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ABATE HUMANITÁRIO DOS ABATE HUMANITÁRIO DOS ANIMAIS DE AÇOUGUEANIMAIS DE AÇOUGUE Dr. Ricardo Dr. Ricardo Targino MoreiraTargino Moreira UFPB/DEAUFPB/DEA 20112011 DefiniçãoDefinição AbatedouroAbatedouro, , matadouromatadouro ou ou frigoríficofrigorífico ((BrasilBrasil) é a instalação ) é a instalação industrial destinada ao abate, industrial destinada ao abate, processamento e armazenamento de processamento e armazenamento de produtos de origem animal.produtos de origem animal. DefiniçãoDefinição Abate humanitárioAbate humanitário –– O conjunto O conjunto de procedimentos técnicos e de procedimentos técnicos e científicos que garantam o bemcientíficos que garantam o bem-- estar dos animais desde o estar dos animais desde o embarque na propriedade rural até embarque na propriedade rural até a operação de sangria no a operação de sangria no matadouromatadouro--frigorífico. frigorífico. DefiniçãoDefinição Atordoamento ou InsensibilizaçãoAtordoamento ou Insensibilização È o processo aplicado ao animal, È o processo aplicado ao animal, para proporcionar rapidamente para proporcionar rapidamente um estado de insensibilidade, um estado de insensibilidade, mantendo as funções vitais até a mantendo as funções vitais até a sangriasangria DefiniçãoDefinição Abate Abate É a morte de um animal por É a morte de um animal por sangria.sangria. DefiniçãoDefinição oo bembem--estarestar animalanimal éé oo "estado"estado dede harmoniaharmonia entreentre oo animalanimal ee seuseu ambiente,ambiente, caracterizadocaracterizado porpor condiçõescondições físicasfísicas ee fisiológicasfisiológicas ótimasótimas ee altaalta qualidadequalidade dede vidavida dodo animal"animal".. Carne e saúdeCarne e saúde A carne é um alimento versátilA carne é um alimento versátil Fonte de proteínas com alto valor Fonte de proteínas com alto valor biológico;biológico; Fonte de vitaminas do complexo B;Fonte de vitaminas do complexo B; Fonte de minerais, como o ferro e zinco;Fonte de minerais, como o ferro e zinco; Manejo préManejo pré--abate de suínosabate de suínos Jejum alimentarJejum alimentar Coleta e embarqueColeta e embarque TransporteTransporte Desembarque/ tempo de espera/ coletaDesembarque/ tempo de espera/ coleta Jejum alimentarJejum alimentar Primeiro ponto critico;Primeiro ponto critico; Estômago cheio Estômago cheio –– compressão do diafragma compressão do diafragma –– Podendo paralisar respiração Podendo paralisar respiração –– morte;morte; Gera para os frigoríficos carcaças escoriadas, Gera para os frigoríficos carcaças escoriadas, fraturadas, arranhadas.fraturadas, arranhadas. Carne PSE e DFDCarne PSE e DFD Manejo Manejo A recepção deve assegurar que os animais A recepção deve assegurar que os animais não sejam acuados, excitados ou não sejam acuados, excitados ou maltratados;maltratados; Não será permitido espancar os animais ou Não será permitido espancar os animais ou agrediagredi--los, erguêlos, erguê--los pelas patas, chifres, los pelas patas, chifres, pelos, orelhas ou cauda, ocasionando dores pelos, orelhas ou cauda, ocasionando dores ou sofrimento;ou sofrimento; ManejoManejo Os animais devem ser movimentados com Os animais devem ser movimentados com cuidado. cuidado. Os bretes e corredores por onde os animais são Os bretes e corredores por onde os animais são encaminhados devem ser concebidos de modo a encaminhados devem ser concebidos de modo a reduzir ao mínimo os riscos de ferimentos e reduzir ao mínimo os riscos de ferimentos e estresse.estresse. Os instrumentos destinados a conduzir os Os instrumentos destinados a conduzir os animais devem ser utilizados apenas para esse animais devem ser utilizados apenas para esse fim e unicamente por instantes...fim e unicamente por instantes... ManejoManejo Os dispositivos produtores de Os dispositivos produtores de descargas descargas elétricaselétricas apenas poderão ser utilizados, em apenas poderão ser utilizados, em caráter excepcional, nos animais que se caráter excepcional, nos animais que se recusem mover, desde que essas descargas recusem mover, desde que essas descargas não durem