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PSICOPATOLOGIA TOTAL

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PSICOPATOLOGIA TOTAL/AulaI.pdf
 Psicopatologia II -Aula II 
Prof.ª Sandra de Araujo Hott 
Questões quanto ao uso do DSMIV-TR 
# Classificação baseada em conjunto de critérios com 
características definitórias 
# Não pressupõe que cada categoria de transtorno mental seja 
uma entidade completamente distinta com contornos absolutos 
separando-a dos demais transtornos 
# Indivíduos com o mesmo transtorno são diferentes portanto, 
freqüentemente inclui conjunto de critérios múltiplos 
# DSM-IV atende: clínica, educação e pesquisa 
# Julgamento clínico com o uso do DSM-IV deverá ser realizado 
por profissional treinado/adequado 
# Contexto Jurídico pode incluir interdição, responsabilização 
criminal, inimputabilidade, internamento compulsório, etc. 
Considerações étnicas e culturais (Apêndice I) 
• Discussão das variações culturais no quadro clínico 
dos transtornos que foram incluídos na classificação. 
A Cultura afeta o conteúdo e a forma da 
apresentação sintomática 
• Descrição de síndromes ligadas à cultura 
• Delineamento de um esquema para a formulação 
cultural para auxiliar a avaliação e descrição 
sistemática do impacto do contexto cultural do 
indivíduo 
Transtorno Mental ≠ Condição Médica Geral 
 
 Organização 
# Instruções 
# Classificação (códigos e categorias) 
# Sistemas Multiaxial 
# Critérios de diagnósticos dos transtornos 
# 11 apêndices 
Utilização: Especificadores de gravidade e Curso 
 
 
PSICOPATOLOGIA TOTAL/AulaII.pdf
Psicopatologia II 
Prof.ª Sandra de Araujo Hott 
Aula II: Avaliação Multiaxial 
 
 
Sinais: alterações observadas pelo examinador 
Sintomas: queixas referidas pelo paciente 
Cinco Eixos 
Eixo I: 
Transtornos clínicos 
Outras condições que podem ser foco de 
atenção clínica ( diagnóstico psiquiátrico) 
Eixo II: 
Transtornos de personalidade 
Retardo mental 
Eixo III: 
Condição médica geral (doenças orgânicas) 
Eixo IV: 
Problemas psicossociais e ambientais 
Eixo V: 
Avaliação global do funcionamento ( para 
realizar atividades da vida diária) 
 
 
 
 
PSICOPATOLOGIA TOTAL/AulaIII.pdf
Psicopatologia II 
Prof.ª Sandra de Araujo Hott 
Aula III: Relação Médico/paciente 
Sintonia: 'sentimento espontâneo e consciente de 
resposta que promove o desenvolvimento de um 
relacionamento terapêutico construtivo’ 
# Características do Terapeuta: 
• Competência Técnica+ Fatores inter pessoais 
• Simpatia não é sentimentalismo 
• Preocupação genuína 
• Postura ética 
• Aceitar limites ( cura ou morte) 
 
 
# Modelo Biopsicossocial ( da doença) – 1977 George Engel 
Sistema Biológico- substratos anatômicos 
estruturais e moleculares da doença e seus efeitos 
sobre o funcionamento biológico dos pcs 
Sistema Psicológico- efeitos de fatores 
psicodinâmicos, da motivação e da personalidade 
na experiência e na reação à doença. 
Sistema Social- examina influências culturais, 
ambientais e familiares na expressão e na 
experiência da doença. 
Modelo Biopsicossocial é uma opção ao Modelo 
Biomédico. 
# Religião e Fé = esta última pode apoiar o 
tratamento ou impedir/boicotar 
 
# Comportamento de doença (reações do pc à 
experiência de estar doente) 
 
# Papel de doente 
• ser liberado de certas responsabilidades 
receber ajuda 
• é afetado por experiências anteriores com a 
doença 
• é afetado pelo modo como a cultura define a 
experiência de estar doente/ tipo de doença faz 
variar esta definição 
• é afetado por processos familiares, classe 
social, identidade étnica, personalidade 
pode ser perda devastadora ou mesmo desafio 
tabela 1.1 Avaliação individual do comportamento 
de doença ( Kaplan & Sadock, p. 16) 
 
# Modelos de Interação (transferência e 
contra-transferência) 
1- Modelo Paternalista (autocrático): 
Md/Tp 'sabe' o que é melhor – 
situações de emergência 
2- Modelo Informativo: Md/Tp informa 
e pc escolhe 
3- Modelo Interpretativo: Md/Tp 
conhece pc há muito e suas condições 
peculiares. Md/Tp decide mas também 
é flexível. Ouve e pode aceitar críticas e 
sugestões . 
4- Modelo Deliberativo: Md/Tp atua 
como 'amigo' ou 'orientador' e defende 
uma posição. Importante para tentar 
modificar comportamentos destrutivos 
( perder peso, parar de fumar) 
 
 
 
 
 
 
 
 
PSICOPATOLOGIA TOTAL/AulaIV.pdf
Psicopatologia II 
 Prof.ª Sandra de Araujo Hott 
Aula IV: As Psicoses 
(Kaplan e Sadock- Compêndio de Psiquiatria ( 
Cap. 13 e 14, pp. 507-571) 
# Pesquisadores importantes 
• Benedict Morel (1809-1873) – 'démence 
précoce' 
• Karl Ludwig Kahlbaum (1828-1899) – 
Catatonia 
• Ewold Hacker (1843-1909) – Hebefrenia 
• Emil Kraepelin (1856-1926) – 'dementiae 
precox' : curso deteriorante. Diferencia de 
Paranóia e Psicose Maníaco-depressiva 
• Eugen Bleuler (1857-1939) – cunha o 
termo 'esquizofrenia' (1911). Presença de 
cisões ('schisms') entre pensamento, 
emoção e comportamento. Não precisa ter 
curso deteriorante. 
# Os quatro As: 
• Sintomas Fundamentais 
Associações 
Afetos 
Autismo 
Ambivalência 
• Sintomas Secundários 
Alucinações e Delírios 
• Karl Jaspers 
Tentar compreender o significado psicológico 
dos sinais e sintomas esquizofrênicos ( 
alucinações e delírios). Busca uma 
fenomenologia da doença, i.e., sentimentos 
subjetivos dos pacientes 
 
 
# Tabela: Critérios de Kurt Shneider 
1- Sintomas de 1ª ordem: 
a- Pensamentos audíveis 
b- Vozes que conversam ou discutem, ou 
ambos 
c- Vozes que fazem comentários 
d- Experiência de passividade somática 
e- Roubo de pensamentos ou outras 
experiências de influência no pensamento 
f- Transmissão de pensamento 
g- Percepções delirantes 
h- Todas as experiências envolvendo volição, 
afetos e impulsos fabricados 
2- Sintomas de 2ª ordem: 
a- Outros transtornos da percepção 
b- Idéias delirantes súbitas 
c- Perplexidade 
d- Alterações do Humor depressivas e eufóricas 
e- Sentimentos de empobrecimento emocional 
f- '... e diversos outros” 
Esquizofrenia 
Doença Mental caracterizada por sintomas 
psicóticos que envolvem uma série de 
disfunções tais como pensamento, 
percepção, linguagem e comunicação, 
monitoramento comportamental emoções e 
do afeto, capacidade hedônica, volição, 
impulso e cognitivas. O diagnóstico 
envolve o reconhecimento de uma 
constelação d sinais e sintomas associado 
com prejuízo no funcionamento 
ocupacional ou social por pelo menos seis 
meses. 
Sintomas Positivos (distorções ou exageros) 
- delírios 
- alucinações 
- discurso desorganizado 
- monitoramento comportamental 
Sintomas Negativos (Restrições na 
amplitude e intensidade) 
- embotamento afetivo 
- alogia (fluência e produtividade do 
pensamento) 
- avolição (iniciação de comportamentos 
dirigidos a um objeto/objetivo) 
- déficits cognitivos 
- sintomas depressivo-ansiosos 
• 1% da população mundial 
• antes dos 25 anos 
• persiste por toda a vida 
• em todas as classes sociais 
• grupo de transtornos com diferentes : 
etiologias, respostas ao tratamento
e cursos 
Duas dimensões presentes na 
Esquizofrenia 
• Dimensão Psicótica( delírios e alucinações) 
• Dimensão Desorganizada ( discurso e 
comportamentos desorganizados ou bizarros) 
Delírios 
• Delírios Persecutórios 
• Delírios de Referência 
• Delírios Somáticos 
• Delírios Religiosos ou Místicos 
• Delírios de Grandeza 
Subtipos de Esquizofrenia 
• Caratônico ( comprometimento psicomotor, 
catatonia e/ou estupor) 
• Desorganizado ( discurso e comportamento 
desorganizados e afeto embotado ou 
inadequado) 
• Paranóide ( delírios e alucinações) 
• Indiferenciado 
• Residual 
Fatores que influenciam curso e prognóstico na 
Esquizofrenia 
- início precoce 
- início insidioso 
- comprometimento de personalidade já na fase 
pré-mórbida 
- período longo entre o surgimento dos sintomas e 
o tratamento 
- sexo masculino 
- falta de fatores precipitantes claros 
- Q. I. baixo 
- classe social baixa 
- isolamento social 
- histórico psiquiátrico anterior 
Curso ( período entre crises) 
 
 
 
