Buscar

ENSINO E APRENDIZAGEM DE GEOGRAFIA_ UMA PRÁTICA DIFERENCIADA NO ESTUDO DO CLIMA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ENSINO E APRENDIZAGEM DE GEOGRAFIA: UMA PRÁTICA 
DIFERENCIADA NO ESTUDO DO CLIMA 
 
 
 André Ricardo dos Santos Bersani 
 ricardo_fala@hotmail.com 
 Acadêmico do curso de Geografia/CPTL/UFMS 
 
 
RESUMO 
 
O presente artigo busca concretizar o processo de ensino-aprendizagem da 
matéria de climatologia, numa construção compartilhada e para melhor compreensão 
dos conceitos climatológicos por parte dos alunos, por esta óptica foi contextualizado 
meios para confeccionar um material didático no qual o professor interage com o aluno 
utilizando seus conhecimentos e sua percepção. Não me proponho a apresentar uma 
receita de bolo, com todos os passos esquematicamente delineados, onde no máximo o 
que se exigiria do usuário seria muita atenção para não se esquecer de nenhum 
ingrediente e procedimento a seguir. Ao contrário, apresento uma leitura que permita o 
professor com sua ação pedagógica atuar na zona de desenvolvimento proximal 
(VYGOTSKY, 1979) do aluno. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Ensino-Aprendizagem. Climatologia. Material 
Didático. Percepção. 
 
INTRODUÇÃO 
 
É sabido que o ensino da matéria que se apropria das noções de clima, tempo e 
seus subconjuntos com todas as suas ramificações é de grande dificuldade para o 
professor e não está despertando o devido interesse do aluno. Deste modo, diversos 
professores utilizam apenas de uma explicação memorizada baseada na maioria das 
vezes apenas no livro didático, que é um dos recursos disponibilizado e que acaba se 
tornando muitas vezes a única forma de ensino, o que leva o aluno a aprender somente 
para a prova e não para a vida, sem questionar o porquê de aprender o conceito de clima 
e os fenômenos climáticos, entre outros fatores que engloba essa temática que está 
Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3
1
presente no cotidiano da sociedade, influenciando diretamente grande parte das 
atividades realizadas pelo ser humano, como a agropecuária, o lazer, o transporte e o 
turismo. 
 Ensinar climatologia tanto na universidade como nas escolas de 1º e 2º grau, 
não é tarefa fácil, pois o clima é muitas vezes tratado como abstrato, ou seja, apenas 
teorizado, o que dificulta ainda mais a compreensão e o interesse em sala de aula, o que 
exige não só o conhecimento por parte do professor. Por isso é possível afirmar que o 
educador deve ter um papel ativo no ensino de seus alunos, neste aspecto a citação de 
Zabala é elucidativa: 
 
 
É ele quem dispõe as condições para que a construção que o aluno faz 
seja mais ampla ou mais restrita, se oriente num sentido ou noutro, 
através da observação dos alunos, da ajuda que lhes proporciona para 
que utilizem seus conhecimentos prévios, da apresentação que se faz 
dos conteúdos, mostrando seus elementos essenciais, relacionando-os 
com o que os alunos sabem e vivem proporcionando-lhes experiências 
para que possam explorá-los em situações diversas, avaliando a 
situação em seu conjunto e reconduzindo-a quando considera 
necessário, etc. (Zabala, 1998, p.38). 
 
 
Contudo também se faz necessário por parte do professor, o interesse pelo 
estudo do clima, interpretação, renovação dos conceitos das dinâmicas climáticas e uma 
prática de ensino ancorada à seqüências e materiais didáticos que levem o aluno a 
compreensão do assunto pela realidade em que esta inserido e pela vivencia do seu dia-
a-dia, ultilizando sua percepção como peça chave do processo ensino – aprendizado. 
 
PLANEJAMENTO DIDÁTICO 
 
Além da concepção de que o aluno é um ser dotado de experiências, com isso, 
possui conhecimentos prévios que devem ser trabalhados pelo educador, este também 
arca com a necessidade da elaboração de planejamento, atividade essencial para que o 
ensino do clima seja mais bem elaborado e deixe de lado sua fragmentação. 
 
 
[...] fazer planejamento é refletir sobre os desafios da realidade da 
escola e da sala de aula, perceber as necessidades, re-significar o 
Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3
2
trabalho, buscar formas de enfrentamento e comprometer-se com a 
transformação da prática. (VASCONCELLO, 2008, p.133). 
 
