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Sumário
Tópicos relevantes e atuais de diversas áreas, tais como segurança,
transportes, política, economia, sociedade, educação, saúde, cultura, 
tecnologia, energia, relações internacionais, desenvolvimento sustentável e 
ecologia ........................................................................................................1
Candidatos ao Concurso Público,
O Instituto Maximize Educação disponibiliza o e-mail professores@maxieduca.com.br para 
dúvidas relacionadas ao conteúdo desta apostila como forma de auxiliá-los nos estudos para 
um bom desempenho na prova.
As dúvidas serão encaminhadas para os professores responsáveis pela matéria, portanto, ao 
entrar em contato, informe:
- Apostila (concurso e cargo);
- Disciplina (matéria);
- Número da página onde se encontra a dúvida; e
- Qual a dúvida.
Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhá-las em e-mails separa-
dos. O professor terá até cinco dias úteis para respondê-la.
Bons estudos!
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www.maxieduca.com.br
Tópicos relevantes e atuais de diversas áreas,
tais como segurança, transportes, política,
economia, sociedade, educação, saúde, 
cultura, tecnologia, energia, 
relações internacionais, desenvolvimento
sustentável e ecologia
Everton Henrique Gonçales Cardoso
Especialista em Gestão Estratégica de Marketing e Negócios pela REGES; 
Graduado em Geografia pela UNESP; 
Graduado em Pedagogia pela UNINOVE; 
Professor das Escolas Técnicas ETEC e CETAP e 
Escolas Particulares: Dimensão e Objetivo.
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O presente material tem por objetivo apresentar os principais acontecimentos políticos, econômicos e sociais do 
ano de 2014, desde janeiro até meados de setembro. Para facilitar sua compreensão, as informações apresentadas 
respeitarão aproximadamente uma ordem cronológica dos fatos. Ainda, durante o texto, serão sugeridas algumas 
reportagens de apoio que objetivam subsidiar seus estudos. Nota-se que muitos temas contextualizam mais de 
um assunto. Ao final do material, encontra-se um teste com 15 questões (e gabarito) relacionadas aos assuntos 
abordados.
Entenda a crise na Ucrânia
O final de 2013 e o início de 2014 tem se mostrado bastante turbulento sob o ponto de vista político, social e 
militar na Ucrânia, país do Leste Europeu.
 Toda a onda de manifestações no país teve início quando o governo do então Presidente Viktor Yanukovich 
refugou ao assinar um acordo de livre-comércio e associação política com a União Europeia (UE), (isso em 
21/11/2013), sob a alegação de que a estratégia adotada nas relações econômicas ucranianas para o momento era de 
uma maior aproximação com a Rússia (maior aliado do presidente Viktor, por sinal).
O presidente ucraniano, ainda, ao recusar a assinatura do acordo, disse que a decisão, embora difícil, era 
necessária, uma vez que as regras europeias eram muito rígidas para a frágil economia ucraniana. 
Contudo, tornou-se público, dias após anunciar a desistência do acordo com a União Europeia, que o governo 
da Ucrânia tomou a decisão sob forte pressão de Moscou. Isso porque, os russos teriam ameaçado de cortar o 
fornecimento de gás, além de possivelmente tomar medidas protecionistas contra acesso dos produtos ucranianos 
ao seu mercado. Naturalmente, o bloco europeu foi fervorosamente contra a intervenção russa nessa possível 
aproximação entre a Ucrânia e a União Europeia (é importante destacar que se tratava de acordos comerciais e 
estratégicos, e não da entrada da Ucrânia no Bloco).
Sob um contexto histórico, o conflito acentua uma divisão interna na Ucrânia, que se tornou independente do 
poder de Moscou com o fim da União Soviética, no ano de 1991. O Leste e o Sul têm maiores relações com a Rússia 
e, inclusive, possuem o idioma russo como o mais utilizado, além da maior dependência econômica a este país. 
Já o Norte e o Oeste, apesar de possuírem menor de dependência, têm o ucraniano como o idioma mais utilizado. 
Daí, naturalmente, surgirem os maiores núcleos de oposição ao governo de Viktor. Merece destaque o fato de Kiev, 
capital do país, pertencer a esta região.
Desde a negação na aprovação do acordo com a União Europeia, a Ucrânia foi palco de sucessivos protestos. Os 
grupos de oposicionistas passaram a exigir a renúncia do presidente e do primeiro-ministro. Além disso, decidiram, 
ainda, criar um quartel-general da resistência nacional, além de organizar uma greve em todo o país. Mesmo com a 
renúncia do primeiro-ministro Mykola Azarov, em 28/01/2014, a crise não foi amenizada.
Um novo passo importante para o entendimento dos fatos ocorreu em 21/01/2014, com a assinatura de um 
acordo entre Yanukovich e os líderes da oposição, determinando a realização de eleições presidenciais antecipadas 
no país, além da volta da Constituição de 2004, a qual reduz os poderes presidenciais. Ainda, o acordo também 
previa a formação de um “governo de unidade” como forma de solucionar a violenta crise política (uma tentativa 
que se mostrou ineficaz). Tanto que, no dia seguinte à assinatura do acordo, o presidente deixou Kiev e foi para 
paradeiro desconhecido. Com sua ausência na capital, sua casa, seu escritório e em outros prédios do governo foram 
tomados pela oposição. O cenário apontava para um “golpe de estado” contra o presidente.
Em fevereiro de 2014, contudo, as manifestações ganharam um tom mais violento, culminando com a destituição 
do Presidente Viktor Yanukovich no dia 22/02/2014. A partir de então, com novas eleições previstas somente 
para maio de 2014, o governo ucraniano ficou submetido a um poder provisório. O presidente recém-eleito do 
Parlamento, o opositor Oleksander Turchynov, assumiu o governo temporariamente, afirmando que integração com 
a União Europeia era prioridade, mesmo querendo manter as conversas bilaterais com a Rússia. 
Em 27 de fevereiro, o Parlamento ucraniano aprovou um governo de coalizão que vai governar até as eleições 
de maio, com o pró-europeu Arseny Yatseniuk como premiê interino.
Vale destacar que o antes presidente Viktor Yanukovich teve sua prisão decretada em razão da morte de civis 
e, após dias desaparecido, apareceu na Rússia, acusando os mediadores ocidentais de traição. Ainda, disse não 
reconhecer a legitimidade do novo governo interino. O governo provisório ucraniano e as autoridades do país, por 
sua vez, pediram sua extradição.
Esse novo formato, fortemente desaprovado pelas porções do território ucraniano pró-Rússia, acirrou as tensões 
separatistas de algumas áreas, como a Crimeia. Além disso, também deu origem a um processo de ocupação das 
porções Sul e Leste por forças militares da Rússia, em apoio à população contrária à destituição do presidente e à 
formação do governo provisório. Ainda, a companhia russa Gazprom decidiu acabar a partir de abril com a redução 
do preço do gás vendido à Ucrânia, o que naturalmente gerou impactos negativos na economia do país.
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Fonte: g1.globo.com
Com o aumento das tensões separatistas, o Parlamento russo aprovou, a pedido do presidente Vladimir Putin, o 
envio de tropas à Crimeia para “normalizar” a situação. A região aprovou um referendo para debater sua autonomia 
e elegeu um premiê pró-Rússia, Sergei Aksyonov, não reconhecido pelo governo central ucraniano. No dia 4 de 
março, ele afirmou planejar assumir o controle militar da península. O referendo culminou com um resultado 
esmagador pró-Rússia, que acabou anexando a Criméia ao seu território. O infográfico a seguir, do Portal G1, traz 
uma cronologia resumida dos fatos:
As tensões ganharam proporções mundiais. Barack Obama, presidente dos EUA,pediu a Putin o recuo das 
tropas na Crimeia. Também ameaçou a Rússia com sanções, além de suspender as transações comerciais com o país 
e o acordo de cooperação militar, alegando que Putin violou leis internacionais ao intervir na Ucrânia.
A existência de conflitos na região se tornou eminente. Contudo, cabe ressaltar as desproporções existentes 
entre as forças militares ucranianas e russas, amplamente favoráveis à segunda. A ilustração a seguir mostra o 
desequilíbrio.
Ucrânia dividida
Regiões onde a maioria fala ucraniano querem proximidades com a União Europeia; área onde a maioria russa 
predomina preferem influência de Moscou.
Cronologia
21/11/2013
Sob pressão russa, o presidente Viktor Yanukovich desistiu de assinar um acordo de livre-comércio com a 
União Europeia e decidiu estreitar relações comerciais com Moscou.
24/11/2013
Milhares tomaram as ruas de Kiev para exigir que o presidente voltasse atrás na decisão. Manifestantes entraram 
em conflito com a polícia em frente à sede do governo.
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17/12/2013
Rússia e Ucrânia assinaram novo acordo para retirar barreiras comerciais entre os dois países. Pelo acordo, 
Moscou investiu US$ 15 bilhões no governo de Yanukovich.
22/01/2014
Após quase dois meses de protestos, ocorreram as primeiras mortes. Cinco manifestantes morreram, centenas 
ficaram feridos e dezenas foram presos. 
23/01/2014
Negociações entre governo e oposição não deram resultados e, manifestantes invadiram sedes de governo em 
regiões oeste do país.
28/01/2014
O primeiro-ministro Mykola Azarov apresentou sua renúncia, o que era uma exigência dos manifestantes, mas 
a crise política não diminuiu.
19/02/2014
Os protestos atingem o auge da violência, com dezenas de mortos incluindo policiais. Há registros de que os 
dois lados usaram armas de fogo no conflito.
21/02/2014
Governo e oposição assinam acordo que prevê eleições antecipadas e a volta da Constituição de 2004, reduzindo 
os poderes de Yanukovich.
22/02/2014
O presidente Viktor Yanukovich é destituído pelo Parlamente, acusado de ser constitucionalmente inábil para 
prosseguir em suas funções. Novas eleições presidenciais são marcadas para 25 de maio. Líder oposicionista, a ex-
premiê Yulia Tymoshenko é libertada da eleição.
