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UCSAL- Universidade Catolica Do Salvador
ÉTICA, VIRTUDE E PÓS-MODERNIDADE.
Salvador - BA
2014
ÉTICA, VIRTUDE E PÓS-MODERNIDADE.
Projeto de Pesquisa apresentado à Universidade Católica do Salvador como requisito parcial para aprovação na disciplina Filosofia sob a orientação do professor Ricardo Souza Cruz.
Salvador - BA
2014
SUMÁRIO
1. Introdução ______________________________________________________ 04
2. Desenvolvimento _________________________________________________ 05
2.1. A Pós-Modernidade______________________________________________ 05
2.2. A Leitura De Nietzsche___________________________________________ 07
2.3 A Ética Aplicada Na Engenharia ____________________________________ 08
2.3.4. Lei Nº 5.194, De 24 De Dezembro De 1966_________________________ 08
2.4 Educação, Ética E Virtude_________________________________________ 11
2.5 A ética Religiosa na Pós-Modernidade_______________________________12
3. Bibliografia______________________________________________________ 11
INTRODUÇÃO
A reflexão lyotardiana é imprescindível em qualquer abordagem do conceito de pós-modernidade, pois foi ela quem primeiro se apropriou filosoficamente do termo para a explicitação dessa categoria.
Lyotard tem por objeto de estudo a situação do saber nas sociedades mais desenvolvidas que decidiu chamar ‘pós-moderna’, e “designa o estado da cultura após as transformações que afetaram as regras dos jogos da ciência, da literatura e das artes a partir do final do século XIX” (LYOTARD, 1993a, p. XV). Essas transformações são pensadas em relação à crise dos relatos e a sua transformação em fábula pela ciência. A pós-modernidade caracteriza-se justamente pela descrença nesses ‘metarrelatos’ relacionados à metafísica e à universidade. Lyotard enfatiza a importância da legitimação do saber através do metarrelato, já que nos conduz a questionar não só a verdade do discurso, mas a validade das instituições, mostrando o vínculo existente entre justiça e verdade com o grande relato. Apesar de considerar simplificador, Lyotard considera “‘pós-moderna’ a incredulidade em relação aos metarrelatos”. Daí a crise da filosofia metafísica e da Universidade, enquanto instâncias legitimadoras do discurso: “nasce uma sociedade que se baseia menos numa antropologia newtoniana (como o estruturalismo ou a teoria dos sistemas) e mais numa pragmática das partículas da linguagem”.
DESENVOLVIMENTO
 A Pós-Modernidade
Lyotard afirma ter escrito o livro A condição pós-moderna, de 1979, na intenção de simplificar a “questão pós-moderna”, agravada na medida em que a discussão tomou proporções internacionais, sob o foco das “grandes narrativas” que marcaram a Modernidade: a emancipação progressiva da razão e da liberdade, emancipação progressiva ou catastrófica do trabalho, enriquecimento da humanidade através dos progressos da tecnociência capitalista, e salvação das criaturas pela conversão das almas à narrativa cristã do amor mártir. Todas elas encarnadas na filosofia de Hegel (LYOTARD, 1993b, p. 31). Contudo, esse quadro não descredencia todas as narrativas. Mas somente as grandes narrativas que se autolegitimam universais. As pequenas narrativas é que, diante da deslegitimação das ‘meta-narrativas’, assomam em importância por não terem valor de legitimação universal.
O conceito lyotardiano de pós-modernidade se aproxima muito do universo de Vattimo. Esse filósofo italiano contemporâneo se assume como um pensador pós-moderno e reflete sobre o mundo contemporâneo e suas modificações. Contudo, para ele, o termo pós-moderno tem um sentido bem definido: é relacionado aos meios de comunicação de massa. A sociedade pós-moderna em que vivemos é “uma sociedade de comunicação generalizada, a sociedade dos mass media”. Para Vattimo, entretanto, falar em pós-modernidade é falar do fim da Modernidade. Para Vattimo, o fim da Modernidade está determinado pelo fim do processo unitário da história que tinha um centro irradiador de fatos e acontecimentos: o Ocidente civilizatório cristão.