 
O maior contato do educando com a climatologia em seu dia-a-dia é através de 
sua vertente meteorológica, presente graças às inovações tecnológicas que possibilitam 
um estudo mais avançado para almejar resultados de previsão do tempo, de tal modo 
que, o aluno se depara com essa questão todos os dias em jornais, televisão e internet. 
Assim sendo, aproveitarei o ensejo do clima para tratar sobre meteorologia e mostrar na 
prática como isso se aplica e a sua relação com o clima. Desse modo, apresentar aos 
alunos 2 (duas) atividades. A primeira: como funcionam os principais instrumentos para 
a coleta de informações referente à atmosfera, tempo e a climatologia. A segunda 
atividade, que depois de aplicada nesta prática diferenciada servirá para que os alunos 
interpretem o tempo no seu dia-a-dia através de sua percepção e sensibilidade: 
classificação das “climáticas” existentes na escola por meio da observação sensível. 
 
1ª Atividade: 
Primeira etapa: Apresentar a turma os instrumentos meteorológicos através de fotos e 
confecciona-los de forma caseira – Pluviômetro, Barômetro, Anemômetro e Termômetro 
para ambiente (comprado, baixo custo). 
Segunda etapa: Dividir a turma em grupos e cada um confeccionará todos os 
instrumentos com materiais recicláveis. 
2ª Atividade: 
Etapa única: trabalho de campo que oferece oportunidades de explorar os 
movimentos, a sensibilidade e a observação dos alunos. 
 
1ª ATIVIDADE: PROCESSO DE METODOLOGIA E ELABORAÇÃO 
DO MATERIAL DIDÁTICO 
 
Para ensinar climatologia agreguei-me então para o método de aplicação da aula 
materiais de fácil compreensão e acesso, que podem proporcionar uma prática singular, 
mesclando teoria com a prática relacionando os diferentes tipos de clima, a relação com 
o meio ambiente, trazendo uma discussão e uma leitura dos fenômenos atmosféricos, 
dos diferentes climatológicos. Pensando em dinamizar as aulas e seguindo as duas 
Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3
3
etapas do planejamento é proposto à turma a confecção desses instrumentos usando 
materiais recicláveis e a análise meteorológica no espaço escolar. 
 
Pluviômetro - Cortar uma garrafa PET de 2 litros na transição da parte cilíndrica da 
garrafa para a parte cônica. Colocar o pluviômetro num local aberto e após a coleta de chuva 
medir a quantidade de água de chuva precipitada. 
 
 
Anemômetro – Materiais: raio de bicicleta, pedaço de borracha cortada em 
forma de circulo, copo descartável e tubo de caneta. Forme uma cruz com os raios no 
centro da borracha. Depois coloque os copos em cada raio no mesmo sentindo. Pinte 
um copo para diferenciar e facilitar na hora da contagem de voltas do anemômetro 
provocadas pelo vento. Na prática use-o para medir a direção e a velocidade dos ventos. 
 
 
Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3
4
Barômetro – Materiais: frasco de maionese, bexiga, canudo de refresco, barbante e 
cola. Corte a bexiga pela metade e cubra a boca do frasco de maionese e amarre com o 
barbante. Em seguida, cole o canudo no centro da membrana da bexiga. O barômetro 
constatará as variaçõesda pressão exercida pela atmosfera. Quando a pressão diminuir o 
ponteiro (o canudo) baixará. (Baixa Pressão = Tempo “ruim”). Quando aumentar a pressão, o 
ponteiro subirá. (Alta Pressão = Tempo “Bom”). 
 
Essa abordagem gera e desperta a curiosidade e o interesse dos alunos pela 
climatologia, pois como argumenta Vasconcellos (2008, p.127): “Não queremos um 
aluno conformista, passivo, sem questionamento. Desejamos que ele possa não só 
adquirir conhecimento, mas ser capaz de produzi-lo”. 
A prática proposta proporcionará maior interação e faz com que o aluno 
desenvolva a aprendizagem com a ajuda do outro, tornando mais produtivo o trabalho 
em grupo, além de despertar a curiosidade em colocar aqueles equipamentos em ação o 
que visa transformar o procedimento em atitude ou a teoria em prática, isso tirará o livro 
didático debaixo do braço do professor, deixando-o um pouco de lado para ser utilizado 
na sua função, ou seja, apenas como auxilio. 
 
