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PLANEJAMENTO FORRAGEIRO

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II SIMBOV – II Simpósio Matogrossense de Bovinocultura de Corte 
 
"Planejamento Forrageiro em Sistemas Intensivos de Produção de 
Bovinos de Corte" 
 
Quando falamos em planejamento, logo pensamos em META, pois, quem não 
sabe para onde ir qualquer caminho basta e uma META para ser atingida ela 
deve atender a alguns requisitos básicos: 
1. Especifica: Podemos traçar diversas metas, porem ela deve ser 
específica para alguma coisa, ou seja: ela pode ser financeira, de 
sustentabilidade, de preservação do meio ambiente, de evolução do 
rebanho, de melhoria da genética e assim por diante. 
 
2. Mensurável: Ela deve ser medível, quantificável. Ex.: Se tracei uma 
meta para evolução do meu rebanho, vou medi-la em cabeças ou em 
UAs. É fundamental que consigamos medir sua evolução para 
avaliarmos quantos % já avançamos na META. 
 
3. Atingível: Questione-se: é possível realizar e atingir esta META? Se for, 
vá em frente porque ela é atingível, do contrário, seria um devaneio, 
uma utopia e não valeria à pena investirmos nela. 
 
4. Realizável: Este ponto é fundamental! Devemos dividir a META em 
pequenas ações. Cada ação, cada etapa cumprida vamos comemorá-la 
de forma intensa, com alegria, pois somente assim nos manteremos 
motivados a dar continuidade e chegarmos a atingí-la. 
 
5. Temporal: A META obrigatoriamente deve ter uma data para acontecer 
para que não fiquemos perdidos no tempo. Você deve atrelar cada etapa 
a uma data, mesmo que esta sofra algumas alterações durante o 
percurso. Mas o importante é: ter sempre uma data base para cada 
ação. 
II SIMBOV – II Simpósio Matogrossense de Bovinocultura de Corte 
 
Além dos pontos acima estabelecidos é fundamental montarmos uma base de 
dados para tomarmos como ponto inicial do planejamento. Neste levantamento 
devemos ter os números atuais da propriedade, da média nacional e aqueles 
desejados por você, que pode tomar, como referência, os números já obtidos 
por outra propriedade já intensificada. Veja a tabela abaixo. 
Índices Média 
brasileira 
Tecnologia 
média 
Meta 
desejada 
Natalidade 60% 80% >80% 
Mortalidade até a desmama 8% 5% 2% 
Taxa de desmama 54% 70% 88% 
Mortalidade pós – desmama 4% 2,5% 1% 
Idade à 1ª Cria 4 anos 2 a 3 anos 1,7 a 2 anos 
Intervalo de partos 21 meses 16 meses 12 meses 
Idade de abate 4 anos 3 anos 1,5 a 2 anos 
Taxa de descarte de matrizes xxxx xxxx 15 a 20% 
Taxa de abate 17% 21% >35% 
Lotação UA/ha 0,7UA/ha 1,2UA/ha >2,5UA/ha 
Adaptado da EMBRAPA - 2007 
É importante lembrar que tais índices envolvem uma série de fatores, entre 
eles: pastagem, mão de obra qualificada, estratégia, maquinários, consultoria, 
genética e investimentos. 
Pastagem 
Para se planejar a produção de uma pastagem é fundamental que avaliemos o 
seu estado atual e para facilitar criaremos uma classificação para podermos 
planejar sua melhora assim como também escolher àquelas a serem mais 
usadas intensamente e as que devem ser poupadas para uma recuperação ou 
reformadas. 
Pensando nisso desenvolvi uma metodologia bastante simples, que denominei 
“Quadrante Wagner Pires”. Venho o aplicando em minhas consultorias há 
algum tempo nos permitindo visualizar a situação como um todo, auxiliando 
bastante na tomada de decisão (veja após Outras plantas). 
II SIMBOV – II Simpósio Matogrossense de Bovinocultura de Corte 
 
Existem quatro fatores principais que levam a degradação de uma pastagem e 
são eles: 
 
 
• Plantas daninhas: estas plantas começam a sair nas pastagens 
quando estas perdem o seu vigor de rebrota causado pelo manejo inadequado 
ou queda da fertilidade do solo. As plantas daninhas são plantas edaficamente 
adaptadas, ou seja, elas conseguem sobreviver às condições climáticas locais 
e condições de fertilidade do solo, portanto elas são muito mais agressivas que 
as plantas forrageiras. Sem falar que elas não são palatáveis e muitas vezes 
possuem espinhos que repelem os animais. Estas plantas acabam roubando 
espaço das pastagens e diminuindo sua capacidade de suporte (mais adiante 
teremos um capitulo especifico sobre plantas daninhas). 
 
