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Aula 05

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Administração Geral e Pública (Parte de Orçamento Público) 
p/ Auditor Fiscal do Trabalho 
Teoria e Questões Comentadas – Com Videoaulas 
Prof. Sérgio Mendes – Aula 05 
 
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AULA 5: Receita Pública 
 
 SUMÁRIO PÁGINA 
Apresentação do tema 1 
Classificação por Natureza da Receita (Categorias) 3 
Classificação por Fontes (ou por Destinação de Recursos) 16 
Classificação da Receita por Identificador de Resultado Primário 19 
Outras Classificações 20 
Dívida Ativa 23 
Mais Questões de Concursos Anteriores - CESPE 32 
Memento (resumo) 53 
Lista das questões comentadas nesta aula 58 
Gabarito 69 
 
Olá amigos! Como é bom estar aqui! 
 
Motivação é quando se tem uma razão para agir. Ter motivação significa ter 
um desejo por trás de suas ações. Ela é responsável pela persistência de uma 
pessoa para atingir uma meta. 
 
Há casos em que a motivação existe de forma fácil e natural no aluno. Ela 
pode surgir pela própria curiosidade ou pela vontade de se progredir na vida. 
Entretanto, para muitos, manter-se motivado é um desafio. 
 
Uma excelente forma de motivação é através da visualização. Visualizar seu 
objetivo e sentir as sensações do sucesso — como se ele já tivesse acontecido 
— faz com que você se torne mais confiante. Se o seu objetivo é passar em 
um grande concurso, imagine você sendo aprovado, depois de tanto esforço e 
dedicação. Sinta a emoção como se você tivesse acabado de ver o seu nome 
na lista de aprovados. 
 
Outra maneira de obter motivação é mantendo contato com pessoas com os 
mesmos sonhos e ideais que o seu. Criar grupos de estudo com pessoas 
otimistas e animadas — um incentivando e ajudando o outro — faz com que 
todos se mantenham ativos e estudando de forma eficiente. (extraído de texto 
da Simplus, com adaptações). 
 
Vamos lá! Mantenha a motivação! Vamos estudar nesta aula a Receita Pública. 
 
A palavra receita é utilizada em todo o mundo pela contabilidade para 
evidenciar a variação positiva da situação líquida patrimonial resultante do 
 Administração Geral e Pública (Parte de Orçamento Público) 
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Prof. Sérgio Mendes – Aula 05 
 
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aumento de ativos ou da redução de passivos de uma entidade. A receita 
pública pode ser definida em sentido amplo (lato) e em sentido restrito 
(stricto). 
Receita pública em sentido amplo (lato sensu) ou ingresso público: são 
todas as entradas ou ingressos de bens ou direitos a qualquer título, em certo 
período de tempo, que o Estado utiliza para financiar seus gastos, podendo ou 
não se incorporar ao seu patrimônio e independente de haver contrapartida no 
passivo. Exemplos: receitas tributárias, operações de crédito, operações de 
crédito por antecipação de receita, cauções etc. 
Receita pública em sentido estrito (stricto sensu): são todas as entradas 
ou ingressos de bens ou direitos, em certo período de tempo, que se 
incorporam ao patrimônio público sem compromisso de devolução posterior. 
Exemplos: alienação de bens, receita de contribuições, receitas industriais etc. 
 
No processo orçamentário, é notável a relevância da receita pública, cuja 
previsão dimensiona a capacidade governamental em fixar a despesa pública 
e, no momento da sua arrecadação, torna-se instrumento condicionante da 
execução orçamentária da despesa. 
 
A receita está envolvida em situações singulares na Administração Pública, 
como a sua distribuição e destinação entre as esferas governamentais e o 
estabelecimento de limites legais impostos pela lei de responsabilidade fiscal. 
Dessa forma, assume fundamental importância ao permitir estudos e análises 
acerca da carga tributária suportada pelos diversos segmentos da sociedade. 
 
O conhecimento dos conceitos e da classificação da receita possibilita a 
cidadania no processo de fiscalização da arrecadação, bem como o efetivo 
controle social sobre as contas dos Governos Federal, Estadual, Distrital e 
Municipal. Da mesma forma, do lado dos servidores públicos, o conhecimento 
das receitas públicas, principalmente em face da LRF, contribui para a 
transparência das contas públicas e para o fornecimento de informações de 
melhor qualidade aos diversos usuários. 
As classificações orçamentárias de receitas e despesas são de fundamental 
importância para a transparência das operações constantes de um orçamento. 
Toda a informação orçamentária é organizada e veiculada segundo um tipo de 
classificação. Ademais, é por meio das várias classificações, ainda, que se 
implementam planos, que se explicitam os objetivos e prioridades da ação 
pública, orçamento e gestão das organizações do setor público, ilustrando, 
desse modo, o direcionamento político da ação governamental. 
 
Nesta aula abordaremos as classificações da Receita Pública. Na seguinte, 
trataremos das classificações da Despesa Pública. Em ambos falaremos 
bastante do que está previsto no atual MCASP, no atual MTO e nas 
Portarias que regem as classificações. 
 Administração Geral e Pública (Parte de Orçamento Público) 
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1. CLASSIFICAÇÃO POR NATUREZA DA RECEITA (POR CATEGORIAS) 
 
As naturezas de receitas orçamentárias procuram refletir o fato gerador que 
ocasionou o ingresso dos recursos aos cofres públicos. É a menor célula de 
informação no contexto orçamentário para as receitas públicas, devendo, 
portanto, conter todas as informações necessárias para as devidas vinculações. 
Em face da necessidade de constante atualização e melhor identificação dos 
ingressos aos cofres públicos, o esquema inicial de classificação foi desdobrado 
em níveis, que formam o código identificador da natureza de receita: 
• 1.º Nível: Categoria Econômica 
• 2.º Nível: Origem 
• 3.º Nível: Espécie 
• 4.º Nível: Rubrica 
• 5.º Nível: Alínea 
• 6.º Nível: Subalínea 
 
X Y Z W TT KK 
Categoria 
Econômica 
Origem Espécie Rubrica Alínea Subalínea 
 
 
1.º nível - Categoria econômica da receita 
 
X Y Z W TT KK 
Categoria 
Econômica 
Origem Espécie Rubrica Alínea Subalínea 
 
Receitas correntes: classificam-se nessa categoria aquelas receitas oriundas 
do poder impositivo do Estado – tributária e de contribuições; da exploração de 
seu patrimônio – patrimonial; da exploração de atividades econômicas – 
agropecuária, industrial e de serviços; as provenientes de recursos financeiros 
recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a 
atender despesas classificáveis em despesas correntes – transferências 
correntes; e as demais receitas que não se enquadram nos itens anteriores – 
outras receitas correntes. 
 
Receitas de capital: são as provenientes da realização de recursos 
financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de 
bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou 
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privado, destinados a atender despesas classificáveis em despesas de capital 
e, ainda, o superávit do orçamento corrente. 
Em geral, as receitas de capital são representadas por mutações patrimoniais 
que nada acrescentam ao patrimônio público, só ocorrendo uma troca de 
elementospatrimoniais, isto é, um aumento no sistema financeiro (entrada de 
recursos financeiros) e uma baixa no sistema patrimonial (saída do patrimônio 
em troca de recursos financeiros). 
 
Na Lei 4320/1964: 
 
Art. 11 - A receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: 
Receitas Correntes e Receitas de Capital. 
§ 1º - São Receitas Correntes as receitas tributária, de contribuições, 
patrimonial, agropecuária, industrial, de serviços e outras e, ainda, as 
provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito 
público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em 
Despesas Correntes. 
§ 2º - São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos 
financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de 
bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou 
privado, destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital 
e, ainda, o superávit do Orçamento Corrente. 
 
Segundo a Lei 4.320/1964, o superávit do orçamento corrente resulta do 
balanceamento dos totais das receitas e despesas correntes, porém não 
constituirá item de receita orçamentária. Isso ocorre para evitar a dupla 
contagem, porque ela já foi considerada no orçamento corrente. Por exemplo, 
ao final de 2011, em determinado ente, a diferença entre as receitas correntes 
arrecadadas, no valor de R$ 10 bilhões, e as despesas correntes realizadas, de 
R$ 8 bilhões, é considerada superávit do orçamento corrente e receita de 
capital. 
 
 
 
O superávit do orçamento corrente é receita 
de capital, porém não é receita 
orçamentária. 
 
