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1 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ – UECE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – CSS MONITORIA DE BIOQUÍMICA LARA LÍDIA VENTURA DAMASCENO FORTALEZA 2018 2 SUMÁRIO I. ÁGUA...........................................................................................................................................1 II. SOLUÇÕES AQUOSAS..............................................................................................................3 III. SOLUÇÃO TAMPÃO...................................................................................................................3 IV. AMINOÁCIDOS............................................................................................................................5 V. PROTEÍNAS.................................................................................................................................7 VI. ENZIMAS.....................................................................................................................................9 VII. VITAMINAS E COFATORES.....................................................................................................11 VIII. CARBOIDRATOS......................................................................................................................14 IX. NUCLEOTÍDEOS.......................................................................................................................16 X. LIPÍDEOS...................................................................................................................................18 XI. AGREGADOS LIPÍDICOS E MEMBRANAS.............................................................................20 XII. BIOENERGÉTICA......................................................................................................................21 XIII. METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS..................................................................................23 I. GLICOGÊNESE.......................................................................................................................23 II. GLICOGENÓLISE..................................................................................................................23 III. GLICÓLISE............................................................................................................................24 IV. DESVIOS DA GLICÓLISE.....................................................................................................25 V. CICLO DE CORI....................................................................................................................26 VI. VIA DAS PENTOSES............................................................................................................27 VII. CICLO DE KREBS................................................................................................................27 VIII. CADEIA TRANSPORTADORA DE ELÉTRONS.................................................................28 XIV. METABOLISMO DOS LIPÍDEOS..............................................................................................30 XV. METABOLISMO DOS AMINOÁCIDOS.....................................................................................31 