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TCC Psicopedagogia

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CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO LATU SENSU
NÚCLEO DE PÓS GRADUAÇÃO E EXTENSÃO
FAVENI
PSICOPEDAGOGIA: FORMAÇÃO, IDENTIDADE E ATUAÇÃO INSTITUCIONAL JUNTO AS CRIANÇAS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS.
ELMARA PAIXÃO DE ARAÚJO
NOVA VIÇOSA-BA
2017
CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO LATU SENSU
NÚCLEO DE PÓS GRADUAÇÃO E EXTENSÃO
FAVENI
PSICOPEDAGOGIA: FORMAÇÃO, IDENTIDADE E ATUAÇÃO INSTITUCIONAL JUNTO AS CRIANÇAS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS.
ELMARA PAIXÃO DE ARAÚJO
Artigo cientifico apresentado a FAVENI como requisito parcial para obtenção do titulo especialista em Psicopedagogia Clinica, Institucional e TGD.
NOVA VIÇOSA-BA
2017
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Jeová Deus, que por sua força me conduziu ate o fim deste curso.
Minha eterna gratidão e reconhecimento as pessoas cuja contribuição tornou-se decisiva para realização deste trabalho.
Ao meu filho Enzo Xavier e minha querida mãe Margareth pelo amor e compreensão pelo tempo que dedico aos meus estudos.
Aos meus grandes amados amigos Elson Murça e Ariane Neri que sempre acreditaram na minha potencialidade e por meio de palavras estimuladoras me encorajam a todo o momento.
Ao meu querido Fernando Henrique pela constante admiração, contentamento a cada etapa que alcanço na vida acadêmica, por sempre entender minhas horas de estudos.
E a todas as pessoas que direta ou indiretamente, cooperaram para concretização deste projeto.
RESUMO
Ao pesquisarmos a origem da Psicopedagogia, verificamos por meio de estudos que a preocupação com os problemas de aprendizagem teve origem na Europa, ainda no século XIX. No que se refere à inserção da psicopedagogia no âmbito pedagógico, conclui-se que a dinâmica histórico-social determinou a necessidade de um profissional que respondesse aos graves problemas enfrentados pela Pedagogia diante da expansão demográfica do pós-guerra. Diante dessa situação, a sociedade sentiu uma grande necessidade de um profissional para orientar o processo educativo construindo um conhecimento mais profundo dos processos de desenvolvimento, de maturidade de aprendizagem humana. Este trabalho tem como objetivo analisar os benefícios das práticas do Psicopedagogo na instituição escolar junto às famílias com crianças com necessidades especiais: Quais são as suas verdadeiras contribuições no contexto escolar? Como o Psicopedagogo institucional contribui nesta situação problema que vem crescendo constantemente em relação às dificuldades de aprendizagem, os fatores que contribuem para que ela ocorra e a ação preventiva do Psicopedagogo junto à familias. É importante ressaltar que a psicopedagogia como complemento é uma ciência nova que estuda o processo de aprendizagem e dificuldades, muito tem contribuído para explicar a causa das dificuldades de aprendizagem, pois tem como objetivo central de estudo o processo humano do conhecimento: seus padrões evolutivos normais e patologias bem como a influência (família, escola, sociedade) no seu desenvolvimento.
Palavras chaves: Psicopedagogia,institucional, dificuldade de aprendizagem, família.
INTRODUÇÃO
De acordo com BOSSA (2000) a psicopedagogia se ocupa da aprendizagem humana, que adveio de uma demanda o problema de aprendizagem. Ocupar-se inicialmente do processo de aprendizagem, estudando assim as características da mesma. Precisa-se comentar que a Psicopedagogia é comumente conhecida como aquela que atende crianças com dificuldades de aprendizagem. É notório o fato de que os distúrbios de apredizagem ou patologias podem aparecer em qualquer momento da vida e, portanto, a Psicopedagogia não faz distinção de idade ou gênero para o atendimento.
A aprendizagem deve ser vista como a atividade de indivíduos ou grupos humanos, que mediante a incorporação de informações e o desenvolvimento de experiências, promovem modificações estáveis na personalidade e na dinâmica grupal as quais revertem no manejo instrumental da realidade. O objeto central de estudo da psicopedagogia está se estruturando em torno do processo de aprendizagem humana: seus padrões evolutivos normais e patológicos e a influência do meio (família, escola, sociedade) em seu desenvolvimento.