• Fertilidade do solo: ocorre uma grande extração de nutrientes 
através dos bovinos de corte e leite que saem da propriedade e dos processos 
de erosão que normalmente ocorrem no ambiente pastoril. Com o tempo a 
fertilidade do solo vai decaindo e junto com ela decai a produção de massa 
verde da pastagem (falaremos também sobre isso adiante). 
 
• População de capim: existem diversos fatores que podem levar 
a diminuição da população de plantas por metro quadrado, mas quando ela 
diminui damos espaço para o surgimento de “outras plantas” e “plantas 
daninhas”. Chamo isso de espaços vazios, que seriam espaços com mais de 2 
metros quadrados sem nenhuma planta forrageira. Quando isto ocorre 
dificilmente ele irá se repovoar sozinho. 
 
• Outras plantas: Denomino de outras plantas, toda planta de 
folha estreita que eventualmente surgem no pasto e que pode ou não ser 
II SIMBOV – II Simpósio Matogrossense de Bovinocultura de Corte 
 
palatável aos animais que ali pastejam ou ser de palatabilidade inferior. 
Normalmente estas plantas são mais agressivas que o próprio capim e menos 
exigentes em fertilidade do solo. Hoje no Brasil temos vários exemplos delas: 
(Capim Anone, Rabo de Burro, Rabo de Raposa, Capim Navalha, Capim Duro, 
Gramão e outras). Muitas vezes podemos ter uma espécie de pastagem menos 
exigente junto a um pasto mais exigente onde esta se comporta como outra 
planta. 
Juntei estes quatro fatores em um diagrama e dei a cada um deles uma nota 
que varia de 0 a 10, sendo que para plantas daninhas e outras plantas 0 seria o 
ideal e 10 o pior, para população e fertilidade é o inverso. Lembro que esta 
metodologia é empírica, ou seja, é baseada somente em observação de campo 
e não conta com embasamento científico. 
 
 Quadrante Wagner Pires 
 
II SIMBOV – II Simpósio Matogrossense de Bovinocultura de Corte 
 
 
• Verde 1: esta categoria compreende as pastagens novas, que 
não possuem plantas invasoras ou muito pouco. As gramíneas nelas instaladas 
encontram-se bem gramadas e não encontramos ou praticamente nada de 
outras plantas e quanto a fertilidade está de razoável a boa. Em resumo trata-
se de uma pastagem que com pouco investimento pode atingir seu ponto 
máximo de aproveitamento. Estas pastagens deverão receber o tratamento, se 
necessário, com herbicida. Se houver necessidade serão divididas e deverão 
ser manejadas com todo o cuidado para que não venham a se degradar e cair 
de categoria. A fertilidade deverá ser mantida ou melhorada com o tempo 
através de adubações de cobertura. Trata-se de uma área para a manutenção 
e lembro que a manutenção é muito mais econômica do que a recuperação e 
reforma. 
 
• Amarela 2: esta categoria compreende as pastagens já em 
degradação. A pastagem já se encontra infestada com plantas daninhas, mas 
nestas áreas encontramos ainda muito capim por baixo. Encontramos também 
em várias delas um processo de erosão já iniciado e em alguns casos até 
avançado. Normalmente são pastagens velhas que possuem um grande banco 
de sementes e uma maior diversidade de plantas invasoras. A fertilidade não 
está totalmente ruim e poderá ser recomposta. Nesta categoria poderemos ou 
não estar entrando com controle químico nas invasoras, porém é nesta 
categoria onde temos o melhor custo benefício do herbicida. Caso não seja 
possível, usaremos então, roçada mecânica ou manual, mas é importante estar 
consciente de que as invasoras irão aumentar gradativamente. 
 