1 ÁGUA COMPONENTES CELULARES ORGÂNICOS INORGÂNICOS Carboidratos (monossacarídeos) H2O Proteínas (aminoácidos) Sais Mineirais Lipídeos Ácidos Nucleicos (nucleotídeos) H2O (O = 16; H = 1; MM = 18) Angstron = 3,6 / Nanômetro = 0,36; (Unidades de Comprimento) I. Constitui 70% da célula. II. O oxigênio se liga aos átomos de hidrogênio por meio de ligações covalentes, onde há o compartilhamento de elétrons. Por ser mais eletronegativo, em relação ao hidrogênio, o oxigênio tende a atrair os elétrons para si. III. Por conta dessa distribuição desigual, são formados dois polos na molécula, por isso, a água é considerada uma molécula polar. IV. O ângulo de ligação H-O-H é de 104,5°, levemente menor que o ângulo 109,5° de um tetraedro perfeito, devido ao agrupamento dos orbitais não ligantes do átomo de oxigênio. V. Cada hidrogênio carrega carga parcial positiva (δ+) e o oxigênio carrega carga parcial negativa (δ-).As cargas parciais (δ+ ou δ-) possibilitam a atração entre os átomos de oxigênio e hidrogênio de moléculas diferentes, formando as pontes de hidrogênio, que são ligações fracas, levando em consideração apenas uma, comparando-a com a ligação covalente, entretanto, as moléculas de água são capazes de formar inúmeras pontes de hidrogênio que quando juntas, possuem enorme força de coesão. 2 Obs: Gelo – Estrutura em cristal: São formadas 4 pontes de hidrogênio por cada molécula. H2O ↔ H+ + OH- 55,5 mols (1 L) ↔ 10-7 mols + 10-7 mols M = m PM x V = 1000g 18 x 1L = 55,5 mols Onde: M – Molaridade; m – Massa; PM – Peso Molecular; V – Volume pH = 1 log [H+] = - log [H+] → pH = -log10 [10-7] = 7 ([OH-] [H+] = 10-14; [10-7 ] [10-7 ] = 10-14) 3 SOLUÇÕES AQUOSAS Misturas homogêneas formadas por dois ou mais componentes. Componentes Soluto de até 1 nm (Moléculas – Ex: Glicose; Iônicos – Ex: NaCl) Solvente – H2O Concentrações I. Porcentagem (%): Massa do Soluto 100mL da solução II. Molaridade (M): m PM x V Onde: m – Massa (g), PM – Peso Molecular ou MM – Massa Molar; V – Volume (L). III. Normalidade (N): m Eq x V Onde: Eq – Equivalentes grama = MM X ; X – Nº de H+, H- ou nº de carga (+ ou -). Obs: É utilizada para ácidos, bases ou sais. IV. Osmolaridade (O): n x M Onde: n = nº de partículas SOLUÇÃO TAMPÃO São soluções que auxiliam a manutenção do pH ou pOH praticamente constantes, mediante a adição de pequenas quantidades de íons H+ ou H-. CH3COOH ↔ CH3COO- + H+ (AH) ↔ (A-) + H+ Componentes: I. Ácido Fraco (AH): CH3COOH (Ácido Acético) Neutraliza o OH- da base. II. Base conjugada (A-): CH3COO- (Acetato) Neutraliza o H+ do ácido. III. H+ Pode receber um íon OH- e formar H2O. Adição de uma pequena quantidade de Ácido Forte (Ex – HCl): A adição de um ácido forte deslocará a reação no sentido da formação de acetato, visto que o íon H+ resultante da dissociação 4 do HCl possui grande afinidade pelo mesmo, e os dois se unem para formar o ácido acético, um ácido fraco, por isso, o pH do meio não sofre grandes alterações. No entanto, se for adicionado cada vez mais ácido forte, chegará o momento em que todo o ânion acetato será consumido e o efeito do tampão cessará. Adição de uma pequena quantidade de Base Forte (Ex – NaOH): A adição de uma base forte aumenta as concentrações de íons OH-, que são neutralizados pelos íons H+, liberados na ionização do ácido acético, formando