Tratamento 
- controlar os sintomas da doença tentando 
minimizar os efeitos colaterais da medicação 
- prevenir recaídas 
- prevenir riscos de suicídio 
- evitar hospitalizações 
- melhorar a qualidade de vida 
- dar à família suporte emocional 
- evitar que o paciente abandone o tratamento 
PSICOPATOLOGIA TOTAL/AulaV#Psicopatologia-Bipo.pdf
Transtornos do Humor 
• Bipolar I, II e III 
• Depressão Maior (Unipolar) 
• Distimia 
• Ciclotimia 
Perda da sensação de controle 
Humor: Normal, Elevado ou Deprimido 
• Sindromes: conjunto de sinais e sintomas 
persistentes por semanas ou meses que 
representam um desvio marcante do 
desempenho habitual do indivíduo e que 
tendem a recorrer, por vezes de forma 
periódica ou cíclica. 
• Mania, Hipomania e Depressão. 
Transtorno Depressivo Maior 
• Depressão unipolar 
• Não há episódios maníacos, mistos ou 
hipomaniacos. 
• Cada episódio: durar mínimo de 2 semanas 
• Perda de interesse e da capacidade hedônica 
• Dor emocional, agonia, ideação de suicídio 
• Perda do interesse sexual, queixas somáticas 
 
 
 
Subtipos 
Bipolar I 
• Mania e Depressão 
• 1 ou mais episódios 
maníacos 
• Possível episódio 
depressivo maior 
• Episódio misto(1 
semana) 
• Possível sint. Psicóticos 
 Bipolar II 
• Hipomania e Depressão 
Menos graves: 
Ciclotimia 
• Hipomania (2 anos) 
Distimia 
 Depressão (2 anos) 
 
 
 
 
Mania 
• Auto-estima inflada ( Grandiosidade) 
• Redução da necessidade de sono 
• Mais loquaz, pressão para falar 
• Fuga de idéias 
• Distratibilidade 
• Aumento da atividade ( social, sexual, etc.) 
• Hedonismo exacerbado 
• Perda do senso crítico 
 
 
 
PSICOPATOLOGIA TOTAL/AulaVIII_PricopatoTranstPersonalidade.pdf
Transtornos da Personalidade
Psicopatologia II
TRANSTORNOS DA PERSONALIDADE
• Personalidade: rótulo descritivo do
comportamento observável do indivíduo e de
sua experiência interior subjetiva relatada.
Aspectos públicos e privados
• Transtornos: quando os traços da
personalidade são rígidos e mal-adaptativos epersonalidade são rígidos e mal-adaptativos e
produzem comprometimento do desempenho
ou sofrimento subjetivo
• Tem início na adolescência e início da vida
adulta
3 Classes:
1) Grupo A: paranóide, esquizóide e
esquizotípica (estranhos e excêntricos)
2) Grupo B: anti-social, borderline,
histriônica e narcisista (dramáticos,
emocionais e erráticos)emocionais e erráticos)
3) Grupo C: esquiva, dependente,
obsessivo-compulsiva e sem outra
especificação(passivo-agressiva,
depressiva (ansiosos e medrosos)
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE PARANÓIDE
• Suspeita e desconfiança persistentes das pessoas 
em geral. 
• Recusam responsabilidade por seus próprios 
sentimentos atribuindo aos outros
• Hostis, irritáveis e raivosos
Comum em: Fanáticos, coletores de injustiças, • Comum em: Fanáticos, coletores de injustiças, 
cônjuges patologicamente ciumentos e maníacos 
litigantes (litígio).
• Interpretam ações de terceiros como 
depreciativas e ameaçadoras
• Questionam lealdade dos amigos e cônjuges
TRANSTORNO DE PERSON ESQUIZÓIDE
• Padrão de reclusão social durante toda a vida
• Desconforto com interações humanas
• Introversão e afeto embotado e restrito
• Excêntricos, isolados e solitários
• Parecem frios e distantes
Não mostram envolvimento com o cotidiano• Não mostram envolvimento com o cotidiano
• Quietos, distantes, reclusos 
• Falta de desejo por elos emocionais
• Êxito em trabalhos solitários
• Incapazes de intimidade
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE ESQUIZOTÍPICA
• Notavelmente esquisitos ou estranhos
• Pensamento mágico e noções particulares
• Idéias de referência, ilusões
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE ANTI-SOCIAL
• Incapacidade de se adaptar às normas sociais• Incapacidade de se adaptar às normas sociais
• Atos anti-sociais e criminosos
• Verniz: ‘máscara de santidade’ 
• Furtos, brigas, abuso de drogas, atividades 
ilegais, mentira, fuga de casa
• Manipuladores, abuso de cônjuge e crianças
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE BORDERLINE
• Limite entre neurose e psicose
• Afetos, humor, comportamento, relações
objetais e auto-imagem extraordinariamente
instáveis(‘personalidade como-se’, ‘‘transtorno
psicótico do caráter’)
• Oscilações do humor, imprevisível
• Atos autodestrutivos, automutilações
• Não toleram ficar sós
• Sentimento crônico de vazio e tédio
• Capacidade extraordinária de raciocínio
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE HISTRIÔNICA
• Excitáveis e emocionais, modo colorido, 
dramático e extrovertido
• Muitas vezes incapaz de manutenção de 
relacionamentos profundo e duradouros
• Lapsos de fala, exibição afetiva, falta de 
perseverança
• Chamar a atenção, exagerar pensamentos e 
sentimentos
• Faniquitos, lágrimas e acusações quando não são 
centro das atenções
• Sedutores, buscam elogios ou aprovação
• Podem ter anorgasmia ou impotência
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE NARCISISTA
• Elevado sentimento de sua própria importância, 
grandiosos,únicos e especiais
• Fantasias de onipotência, beleza e talento ( 
transmitido aos filhos na educação)
• Lidam mal com crítica, enraivecidos
• Ambiciosos, auto-estima frágil• Ambiciosos, auto-estima frágil
• Relacionamentos frágeis não mostram empatia e 
fingem simpatia apenas para conseguir seus 
objetivos egoístas
• Dificuldades interpessoais, problemas 
ocupacionais 
• Querem ser admirados
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE DEPENDENTE
• Subordinam suas necessidades às dos outros
• Conseguem que outros assumam as 
responsabilidades sobre sua vida
• Falta de autoconfiança
• Personalidade Passivo-dependente
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE OBSESSIVA-TRANSTORNO DA PERSONALIDADE OBSESSIVA-
COMPULSIVA
• Restrição emocional, busca ordem, perseverança, 
teimosia e indecisão
• Perfeccionismo,inflexibilidade
• Personalidade Anancástica
• Limpeza, postura tensa e formal,sem espontaneidade
PSICOPATOLOGIA TOTAL/consciencia.pdf
Material elaborado a partir de MYERS, 
D. Psicologia. 7ed. Rio de Janeiro: LTC, 
2006. 
O estudo dos estados de consciência existe 
desde a fundação
da Psicologia Científica, 
mas a dificuldade de investigação desse 
objeto levou os psicólogos a se dedicarem 
mais ao estudo do comportamento. 
 A partir dos avanços da neurociência, tornou-
se possível relacionar a atividade cerebral 
com os estados mentais – o despertar, o 
dormir e o sonhar. Passou-se a estudar a 
consciência alterada pela hipnose e por 
drogas. E os processos mentais (cognição) 
voltaram a ganhar importância. 
O ‘estar ciente’ nos permite exercer controle 
voluntário e comunicar nosso grau de 
consciência aos outros. 
 Pesquisas mostram que boa parte das 
informações que processamos estão fora de 
nosso “estar ciente”. Nós registramos e 
reagimos a estímulos que não percebemos 
conscientemente; desempenhamos tarefas 
previamente aprendidas de maneira 
automática; nós modificamos nossas atitudes 
e reconstruímos nossas memórias sem 
estarmos conscientes que o fazemos. 
 Já as novas tarefas exigem nossa atenção 
consciente. A consciência é relativamente 
lenta e tem sua capacidade limitada, mas é 
especializada em resolver novas situações. 
Uma pesquisa realizada por Jerome Singer 
em 1975 revelou que boa parte das pessoas 
tem devaneios ou fantasias todos os dias. 
A maioria dos devaneios envolve detalhes 
familiares de nossa vida. E sonhar acordado 
pode ser adaptativo! Devaneios nos ajudam 
na preparação para eventos futuros e podem 
substituir a impulsividade. Já as fantasias 
aumentam a criatividade. 
 
DEVANEIO: Estado 
de espírito de 
quem se deixa 
levar por 
lembranças, 
sonhos e imagens. 
 
FANTASIA: Tudo 
aquilo que foge da 
realidade; obra ou 
criação da 
imaginação. 
 As seguintes afirmações são verdadeiras ou 
falsas: 
1) Quando as pessoas sonham que estão fazendo 
algum tipo de atividade, seus membros se 
movimentam de acordo com o sonho. 
2) Adultos mais velhos dormem mais que adultos 
jovens. 
3) Sonâmbulos estão agindo como nos seus 
sonhos. 
4) Especialistas em sono recomendam tratar 
insônia com comprimidos para dormir. 
5) Algumas pessoas sonham todas as noites, 
enquanto outras raramente sonham. 
 
