente financeiro centralizador da 
arrecadação por meio da Guia de Recolhimento da União ± GRU. 
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Art. 4º Para fins dessa instrução normativa, entende-se como Órgão 
Arrecadador a unidade do Governo Federal que detém a responsabilidade 
administrativa sobre os valores arrecadados por meio da Guia de Recolhimento 
da União. 
 
O Banco Central do Brasil (BACEN), criado pela Lei 4.595, de 31 de dezembro 
de 1964, é uma autarquia federal, vinculada ao Ministério da Fazenda, que tem 
por missão assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda e um 
sistema financeiro sólido e eficiente. Não se confunde com o Banco do BrasilS.A. (BB), que é uma instituição financeira constituída na forma de sociedade 
de economia mista. 
 
Resposta: Errada 
 
16) (CESPE ± Promotor ± MPE/RR ± 2012) As disponibilidades de caixa 
da União, assim como as dos estados, do DF e dos municípios, serão 
obrigatoriamente depositadas no Banco Central do Brasil. 
 
As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco central; as 
dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do 
Poder Público e das empresas por ele controladas, em instituições 
financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei (art. 164, § 3º, da 
CF/1988). 
Resposta: Errada 
 
17) (CESPE ± TFCE ± TCU ± 2012) A GRU é o documento exclusivo para 
o recolhimento de receita pública à conta única do Tesouro Nacional, 
sendo proibida a arrecadação em documento distinto. 
 
Nos casos devidamente comprovados em que características operacionais 
inviabilizem a utilização da GRU, a Coordenação-Geral de Programação 
Financeira poderá, em caráter excepcional, submeter à avaliação do 
Secretário do Tesouro Nacional pedido de autorização para a 
arrecadação de receitas em documento distinto (art. 1º, § 2º, da IN STN 
nº 2/2009). 
Resposta: Errada 
 
18) (CESPE ± Auditor de Controle Externo ± TCE/ES ± 2012) A Conta 
Única do Tesouro Nacional é mantida junto ao BACEN e 
operacionalizada, exclusivamente, pelo Banco do Brasil, via SIAFI, por 
meio de ordem bancaria. 
 
A Conta Única do Tesouro é mantida junto ao Banco Central do Brasil e sua 
operacionalização será efetuada por intermédio do Banco do Brasil, ou, 
excepcionalmente, por outros agentes financeiros autorizados pelo 
Ministério da Fazenda. 
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A movimentação de recursos da Conta Única será efetuada por meio de 
Ordem Bancária ± OB, Documento de Arrecadação de Receitas Federais 
± DARF, Guia da Previdência Social ± GPS, Documento de Receita de 
Estados e/ou Municípios ± DAR, Guia do Salário-educação ± GSE, Guia 
de Recolhimento do FGTS e de Informações da Previdência Social ± 
GFIP, Nota de Sistema ± NS ou Nota de Lançamento ± NL, de acordo 
com as respectivas finalidades. 
Resposta: Errada 
 
19) (CESPE - Técnico de Controle Interno - MPU - 2010) Em casos 
excepcionais, pode haver saques da conta única para pagamento de 
despesas que não tenham sido formalmente processadas. 
 
Somente são permitidos saques para o pagamento de despesas formalmente 
processadas e dentro dos limites estabelecidos na programação financeira. No 
entanto, em casos excepcionais e para fins específicos, o Ministro da Fazenda 
poderá autorizar o levantamento de tal restrição, possibilitando haver saques 
da conta única para pagamento de despesas que não tenham sido 
formalmente processadas ou fora dos limites estabelecidos na programação 
financeira. 
Resposta: Certa 
 
20) (CESPE - Agente - Polícia Federal - 2009) Nem todas as receitas 
são recolhidas à conta única do Tesouro, podendo ser revertidas a 
outras contas-correntes. 
 
Apesar da regra da Conta Única, algumas receitas não são recolhidas à conta 
única do Tesouro, a exemplo das receitas de aplicação financeiras de fundos e 
de convênios. Essas receitas revertem às suas respectivas contas correntes, 
sendo exceções ao princípio da unidade de caixa. 
Logo, como existem exceções, nem todas as receitas são recolhidas à conta 
única do Tesouro, podendo ser revertidas a outras contas-correntes. 
Resposta: Certa 
 
 
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MAIS QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES DO CESPE 
 
21) (CESPE ± Técnico Judiciário ± Administrativa ± CNJ - 2013) Se, 
próximo ao final do exercício, determinado ente realizar o empenho de 
despesa, sem tempo hábil para seu pagamento, então os respectivos 
valores serão, no exercício financeiro imediatamente posterior, 
classificados como despesas de exercícios anteriores. 
 
Consideram-se restos a pagar ou resíduos passivos as despesas empenhadas, 
mas não pagas dentro do exercício financeiro, logo, até o dia 31 de dezembro. 
Portanto, se, próximo ao final do exercício, determinado ente realizar o 
empenho de despesa, sem tempo hábil para seu pagamento, então os 
respectivos valores serão, no exercício financeiro imediatamente posterior, 
classificados como restos a pagar. 
Resposta: Errada 
 
22) (CESPE ± TFCE ± TCU ± 2012) O pagamento efetuado por entidade 
da administração pública federal ao setor privado, por meio de cartão 
de pagamento do governo federal, pela prestação de serviços, será 
feito pelo valor líquido após a retenção do imposto e das contribuições 
devidas. 
 