Receitas intraorçamentárias: são receitas oriundas de operações realizadas 
entre órgãos e demais entidades da Administração Pública integrantes do 
orçamento fiscal e da seguridade social de uma mesma esfera de governo. São 
chamadas também de ingressos intraorçamentários. Têm a finalidade de 
discriminar as receitas referentes às operações entre órgãos, fundos, 
autarquias, fundações públicas, empresas estatais dependentes e outras 
entidades integrantes do orçamento fiscal e da seguridade social. 
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O elemento motivador da criação dessas receitas foi a inclusão, na Portaria 
Interministerial STN/SOF 163, de 4 de maio de 2001, da modalidade de 
aplicação “91 – Aplicação Direta Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos 
e Entidades Integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social”. 
 
 
Receitas Intraorçamentárias 
As receitas intraorçamentárias são receitas 
oriundas de operações realizadas entre órgãos e 
demais entidades da Administração Pública 
integrantes do Orçamento Fiscal e da 
Seguridade Social de uma mesma esfera de 
governo. 
Não inclui o Orçamento de Investimento das 
Estatais. 
 
As novas naturezas de receitas intraorçamentárias são constituídas 
substituindo-se o primeiro nível (categoria econômica “1” ou “2”) pelos dígitos 
“7”, se receita corrente intraorçamentária, e “8”, se receita de capital 
intraorçamentária, mantendo-se o restante da codificação. 
 
 
As classificações incluídas não constituem novas categorias econômicas de 
receita, mas sim meras especificações das categorias corrente e de capital, a 
fim de possibilitar a identificação das respectivas operações intraorçamentárias 
e, dessa forma, evitar a dupla contagem de tais receitas. 
 
 
1) (CESPE - Analista Administrativo – Administrador - ANP – 2013) 
Segundo as categorias econômicas, as receitas podem ser classificadas 
em receitas correntes ou receitas de capital. 
 
A receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: Receitas 
Correntes e Receitas de Capital (art. 11, caput, da Lei 4320/1964). 
Resposta: Certa 
 
2) (CESPE – Contador - TJ/RR – 2012) Apesar de não constituir item 
de receita orçamentária, o superávit do orçamento corrente deve ser 
considerado no cômputo da receita de capital. 
 
O superávit do Orçamento Corrente resulta do balanceamento dos totais das 
receitas e despesas correntes, porém não constituirá item de receita 
orçamentária (art. 11, §3º, da Lei 4.320/1964). 
Resposta: Certa 
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2.º nível - Origem 
 
X Y Z W TT KK 
Categoria 
Econômica Origem Espécie Rubrica Alínea Subalínea 
 
É a subdivisão das categorias econômicas que tem por objetivo identificar a 
origem das receitas no momento em que estas ingressam no patrimônio 
público. Identifica a procedência dos recursos públicos, em relação ao fato 
gerador dos ingressos das receitas (derivada, originária, transferências e 
outras). No caso das receitas correntes, tal classificação serve para identificar se 
as receitas são compulsórias (tributos e contribuições), provenientes das 
atividades em que o Estado atua diretamente na produção (agropecuárias, 
industriais ou de prestação de serviços), da exploração do seu próprio 
patrimônio (patrimoniais), se provenientes de transferências destinadas ao 
atendimento de despesas correntes, ou, ainda, de outros ingressos. No caso das 
receitas de capital, distinguem-se as provenientes de operações de crédito, da 
alienação de bens, da amortização dos empréstimos, das transferências 
destinadas ao atendimento de despesas de capital, ou, ainda, de outros 
ingressos de capital. 
 
Os códigos da origem para as receitas correntes e de capital são: 
 
 ORIGENS DAS RECEITAS 
RECEITAS CORRENTES RECEITAS DE CAPITAL 
1. Receita Tributária 
2. Receita de Contribuições 
3. Receita Patrimonial 
4. Receita Agropecuária 
5. Receita Industrial 
6. Receita de Serviços 
7. Transferências Correntes 
9. Outras Receitas Correntes 
1. Operações de Crédito 
2. Alienação de Bens 
3. Amortização de Empréstimos 
4. Transferências de Capital 
5. Outras Receitas de Capital 
 
 
2.1 Origens das receitas correntes 
 
2.1.1 Receitas tributárias 
 
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Para que o Estado possa custear suas atividades, são necessários recursos 
financeiros. Uma de suas fontes é o tributo, o qual é definido pelo art. 3º do 
Código Tributário Nacional – CTN: 
“Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo 
valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída 
em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.” 
 
Apresento também o conceito da Lei 4320/1964, pois pode aparecer em prova 
cobrando a literalidade do dispositivo: 
Tributo é a receita derivada instituída pelas entidades de direito publico, 
compreendendo os impostos, as taxas e contribuições nos termos da 
constituição e das leis vigentes em matéria financeira, destinando-se o seu 
produto ao custeio de atividades gerais ou especificas exercidas por essas 
entidades (art. 9º da Lei 4320/1964). 
 
Independentemente do nome ou da destinação, o que vai caracterizar o tributo 
é o seu fato gerador, o qual é a situação definida em lei como necessária e 
suficiente à sua ocorrência. Assim, são irrelevantes sua denominação e a 
destinação legal do produto de sua arrecadação. 
 
O art. 5º do CTNdefine que as espécies de tributos são impostos, taxas e 
contribuições de melhorias: 
 
• Imposto: conforme o art. 16, “imposto é o tributo cuja obrigação tem 
por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade 
estatal específica, relativa ao contribuinte”. Sempre que possível, os 
impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade 
econômica do contribuinte, facultado à Administração Tributária, 
especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, 
respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os 
rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. 
• Taxa: de acordo com o art. 77, “as taxas cobradas pela União, pelos 
Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas 
respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do 
poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público 
específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua 
disposição”. As taxas não poderão ter base de cálculo própria de 
impostos. 
• Contribuição de melhoria: segundo o art. 81, “a contribuição de 
melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou 
pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é 
instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra 
valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e 
como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para 
cada imóvel beneficiado”. 
 
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Nas classificações orçamentárias, os impostos, 
taxas e contribuições de melhorias são 
receitas tributárias. 
As demais contribuições são receitas de 
contribuições. 
 
Contribuição de melhoria 
 
2.1.2 Receitas de contribuições 
 
As receitas de contribuições correspondem ao ingresso proveniente de 
contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e para o custeio de 
serviço de iluminação pública, como instrumento de intervenção nas 
respectivas áreas. Exemplos: contribuição para o salário-educação, 
contribuições sobre a receita de concursos de prognósticos (loterias), 
contribuição para o fundo de saúde das Forças Armadas etc. Apesar da 
controvérsia doutrinária sobre o tema, suas espécies podem ser definidas da 
seguinte forma: 
• Contribuições sociais (1210.00.00): destinadas ao custeio da 
seguridade social, que compreende a previdência social, a saúde e a 
assistência social. 
• Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (1220.00.00): 
a CIDE é classificada no orçamento público como uma espécie de 
contribuição que atinge um determinado setor da economia, com 
finalidade qualificada em sede constitucional, instituída mediante um 
motivo específico. Essa intervenção se dá pela fiscalização e por 
atividades de fomento, como, por exemplo, desenvolvimento de 
pesquisas para crescimento do setor e oferecimento de linhas de crédito 
para expansão da produção. Um exemplo de CIDE é o Adicional sobre 
Tarifas de Passagens Aéreas Domésticas, voltado à suplementação 
tarifária de linhas aéreas regionais de passageiros, de baixo e médio 
potencial de tráfego. 
• Contribuição para o Custeio de Serviço de Iluminação Pública 
(1230.00.00): sob a ótica da classificação orçamentária, também é 
espécie da origem Contribuições, que integra a categoria econômica 
Receitas Correntes. Foi instituída pela Emenda Constitucional nº 39, de 
19 de dezembro de 2002, que acrescentou o art. 149-A à CF/1988, e 
possui a finalidade de custear o serviço de iluminação pública. A 
competência para instituição é dos Municípios e do Distrito Federal. 
 
As Contribuições de Interesse das Categorias Profissionais ou 
Econômicas se caracterizam por atender a determinadas categorias 
profissionais ou econômicas, vinculando sua arrecadação às entidades que as 
instituíram. Não transitam pelo orçamento da União. Essas contribuições 
são destinadas ao custeio das organizações de interesse de grupos 
profissionais, como, por exemplo, Ordem dos Advogados do Brasil – OAB, 
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Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura – CREA, Conselho Regional de 
Medicina – CRM, entre outros. 
 
