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Anatomia Feijão e Soja

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Feijão e Soja.
Anatomia e Sistemática Vegetal.
INTRODUÇÃO
 Feijão (Phaseolus vulgaris)
	
Reino: Vegetal
Ramo: Embryophytae syphonogamae
Sub-ramo: Angiospermae
Classe: Dicotyldoneae
Ordem: Rosales
Família: Fabaceae
Subfamília: Faboideae (Papilioideae)
Gênero: Phaseolus
Espécie: Phaseolus vulgares L.
 Propriedades nutricionais:
Proteína: 22 e 26%;
Carboidratos: 62 e 67%;
Lipídios: 1 e 2%;
Fibras: 3,8 e 5,7%;
Minerais: K (1%), P (0,4%), Fe, Cu, Zn; 
Valor calórico: 341 cal 100 g-¹;
Vitaminas: tiamina, riboflavina, niacina,
ácido ascórbico.
INTRODUÇÃO
 Maiores produtores:
O Brasil é o maior produtor mundial de feijão com cerca de 3,5 milhões de toneladas do grão. Entre os maiores estados produtores destacam-se o Paraná e Minas Gerais, respectivamente.
INTRODUÇÃO
 Espécies mais cultivadas:
Feijão comum (Phaseolus vulgaris);
Feijão de lima (P. lunatus); 
 Espécies mais cultivadas:
Feijão Ayocote (P. coccineus);
Feijão tepari (P. acutifolius).
 Clima:
Para que o feijoeiro possa atingir seu rendimento potencial, torna-se necessário que a temperatura do ar apresente valores mínimo, ótimo e máximo como sendo 12ºC, 21ºC e 29ºC, respectivamente.
Com relação à germinação do feijoeiro, valores de temperatura em torno de 28°C  são considerados ótimos.
 Clima:
O rendimento de grãos do feijoeiro é bastante afetado quando a temperatura do ar, na floração, apresenta valores acima de 35°C;
Da mesma forma, temperaturas do ar abaixo de 12°C podem provocar abortamento de flores, concorrendo para um decréscimo no rendimento do feijoeiro;
Áreas que apresentem umidade relativa e temperatura do ar acima de 70% e 35°C, respectivamente, podem provocar a ocorrência de várias doenças.
 Umidade do Solo:
A cultura do feijão requer boa disponibilidade de água no solo durante todo o ciclo, principalmente nas etapas de germinação/emergência, floração e enchimento do grão, as mais críticas com relação a este aspecto.
 Exigências hídricas:
A cultura exige um mínimo de 300 mm de precipitação pluviométrica bem distribuídos durante o ciclo.
 Solo:
pH: 5,5 a 6,0;
Boa fertilidade e disponibilidade de água;
É essencial a disponibilidade de nutrientes após a germinação, do contrário ocorre o atraso ou a diminuição do crescimento da raiz, comprometendo o crescimento da planta;
Cuidado especial deverá ser tomado com o controle da erosão nas lavouras;
Rotação de cultura favorece a não incidência de doenças do solo.
 Adubação e Calagem:
Quantidade, em Kg ha-1, de elementos minerais encontrados no feijoeiro:
Parte naPlanta
N
P
K
Ca
Mg
S
Raízes
4,9
0,2
2,7
0,8
0,7
0,5
Hastes
7,7
0,4
9,3
4,4
2,0
1,2
Folhas
2,6
0,8
5,5
5,4
1,4
0,7
Vagens
7,2
1,0
10,1
3,0
1,4
0,7
Semente
30,4
2,3
11,9
1,3
1,9
1,7
PlantaToda
52,8
4,7
39,6
14,8
7,4
4,9
FONTE: Gallo e Miyasaka
Para correção do solo em termos de cálcio, magnésio, enxofre, pH e precipitação do alumínio na forma de hidróxido, normalmente utiliza-se a calagem. A calagem é uma técnica economicamente viável devido ao baixo custo do calcário.