“Para o Psicopedagogo, aprender é um processo que implica pôr em ações diferentes sistemas que intervêm em todo o sujeito: a rede de relações e códigos culturais e de linguagem que, desde antes do nascimento, têm lugar em cada ser humano à medida que ele se incorpora a sociedade.” (BOSSA, 1994, pág 51)
KIGUEL (1983) diz que a Psicopedagogia encontra-se em fase de organização de um corpo teórico específico, visando à integração das ciências pedagógicas, psicológica, fonoaudiológica, neuropsicológica e psicolinguística para uma compreensão mais integradora do fenômeno da aprendizagem humana.
O objetivo deste trabalho é conhecer o foco de atenção do psicopedagogo e a sua relação com as famílias de crianças diante das tarefas, considerando resistências, bloqueios, lapsos, hesitações, repetição, sentimentos de angústias. Posteriormente investigar e analisar a importância do desenvolvimento destas crianças diante dos problemas de aprendizagem.
Nesse sentido, a psicopedagogia surge como nova área do conhecimento na busca de compreender e solucionar os problemas de aprendizagem, tendo em sua configuração institucional a função de pensar e refazer o trabalho no cotidiano da escola. 
DESENVOLVIMENTO
1. CAMPO DE ATUAÇÃO DA PSICOPEDAGOGIA
Segundo Andrade (2004) a psicopedagogia ainda está buscando a “autonomia de uma disciplina” e delimitando cientificamente a aprendizagem humana com sua temática, o sujeito em situação de aprendizagem como seu sujeito e a pesquisa de intervenção como o seu método de investigação da realidade que lhe interessa- a aprendizagem humana com todos os seus matizes, alcances e limites. 
É consenso entre os autores apontar a psicopedagogia como uma área de conhecimento ou te atuação “interdisciplinar nos processos de aprendizagem” (CASTANHO 2002 p.30).
O trabalho psicopedagógico, portanto, não se apresenta como reeducativo, mas, sim como terapêutico (uma terapia centrada na aprendizagem); não se dirige para um público específico, crianças, jovens, ou velhos que nos mantemos vivos e atuantes, enquanto aprendemos e ensinamos e podemos contribuir com a nossa marca para a evolução da humanidade. É possível perceber que a Psicopedagogia também tem papel importante em um novo momento educacional que é a inserção e manutenção dos alunos com necessidades educativas especiais (NEE) no ensino regular, comumente chamada inclusão.
Entende-se que colocar o aluno com NEE em sala de aula e não criar estratégias para a sua permanência e sucesso escolar inviabiliza todo o movimento nas escolas. Faz-se premente a necessidade de um acompanhamento e estimulação dos alunos com NEE para que as suas aprendizagens sejam efetivas. O papel do psicopedagogo institucional é muito importante e pode e deve ser pensado a partir da instituição, a qual cumpre uma importante função que é socializar os conhecimentos disponíveis, promover o desenvolvimento cognitivo, ou seja, através da aprendizagem, o sujeito é inserido, de forma mais organizada no mundo cultural e simbólico que incorpora a sociedade.
Segundo Groppa (1997) o trabalho psicopedagógico terá como objetivo principal trabalhar os elementos que envolvem a aprendizagem de maneira que os vínculos estabelecidos sejam sempre bons. Com isso, há a busca da integração dos interesses, raciocínio e informações que fazem com que o aluno atue operativamente nos diferentes níveis de escolaridade. Por isso, a educação deve ser encarada como um processo de construção do conhecimento como uma complementação, cujos lados constituem de professor e aluno e o conhecimento construído previamente.1.1 A PRÁTICA PSICOPEDAGÓGICA NA ESCOLA
Segundo Bossa, "pensar a escola à luz da Psicopedagogia, significa analisar um processo que inclui questões metodológicas, relacionais e socioculturais,englobando o ponto de vista de quem ensina e de quem aprende, abrangendo a participação da família e da sociedade".
Na prática pedagógica, é essencial que se considere as relações entre produção escolar e a oportunidade que a sociedade dá às diversas classes sociais. A escola e a sociedade não podem ser vistas isoladamente, pois o sistema de ensino reflete a sociedade na qual está inserido.