• Amarelo 3: nesta categoria éum pouco mais complexa a 
recuperação, apesar do custo com herbicida ser mais baixo pois a infestação é 
pequena. A pastagem apresenta uma população de gramíneas baixa e muitos 
espaços vazios. A fertilidade também está baixa e necessitando de uma 
adubação. Será necessário adubar a área, lançar uma quantidade de sementes 
II SIMBOV – II Simpósio Matogrossense de Bovinocultura de Corte 
 
da mesma cultivar e vedá-la para sua total recuperação. Caso isso não seja 
realizado a pastagem irá migrar para a categoria vermelha. 
 
 
• Vermelha 4: esta categoria compreende as pastagens 
condenadas a reforma, onde pouco estaremos gastando com elas, no máximo 
uma roçada mecânica ou manual. Normalmente são pastagens com mais de 
50% de infestação, com vasta área sem capim, com invasoras inferiores e 
erosão. Lembrando que após a reforma elas irão retomar o verde. 
Esta é a primeira análise para um planejamento que realizo em uma 
propriedade, percorrendo todos os pastos e analisando os quatro fatores acima 
e dando uma classificação para cada um deles. 
Desta forma podemos planejar o quê recuperar, fazer manutenção ou reformar, 
sem falar que podemos definir as pastagens a serem usadas mais 
intensamente e as que devem ser poupadas para uma recuperação ou para se 
evitar que se degradem mais rapidamente. 
A seguir uma propriedade que foi diagnosticada pelo diagrama do Quadrante 
Wagner Pires: 
II SIMBOV – II Simpósio Matogrossense de Bovinocultura de Corte 
 
 
Outro ponto importante para um planejamento de pastagem é a distribuição de 
gramíneas em uma propriedade. Desde 1984 quando a EMBRAPA lançou a 
Brachiaria Brizantha CV. Marandu os pecuaristas não plantaram outra coisa. 
Por mais de 20 anos esta cultivar dominou a comercialização de sementes e 
agora quase 30 anos após o seu lançamento a pecuária brasileira está 
pagando um preço alto demais por ter deixado o Marandu predominar nas 
pastagens. Hoje a pecuária está sofrendo com a “Morte Súbita do 
Brachiarão” e com uma infestação sem controle da “Cigarrinha Mahanarva 
fimbriolata” que hoje está destruindo as pastagens da região amazônica e 
centro-oeste. Isso tudo ocorre, em grande parte, em virtude da falta de 
diversificação de gramíneas na propriedade. O fato dos pecuaristas não 
encararem as pastagens como uma cultura e somente tomarem atitudes 
extrativistas, está levando suas pastagens ao clímax da degradação. 
II SIMBOV – II Simpósio Matogrossense de Bovinocultura de Corte 
 
 
 Cigarrinha das pastagens 
 
 Morte súbita do Brachiarão 
 
As instituições de pesquisa também têm a sua parcela de culpa, pois sempre 
lançaram seus materiais apresentando uma relativa tolerância a baixa 
fertilidade, como se isso fosse levar alguma vantagem ao pecuarista. Tal fato 
levou o pecuarista a tomar uma posição mais acomodada quanto reposição 
dos nutrientes retirados do solo. 
II SIMBOV – II Simpósio Matogrossense de Bovinocultura de Corte 
 
Podemos resumir que ter uma única gramínea forrageira na propriedade não é 
sustentável como também não é recomendável a mistura de gramíneas em um 
mesmo pasto, pois desta forma os bovinos tendem a escolher a melhor e com 
isso a capacidade de suporte das pastagens diminui sensivelmente. 
Recomenda-se a diversificação de 3 a 4 gramíneas de forma proporcional na 
propriedade e de preferência agrupadas em blocos. 
Adequação da capacidade de suporte nas diferentes épocas do ano 
Quando falamos de planejamento forrageiro em sistemas intensivos, devemos 
monitorar os índices pluviométricos da propriedade e ou da região, de 
preferência levando em consideração uma média de 10 anos. 
Levando em consideração os índices pluviométricos podemos estabelecer uma 
curva de crescimento das pastagens, vamos aqui considerar uma condição 
média de clima: 
 
