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Estudo da viabilidade econômica de uma farmácia na região de Toledo-PR

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ
CENTRO DE ENGENHARIAS E CIÊNCIAS EXATAS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA
CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA
ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA DA IMPLANTAÇÃO DE UMA FARMÁCIA NA REGIÃO DE TOLEDO/PR
TOLEDO/PR
2014
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ
CENTRO DE ENGENHARIAS E CIÊNCIAS EXATAS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA
CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA
LINCOLN PAVAN
MATEUS ENGELS HENKE
MATHEUS ALLAN MAIOR
MATHEUS PIASECKI
PEDRO SIQUEIRA
ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA DA IMPLANTAÇÃO DE UMA FARMÁCIA NA REGIÃO DE TOLEDO/PR
Relatório entregue como requisito parcial de avaliação da disciplina de Análise Técnica e Econômica da Indústria do curso de Engenharia Química da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Campus Toledo.
Prof. Dra. Ana Paula de Oliveira
TOLEDO/PR
2014
RESUMO
	Este trabalho teve como objetivo fazer a análise de viabilidade técnica e econômica da implantação de uma farmácia na região de Toledo/PR. Para isso, fez-se uma análise do mercado de farmácias, um estudo sobre a localização e o tamanho do empreendimento, uma análise de engenharia de projetos, e um estudo sobre os custos e a viabilidade econômica do projeto. Ao fim do estudo, concluiu-se que o projeto não é viável economicamente da forma em que foi proposto, uma vez que o tempo de Payback calculado foi de quatro anos e meio. A substituição da construção do edifício pelo aluguel de uma sala comercial diminuiria o tempo de Payback para cinco meses. A venda do prédio construído, com maior valor agregado que o terreno limpo, é a principal alternativa caso o projeto venha a falir se posto em prática.
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO	1
2. ANÁLISE DE MERCADO	2
 2.1 Tendências e oportunidades	2
 2.2 Clientes	2
 2.3 Produtos e serviços demandados	2
 2.4 Oferta	3
 2.5 Demanda	3
 2.6 Barreiras de entrada	4
 2.7 Concorrentes e substitutos	4
 2.8 Discussão do estudo de mercado	4
3. LOCALIZAÇÃO	5
 3.1 Fatores qualitativos	5
 3.2 Fatores quantitativos	5
 3.3 Macrolocalização	6
 3.4 Microlocalização	7
4. TAMANHO	10
5. ENGENHARIA DE PROJETO	11
 5.1 Cargos	11
 5.2 Arranjo físico	11
 5.3 Equipamentos	11
 5.4 Fármacos oferecidos	12
 5.5 Produtos de higiene oferecidos	12
 5.6 Horário de funcionamento	12
6. CUSTOS E RECEITAS	13
7. ANÁLISE DA VIABILIDADE ECONÔMICA	15
8. CONCLUSÃO	16
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	17
INTRODUÇÃO
	O início de uma atividade empresarial requer dos investidores o pleno domínio da atividade que se propõem a iniciar. Para isso, são necessários estudos a respeito da viabilidade técnica e econômica do empreendimento proposto. Mesmo no meio de incertezas e do risco do negócio, fazer cálculos sobre os ganhos esperados da aplicação dos recursos é tarefa indispensável. 
	O objetivo deste trabalho é realizar a análise técnica e econômica da instalação de uma farmácia na região de Toledo/PR, fazendo-se estudos de mercado, localização, tamanho, engenharia de projetos e análise de custos, a fim de averiguar-se se o empreendimento proposto é viável.
ANÁLISE DE MERCADO
Tendências e oportunidades.
	As farmácias e drogarias são o principal canal de distribuição de medicamentos para a população, movimentando cerca de US$ 8 bilhões anuais, colocando o Brasil em 8º lugar no mercado de medicamentos no mundo (Portal Brasil, 2014). Segundo a Abifarma (2014), existe um enorme potencial de crescimentos para produtos farmacêuticos, considerando que o mercado consumidor no Brasil é de aproximadamente 50 milhões para uma população de 200 milhões. Percebe-se então uma grande oportunidade para investir neste segmento.
	Logo, para alcançar vantagens competitivas, a excelência e a clientividade são imprescindíveis para este empreendimento, uma vez que ambas as características vem se tornando um diferencial competitivo no mercado. Então, para a entrada nesta atividade, surge a necessidade de um Planejamento Estratégico, sendo necessário conhecer o mercado de modo sistemático e estudioso antes da abertura de uma Farmácia.
Clientes.
	Segundo estudos do IBGE (Guia da Farmácia, 2012), as classes A e B representam cerca de 48% do consumo de medicamentos, enquanto que outros 42% pertencem à classe C. O estudo ainda mostra que o setor farmacêutico é o que mais apresentou crescimento nos últimos anos, devido ao bom momento da economia brasileira. Assim, a clientela é variada, frequente e esporádica, portanto, um serviço que atenda às necessidades das três classes terá maiores possibilidades de prosperar.
	A procura por uma farmácia se dá por meio de indicação, necessidade, promoção, propaganda, bem como a localização de fácil acesso. A fidelização da clientela se dá pelo bom atendimento, preço acessível, qualidade e variedade dos produtos, agilidade na entrega e forma de pagamento diferenciada.
Produtos e serviços demandados.
	O principal serviço demandado por uma farmácia é a comercialização de medicamentos de diversos gêneros, fornecidos por companhias farmacêuticas da região. O fato da empresa fornecedora estar próxima do mercado consumidor barateia os custos de aquisição dos estoques de medicamentos, além de fortalecer a economia local.
	Como serviço secundário, a comercialização de produtos de higiene pessoal, tais como sabonetes, desodorantes, pastas de dente, entre outros, é de prática comum nas farmácias, uma vez que a higiene pessoal está intimamente ligada com a questão da saúde.
	