A escola caracteriza-se como um espaço concebido para realização do processo de ensino/aprendizagem do conhecimento historicamente construído; lugar no qual, muitas vezes, os desequilíbrios não são compreendidos (GASPARIAN, 1997, p.24)
Ao chegar numa instituição escolar, muitos acreditam que o psicopedagogo vai solucionar todos os problemas existente tais como: dificuldade de aprendizagem, evasão, indisciplina, desestímulo docente, entre outros. Entretanto, o psicopedagogo não vem com as respostas prontas. O que vai acontecer será um trabalho de equipe, em parceria com todos que compõe a unidade escolar: gestores, equipe técnica, professores, alunos, pessoal de apoio, família. O psicopedagogo entra na escola para ver o "todo" da instituição. A aprendizagem escolar, durante várias décadas, foi vista como algo distante do prazer e entendida como um mal necessário. Então, o grande desafio das escolas, nos dias de hoje, é despertar o desejo dos alunos para que possam sentir prazer no aprender.
A opinião de Barbosa é clara quando argumenta que:
Transformar a aprendizagem em prazer não significa realizar uma atividade prazerosa, e sim descobrir o prazer no ato de: construir ou de desconstruir o conhecimento; transformar ou ampliar o que se sabe; relacionar conhecimentos entre si e com vida; ser co-autor ou autor do conhecimento; permitir-se experimentar diante de hipóteses; partir de um contexto para a descontextualização e vice-versa; operar sobre o conhecimento já existente; buscar o saber a partir do não saber; compartilhar suas descobertas; integrar ação, emoção e cognição; usar a reflexão sobre o conhecimento e a realidade; conhecer a história para criar novas possibilidades.
Barbosa  diz, ainda, que "a Psicopedagogia, como área que estuda o processo ensino/aprendizagem, pode contribuir com a escola na missão de resgate do prazer no ato de aprender e da aprendizagem nas situações prazerosas.”
O psicopedagogo sabe que para aprender são necessárias condições cognitivas, afetivas, criativas e associativas.
Barbosa ratifica que a atuação psicopedagógica junto a um grupo ou instituição, para ser operante precisa interpretar os papéis desempenhados, a forma como foram atribuídos e assumidos, assim como as expectativas que se encontram latentes neste movimento de atribuir e aceitar o papel. [...] A tarefa de cada um deve estar voltada para aprendê-lo, desde a direção até a portaria ou o serviço de limpeza.
2. DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
Entende-se por dificuldades de aprendizagem a incapacidade apresentada por alguns indivíduos diante de situações novas, desencadeadas por diversos fatores. As dificuldades de aprendizagem não são uma exceção no sistema educacional. O insucesso da criança, muitas vezes rotulado de dislexia, é também o resultado de outros insucessos sociais, políticos, culturais, educacionais pedagógicos, dentre outros. Considerar esses transtornos de aquisição um problema estritamente da criança é ignorar os reflexos das dificuldades de ensino. O estudioso Kirk (1962, p.263), define de aprendizagem:
Uma dificuldade de aprendizagem refere-se a um retardamento, transtorno, ou desenvolvimento lento em um ou mais processos da fala, linguagem, leitura, escrita ou outras áreas cognitivas, resultantes de uma deficiência causada por uma possível disfunção cerebral ou alteração emocional ou condutual. Não é o resultado de retardamento mental, deprivação sensorial ou fatores culturais e instrucionais.
Conforme Assunção (2011) “as dificuldades podem advir de fatores orgânicos ou mesmo emocionais e é importante que sejam descobertas a fim de auxiliar o desenvolvimento do processo educativo, percebendo se estão associadas à preguiça, cansaço, sono, tristeza, agitação, desordem, dentre outros, considerados fatores que também desmotivam o aprendizado. A dificuldade mais conhecida e que vem tendo grande repercussão na atualidade é a dislexia, porém, é necessário estarmos atentos a outros sérios problemas: disgrafia, discalculia, dislalia, disortografia e o TDAH” (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade)
2.1 ABORDAGENS USADAS PARA APRENDIZAGEM
O Conhecimento humano, dependendo dos diferentes referencias, é explicado diversamente em sua gênese e desenvolvimento, o que condiciona conceitos diversos de homem, mundo, cultura, sociedade, educação, etc. Dentro de um mesmo referencial, é possível haver abordagens diversas, tendo em comum apenas os diferentes primados: ora do objeto, ora do sujeito, ora da interação de ambos.