2.1.3 Demais origens 
 
• Receita patrimonial: é o ingresso proveniente de rendimentos sobre 
investimentos do ativo permanente, de aplicações de disponibilidades 
em operações de mercado e outros rendimentos oriundos de renda de 
ativos permanentes. Por exemplo, temos as receitas de arrendamentos, 
como o que acontece quando se arrenda os terrenos da União, em que 
o Poder Público concede à outra parte o gozo temporário de um terreno 
mediante retribuição. Tal retribuição se torna receita patrimonial. 
Outros exemplos: aluguéis, foros e laudêmios, taxas de ocupação de 
imóveis, juros de títulos de renda, dividendos, participações, bônus de 
assinatura de contrato de concessão, remuneração de depósitos 
bancários, remuneração de depósitos especiais e remuneração de 
saldos de recursos não desembolsados. 
• Receita agropecuária: é o ingresso proveniente da atividade ou da 
exploração agropecuária de origem vegetal ou animal. Incluem-se nessa 
classificação as receitas advindas da exploração da agricultura (cultivo do 
solo), da pecuária (criação, recriação ou engorda de gado e de animais 
de pequeno porte) e das atividades de beneficiamento ou transformação 
de produtos agropecuários em instalações existentes nos próprios 
estabelecimentos. 
• Receita industrial: é o ingresso proveniente da atividade industrial de 
extração mineral, de transformação, de construção e outras, 
provenientes das atividades industriais definidas como tal pela Fundação 
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. 
• Receita de serviços: é o ingresso proveniente da prestação de serviços 
de transporte, saúde, comunicação, portuário, armazenagem, de 
inspeção e fiscalização, processamento de dados, vendas de mercadorias 
e produtos inerentes à atividade da entidade e outros serviços. 
• Transferência corrente: é o ingresso proveniente de outros entes ou 
entidades, referente a recursos pertencentes ao ente ou entidade 
recebedora ou ao ente ou entidade transferidora, efetivado mediante 
condições preestabelecidas ou mesmo sem qualquer exigência, desde 
que o objetivo seja a aplicação em despesas correntes. 
• Outras receitas correntes: são os ingressos correntes provenientes de 
outras origens não classificáveis nas anteriores. Exemplos: recebimento 
de dívida ativa, multas em geral, restituições etc. 
 
 
Das “demais origens”, a mais cobrada em provas é a receita patrimonial! 
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 Mas afinal, o que é laudêmio? 
 
Para responder a pergunta tema desta página é necessário fazermos um breve 
esclarecimento sobre o instituto da enfiteuse, também conhecido pelo nome de 
aforamento, pois o laudêmio advém desse instituto que é o mais amplo dos 
direitos reais sobre coisa alheia. Para que todos possam entender a enfiteuse, 
quando dizemos "todos" incluímos os que não são operadores do direito, 
citemosum simples contrato de locação de imóvel como exemplo para uma 
analogia. No contrato de locação de imóvel temos o "locador", proprietário, e o 
"locatário", pessoa que alugou o imóvel para fins residenciais ou comerciais, 
obrigando-se a pagar um aluguel àquele. No contrato de enfiteuse temos o 
"senhorio direto", proprietário, e o "enfiteuta" (ou "foreiro"), este pessoa que 
adquiriu o domínio útil do imóvel e se obrigou a pagar uma pensão anual (foro) 
àquele. Fazendo uma analogia entre os dois contratos, no de locação o prazo é 
determinado, no de enfiteuse é perpétuo, no de locação o locatário não pode 
alienar (vender) os direitos que exerce sobre a propriedade, já no de enfiteuse 
o enfiteuta pode alienar o domínio útil do imóvel. 
 
À vista da analogia acima feita entre os dois contratos, observamos que o 
enfiteuta pode alienar os seus direitos porque adquire uma parte do domínio 
do imóvel chamada de útil, que significa, de forma simplória, o direito de 
usufruir o imóvel do modo mais completo. O senhorio direto conserva uma 
outra parte para si do imóvel denominada domínio direto. Pois bem, unindo-se 
o domínio direto com o útil temos o domínio pleno, que é exatamente o tipo de 
domínio que permanece com o locador no contrato de locação. 
 
A partir deste ponto, deixemos de lado o contrato de locação. Pois bem, para o 
enfiteuta alienar o seu domínio útil deverá primeiramente consultar o senhorio 
direto, pois este tem preferência na compra. Uma vez que o senhorio declina 
no seu direito de preferência e deixa de consolidar o domínio pleno do imóvel 
em suas mãos, surge a obrigação do enfiteuta de pagar o LAUDÊMIO. O 
mesmo é devido somente nas transações onerosas, portanto, nas transações 
não onerosas inexiste a obrigação do pagamento de laudêmio. Os foreiros ou 
ocupantes de imóvel da União com renda familiar inferior ou igual a cinco 
salários mínimos, podem requerer a isenção do pagamento. 
 
O laudêmio não é tributo, portanto, não é imposto. Trata-se de uma 
contraprestação pecuniária em que se obrigou o particular (foreiro) quando 
firmou o contrato de enfiteuse com o proprietário (senhorio direto) do imóvel. 
A obrigação não nasce diretamente da lei como no caso do tributo, tem origem 
numa relação contratual. O mesmo diga-se do ocupante de terra que foi 
autorizado a ocupar. 
 
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Fonte: ENTENDA O QUE É LAUDÊMIO. Desenvolvido por Rodrigo Marcos Antonio Rodrigues. 
Esclarecimentos sobre a cobrança de laudêmio. Disponível em: http://www.laudemio.com.br. Acesso em: 
09/11/2012. 
 
 
3) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em 
Propriedade Industrial – Gestão Financeira - INPI – 2013) Considere 
que, devido à reestruturação de determinado órgão público, algumas 
unidades imobiliárias originalmente ocupadas e pertencentes ao 
Estado deixem de ser utilizadas. Para evitar a degradação dos 
edifícios, e sem nova função programada para eles, suponha que a 
autoridade governamental os venda mediante os instrumentos legais 
apropriados. Nessa situação hipotética, as receitas obtidas pela 
conversão em espécie desses bens são classificadas como receitas de 
capital. 
 
Trata-se de uma alienação de bens, portanto, receita de capital. 
Resposta: Certa 
 
4) (CESPE – Analista Judiciário – Contabilidade – TRT/10 – 2013) O 
Estado somente pode exigir taxa em virtude da utilização efetiva do 
serviço público pelo contribuinte, como a taxa de emissão de 
passaportes. 
 
De acordo com o art. 77 do CTN, “as taxas cobradas pela União, pelos Estados, 
pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas 
atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou 
a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, 
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição”. 
Resposta: Errada 
 
2.2 Origens das receitas de capital 
 
• Operações de crédito: são os ingressos provenientes da colocação de 
títulos públicos ou da contratação de empréstimos e financiamentos 
internos ou externos obtidos junto a entidades estatais ou privadas. Para 
efeitos de classificação orçamentária, os empréstimos compulsórios 
também são classificados como operações de crédito. 
• Alienação de bens: é o ingresso proveniente da alienação de bens 
móveis ou imóveis de propriedade do ente. Exemplos: privatizações, 
venda de um prédio público etc. 
• Amortização de empréstimos: é o ingresso referente ao recebimento 
de parcelas de empréstimos ou financiamentos concedidos em títulos ou 
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contratos, ou seja, representam o retorno dos recursos anteriormente 
emprestados pelo poder público. 
• Transferências de capital: é o ingresso proveniente de outros entes ou 
entidades, referente a recursos pertencentes ao ente ou entidade 
recebedora ou ao ente ou entidade transferidora, efetivado mediante 
condições preestabelecidas ou mesmo sem qualquer exigência, desde 
que o objetivo seja a aplicação em despesas de capital. 
• Outras receitas de capital: são os ingressos de capital provenientes de 
outras origens não classificáveis nas anteriores. Exemplos: integralização 
de capital de empresas estatais, resultado positivo do Banco Central e 
remuneração das disponibilidades do tesouro. 
 
Transferência corrente ≠ Transferência de capital. 
O que interessa para diferenciar as transferências é a aplicação da receita e 
não a sua procedência. Se for aplicada em despesas de capital, será 
transferência de capital; se for aplicada em despesas correntes, será 
transferência corrente. 
 
 
5) (CESPE – Analista Judiciário – Contabilidade - TRE/RJ – 2012) 
Amortização de empréstimos é a receita proveniente do ingresso de 
recursos referentes ao recebimento de empréstimos ou financiamentos 
concedidos e classificada como receita de capital. 
 
A origem “Amortização de Empréstimos”, a qual compõe a categoria 
econômica das receitas de capital, corresponde ao ingresso referente ao 
recebimento de parcelas de empréstimos ou financiamentos concedidos em 
títulos ou contratos. 
Resposta: Certa 
 
6) (CESPE – Técnico Científico – Contabilidade – Banco da Amazônia - 
2012) Deve-se classificar como ‘outras receitas de capital’ a receita da 
remuneração das disponibilidades do Tesouro Nacional, dadas suas 
características, que não permitem seu enquadramento nas demais 
classificações da receita de capital. 
 