mais de dois segundosnão durem mais de dois segundos e haja e haja espaço suficiente para que os animais avancem. espaço suficiente para que os animais avancem. As descargas elétricas, com voltagem As descargas elétricas, com voltagem estabelecidas nas normas técnicas que regulam estabelecidas nas normas técnicas que regulam o abate de diferentes espécies, quando o abate de diferentes espécies, quando utilizadas serão aplicadas utilizadas serão aplicadas somente nos somente nos membrosmembros ManejoManejo Os animais mantidos nos currais, pocilgas Os animais mantidos nos currais, pocilgas ou apriscos devem ter livre acesso a água ou apriscos devem ter livre acesso a água limpa e abundante e, se mantidos por limpa e abundante e, se mantidos por mais de 24 (vinte e quatro) horas, devem mais de 24 (vinte e quatro) horas, devem ser alimentados em quantidades ser alimentados em quantidades moderadas e a intervalos adequados.moderadas e a intervalos adequados. Sistema de Sistema de corredores em corredores em serpentinaserpentina TRANSPORTE DOS TRANSPORTE DOS ANIMAISANIMAIS AA privaçãoprivação dede alimentoalimento ee águaágua contribuemcontribuem parapara aa perdaperda dede pesopeso dosdos animaisanimais ee temtem relaçãorelação diretadireta comocomo tempotempo transportadotransportado:: 44,,66%% parapara 55 horashoras 77%% parapara 1515 horashoras (só(só recuperadarecuperada apósapós 1515 dias)dias) perdasperdas:: conteúdoconteúdo gastrintestinalgastrintestinal ee acessoacesso àà águaágua;; perdaperda dede pesopeso carcaçacarcaça:: 11 aa 88%% apósapós 4848 hh dede jejumjejum.. TRANSPORTE DOS TRANSPORTE DOS ANIMAISANIMAIS AsAs altasaltas temperaturastemperaturas,, asas maioresmaiores distânciasdistâncias ee aa diminuiçãodiminuição dodo espaçoespaço ocupadoocupado porpor animalanimal contribuemcontribuem parapara problemasproblemas nono transportetransporte.. TRANSPORTETRANSPORTE Transporte inadequadoTransporte inadequado (contusões)(contusões) Os suínos possuem 6 tipos de Os suínos possuem 6 tipos de estresseestresse Estresse motorEstresse motor Estresse psicológico/emocionalEstresse psicológico/emocional Estresse térmicoEstresse térmico Estresse mecânicoEstresse mecânico Estresse do equilíbrio hídricoEstresse do equilíbrio hídrico Estresse digestivoEstresse digestivo Banho de aspersãoBanho de aspersão “O MÉTODO DE ABATE “O MÉTODO DE ABATE TEM INQUESTIONÁVEL TEM INQUESTIONÁVEL INFLUÊNCIA, TANTO NA INFLUÊNCIA, TANTO NA APRESENTAÇÃO DA APRESENTAÇÃO DA CARNE COMO NA SUA CARNE COMO NA SUA CONSERVAÇÃO” CONSERVAÇÃO” ABATE HUMANITÁRIOABATE HUMANITÁRIO OO manejomanejo dosdos animaisanimaisnono frigoríficofrigorífico éé extremamenteextremamente importanteimportante parapara:: aa segurançasegurança dosdos operadoresoperadores aa qualidadequalidade dada carnecarne oo bembem--estarestar animalanimal AsAs instalaçõesinstalações dosdos matadourosmatadouros--frigoríficos,frigoríficos, quandoquando bembem delineadas,delineadas, tambémtambém minimizamminimizam osos efeitosefeitos dede estresseestresse ee melhorammelhoram asas condiçõescondições dede abateabate (Grandin,(Grandin, 19961996)).. ABATE HUMANITÁRIOABATE HUMANITÁRIO AsAs etapasetapas dede transportetransporte,, descargadescarga,, descansodescanso,, movimentaçãomovimentação,, insensibilizaçãoinsensibilização ee sangriasangria sãosão importantesimportantes parapara oo processoprocesso dede abateabate.. NesteNeste sentidosentido oo treinamentotreinamento,, capacitaçãocapacitação ee sensibilidadesensibilidade dosdos magarefesmagarefes sãosão fundamentaisfundamentais ((Cortesi,Cortesi, 19941994)).. ABATE HUMANITÁRIOABATE HUMANITÁRIO Critérios que definem um bom método de Critérios que definem um bom método de abate (Swatland, 2000):abate (Swatland, 2000): a)a) os animais não devem ser tratados com os animais não devem ser tratados com crueldadecrueldade b)b) os animais não podem ser estressados os animais não podem ser estressados desnecessariamentedesnecessariamente c)c) a sangria deve ser mais rápida e completa a sangria deve ser mais rápida e completa possívelpossível d)d) as contusões na carcaça devem ser mínimasas contusões