Fonte: Adaptado de Aguiar (2001,2002) 
 
Se analisarmos o gráfico acima teremos uma proporção aproximada de 70% da 
produção de MS/ha/ano no período das chuvas e 30% no período da seca. 
Desta forma somos levados a refletir que não existe milagre, ou seja, se não 
traçarmos uma estratégia de manejo das gramíneas, do rebanho e de uma 
suplementação, inevitavelmente o resultado será catastrófico. 
II SIMBOV – II Simpósio Matogrossense de Bovinocultura de Corte 
 
Se adubarmos, melhorarmos a fertilidade do solo e manejarmos corretamente 
as pastagens conseguiremos amenizar esta curva de modo que o déficit de 
produção seja amenizado. 
 
Fonte: Adaptado de Aguiar (2001,2002) 
Para calcular a produção de massa verde usamos habitualmente uma fórmula 
do Prof. Moacir Corsi que nos permite um cálculo direto da quantidade de 
unidades animais na pastagem. 
Lotação = 10.000 x PA x EP x Perdas 
 N
o
dias x Consumo 
 
PA: peso da amostra em 1 metro quadrado 
Eficiência de Pastejo (EP) = 50 % 
Perdas por Urina, Fezes e Outros = 50 % 
Pastejo de 30 dias 
Consumo de 45 Kg de Matéria Verde(10% do peso vivo) 
 
II SIMBOV – II Simpósio Matogrossense de Bovinocultura de Corte 
 
 
1m2 cortado para o cálculo. 
O corte deve sempre ser feito rente ao chão, para não existir probabilidade de 
erro. 
Outra forma de monitorar a pastagem é medir o resíduo remanescente nas 
pastagens, isso é, de grande importância para a vida das pastagens. Lembro 
que sempre devemos deixar uma sobra de gramíneas após o pastejo de 50%. 
Esta sobra irá servir como material de reserva da planta pois, ela vai secar e 
apodrecer. Os nutrientes existentes nestas folhas serão retirados pela planta e 
levados para folhas jovens em crescimento. A folha morta será de grande valia 
para proteger o solo contra o impacto da água da chuva e para evitar com que 
o solo perca umidade. Este material irá se decompor e se transformar em 
matéria orgânica. 
O monitoramento deste resíduo é feito de uma forma bastante simples, 
marcando um m2 e coletando todo material morto existente, este é colocado 
em um saco plástico e prensado e o nível anotado. Se o resíduo começar a 
diminuir é sinal que está ocorrendo erro no manejo das pastagens. 
Para se planejar um sistema produtivo é necessário avaliar as divisões de 
pastagens existentes e como estas estão divididas, sempre levando em 
consideração a variação do tamanho das pastagens, pois esta variação não 
II SIMBOV – II Simpósio Matogrossense de Bovinocultura de Corte 
 
deve ultrapassar 10% entre elas e também o seu formato. Evitando pastos 
estreitos e compridos e a distancia entre o ponto extremo da pastagem até o 
bebedouro ou aguada não deve ultrapassar 600 m para gado de corte e 300 m 
para gado de leite. 
Sabemos que o custo de divisão das pastagens é elevado pois, o Km de cerca 
normalmente nos dias de hoje (2013), fica em torno de R$ 5.000,00, porém 
sabemos também que quanto mais dividirmos a pastagem mais capim teremos 
e maior será a capacidade de suporte. 
 