 RITMOS BIOLÓGICOS 
Nossos ritmos biológicos relativos à idade 
afetam nosso funcionamento diário, 
especialmente nosso sono e sonhos. 
O RITMO DO SONO 
Nosso esquema diário de despertar e dormir 
é controlado por um relógio corporal 
denominado “ritmo circadiano”. Cada noite 
de sono contém um ritmo próprio, evoluindo 
do estágio transitório 1 até o estágio de sono 
profundo 4, retornando até o estágio mais 
internamente ativo do sono REM. Esse ciclo 
se repete várias vezes durante a noite, com 
os períodos do estágio 4 se tornando 
progressivamente mais curtos, e o estágio de 
sono REM, dos sonhos, mais longos. 
O sono R.E.M., ou rapid eye movement 
(movimento rápido dos olhos), é a fase do 
sono na qual ocorrem os sonhos mais vívidos. 
Durante esta fase, os olhos movem-se 
rapidamente e a atividade cerebral é similar 
àquela que se passa nas horas em que se está 
acordado. As pessoas acordadas durante o 
sono REM, normalmente, sentem-se alertas, 
com maior índice de atenção e refrescadas, 
ou mais dispostas e prontas para a atividade 
normal. Durante o sono REM o tônus 
muscular da pessoa diminui 
consideravelmente. 
 
 POR QUE DORMIMOS? 
A privação do sono de pessoas não relevou do 
modo conclusivo por que, fisiologicamente, 
precisamos dormir. Pesquisas recentes 
revelaram que o sono está ligado à liberação 
de hormônio do crescimento pela pituitária, 
e que ele pode ajudar a restabelecer tecidos 
cerebrais e a consolidar memórias. Sono 
pode também ter uma função protetora na 
evolução da humanidade. 
 TRANSTORNOS DO SONO 
Os transtornos do sono incluem a insônia 
(recorrente falta de sono), a narcolepsia 
(ataques súbitos e incontroláveis de sono) e a 
apnéia do sono (parada da respiração 
durante o sono). 
 SONHOS 
 Embora os pensamentos conscientes possam 
ocorrer durante quaisquer estágios do sono, 
acordar as pessoas durante o sono REM leva a 
relatos previsíveis “de sonhos fantásticos”. 
Despertar durante outros estágios do sono 
conduz apenas a imagens fugidias ocasionais. 
Nossos sonhos são compostos principalmente 
por eventos corriqueiros e experiências 
cotidianas. Eles tendem a envolver algum 
grau de ansiedade ou insatisfação do que 
alguma conquista. 
A história da 
hipnose está muito 
associada ao 
charlatanismo. 
Apesar disso, ela 
recentemente tem 
se tornado objeto 
de pesquisas 
sérias. 
 
 
 Psicólogos atualmente concordam que a 
hipnose é um estado de alta 
sugestionabilidade que as pessoas 
manifestam em graus variados, e embora 
procedimentos hipnóticos possam ajudar 
algumas pessoas a lembrar de eventos 
passados, as crenças do hipnotizado 
freqüentemente influenciam suas memórias. 
 
 
 Pessoas hipnotizadas não podem agir contra 
sua vontade, tanto quanto uma pessoa não 
hipnotizada. 
Hipnose pode ser pelo menos 
temporariamente terapêutica, e hipnotizados 
podem se beneficiar de um alívio da dor. 
 
Apresento um 
trecho do 
exercício de 
relaxamento da 
Drª Marilda Lipp, 
especialista em 
controle do 
Estresse. 
 A hipnose é, pelo 
menos parcialmente, 
um subproduto de 
processos normais e 
cognitivos sociais. 
Vários pesquisadores 
acreditam que ela é 
um estado alterado 
de consciência, talvez 
envolvendo 
dissociação entre 
níveis de consciência. 
 
 
Drogas psicoativas, que incluem depressores, 
estimulantes e alucinógenos, também 
alteram o nível de consciência. 
 
As drogas geralmente detonam sintomas de 
abstinência – efeitos negativos posteriores 
em oposição ao prazer temporário das 
drogas. Esses sintomas podem levar à 
dependência tanto física como psicológica. 
O uso medicinal das drogas, contudo, 
raramente cria dependência. 
Muitos usuários de droga superam o vício 
quando seu contexto se modifica. 
 
 Álcool, barbitúricos e 
opiáceos operam 
através da depressão 
do funcionamento 
neural. Cada um 
produz um 
determinado tipo de 
prazer, mas ao custo 
de dificultar a 
memória, diminuir a 
propriocepção, além 
de outras 
conseqüências. 
 
 Cafeína, nicotina, 
anfetaminas, cocaína e 
ecstasy agem pela 
estimulação do 
funcionamento neural. 
Assim como a maioria 
das drogas psicoativas, 
elas agem nas sinapses, 
influenciando os 
neurotransmissores 
cerebrais, e seus efeitos 
dependem da dose, das 
expectativas e da 
personalidade os 
usuários. 
LSD e maconha 
podem distorcer o 
julgamento das 
pessoas e, 
dependendo da 
dose, alterar 
sensações e 
percepções. 
 
Cerca de 1/3 
daqueles que 
sobreviveram a um 
encontro com a 
morte, após uma 
parada cardíaca, 
por exemplo, 
lembram-se de 
visões. 
 
 Enquanto ‘dualistas’ (acreditam que mente e 
corpo interagem, mas são entidades 
diferentes – a mente não-física e o corpo 
físico) interpretam essas experiências como 
evidência da imortalidade humana, 
‘monistas’ (não acreditam na separação 
mente e corpo. Sustentam que mente e 
corpo são aspectos diferentes da mesma 
coisa) indicam que esses relatos têm 
paralelos em
relatos de alucinações por 
drogas, e que essas experiências podem ser 
induzidas por um cérebro impactado de 
estresse. 
 
PSICOPATOLOGIA TOTAL/EmentaPsicopatoII.pdf
 
PSICOPATOLOGIA TOTAL/Psicodiagnu00F3stico.pdf
 1 
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
SEMINÁRIOS AVANÇADOS EM PSICOLOGIA – AULA 5 
 
RELEMBRANDO O PSICODIAGNÓSTICO AS TÉCNICAS DE 
EXAME PSICOLÓGICO 
 
Entrevista é um método de avaliação psicológica que se assemelha ao método 
científico, onde o entrevistador vai formulando uma série de hipóteses com o 
desenrolar da entrevista. 
 
Os objetivos da entrevista podem ser: 
1) reconstituir a história do sujeito (anamnese); 
2) sondar seus conhecimentos (argüição oral); 
3) avaliar suas aptidões para uma aprendizagem (orientação) ou um emprego 
(seleção); 
4) contribuir para o psicodiagnóstico e indicação do tratamento de pessoas 
com distúrbios psicológicos (entrevista inicial ou preliminar). 
 
A entrevista pode ser diretiva, onde o psicólogo faz perguntas pré-
estabelecidas e procura obter informações; ou entrevista não diretiva, onde ele 
deixa que o sujeito fale o mais livremente possível, encorajando-o, 
reformulando suas respostas, observando suas reações e procurando entender 
os medos, hesitações, resistências e defesas do sujeito. As entrevistas 
semidiretivas são interações entre as duas anteriores. Durante a entrevista, 
deve-se evitar a indução de respostas do paciente bem como confrontar 
determinadas informações incongruentes ou mentirosas. 
 
Psicodiagnóstico = tempo limitado. A duração excessiva do processo é 
prejudicial. 
 
Cuidado com: insistência num tema, lacunas, silêncios em demasia, pois isto 
rompe o enquadramento do processo psicodiagnóstico. 
 
Os testes e entrevistas não devem ser interrompidos em função do 
enquadramento. 
 
Um dos principais objetivos do processo de psicodiagnóstico é o de descrever, 
avaliar e compreender o nível de funcionamento da personalidade. São 
examinadas as funções do ego, em especial o insight e as condições do 
 2 
sistema de defesa, para facilitar a indicação de recursos terapêuticos, bem 
como estimar o progresso ou os resultados desse tratamento. 
 
Caracterização do processo psicodiagnóstico: A) configura uma situação 
com papéis bem definidos e com um contrato no qual fica estabelecido um 
compromisso com fins de psicodiagnóstico, isto é, uma compreensão da 
personalidade do paciente ou do grupo familiar; B) abrange aspectos passados, 
presentes (diagnóstico) e futuros (prognóstico); C) utilização de técnicas: 
entrevista semidirigida, técnicas projetivas, entrevista de devolução. 
 
Objetivos: A) descrição e compreensão da personalidade; B) formular 
recomendações terapêuticas adequadas. 
 
Momentos do processo psicodiagnóstico: 1) 1º contato e entrevista inicial; 2) 
aplicação de testes e técnicas projetivas; 3) encerramento do processo: 
devolução oral ao paciente (e/ou seus pais); 4) informe escrito para o 
remetente. 
 
Enquadramento: a) esclarecimento dos papéis respectivos (natureza e limite 
da função que cada parte integrante do contato desempenha); b) lugares onde 
se realizarão as entrevistas; c)horário e duração do processo 
(aproximadamente). Obs: falta de enquadramento ou um enquadramento 
muito rígido pode prejudicar o processo psicodiagnóstico. 
 
A entrevista de devolução: é o momento do psicodiagnóstico que deixa 
manifesta a experiência clínica do psicólogo. O psicólogo deve ir 
gradualmente aventando suas conclusões e observando as reações que estas 
produzem. O psicólogo não deve assumir a posição do que “sabe” diante do 
que “não sabe”. A dinâmica deve favorecer o aparecimento de novo material 
com propósito de validar ou não as conclusões diagnósticas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
OBJETIVOS DO PSICODIAGNÓSTICO 
(avaliação psicológica clínica) 
OBJETIVOS ESPECIFICAÇÕES 
 
Classificação 
simples 
Simples classificação do desempenho do examinando em relação a 
um detreminado padrão, como por exemplo, uma avaliação 
intelectual. 
 
Descrição Ultrapassa a classificação simples, interpretando diferenças de 
resultados, identificando forças e fraquezas, descrevendo o 
desempenho do paciente, como em uma avaliação de déficits 
neuropsicológicos. 
 