Uma possível solução seria repensar os cursos de formação de professores, voltando às atenções principalmente para as disciplinas pedagógicas que analisam as abordagens do processo ensino-aprendizagem, procurando articulá-los à prática pedagógica. Aproximando cada vez mais as opções teóricas existentes como o analisar, discutir, da vivência na prática e a partir da mesma, discutir e criticar as opções teóricas confrontando com a mesma prática.
 
2.2 APRENDIZAGEM TRANSFORMADORA
A teoria da aprendizagem transformadora está voltada para a educação e envolve a aprendizagem em contextos formais e informais. Ela dirige-se à interseção entre o individual e o social, dimensões coexistentes e igualmente importantes, já que os indivíduos são constituídos em sociedade (Cranton, 2006). Mezirow (1981) é reconhecido como o formulador inicial dessa teoria de aprendizagem, cujos fundamentos epistemológicos encontram-se no construtivismo.
Freire (1970), um dos pioneiros, no Brasil, a trabalhar com a noção da aprendizagem de adultos, propõe uma prática de ensino que valorize a cultura dos alunos e que desenvolva sua criticidade e inquietude, indicando a necessidade de buscar a verdadeira causalidade dos fenômenos sociais por meio da interpretação profunda dos problemas vividos, assimilando criticamente a realidade.
A aprendizagem transformadora pode, portanto, se efetivar em qualquer ambiente onde ocorra aprendizagem Em algumas ocasiões, as pessoas adquirem uma série de conhecimentos instrumentais e comunicativos até que esses conhecimentos se integrem. 
3. A PARTICIPAÇÃO E INFLUÊNCIA DA FAMÍLIA
Segundo Fernández (1991, p.97) a transformação histórica do contexto sócio-histórico cultural é resultado de um constante processo de evolução, ao qual a estrutura familiar vai se moldando e modificando, concomitantemente aos diferentes momentos históricos vivenciados pela humanidade, assumindo características peculiares dependendo do tipo de referência adotada como base para educação dos filhos em determinada época ou período.
​ O conceito de família mudou muito nos últimos tempos, não há mais um padrão  de família, e  sim uma  variedade de  padrão familiar, com identidade  própria  em constante desenvolvimento. Mas  independente dessa mudança a família  continua  sendo o  primeiro e o mais importante local  de aprendizado das crianças, é  através  dela  que acontece os primeiros   contatos  sociais  e  as  primeiras  experiências   educacionais. A família está  diretamente  ligada  as  atitudes comportamentais  da criança. 
Os  pais  têm um papel importante no processo de desenvolvimento da    autonomia.  Se  eles  encorajarem  as  iniciativas da criança, elogiarem o   sucessos derem tarefas  que não excedam as capacidades da criança forem  coerentes em  suas   exigências   e aceitarem  os  fracassos estarão  contribuindo  para  o  aparecimento  do sentimento  deauto confiança e auto estima. ( Sabini , 1998, p.65)
Percebe-se a grande importância dos pais no desenvolvimento cognitivo e evolutivo da criança, a sua  ausência  no  ensino aprendizagem dos   alunos podem ocasionar baixo desempenho e até mesmo a repetência escolar. Muitos pais  veem a escola como local de depósito de crianças,  vão matriculam seus  filhos  e  só aparecem na escola quando seus  filhos estão   com  problemas, baixo desempenho ou quando a   coordenação manda chamá-lo. Sem a   família não há como promover uma boa   educação. A   participação   dos  pais  na  vida  escolar  de  seus  filhos  é  condição  indispensável para que  a  criança  se  sinta  amada  e motivada a obter avanços em sua aprendizagem.  Sendo assim a família e a escola   precisam ser parceiras para que os alunos possam realmente ter um maior aproveitamento na aprendizagem, não basta apenas à escola se  preocupar  na  aprendizagem, e  os  pais  não   se preocuparem. O conhecimento e o aprendizado não são adquiridos somente na escola, mas também são construídos pela criança em contato com o social, dentro da família e no mundo que a cerca. A família é o primeiro vínculo da criança e é responsável por grande parte da sua educação e da sua aprendizagem. O que a família pensa, seus anseios, seus objetivos e expectativas com relação ao desenvolvimento de seu filho também são de grande importância para o psicopedagogo chegar a um diagnóstico.