23/02/2014
Presidente do Parlamento, Olekesander Turchinov assume interinamente a presidência da Ucrânia e, em 
discurso, diz que a integração à Comunidade Europeia é prioridade. 
26/02/2014
Governo de coalização é aprovado, com Arseny Yatseniuk como premiê.
01/03/2014
Senado da Rússia aprova envio de tropas à Crimeia.
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Fonte de informações: g1.com
 
A região, até os dias atuais, está longe de um desfecho que agrade as partes envolvidas.
Geração Nem-Nem
Fonte de informações: www.uol.com.br/atualidades. Artigo de Andréia Martins 
Segundo Andréia Martins, colunista do Portal Uol/Atualidades, existe um grande número de Jovens que não 
estão trabalhando nem procurando uma colocação no mercado e que estão fora da escola. É o perfil da chamada 
“geração nem-nem”, com jovens de 15 a 24 anos que não trabalham nem estudam. Segundo a autora, um estudo 
divulgado no dia 13/2/2014, pela OIT (Organização Internacional do Trabalho) apontou que 21,8 milhões dos 
jovens latino-americanos se enquadram nesse perfil. Uma pesquisa anterior da OIT, divulgada logo no início do 
ano, apontava que, de 2007 a 2012, o fenômeno cresceu em 30 países, de uma lista de 40 analisados.
Contudo, não se trata de um fenômeno novo. Martins salienta que “esse perfil de jovens já é tema de estudos 
da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) desde o final dos anos 1990. Entre 1997 
e 2010, jovens com idade entre 20 e 24 anos, que não trabalhavam nem estudavam já eram 13% da população, 
chegando a 17,6% em 2010. O que se nota hoje é um aumento desse fenômeno. Em Portugal esses jovens são quase 
meio milhão. Na Irlanda e na Espanha a taxa dos “nem-nem” cresceu 9,4 e 8,7 pontos porcentuais desde 2007; 20% 
dos jovens irlandeses e espanhóis estão nessa condição, taxa considerada “preocupante” pela OIT. O Brasil está a 
um passo da categoria preocupante, com 19% de jovens com esse perfil”.
O fenômeno é resultado de uma combinação de fatores. A necessidade de oportunidades de trabalho para 
esse grupo de pessoas, reflexo de fatores econômicos e sociais, somados a um desânimo por parte dos jovens 
em encontrar oportunidades de trabalho com baixa remuneração, preferindo ficar desempregados até que novas 
possibilidades apareçam são algumas das explicações.
Ainda, destaca-se o fato de algumas áreas do planeta possuírem razões particulares para o crescimento da 
geração “nem-nem”. Segundo Martins, no México, 77% das garotas não trabalham nem estudam e preferem se 
dedicar à vida familiar. Na Turquia e na Grécia, as crises econômicas são as grandes responsáveis pela diminuição 
da oferta de emprego para jovens. Já no Brasil, o fator renda é um dos que mais influencia o crescimento de jovens 
com o perfil “nem-nem”. Em 2000, por exemplo, famílias entre as 10% mais pobres tinham 233% mais chances 
de ter um membro “nem-nem” entre os seus do que famílias entre os 10% mais ricos. Em 2010, esse valor havia 
aumentado para quase 800%. Em outras palavras, os mais pobres estão mais vulneráveis ao fenômeno.
Continuando a abordagem entre os jovens brasileiros, 19% deles com idade entre 15 e 24 anos não trabalham 
nem estudam. O número de mulheres negras nesse perfil é duas vezes maior que o de homens, segundo o relatório 
da OIT. O baixo nível social e os casos de gravidez na adolescência são algumas das explicações.
Diante disso, percebe-se que o controle de grandes crises econômicas, o combate à desigualdade, o investimento 
em educação e qualificação profissional são algumas das ações necessárias para interromper esse ciclo negativo de 
crescimento da geração “nem-nem”.
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A polêmica política de combate às drogas: legalização da maconha no Uruguai 
Fonte de informações: Andréia Martins – Novel Comunicação, para o Portal Uol Educação.
Em dezembro de 2013, na busca de enfrentar o problema do tráfico de maconha no país, o Uruguai, encabeçado 
por seu presidente, José Pepe Mujica, tomou a polêmica decisão de legalizar a produção, distribuição e venda de 
maconha, além de submeter todas essas etapas ao controle do Estado, algo inédito até então.
No Uruguai, que tem uma população superior a 3,3 milhões de habitantes, 18 mil pessoas afirmam fumar 
maconha diariamente e cerca de 184 mil fazem uso da erva pelo menos uma vez por ano, segundo a Junta Nacional 
de Drogas. 
A lei proposta pelo presidente foi aprovada de maneira apertada. Segundo o presidente, o grande objetivo 
é combater o narcotráfico e reduzir a criminalidade. A liberação entra em vigor em 2014 e passa a não punir o 
consumo, contudo, limita a quantidade e quanto o usuário pode gastar por mês com a droga. Permite, ainda, que os 
residentes maiores de 18 anos se cadastrem e possam cultivar até seis plantas. Os que optarem por comprar, devem 
procurar farmácias cadastradas, podendo adquirir até 40 gramas de maconha por mês.
Obviamente, até pela votação ter sido apertada, a posição da sociedade uruguaia não é unânime. Apesar da 
fama de país liberal, o presidente encontrou resistência. Muitos médicos, além de membros da Igreja Católica e da 
oposição política se mostram resistentes à ideia. 
Segundo políticos opositores, o fácil acesso pode ser uma porta de entrada para outras drogas (como a cocaína 
e o crack), aumentar a dependência e pode fazer, ainda, com que os traficantes reduzam os preços dessas mesmas 
drogas, já que eles “ganhariam”um novo concorrente, no caso o estado.
Para muitos médicos uruguaios, o fato de muitos não considerarem a maconha uma droga de capacidade 
agressiva, bem como a diferença de reação que cada pessoa pode ter ao consumi-la, torna a legalização mais 
preocupante em termos de saúde. O aumento do consumo é um grande risco, bem como a banalização de outras 
possíveis consequências do uso.
 Segundo Andréia Martins, colunista da Uol Educação, uma pesquisa realizada no Uruguai mostra que mais de 
60% da população se coloca inicialmente contra a liberação. Essa corrente opositora vai ao encontro das ideias da 
ONU sobre Narcóticos, implantada em 1961. Segundo a convenção, o consumo de maconha é permitido apenas 
para fins medicinais. Daí o modelo que proíbe a produção, venda e o consumo.
No Uruguai, a nova lei quebra o paradigma proibicionista e tem muitos aliados. A Comissão Global de Política 
sobre Drogas, grupo formado pelos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (Brasil), César Gaviria (Colômbia) e 
Ernesto Zedillo (México) e pelo ex-secretário-geral das Nações Unidas Kofi Annan, entre outros nomes, recomenda 
a descriminalização dos usuários de drogas e a implementação de políticas de regulamentação, especialmente no 
caso da maconha, com vistas a enfraquecer economicamente o crime organizado.
Segundo Mujica, essa mudança de legislação não procura estimular novos usuários, mas sim, trazer para as 
mãos do estado a regulação da atividade. Inclusive a medida é amparada por estudos realizados em outros países, 
citando o caso de Portugal, onde a liberação reduziu o percentual de jovens que consomem a droga.
O tema também é foco de discussões amplas no Brasil. Em 2006, houve uma mudança na lei que estabelece 
algumas diferenças entre usuário e traficante. Contudo, ainda proíbe o consumo em todos os lugares, mesmo 
privados, considerando crime, porém, não passível de prisão. 
O número de pessoas recolhidas a presídios no Brasil possui fortes relações com as drogas. Do total de detentos 
nos presídios brasileiros (548 mil), segundo dados do Ministério da Justiça, 138.198 estão presos por tráfico.
O Presidente Mujica, do Uruguai, ressalta que essa mudança não é irreversível. Essa nova estratégia de 
enfrentamento, segundo ele, tem grandes chances de obter êxito. Contudo, se o resultado não for positivo, novas 
estratégias podem ser tomadas.
Março de 2014 no Brasil – Risco de faltar energia é reclassificado
Fonte de informações: Fábio Amato – G1 – Brasília.
Segundo Fábio Amato, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) divulgou nota no dia 12/03/2014, 
em que avalia como “baixa” a probabilidade de ocorrerem dificuldades no fornecimento de energia em 2014 que 
podem levar a um novo racionamento. O que existe de importante é que, em reunião anterior, no mês de fevereiro, 
esse risco era considerado “baixíssimo”.
Em razão da falta de chuvas, os grandes reservatórios das hidrelétricas no Sudeste e Centro-Oeste passaram a 
registrar desde fevereiro o mais baixo nível de armazenamento de água desde o ano de 2001 (ressalta-se que neste 
ano houve racionamento de energia). 
As maiores preocupações estão concentradas nos reservatórios dos Sistemas Sudeste e Centro-Oeste, uma vez 
que estas regiões respondem por cerca de 70% da capacidade do país de gerar energia.
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Na semana anterior à divulgação da nota, representantes de 15 associações do setor elétrico entregaram uma 
carta ao ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, classificando como “delicada” a situação dos principais 
reservatórios de hidrelétricas do país. Nesta carta, as entidades solicitam “voz ativa” nas discussões sobre medidas 
que possam ser adotadas para equacionar a questão.
O próprio governo, que antes colocava como zero a possibilidade de faltar energia, já admite que existe 
possibilidade, apesar de ser mínima. O secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, 
admitiu que o governo acendeu o sinal amarelo no setor elétrico por conta da queda no nível de armazenamento dos 
reservatórios provocada pela falta de chuvas em 2014. Ele voltou a dizer, entretanto, que o sistema está equilibrado 
e que não há previsão de faltar energia no país.