Não se trata, entretanto, do fato da sociedade pós-moderna ser uma sociedade mais transparente por ser uma sociedade determinada pelos mass media, nem tão pouco mais “iluminada” no sentido do Aufklärung da Modernidade, mas de ser mais complexa e caótica, diversamente da linearidade moderna da história contínua e unitária. A impossibilidade de pensar a história como um curso unitário que determina o fim da Modernidade, não surge somente da crise do colonialismo e do imperialismo europeu, mas resulta muito mais fortemente do aparecimento dos meios de comunicação de massa.
O pensamento pós-moderno exige uma abertura para uma concepção não-metafísica e não-positivista da verdade3. Há uma fragilização da fortaleza inabalável da verdade moderna, do núcleo duro da verdade essencial a ser repassado às gerações futuras.
É nesse âmbito que Vattimo deposita as esperanças para o pensamento pós-moderno, da chance de um “novo e fraco” começo. Uma ontologia fraca tem o objetivo prioritário de ultrapassagem da metafísica que significa, por sua vez, um processo de emancipação de uma condição alienada e fornece razões filosóficas para se preferir uma sociedade democrática, tolerante e liberal, ao invés de uma sociedade autoritária e totalitária. Este posicionamento ético já é uma resposta significativa, pois pode contribuir na luta contra a arbitrariedade e o autoritarismo.
Contudo, não há como negar os avanços que a pós-modernidade possibilitou, mesmo que cambaleantes e oscilatórios em sua caminhada histórica: o enfraquecimento de verdades eternas e imutáveis, a liberação da diversidade sexual, a valorização das emoções, e o reconhecimento dos instintos.
	
A leitura de Nietzsche
Não foi fortuitamente que Nietzsche escreveu em nota à Para a genealogia da moral que havia uma necessidade de todas as ciências se unirem para resolver o problema do valor e da hierarquia dos valores. Vislumbrava o deserto à frente e denunciou os processos que o tornariam avassalador do sentido e do valor na cultura, notadamente, em termos de hierarquia, cuja decorrência é a ausência de organização desde os organismos menores até as sociedades mais complexas, embora seja também produto de sua ausência. Efetivamente, Nietzsche teve um papel fundamental na História da Filosofia ao mostrar que toda produção humana é interpretação, ao solapar por completo as noções de fato e de fundamento. Todavia, com a perda de vigência do ideal ascético nos âmbitos da filosofia e da ciência, o homem contemporâneo não sabe como agir. Não assimilou o criar e o destruir heraclitianos como rumo e, assim, perdeu o rumo. Vemos a condição pós-moderna como dificuldade de lidar com a perda do fundamento, uma condição que se inicia quando Nietzsche solapa completamente os fundamentos argumentativos da tradição, em termos filosóficos, e que se manifesta hoje nas mais variadas esferas da cultura.
De acordo com Nietzsche e Heidegger, a modernidade pode se caracterizar pelo fato de que ela se baseia na apropriação dos “fundamentos”, que frequentemente são pensados também como as “origens”, de modo que as revoluções teóricas e práticas da história ocidental se apresentam e se legitimam, na maioria das vezes, como “recuperações”, renascimento, retorno (VATTIMO, 1996, p. VI).
A modernidade se alicerça em fundamentos, que dá consistência ao seu pensamento filosófico, mas, quando se constata a anulação desses fundamentos - o niilismo, é que se torna possível se falar aos olhos de Vattimo, da gênese da pós-modernidade, pois:
É com esta conclusão niilista que se sai de fato da modernidade, segundo Nietzsche. Pois a noção de verdade não mais subsiste e o fundamento não mais funciona, dado que não há fundamento algum para crer no fundamento, isto é, no fato de que o pensamento deva “fundar”: não se sairá da modernidade mediante uma superação crítica, que seria um passo ainda detodo interno à própria modernidade. Fica claro, assim, que se deve buscar um caminho diferente. (VATTIMO, 1996, p. 173)
A pós-modernidade, segundo Vattimo, para se diferenciar da modernidade, deve afirmar, como sua característica, o pensamento fraco, que é se propor o repensamento de todas as questões sem pretender uma superação, mas sim uma sustentação dos mesmos. Fora de qualquer possibilidade de se absolutizar um pensamento ou tomá-lo como fundamento, o pensamento fraco se mostra sem força, unidade e predeterminação, pelo fato de querer ser ultra metafísico, ou seja, viver na consumação do niilismo (GOMES, 2009).