A origem “Outras Receitas de Capital” corresponde aos ingressos de capital 
provenientes de outras origens não classificáveis nas anteriores. Um exemplo é 
a remuneração das disponibilidades do tesouro nacional. 
Resposta: Certa 
 
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7) (CESPE – Auditor de Controle Externo – TCE/ES – 2012) A 
classificação de receitas por categoria econômica visa permitir a 
identificação dos recursos em função do seu fato gerador, sendo 
sempre classificadas como receitas de capital as receitas financeiras 
provenientes de outras pessoas de direito publico ou privado. 
 
Vamos entender a diferença entre as duas origens:_ Transferência Corrente: é o ingresso proveniente de outros entes ou 
entidades, referente a recursos pertencentes ao ente ou entidade recebedora 
ou ao ente ou entidade transferidora, efetivado mediante condições 
preestabelecidas ou mesmo sem qualquer exigência, desde que o objetivo seja 
a aplicação em despesas correntes. É uma origem das receitas 
correntes. 
_ Transferência de Capital: é o ingresso proveniente de outros entes ou 
entidades, referente a recursos pertencentes ao ente ou entidade recebedora 
ou ao ente ou entidade transferidora, efetivado mediante condições 
preestabelecidas ou mesmo sem qualquer exigência, desde que o objetivo seja 
a aplicação em despesas de capital. É uma origem das receitas de 
capital. 
 
Logo, o recurso financeiro proveniente de outra pessoa de direito público pode 
ser classificado como receita de capital, caso se enquadre como uma 
transferência de capital. Também pode ser classificado como receita corrente, 
caso se enquadre como uma transferência corrente. 
Resposta: Errada 
 
3.º nível - Espécie 
 
X Y Z W TT KK 
Categoria 
Econômica Origem Espécie Rubrica Alínea Subalínea 
 
É o nível de classificação vinculado à origem, composto por títulos que 
permitem qualificar com maior detalhe o fato gerador dos ingressos de tais 
receitas. Por exemplo, dentro da origem receita tributária (receita proveniente 
de tributos) podemos identificar as suas espécies, tais como impostos, taxas e 
contribuições de melhoria (conforme definido na CF/1988 e no CTN), sendo 
cada uma dessas receitas uma espécie de tributo diferente das demais. 
 
4.º nível – Rubrica 
 
 
 
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X Y Z W TT KK 
Categoria 
Econômica Origem Espécie Rubrica Alínea Subalínea 
 
É o detalhamento das espécies de receita. A rubrica busca identificar dentro de 
cada espécie de receita uma qualificação mais específica. Agrega determinadas 
receitas com características próprias e semelhantes entre si. 
 
5.º nível – Alínea 
 
X Y Z W TT KK 
Categoria 
Econômica 
Origem Espécie Rubrica Alínea Subalínea 
 
Funciona como uma qualificação da rubrica. A alínea é o nível que apresenta o 
nome da receita propriamente dita e que recebe o registro pela entrada de 
recursos financeiros. 
 
6.º nível – Subalínea 
 
X Y Z W TT KK 
Categoria 
Econômica Origem Espécie Rubrica Alínea Subalínea 
 
Constitui o nível mais analítico da receita, o qual recebe o registro de valor, 
pela entrada do recurso financeiro, quando houver necessidade de maior 
detalhamento da alínea. 
 
Detalhamento de código 
 
Para atender às necessidades internas, a União, os estados, o Distrito Federal 
e os municípios poderão detalhar as classificações orçamentárias a partir do 
nível ainda não detalhado, sendo que, se o detalhamento ocorrer no nível de 
alínea (quinto e sexto dígitos) ou subalínea (sétimo e oitavo dígitos), deverá 
ser a partir do 51. A administração dos níveis já detalhados cabe à União. 
Poderá haver um sétimo nível (nono e décimo dígitos), denominado de 
detalhamento facultativo, a ser criado, opcionalmente, pelo ente. 
 
Exemplo de uma estrutura completa da natureza da receita: 1112.04.10 
 
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 Fonte MCASP 
 
1 – Categoria Econômica: Receitas Correntes 
1 – Origem: Receitas Tributárias 
1 – Espécie: Impostos 
2 – Rubrica: Impostos sobre o Patrimônio e a 
Renda 
04 – Alínea: Imposto sobre a Renda e 
Proventos de Qualquer Natureza 
10 – Subalínea: Pessoas Físicas 
Detalhamento de código: não há. 
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2. CLASSIFICAÇÃO POR FONTES (OU POR DESTINAÇÃO DE RECURSOS) 
 
É uma classificação tanto da receita como da despesa. Vimos que a 
classificação por natureza da receita busca a melhor identificação da origem do 
recurso segundo seu fato gerador. No entanto, existe a necessidade de 
classificar a receita conforme a destinação legal dos recursos arrecadados. 
 
As fontes de recursos constituem-se de determinados agrupamentos de 
naturezas de receitas, atendendo a uma determinada regra de destinação 
legal, e servem para indicar como são financiadas as despesas orçamentárias. 
É a individualização dos recursos de modo a evidenciar sua aplicação segundo 
a determinação legal, sendo, ao mesmo tempo, uma classificação da receita e 
da despesa. 
 
Por meio da classificação por fontes, possibilita-se o atendimento dos 
seguintes dispositivos da Lei de Responsabilidade Fiscal: 
• Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão utilizados 
exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em 
exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso (art. 8º, parágrafo 
único, da LRF); 
• A disponibilidade de caixa constará de registro próprio, de modo que os 
recursos vinculados a órgão, fundo ou despesa obrigatória fiquem 
identificados e escriturados de forma individualizada (art. 50, I, da LRF). 
 
A classificação por fontes de recursos consiste em um código de três dígitos, 
sendo que o primeiro indica o grupo de fontes de recursos, e o segundo e 
terceiro, a especificação das fontes de recursos. O grupo de fontes de recursos 
identifica se o recurso é ou não originário do Tesouro Nacional e se pertence ao 
exercício corrente ou a exercícios anteriores. 
 
1.º DÍGITO: GRUPO DE FONTES DE RECURSOS 
1 – Recursos do Tesouro – Exercício Corrente 
2 – Recursos de Outras Fontes – Exercício Corrente 
3 – Recursos do Tesouro – Exercícios Anteriores 
6 – Recursos de Outras Fontes – Exercícios Anteriores 
9 – Recursos Condicionados 
 
Definições: 
• Recursos do Tesouro: são aqueles geridos de forma centralizada pelo 
Poder Executivo, que detém a responsabilidade e o controle sobre as 
disponibilidades financeiras. Essa gestão centralizada se dá, 
normalmente, por meio do Órgão Central de Programação Financeira, a 
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STN, que administra o fluxo de caixa, fazendo liberações aos órgãos e 
entidades, de acordo com a programação financeira e com base nas 
disponibilidades e nos objetivos estratégicos do Governo. 
• Recursos de outras fontes: são aqueles arrecadados e controlados de 
forma descentralizada e cuja disponibilidade está sob a responsabilidade 
desses órgãos e entidades, mesmo nos casos em que dependam de 
autorização do Órgão Central de Programação Financeira para dispor 
desses valores. De forma geral, esses recursos têm origem no esforço 
próprio das entidades, seja pelo fornecimento de bens, prestação de 
serviços ou exploração econômica do patrimônio próprio. 
• Exercício corrente e exercícios anteriores: corresponde à 
segregação entre recursos arrecadados no exercício corrente daqueles 
arrecadados em exercícios anteriores, informação importante,uma vez 
que os recursos vinculados deverão ser aplicados no objeto para o qual 
foram reservados, ainda que em exercício subsequente ao ingresso (art. 
8º da LRF). Ressalta-se que os códigos 3 e 6 deverão ser utilizados para 
registro do superávit financeiro do exercício anterior, que servirá de base 
para a abertura de créditos adicionais, respeitando as especificações das 
destinações de recursos. 
• Recursos condicionados: são aqueles incluídos na previsão da receita 
orçamentária, mas que dependem da aprovação de alterações na 
legislação para a integralização dos recursos. Quando confirmadas tais 
proposições, os recursos são remanejados para as destinações 
adequadas e definitivas. 
 
Os dígitos seguintes são bastante variados. O estudante deve saber que a 
fonte de recursos é composta por 3 dígitos e quais são os grupos do 1.° 
dígito. 
 
