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Fundação Centro de Ciências e Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Universidade Federal Fluminense Curso de Licenciatura em Letras- UFF / CEDERJ Disciplina: Literatura Brasileira I Coordenador: André Dias AP 3 – 2017. 1 Aluno(a): _______________________________________________________ Polo: _______________________________ Matrícula ________________ Nota: _______________ Questões 1 – (Sobre as Aulas 8 e 10) – A partir das afirmações de Afrânio Coutinho e Antônio Candido que seguem abaixo, aponte o momento de efetivo início da Literatura Brasileira para cada um dos estudiosos. Explique também os argumentos utilizados por cada um deles em favor de seus pontos de vista. (Valor: 5,0) Considerar a literatura da época colonial “um aspecto da literatura portuguesa, da qual não pode ser destacada”; considerá-la “a literatura comum”, ou “literatura luso-brasileira”, parece uma posição absolutamente insustentável no atual estádio de evolução do pensamento crítico-brasileiro. (COUTINHO, 2008, p.53) Para compreender em que sentido é tomada a palavra formação, e porque se qualificam de decisivos os momentos estudados, convém principiar distinguindo manifestações literárias, de literatura propriamente dita, considerada aqui como um sistema de obras ligadas por denominadores comuns, que permitem reconhecer as notas dominantes duma fase. (CANDIDO, 2006, p. 40 – 41). Segundo Afrânio Coutinho, a literatura brasileira “nasce” na época colonial, porquanto desde então produz-se uma literatura diferenciada, com características próprias. O ponto de vista de Coutinho parece ser o mais difundido nos manuais escolares, visto que a “Carta de Pero Vaz de Caminha” costuma ser apresentada como o marco inicial de nossa literatura. Diferentemente, Antônio Cândido afirma, em sua obra Formação da literatura brasileira, que antes do Arcadismo havia apenas “manifestações literárias”, ou seja, textos dispersos que não circulavam entre um considerável público leitor; com os árcades esse panorama muda consideravelmente, pois, segundo Cândido, passa a existir uma circulação de ideias e de escritos entre um público leitor, passa a existir, enfim, um sistema literário e, portanto, podemos falar em literatura brasileira. 2 – (Sobre a Aula 13) Tomando como referência os debates realizados na aula 13, depreendemos que Carlos Nejar adota uma perspectiva dialógica na elaboração de sua História da Literatura Brasileira. No que consiste tal preceito? (Valor: 5,0) O livro de Carlos Nejar se difere de outros estudos historiográficos devido à sua organização não tradicional. Ao invés da divisão por gêneros, estilos ou épocas, a obra é dividida por autores. Ademais, a maneira de estudá-los também é bastante particular, porquanto Nejar procura estabelecer um diálogo entre diversos escritores, obras e ideias. Notadamente, podemos citar o pensamento de críticos como Sílvio Romero, Ronald de Carvalho e Nelson Werneck Sodré, que estão presentes ao longo de toda obra e garantem ao leitor uma multiplicidade de vozes a respeito de um tema comum, isto é, a literatura brasileira.
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