Vamos tomar, como exemplo, a Fazenda Igarapé, localizada em Igarapé 
Grande/MA: 
Fazenda Igarapé – Igarapé Grande /MA 
Rebanho x Divisões de pastagens 
Ano ha de Past Divisões* Total de cab.** Obs 
2003 2.290,44 112 2000 
2004 2.290,44 127 2200 
2005 2.290,44 149 2400 
2006 2.308,49 170 2600 
2007 2.308,49 176 2800 
2008 2.357,38 182 3000 
2009 2.357,38 186 3200 
2010 2.364,40 209 3400 
2011 2.427,35 233 3500 
2012 2.427,35 245 4150 FIV 
2013 2.580,40 257 4800 
 * Não estão incluídos piquetes. 
 ** Números aproximados e médios. 
Nesta fazenda somente em 2012 foi iniciado um trabalho de adubação das 
pastagens. Todo este aumento da capacidade de suporte foi conseguido 
através de divisões dospastos e por consequência melhoria do manejo das 
pastagens. 
II SIMBOV – II Simpósio Matogrossense de Bovinocultura de Corte 
 
Diversificação das gramíneas: Ainda tomando como exemplo a Fazenda 
Igarapé, lá nós temos uma boa diversificação de gramíneas, o que ajuda 
bastante no processo de sustentabilidade. 
 
 * Gramíneas usadas em áreas de baixo são:Tango (Brachiaria Mutica x 
Brachiaria Arecta) e Canarana (Echinochloa sp). 
 ** Panicuns: Mombaça e Tanzania. 
 *** Outros: Estrela Africana, Tifton 85, Conver HD 364, Jaraguá e 
Andropogon. 
Há 10 anos a fazenda era composta por quase 90% de Brachiaria Brizantha 
Marandu e fomos, gradativamente, substituindo esta cultivar por outras mais 
recentes, principalmente pelo alto risco de infestação de Cigarrinha e Morte 
súbita da Brachiaria. 
Plano de ações: Um plano de ações é fundamental no planejamento das 
pastagens. Neste colocamos o quê e quando fazer e para ser ainda mais 
detalhado, podemos estabelecer quem deve fazer, por quantas pessoas e 
quantas horas-máquinas serão necessárias, não se esquecendo do custo 
estimado para confrontar, posteriormente, com o custo real. O plano de ações 
dá um direcionamento na propriedade e evita problemas futuros. 
II SIMBOV – II Simpósio Matogrossense de Bovinocultura de Corte 
 
 
Fazenda 
localizada no 
MS 
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ 
Clima na região 
Ação 
Coleta de 
amostra de solo 
para análise 
xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx 
Compra de 
Calcário (época 
ideal em função 
de preço) 
 xxxx xxxx 
Transporte e 
armazenamento 
na fazenda 
 xxxx xxxx 
Épocas em que 
podemos aplicar 
o calcário (Em 
verde é o ideal) 
xxxx xxxx xxxx xxxx xxx_ _xxx xxxx xxxx 
Primeira 
gradagem para 
a reforma (Em 
verde é o ideal) 
 __xx xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx 
Segunda 
gradagem (Em 
verde é o ideal) 
xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx 
Controle de 
formigas em 
áreas de plantio 
xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx 
Gradagem 
niveladora para 
plantio 
xxxx xxxx xxxx xxxx 
Compra de 
sementes (época 
ideal em função 
de preço em 
verde) 
 xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx 
Plantio xxxx xxxx xxxx xxxx 
Fosfatagem xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx 
Potassagem xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx 
Adubação 
Nitrogenada 
xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx 
Controle de 
Cupim com 
Regente 20 G 
(IDEAL EM 
VERDE) 
xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx 
Diagnóstico para 
avaliação de 
pragas duras 
 xxxx xxxx 
Controle de 
pragas duras 
(Época ideal em 
xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx 
II SIMBOV – II Simpósio Matogrossense de Bovinocultura de Corte 
 
verde) 
Diagnóstico para 
avaliação de 
pragas moles 
xxxx __xx xxxx 
Controle de 
pragas moles 
xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx 
Controle de 
pragas moles em 
áreas de plantio 
xxxx ___x 
Construção de 
cercas, cochos e 
bebedouros em 
áreas de plantio 
xxxx xxxx xxxx __xx xxxx 
Primeiro pastejo 
em áreas de 
plantio 
xxxx xxxx xxxx xxxx 
Deferimento de 
pastagem para 
uso na seca 
 xxxx xxxx 
Controle de 
erosões 
 xxxx xxxx xxxx 
Construção de 
cercas (Época 
ideal) 
xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx 
Vedação de 
pastagem para 
recuperação 
xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx 
Uso de Aeromix 
para 
descompactar o 
solo 
 xxxx xxxx xxx_ xxxx xx__ 
Recuperação de 
açudes e 
represas 
 xxxx xxxx xxxx xxxx 
 
