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ARTIGO INCLUSÃO E A ESCOLA

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A ESCOLA E A INCLUSÃO: UMA LUTA DIÁRIA.
FERRAZ, Michelle. RU 1915907.
ROSA, Franciele. RU 2405388.
POLO SÃO LUIZ GONZAGA
UNINTER
RESUMO
Este artigo tem como finalidade abordar o Tema: A Escola e a Inclusão: Uma Luta Diária, no qual pretende provocar uma reflexão a respeito de como ocorre a inclusão nas escolas, visualizando o movimento mundial de luta das pessoas com deficiências e seus familiares na busca dos seus direitos e lugar na sociedade.
O objetivo deste artigo é discutir a inclusão dos alunos com necessidades especiais em escolas regulares e se estas se encontram preparadas para receber estas crianças. A importância de discutir este tema se justifica pelo fato de que, para as pessoas com deficiências (PCD), ainda hoje, a inclusão não é uma realidade em todas as escolas, seja elas públicas ou privadas. 
Para se atingir os objetivos propostos neste artigo foi organizada uma entrevista com professores e familiares, levando em consideração os relatos de pessoa com deficiência visual, relatando a nós quais barreiras encontradas, obstáculos superados e situações referentes durante à sua vida escola. 
Palavras-chave: Educação Inclusiva; Escolas; Alunos; Familiares
INTRODUÇÃO
O QUE É EDUCAÇÃO INCLUSIVA?
 É uma educação para todos, que cria condições, estruturas e espaços para uma diversidade de educandos. A escola será inclusiva somente quando toda a comunidade em geral aprender a conviver naturalmente com as diferenças. 
 A educação inclusiva busca perceber e entender as necessidades educativas especiais de todos os alunos, promovendo a aprendizagem e desenvolvimento de todos. O processo inclusivo é um trabalho coletivo, trata-se de um desafio formar professores e conscientizar a sociedade, para combater a exclusão. Um trabalho de formiguinha, que com a ajuda de toda a sociedade, juntos vencemos a diferença. A educação é um direito de todos, portanto, todos podem aprender o verdadeiro sentido de se tornar um cidadão pleno, elevar nossos conhecimentos.
Durante muito tempo a Educação Especial foi vista de maneira separada da educação geral, as Pessoas com Deficiências eram escondidas das outras, do mundo e do convívio com os outros. No entanto hoje, a situação está mudando, e os educandos com deficiência conquistaram o direito de conviver no mesmo ambiente que os outros, tornando assim a Educação Inclusiva.
DESENVOLVIMENTO
Na prática educativa é necessário falar em inclusão, pois ela engloba todos os níveis de ensino desde a Educação Infantil até o Ensino Superior, este tema tem sido debatido há vários anos em todo o mundo, é o responsável por mudanças nas políticas educacionais e na legislação visando à valorização das diferenças. Sabemos que a inclusão é um direito de todos, mas será que todos estão conscientes das possibilidades que levam a inclusão. Saber o que é a inclusão, viver a experiência da diferença e vencer os preconceitos, valorizando assim a pessoa que é e o que cada um pode ser. A inclusão deve proporcionar possibilidades sem o ranço do preconceito, da discriminação, das rotulações, das segregações e dos estigmas.
Com isso, surge o interesse em conhecer a trajetória educativa de uma aluna com deficiência visual, em diferentes momentos de sua vida durante a sua trajetória escolar. A Educação Inclusiva desenvolve-se em torno da igualdade de oportunidades, em que todos os indivíduos, independentemente das suas diferenças, deverão ter acesso a uma educação com qualidade, capaz de responder a todas as suas necessidades. Desta forma, a educação deve-se desenvolver de forma especial, numa tentativa de atender às diferenças individuais de cada aluno, através de uma adaptação do sistema educativo. (MOSCOVICI. Felá.p.41.2003)
 Desse modo, esse comprometimento implica uma retomada conceitual e reflexiva entre questões relativas ao igual e o diferente, o normal e a normalidade, o eficiente e o deficiente, sabendo que o momento atual é de revisão crítica da Educação Inclusiva, trata-se de repensar toda a sua trajetória, esse é um processo que está apenas iniciado e busca o ensaio de novas perspectivas.
 As entrevistas aconteceram de forma direta com o público alvo, as quais foram de vital importância colaborando com a literatura existente e enfatizando situações vividas em seus relatos, que foram enriquecedores para essa dissertação. Os nomes juntamente dos entrevistados permanecem ocultos para que não houvesse nenhum tipo de constrangimento ao expor as suas experiências do decorrer de sua vida.
 A pesquisa foi uma proposta de investigação que leva em consideração relatos a respeito das trajetórias de vida ligadas a educação escolar, pondo em destaque algumas histórias pessoais, onde enfrentaram o desafio de participar de uma vida escolar e, desta maneira, construíram aprendizados diversos ao longo da vida. Não se trata de simples reflexões pessoais, mas de resultados dos estudos e da coleta das falas da pesquisa realizada com os entrevistados.
 “A criança com NE (Necessidade Especial) tem o direito de estar na escola, seja qual for sua característica, problema de saúde ou histórico. E isso não se discute – é direito dela. Ouvi outros pais, que chegam com seus filhos diagnosticados com outro tipo de deficiência, relatos doloridos de como foram rejeitados em outras escolas… Foi negado o direito de matricular minha filha em outras escolas também. À inclusão é um direito dela, relata a mãe”.
 Em nosso mundo visual, muitas informações são tratadas como exclusivamente visuais quando, na verdade, não são. Podemos perceber isso em algumas ações como encontrar objetos em bolsas, digitar números de telefone, tocar instrumentos, vestir-se etc. A visão é considerada o guia dessas ações, mas sua ausência não é demasiadamente prejudicial para a execução da ação. Porém, como vivemos em um mundo de videntes, à visão é dado um papel essencial no desenvolvimento humano e sua ausência assume, muitas vezes, uma dimensão maior do que ela realmente tem.
 Talvez para ingressar em uma escola não encontre muitas barreiras, mas para permanecer nela, aparecem dificuldades no que se refere as suas possibilidades e limitações. A ideia de uma sociedade inclusiva se fundamenta numa filosofia que reconhece e valoriza a diversidade, como característica inerente à constituição de qualquer sociedade. Partindo deste princípio e tendo como horizonte o cenário ético dos Direitos Humanos, sinaliza a necessidade de se garantir o acesso e a participação de todos, a todas as oportunidades, independentemente das peculiaridades de todos os indivíduos e/ou grupo social.
 Em entrevista à Revista Nova Escola (Maio/2005), Maria Teresa Eglér Mantoan[3], define inclusão como: “É a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e, assim, ter o privilégio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de nós. 
 A educação inclusiva acolhe todas as pessoas, sem exceção.” Mantoan (Maio/2005), fala em “privilégio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de nós”. Alguém poderia perguntar: privilégio? Os que não aprovam a inclusão dirão que são as crianças ditas normais que estão dando aos deficientes tal privilégio. Mas, na verdade, é mesmo um privilégio para nós (educadores, gestores e demais crianças) conviver com os deficientes, pois com isso, podemos aprender a viver com pessoas que são diferentes de nós. E diferente não é ser melhor nem pior. É apenas ser diferente, onde na verdade todos nós já somos diferentes entre si, e essa vivencia é importantíssima, pois fará com que a próxima geração de adultos possa ser mais tolerante para com a diferença. 
 