O governo também ressalta que haverá maior participação no fornecimento por parte das termelétricas (as usinas 
que queimam combustíveis para a geração de energia). Essas usinas vêm sendo acionadas com mais intensidade 
nos últimos meses justamente para ajudar a poupar água dos reservatórios das hidrelétricas e têm capacidade 
para atender a cerca de 20% da demanda do país. Contudo, a energia das termelétricas tem custo mais elevado, 
naturalmente levando a repasses de preços ao consumidor.
Nos últimos meses, o problema vem se agravando, já que as chuvas nessas regiões continuam aquém das 
médias históricas. Ainda, a situação se agrava à medida que a água dos reservatórios para a geração de energia 
também passa a ser disputada para aquela utilizada para abastecimento da população. 
2014 – Onda de protestos na Venezuela
Fonte de informações – www.g1.com.br.
Desde o início do mês de fevereiro, a Venezuela tem enfrentado momentos de protestos de estudantes e opositores 
contra o governo de Nicolás Maduro. Os protestos se agravaram em 12/02/2014, quando uma manifestação contra o 
presidente culminou com a morte de 3 pessoas, além de mais de 20 feridos. Os protestos contam com uma divisão 
interna no país, já que milhares foram às ruas criticar o governo (sobretudo por conta da inflação, escassez de 
produtos básicos, alta criminalidade e insegurança), enquanto outros milhares se manifestaram em favor de Maduro 
e contra os oposicionistas, alegando que a oposição articula esse movimento com vistas a dar um golpe de estado. 
Até março, as mortes já haviam chegado a cerca de 30 pessoas.
A seguir, segue um cronograma inicial das ondas de protestos na Venezuela, organizado pelo Portal g1:
Cronologia dos protestos de fevereiro
Oposição, liderada por Leopoldo Lopez, quer saída de Maduro
12/02
Três pessoas são mortas (e 99 presas) durante governo de Nicolás Maduro, em Caracas.
14/02
Bombas de gás lacrimogênio e jatos d´água dispersam protesto que bloqueou duas avenidas de Caracas.
15/02
Cerca de 3 mil opositores protestam em Mercedes, zona de luxo da capital
16/02
O oposicionista Leopoldo López convoca superpasseata para o dia 18.
Maduro acusa os EUA de estrem por trás dos protestos e expulsa três funcionários consulares do país.
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18/02
Leopoldo López se entrega à polícia em meio ás novas manifestações.
Um estudante morre durante protesto na cidade de Carupanos.
19/02
Morre ex-miss Génesis Carmona, baleada na cabeça durante protesto na cidade de Valencia.
Com base em informações do Portal g1, seguem as principais informações sobre a onda de protestos, buscando 
entendê-lo cronologicamente:
• Os protestos começaram com estudantes simpatizantes da oposição, acompanhados de políticos, que se reuni-
ram no dia 12/02/2014 na Praça Venezuela (centro de Caracas), para criticar a política econômica do presidente e 
exigir a libertação de universitários que haviam sido detidos em protestos no interior do país. Os manifestantes são 
liderados pelo dirigente político Leopoldo López (presidente do partido de direita Voluntad Popular - que inclusive 
foi preso), pelo prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, e por Maria Corina Machado, deputada ultraconservadora. 
• Ressalte-se que a oposição não forma um grupo homogêneo. A tática dos mais revoltosos nas ruas rendeu 
divergências com ex-candidato presidencial Henrique Capriles, até então visto como principal rosto da oposição. 
Capriles – líder do setor moderado da coalizão opositora – é contra a violência, mas também denunciou o governopor sua ação repressora contra os manifestantes. Mesmo assim, Capriles tem questionado Maduro, e desafiou o 
presidente a dar provas sobre a tentativa de golpe de estado que o mandatário afirma estar em curso no país.
• Ao mesmo tempo, milhares de pessoas defensoras do Chavismo (lembrando que Maduro era vice de Hugo 
Chávez e ganhou a nova eleição que só ocorreu após a morte dele), se reuniram em diferentes praças em Caracas e 
em outros estados, para comemorar os 200 anos da chamada “Batalha da Vitória”, na guerra de independência do 
país. Nessa data é comemorado o “Dia da Juventude”, em homenagem aos que morreram em combate. O evento 
em 2014 acabou se transformando em um ato em defesa de Maduro.
• O governo venezuelano, na pessoa de Nicolás Maduro, classificou como tentativa de “golpe de Estado” os 
incidentes que deixaram três mortos durante protestos no dia 12 de fevereiro. Maduro denunciou que os protestos 
da oposição se mostram como um golpe contra seu governo, alegando que o suor da polícia foi apenas para impe-
dir manifestações não autorizadas e bloqueios das ruas. Ressalta-se, ainda, que o governo fez ameaças de cortar o 
fornecimento de gasolina onde as manifestações fossem intensificadas.
• Os protestos e conflitos na Venezuela geraram repercussões internacionais. Após as mortes, Catherine Ashton 
(alta representante da União Europeia para a política externa), expressou sua preocupação, pedindo um “diálogo pa-
cífico” entre as partes. O Departamento de Estado dos Estados Unidos, acusado por Maduro de apoiar os protestos, 
negou qualquer participação. Ressalte-se que as relações entre Maduro e Obama não são das mais amigáveis. Já as 
autoridades da ONU exigiram que os casos de agressão contras manifestantes e jornalistas sejam investigados, e 
pediram a libertação de qualquer pessoa que permaneça detida arbitrariamente. A União de Nações Sul-Americanas 
(Unasul) decidiu, em uma reunião extraordinária de chanceleres em Santiago, criar uma comissão para acompanhar 
o diálogo entre governo e oposição na Venezuela, a partir da primeira semana de abril.
• Ressalta-se que membros da imprensa brasileira, ao se solidarizarem com possíveis ações de censura do go-
verno de Maduro, abriram espaço nos meios de comunicação do Brasil para que os jornalistas venezuelanos publi-
cassem reportagens que denunciassem abusos do governo no país.
Março de 2013 - Agência de risco Standard & Poor’s rebaixa nota do Brasil
Informações coletadas junto ao Portal G1.
No dia 24/03/2014 a agência de classificação de risco Standard & Poor’s rebaixou a nota de crédito soberano do 
Brasil. Esta nota reflete a confiança de investir no país. A nota, que antes era “BBB”, passou para “BBB-”. A figura 
a seguir, do Portal G1, ilustra essa mudança:
Fonte: G1
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Com a classificação “BBB-”, o país ainda mantém o grau de investimento, que recomenda o país como destino 
de aplicações, mas é o último degrau para perder esse posto. 
A figura a seguir, também do Portal G1, apresenta as classificações das agências de risco:
Segundo a agência de classificação Standard & Poor’s, são justificativas para a redução na nota os sinais pouco 
claros da política econômica do governo da presidente Dilma Rousseff, que enfrenta um frágil quadro fiscal, assim 
como a desaceleração do crescimento do país. Trata-se da combinação de “derrapagem orçamentária” em meio às 
perspectivas de “crescimento moderado nos próximos anos”, baixo volume de investimentos, “capacidade restrita” 
a ajustar a política antes das eleições presidenciais de outubro e “algum enfraquecimento das contas externas do 
país”.
O Ministério da Fazenda discorda da análise da agência de classificação. Diz que a nota “BBB-“ é contraditória 
com a solidez e os fundamentos do Brasil e inconsistente com as condições da economia brasileira.
É a primeira vez desde 2002 que a S&P diminui a classificação do país. Cabe ressaltar que as expectativas do 
mercado já sinalizavam para este rebaixamento. O mercado internacional já se mostrava assustado com a redução 
do superávit primário de 3,1%, há alguns anos, para 1,5% do PIB, sem considerar as receitas extraordinárias. Isso 
só será revertido se o país conter despesas e aumentar o ritmo de crescimento, facilitando o ajuste fiscal.
22/03/2014 – Nova Marcha da Família com Deus
Fonte de informações: Folhapress
Cerca de 500 pessoas participaram da Marcha da Família com Deus pela Liberdade, na tarde do dia 22/03/2014, 
na praça da República, em São Paulo. De lá, o grupo foi, em passeata, rumo à praça da Sé. Tratou-se de uma tentativa 
de reeditar passeata similar ocorrida em março de 1964 (esta com uma participação muito mais significativa de 
pessoas). Ressalta-se que outras marchas, igualmente com número mais reduzidos de manifestantes (se comparadas 
à de 1964), também foram realizadas em outras cidades, como Rio de Janeiro-RJ e Curitiba-PR.
AGENTE - POLÍCIA FEDERAL
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Os ideais dos movimentos podem ser resumidos com base nos tópicos seguintes:
• Retorno das Forças Armadas;
• Voto facultativo;
• Repúdio ao Comunismo;
• Associação entre o atual governo de Dilma Rousseff ao comunismo;
• Uso de roupas brancas, verdes e amarelas, simbolizando patriotismo;
• Posição contrária à desmilitarização da Polícia Militar;
• Uso de imagens religiosas, com vistas a “exaltar valores tradicionais da família cristã”. Inclusive fizeram uso 
de uma estátua de Nossa Senhora de Fátima estava no trio elétrico que acompanhava o grupo;
A marcha contou, também com a oposição de pessoas que gritavam totalmente ou parcialmente contra os ideias 
defendidos pelos manifestantes. 
Em oposição e paralelamente à Marcha da Família com Deus Pela Liberdade foi realizada a Marcha Antigolpista 
– Ditadura Nunca Mais, na Praça da Sé.
Contando com cerca de 1.000 pessoas (dados da Polícia Militar do Estado) compareceram a essa manifestação. 
Destaca-se a participação do Senador Eduardo Suplicy (PT-SP) e de cartazes e palavras de ordem proferidas pelos 
manifestantes que se mostram completamente contrários a um possível retorno de um governo de caráter militar 
no país.