água. Com essa reação, a concentração de H+ irá diminuir, deslocando a reação no sentido de aumentar a ionização do ácido, e com isso, a variação do pH será muito pequena. Nesse caso, também existe uma capacidade limite do tampão, portanto, se adicionarmos cada vez mais base, o equilíbrio da ionização do ácido será mais e mais deslocado no sentido da sua ionização, até que todo o ácido seja consumido. Curva de Titulação Obs: Região sombreada – Região de Tamponamento [4,26 – 5,26] À medida que o NaOH é gradualmente introduzido, o íon OH adicionado combina-se com o H+ livre, formando água, em uma quantidade que satisfaz a relação de equilíbrio. À medida que o H+ é removido, a molécula de ácido dissocia-se mais parasatisfazer a sua própria constante de equilíbrio, então, mais ácido ioniza-se, formando base conjugada, à medida que NaOH é adicionado. No ponto médio, no qual 0,5 de NaOH foi adicionado, metade do Ácido Acético sofreu dissociação, de forma que a concentração de ácido acético é igual a concentração de base conjugada. Exemplos de Tampões Substâncias PKa Ácido Acético (CH3COOH) 4,76 Ácido Fosfórico (H3PO4) 2,1 - 7,2 - 12,3 Ácido Carbônico (H2CO3) 6,35 - 9,6 Glicina (NH3+CH2COOH) 2,3 - 9,6 5 Equação de Henderson-Hasselbach: Interrelaciona pH, pKa e concentração do tampão. A + B ↔ C + D AH ↔ A- + H+ Keq = [C][D] [A][B] pH = pKa + log [A-] [AH] pH = pKa OBS:Trabalhar com as moléculas 2 e 3 em concentrações iguais para tamponar o sangue. AMINOÁCIDOS Blocos de construção das proteínas; 20 diferentes. I. Grupo carboxila; II. Grupo amino; III. Grupo R; IV. Átomo de Hidrogênio. Possuem isomeria espacial óptica: (Com exceção da glicina). Carbono quiral ou assimétrico: Realiza quatro ligações diferentes. O “D” e “L” significam Dextrógeno e Levógeno. Se referem à posição do grupo amina. F licinaic ina I I I II I V Glicina Aminoácido em 6 A L-Alanina e a D-Alanina são compostos com atividade óptica e biológica diferentes. Para uma molécula possuir isomeria espacial óptica ela precisa ter um carbono assimétrico ou quiral, ou seja, um carbono que faça quatro ligações diferentes. CURVA DE TITULAÇÃO: Cada molécula de base adicionada resulta na remoção de um próton de uma molécula de ácido. O gráfico possui duas regiões de tamponamento: I. pH = 2,34 = pKa: Há liberação do H+ do –COOH (1º próton). Concentrações molares de (H3+N-CH2- COOH) e (H2+N-CH2-COO-) se equivalem. *pI = 5,67 = Ponto isoelétrico (marca o fim da remoção do 1º próton e o início da remoção do 2º). II. pH = 9,60 = pKa: Há liberação do H+ do NH3+ (2º próton). A titulação estará completa quando o pH alcançar valores próximos a 12, onde a forma predominante será (H2+N-CH2-COO-). CLASSIFICAÇÃO DOS AMINOÁCIDOS QUANTO AO GRUPO R POLAR: Serina Tirosina C 7 POLAR COM CARGA POSITIVA: Lisina POLAR COM CARGA NEGATIVA: Aspartato APOLAR: Alanina LIGAÇÃO PEPTÍDICA: Grupo Carbolixa + Grupo amina = ↑ H2O PROTEÍNAS Formadas por unidades de aminoácidos unidos por ligações peptídicas. Ligações peptídicas: Caráter de dupla ligação – Ressonância. Grupo amida. Peptídeos: Menos que 30 aminoácidos. Funções: Estruturais: Ex – Colágeno/ Elastina. 