CONCLUSÃO 
 Consideramos que é possível sim uma forma de inclusão, aceitando e valorizando as suas capacidades, buscando respeitar o que cada pessoa é. Essa concepção de inclusão não enfoca os limites de pessoas cegas, mas busca compreender a forma como essa pessoa se constitui e percebe o mundo, de modo a não querer transforma-losem videntes, e nem tampouco impor conceitos
, padrões e valores dos que veem. Para tanto, em vez disso, tenta entender as limitações da ausência de visão e analisa as condições de vida na família, escola e em outros grupos de referência que possam facilitar o desenvolvimento desse indivíduo.
 Quanto às nossas escolas, de fato, elas não estão mesmo preparadas para recebê-los. Entretanto, se for esperar que ela se prepare literalmente, esta inclusão demorará ainda mais para ocorrer. Desta forma, é que preciso que as escolas deem o primeiro passo para o processo de inclusão, que é aceitar que ele se matricule. Depois disso, a escola poderá lutar juntos pelas condições básicas para o atendimento dos mesmos, como é o caso de tradutores de LIBRAS e Braile, para deficientes auditivos e visuais respectivamente, entre outros. Com base nas informações podemos nos dar conta das profundas mudanças que necessitam os sistemas educativos para garantir uma verdadeira inclusão.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MANTOAN, Maria Teresa Egler. Caminhos pedagógicos da inclusão. São Paulo: Memnon, 2001. 
MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão Escolar: O que é? Por quê? Como fazer? São Paulo:
Moderna, 2003. 
FELTRIN, Antonio Efro. “Inclusão Social na Escola”São Paulo, SP: Paulinas, 2004 
FERREIRA, Windys B. Inclusão x exclusão no Brasil: reflexões sobre a formação docente dez anos após Salamanca. In: Inclusão e Educação: doze olhares sobre a educação inclusiva. David Rodrigues (org.). São Paulo, 2006. p. 212-236. 
OLIVEIRA, A.A.S.Formas de organização escolar: desafios na construção de uma escola inclusiva. In: OMOTE, Sadao (org). Inclusão: intenção e r ealidade. Marília: Fundepe, 2004. p. 77112. 
SASSAKI, Romeu. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. 7. Ed. Rio de Janeiro: WVA, 2007
VAYER, Pierre; RONCIN, Charles. Integração da criança deficiente na classe. São Paulo: Manole, 1989. 
GAIO, Roberta; MENEGHETI, Rosa G. Krob (orgs). Caminhos Pedagógicos da Educação Especial. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004.
JANNUZZI, G. R. de. A educação do deficiente no Brasil: dos primórdios ao início do século XXI. 2. ed. Campinas: Autores Associados, 2006. 
AQUINO, Julio Groppa (Org.). Diferenças e preconceitos. – Na escola – Alternativas Teóricas e Práticas. 2ª Edição. Summus Editorial. 2003 
BIANCHETTI, Lucídio (Org.). Um olhar sobre a diferença – interação, trabalho e cidadania. 4ª Edição. Papirus.2004

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