 Plantio e Colheita:
Feijão das águas:
Época de plantio: agosto a novembro
Época colheita: novembro a abril
Ocorrência de chuvas no período da colheita, levando ao alongamento da sua permanência no campo; perda de qualidade e produtividade da lavoura;
A falta de água durante o cultivo com estiagens concentradas nos períodos de desenvolvimento de flores e enchimento de vagens, também são fatores que causam danos à lavoura e a produção do feijão.
 Plantio e Colheita:
Feijão da seca:
Época de plantio: janeiro a março
Época colheita: abril a julho
Germinação no período chuvoso;
Colheita ao final da época chuvosa. Outro fator que também faz esta época ser mais interessante é o baixo ataque de pragas, resultando em um produto final de melhor qualidade.
 Plantio e Colheita:
Feijão de inverno:
Época de plantio: abril a junho
Época colheita: agosto a outubro
Plantio realizado em época seca;
disponibilidade hídrica muito baixa;
pode gerar um mau desenvolvimento da cultura;
necessidade da complementação hídrica, uso da irrigação.
Irrigação: Pivô central
 Principais pragas:
Mosca-branca (Bemisia tabaci);
 Principais pragas:
Vaquinhas(Diabrotica speciosa);
 Principais pragas:
Cigarrinha-verde (Empoasca kraemeri);
 Principais pragas:
Lagarta das vagens (Elasmopalpus lignosellus);
 Principais pragas:
Larva minadora (Liriomyza spp.);
 Principais doenças:
Mofo branco (Sclerotinia sclerotiorum );
 Principais doenças:
Antracnose (Colletotrichum lindemuthianum);
 Principais doenças:
Mancha angular (Phaeoisariopsis griseola);
 Principais doenças:
Ferrugem (Uromyces appendiculatus);
 Principais doenças:
Mancha de Alternaria (Alternaria sp);
 Principais doenças:
Oídio (Erysiphe polygoni);
 Principais doenças:
Crestamento Bacteriano Comum (Xanthomonas campestris);
Morfologia:
Raiz:
Raiz principal ou primária da qual se desenvolvem as raízes secundárias e terciárias;
Pêlos absorventes estão sempre presentes nas proximidades das regiões de crescimento;
Raiz primária possui maior diâmetro do que as demais, especialmente na fase jovem da planta;
Morfologia:
Raiz:
O sistema radicular superficial 20 – 40 cm do solo;
Esta pequena profundidade das raízes torna-o bastante sensível à deficiência hídrica, e torna a planta com baixa eficiência em absorver nutrientes, exigindo por isso solos férteis ou boas adubações, de modo que os nutrientes estejam próximos das raízes, em quantidades suficientes e no momento adequando.
Morfologia:
Caule:
Constituído por eixo principal, formado por uma sucessão de nós e entre-nós:
o primeiro nó constitui os cotilédones;
o segundo corresponde à inserção das folhas primárias;
o terceiro, das folhas trifolioladas;
a porção entre as raízes e os cotilédones é o hipocótilo e entre os cotilédones e as folhas primárias, o epicótilo.
Morfologia:
Folhas:
Simples: folhas primárias, já presentes no embrião
Compostas: constituídas de três folíolos (trifolioladas), com disposição alterna, características das folhas definitivas.
Morfologia:
Flores:
A flor do feijoeiro é formada pelo cálice e corola. O cálice é verde e a corola composta de cinco pétalas que podem ser brancas, rosadas ou violáceas;
O estandarte é a pétala maior e as asas são as duas menores;
As outras duas, soldadas uma a outra, formam a quilha. A quilha é retorcida, em forma de espiral, e no seu interior se encontram o androceu e o gineceu, que são os órgãos masculino e feminino;
O androceu é formado de dez estames, sendo nove aderentes pelo filete e um livre
O gineceu é unicarpelar, com ovário estreito e alongado. Os óvulos se encontram, em linha, dentro do ovário.