Classificação 
nosológica 
Hipóteses inciais são testadas, tomando como referência critérios 
dos diagnósticos DSM IV ou CID 10. 
 
Diagnóstico 
diferencial 
São investigadas irregularidades ou inconsistências de um quadro 
sintomático para diferenciar alternativas diagnósticas, níveis de 
funcionamento ou natureza da patologia. 
 
Avaliação 
compreensiva 
Tem como objetivo determinar o nível de funcionamento da 
personalidade. São examinadas as funções do ego, em especial a 
de insight, condições do sistema de defesa, para facilitar a 
indicação de recursos terapêuticos bem como estimar o progresso 
ou os resultados desse tratamento. 
 
Entendimento 
dinâmico 
Ultrapassa o objetivo da avaliação compreensiva por pressupor um 
nível mais elevado de inferência clínica com abordagens teóricas. 
 
Prevenção Procura investigar problemas precocemente, avaliar riscos, fazer 
uma estimativa de forças e fraquezas do ego, de sua capacidade de 
enfrentar situações novas, difíceis e estressantes. 
 
Prognóstico Busca determinar o provável curso do caso. 
 
Perícia Forense Fornece subsídios para questões relacionadas com “insanidade”, 
competência para o exercício das funções de cidadão, avaliação de 
incapacidades ou patologias que podem se associar com infrações 
de lei etc. 
 
 
 
 
 4 
TECNICAS DE EXAME PSICOLÓGICO: 
 
Os instrumentos psicológicos representam a expressão científica de um 
procedimento sistemático de avaliar as situações para tomar decisões que 
garantam a sobrevivência do organismo. 
 
Avaliação = conjunto de processos que as pessoas usam para formar 
impressões e imagens, tomar decisões e verificar hipóteses sobre as 
características de outras pessoas no confronto delas com seu meio ambiente. 
 
Binet (na França) foi o primeiro a organizar uma escala como medida de 
inteligência (idade mental). 
 
Os americanos transformaram a escala de Binet em medida de inteligência na 
qual a classificação dos testes por idades foi substituída por uma escala de 
pontos, ondeo QI (qüoeficiente de inteligência) é igual à idade mental (IM) 
dividido pela idade cronológica (IC) e multiplicado por 100. Assim temos: 
QI=IM/IC x 100. 
 
Testes de Inteligência: 
Os testes de inteligência são testes objetivos, que se caracterizam pela 
ausência de qualquer necessidade de julgamento subjetivo. São testes de 
múltipla escolha, onde para cada questão existe uma determinada resposta 
correta. O Raven e o TEI são exemplos desse tipo de teste. 
 
Testes Projetivos (de personalidade): 
Testes projetivos são utilizados para avaliação da personalidade. Esses testes 
requerem que a pessoa responda a determinados estímulos que, por não serem 
muito claros, aumentam a possibilidade da pessoa projetar seus sentimentos, 
pensamentos, crenças e conflitos da forma mais verdadeira possível nesses 
estímulos. 
 
Os testes projetivos caracterizam-se pela ambigüidade do material (geralmente 
imagens ou borrões de tinta)
que é apresentado ao sujeito cuja personalidade 
está sendo avaliada. Pede-se ao sujeito que interprete essas imagens ambíguas. 
Esses testes assumem que conflitos de natureza inconsciente são projetados 
nas respostas que o sujeito dá frente a esse material ambíguo. O Rorschach e o 
Teste de Apercepção Temática (TAT) são considerados testes projetivos. No 
TAT, pede-se ao sujeito para criar uma história em relação a cenas onde seres 
humanos se encontram em situações ambíguas . O CAT (Children 
 5 
Apperception Test) é uma versão do TAT para crianças, onde os seres 
humanos são substituídos por animais. 
O laudo psicológico fornece uma série de informações sobre o perfil 
psicológico, vivencial e emocional da pessoa avaliada, com base em testes, 
entrevistas e análises de acordo com uma determinada abordagem teórica. 
Embora a elaboração de um laudo diagnóstico envolve a avaliação da 
personalidade do paciente, o psicodiagnóstico escrito não tem finalidade de 
rotular ou classificar de forma simples e primária a personalidade da pessoa 
que está sendo diagnosticada. 
 
Inventário de Interesses ou Testes de aptidão: 
Testes de aptidão têm como objetivo avaliar a capacidade com que uma 
pessoa pode adquirir novo conhecimento relacionado com uma determinada 
habilidade ou competência específica. São exemplos desse tipo de teste: 
Angelini e Kuder. 
 
Outros Testes de Personalidade: 
Os testes de personalidade visam avaliar a personalidade do indivíduo, seja 
objetivamente, através de perguntas e respostas definidas ou subjetivamente, 
através de técnicas projetivas (desenhos, pranchas, etc). 
Alguns exemplos: 
O teste Psicodiagnóstico Miocinético é uma prova de expressão gráfica (teste 
expressivo) com objetivo de avaliar a personalidade de uma pessoa através da 
análise das tensões musculares involuntárias, que revelam as tendências 
fundamentais do caráter e da personalidade. Nesse teste, o indivíduo é 
chamado a executar traços de maneira contínua, sem ver determinados sinais 
no papel. Como o próprio nome indica, esse teste envolve uma tarefa 
psicomotora baseada na simbiose dos músculos (mio, de origem latina) com 
os movimentos (kinese, de origem grega), amplamente conhecido pela sigla 
PMK. 
CPS – Escala de Personalidade de Conrey – muito utilizado na avaliação 
psicológica na área de recursos humanos. É um inventário de personalidade 
baseado no método da auto-descrição para identificação dos principais fatores 
da constituição do indivíduo. O CPS avalia oito dimensões da personalidade: 
Confiança X Atitude Defensiva; Ordem X falta de Compulsão; Conformidade 
Social X Rebeldia; Atividade X Passividade; Estabilidade Emocional X 
Neuroticismo; Extroversão X Introversão; Masculinidade X Feminilidade 
(Sensibilidade); Empatia X Egocentrismo. 
 
 
PSICOPATOLOGIA TOTAL/psicopato- abuso de substancia.pdf
 
 
 Atualmente, a droga que mais ocasiona overdose em usuários e dependentes 
químicos, o crack apresenta o aspecto de uma pedra esbranquiçada ou de uma 
pasta, feita a partir da mistura de sobras de refino de cocaína com querosene e 
bicarbonato de sódio. 
 Quando a pedra é queimada, é liberada fumaça, que, inalada, chega ao sistema 
nervoso central em 10 segundos, seu efeito dura cerca de 10 minutos e causa euforia 
mais forte que a da cocaína. Após, causa depressão, o que leva o usuário a consumir 
novamente para compensar o mal estar. 
 O consumidor pode ter paranoia e ilusão de perseguição. Não são raros relatos de 
pessoas que já passaram mais de 2 dias sem dormir, enquanto sob o efeito do crack. 
- 
 A cocaína tem o aspecto de um pó branco cristalizado e há várias formas de 
consumi-la. O modo mais comum é através da aspiração e inalação do pó, mas 
alguns consumidores chegam a injetar a droga diretamente na corrente sanguínea, o 
que eleva o risco de uma parada cardíaca causada por overdose. 
 
 Exemplos de efeitos que a cocaína provoca são dilatação da pupila e batimentos 
cardíacos cada vez mais rápidos. Seu uso contínuo pode resultar em calafrios, 
alucinações, delírios e paranoia, e pode devastar sistema nervoso. 
 A heroína é usada com o objetivo de aumentar a autoestima e diminuir o desânimo, 
reduzir dor e ansiedade. Pode ser inalada, injetada ou fumada. Uma injeção 
introvenosa provoca maior intensidade e início de euforia rápido, de 4 a 6 segundos. 
 Os usuários da droga injetada correm risco de contrair HIV e Hepatites B e C, 
também por compartilhar seringas e seu uso crônico pode provocar colapso dos vasos 
sanguíneos. 
 
- 
 Conhecida também como “pílula do amor” e bala, o ecstasy é uma droga 
moderna sintetizada feita em laboratórios, que geralmente causa sensações 
de bem estar e euforia. Vendido sob a forma de comprimidos e cápsulas, 
muitas vezes é misturado a cafeína, detergente e outras drogas. 
 Ganhou notoriedade com o desenvolvimento da moda tecno e das festas 
rave. Durante o período de intensidade do ecstasy podem ocorrer náuseas, 
hipertensão e convulsões. Quando ingerido com bebidas alcoólicas, pode 
ocasionar um choque cardio-respiratório, e algumas pessoas que consumiram 
a droga já detectaram aparições de espinhas no rosto. 
 Seu efeito dura em média 7 horas, e nos dias seguintes ao uso da droga, o 
usuário pode ficar deprimido, com dificuldade de concentração e ansiedade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
PSICOPATOLOGIA TOTAL/psicopato-nosologia.pdf
 Psicopatologia II -Aula II 
Prof.ª Sandra de Araujo Hott 
Questões quanto ao uso do DSMIV-TR 
# Classificação baseada em conjunto de critérios com 
características definitórias 
# Não pressupõe que cada categoria de transtorno mental seja 
uma entidade completamente distinta com contornos absolutos 
separando-a dos demais transtornos 
# Indivíduos com o mesmo transtorno são diferentes portanto, 
freqüentemente inclui conjunto de critérios múltiplos 
# DSM-IV atende: clínica, educação e pesquisa 
# Julgamento clínico com o uso do DSM-IV deverá ser realizado 
por profissional treinado/adequado 
# Contexto Jurídico pode incluir interdição, responsabilização 
criminal, inimputabilidade, internamento compulsório, etc. 
Considerações étnicas e culturais (Apêndice I) 
• Discussão das variações culturais no quadro clínico 
dos transtornos que foram incluídos na classificação. 
A Cultura afeta o conteúdo e a forma da 
apresentação sintomática 
• Descrição de síndromes ligadas à cultura 
• Delineamento de um esquema para a formulação 
cultural para auxiliar a avaliação e descrição 
sistemática do impacto do contexto cultural do 
indivíduo 
Transtorno Mental ≠ Condição Médica Geral 
 