Oferta.
	Tendo em vista os descontos de até 50% oferecidos pela indústria ao varejo no fornecimento de medicamentos (ABCFarma, 2014), a escolha pela linha de genéricos é favorecida, uma vez que a cidade de Toledo/PR apresenta uma indústria farmacêutica de genéricos em crescimento, a Prati-Donaduzzi.
	A venda de genéricos apresentou um aumento de 15,8% no ano de 2013, comercializando 786,9 milhões de unidades. Segundo a ProGenéricos, tal resultado reflete a política pública dos medicamentos genéricos em aliar a qualidade do produto ao baixo preço. Para a presidente da ProGenéricos, Telma Salles, “os genéricos conquistaram os consumidores brasileiros de todas as classes. Eficazes, seguros e indiscutivelmente mais baratos que os produtos de referência, não apenas estão entre os produtos mais prescritos pelos médicos brasileiros como também são os substitutos mais adequados para os produtos de referencia indicado nas receitas”.
	Dessa forma, a escolha de comercializar medicamentos genéricos se mostra como um diferencial para o sucesso do empreendimento na região. A escolha de uma gama reduzida de medicamentos é ideal para um empreendimento de pequeno porte, uma vez que os custos devem ser controlados, além da demanda de certos medicamentos variarem muito de acordo com a necessidade do paciente.
Demanda.
	A demanda de medicamentos em certa região está diretamente ligada à necessidade da população local em adquirir o medicamento necessário, além da distância do mesmo até o empreendimento. Assim, a baixa densidade de farmácias na região propicia a implantação do empreendimento na mesma, o que favorece o domínio do mercado geográfico.
	Tendo-se o domínio do mercado geográfico, a potencial demanda do serviço passa a ser a população localizada em torno do empreendimento. Um estudo em parceria com a secretaria de saúde do município proveria um mapa de enfermidades da região, direcionando os investimentos da empresa para os medicamentos relativos a tais enfermidades. Assim, baseando-se nesse estudo, teria-se uma estimativa da demanda de medicamentos.
	A demanda de produtos de higiene pessoal deve ser estimada a partir do público-alvo, que se localiza nas regiões do empreendimento. Entretanto, ela está limitada pela existência de mercado,conveniências e afins localizados nas proximidades, bem como das condições de tais produtos.
	Estima-se que cerca de 10% do capital investido em estoques deve ser direcionado aos produtos de higiene pessoal, enquanto que os outros 90% devem ser investidos em estoques de medicamentos.
Barreiras de entrada.
	As barreiras de entrada são basicamente duas: as licenças necessárias ao estabelecimento, adquiridas junto à ANVISA; e as farmácias próximas da região que venham a pressionar pelo domínio do mercado.
	Quanto às licenças previstas para o funcionamento, a ANVISA fornece um formulário a ser preenchido para a concessão da licença de funcionamento, que deve ser renovada a cada ano. Para obter-se a licença, a farmácia necessita de CNPJ, razão social, lista das atividades pleiteadas, responsável técnico registrado em conselho regional e um representante técnico.
	Uma vez que a região na qual se estuda a implementação do negócio não possui uma grande quantidade de farmácias disputando o domínio do mercado, essa barreira não deve ter grande influência na entrada de um novo empreendimento.
Concorrentes e substitutos.
	Na análise de concorrentes e substitutos, considerou-se como concorrência direta todas as farmácias localizadas nas regiões próximas do empreendimento O mercado geográfico é determinante no ramo de farmácias, uma vez que a escolha da farmácia pelo cliente muitas vezes se dá pela localização da mesma, estando ela próxima da casa do cliente ou no caminho entre o consultório médico e a residência do paciente.
	Na análise de substitutos, uma vez que se trabalha com medicamentos genéricos, os mesmos podem ser substituídos por medicamentos de referência, encontrados em outras farmácias.
	Para os produtos de higiene pessoal, a concorrência se apresenta como sendo qualquer empresa que comercialize tais produtos, tais como mercados e conveniências.
Discussão do estudo de mercado.
	Analisando-se o estudo de mercado feito, percebe-se que o projeto de abertura de uma farmácia na região de Toledo/PR é viável, uma vez que a cidade e seus arredores apresentam muitas das características descritas como necessárias para o empreendimento.
LOCALIZAÇÃO
	Uma vez que o negócio proposto é viável segundo o estudo de mercado, a próxima etapa consiste em escolher-se a localização do empreendimento. Para isso, levaremos em conta diversos fatores, tanto estruturais quanto econômicos do local em que se planeja instalar a empresa.
	Fez-se, então, um estudo na cidade de Toledo, a fim de analisar-se estrategicamente os fatores que podem influenciar na rentabilidade do empreendimento.
	
