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SOLO POLUIÇÃO DO SOLO PROCESSOS DE REMEDIAÇÃO Poluição do Solo � Fertilizantes sintéticos � Defensivos agrícolas � Salinização � Resíduos sólidos urbanos � Resíduos sólidos industriais Poluição do Solo – Fertilizantes � a eficiência de aplicação nunca é 100%; � perda na eficiência de assimilação pela planta e maior incorporação ao ambiente; � possível alteração da composição do tecido celular das plantas; � contaminação: quando o teor de certa substância atinge um nível tóxico à flora, fauna e até ao homem; � eutrofização: exacerbada produção de algas. Poluição do Solo – Defensivos agrícolas Podem ser: � Inseticidas; � Fungicidas; � Herbicidas; � Rodenticidas; Poluição do Solo – Defensivos agrícolas � criados a mais de 50 anos, foram sintetizados na busca de um efeito mais duradouro na sua aplicação; � primeiro inseticida de elevada resistência no ambiente: DDT (dicloro- difenil-tricloroetano); � desenvolvimento de defensivos mais específicos e menos duradouros; Poluição do Solo – Defensivos agrícolas � pesquisas registram a presença de defensivos como o DDT nas calotas polares e em tecido celular de animais e aves com habitat bem distante dos locais de sua aplicação em teores elevadíssimos; � A circulação das águas e atmosfera são as principais responsáveis por essa disseminação; � As concentrações elevadas são consequência do que se denomina biomagnificação. Poluição do Solo – Defensivos agrícolas � organoclorados: DDT, ALDRIN, DIELDRIN, HEPTACLORO, etc. São extremamente persistentes, permanecem em percentuais de mais de 40% por 15 anos após sua aplicação. Vem sendo proibidos em um número cada vez maior de países; Poluição do Solo – Defensivos agrícolas � organofosforados: PARATHION, MALATHION, PHOSDRIN, etc. Apresentam certa seletividade na toxidez para insetos e na sua maioria degradam-se mais rapidamente que os organoclorados; Poluição do Solo – Defensivos agrícolas � carbamatos: são específicos em sua toxidez para os insetos e de baixa toxidez para os vertebrados de sangue quente. Poluição do Solo – Defensivos agrícolas � Fungicidas: � Sais de cobre: de uso mais antigo; � Organomercurais: de uso restrito às sementes; � Compostos orgânicos com N e S: ex. METIL- TIOFANATO. Poluição do Solo – Defensivos agrícolas � Herbicidas: � Derivados do arsênico, uso decrescente e limitado; � Derivados do ácido fenoxiacético: PICHLORAM, 2,4D e 2,4,5T, os dois últimos conhecidos como “agente laranja” na guerra do Vietnã. Defensivos agrícolas - ALTERNATIVAS � pragas controladas por meio biológico, um predador natural ou um micro-organismo que lhe cause doença; � Mudanças no padrão de plantio; � Utilização de plantas geneticamente modificadas. Poluição do Solo – Salinização �Ocorrências: � dependente do material de origem, seja pela maior aridez do clima ou pelas condições do relevo local; � solos mais áridos; � pela ocorrência de exploração agrícola com irrigação; REMEDIAÇÃO DO SOLO Esses métodos têm como objetivo imobilizar os metais e retirá-los do solo utilizando um dos seguintes processos: � separação mecânica, eletrocinética (passagem de uma corrente elétrica de baixa intensidade entre os eletrodos envolvidos pelos contaminantes do solo); � tratamento químico (processos oxidativos ou redutores); � separação pirometalúrgica (fornalhas de altas temperaturas para volatilizar os metais); � Imobilização por solidificação ou vitrificação, diminuindo a solubilidade e mobilidade dos contaminantes; REMEDIAÇÃO DO SOLO � fitorremediação (emprega plantas com o objetivo de remover, transferir, estabilizar ou destruir contaminantes nocivos ao ambiente e aos seres vivos; ainda tem o atrativo de apresentar um custo baixo, benefícios estéticos e boa aceitação pela população, pois utiliza plantas em um processo reconhecido como mais “natural”. � biorremediação (introdução de micro-organismos específicos no local de contaminação); FITORREMEDIAÇÃO � Def.: uso de vegetação in situ para o tratamento de solos contaminados. Os poluentes podem ser remediados pelos seguintes mecanismos: � Fitoextracção: absorção e acumulação dos poluentes nos tecidos das plantas; � Fitoadsorção: adsorção dos poluentes no sistema radicular, imobilizando os contaminantes; � Fitoestabilização: libertação para o solo de oxigênio e outros compostos, que podem imobilizar os metais pesados e estimular a biodegradação de poluentes; � Rizorremediação: intensificação da biodegradação por fungos e bactérias localizados no sistema raiz-solo. Mecanismos de fitorremediação em solos contaminados com metais pesados FITORREMEDIAÇÃO � A fitoextração tem sido a técnica mais estudada, devido, sobretudo, à possibilidade de elevada eficiência que pode apresentar e também à possível valorização econômica. � A acumulação de metais pelas plantas só é eficiente se o contaminante for depois removido do solo, através, por exemplo, da colheita da matéria vegetal; � Se a maior parte dos metais pesados capturados se localizar na parte aérea das plantas, a colheita poderá ser realizada utilizando os métodos de agricultura tradicionais; � Em geral, é necessário colher as plantas antes da queda das folhas ou antes da sua morte e decomposição, de modo que os contaminantes não se dispersem ou retornem ao solo. FITORREMEDIAÇÃO � Depois da colheita, a biomassa deverá ser processada para extração e recolha da maior parte dos metais; � Se forem solos com Ni, Zn, Cu ou Co, o valor do metal