 Organização 
# Instruções 
# Classificação (códigos e categorias) 
# Sistemas Multiaxial 
# Critérios de diagnósticos dos transtornos 
# 11 apêndices 
Utilização: Especificadores de gravidade e Curso 
 
 
PSICOPATOLOGIA TOTAL/Psicopato.pdf
Psicopatologia na fenomenologia-existencial
31
Universitas Ciências da Saúde - vol.01 n.01 - pp. 31-44
 Psicologia 
A psicopatologia e o diagnóstico numa abordagem
fenomenológica–existencial
Carlene Maria Dias Tenório1
1
 Gestalt Terapeuta; Mestre e Doutoranda em Psicologia Clínica pela Universidade de Brasília-UnB; ex-
professora da Universidade de Fortaleza-UNIFOR; professora do Centro Universitário
de Brasília-UniCEUB;
membro efetivo da diretoria e do corpo docente do Instituto de Gestalt Terapia de Brasília-IGTB.
RESUMO - Partindo da exposição de alguns pressupostos da fenomenologia e do
existencialismo, é feita uma reflexão acerca dos aspectos teóricos e metodológicos
referentes à psicopatologia e ao diagnóstico dentro dessa abordagem. Uma psico-
logia de base fenomenológico-existencial confirma a prioridade da relação com o
outro na constituição do sujeito. Desse modo, o aspecto relacional assume um
papel determinante no desenvolvimento saudável ou patológico e o aspecto essen-
cial da existência humana, do qual se origina a problemática relacional que caracte-
riza a patologia, consiste em modalidades específicas de internalizar a figura do
outro por parte do indivíduo. Dentro dessa perspectiva, fazer diagnóstico é identi-
ficar e explicitar o modo de existir do sujeito em seu relacionamento com o ambien-
te em determinado momento e os significados que ele constrói de si e do mundo.
Palavras-chave: fenomenologia, existencialismo, pscicopatologia, diagnóstico
The psychopathology and the diagnosis according
to the phenomenological-existentialist approach
ABSTRACT - Starting from the explanation of some premises of phenomenology
and existentialism, some thoughts are given to the theoretical and methodological
aspects concerning the psychopathology and the diagnosis according to this
approach. A Psychology based on the phenomenological existentialist approach
confirms the priority of the relationship with the other person on the subject’s
constitution. In this sense, the relational aspect takes a determining role on the
healthy or pathological development. In addition, the essential aspect of the human
existence from which the relational problems, the ones that characterizes the
pathology, originate consists of specific ways of internalizing the other’s image by
the person. From this point of view, making a diagnosis consists of identifying and
showing the person’s way of being in his/her relationship with the environment at
a specific moment and the meanings of himsel and the world.
Key-words: phenomenology, existentialism, psychopathology and diagnosis
Carlene Tenório
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Universitas Ciências da Saúde - vol.01 n.01 - pp. 31-44
A fenomenologia e o existencialismo: alguns pressupostos básicos
O existencialismo é uma corrente filosófica bem mais abrangente e com
uma gravitação no pensamento contemporâneo bem maior que a fenomenologia.
Nascido oficialmente em 1927, com a publicação de Ser e Tempo, de Martin
Heidegger, o existencialismo coloca a questão do ser como a máxima tarefa da
reflexão e da ação humana. Centrada sua preocupação na elucidação ontológica
em geral, Heidegger focaliza sua atenção na questão do ser humano em particu-
lar, tentando caracterizar, em sua obra fundamental, os traços distintivos da exis-
tência humana. Para esse objetivo, ele entende que o único método que lhe per-
mite alcançar este propósito é a fenomenologia.
Depois de Heidegger, outros pensadores identificados com essa corrente
filosófica aplicam este mesmo método. No entanto, o método fenomenológico
não é o único empregado pelo enfoque existencial, sobretudo na área da psico-
logia. Dois outros métodos gozam igualmente de considerável prestígio: o mé-
todo compreensivo e o método dialético, que serão abordados posteriormente.
Na cabeça de seu fundador, Edmund Husserl, a Fenomenologia nasceu
com a pretensão de tornar a reflexão filosófica uma ciência rigorosa tão bem
estabelecida que servisse de fundamento a todas as outras ciências empírico-fí-
sicas e naturais. O grande intuito de Husserl era fundar um método que propor-
cionasse um conhecimento indubitável e radical, com um ponto de partida evi-
dente, sem nenhum pressuposto. Trata-se de apreender os fenômenos tais como
emergem na consciência pura do sujeito, na experiência vivida (Romero, 1997).
A aplicação do método fenomenológico, exige, em primeiro lugar, a von-
tade de ater-se aos fenômenos mesmos, deixando de lado qualquer pressuposto
e toda idéia preconcebida.
 Essa exigência metódica implica que precisamos deixar que os fenô-
menos falem por si mesmos sem encaixá-los de imediato na bitola de nossa
teoria prévia (Romero, 1997, p. 53).
Embora não desconsidere o aspecto objetivo, a descrição fenomenológica
se centraliza na experiência vivida pelo sujeito. Tenta captar o acontecer
experiencial tal como o sujeito o manifesta por sua expressão verbal ou escrita,
objetiva ou subjetiva. Pela fenomenologia tentamos indagar os modos de mani-
festar-se de um determinado fenômeno, examinando em seguida o significado e
sentido que esse fenômeno possa comportar, tal como ele é apreendido pela aná-
lise reflexiva.
A fenomenologia, no entanto, não aspira apenas fazer uma descrição dos
Psicopatologia na fenomenologia-existencial
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Universitas Ciências da Saúde - vol.01 n.01 - pp. 31-44
objetos intencionais que constituem a experiência originária da consciência;
propõe-se também estabelecer a essência dos fenômenos. Nas múltiplas e varia-
das manifestações de um fenômeno, sempre podemos detectar um núcleo comum
e um significado que percorrem e unificam essa variedade fenomenológica; é o
que denominamos a essência do fenômeno (Romero, 1997).
Outro importante aspecto da fenomenologia é a noção de intencionalidade
da consciência: a consciência é sempre consciência de alguma coisa, estando
dirigida para um objeto, só existe objeto para uma consciência.
Se um objeto é sempre objeto-para-uma-consciência, ele jamais será
objeto-em-si, mas objeto percebido... Consciência e objeto não são entidades
separadas na natureza, mas definem-se a partir desta correlação que lhes é
co-original (Boris, 1994, p. 23).
O campo da análise fenomenológica seria elucidar a essência desta corre-
lação, na qual se estende o mundo inteiro (Angerami, 1984).
Neste sentido, como diz Romero, (1997), temos que considerar o caráter
intencional do fenômeno psíquico. O mental não é algo que acontece apenas
dentro da cabeça, sem maior relação com o mundo fora. Pelo contrário, o mental
está inteiramente direcionado para o mundo; é o mundo refletido, de certa ma-
neira, numa determinada pessoa. Uma vivência não é uma experiência puramen-
te objetiva; toda vivência é uma forma de relação que o sujeito estabelece com
os diversos objetos que constituem seu mundo. Buscar a compreensão do signi-
ficado que esse mundo particular tem para cada sujeito, por meio da descrição
minuciosa de suas vivências, é, portanto, o principal objetivo do método
fenomenológico.
Finalmente, como diz Merleau-Ponty (1973), a mais importante aquisi-
ção da fenomenologia é, sem dúvida, a de ter associado o extremo subjetivismo
ao extremo objetivismo, propondo caminhos para a compreensão da experiên-
cia humana visando respeitar a complexidade do real e encontrar o sentido den-
tro do próprio fenômeno, que emerge espontaneamente na consciência.
O existencialismo é uma filosofia da liberdade. Sustenta que o homem é
ontologicamente livre. Por sermos livres, somos igualmente responsáveis. Sem
liberdade de decisão e de escolha não seríamos responsáveis. Isso não significa
negar a importância dos determinismos que, nas diversas esferas, afetam os ho-
mens. Justamente perante esses determinismos é que tem sentido a liberdade.
Quando afirmamos que somos livres, estamos afirmando que sempre temos algu-
ma possibilidade de escolha, uma margem de opção. Podemos submeter-nos
passivamente a estes determinismos; é o que faz muita gente, mas essa sujeição
Carlene Tenório
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é também uma forma de escolha (Romero, 1997).
De acordo com o existencialismo de Sartre, “a existência precede a essên-
cia”, isto quer dizer, então, que a existência
é a essência do homem. Sua essência
só é revelada e, de certo modo, construída por meio de sua existência, de sua
relação com o mundo (Penha, 1982).
É importante salientar, no entanto, que o existencialismo não nega as
essências como determinações formais, estruturais ou naturais; elas constituem
o dado ou recebido na constituição humana. Só que vale sempre a observação de
Sartre: “Não importa o que me foi dado, o importante é o que eu faço com o que
recebi”.
O existencialismo também afirma que o homem é um ser de possibilida-
des. Em psicologia costuma-se acentuar a importância da necessidade como um
fator que compele o indivíduo na procura do objeto que satisfaça uma carência
biológica ou motive sua realização psíquica e existencial. Mas o homem não é
meramente movido por carência e desejos; é um ser aberto ao mundo, aberto a
seu apelo e às suas possibilidades. Por estar aberto, não está inteiramente deter-
minado e já feito de uma vez - como acontece ao animal, que não tem futuro nem
passado, sem possibilidades e completamente inserido na natureza.
Outra característica importante da existência humana é sua temporalidade
e finitude.
O homem é um ser temporal e temporalizante, isto é, finito e ciente de
sua finitude; tudo o que faz e lhe acontece revela sua finitude. O Dasein,
ensina Heidegger, é um ser-para-a-morte. (Romero, 1997, p. 34)
Nas palavras de Augras (1986, p. 32):
 O ser para a frente de si mesmo nada mais é do que o ser para a morte.
É essa certeza inaceitável que fundamenta a ambigüidade do horizonte exis-
tencial. Todos os mitos de tempo são mitos de cataclismos, que buscam no fim
do mundo uma promessa de ressurreição... o tempo é criação do homem, não
apenas na forma de parâmetro que facilita a ordenação das ações humanas,
mas sobretudo como tentativa de negar a morte.
O homem como ser no mundo é uma das dimensões existenciais apontadas
por Heidegger. Com relação a este aspecto Heidegger explica que homem e mundo
invocam-se mutuamente, um não existe sem o outro. Isso significa que o mundo
é uma realidade puramente humana. O indivíduo está inserido completamente
nessa realidade. Sair dessa realidade é perder as características próprias do ser
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humano. Tudo o que nos acontece subjetivamente se relaciona com algo que
está ai, no mundo (Barbosa, 1998).
Diante de todas essas condições existenciais que lhe são inerentes, o ser
humano inevitavelmente sofre e se angustia.
Segundo Petrelli (1999, p. 23),
A essência do homem é dada pelas tarefas do seu existir que são: ser
consciente; escolher; decidir; ser responsável; aceitar sua finitude; aceitar
os seus limites; responder às possibilidades; resistir às derrotas; construir a