Fatores qualitativos.
	Na análise de fatores qualitativos, fez-se um estudo sobre a mão-de-obra necessária, a capacidade do local de comportar o empreendimento, o suporte da cidade ao empreendimento e aos funcionários, redes de transporte, bancários, suprimentos de luz e energia, segurança e acessibilidade.
	A mão-de-obra necessária ao empreendimento são de dois tipos. O primeiro, menos qualificado, para operar caixas, cuidar da limpeza e gerir os estoques. Necessita-se, também, de mão-de-obra especializada na área farmacêutica para manipular, selecionar e transcrever medicamentos.
	Para o primeiro tipo, uma vez que não há a necessidade de especialização, pode-se abrir vagas de emprego para a população em geral, principalmente localizada nos arredores do empreendimento. Treinamentos para as funções a ser desempenhadas são fáceis, ou até mesmo descartáveis. Terceirização dos setores de limpeza e segurança são uma opção que pode ser viável. Quanto ao segundo tipo de mão-de-obra, a oferta do curso de Farmácia na UNIPAR apresenta-se como um incentivo à localização próxima da mesma.
	A cidade de Toledo tem capacidade para acolher o empreendimento, possuindo uma rede de transportes eficaz, além de rede bancária, serviços de alimentação e lazer. Uma vez que visa-se empregar a população em torno do empreendimento, o suporte que a cidade oferece atualmente é suficiente para o estabelecimento.
	As redes de energia elétrica e água da cidade são suficientes para o estabelecimento da farmácia. A localização próxima de corpo de bombeiros e do setor de segurança também deve ser levada em conta.
Fatores quantitativos.
	Para uma análise quantitativa, deve-se estudar em termos de valores numéricos alguns dos aspectos anteriores. A distância do empreendimento até o fornecedor, além do custo para transportar-se os medicamentos, e custos gerais com os funcionários são os principais pontos da análise.
	Quanto mais próxima estiver a empresa do fornecedor, menores serão os custos relativos ao transporte das mercadorias. Deve-se, então, escolher o local no qual os custos serão minimizados, mas sem prejudicar os demais fatores.
	Para a contratação de mão-de-obra especializada, tem-se como estimar o número de formandos do curso de Farmácia da UNIPAR, planejando-se a demanda de funcionários para esse tipo de mão-de-obra. A contratação de estagiários, que ainda estão cursando a faculdade de Farmácia, pode vir a baratear custos, além de ajudar a desenvolver os acadêmicos do curso.
	A cidade de Toledo, atualmente, apresenta uma boa distribuição de restaurantes. A existência de restaurantes populares, cujo preço é acessível à população geral, é um ponto que influencia na escolha da localização.
Macrolocalização.
	Toledo é um município brasileiro localizado no estado do Paraná, mais precisamente na região Oeste do estado, próximo a Cascavel, formando com esse município um eixo de desenvolvimento ligado ao agronegócio, concentrando cooperativas e outras empresas do ramo, sendo um dos maiores produtores de grãos do estado.
	A população da cidade é aproximadamente 130 mil habitantes, numa área de 1,197 mil quilômetros quadrados (IBGE, 2014). Apresenta um IDH de 0,768, considerado alto, sendo o 10º município do Paraná em qualidade de vida. O PIB per capita de R$ 20779,55, segundo dados do IBGE (2009).
Figura 1: Localização da cidade de Toledo no estado do Paraná (Fonte: Wikimedia, 2014).
Microlocalização.
	Analisando-se os fatores quantitativos e qualitativos, chegou-se que a melhor localização para o empreendimento é no bairro Jardim Santa Maria. Por estar localizado a aproximadamente 1,5 km da fornecedora Prati-Donaduzzi; não ter concorrência direta numa área de aproximadamente 25 km²; possuir restaurantes, serviço bancário e corpo de bombeiros nas proximidades; estar próxima da UNIPAR para contatos em relação à mão-de-obra especializada; possuir uma boa quantidade de terrenos vazios; e possuir vias de transporte fácil e rápido.
	Mais especificamente, no logradouro da Rua Augusto Formighieri, esquina com a Rua Guaíra, a qual possui um terreno vazio já planificado e possivelmente à venda. O único ponto contrário à microlocalização escolhida é o fato de não existirem salas comerciais disponíveis na região.
Figura 2: Localização do terreno em relação à Prati-Donaduzzi (GOOGLE, 2014).
Figura 3: Mapa em escala 1:50000 da região de Toledo/PR, indicando a localização de farmácias no bairro Jd. Santa Maria (GOOGLE, 2014).