na carcaça devem ser mínimas e)e) o método de abate deve ser higiênico, o método de abate deve ser higiênico, econômico e seguro para o operadoreconômico e seguro para o operador O ABATE O ABATE Envolve aspectos muito diversos e de Envolve aspectos muito diversos e de igual importância:igual importância: Ausência de sofrimento do animalAusência de sofrimento do animal “cultura européia”“cultura européia” BrasilBrasil Higiene do processo Higiene do processo MatadourosMatadouros “Modernos”“Modernos” CARACTERÍSTICA DOS CARACTERÍSTICA DOS MÉTODOS DE ABATEMÉTODOS DE ABATE Em países “desenvolvidos” a prática Em países “desenvolvidos” a prática usual é usual é insensibilizarinsensibilizar os animais e em os animais e em seguida matáseguida matá--los por slos por sangriaangria é o chamado sistema de duas fases:é o chamado sistema de duas fases: 1) insensibilização1) insensibilização 2) sangria2) sangria Sinais típicos de Sinais típicos de insensibilização eficaz:insensibilização eficaz: Queda imediata do animal com os membros Queda imediata do animal com os membros flexionadosflexionados Extensão rígida das extremidades posterioresExtensão rígida das extremidades posteriores Balanço para cima e para baixo dos globos Balanço para cima e para baixo dos globos ocularesoculares Perda do reflexo ocularPerda do reflexo ocular Espasmos musculares tônicos (contínuos)Espasmos musculares tônicos (contínuos) Espasmos musculares clônicos (repetidos e Espasmos musculares clônicos (repetidos e violentos)violentos) Flacidez muscularFlacidez muscular MÉTODOS DE INSENSIBILIZAÇÃOMÉTODOS DE INSENSIBILIZAÇÃO Segundo Blackmore (1998) a escolha Segundo Blackmore (1998) a escolha depende de muitos fatores:depende de muitos fatores: espécie animalespécie animal idadeidade aspectos humanitáriosaspectos humanitários efeitos no cérebro e na carcaçaefeitos no cérebro e na carcaça custos do equipamento e manutençãocustos do equipamento e manutenção eficáciaeficácia facilidade de manejofacilidade de manejo segurança pessoalsegurança pessoal exigências legais e religiosasexigências legais e religiosas PRINCÍPIOS DOS MÉTODOS PRINCÍPIOS DOS MÉTODOS DE ABATEDE ABATE Proporcionar a manutenção da Proporcionar a manutenção da qualidade da carne (insensibilização e qualidade da carne (insensibilização e sangria mais completa possível)sangria mais completa possível) Suprimir rapidamente a consciência do Suprimir rapidamente a consciência do animal de modo que não haja percepção animal de modo que não haja percepção da dor antes da morte (período prévio ao da dor antes da morte (período prévio ao sacrifício e no momento da contenção ou sacrifício e no momento da contenção ou imobilização)imobilização) PRINCÍPIOS DOS MÉTODOS PRINCÍPIOS DOS MÉTODOS DE ABATEDE ABATE Proporcionar segurança aos funcionários Proporcionar segurança aos funcionários contra golpes e ferimentos que possam contra golpes e ferimentos que possam ocasionarocasionar--lhes os animais ao se defenderem lhes os animais ao se defenderem ou tentar escapar da matançaou tentar escapar da matança Os instrumentos utilizados na matança Os instrumentos utilizados na matança devem ser aqueles que exijam o menor devem ser aqueles que exijam o menor esforço por parte do operador para que esforço por parte do operador para que sejam evitados hábitos de crueldade sejam evitados hábitos de crueldade (inúteis)(inúteis) ABATE HUMANITÁRIOABATE HUMANITÁRIO ProblemasProblemas dede bembem--estarestar animalanimal estãoestão sempresempre relacionadosrelacionados comcom instalaçõesinstalações ee equipamentosequipamentos inadequadosinadequados,, distraçõesdistrações queque impedemimpedem oo movimentomovimento dodo animal,animal, faltafalta dede treinamentotreinamento dede pessoal,pessoal, faltafalta dede manutençãomanutenção dosdos equipamentosequipamentos ee manejomanejo inadequadoinadequado (Grandin,(Grandin, 19961996)).. MÉTODOS DE MÉTODOS DE MATANÇA/INSENSIBILIZAÇÃOMATANÇA/INSENSIBILIZAÇÃO Classificados em 5 grupos:Classificados em 5 grupos: Método cruento Método cruento degoladegola Enervação Enervação choupachoupa Métodos mecânicos Métodos mecânicos atordoamento