8 Dinâmicas: Ex – Enzimas/ Anticorpos. ESTABILIZAÇÃO DA ESTRUTURA DAS PROTEÍNAS: Interações eletrostáticas Pontes de Hidrogênio Interações hidrofóbicas Interações de Van der Waals Pontes dissulfeto: Cisteína NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO DAS PROTEÍNAS Primária: Sequência de aminoácidos. Secundária: Interação das carboxilas e grupos aminas. Terciária: Interação dos radicais. Quaternária: Duas ou mais cadeias polipeptídicas interagindo. 9 ENZIMAS São catalisadores biológicos; Aceleram uma reação favorável até atingir o equilíbrio. ESTRUTURA: I. Proteínas globulares II. Alguns RNAs de bactérias e protozoários (RNAse) Enzima: Interações eletrostáticas. Substrato: Só ligações covalentes. INTERAÇÕES ENTRE ENZIMA E ESUBSTRATO: I. Interações eletrostáticas. II. Pontes de hidrogênio. III. Interações hidrofóbicas. IV. Interações de Van der Waals. PROPRIEDADES DAS ENZIMAS: I. Específicas. II. São recuperadas intactas. III. Agem em pequenas quantidades. IV. Não alteram o equilíbrio da reação. V. Diminuem a energia de ativação. E + S ↔ ES E + P Obs¹: ES = Complexo Enzima-Substrato. Obs²: O produto (P) perde afinidade com a enzima. S E SS ES S 10 GRÁFICOS DE CINÉTICA Obs: Algumas enzimas não funcionam assim. Ex – Enzimas alostéricas (mais de uma subunidade). I. Michaelis-Menten: Mostra que o aumento da concentração do substrato, inicialmente aumenta a Vo, que cresce até atingir um valor constante que sofre poucas alterações com a elevação da concentração do substrato. Km = Constante de Michaelis II. Linewaber-Burke: Já que não é possível determinar a Vmáx a partir do gráfico de Michaelis-Menten, utiliza-se o Gráfico dos Duplos Recíprocos (ou gráfico de Lineweaver-Burk), representação linear da equação de Michaelis-Menten. Essa é uma equação de reta do tipo y = ax + b, onde: y = 1/ Vo; a = Km/Vmáx; x = 1/ [S]; b = 1/ Vmáx III. Efeito do pH: pH ótimo. IV. Efeito da temperatura INIBIDORES: I. Reversíveis: Competitivo: (↑S ↓I) Concorre com o substrato pelo sítio ativo da enzima, pois o inibidor é semelhante ao substrato. A situação é resolvida pela adição de mais substrato, entretanto, o Km é aumentado. 11 Incompetitivo: Se liga a um sítio diferente daquele ao qual o substrato se liga. A enzima é inativada quando o inibidor está ligado (↓ E ↓ V). II. Irreversíveis: Estabelecem ligações covalentes com a enzima. VITAMINAS E COENZIMAS Cofatores: Íons ou moléculas associadas a enzimas. I. Íons metálicos II. Moléculas orgânicas: Coenzimas – Ex: NADH; Grupo prostético (Coenzima + Parte proteica da enzima) – Ex: Biotina. Vitaminas: São moléculas orgânicas não sintetizadas pelo organismo, necessárias em baixas doses na dieta. Têm como função mais comum formar ou ser cofator para reações enzimáticas. I. Hidrossolúveis: Complexo B – Tiamina (B1), Riboflavina (B2), Niacina (B3), Adenina (B4), Ácido pantotênico (B5), Piridoxina (B6), Biotina (B7), Ácido Fólico (B9), Cobalamina (B12) e Ácido Ascórbico (C). II. Lipossolúveis: A, D, E e K. Tiamina (B1): Forma ativa – Tiamina Pirofosfato (TPP). A TPP é necessária como cofator para reações de transferência de grupos acila.Obs: Quando a cadeia carbônica é maior, a transferência é realizada pelo Ácido Pantotênico e Coenzima A. 12 Riboflavina (B2): Percursora da cofator (FADH) – Flavina Adenina Dinucleotídeo. Função: Transferência de 2é + 2H+ Niacina (B3): Percursora da cofator (NADH) – Nicotinamida Adenina Dinucleotídeo. Função: Transferência de íon Hidreto (H+). NAD + 2é + 2H+ → NADH + H+ Piridoxidina (B6): Percursora do cofator Piridoxal Fosfato (forma ativa da vit. B6). Função: Transferência de grupos amina. Biotina (B7): Vitamina e Cofator de reações de carboxilação. Função: Transferência de grupos carboxila. Cobalamina (B12): Atua como cofator em rearranjos dentro da molécula. 