Figura 4: Localização em foto aérea (GOOGLE, 2014).
Figura 5: Localização em vista panorâmica do empreendimento (GOOGLE, 2014).
TAMANHO
	Para a localização do empreendimento, não necessita-se de uma área muito grande. A área total deve ser suficiente para conter a área de conveniência, a área de farmacêutica, caixas, além dos estoques, salas administrativas, banheiros e dispensas. Uma área aproximada de 150 m² é suficiente para comportar o empreendimento.
	Para uma farmácia de pequeno porte, estima-se uma comercialização de aproximadamente 500 produtos por mês, sendo estimado um preço médio de R$ 40,00 por produto, o que equivale a aproximadamente 17 produtos por dia.
ENGENHARIA DE PROJETO
	Neste ponto, caracteriza-se o processo físico de produçãodo empreendimento, relacionando-se alguns aspectos como equipamentos, fluxo de processo, aspectos organizacionais e físicos.
Cargos.
	Primeiramente, fez-se a divisão dos cargos necessários na empresa. São eles e suas atribuições:
Direção e gerência: administra a empresa, gere os fluxos de caixa e a parte jurídica, faz o controle dos funcionários e cuida dos trâmites legais da empresa.
Farmacêuticos: mão-de-obra especializada, trabalha na área de fármacos da empresa, realizando a venda e prescrição dos medicamentos para os clientes.
Gestor de estoques: faz o controle dos estoques de medicamentos e de produtos gerais da empresa, além de repassar para a direção o balanço dos estoques.
Balconistas/caixas: trabalham na reposição das prateleiras, organização da área de conveniência, além do atendimento ao cliente.
	Somam-se, ainda, os empregados da limpeza e da segurança, que podem ser terceirizados, de acordo com a necessidade da empresa.
Arranjo físico.
	O arranjo físico da área do empreendimento se dá em três grandes áreas principais, sendo elas a área de conveniência, área de estocagem e área administrativa.
	Dentro da área de conveniência, a maior área do empreendimento, estão localizados os caixas, as prateleiras contendo os produtos de higiene, e uma área separada para a venda dos medicamentos.
	A área de estocagem se resume a uma sala contendo prateleiras nas quais guardam-se os fármacos recebidos pela fornecedora. A área administrativa é uma sala na qual a gerência faz o controle do empreendimento.
Layout.
	A partir da área útil do terreno, estimada em aproximadamente 780 m², desenvolveu-se um layout da construção, estimando-se também o tamanho de cada área do empreendimento.
Figura 6: Esboço do layout do empreendimento.
Equipamentos.
	Não são necessários grandes investimentos em equipamentos. Esse ponto se resume à compra de computadores para as áreas de caixa, venda de fármacos, estoques e gerência, além de adquirir algum software específico para gerir o empreendimento. Também considera-se a compra de alarmes de segurança, equipamentos de caixa, câmeras de segurança, e uma balança.
Fármacos oferecidos.
	Uma vez que o empreendimento é de pequeno porte, escolhe-se uma pequena gama de medicamentos para serem comercializados. A partir de um estudo das enfermidades mais ocorrentes na região, faz-se a escolha das áreas de fármacos a serem adquiridas junto ao fornecedor.
	Escolhas mais comuns, como antiácidos, antigripais, contraceptivos, analgésicos, devem estar dentro dessa gama, assim como medicamentos com prescrição médica para diversas enfermidades.
Produtos de higiene oferecidos.
	Sendo o serviço secundário da empresa a comercialização de produtos de higiene pessoal, escolhe-se uma relação de produtos a serem vendidos na farmácia. Escolhas populares são sabonetes, produtos de higiene bucal, desodorantes, xampus, cremes hidratantes, bloqueadores solares, aerossóis, camisinhas, absorventes, entre outros.
Horário de funcionamento.
	Para um momento inicial, propõe-se o funcionamento em horário comercial, além de um terceiro turno à noite, nos sete dias da semana. Assim, faz-se a divisão dos horários em três turnos de cinco horas:
Primeiro turno: 8hrs – 12hrs
Segundo turno: 12hrs – 17hrs
Terceiro turno: 17hrs – 22hrs
	Uma oportunidade para a empresa, caso a mesma apresente crescimento, é a oferta de um quarto turno, além de plantão em caso de emergência.
CUSTOS E RECEITAS
	Os custos e receitas da empresa são avaliados a partir das ponderações a respeito dos tópicos anteriores. As Tabelas 1 e 2 indicam as estimativas de custos quanto à estrutura do empreendimento e quanto aos fármacos a serem comercializados.
Tabela 1: Quadro de custos iniciais.
	Descrição
	Unidade
	R$/unidade
	Total (R$)
	