Aprovação da cota para negros no serviço público
Fonte de informações: Portal G1; Folha de São Paulo; Estadão.
Em 26/03/2014, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei 
que reserva para negros e pardos ao menos 20% das vagas em concursos públicos da administração federal. A 
aplicabilidade das cotas, assim que aprovada, tem o prazo de dez anos.
As cotas terão efeito para concursos realizados para a administração pública federal, autarquias, fundações 
públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista controladas pela União, como Petrobras, Caixa 
Econômica Federal, Correios e Banco do Brasil. Destaca-se o fato do projeto não estender as cotas para concursos 
dos poderes Legislativo e Judiciário.
O projeto havia sido encaminhado pelo governo ao Congresso em novembro de 2013, em regime de urgência.
Segundo a proposta, a reserva será oferecida sempre que a oferta no concurso for superior a três vagas. Poderá 
concorrer pelo sistema de cotas o candidato que se autodeclarar preto ou pardo no ato da inscrição do concurso. 
O Legislativo e o Judiciário não foram incluídos na proposta por dependerem de decisões próprias. “Para o 
Legislativo, caberia às mesas diretoras da Câmara e do Senado propor. No caso do Judiciário, cabe ao Supremo 
Tribunal Federal mandar o projeto”, disse o relator da proposta na CCJ, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), em 
entrevista à imprensa. O relator disse, ainda, acreditar que o país está preparado para a proposta. “Eu acho que o 
Brasil já aprovou lei de cotas tardiamente. Os Estados Unidos fizeram logo no pós-Segunda Guerra Mundial ações 
afirmativas decotas. É uma medida que é importante de aprovar, e esta é a hora”, completou a imprensa.
Cabe ressaltar que o Senado aprovou em 20/05/2014 o projeto de lei que reserva 20% das vagas em concursos 
públicos da administração federal para candidatos que se declararem negros ou pardos. Em seguida, o texto foi para 
a sanção da Presidência da República, que ocorreu em 10/06/014, com publicação no Diário Oficial da União, com 
efeito imediato e vigência pelo prazo de 10 anos.
A lei prevê que, caso constatado que a declaração de negro ou pardo seja falsa, o candidato será eliminado do 
concurso e, se já tiver sido nomeado, poderá ter sua admissão anulada e responder a um procedimento administrativo.
Segundo o Portal G1, após a cerimônia de sanção, a ministra da Igualdade Racial, Luiza Bairros, afirmou 
que não haverá comissão específica para apurar se a declaração do candidato é falsa. Segundo ela, o governo 
trabalha com a hipótese de que denúncias serão feitas por cidadãos e apuradas pelo Ministério Público, como ocorre 
atualmente quando alguém denuncia uma suposta declaração falsa de cota nas universidades.
Segundo a ministra, o governo estuda a elaboração de um parecer jurídico que deverá servir de base para que as 
denúncias sejam apuradas da mesma maneira.
A Lei, segundo a presidência, é uma medida de afirmação que visa corrigir as distorções sociais históricas 
sofridas pelos negros o país.
AGENTE - POLÍCIA FEDERAL
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A polêmica relação entre o comportamento feminino e os estupros
Informações coletadas em reportagem de Flávia Alvarenga - Brasília, DF e pesquisa do IPEA
Em março de foram grandes as repercussões de uma pesquisa do IPEA sobre a avaliação dos brasileiros acerca 
das circunstâncias que envolvem os casos de estupro. Analisando os dados friamente, para mais da metade dos 
brasileiros, mulher com roupa curta merece ser estuprada. Esse dado foi divulgado pelo Instituto de Pesquisa 
Econômica Aplicada. O gráfico a seguir apresenta as polêmicas opiniões.
Contudo, segundo Flávia Alvarenga, nas delegacias onde são registrados os casos de estupro, o que se percebe 
é que as vítimas são escolhidas porque estão vulneráveis e em situações de risco. O ambiente onde a vítima está é o 
fator mais observado pelo criminoso. Quem ouve os depoimentos de mulheres vítimas de violência sexual diz que 
o agressor não escolhe o alvo pela aparência física ou pelo modo de se vestir.
A pesquisa gerou grande polêmica na internet. Anônimos e famosos deram início a uma grande campanha, 
sobretudo com o slogan “eu não mereço ser estuprada”. Em resumo, a campanha dizia que a vítima de estupro não 
pode ser considerada a culpada pelo estupro, afinal, o criminoso é quem o comete.
Defensores dos direitos das mulheres, como o Centro de Estudos Feministas (CFEMEA) e a psicóloga da 
Universidade de Brasília, Valeska Zanello, não se espantaram com os resultados, pois observam que a sociedade 
analisa essas situações muitas vezes de maneira machista.
Ressalte-se que o Ipea, posteriormente às polêmicas sobre o assunto, emitiu uma nova apresentação dos dados, 
alegando que ocorreram erros na primeira pesquisa divulgada. Contudo, a discussão já havia sido instalada em 
diversos segmentos e mídias.
AGENTE - POLÍCIA FEDERAL
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20 anos do fim do Apartheid na África do Sul
Fonte de informações: Andréia Martins, da Novelo Comunicação, ao Portal Uol Educação.
A superação da diferença racial foi um obstáculo importante para muitos países. Destaca-se, neste texto, a 
África do Sul, que durante quatro décadas adotou um regime de segregação racial com amplos privilégios à elite 
branca. O fim deste regime – Apartheid – completa 20 anos em 2014 e teve como um de seus principais nomes o 
do ex-presidente Nelson Mandela (1918-2013).
Segundo Martins, o apartheid – palavra africana que significa separação – foi um regime de segregação racial 
estabelecido após as eleições gerais de 1948, quando o (PNR) Partido Nacional Reunido e o Partido Africâner 
venceram com a promessa de acentuar a separação entre brancos e negros – herança do período colonial de ocupação 
holandesa e britânica. Unidas, as legendas formaram o Partido Nacional, que governaria o país até 1994, quando 
Mandela chegou à presidência nas primeiras eleições livres.
A segregação era um processo muito amplo. Negros não podiam se casar com brancos, não podiam ocupar 
o mesmo transporte coletivo usado pelos brancos, não podiam morar no mesmo bairro e nem realizar o mesmo 
trabalho, nem comprar e alugar terras, entre outras restrições. A discriminação se estendia também aos coloured 
(mestiços), indianos e brancos sul-africanos, conforme salienta Andreia Martins.
O apartheid na África do Sul era um sistema político com segregação racial institucionalizada. A minoria 
branca estava com o controle do estado. Já em 2013, a África do Sul aprovou a Lei de Terras, o que obrigava os 
negros africanos a viverem em reservas, proibindo-os de trabalharem na condição de meeiros. Igualmente, eram 
proibidas a venda e aluguel de terras a negros.
O partido Congresso Nacional Africano (CNA), opositor das leis segregacionistas, foi banido mais tarde pela 
política do Partido Nacional.
Os protestos contra o Apartheid também geraram bastante violência na África do Sul. Manifestos, sobretudo 
nas décadas de 1970/80 eram duramente reprimidos pelo governo.
Muitas reações mundiais ocorreram em razão da política do Apartheid. A África do Sul sofreu sanções, embargos 
e proibições diversas, inclusive demonstrando que o regime não traria o progresso esperado ao país.
Em 1989, assumiu a presidência Frederic. W. de Klerk, do Partido Nacionalista. O novo presidente, em 1990, 
pôs fim ao apartheid. Ainda em 1990, Nelson Mandela, que cumpria pena de prisão desde 1964, foi posto em 
liberdade. Em 1993, nas primeiras eleições livres, Mandela foi eleito presidente da África do Sul pelo CNA, 
governando de 1994 a 1999.
Contudo, apesar de todos os progressos observados, é sabido que o fim do Apartheid está longe de ter acabado 
com as desigualdades entre negros e brancos no país, que ainda é muito evidente. Mesmo assim, Mandela, que 
faleceu em 2013, é considerado uma das maiores personalidades de toda a história na luta contra o racismo, a 
desigualdade e a segregação.
Por fim, ressalta-se que outros povos também foram vítimas de situações com semelhanças ao Apartheid. 
Durante a colonização das Américas, diversos grupos indígenas, além de negros africanos foram vítimas de uma das 
maiores formas de exploração de indivíduos, a escravidão. Judeus e ciganos também foram duramente perseguidos 
na Europa, sendo submetidos a regimes segregacionistas.
Abril de 2014 – Novas denúncias envolvendo a Petrobras
Informações coletadas junto ao Portal G1 e Folha de SP.
A Petrobras, empresa estatal brasileira ligada a diferentes etapas de exploração do petróleo, é investigada por 
suspeitas de propina e superfaturamento. As investigações do Tribunal de Contas da União (TCU), Polícia Federal e 
Ministério Público, além de parlamentares, alegam a necessidade da instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar 
de Inquérito) para investigar a estatal.
Segundo o Portal G1, com trechos citados parcialmente a seguir, são 3 as principais denúncias envolvendo a 
Petrobras:
• Suspeitas de superfaturamento e evasão de divisas na compra da refinaria de Pasadena, no Texas, em 2006: A 
Petrobras pagou, ao todo, mais de US$ 1,3 bilhão pela refinaria, localizada no Texas, nos Estados Unidos – valor 
muito superior ao pago, um ano antes, pela belga Astra Oil, de US$ 42,5 milhões. A Petrobras, em princípio, pagou 
US$ 360 milhões por 50% da refinaria, em 2006. Dois anos depois, a estatal e a Astra Oil se desentenderam e uma 
cláusula contratual obrigou a estatal a comprar a parte que pertenciaà empresa belga, levando a conta a US$ 1,18 
bilhão. Documentos indicam, porém, que o valor total passou de US$ 1,3 bilhão. O gráfico a seguir, do G1, ilustra 
as transações e polêmicas:
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Refinaria supervalorizada
Petrobras acabou pagando US$1,18 bilhão por usina que custava R$ 42 milhões.