sua singularidade sobre a sua solidão; vencer o Nada constituindo-se como
‘deus’.
Essas tarefas, cujas realizações e possibilidades de fracasso definem o sen-
tido de sua própria existência, são a razão de sua profunda angustia. O homem
consciente de sua própria humanidade se angustia diante de sua liberdade e res-
ponsabilidade; diante do nada (morte) e de sua inalienável singularidade e soli-
dão, ao perceber que sua experiência de estar no mundo, além de finita, é vivida
de um modo particularmente seu, nunca igual à experiência de qualquer outra
pessoa.
 Os métodos compreensivo e dialético: uma breve exposição
Enquanto modelo epistêmico ou forma de entender a existência humana
em suas manifestações saudáveis ou patológicas, o enfoque fenomenológico-
existencial segue basicamente os métodos compreensivo, dialético e
fenomenológico. (Romero, 1997).
A compreensão não é apenas a resultante do entendimento. Quando en-
xergamos as relações que constituem um determinado fenômeno ou uma dada
situação, dizemos que os compreendemos. A compreensão é um método diferen-
te do método explicativo, embora os dois se complementem. A psicologia usa
um ou outro, segundo o plano em que se movimenta. Explicamos os processos
psíquicos quando decorrem de fatores causais ou de variáveis independentes.
Explicamos alguns aspectos da conduta do bêbado sob o efeito do álcool
(lentidão dos reflexos, falta de coordenação motora, incoerência associativa).
Compreendemos a reação de esquiva e rejeição por parte da maioria das pessoas
perante a presença de um bêbado, pois seu comportamento inconveniente torna
indesejável sua proximidade. O explicar corresponde à determinação das cau-
sas; o compreender implica o conhecimento dos motivos que levam uma pessoa
a comportar-se de uma determinada maneira, ou a vivenciar a realidade de certo
Carlene Tenório
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modo. Compreender é relacionar um fenômeno psicológico com outro fenôme-
no psíquico com o qual mantém uma relação motivacional.
Certas condutas estranhas de uma pessoa idosa são explicáveis por
deterioramento cerebral; perda de memória, emotividade pueril, diminuição de
senso moral. Outras vivências são compreensíveis por motivos existenciais e
psicológicos: suas fases de tristeza e certa melancolia relacionam-se com sua falta
de possibilidades, seu isolamento de fato, a desconexão com certas atividades
(aposentadoria) e o menosprezo notório de outros em relação ao velho.
Dessa maneira, compreender é estabelecer as relações de sentido que um
evento, uma vivência, uma conduta ou uma expressão possam implicar.
O método dialético parte do princípio de que a relação com o diferente e o
conflito entre os opostos são a força propulsora da evolução do ser humano. Esses
opostos ou polaridades são as mais diversas possíveis, constitutivas da existên-
cia humana: consciência/inconsciência; figura/fundo; organismo/meio; eu/tu;
sujeito/objeto; dentro/fora; vida/morte, etc. Existe uma tensão natural entre di-
versas polaridades vivenciadas pelo sujeito enquanto ser consciente e relacional.
Este sujeito, na tentativa de integrar essas polaridades, sofre, entra em conflito e
ansiedade, se desequilibra, se desorganiza, mas em seguida retoma um estado de
equilibração, organização e harmonia provisório, no entanto, qualitativamente
superior e mais complexo que o estado anterior.
O desenvolvimento humano, portanto, acontece como uma espiral, onde o
conflito entre as diferenças é fundamental. É um constante processo de equilibração
e desequilibração, organização e desorganização, mediante a dinâmica entre os
opostos: tese e antítese, gerando uma nova totalidade provisória que é a síntese.
Como diz Augras (1986, p. 11)
A saúde encontra-se nesse fogo de interações. Pois cada estado de
equilíbrio alcançado destrói o estado anterior. A vida procede dialeticamente.
Ordem e desordem são etapas constantes no desenvolver do homem e do
mundo.
Neste sentido, Augras define saúde e doença como etapas de um mesmo
processo de equilibração na relação eu/mundo por meio do qual se dá a consti-
tuição mútua do mundo e de si mesmo.
 A psicopatologia: algumas idéias fundamentais
A abordagem fenomenológica existencial da Psicopatologia, de acordo com
Romero (1997), iniciou-se com a publicação do livro de Karl Jaspers, Psicopatologia
Psicopatologia na fenomenologia-existencial
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Geral, em 1913. Nesse mesmo ano, o filósofo Edmundo Husserl publica seus
escritos sobre Fenomenologia Pura, em que se estabelecem os traços gerais do
método. Contudo, só em 1927, com a publicação de Ser e Tempo, de Martin
Heidegger, é que se estabelece o consórcio da fenomenologia com o existencialismo.
O enfoque fenomenológico-existencial da psicopatologia tem como base
uma concepção elaborada de homem, que se encontra desenvolvida nas grandes
figuras deste movimento, singularmente em Heidegger, Sartre, Merleau -
Ponty,
Ortega e Buber.
De uma forma mais sucinta podemos definir o conceito de homem dentro
deste enfoque como um ser pluridimensional, livre, inserido em um mundo do-
tado de sentido particular, aberto às suas possibilidades, consciente de sua finitude
e de sua responsabilidade perante suas escolhas, capaz de inventar e cuidar de
sua própria existência mediante a práxis.
Partindo desta visão de homem, podemos dizer que a psicopatologia vai
se manifestar por meio de uma vivência de sofrimento onde a pessoa se sente
vítima e presa a um destino sombrio e a uma existência destituída de realizações
gratificantes e prazerosas. Sem liberdade de escolha, a pessoa vive a sensação de
estar encurralada pelas circunstâncias da vida, sentindo-se impotente para modificá-
las, submetendo-se a elas, num sacrifício alienante e inevitável.
Nesse processo de sofrimento, a pessoa perde o contato com as possibili-
dades existentes no campo organismo/meio, percebendo a si mesma e ao outro
de forma distorcida. Com relação a este aspecto, Romero (1977, p. 34) comenta:
Na depressão, o sentimento de falta de possibilidades é muito acentua-
do. Na ansiedade o que emerge são possibilidades negativas ou conflitantes.
O possível e o impossível perdem seus limites na psicose e quando ingressa-
mos no plano do imaginário.
Uma psicologia de base existencial-fenomenológica é relacional e
intersubjetiva isto é, confirma a prioridade da relação com o outro na constitui-
ção do sujeito. Isso significa que na etapa inicial do desenvolvimento, durante
boa parte da infância, o indivíduo esteve subordinado às injunções, aos ditames,
às manipulações e ao domínio dos agentes socializadores: pais, parentes, educa-
dores e programadores coletivos (mídia, principalmente).
Entretanto, para que haja um desenvolvimento saudável e uma constitui-
ção da individualidade é preciso que aconteça uma progressiva superação dessa
primazia do outro, tarefa esta que implica um longo processo de autoconsciência
e questionamento de si mesmo e do mundo em que se encontra inserido (Romero,
1977).
Carlene Tenório
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Desse modo, o aspecto relacional da existência humana assume um papel
determinante na constituição de um desenvolvimento saudável ou patológico.
O conflito existente na relação indivíduo/meio gera uma tensão básica que é
fundamental no desenvolvimento humano, no entanto,
...haverá doença se esse conflito subsistir em termos de desordem, per-
manecendo o indivíduo num comportamento estereotipado, invariante, alheio
às suas possibilidades e do ambiente, ou reagindo inadequadamente... a saú-
de do indivíduo será avaliada em sua habilidade para recuperar o equilíbrio
e superar a crise na relação com o ambiente, utilizando então sua capacida-
de criadora para transformar esse meio inadequado em mundo satisfatório.
(Augras, 1986, p. 12).
A psicopatologia também pode manifestar-se como uma desorganização
da cronologia existencial. Para o melancólico, o tempo afigura-se parado, imó-
vel, sem nenhuma perspectiva. As idéias de ruína, de culpabilidade surgem como
tentativas de justificar a modificação profunda da estrutura da vivência tempo-
ral. Neste sentido, a perturbação dentro do tempo do melancólico deixa de ser
sintoma, para ser causa. (Augras, 1986).
Na psicose, a vivência do horizonte temporal desaparece. A esquizofrenia,
em muitos aspectos, pode ser descrita como perturbação essencial do espaço -
tempo. Uma doente declara: “Nada mais acontece, tudo parou nem eu mais vivo.
Sinto que o meu coração não bate. Ele parou como meus braços que são de vidro.
Não sei se hoje é ontem” (Augras, 1986).
De acordo com Augras (1986) grande parte da psicopatologia deveria ser
reconstituída a partir de um estudo a respeito da maneira como o indivíduo se
situa em relação à vivência do tempo e do espaço. Longe de serem aspectos
adjetivos na expressão de experiências específicas, tempo e espaço afirmam-se
como dimensões significativas do ser.
O papel do outro na constituição do eu é abordado pela filosofia
dialógica de Buber, em que ele defende que toda a existência do homem está
fundamentada na relação com o outro, ou seja, no diálogo. O ser se determina
quando em relação, não existe o eu em si, pois o eu é posterior à relação, é a
partir dessa relação que o eu delimita sua própria existência (Buber, 1979).
De acordo com a filosofia dialógica, os bloqueios neuróticos e até a
desestruturação psicótica surgem, pelo menos em parte, porque outras pessoas
(figuras parentais, principalmente) não foram capazes de entender, considerar e
valorizar a experiência da criança. Em conseqüência, ela não pode sentir-se con-
Psicopatologia na fenomenologia-existencial
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firmada e, portanto, não é capaz de apreciar e valorizar sua própria experiência,
tem de rejeitá-la, alienando uma parte de si mesma, que vai tornar-se inconscien-
te (Hycner, 1995).
Como a criança, por sua própria condição de imaturidade, dependência e
impotência com relação ao mundo adulto, possui uma estrutura de ego frágil e
vulnerável, é fundamental, para seu desenvolvimento saudável, que esse mundo
seja experienciado como sendo suficientemente confiável e acolhedor, caso con-
trário, ela terá que lidar com uma realidade insuportável e inevitável. Na impos-
sibilidade de superar esse conflito ela o introjeta, causando uma divisão interna
do self.
Segundo Romero (1997), o aspecto essencial da existência humana, do
qual se origina a problemática relacional que caracteriza a patologia, consiste
em modalidades específicas de internalizar a figura do outro por parte do indiví-
duo.
O sujeito neurótico internalizou a figura do outro como uma presença
dominante, perante a qual o próprio sujeito se posiciona como ente secundá-
rio. Isso significa que para o neurótico o outro tem demasiada presença. O
neurótico está tão habitado pelo outro que quase sempre precisa tomar pro-
vidências, tendo que apelar para truques no sentido de conquistar um espaço
suficiente para ele mesmo nesse mundo (Romero, 1997, p.165).
Ainda a respeito da neurose, Romero (1997) afirma que o movimento da
vida humana é uma espiral em aberto e, na neurose, essa espiral tende a fechar-