O fato de que ser pai seja algo habitacional não significa que seja fácil e, quando o filho e quando o filho tem uma dificuldade seria ,torna-se particularmente difícil. Ao longo do desenvolvimento da criança, os pais terão de decidir sobre tratamentos e entre eles opções educativas.
3.1 AS RELAÇÕES ENTRE OS DIFERENTES MEMBROS DA FAMILIA
Entre as interações familiares, as mais estudadas é a que se estabelece entre mãe e o filho com necessidade especial educativa. Mahoney (1988) categorizou um leque de estilos comunicativos nas relações das mães com seus filhos com Síndrome de Down, que vão desde uma sensibilidade maior aos interesses da criança e favorece a comunicação espontânea a estilos mais centrados de tarefas.
3.2 OUTROS FAMILIARES E AMIGOS
Atualmente, grande parte das contribuições que eram proporcionadas pelos parentes está disponível mediante uma rede de amizades. Em geral, a sociabilidade dos pais será um dos recursos fundamentais de que tanto eles como seu filho dispõem.
Ocorre com frequência com o circulo de conhecidos e amigos se estendam a famílias que tem filhos com dificuldades similares, como fonte insubstituível de apoio emocional e informação.
Considerando o exposto, cabe ao psicopedagogo intervir junto à família das crianças que apresentam dificuldades na aprendizagem, por meio, por exemplo, de uma entrevista e de uma anamnese com essa família para tomar conhecimento de informações sobre a sua vida orgânica, cognitiva, emocional e social. Nessa perspectiva, o psicopedagogo não é um mero “resolutor” de problemas, mas um profissional que dentro de seus limites e de sua especificidade, pode ajudar a familia a remover obstáculos que se interpõem entre os sujeitos e o conhecimento e a formar cidadãos por meio da construção de práticas educativas que favoreçam processos de humanização e reapropriação da capacidade de pensamento crítico.
As ações realizadas pelo psicopedagogo junto com o sujeito com transtorno procura promover a reelaboração do processo de aprendizagem, assim sendo essa intervenção propicia uma mudança na ação do sujeito em relação à aprendizagem. (Serrat, 2002, p.56)
Dessa forma, acredita-se que o trabalho da Psicopedagogia quando encontra consonância e parceria familiar, pode promover efeitos muito positivos para a minimização das dificuldades que emergem no contexto escolar, apesar de representar um constante desafio, pois requer o envolvimento e um desejo permanente de mudanças, para que as transformações, de fato, ocorram.
3.3 CONTRIBUIÇÕES DA PSICOPEDAGOGIA PARA O TRABALHO COM ATIVIDADES LÚDICAS
A vida, os acontecimentos, a evolução dão conta da importância de trabalhar cada vez mais com o lúdico, com as crianças, seja qual for sua faixa etária. Inseridos em atividades lúdicas, as criançãs conseguem assimilar melhor os conteúdos trabalhados e sem dúvidas viajar através da imaginação. As manifestações lúdicas desenvolvem funções importantes no desenvolvimento da criança e se constituem um instrumento didático importante para o psicopedagogo. A brincadeira é de extrema importância para o desenvolvimento psicológico, social e cognitivo da criança, pois é através dela que a criança expressa seus sentimentos em relação ao mundo em que vive. É também através das atividades lúdicas que as crianças reconhecem sua realidade e compreende o funcionamento do mundo e suas emoções, também se desenvolvendo como indivíduo e aprendendo a superar suas limitações, brincando e reproduzindo.
O lúdico é uma necessidade do ser humano indiferente de sua idade e não deve ser visto meramente como diversão. O brincar é a essência da infância, ele permite a produção de conhecimentos, estimula a afetividade, assim, estabelece-se com o brincar uma relação natural extravagando as angústias e paixões, alegrias, tristezas, agressividades. Em todas as épocas o lúdico, faz parte da vida da criança, viver no mundo da fantasia, do encantamento, da alegria, dos sonhos. Parte da descoberta de si mesmo, do experimentar, do criar e recriar oportunizando ao indivíduo, seu saber, sua compreensão do mundo, seu conhecimento, facilitando a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal e coletivo, trazendo benefícios para a saúde mental, para a socialização, comunicação, expressão e valorizando sempre a criatividade que está inata nesta atividade.