por atordoamento por concussãoconcussão Método elétrico: Método elétrico: eletronarcoseeletronarcose Método químico Método químico COCO22 RIISPOARIISPOA ENERVAÇÃO: CHOUPAENERVAÇÃO: CHOUPA Consiste em seccionar a medula espinhal Consiste em seccionar a medula espinhal dos bovinos ao nível do espaço atlóideodos bovinos ao nível do espaço atlóideo-- occipital, entre occipital e a primeira vértebra occipital, entre occipital e a primeira vértebra cervical.cervical. A choupa é uma lâmina curta de aço (14cm X A choupa é uma lâmina curta de aço (14cm X 3 cm), com a ponta em forma de amêndoa, 3 cm), com a ponta em forma de amêndoa, com bordos cortantescom bordos cortantes Muito usada na Espanha (puntilla) Muito usada na Espanha (puntilla) adotada por essa influênciaadotada por essa influência na América do Sul na América do Sul CHOUPACHOUPA CHOUPA: inconvenientesCHOUPA: inconvenientes Não destrói a consciência do animalNão destrói a consciência do animal Os centros nervosos destruídos, situados Os centros nervosos destruídos, situados no bulbo, provocam paralisia cardíaca e no bulbo, provocam paralisia cardíaca e respiratória dificulta a boa sangriarespiratória dificulta a boa sangria O ANIMAL SOFRE!O ANIMAL SOFRE! ATORDOAMENTO POR ATORDOAMENTO POR CONCUSSÃOCEREBRALCONCUSSÃO CEREBRAL Ocorre uma perturbação nervosa (abalo Ocorre uma perturbação nervosa (abalo cerebral) e perda dos sentidos pela cerebral) e perda dos sentidos pela destruição física do cérebrodestruição física do cérebro Na Europa, quando não mais se discutia Na Europa, quando não mais se discutia sobre a obrigatoriedade da sobre a obrigatoriedade da insensibilização dos animais devido ao insensibilização dos animais devido ao seu indiscutível valor ético, começouseu indiscutível valor ético, começou--se se a pesquisar sobre o tipo de instrumento a pesquisar sobre o tipo de instrumento mais adequado para esta operaçãomais adequado para esta operação MARRETAMARRETA O uso da marreta batendo na fronte de O uso da marreta batendo na fronte de um animal representa a sobrevivência um animal representa a sobrevivência de uma prática antiqüíssima a de uma prática antiqüíssima a marreta de Hérculesmarreta de Hércules, utilizada para , utilizada para matar bois para a alimentação humanamatar bois para a alimentação humana O emprego da marreta carece do O emprego da marreta carece do “refinamento cultural” do uso da choupa“refinamento cultural” do uso da choupa MARRETAMARRETA A marreta representa o instrumento A marreta representa o instrumento mais primitivo para insensibilizar mais primitivo para insensibilizar Provoca uma contusãoProvoca uma contusão Pode ser com ou semPode ser com ou sem fratura dos ossos do crâniofratura dos ossos do crânio MARRETAMARRETA “aperfeiçoada”“aperfeiçoada” PISTOLA DE DARDO PISTOLA DE DARDO CATIVOCATIVO As sociedades protetoras dos animais As sociedades protetoras dos animais provocaram o surgimento de provocaram o surgimento de equipamentos conhecidos como equipamentos conhecidos como “sacrificadores humanitários” que eram “sacrificadores humanitários” que eram muito semelhantes às armas de fogo muito semelhantes às armas de fogo convencionaisconvencionais Alguns modelos antigos eram Alguns modelos antigos eram verdadeiras pistolas mas seu uso causou verdadeiras pistolas mas seu uso causou muitos acidentesmuitos acidentes PISTOLA DE DARDO PISTOLA DE DARDO CATIVOCATIVO A partir daí se desenvolveram as A partir daí se desenvolveram as pistolas de dardo cativopistolas de dardo cativo ou ou pistolas de pistolas de Mohrs Mohrs que lançam um estilete que, sem que lançam um estilete que, sem desprender do canhão, sai com grande desprender do canhão, sai com grande força e perfura o crânio causando lesão força e perfura o crânio causando lesão cerebral que determina a queda imediata cerebral que determina a queda imediata do animaldo animal PISTOLA DE DARDO PISTOLA DE DARDO CATIVOCATIVO Geralmente funcionam com cartuchos Geralmente funcionam com cartuchos de pólvora ou de pólvora ou mais modernamentemais modernamente com com ar comprimidoar comprimido Usa um cilindro metálico ou projétil