Nos pagamentos correspondentes ao fornecimento de bens ou pela prestação 
de serviços efetuados por meio de Cartão de Pagamento do Governo Federal 
(CPGF), pelos órgãos e pelas entidades da administração pública federal, ou 
via cartões de crédito ou débito, a retenção será efetuada pelo órgão ou pela 
entidade pagadora sobre o total a ser pago à empresa fornecedora do bem ou 
prestadora do serviço, devendo o pagamento com o cartão ser realizado pelo 
valor líquido, depois de deduzidos os valores do imposto e das contribuições 
retidos, cabendo a responsabilidade pelo recolhimento destes ao órgão ou à 
entidade adquirente do bem ou tomador dos serviços (art. 10 da IN RFB 
1.234/2012). 
Resposta: Certa 
 
23) (CESPE ± Agente ± Polícia Federal ± 2012) No que se refere a 
administração financeira e orçamentária, julgue o item que se segue. 
Um servidor designado pelo ordenador de despesas poderá realizar, 
com suprimento de fundos, o pagamento de despesas do vice-
presidente da República durante viagens nacionais. 
 
No Decreto 5.992/2006: 
Art. 9º Nos deslocamentos do Presidente da República e do Vice-
Presidente da República, no território nacional, as despesas correrão à 
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conta dos recursos orçamentários consignados, respectivamente, à Presidência 
da República e à Vice-Presidência da República. (Redação dada pelo Decreto nº 
6.907, de 2009). 
§ 1º Correrão à conta dos recursos orçamentários consignados à Presidência 
da República e à Vice-Presidência da República as diárias das autoridades 
integrantes das respectivas comitivas oficiais. (Redação dada pelo Decreto nº 
6.907, de 2009) 
§ 2º Correrão, ainda, à conta dos recursos orçamentários consignados ao 
respectivo Ministério as diárias relativas a assessor de Ministro de 
Estado.(Redação dada pelo Decreto nº 6.907, de 2009). 
§ 3º As despesas de que trata o caput serão realizadas mediante a 
concessão de suprimento de fundos a servidor designado pelo 
ordenador de despesas competente, obedecido ao disposto no art. 47 
do Decreto nº 93.872, de 23 de dezembro de 1986. (Incluído pelo 
Decreto nº 6.258, de 2007). 
Resposta: Certa 
 
24) (CESPE ± Administrador - TJ/RR ± 2012) O servidor público poderá 
receber até cinco suprimentos de fundos simultaneamente, desde que 
esteja desenvolvendo em continuidade um mesmo projeto ou 
programa. 
 
Não se concederá suprimentos de fundos, dentre outras restrições, a 
responsável por dois suprimentos, ou seja, é permitidaa concessão de até 
dois suprimentos com prazo de aplicação não vencido. 
Resposta: Errada 
 
25) (CESPE ± Auditor de Controle Externo ± TCE/ES ± 2012) 
Suprimentos de fundos correspondem as despesas que, por sua 
natureza ou urgência, devem ser realizadas sem que haja o processo 
normal de execução orçamentária, sendo vedada a concessão de 
suprimento para servidor que tenha ao seu cargo a guarda ou 
utilização do material a adquirir, salvo quando não houver outro 
servidor na repartição. 
 
O regime de adiantamento, suprimento de fundos, é aplicável aos casos de 
despesas expressamente definidas em lei e consiste na entrega de numerário a 
servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria, para o fim de 
realizar despesas que pela excepcionalidade, a critério do ordenador de 
despesa e sob sua inteira responsabilidade, não possam subordinar-se ao 
processo normal de aplicação. 
Não se concederá suprimentos de fundos, dentre outras restrições, a servidor 
que tenha a seu cargo a guarda ou a utilização do material a adquirir, salvo 
quando não houver na repartição outro servidor. 
Resposta: Certa 
 
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26) (CESPE ± Analista ± Contabilidade - ECB ± 2011) Todos os 
empenhos que, ao final do exercício financeiro, não forem liquidados, 
deverão ser cancelados para que seja evitada a sua inscrição em 
restos a pagar. 
 
Nem todos os empenhos devem ser anulados. Segundo o Decreto 
93.872/1986 
Art. 35. O empenho de despesa não liquidada será considerado anulado em 31 
de dezembro, para todos os fins, salvo quando: 
I - vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor, nele 
estabelecida; 
II - vencido o prazo de que trata o item anterior, mas esteja em cursos a 
liquidação da despesa, ou seja de interesse da Administração exigir o 
cumprimento da obrigação assumida pelo credor; 
III - se destinar a atender transferências a instituições públicas ou privadas; 
IV - corresponder a compromissos assumido no exterior. 
 