13 Ácido Fólico (B9): Atua como cofator carregando várias unidades de carbono. Ácido Ascórbico (C): Agente redutor. Atua como cofator na transferência de grupos OH. Ex – Hidroxilação da prolina no colágeno. Vitamina A: Importante para a visão. Acoplado: Retinal e Rodopsina (Enzima) Retinal: Cis – 11- retinal → Trans – 11- retinal; Rodopsina muda de conformação e envia sinalpara o SNC de luz. Vitamina D: Auxilia na regulação da homeostase de Cálcio e Fósforo (↑ Absorção de Ca2+). Dehidrocholesterol (produzido na pele) → Incidência solar → Vitamina D3. Vitamina E: Acumula-se no tecido adiposo; Age como antioxidante natural – Recaptura os radicais livres e oxigênio muscular. 14 Vitamina K: Auxilia na manutenção dos níveis normais das proteínas da coagulação sanguínea. A conversão da forma inativa para a forma ativa dos fatores de coagulação requer uma modificação de resíduos específicos do glutamato. Essa modificação é uma carboxilação e a enzima responsável requer vitamina K como cofator. CARBOIDRATOS Poliidroxialdeídos ou poliidroxicetonas ou substâncias que pela hidrólise forneçam estes compostos. FÓMULA GERAL: (CH2O)n Ex – n = 5 → C5H10O5 Exceção – Desoxirribose: C5H10O4 CLASSIFICAÇÃO: Monossacarídeos: Uma única unidade, ou seja, uma única molécula de açúcar (3 a 7 Carbonos). Ex – Glicose, Frutose e Galactose. Oligossacarídeos: Junção de 2 a 20 unidades; Dissacarídeos: Junção de 2 monossacarídeos. Polissacarídeos: Junção de mais de 20 unidades. Ex – Amido, Celulose e Glicogênio. MONOSSACARÍDEOS: Aldeídos ou cetonas com dois ou mais grupos hidroxilas. Cristais transparentes com baixo peso molecular – moléculas pequenas. Solúveis em água. Mais de 4: Formam anel – 5 carbonos: furanosídico; 6 carbonos: piranosídico. Obs¹: Carbono quiral ou Assimétrico: Faz 4 ligações diferentes; MONOSSACARÍDEOS DISSACARÍDEOS GLICOSE + GLICOSE MALTOSE GLICOSE + FRUTOSE SACAROSE GLICOSE + GALACTOSE LACTOSE Carbono quiral Aldeído Cetona 15 Obs²: Enzimas só reconhecem o isômero D. Obs³: Diidroxiacetona – Exceção: Não possui nenhum carbono quiral, por isso, não forma isômeros D e L. Carbono de referência: (C5) Último carbono quiral da cadeia. Carbono Anomérico: (C1) Se torna assimétrico quando o anel é fechado. As formas alfa e beta são anômeras e podem se converter, ocorrendo mutarrotação. Ligação glicosídica: Ligação covalente entre o grupo hidroxila de uma molécula e o carbono anomérico de outra. O β – D – Glicose α – D – Glicose O α – D – Ribose β – D – Ribose D – Ribose D – Glicose α – 1 – 4; Amido e Glicogênio β – 1 –4; Celulose 16 NUCLEOTÍDEOS I. Fosfato FÓRMULA GERAL: II. Açúcar (Pentose) III. Base nitrogenada Obs¹: O nucleotídeo pode conter até 3 fosfatos. Ex – ATP = Adenosina Trifosfato. Obs²: O fosfato encontra-se em pH ácido, em pH = 7 – Perde o H+ da hidroxila. FUNÇÕES: Componentes de cofatores enzimáticos. Ex – NADH e FADH. Fornecem energia para as atividades celulares. Ex – ATP e GTP (Guanosina Trifosfato). Sinalização. Ex – ATP AMPc (Adenosina Monofosfato Cíclica). Unidade de formação dos Ácidos nucléicos: RNA – Adenina, Uracila, Citosina e Guanina. DNA – Adenina, Timina, Citosina e Guanina. LIGAÇÃO FOSFODIÉSTER: Ligação formada entre o grupo hidroxila (OH) ligado ao terceiro carbono da pentose (C3’) de um nucleotídeo e o grupo fosfato ligado ao quinto carbono (C5’) do nucleotídeo seguinte. Por isso, pode-se dizer que a fita é 3’ → 5’. Essa imagem mostra a união das fitas do DNA, que é dada por pontes de hidrogênio. - DNA: Adenina = Timina Citosina ≡ Guanina 17 Palíndromo: Gráfico de separação das fitas do DNA: 18 LIPÍDEOS Substâncias insolúveis em água e solúveis em solventes orgânicos apolares. Predomínio e ligações do tipo C – H (Hidrocarbonetos). Não formam polímeros. TIPOS: Produzidos a partir de: Ácidos Graxos Triacilglicerol Prostaglandinas Tromboxanas Leucotrienos Ceras Glicerofosfolipídeos Eicosanoides Esfingolipídeos Obs: Esteroides são formados por terpenos. ÁCIDOS GRAXOS: Anfipáticos – Carboxila hidrofílica e cauda hidrofóbica. Lineares. Saturados e insaturados. Nomenclatura: 16: 0 – 16 carbonos, 0 ligações duplas; 16: 1 ∆9 – 16 carbonos, 1 ligação dupla no carbono 9. Exemplo: Ácido Araquidônico 20:4 ∆5, 8, 11, 14 Ácido palmitoleico 16: 1 ∆9 Isopreno Terpenos Carotenoides. Vitaminas: A, E e K. Quinonas. Testosterona Progesterona Estrogênio Cortisol Aldosterona Esteroides Colesterol. Hormônios esteroides Vitamina D. 19 TRIACILGLICEROL: Mais simples, apolares e hidrofóbicos. Três ácidos graxos ligados por ligação éster a um glicerol. Depósitos de combustível metabólico – Adipócitos. Gorduras (Animais) – Sólidas ou Cerosas: Saturadas. Óleos (Plantas) – Líquidos: Insaturadas CERA: Ésteres de ácido graxos saturados e insaturados de cadeia longa com álcoois de cadeia longa. GLICEROFOSFOLIPÍDEO: Dois ácidos graxos unidos por ligação éster ao glicerol e um grupo polar por ligação fosfodiéster. Se ao invés do X: OH – Ácido fosfatídico. Colina – Fosfatidil Colina. Inositol – Fosfatidil Inositol. Inositol Difosfato – Fosfatidil Inositol Difosfato (PIP2) Ácido Palmítico Triacontanol 20 ENSFINGOLIPÍDEO: Ao invés de glicerol, contém esfingosina. Enfingosina + 1 ácido graxo + Grupo polar. Se ao invés de X conter: H: Ceramida. Glicose: Cerebrosídeo. Colina + Fosfato: Esfingomielina. AGREGADOS LIPÍDICOS E MEMBRANAS TIPOS: MICELAS – Ácidos Graxos. Não possui água dentro, apenas cadeias hidrofóbicas. BICAMADA – Glicerofosfolipídeos. LIPOPROTEÍNAS: ↓ Quantidade de proteínas aumenta. Muito baixa densidade (VLDL) Baixa densidade (LDL) Alta densidade (HDL) Vesícula 21 Membrana Celular: Mosaico fluido de proteínas e lipídeos – Glicerofosfolipídeos, esfingolipídeos e colesterol. Proteínas: I. Transporte: Canais e carreadoras. II. Sinalização: Canais receptores associados a proteína G; Receptores associados a enzimas quinases; Receptores para hormônios esteroides. III. Ancoragem. Obs¹ - O transporte de K+ e Na+ é feito de forma ativa, ou seja, há gasto de ATP. Esse transporte é mais conhecido como bomba de sódio-potássio. Obs² - O transporte de glicose por proteína carreadora é feito de forma passiva, assim como o transporte realizado pela proteína canal regulada por ligante. BIOENERGÉTICA Estudo quantitativo das alterações energéticas que acompanham as reações bioquímicas em condições constantes de temperatura e pressão. (T = 298K e P = 1 atm) Obedece às leis da termodinâmica. I. A energia total do