fixo Usa um cilindro metálico ou projétil fixo disparado disparado O “tiro” atravessa o osso frontal ou O “tiro” atravessa o osso frontal ou produz um forte impacto no mesmo sem produz um forte impacto no mesmo sem atravessáatravessá--lolo PISTOLA DE DARDO PISTOLA DE DARDO CATIVOCATIVO FuncionamentoFuncionamento:: o estilete bate no osso frontalo estilete bate no osso frontal fere o cérebrofere o cérebro comoção cerebralcomoção cerebral PISTOLA DE DARDO PISTOLA DE DARDO CATIVOCATIVO Adequadamente usada são muito eficientesAdequadamente usada são muito eficientes Produz insensibilidade ou incosciência por Produz insensibilidade ou incosciência por destruição da córtex cerebral e partes mais destruição da córtex cerebral e partes mais profundasprofundas Ocorre uma mudança na pressão intracranial e Ocorre uma mudança na pressão intracranial e impacto súbitoimpacto súbito Usada mais para bovinos, terneiros, ovinos e Usada mais para bovinos, terneiros, ovinos e eqüinoseqüinos PISTOLA DE DARDO PISTOLA DE DARDO CATIVOCATIVO São instrumentos segurosSão instrumentos seguros O canhão se apóia no osso frontal e O canhão se apóia no osso frontal e assim que se faz o disparo o animal cai assim que se faz o disparo o animal cai no chãono chão Em Em suínossuínos causa “causa “salpicamento salpicamento hemorrágicohemorrágico”” MODELOS ANTIGOS DE MODELOS ANTIGOS DE PISTOLASPISTOLAS PISTOLA PISTOLA PNEUMÁTICAPNEUMÁTICA LOCAIS PARALOCAIS PARA INSENSIBILIZAÇÃOINSENSIBILIZAÇÃO LOCAIS PARALOCAIS PARA INSENSIBILIZAÇÃOINSENSIBILIZAÇÃO MÉTODO ELÉTRICOMÉTODO ELÉTRICO Método que consiste na passagem de uma Método que consiste na passagem de uma corrente elétrica através do cérebro do animalcorrente elétrica através do cérebro do animal Utilizado amplamente em suínos e aves; pode Utilizado amplamente em suínos e aves; pode ser usada em bovinos e bubalinosser usada em bovinos e bubalinos Introduzido nos anos 30Introduzido nos anos 30 Falta muita pesquisa sobre sua eficácia na Falta muita pesquisa sobre sua eficácia na criação de um estado de insensibilidadecriação de um estado de insensibilidade MÉTODO ELÉTRICO MÉTODO ELÉTRICO -- EletronarcoseEletronarcose Algumas pesquisas dizem que o método Algumas pesquisas dizem que o método pode ser “desumano” já que a corrente pode ser “desumano” já que a corrente elétrica pode determinar um chamado elétrica pode determinar um chamado “choque não eficaz” em que o animal, ainda “choque não eficaz” em que o animal, ainda que paralisado, está plenamente conscienteque paralisado, está plenamente consciente Se observadas certas condições é Se observadas certas condições é considerado eficaz e humano pois produz considerado eficaz e humano pois produz uma incoordenação das células nervosas uma incoordenação das células nervosas cerebrais e uma chamada “cerebrais e uma chamada “confusão do confusão do cérebrocérebro” ” MÉTODO ELÉTRICOMÉTODO ELÉTRICO Requisitos necessáriosRequisitos necessários Genericamente: a Intensidade da Genericamente: a Intensidade da corrente elétrica não deve ser inferior a corrente elétrica não deve ser inferior a 250mA e a Voltagem de 75V (suínos) 250mA e a Voltagem de 75V (suínos) Lei de Ohm: V = I RLei de Ohm: V = I R V = Voltagem (Volts)V = Voltagem (Volts) I = Intensidade de Corrente (Ampéres)I = Intensidade de Corrente (Ampéres) R = Resistência (Ohm)R = Resistência (Ohm) Tempo: aproximadamente 10 segundosTempo: aproximadamente 10 segundos INSENSIBILIZAÇÃO INSENSIBILIZAÇÃO ELÉTRICA SUÍNOSELÉTRICA SUÍNOS INSENSIBILIZAÇÃO INSENSIBILIZAÇÃO ELÉTRICA SUÍNOSELÉTRICA SUÍNOS InsensibilizadoresInsensibilizadores HOG STUNNER HSHOG STUNNER HS--600600 Função:Função: Insensibilizar Insensibilizar suínos, caprinos e ou suínos, caprinos e ou ovinos por ovinos por eletronarcose para eletronarcose para abatimentoabatimento Produção:Produção: 200 200 animais/h em (Brete)animais/h em (Brete) Funcionamento:Funcionamento: por por contato elétrico no contato elétrico no animalanimal Dióxido de carbono (CODióxido de carbono (CO 22 )) Foi usado primeiramente para produzir Foi usado primeiramente para produzir anestesia prévia ao sacrifício dos anestesia