2005
Belga Astra Oil compra refinaria de Pasadena (EUA) por US$ 42,5 milhões
2006
Conselho de Administração da Petrobras, rpesidido na época pela atual presidente da República, Dilma Rousseff, 
aprova a compra de 50% da compra das ações das refinarias.
Valor: US$ 360 milhões pagos a Astra Oil (US$ 190 milhões em papeis e US$ 170 milhões pelo petróleo de 
Pasadena).
2008
Astra Oil e Petrobras se desentendem por causa de investimento em Pasadena.
Astra vai à Justiça para obrigar à Petrobras a fazer compra dos 50% restantes das ações. 
Belgas se baseiam nas cláusulas Put Option, que está no contrato entre ambas e que determina que, se houver 
briga entre os sócios, a outra é obrigada a ficar com todas as ações.
Petrobras questiona, pela primeira vez, segundo Dilma, a Put Option e uma segunda cláusula, Marlim, que 
garantia de lucro anual de 6,9% à Astra Oil.
2012
Por determinação judicial, a Petrobras paga US$820,5 milhões à Astra Oil pelos 50% restantes.
2013
O Tribunal de Contas da União (TCU) decide investigar supostas irregularidades na compra da refinaria.
2014
Dilma afirma que só deu aval à compra dos dois primeiros 50% da refinaria porque desconhecia cláusulas Put 
Option e Marlim, que não apareceriam no resumo apresentado ao Conselho. Compra é investigada por Polícia 
Federal, TCU e Ministério Público por suspeita de superfaturamento e evasão de divisas.
Comissão da Câmara dos Deputados investiga aquisição da refinaria e convoca ex-diretores da Petrobras, 
autoridades do governo e atual presidente da Estatal, Graça Foster.
Petrobras cria comissão para investigar compra de Pasadena.
• Indícios de superfaturamento na construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco: O Tribunal de Contas 
da União também está investigando a obra da refinaria Abreu e Lima da Petrobras, em Ipojuca (PE). O custo inicial 
da obra saltou de mais US$ 2 bilhões para cerca de US$ 18 bilhões. A estatal está arcando sozinha com todos os 
custos da construção do projeto que era para ser uma parceria com a PDVSA – a estatal de petróleo da Venezuela. O 
acordo firmado entre os então presidentes Lula e Hugo Chávez, porém, nunca teve a situação jurídica formalizada. 
Desde 2008, o TCU faz auditorias na refinaria e já concluiu que houve superfaturamento em alguns contratos. A 
presidente da Petrobras, Graça Foster, já classificou publicamente os gastos com a refinaria como uma história a 
não ser repetida.
• Indícios de pagamento de propina a funcionários da petroleira pela companhia holandesa SBM Offshore: A 
Controladoria-Geral da União instaurou uma sindicância para apurar a denúncia de supostos pagamentos de su-
borno a funcionários da Petrobras pela companhia holandesa SBM Offshore. O suposto esquema foi revelado na 
internet em outubro do ano passado por um ex-funcionário da SBM e publicado pelo jornal “Valor Econômico”. Se-
gundo a empresa, ele pediu dinheiro para não divulgar os documentos. Segundo a denúncia, a SBM, uma das maio-
res empresas de aluguel e operação de plataformas, teria corrompido autoridades de governos de vários países e 
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representantes de empresas privadas para conseguir contratos. O ex-funcionário disse ainda que, entre 2005 e 2011, 
o valor pago teria chegado a US$ 250 milhões. No Brasil, o principal intermediário do esquema seria o empresário 
Julio Faerman. Ele foi um dos representantes da SBM no país até 2012 e é citado na investigação criminal aberta 
pelo Ministério Público Federal neste mês. Faerman nega as acusações. Comissão interna da Petrobras concluiu 
não haver provas de suborno. A denúncia, porém, está sendo investigada pela Polícia Federal. Os contratos entre a 
empresa holandesa e a Petrobras passam ainda por uma análise do Tribunal de Contas da União.
Abril de 2014: Inflação supera teto de 6,5% em comida, casa, saúde, escola e diversão
Fonte de informações: DINHEIRO PÚBLICO & CIA.
O ano de 2014, economicamente para o Brasil, tem sido marcado por prognósticos e confirmações pessimistas 
para a economia: alta da taxa Selic, reduções nas previsões de crescimento do PIB e aumento da inflação, que beira 
o teto da meta (6,5% a.a.).
Ainda, na primeira quinzena de abril, os preços já sobem acima de 6,5% nas despesas das famílias com comida, 
casa, saúde, escola e diversão.
Isso significa que a inflação acumulada em 12 meses está acima do teto para cerca de 70% do orçamento 
doméstico. Destaca-se que o IPCA se baseia no consumo médio de famílias com renda de um a 40 salários mínimos 
(R$ 724 a R$ 28.960 mensais).
Diante dos dados apresentados pelo IBGE, itens como alimentação, habitação, artigos de residência, saúde, 
educação e despesas pessoais (que incluem empregados domésticos, recreação, cabeleireiro e manicure, entre 
outras) estão acima da meta.
Diante disso, muitos questionamentos surgem sobre como a inflação se mantém dentro do teto da meta. Segundo 
especialistas, isso se deve ao represamento de preços sob controle dos governos federal, estadual e municipal, casos 
dos combustíveis, telefonia e passagens de ônibus e metrô etc.
 
Justiça com as próprias mãos: cresce a onda de linchamentos
Informações coletadas em artigo de Andréia Martins - da Novelo Comunicação ao Portal Uol/Educação e 
reportagem do Jornal Correio Brasiliense.
Recentemente, muitos foram os casos de ações da população, que traz para si o papel de julgar supostos 
infratores. Assim ocorreram com jovens amarrados em postes no Rio de Janeiro e em Itajaí-SC. Em Goiânia, um 
jovem foi espancado em razão de um furto. Já em Teresina, um possível assaltante foi amarrado, além de ter seu 
rosto exposto a um formigueiro. Nota-se, portanto, que essas situações estão cada vez mais comuns em todo o país.
Trata-se de apenas alguns exemplos nos quais membros da sociedade sentem-se no direito de, conforme diz a 
expressão popular, fazer justiça com as próprias mãos. Para muitos, trata-se de uma manifestação de descontentamento 
da população sobre como a justiça tem agido contra criminosos.
Em 2014, um dos fatos que mais chamou atenção foi o caso de Fabiane Maria de Jesus, 33 anos, espancada 
depois de ser confundida com uma sequestradora de crianças. Fabiane é a 20ª pessoa assassinada em uma situação 
de justiçamento público em 2014 no Brasil até o início de maio. Moradora do Guarujá (SP), a dona de casa morreu 
devido a um traumatismo craniano, dois dias depois de ser agredida. Desde fevereiro, pelo menos outras 37 pessoas 
foram vítimas de linchamento no país. Especialistas sugerem que a repercussão do vídeo de um adolescente do 
Rio de Janeiro, agredido a pauladas e amarrado nu a um poste no fim de janeiro, tenha desencadeado uma onda de 
crimes, segundo o Jornal Correio Brasiliense.
Segundo a família, Fabiane foi alvo das agressões a partir da publicação em uma rede social do suposto retrato 
falado de uma mulher que sequestrava crianças para utilizá-las em rituais satânicos no Guarujá. Familiares e a 
polícia afirmaram que a morte da dona de casa foi resultado de um boato. “Não foi registrado nenhum sequestro 
de criança no Guarujá. Esse foi um boato nas redes sociais que veiculou em várias localidades e chegou aqui. São 
fatos totalmente inverídicos”, argumentou o delegado Luiz Ricardo Lara, do 1º Distrito Policial da cidade do litoral 
paulista (informações coletadas em reportagem do Jornal Correio Brasiliense).
Desse modo, percebe-se que, diante da percepção de que o Estado não dá conta das demandas reivindicadaspor populares, aumenta a busca de Justiça com as próprias mãos. O resultado é o aumento da barbárie. E de mais 
injustiças. Em resumo, crimes sendo cometidos em razão de supostos outros crimes.
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A aprovação do Marco Civil da Internet e as influências na sociedade brasileira
Fonte de informações: BOL- São Paulo.
Em 23/04/2014, a presidente Dilma Rousseff sancionou o projeto de lei que define o Marco Civil da Internet. 
Trata-se de uma espécie de “Constituição”, com os direitos e deveres das empresas e internautas ligadas à rede 
mundial de computadores no Brasil. 
O Marco Civil da Internet possui três pilares básicos: Neutralidade, Privacidade e Liberdade de Expressão.
Confira as informações a seguir, retiradas do Portal BOL:
• Neutralidade: o Marco Civil garantirá a neutralidade da rede, segundo a qual todo o conteúdo que trafega 
pela internet é tratado de forma igualitária. As empresas de telecomunicações que fornecem acesso poderão conti-
nuar vendendo velocidades diferentes. Contudo, terão de oferecer a conexão contratada independente do conteúdo 
acessado pelo internauta e não poderão vender pacotes restritos (preço fechado para acesso apenas a redes sociais 
ou serviços de e-mail). O texto do Marco Civil prevê que o tráfego pode sofrer discriminação ou degradação em 
situações específicas: “priorização a serviços de emergência” (como um site que não pode sair do ar, mesmo com 
muito acesso) e “requisitos técnicos indispensáveis à prestação adequada dos serviços e aplicações” (caso das liga-
ções de voz sobre IP, que precisam ser entregues rapidamente e na sequência para fazerem sentido). Para que haja 
exceções à neutralidade, é necessário um decreto presidencial depois de consulta com o CGI (Comitê Gestor da 
Internet) e a Anatel.