universo é constante. II. A desordem do universo tende a aumentar. Parâmetros estudados: (∆G = ∆H – T. ∆S) 22 ∆G = Variação da energia libre de Gibbs (J/mol) – Exergônica ou Endergônica. ∆H = (Entalpia) Variação da energia das ligações químicas (J/mol) – Exotérmica ou Endotérmica. ∆S = (Entropia) Grau de desordem (J/mol.K). Hidrólise do ATP: ATP + H2O → ADP + Pi (∆Gº’ = -30,5 KJ/mol) Obs¹:∆Gº’ significa que a reação acontece em condições bioquímicas padrão. Obs²: A reação é exergônica. Obs³: Ressonância do fosfato. Quando a água “quebra” os fosfatos por hidrólise, ela promove o alívio da repulsão das cargas negativas e o fosfato liberado se liga a outra molécula, energizando-a. Após a reação, a água também tem a função de se interpor entre os produtos da reação, hidratando- os e impedindo que a reação ocorra inversamente. ATP + H2O → ADP + Pi (∆Gº’ = -30,5 KJ/mol) Glicose + Pi → Glicose – 6 – P + H2O (∆Gº’ = +13,8KJ/mol) Glicose + ATP → Glicose – 6 – P + ATP (∆Gº’ = -16,7KJ/mol) ∆Gº = ∆Gº’ + R . t . ln [Produtos] [Reagentes] Glicose – 1 – P →Fosfoglicomutase→ Glicose – 6 – P Obs¹: Quando a reação está em equilíbrio o ∆Gº é igual a zero. 0 = ∆Gº’ + 8,315 . 293 . ln [1,9] [0,1] ∆Gº’ = -7,3 KJ/mol REAGENTES PRODUTOS 2 M 0 M 1 M 1 M 0,5 M 1, 5 M 0,1 M 1,9 M c c c c 23 METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS Obs: A insulina exerce controle sobre a glicogênese e o glucagon sobre a glicogenólise. GLICOGÊNESE GLICOGENÓLISE 24 GLICÓLISE ∆Gº’ = -16,7 KJ/mol ∆Gº’ = -14,2 KJ/mol ∆Gº’ = +23,8 KJ/mol ∆Gº’ = -18 KJ/mol ∆Gº’ = -31,4 KJ/mol 25 DESVIOS DA GLICÓLISE 26 1º Desvio Piruvato Carboxilase Fosfoenolpiruvato Carboxiquinase (Mitocôndria) 2º Desvio Frutose – 1, 6 – Difosfatase 3º Desvio Glicose – 6 – P Fosfatase CICLO DE CORI Cooperação entre o músculo e fígado – O ciclo evita que o Ácido Lático se acumule na corrente sanguínea. O músculo utiliza glicogênio como reserva de energia. Conversão da Alanina em Glicose – 4 ATPS, 2 GTPS e 2 NADS. 27 VIA DAS PENTOSES É importante para as células em divisão, forma: NADPH – Utilizada nas vias biossintéticas e Ribose – 5 – Fosfato – Utilizada para produção de nucleotídeos, coenzimas e Ácidos Nucléicos (RNA, DNA). Obs: A Xibulose – 5 – P pode se converter em Frutose – 6 – P para formar Glicose – 6 CICLO DE KREBS 28 COMPLEXO PIRUVATO DESIGROGENASE: 3 Subunidades (E1, E2, E3); Alostérica. Cofatores – Tiamina Pirofosfato (TPP); FAD, NAD, Coenzima A. Inibidores: Acetil-coA, NADH e ATP (-) Atvador: AMP (+) Reação catalisada ENZIMAS DO CICLO DE KREBS: I. Citrato Sintase: (-) Citrato, NADH, ATP, Succinil-coA; (+) ADP, Acetil-coA. II. Aconitase: (-) Alfacetoglutarato; III. Isocitrato desidrogenase: (-) ATP; (+) ADP IV. Complexo da α – cetoglutarato desidrogenase: (-) Succinil-coA; (+) NADH, ADP V. Succinil-coA sintetase VI. Succinato Desidrogenase VII. Fumarase VIII. Malato Desidrogenase Obs: Todas as reações são reversíveis, exceto as catalisadas por enzimas alostéricas. CADEIA TRANSPORTADORA DE È Estágio final do metabolismo produtor de energia. Ocorre na membrana interna da mitocôndria. Reduz o oxigênio O2 NADH e FADH → H2O → NAD+ e FAD+ (Formas oxidadas). Síntese e ATP. Mecanismo: I. Fluxo de elétrons em uma cadeia transportadora ligada a membrana interna da mitocôndria. II. Transporte ativo de íons H+ (prótons) através da