Exemplos de fontes: 
• Fonte 100: Recursos do Tesouro – Exercício Corrente (1); Recursos 
Ordinários (00); 
• Fonte 152: Recursos do Tesouro – Exercício Corrente (1); Resultado do 
Banco Central (52); 
• Fonte 150: Recursos do Tesouro – Exercício Corrente (1); Recursos 
Próprios Não Financeiros (50); 
• Fonte 250: Recursos de Outras Fontes – Exercício Corrente (2); Recursos 
Próprios Não Financeiros (50); 
• Fonte 300: Recursos do Tesouro – Exercícios Anteriores (3); e Recursos 
Ordinários (00). 
 
O MCASP traz algumas observações importantes: 
 
• Como mecanismo integrador entre a receita e a despesa, o código de 
destinação/fonte de recursos exerce um duplo papel na execução 
orçamentária. Para a receita orçamentária, esse código tem a finalidade 
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de indicar a destinação de recursos para a realização de determinadas 
despesas orçamentárias. Para a despesa orçamentária, identifica a 
origem dos recursos que estão sendo utilizados. Assim, o mesmo código 
utilizado para controle das destinações da receita orçamentária também 
é utilizado na despesa, para controle das fontes financiadoras da despesa 
orçamentária. 
• A destinação de recursos é o processo no qual os recursos públicos são 
correlacionados a uma aplicação, desde a previsão da receita até a 
efetiva utilização dos recursos. A destinação pode ser classificada em 
destinação vinculada e destinação ordinária. A destinação vinculada é o 
processo de vinculação entre a origem e a aplicação de recursos, em 
atendimento às finalidades específicas estabelecidas pela norma. Já a 
destinação ordinária é o processo de alocação livre entre a origem e a 
aplicação de recursos, para atender a quaisquer finalidades. 
• O argumento utilizado na criação de vinculações para as receitas é o de 
garantir a despesa correspondente, seja para funções essenciais, seja 
para entes, órgãos, entidades e fundos. Deve ser pautado em 
mandamentos legais que regulamentam a aplicação de recursos. Outro 
tipo de vinculação é aquela derivada de convênios e contratos de 
empréstimos e financiamentos, cujos recursos são obtidos com finalidade 
específica. 
• Na execução orçamentária, a codificação da destinação da receita indica 
a vinculação, evidenciando, a partir do ingresso, as destinações dos 
valores. Quando da realização da despesa, deve estar demonstrada qual 
sua fonte de financiamento (fonte de recursos), estabelecendo-se a 
interligação entre a receita e a despesa. 
• Assim, no momento do recolhimento/recebimento dos valores, é feita 
classificação por natureza de receita e destinação de recursos, sendo 
possível determinar a disponibilidade para alocação discricionária pelo 
gestor público, e aquela reservada para finalidades específicas, conforme 
vinculações estabelecidas. 
• Portanto, o controle das disponibilidades financeiras por fonte de 
recursos deve ser feito desde a elaboração do orçamento até a sua 
execução, incluindo o ingresso, o comprometimento e a saída dos 
recursos orçamentários. 
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3. CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA POR IDENTIFICADOR DE RESULTADO 
PRIMÁRIO 
 
A receita é classificada, ainda, como primária (P), quando seu valor é incluído 
na apuração do resultado primário e não primária ou financeira (F), quando 
não é incluída nesse cálculo. 
 
As receitas financeiras surgiram com a adoção, pelo Brasil, da metodologia 
de apuração do resultado primário, oriundo de acordos com o Fundo Monetário 
Internacional – FMI. Desse modo, passou-se a denominar como receitas 
financeiras aquelas receitas que não são consideradas na apuração do 
resultado primário, como as derivadas de aplicações no mercado financeiro ou 
da rolagem e emissão de títulos públicos, assim como as provenientes de 
privatizações, entre outras. Outro bom exemplo são as receitas oriundas de 
operações de crédito. 
 
As demais receitas, provenientes dos tributos, contribuições, patrimoniais, 
agropecuárias, industriais e de serviços, são classificadas como primárias. 
 
 
8) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativa – CNJ - 2013) No 
Brasil, a receita pública classifica-se segundo sua natureza, fonte 
(destinação) do recurso e risco fiscal. 
 
No Brasil, a receita pública classifica-se segundo sua natureza, fonte 
(destinação) do recurso e Identificador de Resultado Primário. 
Resposta: Errada 
 
 
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4. OUTRAS CLASSIFICAÇÕES 
 
Segundo a doutrina, a receita pública pode ainda ser classificada nos seguintes 
aspectos: forma de ingresso ou natureza, coercitividade ou procedência, poder 
de tributar, afetação patrimonial e regularidade: 
 
Forma de ingresso ou natureza: 
 
• Orçamentárias: são entradas de recursos que o Estado utiliza para 
financiar seus gastos, transitando pelo patrimônio do Poder Público. 
Segundo o art. 57 da Lei 4.320/1964, serão classificadas como receita 
orçamentária, sob as rubricas próprias, todas as receitas arrecadadas, 
inclusive as provenientes de operações de crédito, ainda que não 
previstas no orçamento. 
 
 
Receita orçamentária 
A receita pública pode ser considerada 
orçamentária mesmo se não estiver 
incluída na lei orçamentária anual. 
São chamadas também de ingressos 
orçamentários. 
 
• Extraorçamentárias: tais receitas não integram o orçamento público e 
constituem passivos exigíveis do ente, de tal forma que o seu pagamento 
não está sujeito à autorização legislativa. Isso ocorre porque possuem 
caráter temporário, não se incorporando ao patrimônio público. São 
chamadas de ingressos extraorçamentários. São exemplos de 
receitas extraorçamentárias: depósito em caução, antecipação de 
receitas orçamentárias – ARO, consignações diversas, cancelamento de 
restos a pagar, emissão de moeda e outras entradas compensatórias no 
ativo e passivo financeiros. 
 
 operações de crédito ≠ operações de crédito por ARO 
As operações de crédito são receitas orçamentárias e as operações de 
crédito por antecipação de receita são receitas extraorçamentárias. 
 
Observação: uma receita extraorçamentária pode se tornar orçamentária. Por 
exemplo, pode ser exigido de um licitante um depósito em caução para a 
participação em uma licitação.O depósito em caução é uma receita 
extraorçamentária do órgão, sujeita à devolução. Se o licitante der um lance 
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vencedor e não honrá-lo no prazo previsto, perderá a caução em favor do 
Erário, que a incorporará como receita orçamentária. 
 
Vários autores utilizam o termo “natureza” nessa classificação. Atente para não 
confundir com a classificação por natureza da receita. Entendo que o termo 
“forma de ingresso” é o mais apropriado neste caso. 
 
Coercitividade ou Procedência: 
• Originárias: denominadas também de receitas de economia privada ou 
de direito privado. Correspondem àquelas que provêm do próprio 
patrimônio do Estado. São resultantes da venda de produtos ou serviços 
colocados à disposição dos usuários ou da cessão remunerada de bens e 
valores. 
• Derivadas: denominadas também de receitas de economia pública ou 
de direito público. Correspondem àquelas obtidas pelo Estado mediante 
sua autoridade coercitiva. No nosso ordenamento jurídico se 
caracterizam pela exigência do Estado para que o particular entregue de 
forma compulsória uma determinada quantia na forma de tributos, de 
contribuições ou de multas. 
 
Poder de tributar: classifica as receitas de acordo com o poder de tributar 
que compete a cada ente da Federação, considerando e distribuindo as receitas 
obtidas como pertencentes aos respectivos entes, quais sejam: Governo 
Federal, Estadual, do Distrito Federal e Municipal. 
 
Afetação patrimonial: 
• Efetivas: contribuem para o aumento do patrimônio líquido, sem 
correspondência no passivo. São efetivas todas as receitas correntes, 
com exceção do recebimento de dívida ativa, que representa fato 
permutativo e, assim, é não efetiva. 
• Não efetivas ou por mutação patrimonial: nada acrescentam ao 
patrimônio público, pois se referem às entradas ou alterações 
compensatórias nos elementos que o compõem. São não efetivas todas 
as receitas de capital, com exceção do recebimento de transferências de 
capital, que causa acréscimo patrimonial e, assim, é efetiva. 
 
Regularidade ou periodicidade: 
• Ordinárias: compostas por ingressos permanentes e estáveis, com 
arrecadação regular em cada exercício financeiro. Assim, são perenes e 
possuem característica de continuidade, como a maioria dos tributos: IR, 
ICMS, IPVA, IPTU etc. 
• Extraordinárias: não integram sempre o orçamento. São ingressos de 
caráter não continuado, eventual, inconstante, imprevisível, como as 
provenientes de guerras, doações, indenizações em favor do Estado etc. 
 