• Privacidade: Em 2013, depois das denúncias sobre espionagem nos EUA, a presidente Dilma Rousseff pediu 
urgência constitucional para a tramitação do projeto. Nesse sentido, o quesito privacidade ganhou força no Marco 
Civil. O Marco Civil garante a inviolabilidade e sigilo do fluxo de comunicações via internet e também das conver-
sas armazenadas – esse conteúdo pode ser legalmente acessado, no entanto, mediante ordem judicial. Na prática, 
suas conversas via Skype e aquelas mensagens salvas na conta de e-mail não poderão ser violadas, a não ser em 
casos envolvendo a Justiça. O marco prevê, ainda, que a autorização para o uso dessas informações deverá ocorrer 
de forma destacada das demais cláusulas contratuais. Também existe uma polêmica sobre a obrigatoriedade de 
o provedor de aplicações de internet armazenar por seis meses todos os registros de acesso que você fez naquele 
serviço. Isso porque, a prática teoricamente só será adotada por aqueles que têm uma estrutura adequada para isso.
• Liberdade de Expressão: a exclusão de conteúdo só pode ser solicitada por ordem judicial – assim, não fica a 
cargo dos provedores a decisão de manter ou retirar do ar informações e notícias polêmicas. Diante disso, o usuário 
que se sentir ofendido por algum conteúdo no ambiente virtual terá de procurar a Justiça, e não mais as empresas 
que apresentam os dados na rede. Merece destacar que o comportamento é diferenciado para a chamada “vingança 
pornô” (divulgação não autorizada na internet de conteúdo sexual). Para estes casos, o participante ou seu represen-
tante legal deve enviar uma notificação para o provedor de aplicações (ex: Facebook ou Google), que a partir disso 
deve tornar esse material indisponível. 
A seguir, segue uma ilustração que apresenta os principais aspectos do Marco Civil da Internet (fonte: BOL):
ANOTAÇÕES
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O sequestro de mais de 200 meninas pelo Boko Haram - Nigéria
Em 14 de abril de 2014, cerca de 276 meninas, com idade entre 16 e 18 anos, foram sequestradas em uma escola 
na cidade de Chibok, ao Norte da Nigéria. O grupo responsável pelo sequestro é o Boko Haram. Este nome que na 
língua local hausa significa “Educação Ocidental é Pecado”, foi fundado no ano de 2014, com vistas a reproduzir 
ideais fundamentalistas islâmicos na região. Contudo, desde 2009, adotou uma postura mais violenta, responsável 
por muitos atentados. Existem inclusive teorias de que o grupo possui estreitas relações com a Al Qaeda. Os 
principais alvos são cristãos e as mais diversas organizações ocidentais. No sequestro em questão, a razão foi 
pelo fato das meninas estarem estudando, o que seria um sinal de “ocidentalização”, já que o machismo também é 
bastante difundido pelo grupo.
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A Nigéria é um país com grande diversidade étnica. O país possui mais de 250 etnias, sendo as principais a 
Hausa (29%), Yoruba (21%) e Igbo (18%). Cerca de 50% da população é muçulmana, concentrada mais no norte do 
país, além de 40% de cristãos, mais ao sul, e 10% de outras religiões. Apesar de o Boko Haram afirmar que fala em 
nome dos muçulmanos, não conta com o apoio da maior grande parte da população islâmica, que é veementemente 
contra os atentados.
Muitas meninas conseguiram fugir e relatam os maus tratos, além dos abusos sexuais. Segundo o depoimento de 
muitas delas, o Boko Haram comercializa as meninas para diferentes finalidades, inclusive como escravas sexuais. 
Internacionalmente e internamente, o governo nigeriano tem sido muito criticado por não conseguir encontrar as 
vítimas do grupo, tampouco por prevenir novos atentados e punir os culpados.
A Polêmica #SomosTodosMacacos
O jogador brasileiro, lateral direito do Barcelona, Daniel Alves, foi vítima de uma ofensa racista no dia 27/04/2014, 
em um jogo contra o Villareal. Um torcedor atirou uma banana, próximo ao jogador, no momento em que ele faria 
uma reposição de bola. O jogador, contudo, descascou e comeu parte da banana, como forma de reagir à provocação.
Fonte: passapalavra.info
A atitude gerou grande repercussão, sobretudo quando vários famosos, inclusive Neymar, companheiro de 
equipe de Daniel Alves, postou uma foto com seu filho nas redes sociais, mostrando uma banana. O ato foi seguido 
por muitas pessoas e, também, por ações de marketing que adotaram a campanha.
Fonte: www.ojogo.pt
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A polêmica tomou grandes proporções. Muitos “anônimos” aderiram à campanha, enquanto outros passaram a 
discutir se esta atitude, na contramão de sua suposta verdadeira intenção, não seria um ato de reforço do preconceito. 
Por esse prisma, cabe citar trechos de um texto escrito por Douglas Belchior à Revista Carta Capital:
“No Brasil, a maioria dos jogadores de futebol advém de camadas mais pobres. Embora isso esteja mudando 
– porque o futebol mudou, ainda é assim. Dentre esses, a maioria dos que atingem grande sucesso são negros. 
Por buscarem o sonho de vencer na carreira desde cedo, pouco estudam. Os “fora de série” são descobertos cada 
vez mais cedo e depois de alçados à condição de estrelas vivem um mundo à parte, numa bolha. Poucos foram 
ou são aqueles que conseguem combinar genialidade esportiva e alguma coisa na cabeça. E quando o assunto 
é racismo, a tendência é piorar. E Daniel comeu a banana! Ironia? Forma de protesto? Inteligência? Ora, ele 
mesmo respondeu na entrevista seguida ao jogo: “Tem que ser assim! Não vamos mudar. Há 11 anos convivo 
com a mesma coisa na Espanha. Temos que rir desses retardados”. É uma postura. Não há o queinterpretar. Ele 
elaborou uma reação objetiva ao racismo: Vamos ignorar e rir!
Eu como negro, não admito. Banana não é arma e tampouco serve como símbolo de luta contra o racismo. 
Ao contrário, o reafirma na medida em que relaciona o alvo a um macaco e principalmente na medida em que 
simplifica, desqualifica e pior, humoriza o debate sobre racismo no Brasil e no mundo.
O racismo é algo muito sério. Vivemos no Brasil uma escalada assombrosa da violência racista. Esse tipo de 
postura e reação despolitizadas e alienantes de esportistas, artistas, formadores de opinião e governantes tem um 
objetivo certo: escamotear seu real significado do racismo que gera desde bananas em campo de futebol até o 
genocídio negro que continua em todo o mundo.
Eu adoro banana. Aqui em casa nunca falta. E acho os macacos bichos incríveis, inteligentes e fortes. Adoro 
o filme Planeta dos Macacos e sempre que assisto, especialmente o primeiro, imagino o quanto os seres humanos 
merecem castigo parecido. Viemos deles e a história da evolução da espécie é linda. Mas se é para associar 
a origens, por que não dizer que #SomosTodosNegros? Porque não dizer #SomosTodosDeÁfrica? Porque não 
lembrar que é de África que viemos, todos e de todas as cores? E que por isso o racismo, em todas as suas formas, 
é uma estupidez incompatível com a própria evolução humana? E, se somos, por que nos tratamos assim?
Mas não. E seguem vocês, “olhando pra cá, curiosos, é lógico. Não, não é não, não é o zoológico”.
Portanto, nada de bananas, nada de macacos, por favor!”
Fonte: http://negrobelchior.cartacapital.com.br/2014/04/28/contra-o-racismo-nada-de-bananas-por-favor/
Essa situação, portanto, promove um debate mais amplo sobre o assunto: as fotos com bananas são apenas 
inocentes ou reafirmam o racismo. Seguramente, inclusive pelo Brasil ser um país muito distante de vencer o 
preconceito, esse debate está longe de um desfecho. Até porque, infelizmente, esse tema costumeiramente se torna 
atual, vide o caso mais recente do goleiro do Santos, Aranha, contra o Grêmio, na Copa do Brasil.
Nova epidemia de Ebola no continente africano
Informações de Andréia Martins – Uol/Educação e Portal G1.
Desde abril de 2014, são grandes as reportagens apresentando dados sobre a nova epidemia de Ebola. O vírus 
voltou a preocupar autoridades africanas e de saúde após um novo surto ter sido identificado desde o início do ano 
na Guiné, onde mais de 100 pessoas teriam morrido vítimas do vírus. Além da Guiné, também apresentam fortes 
focos no Mali, Serra Leoa, Libéria etc., todos países da África Ocidental.
Considerado um dos vírus mais perigosos, a febre hemorrágica ebola é fatal em grande parte dos casos, pois não 
há cura nem vacina para combatê-lo. A violência com que o vírus ataca o corpo humano deve-se a uma proteína que 
rompe as paredes dos vasos sanguíneos, provocando hemorragia interna e externa.
Segundo reportagem de Andréia Martins, após uma incubação de dois a 21 dias, o vírus provoca uma forte febre, 
com dores de cabeça e musculares, conjuntivite e fraqueza generalizada. Em um segundo momento, os sintomas 
são vômitos, diarreia e, às vezes, erupção cutânea. A transmissão ocorre por vias respiratórias ou por contato com 
fluídos corporais das pessoas infectadas, como o sangue. O ebola é um filovírus (da família Filoviridae), nome 
dado ao vírus particularmente mortal para o organismo humano. Foi identificado pela primeira vez em 1976, após 
algumas epidemias graves em Nzara, província oeste-equatorial do Sudão, e em Yambuku, região vizinha no norte 
da República Democrática do Congo (antigo Zaire) e próxima ao rio Ebola, que deu nome doença.
Até o final de agosto, um balanço da Organização Mundial de Saúde informa que já são 1.552 mortos pela 
doença. Do total de 3.069 casos registrados, mais de 40% ocorreram em 21 dias. Com tais números, a OMS declarou 
a epidemia uma emergência pública sanitária internacional.