membrana. PRODUTOS – 1 PIRUVATO 3 NADH 1 FADH2 1 GTP 2 CO2 29 III. Fluxo passivo de íons H+ fornece a energia para síntese de ATP. Obs¹: Lançadeira Malato/Aspartato: Transporta elétrons do NADH com ajuda do malato e os transfere para o NAD+ dentro da mitocôndria – Permite que os NADH da glicólise entrem para a Cadeia Transportadora de elétron no interior da mitocôndria. Obs²: Desacopladores: Jogam H+ para dentro sem ser pela ATP sintase. Ex – 2,4-Dimitrofenol (H+); Valinomicina (K+). COMPLEXOS PROTEICOS: I. NAD Desidrogenase: NADH→ FMN é→ Fe-S – Bomba de Prótons (4H+) NADH → NAD+ + 2H+ (bombeado pra fora) + 2è (passa para o Fe). II. Succinato Desidrogenase: Recebe elétrons do FADH2; FAD → Fe-S. Participa do ciclo de Krebs. III. Complexo dos Citrocomos bc1: (HEME (Fe), Fe-S) – Bomba de prótons (4H+) IV. Citocromo oxidase (aa3): (HEME (Fe), CμA, CμB) – Bomba de prótons (2H+) Redução do O2 (entrega de elétrons). ATP SINTASE: Síntese de ATP a partir de ADP e Pi, em decorrência da energia liberada no transporte de H+. SUBSTÂNCIAS QUE IMPEDEM O BOMBEAMENTO DE PRÓTONS: Complexo I: Rotenina. Complexo III: Antimicina A. Complexo IV: CO e Cianeto. ATP Sintase: Oligomicina. Citocromo C 30 SALDO DE ATP: GLICOSE → 6CO2 + 6H2O = 32 ATPs Obs: NADH – 10H+: 2,5 ATP; FADH – 6H+: 1,5 ATP ATP NADH FADH2 TOTAL GLICÓLISE 2 2 - 7 COMPLEXO DA PIRUVATO DESIDROGENASE - 2 - 5 CICLO DE KREBS 2 6 2 20 TOTAL 4 10 3 32 ATPs METABOLISMO DOS LIPÍDEOS Biossíntese de Ácidos Graxos. SÍNTESE DE ÁCIDOS GRAXOS – Citosol. ETAPAS: I. Síntese de Malonil-coA: II. Ligação de Malonil-coA e Acetil-coA-SH a Proteína Transportadora de Grupos Acil (ACP): Transferase – Acetil-coA →(coA-SH) Acetil-ACP Transacetilase – Malonil-coA →(coA-SH) Malonil-ACP. III. Condensação de Acetil-ACP com Malonil-ACP: Sintase. IV. Redução com NADPH + H+: Redutase. V. Desidratação: Desidratase. VI. Redução com NADPH + H+: Redutase. 31 A última molécula ligada à fosfopantoteína do ACP se une ao SH da cisteína, liberando o sítio para que o malonil-coA se encaixe novamente, libere CO2 e anexe os 2C restantes à molécula ligada à cisteína. Ou seja: 1ª rodada – 4C; Outras rodadas – +2C. Exemplo: Ácido Palmítico (16:0) – 7 voltas. 8 Acetil-coA (1 para cisteína e 7 pra formar Malonil-coA), 14 NADPH (2 a cada rodada) e 7 ATP (1 a cada rodada). Ácido Graxo de 14 Carbonos – 6 voltas. 7 Acetil-coA, 12 NADPH e 6 ATP. METABOLISMO DOS AMINOÁCIDOS Proteínas endógenas – Degradação dentro da célula. Proteínas exógenas – Sistema Digestório. 32 O NH3+ não pode ser liberado na célula, pois é tóxico, por isso, ou passa para outra célula, ou forma ureia. Ciclo da Alanina (Fígado): Glicólise – Piruvato + NH3+ ↔ Alanina. A glutamina e Alanina são os aminoácidos de maior concentração no sangue. TRANSAMINAÇÃO: Obs¹: A vitamina B6 (piridoxamina fosfato) atua na transferência de grupos amina. Obs²: α-cetoátcidos como o α-cetoglutarato e oxalacetato podem entrar no ciclo de Krebs para formar ATP e aminoácidos. Obs³: A ocorrência das reações reversíveis depende da concentração dos produtos. SÍNTESE DA UREIA: Mitocôndria e Citosol. Glutamato + NH3+ → Glutamina ou Alanina – Transportam grupos amina e os liberam para formação de ureia no fígado. Obs¹: Citrulina e Ornitina são aminoácidos, mas não fazem parte de proteínas. 33
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