	
	
	
	Despesas em construção
	(600.000,00)
	Compra do terreno avaliado
	-
	-
	(400.000,00)
	Construção do prédio
	-
	-
	(200.000,00)
	
	
	
	
	Investimentos em estrutura
	(12.447,00)
	Balcões
	3
	167,00
	(501,00)
	Prateleiras
	5
	200,00
	(1.000,00)
	Computadores
	3
	2.500,00
	(7.500,00)
	Ventiladores
	5
	180,00
	(900,00)
	Vitrines
	2
	133,00
	(266,00)
	Cadeiras
	4
	50,00
	(200,00)
	Escada
	1
	80,00
	(80,00)
	Software
	1
	2.000,00
	(2.000,00)
	
	
	
	
	Investimento de estoque
	(34.500,00)
	
	
	Custos totais
	(646.947,00)
Tabela 2: Quadro de custos fixos mensais
	Descrição
	Valor (R$)
	Material expediente (papel/impressora)
	(120,00)
	Material de consumo interno
	(30,00)
	Água/Luz/Telefone
	(600,00)
	Manutenção de equipamentos
	(500,00)
	Conexão da Internet
	(70,00)
	Limpeza (caso de terceirização)
	(180,00)
	Segurança
	(300,00)
	Salários totais
	(6.050,00)
	Total
	(7.850,00)
Tabela 3: Estoque de produtos a ser montado
	Enfermidade
	Percentual
	Estoque (R$)
	Gravidez, parto e pós-parto
	10,6
	(4.200,00)
	Doenças respiratórias
	22,1
	(10.200,00)
	Infecções e parasitas
	10,5
	(3.000,00)
	Doenças digestivas
	19,2
	(7.000,00)
	Doenças circulatórias
	8,4
	(1.600,00)
	Lesões físicas
	10,4
	(1.200,00)
	Doenças ósseas
	2,7
	(1.100,00)
	Doenças geniturinárias
	9,1
	(2.200,00)
	Produtos de higiene pessoal
	7,0
	(4.000,00)
	Total
	100,0
	(34.500,00)
Tabela 4: Capital a ser aplicado
	Descrição
	Valor (R$)
	Capital circulante
	12.000,00
	Caixa mínimo
	8.000,00
	Total
	20.000,00
Tabela 5: Estimativa de receitas para o primeiro ano de funcionamento.
	Período (mês)
	Receitas mensais esperadas (R$)
	Mês 1
	12.000,00
	Mês 2
	18.000,00
	Mês 3
	18.000,00
	Mês 4
	18.000,00
	Mês 5
	18.000,00
	Mês 6
	20.000,00
	Mês 7
	20.000,00
	Mês 8
	20.000,00
	Mês 9
	20.000,00
	Mês 10
	20.000,00
	Mês 11
	20.000,00
	Mês 12
	20.000,00
ANÁLISE DA VIABILIDADE ECONÔMICA
	Para a análise da viabilidade econômica, aplica-se os métodos Payback, taxa interna de retorno (TIR) e valor atual líquido (VAL). Estimando-se uma taxa mínima de atratividade (TMA) de 15%, determina-se a taxa interna de retorno pela equação:
	Determinou-se um valor de TIR igual à –5,245% para um período de um ano, percebendo-se que o investimento inicial não é pago em um ano de operação. Para descobrir-se o tempo em que o investimento inicial é pago, utiliza-se o método de Payback.