Assim a ludopedagogia é pertinente para o fornecimento de informações específicas, que têm como meta explorar conteúdos que retratam a evolução da criança nesse contexto lúdico.
A educação lúdica, além de contribuir e influenciar na formação da criança e do adolescente, possibilitando um crescimento sadio, um enriquecimento permanente, integra-se ao mais alto espírito de uma prática democrática enquanto investe em uma produção séria do conhecimento. Sua prática exige a participação franca,criativa,livre,crítica,promovendo a interação social e tendo em vista o forte compromisso de transformação e modificação do meio.(ALMEIDA,2003:57)
4. A LUTA PELA REGULAMENTAÇÃO E O CÓDIGO DE ÉTICA
O progresso traz muitas alterações à sociedade, uma delas é o desaparecimento de algumas profissões e o surgimento de outras. BARONE (1987) esclarece que o que caracteriza o aparecimento de qualquer profissão é a existência de pessoas exercendo essa função antes de sua formalização. Ressalta ainda alguns motivos para o aparecimento de toda profissão, sendo eles a demanda social,.No caso da psicopedagogia, a demanda é a existência de crianças normalmente desenvolvidas que não conseguem sucesso na escola, fato que justifica a prática psicopedagógica.
Bossa (2000), acredita que o psicopedagogo sabe que sua profissão consiste na transmissão de conhecimentos, não sendo uma atividade neutra para ambas as partes pois a relação de afeto que se estabelece entre o psicopedagogo e o aprendente é necessária ao desenvolvimento da relação educativa. Assim, considera a autora que o papel do psicopedagogo é levar a criança a integrar-se novamente à vida normal, respeitando sua individualidade.  
Para NERY (1986) o trabalho psicopedagógico deve estar ancorado em alguns princípios gerais, tais como: 1) acreditar que todo ser humano tem direito ao pleno acesso ao saber acumulado, representado pela cultura; 2) considerar a leitura e a escrita como ferramentas fundamentais de acesso ao saber; 3) nortear sua prática dentro dos princípios da liberdade do ser; 4) Reconhecer e assumir a dupla polaridade de seu papel transmisão de conhecimento e compreensão dos fatores psicológicos que interferem no ato de aprender; 5) reconhecer o papel da família comotransmissora da cultura, devendo analisar e compreender os mecanismos dentro da relação familiar que promovem bloqueio da aprendizagem; 6) reconhecer a escola como espaço privilegiado para a transmissão da cultura, também, o valor de outras organizações sociais ainda mantendo postura crítica frente às dificuldades geradas pela própria instituição escolar. 
Associação Brasileira de Psicopedagogia está trabalhando para que ela venha a ser, oficialmente, uma profissão.
De acordo com informações da Associação Brasileira de Psicopedagogia, fornecidas em Abril de 1998 através de carta aos associados, assim como por comunicado publicado na revista da Associação [In: Revistas da Associação Brasileira de Psicopedagogia –17 (45)-98].O Projeto de Lei n.º 3124/97 de 15/05/97, foi aprovado em 03/09/97 pela Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara Federal, foi votado pela Comissão de Educação, Cultura e Desporto em 12/09/2001, ainda terá próxima etapa que é a votação da Comissão de Constituição, Justiça e Redação.
Contudo, a tentativa de reconhecer a psicopedagogia como uma profissão regularizada vem trazendo à tona o questionamento do Conselho Regional de Psicologia (CRP), pois este órgão reclama para os psicólogos o direito exclusivo de atender os clientes que apresentam problemas de aprendizagem. Em 03 de junho de 1995, o CRP da 6º Região, emitiu documento (resolução nº 003/95) afirmando, no artigo 1º que “... é de responsabilidade do psicólogo, intransferível, a realização do psicodiagnóstico, a intervenção, e ação preventiva pertinente à orientação psicopedagógica.” (Resolução nº 003/95, s/p.)
Argumentando contra a resolução 003/95, a Associação Brasileira de Psicopedagogia formulou documento esclarecendo que a Constituição Federal de 1988, no Capítulo que trata dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos, enfoca o exercício profissional, e cita o Artigo 5º, item XIII onde se lê “... é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer”. Ainda, a Associação Brasileira de Psicopedagogia salienta que “a Resolução CRP nº 003/95, ultrapassou os limites da sua competência de complementar os preceptivos que a presidem, incluindo, inovando, tarefa que lhe é vedada legal e constitucionalmente”. 