Chegando ao final deste artigo, deve-se destacar que grande é a contribuição de Vattimo para a filosofia pós-moderna, posto que anuncia o seu surgimento a partir de sua análise do pensamento nietzschiano e heideggeriano, vê que o niilismo é a base para o emergir da era pós-moderna, cuja marca principal é a ausência de um fundamento, de um arqué ou télos, pois é uma luta contra a absolutização da razão e de todo tipo de meta-discurso.
Niilismo (do latim nihil, nada) é um termo e um conceito filosófico que afeta as mais diferentes esferas do mundo contemporâneo (literatura, arte, ciências humanas, teorias sociais, ética e moral). É a desvalorização e a morte do sentido, a ausência de finalidade e de resposta ao “por que”. Os valores tradicionais depreciam-se e os "princípios e critérios absolutos dissolvem-se". "Tudo é sacudido, posto radicalmente em discussão. A superfície, antes congelada, das verdades e dos valores tradicionais está despedaçada e torna-se difícil prosseguir no caminho, avistar um ancoradouro".
O niilismo pode ser considerado como "um movimento positivo” – quando pela crítica e pelo desmascaramento nos revela a abissal ausência de cada fundamento, verdade, critério absoluto e universal e, portanto, convoca-nos diante da nossa própria liberdade e responsabilidade, agora não mais garantidas, nem sufocadas ou controladas por nada". Mas também pode ser considerado como "um movimento negativo” – quando nesta dinâmica prevalecem os traços destruidores e iconoclastas, como os do declínio, do ressentimento, da incapacidade de avançar, da paralisia, do “tudo-vale”
A Ética Aplicada Na Engenharia
Em 1933, através do Decreto Federal 23.569, foi criado e organizado o sistema profissional da Engenharia, da Arquitetura e da Agrimensura, instalando-se o Conselho Federal e oito Conselhos Regionais. Treze anos após, o Decreto Lei 8.420/46, que concedeu aos conselhos maior autonomia e capacidade de “dirimir dúvidas e preencher omissões na regulamentação”. Em 1957, através da Resolução n. 114, o CONFEA (Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia) aprovou o primeiro Código de Ética Profissional da Engenharia, da Arquitetura e da Agrimensura. Em 12 de outubro de 1965, os engenheiros-agrônomos, ainda não integrados ao Sistema Confea/Creas, passaram a adotar o Código de Ética do Engenheiro-Agrônomo, aprovado no IV Congresso Brasileiro de Agronomia, realizado em Belo Horizonte/MG somente em 1966 depois de grandes mobilizações foi aprovada a Lei 5.194/66, até hoje ainda vigente.
Lei Nº 5.194, De 24 De Dezembro De 1966.
Partes mantidas pelo Congresso Nacional, após veto presidencial, do projeto que se transformou na Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966, que regula o exercício das profissões de Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro-Agronômo e dá outras providências. (Trecho da LEI Nº 5.194 Sancionada pelo Presidência da República em 24 de dezembro de 1966)
A partir de 24 de Dezembro de 1966 (Lei 5.194/66) os Conselhos, tanto o Federal como os Regionais, passaram a abranger as profissões da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia, em todas as suas categorias, modalidades e especialidades. Hoje o sistema abriga 304 títulos profissionais.