prévia ao sacrifício dos animais em 1904animais em 1904 Proibido na Holanda desde 1980Proibido na Holanda desde 1980 Muito generalizado na DinamarcaMuito generalizado na Dinamarca Quase não utilizado no BrasilQuase não utilizado no Brasil Dióxido de carbono (CODióxido de carbono (CO 22 )) ATUAÇÃOATUAÇÃO UsaUsa--se uma composição de gases, se uma composição de gases, geralmente entre 65geralmente entre 65--70% de CO70% de CO22 Efeito narcótico do gás carbônicoEfeito narcótico do gás carbônico Bloqueia as terminações nervosasBloqueia as terminações nervosas Reduz a velocidade na condução dos Reduz a velocidade na condução dos impulsos nervososimpulsos nervosos Pode ser usado em suínos, frangos e perusPode ser usado em suínos, frangos e perus Dióxido de carbono (CODióxido de carbono (CO 22 )) VANTAGEMVANTAGEM Ausência de resíduos na carneAusência de resíduos na carne Corpo do animal relaxadoCorpo do animal relaxado Facilita a depilação e evisceraçãoFacilita a depilação e evisceração Quase sem ruídos dos animaisQuase sem ruídos dos animais Reduz número de operáriosReduz número de operários Quantidade de sangue que sai é 0,75% Quantidade de sangue que sai é 0,75% maior maior Dióxido de carbono (CODióxido de carbono (CO 22 )) DESVANTAGEMDESVANTAGEM Alto custo das instalações e Alto custo das instalações e manutençãomanutenção Necessita de muito espaçoNecessita de muito espaço Não é muito rápido (45Não é muito rápido (45--50s na câmara)50s na câmara) Cuidados com vazamento de gases!!!Cuidados com vazamento de gases!!! Dióxido de Carbono Dióxido de Carbono AdministraçãoAdministração Entrada dos suínos Saída dos suínos SANGRIASANGRIA Sangria dos animaisSangria dos animais A operação de sangria deve ser iniciada A operação de sangria deve ser iniciada logo após a insensibilização do animal, logo após a insensibilização do animal, de modo a provocar um rápido, profuso e de modo a provocar um rápido, profuso e mais completo possível escoamento do mais completo possível escoamento do sangue, antes de que o animal recupere sangue, antes de que o animal recupere a sensibilidade;a sensibilidade; Sangria dos animaisSangria dos animais A operação de sangria é realizada pela A operação de sangria é realizada pela seção dos grandes vasos do pescoço, seção dos grandes vasos do pescoço, no máximo 1 minuto após a no máximo 1 minuto após a insensibilização;insensibilização; Sangria dos animaisSangria dos animais Após a seção dos grandes vasos do Após a seção dos grandes vasos do pescoço, não serão permitidas, na pescoço, não serão permitidas, na calha de sangria, operações que calha de sangria, operações que envolvam mutilações, até que o sangue envolvam mutilações, até que o sangue escoe ao máximo possível, tolerandoescoe ao máximo possível, tolerando-- se a estimulação elétrica com o objetivo se a estimulação elétrica com o objetivo de acelerar as modificações de acelerar as modificações post post mortem;mortem; SANGRIASANGRIA Uma boa sangria só se consegue se Uma boa sangria só se consegue se for realizada imediatamente após a for realizada imediatamente após a insensibilização e se o animal estiver insensibilização e se o animal estiver sadiosadio Anima enfermo:Anima enfermo: comprometimento da ação do coraçãocomprometimento da ação do coração dos pulmõesdos pulmões dos músculosdos músculos SANGRIA INCOMPLETASANGRIA INCOMPLETA SANGRIASANGRIA SUÍNOS:SUÍNOS: A faca é inserida na linha mediana do pescoço, A faca é inserida na linha mediana do pescoço, no sentido longitudinal, na depressão ou “oco” no sentido longitudinal, na depressão ou “oco” existente na frente do esternoexistente na frente do esterno Secção da veia cava anterior, na entrada do Secção da veia cava anterior, na entrada do peito, com a faca no sentido transversalpeito, com a faca no sentido transversal Duração de aproximadamente 6 minutosDuração de aproximadamente 6 minutos Média de 2,2 a 3,6 kg litros/animalMédia de 2,2 a 3,6 kg litros/animal Monitoramento do Monitoramento do programaprograma Cabe ao Cabe ao estabelecimentoestabelecimento, realizar, pelo , realizar, pelo menos uma vez ao dia, o monitoramento menos