As considerações aqui expostas têm por objetivo esclarecer a constituição da Psicopedagogia enquanto profissão. Neste aspecto, cabe refletir sobre a formação sistemática do psicopedagogo, a qual ocorre por meio de cursos de pós-graduação. De modo sintético, considera-se psicopedagogo, segundo o código de ética da Associação Brasileira de Psicopedagogia, o profissional que fez curso de pós-graduação em Psicopedagogia e atua nos problemas de aprendizagem. 
Estipula o Código de Ética que: “estarão em condições de exercício da Psicopedagogia os Profissionais graduados em 3º grau, portadores de certificados de cursos de Pós-Graduação de Psicopedagogia, ministrado em estabelecimento de ensino oficial e/ou reconhecido, ou mediante direitos adquiridos, sendo indispensável submeter-se à supervisão e aconselhável trabalho de formação pessoal. (Artigo 4º, s/p.) CAMARGO (1999) atribui, ao código de ética, a estruturação e sintetização das exigências éticas no plano de orientação, disciplina e fiscalização. Deste modo, os códigos profissionais visam a garantir os interesses dos profissionais e dos clientes, amparando seus interesses e protegendo seus relacionamentos.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho abordou a importância do Psicopedagogo Institucional, pois essa profissão atualiza e amplia a apresentação completa e sucinta dos procedimentos básicos da ação psicopedagógico. E também as funções multidisciplinar que esse profissional exerce, sendo que nessa perspectiva, o psicopedagogo não é um mero “solucionador” de problemas, mas um profissional que dentro de seus limites e de sua especificidade, pode ajudar a criança a remover obstáculos que se interpõem entre ela e o conhecimento a por meio da construção de práticas educativas que favoreçam processos de humanização e reapropriação da capacidade de pensamento crítico.
A Psicopedagogia, na instituição escolar, tem uma função complexa e por isso provoca algumas distorções conceituais quanto às atividades desenvolvidas pelo psicopedagogo. Numa ação interdisciplinar ela dedica-se a áreas relacionadas ao planejamento educacional e assessoramento pedagógico, colabora com planos educacionais e lúdicos no âmbito das organizações, atuando numa modalidade cujo caráter é clínico institucional, ou seja, realizado diagnóstico institucional e propostas operacionais pertinentes.
Portanto, o estudo psicopedagógico atinge seus objetivos quando, ampliando a compreensão sobre as características e necessidades de aprendizagem de determinado aluno, abre espaço para que a escola viabilize recursos para atender às necessidades de aprendizagem. Para isso, deve analisar o Projeto Político-Pedagógico, sobretudo quais as suas propostas de ensino e o que é valorizado como aprendizagem.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDRADE, M. S. Rumos e diretrizes dos cursos de Psicopedagogia: análise 
BOSSA, Nadia A. A Psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. RS, Artmed, 2007. BRASIL, 
CHALITA,Gabriel.Educação:a solução esta no afeto.São Paulo:Editora Gente,2001
Crítica do surgimento da Psicopedagogia na América Latina. Cadernos de Psicopedagogia, v.3, n. 6, 70-71, junh. 2004.
Desenvolvimento psicológico e educação/organizado por Cesar Coll,Alvaro Marchesi e Jesus Palacios;trad.Fatima Murad-2.ed.-Porto Alegre:Artmed,2004 
FAGALLI, Eloísa Quadros e VALE Z. Psicopedagogia Institucional Aplicada: a aprendizagem escolar dinâmica e construção na sala de aula. Petrópolis: Vozes, 1999.
FERNANDEZ, Alicia. A inteligência aprisionada. Porto Alegre: Artes Médicas, 1990..
Lei n°. 9394 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: Congresso Nacional, 1996. Acesso em: 09 de Junho de 2017.
MASSADAR, Cláudia Toledo. Psicopedagogia na Escola: reflexões sobre intervenção institucional possível. Rio de Janeiro: SJT, 1993.
SÁNCHEZ-YCANO, Manuel, BONALS, Joan e colaboradores. Avaliação psicopedagógica. RS, Artmed, 2008.
WEISS, Maria L. L. Psicopedagogia clínica: Uma visão diagnóstica dos problemas de aprendizagem escolar. 5. Ed. Rio de Janeiro: DP&A, 1997.

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