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Violência na Escola e Violência da Escola Aula 08 Nesta aula, você: Entendeu a especificidade do fenômeno da violência na escola; Aprendeu a diferença entre violência na escola e violência da escola; Compreendeu o que é bullying. Introdução: Retomando as aulas anteriores verificamos que a violência pode ser analisada como uma prática intencional visando causar danos em outrem seja de ordem física, moral, emocional ou patrimonial. Pensar a escola como um lugar atravessado pela violência coloca em xeque muitas representações que possuímos: da escola sendo um lugar seguro de socialização das crianças, onde elas aprenderão o conhecimento que será indispensável para sua inserção social quando adultas. Neste sentido, a representação dominante é que a escola permanece sendo um lugar de neutralidade com relação ao contexto social violento, como se ela fosse capaz de evitar que a violência chegasse até nossos filhos. A violência DA e NA escola: 1 – Violência DA escola: A violência DA escola é aquela que é própria do espaço escolar, que acontece nas relações entre alunos e professores; entre alunos e alunos e a depredação escolar: quando ocorre agressão física entre alunos e professores; quando alunos vandalizam o patrimônio escolar; quando ocorre a violência física ou verbal entre alunos. 2 – Violência NA escola: A violência NA escola é aquela que ocorre no espaço escolar sem estar vinculada às praticas educativas e outras realizadas na escola. Exemplo: quando o trafico invade a escola ou ordena que as aulas sejam enceradas, quando alguém é atingido por uma bala perdida. Violência da organização e prática pedagógica: Dentro da perspectiva vista anteriormente, incluem-se, também, a violência própria da organização e prática pedagógica: uma violência simbólica que aparece através da fala desdenhosa dos professores com os alunos, das humilhações dos adultos com os jovens, da forma como as notas são atribuídas e as classes são organizadas, da discriminação e rotulação que os professores fazem dos alunos. Este tipo de violência, muitas vezes, passa despercebido como se essas práticas já fossem inerentes e naturais na lógica pedagógica. Diferenças: É importante pensar o aluno como um ser sócio-histórico, o que ele traz da sua vida para a escola e o que leva da escola para a sua vida lá fora. O aluno não é um ser descontextualizado ou neutro, ele traz interesses, sua visão de mundo, suas esperanças e decepções. A escola terá um sentido único na vida deste aluno e é importante deixá-lo expressar-se enquanto subjetividade que é. O fenômeno bullying: De acordo com Cleo Fante (2005) o “bullying é um conjunto de atitudes agressivas, intencionais e repetitivas que ocorrem sem motivação evidente, adotado por um ou mais alunos contra outro(s), causando dor, angústia e sofrimento” (p. 29) que podem aparecer como insultos, humilhações, apelidos cruéis, gozações, acusações que objetivam ridicularizar e excluir o outro. Além dos danos morais, são evidenciados muitas vezes danos materiais e físicos. A relação entre o bullying e a pessoa oprimida está pautada no poder do opressor e na ausência de reação daquele que sofre, seja por medo ou por já estar tão debilitado emocionalmente que não sente forças para reagir. Características: do agressor e da vítima: 1 – Agressor: • temperamento irritadiço, • necessidade de ameaçar, dominar e subjugar os outros de forma impositiva pelo uso da força e reações intensas a partir de adversidades menores. 2 – Vitima: • ansiedade, • insegurança, • passividade, • timidez, • dificuldade para se impor.
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