uma vez ao dia, o monitoramento do processo de insensibilização e do processo de insensibilização e sangria. Este monitoramento será sangria. Este monitoramento será realizado, no mínimo, através da realizado, no mínimo, através da checagem dos seguintes aspectos:checagem dos seguintes aspectos: Monitoramento do Monitoramento do programaprograma velocidade do fluxo do abate, fluxo velocidade do fluxo do abate, fluxo mínimo de corrente e tensão para mínimo de corrente e tensão para animais de mesma espécie, de acordo animais de mesma espécie, de acordo com o tamanho e peso;com o tamanho e peso; posição dos eletrodos no caso de posição dos eletrodos no caso de insensibilização elétrica;insensibilização elétrica; contrações musculares, tônicas e contrações musculares, tônicas e clônicas após a insensibilização;clônicas após a insensibilização; Monitoramento do Monitoramento do programaprograma intervalos de tempo entre a contenção e intervalos de tempo entre a contenção e o início da insensibilização e entre a o início da insensibilização e entre a insensibilização e a sangria.insensibilização e a sangria. da seção das artérias carótidas e/ou do da seção das artérias carótidas e/ou do tronco bicarótico;tronco bicarótico; do cérebro, para identificar o efeito da do cérebro, para identificar o efeito da ação mecânica.ação mecânica. http://www.grandin.comhttp://www.grandin.com Universidade do Colorado Universidade do Colorado -- EUAEUA AutistaAutista BemBem--estar animalestar animal Abate humanitárioAbate humanitário Construções e equipamentos adequadosConstruções e equipamentos adequados www.wspabrasil.orgwww.wspabrasil.org WSPA lança prêmio de bemWSPA lança prêmio de bem--estar animal para estar animal para universitáriosuniversitários O O Prêmio WSPA de BemPrêmio WSPA de Bem--Estar Animal Estar Animal -- Animais Animais de Produçãde Produção, tem o objetivo de difundir os conceitos o, tem o objetivo de difundir os conceitos de bemde bem--estar animal e estimular o conhecimento de estar animal e estimular o conhecimento de temas relacionados. É dirigido aos estudantes temas relacionados. É dirigido aos estudantes universitários de Medicina Veterinária, Zootecnia, universitários de Medicina Veterinária, Zootecnia, Agronomia e Biologia, porém é aberto à participação Agronomia e Biologia, porém é aberto à participação de alunos de todas as áreas da graduação. O de alunos de todas as áreas da graduação. O concurso tem como primeiro prêmio uma viagem à concurso tem como primeiro prêmio uma viagem à Inglaterra para conhecer a sede da WSPA em Londres Inglaterra para conhecer a sede da WSPA em Londres e a fazendae a fazenda--modelo da WSPA em Oxford. Para mais modelo da WSPA em Oxford. Para mais informaçõesinformações HISTÓRICOHISTÓRICO do “ABATE HUMANITÁRIO”do “ABATE HUMANITÁRIO” 19021902 -- Luiza Bolza Luiza Bolza (Freiburg/Alemanha) doou 12.000 (Freiburg/Alemanha) doou 12.000 Marcos para quem inventasse um Marcos para quem inventasse um equipamento para matar os animais de equipamento para matar os animais de abate sem sofrimentoabate sem sofrimento 19091909 -- Registros informam que 148 Registros informam que 148candidatos candidatos (Alemanha, Áustria, Suíça, Itália, (Alemanha, Áustria, Suíça, Itália, Bélgica e Holanda)Bélgica e Holanda) se apresentaram em se apresentaram em Leipzig mas não houve vencedor Leipzig mas não houve vencedor porque nenhum equipamento possuía porque nenhum equipamento possuía as características desejadasas características desejadas HISTÓRICOHISTÓRICO 19271927 -- Londres Londres -- Congresso das Congresso das Sociedades Protetoras dos Animais, Sociedades Protetoras dos Animais, estabeleceu um acordo para que:estabeleceu um acordo para que: “Todos os países civilizados formulem “Todos os países civilizados formulem e ponham em vigor leis que e ponham em vigor leis que instituam matança humanitária por instituam matança humanitária por meio de instrumentos mecânicos”meio de instrumentos mecânicos” HISTÓRICOHISTÓRICO 19381938 -- Zurique Zurique -- Congresso Congresso Internacional de Veterinária:Internacional de Veterinária: “Recomendou a todos os