se num círculo limitante, supostamente protetor, pouco permeável, escassamen-
te mutável, sufocante.
Romero (1997) diz, também, que o que caracteriza o círculo da neurose,
além dos comportamentos peculiares a cada tipo, são alguns traços visíveis e
pertencentes a todos as variações típicas: o predomínio de sentimentos negati-
vos referidos ao mundo e, com maior freqüência, ao próprio sujeito. Há uma pro-
funda insatisfação de fundo que não é superada por eventuais compensações nem
por sucessos materiais, eróticos e até afetivos.
Os sentimentos negativos, os conflitos, a baixa auto-estima e o estado de
impotência e de insatisfação geram no neurótico uma vivência de angústia, que
é definida por Romero (1997) como angústia sintomática, diferente da angústia
existencial, que é inerente à condição humana.
A angústia sintomática é perturbadora, limitante e restritora da liberdade,
levando o sujeito a utilizar mecanismos repetitivos, em um circuito fechado in-
terminável. É resultante de conflitos e de um processo de alienação de si mesmo.
Carlene Tenório
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A angústia existencial, por sua vez, estimula o questionamento da situa-
ção originante e motiva a procura de novos caminhos. Está associada à experi-
ência de liberdade e responsabilidade. É originada por circunstâncias que põem
em jogo os valores de sentido, ou que estão associados a decisões definitivas.
Na psicose há um processo de profunda alienação de si mesmo e do outro,
por conta de uma
total impossibilidade de se estabelecer um diálogo com o ou-
tro (Eu-Tu). O outro teve que ser alienado por se revelar excessivamente podero-
so e nocivo à preservação do eu. Esse eu tornou-se desconhecido em virtude
de tantas defesas e negações de si mesmo, na tentativa de minimizar a ameaça
externa.
O outro está no mundo do psicótico como uma figura parcial, contraditó-
ria e ambivalente, é um habitante estranho e fugidio, assemelhando-se a um ser
fantasmático e desencarnado. O psicótico constrói um mundo dividido e frag-
mentário, alienado de um contato vital com a realidade, por não ter obtido um
reconhecimento mínimo dos outros. Sem reconhecimento por parte do outro, o
sujeito não se reconhece a si mesmo.
Não conseguindo transitar pelas vias comunitárias que o sistema ne-
cessariamente impõe, o sujeito se perde nos labirintos de seus conflitos, refu-
giando-se periodicamente ou permanentemente nos recintos imaginários,
geralmente sombrios e espectrais (Romero, 1997, p. 32).
No psicopata, o outro está quase ausente: é apenas um objeto a ser consi-
derado em determinadas circunstâncias, seguindo as exigências e conveniências
do próprio sujeito. Podemos dizer que o outro não habita o espaço interno do
psicopata, ao contrário do neurótico que é habitado demais pelo outro (Romero,
1997).
O mundo do psicopata está, portanto, praticamente desabitado por outros
seres humanos, sendo freqüentado, apenas, por objetos de significação temporá-
ria; por isso, o psicopata parece tão insensível, tão desconsiderado e tão
egocêntrico.
O psicopata não se reconhece propriamente no outro, que é o que lhe per-
mitiria sentir-se verdadeiramente humano. Desse modo, sua liberdade fica trincada,
uma vez que o sentido pleno da liberdade está baseado na realização do huma-
no, compartilhada no mundo dos homens.
O psicodiagnóstico: uma proposta metodológica
De acordo com o pensamento de Kierkegaard (Penha, 1982), nenhum prin-
Psicopatologia na fenomenologia-existencial
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cípio, sistema ou idéia geral pode dar conta de explicar ou descrever a realidade
humana, a vivência particular de cada pessoa.
O pensamento abstrato só pode compreender o concreto abstratamente,
enquanto o pensamento centrado no indivíduo busca compreender concretamente
o abstrato, apreendê-lo em sua singularidade, captá-lo em sua manifestação
subjetiva. A realidade é o que aparece à consciência. A subjetividade é a realida-
de. A própria realidade é aquela de que o indivíduo tem maior conhecimento.
(Penha, 1982).
Estes pressupostos existencialistas tornam-se fundamentais na constru-
ção da postura do psicólogo e dos objetivos de um processo diagnóstico. Dentro
dessa abordagem, o psicólogo não tenta explicar e enquadrar a pessoa examina-
da em categorizações e parâmetros arbitrariamente teorizados, pois ele acredita
que a vivência dessa pessoa é sua própria explicação, sendo ela a melhor inter-
prete de si mesma.
Como explica Angerami (1984), uma quantidade muito grande de fenô-
menos da existência, cada vez mais mostram-se inatingíveis e incompreensí-
veis diante das teorizações vigentes de compreensão do homem. As teorias,
em sua desvairada tentativa de explicação do homem, negam o experenciar
da própria existência.
A pessoa doente é antes de tudo uma pessoa que sofre, que precisa em
primeiro lugar ser compreendida a partir de seus sentimentos, sensações,
emoções, enfim, de tudo que por ela é vivenciado.
A pessoa, no processo diagnóstico, deve ser apreendida como sendo um
fenômeno único e, como tal, respeitada em sua totalidade; não deve, portanto,
ser avaliada segundo normas e padrões de comportamento preestabelecidos, numa
total revelia a sua própria existência. Seu nível de crescimento ou de maturidade
deve ser dimensionado por meio dos projetos de vida por ela própria idealizados
e de acordo com seu próprio mundo e contexto existencial.
O existencialismo, em sua exuberância, mostra que a existência é um
contínuo vir a ser, um sempre ainda não, com a possibilidade de um poder ser.
Desse modo, é totalmente inaceitável a rotulação do ser humano, aprisionan-
do-o dentro de determinadas categorias diagnósticas (Angerami, 1984).
A fenomenologia é uma filosofia da experiência, anterior às explicações
meramente psicológicas, sociológicas, ou historicistas oferecidas pela ciência.
Carlene Tenório
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Isto faz com que o psicólogo fenomenológico-existencial assuma uma postura
de escuta do ser, desvelando-se ao mesmo tempo em que este também se desvela,
recusando-se a instalar-se na verdade ou em seu sistema de verdades e certezas
(Costa, 1995).
A fenomenologia aponta para uma perspectiva metodológica denomi-
nada epoché, palavra grega que significa suspensão, cessação ou seja, a
colocação entre parênteses de todo interesse naturalmente orientado.
A redução fenomenológica ou epoché deve ser assumida pura e sim-
plesmente como uma modificação do olhar, visando uma compreensão da
experiência natural, isto é, daquilo que emerge espontaneamente no aqui e
agora, dentro do contexto relacional psicólogo-cliente. Desse modo, o Psicó-
logo assume o ato criativo do descrever e compreender o fenômeno que vem a
seu encontro, que se manifesta por si mesmo. É um olhar e uma escuta ingê-
nua, destituída de um saber a priori ou de predeterminismos, propiciando a
manifestação e a compreensão do ser do cliente em sua essência (Costa,
1995).
Nesta perspectiva, o psicólogo não pode apreender o mundo vivencial da
pessoa a ser diagnosticada, enquanto não suspender ou colocar entre parênteses
todos seus pressupostos, sua própria visão de mundo e conceitos, tanto quanto
for humanamente exeqüível no momento (Hycner, 1995).
Segundo Augras (1986), fazer diagnóstico dentro desta perspectiva é iden-
tificar e explicitar o modo de existência do sujeito em seu relacionamento com
o ambiente em determinado momento e que feixes de significados ele constrói
de si e do mundo. A adequada descrição fenomenológica do mundo particular,
singular e concreto do sujeito e de sua situação atual tem de apoiar-se numa apro-
ximação que procure apreendê-la em sua totalidade.
Da mesma maneira que o indivíduo é a medida de sua própria normalida-
de, em cada situação, o significado será buscado dentro daquilo que for manifes-
tado. A objetividade desta apreensão configurada em diagnóstico apoiar-se-á
em critérios de coerência, deduzidos daquilo que se ofereceu da história do indi-
víduo e das vivências presentes. A subjetividade é inevitável e o método
fenomenológico propõe que diante do reconhecimento da mesma, por parte do
psicólogo, é possível limitá-la, transformando-a em ferramenta para a compreen-
são do outro (Costa, 1995, p.32).
Finalmente, como podemos então definir o psicodiagnóstico dentro do
Psicopatologia na fenomenologia-existencial
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ponto de vista fenomenológico-existencial? De acordo com Petrelli (1999, p.
23), o psicodiagnóstico, dentro desta abordagem, “é uma investigação intui-
tiva compreensiva dos mistérios da história da vida de uma existência singu-
lar”.
Esta investigação intuitiva compreensiva deve ser feita seguindo alguns
passos:
I - Observar e escutar a pessoa por inteiro, fazendo a suspensão defi-
nitiva de todos os conhecimentos a priori, de todo preconceito e até de toda hipótese
pré-formada, aceitando e respeitando a singularidade existente na pessoa a ser
diagnosticada.
De acordo com Romero (1997), esta observação e esta escuta devem ser
feitas com base nas oito dimensões existenciais fundamentais:
1 - Dimensão ontológica do homem como ser-no-mundo
2 - Dimensão social e interpessoal
3 - Dimensão da práxis
4 - Dimensão corporal
5 - Dimensão motivacional
6 - Dimensão afetiva
7 - Dimensão espaço-temporal
8 - Dimensão axiológica (valores inerentes à existência social e indi-
vidual).
II - Descrever cada experiência significativa, tentando achar o senti-
do fundamental mediante um método compreensivo fenomenológico que não
apela para um código que, supostamente, nos entregaria as chaves do enigma
existencial, mas que se atém ao sentido possível que o discurso e a experiência
vivida têm para a própria pessoa.
III - Buscar as relações de sentido entre as diversas experiências vivi-
das pelo sujeito, bem como entre os aspectos universais da existência humana,
que foram redescobertas na construção de uma história de vida particular, des-
cendo à intimidade dessa história, descobrindo o protagonista nas singulares
vicissitudes de sua existência, sempre única e incomparável.
IV - Fazer uma leitura diagnóstica descritiva com base na significação
dada pelo próprio sujeito, associada aos princípios teóricos pertinentes à histó-
ria particular do mesmo.
Carlene Tenório
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Referências bibliográficas
ANGERAMI, V. A. Existencialismo e psicoterapia, São Paulo: Traço, 1984.
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gia, 18 (3): 2 – 13, 1998.
BORIS, G.D.J.B. Noções Básicas de Fenomenologia. Insight Psicoterapia, São Paulo: Le-
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BUBER, M. Do Diálogo e do Dialógico. São Paulo: Perspectiva, 1979.
COSTA, V.S.M. Existencialismo - Fenomenologia e a Gestalt Terapia, Revista do I Encontro
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PENHA, J. O que é Existencialismo, São Paulo: Editora Brasiliense, 1982.
PETRELLI, R. Humanizando o Psicodiagnóstico, Revista do V Encontro Goiano da Aborda-
gem Gestáltica, Goiânia, V(1): 23-25, 1999.
ROMERO, E. O Inquilino do Imaginário: Formas de Alienação e Psicopatologia, São Paulo:
Lemos Editoral, 1997.
PSICOPATOLOGIA TOTAL/psicopatologia anamnese adulto.pdf
ENTREVISTA INICIAL 
 