Morfologia:
Flores:
Na extremidade superior do estilete se encontra o estigma que possui pêlos na face inferior, úteis para reter os grãos de pólen, por ocasião da polinização;
As flores do feijoeiro não são isoladas, são agrupadas em uma haste que sustenta os botões florais. Esse conjunto é a inflorescência floral ou racimo floral.
Flor do feijoeiro e partes que a constituem: (a) asa; (b) estandarte; (c) quilha.
Quilha, no seu interior encontra-se os órgãos masculino (androceu) e feminino (gineceu).
Parte exterior da quilha removida, vendo-se no seu interior o carpelo e um estame. Compõem o carpelo:
(a) estilete; (b) estigma; (c) ovário; (d) óvulo. Compõem o estame: (e) estilete; (f) antera; (g) grão de pólen; (h) tubo polínico.
Morfologia:
Fruto:
O fruto é uma vagem formada por duas partes (denominadas valvas), uma superfície superior e outra inferior;
forma reta, arqueada ou recurvada, e a ponta ou extremidade (denominada ápice) ser arqueada ou reta;
A cor varia conforme o grau de maturação (podendo ser verde,
verde com estrias vermelhas ou roxas, vermelha, roxa, amarela, amarela com estrias vermelhas ou roxas.)
Morfologia:
Semente:
Reservas nutritivas estão concentradas nos cotilédones;
Constituída, externamente:
Tegumento ou testa (4);
Hilo (cicatriz do pedúnculo) (5);
Micrópila e rafe (6);
Internamente;
Um embrião (formado pela plúmula) (3);
Duas folhas primárias;
Hipocótilo;
Dois cotilédones (1);
Radícula (2).
INTRODUÇÃO
 Soja (Glycine max)
	
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Fabales
Família: Fabaceae
Subfamília: Faboideae
Gênero: Glycine
Espécie: G. max
INTRODUÇÃO
 Maiores produtores:
A região Centro-Oeste é responsável por quase metade da produção nacional, sendo que, juntamente com a região Sul, respondem por mais de 80% da produção brasileira do grão.
 Espécies mais cultivadas:
AS 3820 IPRO;
 Espécies mais cultivadas:
M 7639 RR; 
 Espécies mais cultivadas:
TMG 132 RR;
 Exigências hídricas:
A água constitui aproximadamente 90% do peso da planta;
A necessidade de água na cultura da soja vai aumentando com o desenvolvimento da planta, atingindo o máximo durante a floração-enchimento de grãos (7 a 8 mm/dia), decrescendo após esse período;
A necessidade total de água na cultura da soja, para obtenção do máximo rendimento, varia entre 450 a 800 mm/ciclo, dependendo das condições climáticas, do manejo da cultura e da duração do ciclo;
A semente de soja necessita absorver, no mínimo, 50% de seu peso em água para assegurar boa germinação.
Umidade do Solo:
O conteúdo de água no solo não deve exceder a 85% do total máximo de água disponível e nem ser inferior a 50%.
 Clima:
Temperatura do solo ideal para semeadura varia de 20oC a 30oC;
Temperatura ideal para uma emergência é de 25oC;
Temperatura ideal para seu crescimento e desenvolvimento está em torno de 30°C.
 Solo:
pH de 5,5 a 6,0 ;
Teores de argila que vão desde 15 a 35%;
Os solos devem apresentar boa estrutura
Boa capacidade de retenção de água e de nutrientes disponíveis às plantas
Cobertura do solo:
Cobertura do solo deverá resultar do cultivo de espécies que disponham de certos atributos, como: produzir grande quantidade de massa seca, possuir elevada taxa de crescimento, ter certa resistência à seca e ao frio, não infestar áreas, ser de fácil manejo, ter sistema radicular vigoroso e profundo, ter elevada capacidade de reciclar nutrientes
 Plantio
Precoce:
 10 a 30 de dezembro
Semiprecoce
10 a 30 de dezembro
Médio
15 a 30 janeiro
Sistema plantio direto
Trata-se de sistema de produção conservacionista, que se contrapõe ao sistema tradicional de manejo. Envolve o uso de técnicas para produzir, preservando a qualidade ambiental. Fundamenta-se na ausência de preparo do solo e na cobertura permanente do terreno através de rotação de culturas.