Com quase cinco anos de atraso, em 30 de setembro de 1971 o Plenário do Conselho Federal adota, por meio da Resolução 205/71, o Código de Ética Profissional da Engenharia, Arquitetura e Agronomia. Mesmo após o início da vigência dessa Resolução, ainda permaneceram imobilizados os processos e impunes os transgressores. Os Conselhos Regionais e Federal continuavam carecendo de normas orientadoras dos procedimentos necessários para a correta condução legal e administrativa dos processos de infração a esse Código.
Efetivamente, assim como o Código Penal possui o seu Código de Processo Penal, o Código Civil o seu Código de Processo Civil, assim também o Código de Ética Profissional estava a exigir o seu Código de Processo de Ética Profissional.
Em 06 de outubro de 1995, 14 anos após a adoção do Código de Ética Profissional, à vista da sistematização de todas as contribuições e das discussões que sobre elas se feriram, é que o Conselho Federal baixou a Resolução nº 401, que teve por ementa: Manual de Procedimentos para a condução de processos de infração ao Código de Ética. As extensas e profundas transformações políticas, sociais e econômicas ocorridas no mundo, no Brasil e, consequentemente, nas áreas profissionais integradas ao Sistema Confea/Creas pressionaram no sentido da rediscussão de paradigmas, políticas, concepções, organizações e, também, dos fundamentos da ética, quer seja ela a do Homem universal, quer seja a do cidadão brasileiro, quer seja a do profissional de nosso sistema.
E essa rediscussão foi expressamente pautada em todos os congressos realizados a partir de 1990, começando no Congresso Constituinte, realizado nos anos 1991/92, e desenvolvendo-se nos CNPs ( o I CNP – Águas de Lindóia – 1993; o II CNP – Fortaleza – 1996; o III CNP – Natal – 1999; o IV CNP – Foz do Iguaçu – 2001; o IV CNP – Foz do Iguaçu – 2001; o V – São Luiz; e o VI Rio/Brasília).
No IV CNP – Foz do Iguaçu, em especial, concluiu-se unanimemente no sentido da reformulação da Resolução 205/71, delegando ao CDEN – Colégio das Entidades Nacionais a incumbência de dar formas finais ao grande acervo de contribuições disponibilizado por esses magnos eventos.
Depois de um ano de intensos esforços, reuniões da COPECE - Comissão Permanente de Estudo do Código de Ética, especialmente criada, pesquisas realizadas junto às Comissões de Éticas dos Creas, seminário nacional via sistema de Comunicação Corporativa do Confea, em memorável Encontro Especial realizado nos dia 05 e 06 de novembro de 2002 é aprovado por unanimidade, e por aclamação, o texto do Novo Código de Ética, agora denominado de Código de Ética Profissional da Engenharia, da Arquitetura, da Agronomia, da Geologia, da Geografia e da Meteorologia, abrangendo todas as categorias ou grupos profissionais integrados ao Sistema Confea/Creas, bem como suas modalidades e especialidades, em todos os níveis de formação.
Apresentado esse texto ao Plenário do Conselho Federal, reunido em Sessão Especial realizada na manhã do dia 26 de novembro de 2002, na cidade de Goiânia, foi o mesmo adotado pela Resolução n. 1.002/2002, aprovada pela unanimidade dos Conselheiros Federais presentes.
Essa Resolução determinou também que o Novo Código entraria em vigor a partir de 01 de agosto de 2003, devendo os Conselhos Profissionais, as entidades representativas e as Instituições de Ensino, nos meses que precediam sua vigência, desenvolver uma intensa campanha nacional de esclarecimento sobre os princípios éticos, deveres, condutas vedadas e direitos que esse Código traz.