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Conforme salienta reportagem do G1, segundo dados da OMS, até então (final de agosto) a Libéria é o país com 
mais mortes (694), seguido da Guiné (430), Serra Leoa (422) e Nigéria (6). A OMS enviou mais de uma centena 
de especialistas para a região para ajudar a conter a epidemia. Porém, eles enfrentam dificuldades para atuar nas 
áreas mais remotas devido à desconfiança da população. Em alguns vilarejos, chegaram a ser atacados e ameaçados.
O assunto ganhou muito enfoque da mídia quando um médico e uma missionária americanos também foram 
infectados. Ambos foram levados aos EUA onde passaram por um tratamento com uma droga experimental. Em 
21 de agosto, Kent Brantly, de 33 anos, e Nancy Writebol, de 59, receberam alta após serem curados da doença. Já 
o Missionário espanhol Miguel Pajares, o primeiro europeu infectado nessa onda de epidemia, que havia contraído 
o vírus na Libéria, morreu no dia 12 de agosto. Mesmo sendo transferido para Madri em 07/08, não conseguiu 
sobreviver.
A epidemia, além de mostrar a força letal deste vírus, deixa claro também que os problemas sociais/econômicos 
de grande parte da África acabam potencializando essas situações calamitosas. 
Ondas de Greves em São Paulo
Fonte de informações: Portais Terra, Uol, G1, Estadão.
O ano de 2014 vem sendo marcado por grandes paralisações em todo o país. Diferentes grupos de funcionários 
(policiais, médicos, professores etc.) viram em 2014 a necessidade de reivindicar melhorias salariais e condições 
de trabalho. Muitos especialistas afirmam que a quantidade e intensidade das guerras foram acentuadas em razão 
de ser um ano político, potencializado pelo país ser sede da Copa do Mundo. Esses dois fatores, somados, em tese, 
facilitariam as negociações com os governos e empresas.
Em São Paulo, por exemplo, ganharam destaque as paralisações ligadas a funcionários do transporte público 
urbano. O mês de maio foi marcado por paralisações de motoristas e cobradores, gerando muito impacto no dia-dia 
de uma das maiores regiões metropolitanas do planeta.
A greve, segundo a Prefeitura e o sindicato, começou entre motoristas da Viação Santa Brígida, no Centro. 
Depois, profissionais relataram ter sido avisados através do boca a boca que terminais foram bloqueados por ônibus. 
Alguns tiveram os pneus esvaziados. No meio da tarde, houve ameaça contra motoristas que circulavam e que 
precisaram estacionar nas avenidas. Em princípio, segundo informações do Portal G1, os motoristas teriam 10% de 
reajuste salarial, tíquete alimentação mensal de R$ 445,50 e participação nos lucros e produtividade de R$ 850. A 
Categoria, ainda, obteve ainda reconhecimento à insalubridade, que dá direito a aposentadoria especial aos 25 anos 
de trabalho. Inicialmente, as empresas ofereceram 5% de reajuste. Já o sindicato pedia um índice de 13%. Contudo, 
nas ruas, motoristas que aderiram à greve falam em pedido de 33% de reajuste. Os profissionais dizem que não 
concordam com o acordo e acusam o sindicato dos motoristas de antecipar a assembleia sem aviso para aprovar o 
acordo.
Durante dias de negociação, muitos foram os transtornos à população. Milhões de pessoas ficaram diariamente 
sem transporte, e multiplicaram-se os casos de depredação de ônibus por toda a cidade.
O assunto pode ser amplamente relacionado aos problemas de mobilidade que as grandes metrópoles brasileiras 
apresentam. E, naturalmente, a paralisação parcial ou total de qualquer um dos meios de transportes somente acentua 
esse cenário.
A Copa do Mundo no Brasil – Balanço Geral
A Copa do Mundo, seguramente um dos maiores eventos mundiais em todos os aspectos, foi realizada no 
Brasil em 2014, cercada por muitas incertezas. Inicialmente, eram fortes as correntes que enxergavam grandes 
possibilidades de fracasso, seja por problemas com mobilidade, seja pelo temor de manifestações violentas. A Copa 
ocorreu e,naturalmente, um tema tão polêmico gerará opiniões distintas. Os órgãos oficiais naturalmente valorizarão 
os aspectos positivos, enquanto os mais críticos enfocarão o que deu errado. Aqui, serão citados argumentos das 
duas correntes, com vistas a enriquecer o seu posicionamento.
A visão dos organizadores: (informações retiradas do Portal da Copa – www.copa2014.gov.br)
Fluxo nos aeroportos
Uma média diária de 485 mil passageiros passou pelos 21 aeroportos nas 12 cidades-sede, que registraram 
7,46% de atrasos de voos – índice bem menor que o padrão internacional, de 15%, e menor, inclusive, que o 
padrão europeu, que é de 7,6%. A média de passageiros registrada foi superior à do Carnaval de 2014, de 365 mil 
passageiros por dia, e maior que o período do último Natal, que mobilizou 404 mil passageiros por dia. “O principal 
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legado foi como soubemos combinar o ambiente organizativo com o ambiente de festa. Para isso, tínhamos que 
garantir a qualidade dos serviços necessários, o que perpassou por um longo e minucioso processo de cooperação. 
Esta é a chave para que neste balanço final, do ponto de vista operacional, possamos dizer que a Copa foi coroada 
de sucesso”, avaliou Luis Fernandes.
Transporte Público
O transporte público foi o meio mais utilizado pelos torcedores acessarem os estádios em, pelo menos, três das 
maiores metrópoles do país. Nos dias de jogos, mais de 80% das pessoas chegaram à Arena Corinthians pelo metrô 
de São Paulo. O modal foi escolhido por 65% dos espectadores no Rio de Janeiro. Em Recife, 63% do público 
optaram pelo metrô ou pelo BRT.
Telecomunicações
A Copa do Mundo de 2014 também ficará marcada pela tecnologia da informação. Os investimentos públicos 
e privados de mais de R$ 1,7 bilhão em telecomunicações permitiram mais de 45 milhões de envios de fotos até 
as semifinais do torneio e mais de 11,2 milhões de chamadas completadas nos estádios durante os jogos até as 
quartas de final. Números que serão atualizados. “Essa é a primeira Copa realizada sob a égide da convergência 
tecnológica”, resumiu Fernandes.
Além do serviço de internet móvel 2G, 3G e 4G, os investimentos também garantiram a alta capacidade para a 
transmissão das partidas. A Copa do Mundo bateu recordes de audiências em diversos países, a ponto de superar a 
final da NBA e do beisebol nos EUA.
Balanço Geral
Para o ministro do Esporte, o sucesso da realização da Copa do Mundo é resultado do trabalho e dos esforços dos 
organizadores do evento (governo federal, estados, municípios, FIFA e COL), que souberam superar a desconfiança 
da imprensa. “Minhas palavras são para registrar os agradecimentos, primeiro ao Blatter, por ter confiado no nosso 
país, ao Valcke (secretário-geral da FIFA), que se empenhou desde o primeiro momento para termos uma Copa 
com êxito, ao Trade (coordenador do COL), ao Luis Fernandes, que coordenou o Grupo Executivo da Copa, aos 
servidores do Estado brasileiro, que sem a participação seria difícil alcançar os resultados que conseguimos. E, 
agradecer aos jornalistas, mesmo aqueles que não acreditaram na nossa capacidade”, afirmou Rebelo.
Com o fim da 20ª Copa do Mundo, o Brasil passou o bastão para a Rússia, que sediará a edição de 2018.
Visão de Joseph Blatter, que dá nota 9,25 ao Mundial
O presidente da FIFA, Joseph Blatter, deu a nota de 9,25 à Copa do Brasil. Na coletiva de imprensa desta 
segunda-feira (14.07), no Rio de Janeiro, ele falou que “a perfeição não existe”, mas fez um discurso de gratidão 
pela realização do Mundial de 2014.
“Agradeço ao povo brasileiro, ao Governo Federal e à senhora presidenta Dilma Rousseff, aos governadores 
e prefeitos, ao COL, ao ministro do Esporte, Aldo Rebelo e seu parceiro (Luis Fernandes, secretário executivo da 
pasta). A todos, muito obrigado por todo o trabalho”, disse Blatter.
Ele falou que se sente duplamente feliz: como presidente da FIFA, pela oportunidade de visitar todas as sedes e 
estádios, e como amante do futebol, pelos espetáculos dentro de campo. Blatter disse que a Copa do Brasil foi muito 
especial pela qualidade do futebol apresentado, com partidas intensas e propostas ofensivas. O Fair Play também 
foi citado como destaque.
“Houve menos contusões. Ouvi críticas aos árbitros por não estarem usando os cartões amarelos. Mas se você 
olhar os resultados, houve menos lesões, mais intensidade no jogo, paixão. Cada Copa tem sua própria história, mas 
essa no campo de jogo foi excepcional”.
Blatter disse, contudo, que não está totalmente satisfeito com a luta contra o racismo e que já está tratando o 
tema com as autoridades russas para que as ações contra a discriminação se intensifiquem. O presidente da FIFA 
citou mensagem enviada pelo Papa Francisco, que é argentino.
“Recebemos, nesta manhã, uma mensagem do Papa Francisco. Ele não ficou tão feliz (com o resultado), mas ele 
disse que foi uma Copa do Mundo fantástica, conectando as pessoas. E essa foi a ideia”, reforçou.
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Há também aqueles que acreditam que a Copa ficou muito aquém do esperado, por vários aspectos, dentre os 
quais podem ser destacados:
• O valor das obras, constantemente sendo atualizados para cima, supostamente demonstraram superfaturamen-
to ou má gestão do dinheiro investido;
• Várias obras de mobilidade urbana não ficaram prontas para o Mundial;
• As cidades-sede, em dias de jogos, passaram por grandes esquemas de segurança e transporte, mostrando, 
desse modo, um sucesso artificial, sendo este não disponibilizado pela sociedade em dias comuns;
• O preço dos ingressos dificultou sobremaneira a participação popular no evento, pois a grande maioria dos 
ingressos estava a preços muito superiores da realidade da maioria dos brasileiros;
• Alguns estádios, sobretudo a Arenas de Manaus e Cuiabá, apresentam elevado potencial de se transformarem 
em “elefantes brancos”, dada a possível pouca utilização pós-mundial;
• A Copa, apesar de em uma intensidade menor do que a esperada, foi palco de muitas manifestações, mostran-
do que o país possui uma série de questões sociais que precisam ser equacionadas.