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9) (CESPE – Agente – Polícia Federal – 2012) No que se refere a 
administração financeira e orçamentária, julgue o item que se segue. 
A alienação de bem da administração pública não é classificada como 
receita efetiva. 
 
De fato a alienação de bem da administração pública não é classificada como 
receita efetiva. É classificada como não efetiva (ou por mutação patrimonial), 
pois nada acrescentam ao patrimônio público, já que se referem às entradas 
ou alterações compensatórias nos elementos que o compõem. 
Resposta: Certa 
 
10) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em 
Propriedade Industrial – Gestão Financeira - INPI – 2013) A receita 
orçamentária é definida como o ingresso de recursos financeiros 
durante determinado exercício orçamentário, sendo um novo elemento 
para o patrimônio público. 
 
As receitas orçamentárias são entradas de recursos que o Estado utiliza para 
financiar seus gastos, transitando pelo patrimônio do Poder Público. Segundo 
o art. 57 da Lei 4.320/1964, serão classificadas como receita orçamentária, 
sob as rubricas próprias, todas as receitas arrecadadas, inclusive as 
provenientes de operações de crédito, ainda que não previstas no orçamento. 
Resposta: Certa 
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5. DÍVIDA ATIVA 
 
Neste tópico, selecionei os principais pontos do tema abordado no MCASP e na 
legislação que o rege. São várias páginas no Manual, mas a maior parte se 
refere aos lançamentos contábeis. Logo, serão abordadas as partes 
relacionadas à AFO e que foram ou podem ser cobradas nas provas de nossa 
matéria. 
 
No art. 39 da Lei 4.320/1964: 
 
Art. 39. Os créditos da Fazenda Pública, de natureza 
tributária ou não tributária, serão escriturados como 
receita do exercício em que forem arrecadados, nas 
respectivas rubricas orçamentárias. 
 
§ 1º Os créditos de que trata este artigo, exigíveis pelo transcurso do prazo 
para pagamento, serão inscritos, na forma da legislação própria, como Dívida 
Ativa, em registro próprio, após apurada a sua liquidez e certeza, e a 
respectiva receita será escriturada a esse título. 
 
§ 2º Dívida Ativa Tributária é o crédito da Fazenda Pública dessa natureza, 
proveniente de obrigação legal relativa a tributos e respectivos adicionais e 
multas, e Dívida Ativa não Tributária são os demais créditos da Fazenda 
Pública, tais como os provenientes de empréstimos compulsórios, contribuições 
estabelecidas em lei, multa de qualquer origem ou natureza, exceto as 
tributárias, foros, laudêmios, aluguéis ou taxas de ocupação, custas 
processuais, preços de serviços prestados por estabelecimentos públicos, 
indenizações, reposições, restituições, alcances dos responsáveis 
definitivamente julgados, bem assim os créditos decorrentes de obrigações em 
moeda estrangeira, de sub-rogação de hipoteca, fiança, aval ou outra garantia, 
de contratos em geral ou de outras obrigações legais. 
 
§ 3º O valor do crédito da Fazenda Nacional em moeda estrangeira será 
convertido ao correspondente valor na moeda nacional à taxa cambial oficial, 
para compra, na data da notificação ou intimação do devedor, pela autoridade 
administrativa, ou, à sua falta, na data da inscrição da Dívida Ativa, incidindo, 
a partir da conversão, a atualização monetária e os juros de mora, de acordo 
com preceitos legais pertinentes aos débitos tributários. 
 
§ 4º A receita da Dívida Ativa abrange os créditos mencionados nos parágrafos 
anteriores, bem como os valores correspondentes à respectiva atualização 
monetária, à multa e juros de mora e ao encargo de que tratam o art. 1º do 
Decreto-lei nº 1.025, de 21 de outubro de 1969, e o art. 3º do Decreto-lei nº 
1.645, de 11 de dezembro de 1978. 
 
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§ 5º A Dívida Ativa da União será apurada e inscrita na Procuradoria da 
Fazenda Nacional. 
 
Assim o crédito da dívida ativa é cobrado por meio da emissão da certidão da 
dívida ativa da Fazenda Pública da União inscrita na forma da lei, valendo 
como título de execução, o que lhe garante liquidez. São os créditos da 
Fazenda Pública de natureza tributária (proveniente da obrigação legal 
relativa a tributos e respectivos adicionais, atualizações monetárias, encargos 
e multas tributárias)ou não tributária (demais créditos da Fazenda Pública) 
exigíveis em virtude do transcurso do prazo para pagamento. As receitas 
decorrentes de dívida ativa tributária ou não tributária devem ser classificadas 
como “outras receitas correntes”. 
 
 
As receitas decorrentes de dívida ativa tributária ou não 
tributária devem ser classificadas como “outras 
receitas correntes”. 
 
A dívida ativa é uma espécie de crédito público, cuja matéria é definida desde 
a Lei 4.320/1964, sendo sua gestão econômica, orçamentária e financeira 
resultante de uma conjugação de critérios estabelecidos em diversos outros 
textos legais. 
 
O conjunto de procedimentos de registro e acompanhamento dos créditos da 
dívida ativa buscou, a partir da tradição patrimonialista, tratar contabilmente 
os créditos desde a efetivação até o momento da inscrição propriamente dita 
em dívida ativa, atribuindo ao órgão ou unidade do ente público responsável 
pelo crédito a iniciativa dos lançamentos contábeis. O envio dos valores para o 
órgão ou unidade competente para inscrição é tratado como uma transferência 
de gestão de créditos, ainda no âmbito de um mesmo ente federativo. 
 
A dívida ativa abrange os créditos a favor da Fazenda Pública, cuja certeza e 
liquidez foram apuradas, por não terem sido efetivamente recebidos nas datas 
aprazadas. É, portanto, uma fonte potencial de fluxos de caixa, com impacto 
positivo pela recuperação de valores, espelhando créditos a receber, sendo 
contabilmente alocada no ativo. 
 
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A Dívida Ativa não se confunde com a Dívida Pública (Passiva), 
que representa as obrigações do Ente Público para com 
terceiros. A Dívida Ativa abrange os créditos a favor da 
Fazenda Pública, cuja certeza e liquidez foram apuradas, por 
não terem sido efetivamente recebidos nas datas aprazadas. 
 
A inscrição em dívida ativa é ato jurídico que visa legitimar a origem do crédito 
em favor da Fazenda Pública, revestindo o procedimento dos necessários 
requisitos jurídicos para as ações de cobrança. 
 
No âmbito federal, os créditos inscritos em dívida ativa compõem o Cadastro 
de Dívida Ativa da União. A competência para a gestão administrativa e judicial 
da dívida ativa da União é da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional – PGFN. 
As autarquias e fundações públicas federais devem manter cadastro e controle 
próprio dos créditos inerentes às suas atividades. A competência para a 
apuração de certeza e liquidez, inscrição em dívida ativa e gestão 
administrativa e judicial desses créditos é da Procuradoria-Geral Federal – PGF. 
 
Assim, como regra geral, as competências são distribuídas do seguinte modo: 
• Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional – PGFN: é responsável 
pela apuração da liquidez e da certeza dos créditos da União, tributários 
ou não, a serem inscritos em dívida ativa, e pela representação legal da 
União. 
• Procuradoria-Geral Federal – PGF: é competente para apurar a 
certeza e a liquidez dos créditos das autarquias e fundações públicas 
federais, inscrevê-los em dívida ativa e proceder à cobrança amigável e 
judicial, bem como pela representação judicial e extrajudicial dessas 
entidades. Excetuam-se a essa regra as contribuições sociais 
previdenciárias e a representação do Banco Central do Brasil. 
 
As demais esferas governamentais, estados, Distrito Federal e municípios, 
disporão sobre competências de órgãos e entidades para gestão administrativa 
e judicial da dívida ativa pertinente. 
 
A execução judicial para cobrança da dívida ativa da União, dos estados, do 
Distrito Federal, dos municípios e respectivas autarquias será regida pela Lei 
6.830, de 22 de setembro de 1980, conhecida como Lei de Execuções Fiscais – 
LEF, e, subsidiariamente, pelo Código de Processo Civil. 
O art. 2º da referida lei dispõe que cabe ao órgão competente apurar a liquidez 
e certeza dos créditos, qualificando a inscrição como ato de controle 
administrativo da legalidade. Depreende-se, portanto, que os entes públicos 
deverão outorgar a um órgão a competência para este procedimento, 
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dissociando, obrigatoriamente, a inscrição do crédito em dívida ativa e a 
origem desse crédito. 
 