Tendo em vista a apresada entrada em vigência da nova resolução, o Confea pautou como uma de suas prioridades normativas para o ano de 2003 a revisão do Manual de Procedimentos atrás referido (Resolução 401/95). Em sua tramitação regulamentar, as propostas de mudança passaram pela obrigatória rodada da “oitiva dos regionais”, pela sistematização das contribuições recebidas, pela “construção”, pela COS, de um novo anteprojeto de resolução e, finalmente, pela aprovação pelo Plenário Federal de um novo instrumento administrativo: a Resolução nº 1.004, de 27 de junho de 2003, com a seguinte ementa: Aprova o Regulamento para a condução do Processo ÉticoDisciplinar. Tudo pronto e acabado? Não, a discussão prossegue. Dentre as lideranças profissionais sempre há aquelas que desejam a mudança dessas resoluções, algumas por alegadas convicções filosófico-doutrinárias, outras apesar de nunca as terem lido com o devido cuidado (“não leram e não gostaram”). Por outro lado, devido ao sistema da renovação do terço nos conselhos federal e regionais - embora com a possibilidade de uma reeleição – os operadores dos processos éticos tem passagem relativamente rápida pelos plenos e pelas câmaras, o que nem sempre permite a internalização dos princípios éticos e a capacitação processual desejada para a nobre função julgadora que devem exercer. Daí porque, muitas das críticas dirigidas aos instrumentos normativos que regulamentam a processualística deveriam ser dirigidas à inexperiência em manuseá-los por parte desses operadores.
Reconhece-se, por outro lado, que num sistema abrangente de um conselho federal e 27 conselhos regionais que deverão, por força de lei, ser “organizados de forma a assegurarem unidade de ação” o instrumento administrativo disciplinador dos processos ético-disciplinares deverá ser plenamente auto-aplicável, válido para jurisdições tão distintas quanto a do Acre, de São Paulo, de Santa Catarina e de Pernambuco. E se não o for - referindo-se, instruindo e controlando todas as fases e etapas dos processos – haverá que suprir tais deficiências desenvolvendo e divulgando amplamente os necessários fluxogramas e procedimentos operacionais para garantir a eficaz aplicação do Regulamento para a condução do Processo Ético Disciplinar. E, sempre, provendo o indispensável treinamento. Com a palavra, pois, os Coordenadores das Câmaras Especializadas dos Creas, órgãos “encarregados de julgar e decidir sobre os assuntos de fiscalização pertinentes às respectivas especializações profissionais e infrações do Código de Ética”. Esses coordenadores reúnem-se nacionalmente inúmeras vezes por ano, e integram as coordenadorias nacionais que são órgãos consultivos do Confea criados para: “estudar, discutir e propor a implementação de ações voltadas para a uniformização de procedimentos que visem a unidade de ação dos Creas”. O aperfeiçoamento da “Árvore Normativa do Sistema Confea/Crea” é responsabilidade permanente de todas as lideranças profissionais e “dever de ofício” de todos os detentores demandado nos conselhos.
Educação, ética e virtude.
A educação do homem foi posta em pratica primeiramente pelos Gregos como Paidéia (Formação). Os gregos observaram que a educação é um processo de construção consciente que visava a coletividade e que servia para construção do intelecto do homem e não uma questão de adestramento. Por isso a Paidéia buscava imprimir na sociedade a Araté (palavra grega para virtude) introduzindo no homem a responsabilidade e realização de valores para a sociedade.
Os primeiros professores da historia da educação os sofistas, que ensinavam técnicas ou a arte de ser cidadão, mais pouco se importava com ideias ou virtudes eram defendidas, pois poderiam ser alteradas dependendo do momento e de acordo com que era conveniente. Já os filósofos acreditavam que a virtude (que eram universais, eternas e imutáveis) não dependia da persuasão para serem estabelecidas.
Analisando esta historia e colocando na pós-modernidade, a educação devia ser como os filósofos que procuram se tornar virtuosos, sábios, desfrutados de preconceitos, e de ilusões em busca de ensinar a virtude, e não como os sofistas que ensinam porque recebem por isso, não tem a sentimento de esta fazendo uma coisa boa ou não creem na virtude da educação.
E como capacitar os professos para que possam ensinar os jovens em um mundo sem ética e com muita violência? Como fazer com que os jovens passem a fazer o bem e ter virtude, e pratica-los para que a sociedade saia desse mundo violento? Para isso acontecer tem que ter o comprometimento do professor, bastando que ele acredite que é possível introduzir a virtude e a cidadania nos jovens, devendo também responsabilidade do que é lecionado, sendo modelo de valores, condutas e caráter.