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO 
 
Nome 
 
Filiação 
 
 
Idade 
 
Sexo 
 
Naturalidade 
 
Estado civil 
 
Profissão 
 
Religião 
 
Residência 
 
 
 
 
 
QUEIXA PRINCIPAL 
 
O que te incomoda? 
 
 
 
 
Por que te incomoda? 
 
 
 
 
Você se lembra como e quando surgiu? 
 
 
 
O que você sente exatamente? O que isso interfere no seu emocional? 
 
 
 
 
Quando ocorrem esses sintomas? Descreva-os. Onde ocorrem? Qual freqüência? Com quem? 
 
 
 
 
Como se sente quando percebe que vai iniciar o processo? 
 
 
 
 
O que você faz para evitar esse comportamento? 
 
 
 
 
 
Há alguma situação ou fator de risco (perigo) ou externa que forneça o surgimento dos seus sintomas, ou até 
mesmo que piore as sensações? 
 
 
 
 
O que você pensa sobre uma pessoa que tenha as mesmas dificuldades que você tem? 
 
 
 
 
Você acredita que essas sensações afetam seus relacionamentos de um modo geral? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SITUAÇÃO DE VIDA ATUAL 
 
Como está sua relação com a vida atualmente? 
 
 
 
 
E com a família? 
 
 
 
 
E o trabalho? 
 
 
 
 
Como está o lazer? Qual(ais) seu(s) interesses e atividades durante as horas vagas? 
 
 
 
 
Você está satisfeita com a vida que está levando? 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESENVOLVIMENTO 
 
Descrição dos pais. 
 
 
 
 
Relacionamento com os pais e irmãos. 
 
 
 
 
Quais foram os principais acontecimentos desde a infância até a idade atual. 
 
 
 
Como foi o processo escolar. 
 
 
 
 
Qual o nível de realização, satisfação, alegria, interesse, escolhas vocacionais. Quais os problemas 
enfrentados. 
 
 
 
Como foi a relação de amizade desde a infância até a vida atual. 
 
 
 
Relacionamentos íntimos. 
 
 
 
 
 
 
 
EXPERIÊNCIAS TRAUMÁTICAS 
 
Na família. 
 
 
 
 
Problemas médicos, psicológicos ou de abuso de substância na família. 
 
 
 
 
Abuso sexual ou físico. 
 
 
 
 
 
HISTÓRIA MÉDICA 
 
Saúde atual. 
 
 
 
 
Quais medicações são usadas. 
 
 
 
 
Problemas médicos anteriores. 
 
 
 
 
Abuso de drogas. 
 
 
 
 
História familiar de saúde. 
 
 
 
 
 
 
 
HISTÓRIA PSIQUIÁTRICA E/OU PSICOTERAPÊUTICA: 
 
Quando? Com quem? Por que? Benéfica ou não? 
 
 
 
 
Problemas na terapia? Ocorrências anteriores de problemas atuais, curso e resultado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBSERVAÇÕES COMPLEMENTARES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PSICOPATOLOGIA TOTAL/psicopatologia anamnese adulto_2.pdf
ENTREVISTA INICIAL 
 
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO 
 
Nome 
 
Filiação 
 
 
Idade 
 
Sexo 
 
Naturalidade 
 
Estado civil 
 
Profissão 
 
Religião 
 
Residência 
 
 
 
 
 
QUEIXA PRINCIPAL 
 
O que te incomoda? 
 
 
 
 
Por que te incomoda? 
 
 
 
 
Você se lembra como e quando surgiu? 
 
 
 
O que você sente exatamente? O que isso interfere no seu emocional? 
 
 
 
 
Quando ocorrem esses sintomas? Descreva-os. Onde ocorrem? Qual freqüência? Com quem? 
 
 
 
 
Como se sente quando percebe que vai iniciar o processo? 
 
 
 
 
O que você faz para evitar esse comportamento? 
 
 
 
 
 
Há alguma situação ou fator de risco (perigo) ou externa que forneça o surgimento dos seus sintomas, ou até 
mesmo que piore as sensações? 
 
 
 
 
O que você pensa sobre uma pessoa que tenha as mesmas dificuldades que você tem? 
 
 
 
 
Você acredita que essas sensações afetam seus relacionamentos de um modo geral? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SITUAÇÃO DE VIDA ATUAL 
 
Como está sua relação com a vida atualmente? 
 
 
 
 
E com a família? 
 
 
 
 
E o trabalho?

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