A inscrição, que se constitui no ato de controle administrativo da 
legalidade, será feita pelo órgão competente para apurar a liquidez e 
certeza do crédito e suspenderá a prescrição, para todos os efeitos de 
direito, por 180 dias, ou até a distribuição da execução fiscal, se esta 
ocorrer antes de findo aquele prazo. 
 
A dívida ativa inscrita goza da presunção de certeza e liquidez, e tem 
equivalência de prova pré-constituída contra o devedor. O ato da inscrição 
confere legalidade ao crédito como dívida passível de cobrança, facultando ao 
ente público, representado pelos respectivos órgãos competentes, a iniciativa 
do processo judicial de execução. 
 
 
A presunção de certeza e liquidez da dívida 
ativa, no entanto, é relativa, pois pode ser 
derrogada por prova inequívoca, cuja 
apresentação cabe ao sujeito passivo. 
 
 
Presunção de certeza e liquidez 
 
A dívida ativa compreende, além do valor principal, atualização monetária, 
juros, multa e demais encargos previstos. Portanto, a incidência desses 
acréscimos, previstos desde a Lei 4.320/1964, é legal e de ocorrência natural, 
cabendo o registro contábil oportuno. Já o pagamento de custas e 
emolumentos foi dispensado para os atos judiciais da Fazenda Pública, de 
acordo com o art. 39 da LEF. 
 
 
A dívida ativa compreende, além do valor principal, 
atualização monetária, juros, multa e demais 
encargos previstos. 
 
Os créditos de natureza tributária, regularmente inscritos em dívida ativa, não 
estão submetidos a sigilo fiscal. Segundo o § 3º do art. 198 do CTN, não é 
vedada a divulgação de informações relativas a: 
I – representações fiscais para fins penais. 
II – inscrições na dívida ativa da Fazenda Pública. 
III – parcelamento ou moratória. 
 
As baixas da dívida ativa podem ocorrer pelo recebimento, pelos abatimentos 
ou anistias previstos legalmente, e pelo cancelamento administrativo ou 
judicial da inscrição. 
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As formas de recebimento da dívida ativa são definidas em lei, destacando-se 
duas: em espécie ou na forma de bens, tanto pela adjudicação quanto pela 
dação em pagamento. A receita relativa à dívida ativa tem caráter 
orçamentário, e pertence ao exercício em que for realizada (arrecadada), no 
enfoque orçamentário. No caso de recebimento de dívida ativa na forma de 
bens, caso haja previsão de receita orçamentária específica para esta 
transação, haverá registro de receita orçamentária mesmo que não tenha 
havido o ingresso de recursos financeiros, bem como a incorporação do bem 
ou direito correspondente com reconhecimento de despesa orçamentária. 
 
Alternativamente ao recebimento, existe ainda a possibilidade de compensação 
de créditos inscritos em dívida ativa com créditos contra a Fazenda Pública. A 
compensação de créditos inscritos em dívida ativa com créditos contra a 
FazendaPública também é orientada na forma da lei específica, porém não 
resulta em ingresso de valores ou bens, configurando fato permutativo dentro 
do patrimônio do ente público. 
 
O abatimento ou anistia de quaisquer créditos a favor do Erário depende de 
autorização por intermédio de lei, servindo como instrumento de incentivo em 
programas de recuperação de créditos, observando o art. 14 da LRF, que trata 
da renúncia de receitas. 
O eventual cancelamento, por qualquer motivo, do crédito inscrito em dívida 
ativa representa a sua extinção e provoca diminuição na situação líquida 
patrimonial, relativamente à baixa do direito que é classificado como variação 
patrimonial diminutiva independente da execução orçamentária ou 
simplesmente variação passiva extraorçamentária. Da mesma forma são 
classificados os registros de abatimentos, anistia ou quaisquer outros valores 
que representem diminuição dos valores originalmente inscritos em dívida 
ativa, mas não decorram do efetivo recebimento. 
 
Na ótica contábil, todos os valores inscritos em dívida ativa são créditos 
vencidos a favor da Fazenda Pública. Nessa condição, a dívida ativa encontra 
abrigo nas Normas Internacionais de Contabilidade e nos Princípios 
Fundamentais de Contabilidade como integrante do ativo do ente público. 
No Brasil, por força do texto legal, ainda atende a requisitos jurídicos de 
legalidade e transparência. 
 Tribunal de Contas da União 
O Plenário do TCU manifestou-se que: “na verdade, os débitos e multas 
impostas pelo Tribunal não necessitam inscrição prévia na Dívida Ativa 
para serem executados como salientado pelo Procurador-Geral em razão de 
dispositivo constitucional e legal. Por outro lado, tendo-se em vista as outras 
finalidades da inscrição dos diversos débitos para com a Fazenda Nacional, 
conforme apontado pelo Secretário da ADCON, há que se proceder à inscrição 
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de todo e qualquer débito de natureza, tributário ou não. Nesse sentido, 
correto o entendimento do titular da referida unidade no sentido de que as 
multas e débitos imputados por esta Corte de Contas também devem 
ser objeto de inscrição na Dívida Ativa, procedimento regular em atenção 
do disposto no § 1º do art. 39 da Lei nº 4.320/64. (Decisão 472/2002 – 
Plenário – DC-0472-14/02-P).” (Grifos nossos) 
 
Vou explicar esse julgado. O art. 71 da CF/1988 garante aos acórdãos da corte 
de contas a natureza de título executivo (“§ 3º As decisões do Tribunal de 
que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título 
executivo”). Assim, os créditos oriundos do TCU podem ser imediatamente 
cobrados, sendo desnecessária a inscrição em dívida ativa e a abertura de 
novo processo administrativo. 
No entanto, nos casos em que a Administração Pública já possui um título 
executivo devidamente constituído, ela pode optar, de acordo com a situação 
concreta, pela inscrição do crédito em dívida ativa ou pelo ajuizamento de ação 
de cobrança. 
Assim, no caso dos acórdãos do TCU, a inscrição em dívida ativa não se dá 
com o objetivo de criação de um título executivo, mas sim para a utilização de 
um rito de execução privilegiado, bem como um acompanhamento mais 
apurado acerca dos créditos da Fazenda Pública. 
 Superior Tribunal de Justiça 
Segundo o STJ, o INSS tem, sem sombra de dúvidas, o direito de ser 
ressarcido por danos materiais sofridos em razão de concessão de 
aposentadoria fraudulenta, devendo o beneficiário responder, solidariamente, 
pela reparação dos referidos danos. No entanto, o conceito de dívida ativa 
não tributária, embora amplo, não autoriza a Fazenda Pública a tornar-
se credora de todo e qualquer débito. A dívida cobrada há de ter relação 
com a atividade própria da pessoa jurídica de direito público. In casu, pretende 
o INSS cobrar, por meio de execução fiscal, prejuízo causado ao seu 
patrimônio, apurados em “tomada de contas especial”. A apuração de tais 
fatos deve ser devidamente feita em processo judicial próprio, 
assegurado o contraditório e a ampla defesa. Inexistência de discussão se 
a Lei 4.320/1964 excetua ou inclui como dívida ativa não tributária os valores 
decorrentes de indenizações e restituições. 
 
(CESPE – Analista Legislativo – Material e Patrimônio – Câmara dos 
Deputados – 2012) Julgue os itens a seguir, relativos aos créditos da 
fazenda pública e à dívida ativa. 
11) A cobrança de atualização monetária, multa e juros de mora deve 
ser considerada no valor da receita da respectiva dívida ativa. 
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A Dívida Ativa compreende, além do valor principal, atualização monetária, 
juros, multa e demais encargos previstos. 
Resposta: Certa 
 
12) Os créditos de natureza não tributária devem ser escriturados 
como receita do exercício em que forem arrecadados, nas respectivas 
rubricas orçamentárias. Em relação aos créditos de natureza tributária, 
por sua vez, deve-se aguardar parecer da procuradoria da fazenda, 
para se efetuarem esses registros. 
 
Os créditos da Fazenda Pública, de natureza tributária ou não tributária, 
serão escriturados como receita do exercício em que forem arrecadados, nas 
respectivas rubricas orçamentárias (art. 39, caput, da Lei 4320/1964). 
Resposta: Errada 
 
13) Após apurada a sua liquidez e certeza, os créditos da fazenda 
pública exigíveis pelo transcurso do prazo para pagamento devem ser 
inscritos em registro próprio como dívida ativa. 
 