2 ª ATIVIDADE: PERCEPÇÃO E SENSIBILIDADE DO CLIMA 
 
Através da percepção um indivíduo organiza e interpreta as suas impressões 
sensoriais para atribuir significado ao seu meio. Consiste na aquisição, interpretação, 
seleção e organização das informações obtidas pelos sentidos. Assim, convida-se os 
alunos a sairem da sala de aula (acredito que provocará estimulos) e elaborar um 
trabalho de campo que deve ser visto como ferramenta de grande valia para a formação 
Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3
5
dos alunos, esta metodologia tem o proposito de ultrapassar a reflexão da sala de aula. 
Nesta atividade que já foi empregada no ensino do clima por outro autor Fialho (2007), 
o aluno por intermédio de sua percepção (como já foi abordado) descreverá cada 
ambiente da escola, ou seja, “o aluno, é o próprio instrumento climatológico, que 
registrará a temperatura do ar, a nebulosidade, a direção e velocidade do vento, por 
meio de sua sensações”. (FIALHO, 2007) 
Isso trará maior facilidade do aluno entender os climas e como eles podem ser 
caracterizados pela difença dos lugares, partir do micro para aplicar ao macro, uma 
experiência relevante. Conferindo à ação do professor de intermediar o processo. Zabala 
argumenta: 
 
“[...] o papel do professor adquire todo seu sentido, como favorecedor 
e dinamizador de todo o processo, estabelecendo os desafios 
individuais e coletivos e oferecendo meios que mantenham a atenção 
dos alunos”. (ZABALA, 1998, p.75) 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O primeiro interesse de elaboração desta prática surgiu por necessidade, quando 
foi proposto pelas professoras de prática de ensino, Patrícia Helena Mirandola Avelino e 
Arlinda Montalvão de Oliveira, à turma do 3° ano de geografia da UFMS na qual me 
fazia presente, o planejamento de aulas diferenciadas das que os alunos, neste caso de 
escola pública (remeto-me à neste caso, pois tanto em escolas públicas como em 
particulares os alunos se confrontam com a monotonia das aulas, que envolvem muitos 
outros elementos que não cabem aqui tratar, do que tão somente a eficiência dos 
professores) costumeiramente assistem durante o ano letivo. 
O tema sorteado para o grupo em que vazia parte foi clima, no momento 
recordei-me das aulas de climatologia do 2° grau e pelo o que lembrei eram nada 
motivadoras, daí a preocupação de como elaborar aulas de maneira singular. Após 
leituras e pesquisas re-elaborei algumas propostas que a partir delas montei o artigo aqui 
apresentado. As atividades propostas neste, estão colocadas de um modo geral, é claro 
que ouvem minuciosos passo a passos, mas que cabem ao professor que adotar a pratica 
designar. Retomo, não é pretendido que as idéias aqui elaboradas se tornem, ou sejam 
seguidas conforme uma receita que levará às aulas dos sonhos dos professores e sim se 
Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3
6
tornem reflexão para novas práticas de ensino que devem envolver conteúdos 
conceituais, procedimentais e atitudinais Zabala (1998), não em uma determinada 
ordem, mas sim, distribuídos de forma balanceada, assim, atuaram para que o processo 
ensino-aprendizagem seja completo. 
 
REFERÊNCIAS 
 
FIALHO, Edson Soares. Práticas do ensino de climatologia através da 
observação sensível. Ágora, Santa Cruz do Sul, v. 13, n. 1, p. 105-123, 
jan.jun. 2008. 
 
 
OLIVEIRA, Arlinda M de & MIRANDOLA-AVELINO Patrícia H. A produção do 
conhecimento geográfico no Ensino de geociências: Análise dos 
conteúdos e a construção de materiais didáticos para os ensinos 
fundamental e médio. In MARTIN, Andrey M. [et al.], organizadores. Prática 
de ensino e de pesquisa em Historia e Geografia. Campo Grande MS. Editora 
UFMS, 2008. 
 
PIMENTA, Selma Garrido. Saberes pedagógicos e atividade docente. 6ª ed. – 
São Paulo: Cortez, 2008. 
 
VASCONCELLOS, Celso dos Santos, Planejamento: Projeto de Ensino-
aprendizagem e Projeto Político-Padagógico – elementos metodológicos para 
elaboração e realização, 18ª ed. São Paulo: Libertad Editora, 2008. 
 
 
ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar; tradução Ernani F. da F. 
Rosa – Porto Alegre: Artmed, 1998. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3
7

Outros materiais