 Plantio
Ciclo:
 95 a 140 dias
Devem ser empregados espaçamentos de 20 a 50 cm entre as fileiras
VE: Emergencia
VC: Cotilédone
V2: Segundo nó
V4: Quarto nó
R2: Pleno florescimento
R5: Inicio do enchimento de sementes
R8: Maturação plena
 Principais pragas:
 Lagarta-da-soja (Anticarsia gemmattalis):
 Principais pragas:
 Lagarta falsa medideira (Pseudoplusia includens):
 Principais pragas:
Percevejo-verde (Nezara viridula):
 Principais pragas:
Percevejo-marrom (Euschistus heros):
 Principais doenças:
Ferrugem asiática (Phakopsora sp);
 Principais doenças:
Antracnose
 Principais doenças:
Oídio
 Principais doenças:
Mancha alvo (Corynespora cassiicola):
Morfologia:
Raiz:
O sistema radicular da soja é constituído de um eixo principal e grande número de raízes secundárias, sendo classificado com um sistema difuso. O comprimento das raízes pode chegar a até 1,80 m. A maior parte delas encontra-se a 15 cm de profundidade.
Morfologia:
Caule:
O caule é ramoso, híspido, com tamanho que varia entre 80 e 150 cm, dependendo da variedade e do tempo de exposição diário à luz. Sua terminação apresenta racemo, em variedades de crescimento determinado, ou sem racemo terminal, em variedades de crescimento indeterminado.
Morfologia:
Folhas:
Durante todo o ciclo da planta são distinguidos quatro tipos de folha: cotiledonares, folhas primárias ou simples, folhas trifolioladas ou compostas e prófilos simples. Sua cor, na maioria dos cultivares, é verde pálida e, em outras, verde escura.
Morfologia:
Flores:
A soja é essencialmente uma espécie autógama, ou seja, uma planta polinizada por ela mesma e não por outras plantas, mesmo que vizinhas a ela, com flores perfeitas e órgãos masculinos e femininos protegidos dentro da corola. Insetos, principalmente abelhas, podem transportar o pólen e realizar a polinização de flores de diferentes plantas, mas a taxa de fecundação cruzada, em geral, é menor que 1%. As flores de soja podem apresentar coloração branca, púrpura diluída ou roxa, de 3 até 8mm de diâmetro. O início da floração dá-se quando a planta apresenta de 10 até 12 folhas trifolioladas, onde os botões axilares mostram racemos com 2 até 35 flores cada um.
Morfologia:
Vagem:
O legume da soja é levemente arqueado, peludo, formado por duas valvas de um carpelo simples, medindo de 2 até 7cm, onde aloja de 1 até 5 sementes. A cor da vagem da soja varia entre amarela-palha, cinza e preta, dependendo do estágio de desenvolvimento da planta.
Morfologia:
Semente:
As sementes de soja são lisas, ovais, globosas ou elípticas. Podem também ser encontradas nas cores amarela, preta ou verde. O hilo é geralmente marrom, preto ou cinza
Referências bibliográficas:
DOURADO NETO, D.; FANCELLI, A. L. Produção de feijão. Guaíba: Agropecuária, 2000. 385 p.
THUNG, M. D. T.; OLIVEIRA, I. P. de. Problemas abióticos que afetam a produção do feijoeiro e seus métodos de controle. EMBRAPA-CNPAF, 1998. 172 p. :il.
VIEIRA, C.; PAULA JUNIOR, T. J. de; BORÉM, A. FEIJÃO: aspectos gerais e cultura no Estado de Minas. Viçosa: UFV, 1998. 596 p.:il.

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