Os créditos de que trata este artigo, exigíveis pelo transcurso do prazo para 
pagamento, serão inscritos, na forma da legislação própria, como Dívida Ativa, 
em registro próprio, após apurada a sua liquidez e certeza, e a respectiva 
receita será escriturada a esse título (art. 39, § 1º, da Lei 4320/1964). 
Resposta: Certa 
 
14) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em 
Propriedade Industrial – Gestão Financeira - INPI – 2013) A dívida 
ativa é constituída por valores cuja liquidez e certeza foram apuradas, 
sendo uma possível fonte de receitas por meio da recuperação dos 
créditos nela registrados. 
 
A dívida ativa abrange os créditos a favor da Fazenda Pública, cuja certeza e 
liquidez foram apuradas, por não terem sido efetivamente recebidos nas datas 
aprazadas. É, portanto, uma fonte potencial de fluxos de caixa, com impacto 
positivo pela recuperação de valores, espelhando créditos a receber, sendo 
contabilmente alocada no ativo. 
Resposta: Certa 
 
15) (CESPE – Auditor de Controle Externo – TCE/ES – 2012) Incluem-
se tanto na natureza tributaria da divida ativa quanto na não tributaria 
os creditos da fazenda publica provenientes de obrigações legais 
relativas a tributos e respectivas multas. 
 
Dívida Ativa Tributária é o crédito da Fazenda Pública dessa natureza, 
proveniente de obrigação legal relativa a tributos e respectivos 
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adicionais e multas, e Dívida Ativa não Tributária são os demais créditos da 
Fazenda Pública, tais como os provenientes de empréstimos compulsórios, 
contribuições estabelecidas em lei, multa de qualquer origem ou natureza, 
exceto as tributárias,foros, laudêmios, aluguéis ou taxas de ocupação, 
custas processuais, preços de serviços prestados por estabelecimentos 
públicos, indenizações, reposições, restituições, alcances dos responsáveis 
definitivamente julgados, bem assim os créditos decorrentes de obrigações em 
moeda estrangeira, de sub-rogação de hipoteca, fiança, aval ou outra garantia, 
de contratos em geral ou de outras obrigações legais (art. 39, § 2º, da Lei 
4320/1964). 
Resposta: Errada 
 
16) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativa - TRE/RJ – 2012) 
Considerando que determinado gestor público tenha sido julgado em 
alcance pelo Tribunal de Contas da União, por não ter arrecadado as 
taxas atribuídas pela legislação ao órgão que ele dirigia, o montante 
definido para ressarcimento ao erário, se não for pago até o 
vencimento fixado, constituirá dívida ativa não tributária. 
 
Dívida Ativa Tributária é o crédito da Fazenda Pública dessa natureza, 
proveniente de obrigação legal relativa a tributos e respectivos adicionais e 
multas, e Dívida Ativa não Tributária são os demais créditos da Fazenda 
Pública, tais como os provenientes de empréstimos compulsórios, contribuições 
estabelecidas em lei, multa de qualquer origem ou natureza, exceto as 
tributárias, foros, laudêmios, aluguéis ou taxas de ocupação, custas 
processuais, preços de serviços prestados por estabelecimentos públicos, 
indenizações, reposições, restituições, alcances dos responsáveis 
definitivamente julgados, bem assim os créditos decorrentes de obrigações em 
moeda estrangeira, de sub-rogação de hipoteca, fiança, aval ou outra garantia, 
de contratos em geral ou de outras obrigações legais (art. 39, § 2º, da Lei 
4320/1964). 
Resposta: Certa 
 
17) (CESPE – Auditor de Controle Externo – TCE/ES – 2012) Quando 
determinado órgão publico inscreve uma obrigação legal relativa a 
tributos na divida ativa, todos os respectivos adicionais e multas 
correspondentes a essa obrigação integram o conceito de divida ativa 
tributária. 
 
Dívida Ativa Tributária é o crédito da Fazenda Pública dessa natureza, 
proveniente de obrigação legal relativa a tributos e respectivos adicionais e 
multas, e Dívida Ativa não Tributária são os demais créditos da Fazenda 
Pública, tais como os provenientes de empréstimos compulsórios, contribuições 
estabelecidas em lei, multa de qualquer origem ou natureza, exceto as 
tributárias, foros, laudêmios, aluguéis ou taxas de ocupação, custas 
processuais, preços de serviços prestados por estabelecimentos públicos, 
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indenizações, reposições, restituições, alcances dos responsáveis 
definitivamente julgados, bem assim os créditos decorrentes de obrigações em 
moeda estrangeira, de sub-rogação de hipoteca, fiança, aval ou outra garantia, 
de contratos em geral ou de outras obrigações legais (art. 39, § 2º, da Lei 
4320/1964). 
Resposta: Certa 
 
18) (CESPE – Agente - Polícia Federal – 2009) Ao elaborar o 
planejamento orçamentário do seu órgão, o agente público deve 
considerar que as obrigações de seu ente público com terceiros 
compõem a dívida ativa da União. 
 
A Dívida Ativa não se confunde com a Dívida Pública, que representa as 
obrigações do Ente Público para com terceiros. A Dívida Ativa abrange os 
créditos a favor da Fazenda Pública, cuja certeza e liquidez foram apuradas, 
por não terem sido efetivamente recebidos nas datas aprazadas. 
Ao elaborar o planejamento orçamentário do seu órgão, o agente público deve 
considerar que as obrigações de seu ente público com terceiros compõem a 
dívida pública da União. 
Resposta: Errada 
 
(CESPE – QOBM – Ciências Contábeis – 2011) No que concerne à 
classificação e emissão de certidão da dívida ativa, julgue os próximos 
itens. 
19) A emissão da certidão de dívida ativa da fazenda pública da União, 
inscrita na forma da lei, com validade de título executivo, confere à 
certidão da dívida ativa caráter líquido e certo, admitindo, contudo, 
prova em contrário. 
 
A Dívida Ativa inscrita goza da presunção de certeza e liquidez, e tem 
equivalência de prova pré-constituída contra o devedor. O ato da inscrição 
confere legalidade ao crédito como dívida passível de cobrança, facultando ao 
Ente Público, representado pelos respectivos órgãos competentes, a iniciativa 
do processo judicial de execução. A presunção de certeza e liquidez da dívida 
ativa, no entanto, é relativa, pois pode ser derrogada por prova inequívoca, 
cuja apresentação cabe ao sujeito passivo. 
Resposta: Certa 
 
20) Tanto as receitas decorrentes da dívida tributária como as receitas 
decorrentes da dívida não tributária devem ser classificadas como 
outras receitas correntes. 
 
As receitas decorrentes de dívida ativa tributária ou não tributária devem ser 
classificadas como “outras receitas correntes”. 
Resposta: Certa 
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MAIS QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES DO CESPE 
 
Classificação por Natureza da Receita 
 
21) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em 
Propriedade Industrial – Gestão Financeira - INPI – 2013) A receita 
pública deve ser classificada nas categorias econômicas receitas 
correntes e receitas de capital. 
 
A receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: Receitas 
Correntes e Receitas de Capital (art. 11, caput, da Lei 4320/1964). 
Resposta: Certa 
 
22) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em 
Propriedade Industrial – Gestão Financeira - INPI – 2013) A receita 
patrimonial auferida de locação do patrimônio público à iniciativa 
privada é classificada como receita de capital. 
 
A receita patrimonial auferida de locação do patrimônio público à iniciativa 
privada é classificada como receita corrente. 
Resposta: Errada 
 
23) (CESPE - Analista - ANTAQ - 2009) As receitas provenientes de 
rendimentos sobre investimentos do ativo permanente, de aplicações 
de disponibilidades em operações de mercado e de outros rendimentos 
oriundos de renda de ativos permanentes devem ser classificadas 
como receitas correntes. 
 
As receitas provenientes de rendimentos sobre investimentos do ativo 
permanente, de aplicações de disponibilidades em operações de mercado e de 
outros rendimentos oriundos de renda de ativos permanentes são receitas 
patrimoniais e, assim, devem ser classificadas como receitas correntes. 
Resposta: Certa 
 
24) (CESPE – Analista Judiciário – Contabilidade – TRT/10 – Prova 
cancelada - 2013) Os impostos se caracterizam por serem tributos 
cujos fatos geradores não correspondem a uma prestação do Estado 
especifica em benefício do contribuinte. 
 
O imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação 
independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao 
contribuinte. 
Resposta: Certa 
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25) (CESPE – TFCE – TCU – 2012) As receitas orçamentárias na esfera 
econômica serão classificadas em receitas correntes e receitas de 
capital. Receitas correntes são aquelas provenientes de recursos 
financeiros oriundos de constituição de dívidas, ao passo que as de

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