	Para determinar-se o Payback, descontou-se do investimento inicial todos os fluxos de caixa até o último antes de o investimento ser pago. Então, determinou-se o tempo de Payback, que é de 4,546 anos, considerando-se uma receita constante de R$ 20.000,00 a partir do 6º mês.
	Assim, como o tempo de Payback é muito grande, o projeto não apresenta viabilidade econômica. Substituindo-se a construção do prédio pelo aluguel de uma sala comercial pelo preço de R$ 1.500,00 mensais, o tempo de Payback do projeto seria de aproximadamente 5 meses.
	Caso o projeto fosse colocado em prática com a construção do edifício, e o empreendimento viesse a falir, o terreno com o prédio construído viria a apresentar um valor agregado maior do que o investimento inicial no terreno, o que viria a cobrir eventuais perdas com o projeto.
CONCLUSÃO
	A partir dos estudos levantados, pode-se concluir que o empreendimento não apresenta viabilidade, uma vez que os custos totais só seriam pagos em mais de quatro anos e meio.
	Apesar dos estudos de mercado, localização e tamanho indicarem uma grande viabilidade para o empreendimento, onde uma gama de fatores indicaram o possível sucesso do empreendimento, o fato dos custos demorarem a serem pagos inviabiliza o projeto.
	A substituição do terreno limpo a ser construído por uma sala comercial a ser alugada diminuiria os custos, diminuindo tambémo tempo de Payback para aproximadamente 5 meses. Como última instância, caso o empreendimento venha a falir, o imóvel construído apresentaria um valor agregado superior ao investido.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABCFarma – Associação Brasileira de Comércio Farmacêutico. Disponível em <http://abcfarma.org.br/midia/vendas-de-medicamentos-genericos-crescem-15-8-em-2013-e-movimenta-13-6-bilhoes-de-reais.html>. Acesso em 8 nov 2014.
Medicamentos - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Disponível em <http://portal.anvisa.gov.br/wps/content/Anvisa+Portal/Anvisa/Inicio/Medicamentos>. Acesso em 8 nov 2014.
OLIVEIRA, A.P. Apostilas de análise técnica e econômica da indústria. Toledo-PR, 2014.
Portal Brasil – Indústria farmacêutica no Brasil. Disponível em <http://www.brasil.gov.br/ciencia-e-tecnologia/2010/12/industria-farmaceutica>. Acesso em 8 nov 2014.
SAAB, W.G.L.; RIBEIRO, R.M. Um panorama do varejo de farmácias e drogarias no Brasil. Disponível em <http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arquivos/conhecimento/setorial/get4is25.pdf>. Acesso em 9 nov 2014.

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