Para finalizar tudo o que tratamos é ainda importante observar para o alcance 
da META: 
Atitude: Sem Atitude nada acontece. É preciso que o pecuarista e sua equipe 
tenham consciência de que é preciso melhorar a cada dia a propriedade como 
um todo, e principalmente de forma sustentável. 
Se cair, levantar. Aprendendo sempre com os erros. 
Lembrar que os momentos de adversidades existem para aprendermos a 
sobreviver a eles e sairmos destes ainda mais fortes. 
Lembrar que os resultados somente dependem de nós e de nossas atitudes e 
que somos nós quem faz nossa própria sorte. 
II SIMBOV – II Simpósio Matogrossense de Bovinocultura de Corte 
 
Trabalhar duro de forma ordenada e planejada, aproveitando cada minuto que 
a vida e a natureza nos oferecem. 
Enfrentar os problemas um a um hoje, evitando postergá-los. 
É preciso comprometer-se e cumprir o planejado. 
É preciso estudar sempre para cada vez mais descobrir que mais precisa 
aprender. 
Desenvolver o espirito de equipe na fazenda e mostrar a todos que o resultado 
depende de cada um e do comprometimento de todos. 
Todos os dias buscar quebrar os paradigmas que estão arraigados em nossas 
cabeças. 
Ter um comprometimento muito além de sua porteira e sua família, ter um 
comprometimento social, afinal você é um produtor. 
Sempre buscar uma forma melhor e mais sustentável de produzir sua carne e 
seu leite evitando formas antigas que nem sempre trazem o melhor resultado. 
Ser parte da solução e não parte do problema. 
Afinal este Simpósio foi feito para Produtores Vencedores e você é um deles! 
Grande abraço, 
Obrigado! 
Wagner Pires 
wagner@circuitodapecuaria.com.br 
Fones: 19-3894-1865 fixo 
19- 8112-5298 Cel. Vivo 
 
Bibliografia: 
II SIMBOV – II Simpósio Matogrossense de Bovinocultura de Corte 
 
 Pires, Wagner , Manual de Pastagens – Formação, Manejo, 
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Santa Maria, Santa Maria, RS. 
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SIMPÓSIO NACIONAL SOBRE PRODUÇÃO E GERENCIAMENTO DA 
PECUÁRIA DE CORTE, 3, Belo Horizonte. Anais ..., Belo Horizonte: 
Escola de Veterinária. 
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lotação sobre o desenvolvimento de novilhos Guzerá recebendo 
suplemento múltiplo, durante a época da seca. In. REUNIÃO ANUAL DA 
SOC. BRAS. ZOOTECNIA, 35, Botucatu, Anais ..., Botucatu: SBZ. 
 EUCLIDES, V.P.B. Alternativas para intensificação da produção de 
carne bovina em pastagem. Campo Grande: Embrapa Gado de Corte, 
2000. 
 ZIMMER, A.H.; EUCLIDES F.K. As pastagens e a pecuária de corte 
brasileira. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL SOBRE PRODUÇÃO 
ANIMAL EM PASTEJO.,1,1997, Anais... Viçosa:UFV, 1997, Simpósio, 
 PENATI, M A; CORSI, M.; DIAS, C. T. S.; MAYA, F. L. A Efeito do 
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coeficiente de variação na determinação da massa de forragem em 
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ZOOTECNIA. 38. Piracicaba, 2001. Anais ... (MATTOS, W. R. S. et al.,. 
Ed.). Piracicaba: FEALQ, 2001. 
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Pastagens: fundamentos da exploração racional. Piracicaba: FEALQ, 
1994. 
 SILVA, S. C. da e PEDREIRA, C. G. S. Fatores condicionantes e 
predisponentes da produção animal a pasto. In: SIMPÓSIO SOBRE 
MANEJO DA PASTAGEM. 13., Piracicaba, 1996. Anais ... 
Piracicaba; FEALQ, 1996. 
II SIMBOV – II Simpósio Matogrossense de Bovinocultura de Corte

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