Resposta: Errada 
 
27) (CESPE ± Analista Judiciário ± Administrativo ± STM - 2011) 
Quando parte das despesas inscritas em restos a pagar é cancelada, o 
montante correspondente deve ser classificado como receita do 
exercício em que se deu o cancelamento. 
 
O atual MCASP dispõe que não devem ser reconhecidos como receitas 
orçamentárias os recursos financeiros oriundos de cancelamento de despesas 
inscritas em Restos a Pagar, o qual consiste na baixa da obrigação constituída 
em exercícios anteriores, portanto, trata-se de restabelecimento de saldo de 
disponibilidade comprometida, originária de receitas arrecadadas em exercícios 
anteriores e não de uma nova receita a ser registrada. O cancelamento de 
Restos a Pagar não se confunde com o recebimento de recursos provenientes 
do ressarcimento ou da restituição de despesas pagas em exercícios anteriores 
que devem ser reconhecidos como receita orçamentária do exercício. 
Resposta: Errada 
 
28) (CESPE ± Analista Administrativo - Administrativa - PREVIC - 
2011) Considere que o filho de um servidor público tenha nascido no 
mês de dezembro de 2010, mas que somente em janeiro de 2011 esse 
servidor tenha solicitado o pagamento do benefício do salário-família. 
Nesse caso, o pagamento do benefício do salário-família do mês de 
dezembro de 2010 pode ser reconhecido como despesa de exercício 
anterior. 
 
Algumas obrigações de pagamento criadas em virtude de lei podem ser 
reconhecidas pela autoridade competente após o fim do exercício financeiro em 
que foram geradas, ainda que não tenha saldo na dotação própria ou que a 
 Administração Geral e Pública (Parte de Orçamento Público) 
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dotação não tenha sido prevista. As despesas decorrentes da decisão 
referentes aos anos anteriores deverão ir à conta de despesas de exercícios 
anteriores. Isso ocorre no caso de pagamento retroativo de ano anterior do 
benefício do salário-família 
Resposta: Certa 
 
29) (CESPE - Especialista - Administração - SESA/ES - 2011) A reserva 
de contingência deve-se destinar exclusivamente ao pagamento de 
restos a pagar que excederem as disponibilidades de caixa ao final do 
exercício. 
 
A reserva de contingência tem por finalidade atender, além da abertura de 
créditos adicionais, perdas que, embora sejam previsíveis, são episódicas, 
contingentes ou eventuais. Deve ser prevista em lei sua constituição, com 
vistas a enfrentar prováveis perdas decorrentes de situações emergenciais. 
Não há previsão de utilização exclusiva para pagamento de restos a pagar. 
Resposta: Errada 
 
30) (CESPE ± Analista Administrativo - Administrativa - PREVIC - 
2011) O ordenador de despesa no âmbito do programa previdência 
complementar, em caráter excepcional e sob sua inteira 
responsabilidade, pode conceder suprimento de fundos a servidor, 
obrigatoriamente precedido de empenho na dotação, para atender 
despesas eventuais em viagens e com serviços especiais que exijam 
pronto pagamento. 
 
O regime de adiantamento, suprimento de fundos, é aplicável aos casos de 
despesas expressamente definidas em lei e consiste na entrega de numerário a 
servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria, para o fim de 
realizar despesas que pela excepcionalidade, a critério do ordenador de 
despesa e sob sua inteira responsabilidade, não possam subordinar-se ao 
processo normal de aplicação. 
Assim, como exemplo, o ordenador de despesa no âmbito do programa 
previdência complementar, em caráter excepcional e sob sua inteira 
responsabilidade, pode conceder suprimento de fundos a servidor, 
obrigatoriamente precedido de empenho na dotação, para atender despesas 
eventuais em viagens e com serviços especiais que exijam pronto pagamento. 
Resposta: Certa 
 
31) (CESPE - Especialista - Administração - SESA/ES - 2011) A 
utilização do cartão de pagamento do governo federal destina-se à 
aquisição de materiais e à contratação de serviços enquadrados como 
suprimento de fundos, sendo vedada sua utilização como forma de 
pagamento de outras despesas. 
 
A utilização do CPGF para pagamento de despesas poderá ocorrer na aquisição 
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de materiais e contratação de serviços enquadrados como suprimento de 
fundos, sem prejuízo dos demais instrumentos de pagamento previstos na 
legislação. No entanto, ato conjunto dos Ministros de Estado do Planejamento, 
Orçamento e Gestão e da Fazenda poderá autorizar a utilização do CPGF 
como forma de pagamento de outras despesas. 
Resposta: Errada 
 
32) (CESPE ± Analista ± Contabilidade - ECB ± 2011) O pagamento das 
despesas de 2010 inscritas em restos a pagar processados dependerá 
do requerimento da empresa fornecedora do material ou serviço, o que 
dará origem ao seu processo de reconhecimento da dívida de 
exercícios anteriores. 
 
A questão misturou os dois conceitos criando uma exigência que não existe. 
Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas mas não pagas até o 
dia 31 de dezembro. Já as despesas de exercícios anteriores são aquelas de 
exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava 
crédito próprio, com saldo suficiente

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