países que, “Recomendou a todos os países que, na medida do possível, na medida do possível, estabelecessem disposições que estabelecessem disposições que tornassem obrigatório o tornassem obrigatório o atordoamento dos animais antes da atordoamento dos animais antes da matança”matança” HISTÓRICOHISTÓRICO 19581958 -- EUA EUA -- 11aa Lei Americana sobre Lei Americana sobre Abate Humanitário:Abate Humanitário: Uso voluntário pelos abatedourosUso voluntário pelos abatedouros Preconizava a insensibilização antes do Preconizava a insensibilização antes do abateabate 19781978 -- Regulamentado pelo FSISRegulamentado pelo FSIS HISTÓRICOHISTÓRICO 19671967-- Inglaterra Inglaterra -- Ato sobre abate de Ato sobre abate de aves:aves: recomendação do uso de eletronarcose recomendação do uso de eletronarcose para insensibilizaçãopara insensibilização 19741974 -- Recomendação de uso de Recomendação de uso de eletronarcose para outras espécieseletronarcose para outras espécies HISTÓRICOHISTÓRICO 20002000 -- BRASIL BRASIL -- INSTRUÇÃO INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 3 NORMATIVA Nº 3 -- MAPA, DE 17 DE MAPA, DE 17 DE JANEIRO DE 2000:JANEIRO DE 2000: REGULAMENTO TÉCNICO DE MÉTODOS DE REGULAMENTO TÉCNICO DE MÉTODOS DE INSENSIBILIZAÇÃO PARA O ABATE INSENSIBILIZAÇÃO PARA O ABATE HUMANITÁRIO DE ANIMAIS DE AÇOUGUEHUMANITÁRIO DE ANIMAIS DE AÇOUGUE ReferênciasReferências 12.1. Anil, M.H & MacKinstry, J.L. The Effectiveness of High Frequency Electrical Stunning 12.1. Anil, M.H & MacKinstry, J.L. The Effectiveness of High Frequency Electrical Stunning in Pigs.Meat Science 31 (1992) 481in Pigs.Meat Science 31 (1992) 481-- 491491 12.2. Blackmore, D. K and Delany, M. W. Slaughter of stock 12.2. Blackmore, D. K and Delany, M. W. Slaughter of stock -- A pratical Review and A pratical Review and Guide.Publication No 119 Guide.Publication No 119 -- Veterinary Continuing Education Veterinary Continuing Education -- Massey University,Massey University, Palmeraton North Palmeraton North -- New Zealand New Zealand -- 1998 1998 12.3. Jornal Oficial das Comunidades Européias. Diretiva 93/119CE, do Conselho, de 22 12.3. Jornal Oficial das Comunidades Européias. Diretiva 93/119CE, do Conselho, de 22 de dezembro de 1993, relativa à proteção dos animais no abate e/ou occisãode dezembro de 1993, relativa à proteção dos animais no abate e/ou occisão 12.4. Troeger, K. Sacrificio: Protección animal y calidad de carne.Fleischwirtsch, 71 (9) 12.4. Troeger, K. Sacrificio: Protección animal y calidad de carne.Fleischwirtsch, 71 (9) 1991 1991 -- 3 3 –– 99 12.5. Troeger, K. and Woltersdorf, W. Gas anesthesia of slaughter pig. Fleischwirtsch, 12.5. Troeger, K. and Woltersdorf, W. Gas anesthesia of slaughter pig. Fleischwirtsch, español 2/1991 español 2/1991 -- 1063 1063 –– 10681068 12.6. Inspeção de Carnes 12.6. Inspeção de Carnes -- Padronização de Técnicas, Instalações e Equipamentos, I Padronização de Técnicas, Instalações e Equipamentos, I -- Bovinos:Currais seus Anexos Bovinos:Currais seus Anexos -- Sala de Matança Sala de Matança -- 1971, DIPOA/Ministério da Agricultura, 1971, DIPOA/Ministério da Agricultura, BrasilBrasil 12.7. Portaria N.º 711, de 01/11/95, publicada no DOU de 03/11/95, Normas Técnicas de 12.7. Portaria N.º 711, de 01/11/95, publicada no DOU de 03/11/95, Normas Técnicas de Instalações e Equipamentos para Abate e Industrialização de Suínos, Ministério da Instalações e Equipamentos para Abate e Industrialização de Suínos, Ministério da Agricultura, do Abastecimento e da Reforma Agrária, Brasil Agricultura, do Abastecimento e da Reforma Agrária, Brasil 12.8. Portaria N.º 210, de 10/11/98, publicada no DOU de 26/11/98, republicada no DOU de 12.8. Portaria N.º 210, de 10/11/98, publicada no DOU de 26/11/98, republicada no DOU de 05/03/99, Regulamento Técnico da Inspeção Tecnológica e Higiênico05/03/99, Regulamento Técnico da Inspeção Tecnológica e Higiênico--Sanitária de Carnes de Sanitária de Carnes de Aves, Ministérioda Agricultura e do Abastecimento, BrasilAves, Ministérioda Agricultura e do Abastecimento, Brasil FIMFIM
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