A ética Religiosa na Pós-Modernidade
O surgimento da pós-modernidade induziu a criação de uma nova religião baseada por uma nova ética. Então deve-se o entender esses valores para a possível compreensão do que provocou tal transformação. Para saber quem é o homem pós-moderno, se faz necessário o conhecimento de quais Ideologias influenciam na sua formação, dentre elas podemos citar: O materialismo, o hedonismo, Permissivismo, Relativismo, Consumismo e o Nihilismo. Focando na religião, é interessante explanar o conceito da ultima ideologia citada, o Nihilismo, que se define pela liberdade como grande ideal, o homem liberal está aberto a todas opiniões, todos os conceitos, é flexível tolerante, a pergunt norteadora é o ‘Por que não?’, tendo fundamentos semelhantes a relativismo, não existe uma verdade absoluta, a verdade aqui é oscilante e conveniente, cada um tem a sua, o que termina na impossibilidade de haver uma ética igualitária, ou comum a todos.
 	Como numa reação em cadeia, os ideais irão delinear as caracteríscas do homem que vai ditar como deseja aplicar agorar, a sua propria “ética” à religião. Sintomas dessas ideológias se expõem na Pluralidade, a Novidade, a Racionalidade, a Imersão no universo e a Secularização. No as pecto religioso, é importante entender o que é a securlarização, e como ela implica na “Vida sem Deus” própria do homem pós-moderno, nesse momento ele leva vida sem doutrina, ou sem religião, diferente do tempo moderno onde se tentava estabelecer um conceito único que trazia disputas como Deus-mundo, ciência-crença e fé-razão. Então a secularização não vem para apagar a imagem de Deus, mas para tirar a importância desse questionamento já que o próprio homem é visto como centro do universo. Todas as respostas ganham sentido quando elas satisfazem o seu próprio desejo e necessidades. 
 	A Ética na religião do homem pós moderno não foi anulada, como é incitado a acreditar, ela foi transicionada ou adaptada para o novo centro, logo o bem-estar é o valor que fundamenta a cultura. Ocorre que a desorganização dos valores, geram consequências os velhos costumes, crenças e mitos foram esquecidos, só que dentro da sociedade existem as ditas “culturas fechadas” que não aceitam a modernidade e continuam com seus estilos de vida tradicionalistas e tentam definir a invasão dos novos conceitos. A moral cristã estabelece os desajustes provocados pelo esquema do homem moderno :
Moral neutra
Moral de situação
Moral sem pecado
 
Moral Hedonista
Moral Pragmática
 A moral sem pecado generaliza o estilo de vida que anula o sentido da culpa; a moral de situação implanta o relativismo que define as circunstâncias, a subjetividade e a privatização como caminho de realização moral; a moral neutra que desassocia a religião e ética que esvazia tanto a moral e a própria fé; a moral pragmática que estabelece valores somente quando se tem uma necessidade prática e em vista da própria utilidade; a moral hedonista que demonstra a indentificação do valor ético a partir do prazer e satisfação que produz. 
A marca do Permissivismo e do Nihilismo, trouxe a tona na pós modernidade a explosão religiosa, o poder tudo, a verdade oscilante e subjetiva, traz consigo a falta de consistência e pureza, criando um “coquetel religioso” . Resta a duvida, será que o Deus morto dos filósofos, agora venceu a guerra, e decidiu retormar o centro das atenções? Ou a realidade é apenas o resultado da busca do homem por sentir-se vazio?
3. BIBLIOGRAFIA
BAUMAN, Zygmunt. Ética pós-moderna. São Paulo: Paulus, 1997
ROJAS, Enrique. El hombre light: uma vida sin valores. Madrid: Temas de
Hoy, 1996.
Hall, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. TupyKurumin, 2006.
Barth, Wilmar Luiz. "O homem pós-moderno, religião e ética." Revista Teocomunicação, Porto Alegre 37.155 (2007): 89-108.

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