Conflitos entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza - 2014
Fonte de informações: Portais G1 e Clickideia.
 
O ano de 2014 está sendo marcado por muitos conflitos envolvendo palestinos e judeus. Contudo, entender 
o cenário atual requer uma reflexão histórica, retomando conceitos e importantes e a participação dos principais 
atores envolvidos. 
Confrontos entre Judeus e Palestinos
Os confrontos entre judeus e palestinos remontam ao período de ocupação da antiga Palestina, isso no final 
do Século XIX. No período, a região em questão pertencia ao Império Otomano e, nela, viviam cerca de 500.000 
árabes.
A chegada dos judeus na região está associada a um movimento chamado de sionismo, a principal força por 
trás da criação do Estado de Israel. Idealizado e divulgado pelo jornalista e escritor austro-húngaro Theodor Herzl, 
o sionismo defendia o direto dos judeus de terem seu território no que, segundo a visão bíblica deste povo, era uma 
“terra prometida aos judeus”.
Foi no primeiro encontro sionista, no final do século XIX (1897), que foi definida um retorno em massa de 
judeus à Terra Santa, em Jerusalém (ressalta-se que os judeus foram expulsos pelos romanos no século 3 d.C. da 
região).
Segundo o Portal G1, a teoria de Herzl – que presenciou o antissemitismo na Europa – era de que, com a 
existência de um Estado próprio, os judeus poderiam se fortalecer, algo muito importante para um povo que há 
séculos sofria violentas perseguições. 
À medida que a imigração judia aumentava, os conflitos com os palestinos se intensificavam.
Conforme informações do Portal G1, em 1947, a ONU tentou acabar com a tensão propondo que o territóriofosse dividido em dois, com a criação de um Estado judeu e outro árabe. Jerusalém seria um “enclave internacional”. 
Contrários à questão, os árabes recusaram a proposta. Já nos anos seguintes à declaração de independência de Israel 
houve uma sequência de guerras contra o Estado judeu. Contudo, por sua grande força militar, Israel obteve êxito 
nesses conflitos.
Mais tarde, em 1967, a Guerra dos Seis Dias mudaria o mapa da região. Israel derrotou Egito, Jordânia e Síria e 
conquistou Jerusalém Oriental, as Colinas de Golan e toda a Cisjordânia, uma região de maioria árabe e requisitada 
pela Autoridade Palestina e pela Jordânia. A reação dos palestinos, sobretudo na década de 1980, foi com as 
Intifadas, quando milhares de jovens saíram às ruas para protestar contra a ocupação israelense – considerada 
ilegal pela ONU. Eles jogavam pedras em soldados israelenses fortemente armados, o que chegou a gerar comoção 
mundial. Mais uma vez, inclusive por contar com o apoio dos Estados Unidos, Israel segue nos territórios ocupados, 
desobedecendo a uma resolução da ONU que determina a desocupação das regiões conquistadas na Guerra dos Seis 
Dias.
Ainda segundo pesquisas e levantamentos históricos do Portal G1, a postura de Israel de não deixar as áreas 
ocupadas, somados aos atentados e boicotes por parte de palestinos que não reconhecem o Estado judeu, acirram e 
estendem os conflitos, intercalados com momentos de negociação de paz. A imagem a seguir apresenta a escalada 
de dominação dos judeus na região:
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Fonte: cfrbpensandoalto.blogspot.com
Em junho de 2014, devido ao assassinato de três jovens israelenses, foi criada uma grande onda de tensão que 
culmina no atual conflito na Faixa de Gaza – o terceiro desde que o grupo islâmico Hamas assumiu o controle da 
região, em 2007.
Também surgem outras razões para o conflito atual. Além das mortes dos adolescentes, Israel justifica seus 
ataques como respostas aos foguetes disparados pelo Hamas em direção à Israel. Os judeus afirmam ainda que o 
grupo islâmico abriga militantes e armas em residências da Faixa de Gaza e, por conta disso, precisa bombardeá-las, 
mesmo que isso signifique a morte de civis. A opinião pública internacional, em 2014, vem considerando abusiva a 
escalada de violência contra a região, sobretudo pelo grande número de mortes de inocentes na região.
Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, salienta que seu Exército irá completar os ataques, destruindo 
os túneis que os militantes palestinos construíram sobre a fronteira com o Estado judeu.
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Já na visão palestina, somado à morte do adolescente e às prisões de integrantes do Hamas, está a insatisfação da 
população de Gaza, que considera extremamente abusivo o controle de Israel na região. Em razão dos bloqueios, os 
moradores tornam-se dependentes de Israel para ter acesso à água, energia elétrica, meios de comunicação, acesso 
aos recursos financeiros etc.
Os conflitos, em 2014, geraram milhares de mortes na região, com número muito superior de baixas em Gaza e 
muito menor no lado de Israel. Alguns momentos de cessar fogo coexistem com outros de intenso conflito.
Quem é o Hamas?
Hamas é uma sigla em árabe para Movimento de Resistência Islâmica. O grupo surgiu em 1987, após a primeira 
intifada contra a ocupação israelense na Cisjordânia e na Faixa de Gaza.
Conforme levantamento histórico do Portal G1, o Hamas é considerado a maior organização islâmica nos 
territórios palestinos da atualidade. Tem como um de seus criadores Ahmed Yassin, que, entre outros aspectos, 
pregava a destruição de Estado israelense.
Além da vertente militar, o grupo que controla Gaza também tem seu lado político, funcionando como um 
partido. Em resumo, o Hamas possui dois objetivos, ou seja, promover a luta armada contra Israel e realizar 
programas de bem-estar social para sua população.
Em 2006, o grupo islâmico venceu as eleições parlamentares palestinas, vitória não reconhecida pelo grupo 
opositor Fatah – partido nacionalista fundado no ano de 1959 por Yasser Arafat (ressalta-se que este grupo concorda 
com a criação de dois Estados, Israel e Palestina, como forma de solucionar o conflito).
Segundo o Portal G1, Hamas e Fatah racham a Autoridade Nacional Palestina, após anos de confrontos internos. 
A divisão fez com que o Hamas passasse a controlar a Faixa de Gaza, a partir de 2007, e o Fatah ficasse com o 
comando da Cisjordânia.
A Faixa de Gaza é um território palestino, uma estreita faixa de terra na costa oeste de Israel, na fronteira com 
o Egito. É marcada por problemas sociais e grande densidade demográfica, com cerca de 1,7 milhões de habitantes. 
O cotidiano dos habitantes da Faixa de Gaza é cercado de restrições.
É importante destacar que Israel e Hamas não dialogam, uma vez que os judeus consideram o Hamas um grupo 
terrorista. Ressalta-se que o Hamas é parte de uma vertente política do Islã que, com as Revoltas Árabes, está sendo 
combatida em diversas partes da região, como no Egito (com a saída da Irmandade Muçulmana) e em países do 
Golfo. Outros países do mundo também caracterizam o Hamas como um grupo terrorista, casos de Estados Unidos, 
União Europeia, Canadá e Japão.
Contudo, também existem apoiadores do Hamas, como Qatar e Turquia, que o classificam como um movimento 
de resistência legítimo. As condições propostas pela comunidade internacional para que o Hamas se torne um ator 
global legítimo é o reconhecimento de Israel, aceitar os acordos anteriores e renunciar à violência. No entanto, o 
grupo não se mostra proposto a tal.
As declarações do Brasil no caso
O Brasil é um país que reconhece a existência do Estado Palestino isso desde 2010. Nesse atual conflito, o 
governo brasileiro qualificou de “inaceitável” a atual escalada de violência na Faixa de Gaza e convocou seu 
embaixador em Israel “para consulta”. Essa, segundo o Portal G1, é uma medida diplomática excepcional e tomada 
quando o governo quer demonstrar descontentamento e avalia que a situação no outro país é de extrema gravidade. 
O Ministério das Relações Exteriores brasileiro considerou “desproporcional” o uso da força por Israel e pediu o 
fim dos ataques.
A reação israelense foi bastante dura para com o Brasil. Segundo reportagem do Portal G1, o porta-voz do 
ministério das Relações Exteriores, Yigal Palmor, disse que a decisão de chamar o embaixador em Tel Aviv para 
consulta “não contribui para encorajar a calma e a estabilidade na região”. Ainda, segundo o jornal “The Jerusalem 
Post”, Palmor afirmou que a medida era “uma demonstração lamentável de como o Brasil, um gigante econômico 
e cultural, continua a ser um anão diplomático”.
Em resposta, o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo, afirmou que, caso existam 
“anões diplomáticos” o Brasil não é um deles. “Somos um dos 11 países do mundo que têm relações diplomáticas 
com todos os membros da ONU e temos histórico de cooperação de paz e ações pela paz internacional”. Mais 
adiante, representantes de Israel se retrataram das declarações de Palmor.
Pesquisador brasileiro ganha prêmio equivalente a ‘Nobel’ de Matemática
Artur Ávila Cordeiro de Melo, matemático, 35 anos, recebeu, em 12/8/2014, a Medalha Fields, um prêmio 
equivalente ao “Nobel” de matemática. Artur Ávila é o primeiro pesquisador brasileiro e da América Latina a 
receber a premiação, dada pela União Internacional de Matemáticos (IMU) a quatro pesquisadores do mundo, neste 
ano, na Coreia do Sul.
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Os diretores da IMU destacaram o trabalho de Ávila por suas “profundas contribuições na teoria dos sistemas 
dinâmicos unidimensionais”, que estuda o comportamento de sistemas

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