extraído pode incentivar a remediação; � Alternativamente, o volume ou o peso da biomassa podem ser reduzidos por meio de processos térmicos, físicos, químicos ou microbiano; � No caso da queima das plantas, por exemplo, a energia produzida representa uma valorização econômica do processo, e as cinzas podem ser tratadas como um minério, do qual pode ser extraído os metais-contaminantes, (especialmente, se as cinzas estiverem enriquecidas em apenas um ou dois metais). FITORREMEDIAÇÃO � Em alguns casos, a remoção é realizada espontaneamente, por volatilização dos metais absorvidos pela vegetação; � É o caso, por exemplo, do metalóide selênio, que se volatiliza em alguns sistemas vegetativos, sob a forma de dimetilselenídeo (Se(CH3)2) e dimetildiselenídeo (Se2(CH3)2); � O arroz, os brócolis, as couves, e algumas outras plantas, são capazes de volatilizar o selênio. � Foi também já desenvolvido um método para a volatilização do mercúrio. Este método envolve a introdução do gene bacteriano, redutase do íon mercúrio, que reduz o cátion ao metal (Hg), que é volátil à temperatura ambiente nas plantas. FITORREMEDIAÇÃO BIORREMEDIAÇÃO � Def.: Consiste na utilização de seres vivos ou seus componentes na recuperação de áreas contaminadas. Geralmente são processos que empregam micro-organismos ou suas enzimas para degradar compostos poluentes. Pode também ser definida como todo o processo que usa micro- organismos, fungos, plantas, algas verdes ou suas enzimas para que o ambiente contaminado retorne a sua condição original. BIORREMEDIAÇÃO � Apesar de fundamentadas em um único processo básico (biodegradação), as técnicas de biorremediação envolvem variações de tratamentos "in situ" (no local) e "ex situ" (fora do local) que pode envolver inúmeros procedimentos. � A maioria dessas estratégias se aplica aos tratamentos de superfície, enquanto algumas são específicas para a biorremediação em sub- superfície, como é o caso da bioventilação. BIORREMEDIAÇÃO � A Biorremediação "in-situ" envolve tratar o material contaminado no próprio local, com introdução de oxigênio,nutrientes e microrganismos em galerias e poços de infiltração. BIORREMEDIAÇÃO � A biorremediação "ex-situ" consiste na remoção do material contaminado para tratamento em local externo ao de sua origem. Não correndo riscos de danos ao meio ambiente. � O processo se inicia com a redistribuição do solo em camadas sendo irrigado com nutrientes e bactérias. � Há controle rigoroso da lixiviação e escoamento superficial do material contaminado sendo, portanto, mais seguro e próprio para tratamento de solos contaminados. BIORREMEDIAÇÃO � A biorremediação "ex-situ“: BIORREMEDIAÇÃO � Vários contaminantes podem ser tratados biologicamente com sucesso. Estes incluem petróleo bruto, hidrocarbonetos do petróleo como gasolina (que contém benzeno, xileno, tolueno e etilbenzeno (BTEX)) óleo diesel, combustível de avião, preservativos de madeira, solventes diversos, lodo de esgoto urbano industrial, entre outros. BIORREMEDIAÇÃO Tipos ou estratégias para biorremediação: � Passiva: Consiste na degradação natural pelos micro-organismos indígenas do solo; � Bioestimuladora: Consiste na adição de nutrientes como N e P para estimular os micro- organismos indígenas, aumentando sua população. Promove o aumento da atividade metabólica na degradação de contaminantes. BIORREMEDIAÇÃO � Bioventilação: É uma forma de bioestimulação por meio da adição de gases estimulantes, como O2 e CH4, para aumentar a atividade microbiana decompositora. BIORREMEDIAÇÃO � Bioaumentação: Consiste na mistura específica de micro-organismos em ambientes contaminados para iniciar o processo da biorremediação. � É a inoculação do local contaminado com micro-organismos selecionados para degradação do contaminante. BIORREMEDIAÇÃO � Landfarming: Consiste em aplicar à área contaminada uma camada arável do solo, onde se concentram 90% dos micro- organismos que usam os contaminantes como fonte de energia e assim os biodegradam; � A matriz contaminada é misturada ao solo por aração e as condições físico-químicas do solo (água, aeração e nutrientes) ajustadas para maximizar a atividade heterotrófica. BIORREMEDIAÇÃO - Landfarming � Cria-se assim a camada reativa chamada zona de tratamento fazendo com que esta camada de solo atue como biorreator natural. � É empregado com elevada eficiência no tratamento de rejeitos industriais, especialmente na indústria petroquímica. BIORREMEDIAÇÃO � Compostagem: É o uso de microrganismos termofílicos aeróbios em pilhas construídas para degradar o contaminante. Principais Dificuldades para o Sucesso dos Tratamentos Biológicos de Solos Contaminados � Heterogeneidade do rejeito: os rejeitos são distribuídos de modo heterogêneo no solo e o contaminante pode estar em uma forma não acessível; � Concentração do contaminante: contaminantes podem estar presentes em concentrações variadas (de muito baixa a muito alta). Se muito alta, pode ser tóxica e inibir o crescimento microbiano; Principais Dificuldades para o Sucesso dos Tratamentos Biológicos de Solos Contaminados � Persistência e toxidade: tratamentos biológicos são eficientes para remover matérias biodegradáveis e de baixa toxidade; � Condições adequadas para o crescimento microbiano: atividade microbiana suficiente para promover adequada degradação exige condições ambientais favoráveis como por exemplo, umidade, temperatura e aeração do solo.
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