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MÓDULO III (VERSÃO PARA DOWNLOAD)

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59 
 
 
 
CNEaD – Coordenadoria Nacional de Educação a Distância 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO 
 
 Muito bem, iniciamos mais um módulo da disciplina de Metodologia Científica e 
esperamos que até aqui você já tenha compreendido o quão importante ela é para sua 
vida acadêmica. 
 Vamos agora entender o processo de redação e construção de textos científicos. 
Neste momento, você deve estar se perguntando: “mas por que vou ter que aprender 
sobre isso, se vou escrever a monografia só no final do curso?” Bem, no decorrer do 
curso, você terá que escrever trabalhos, e como escrever estes trabalhos? É isso que 
vamos ver. Como se organiza um texto acadêmico-científico e como apresentar as 
informações das quais dispomos no papel. Com certeza, isso te auxiliará nas 
respostas de questões de prova, na confecção de relatórios e futuramente, é claro, na 
monografia. 
 Então, vamos lá! 
 
OBJETIVOS DO MÓDULO 
 
Esperamos que, após o estudo do conteúdo deste módulo, você seja capaz de: 
 
� Conhecer as diretrizes para a seleção e organização das informações de textos 
científicos; 
� Compreender os padrões técnicos da redação científica; 
� Compreender as normas de citação bibliográfica e como fazer uso delas; 
� Conhecer as normas de formatação dos textos científicos. 
ORGANIZAÇÃO E REDAÇÃO DE TEXTOS CIENTÍFICOS 
MÓDULO 3 
60 
 
 
 
CNEaD – Coordenadoria Nacional de Educação a Distância 
 
1 INTRODUÇÃO 
 A redação de textos científicos constitui um processo que tem início, nos 
primeiros anos da graduação, com a redação de trabalhos acadêmicos. Ninguém 
nasce sabendo fazê-lo, mas é claro que umas pessoas têm maior desenvoltura; e 
outras, menos. Entretanto, o importante é que redigir dentro das normas técnicas exige 
treino e dedicação. Dessa forma, qualquer estudante que se dedique ao hábito da 
redação científica terá plena capacidade de desenvolvê-la. 
 Uma das principais características dos textos científicos é o uso de uma 
linguagem técnica e formal, não sendo indicado o uso de expressões regionais ou 
termos populares (principalmente os jargões locais), o que dificulta o entendimento por 
leitores de outras localidades. 
 A produção de um texto - seja ele um simples trabalho de uma disciplina da 
graduação ou a redação de um artigo científico que pode ser lido por inúmeras pessoas 
- deve ser um processo de estudo e reflexão. A elaboração de um texto científico gera 
conhecimento ao autor. Para se escrever sobre algo, é necessária uma pesquisa que 
fornecerá certos dados a serem analisados e interpretados. Todo esse processo gera 
conhecimento. 
Sendo assim, será comum - no seu processo de formação de nível superior - 
atender a essa solicitação e, para desempenhar tal tarefa, iremos aqui descrever 
algumas diretrizes sobre o conteúdo e forma de estruturar os textos científicos. Então, 
vamos lá! 
 
2 ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DE TEXTOS CIENTÍFICOS 
 Escrever é uma tarefa que a princípio parece simples; mas, quando nos 
deparamos com um papel em branco, nem sempre é fácil. Algumas pessoas têm mais 
facilidade; outras, nem tanto. Contudo, uma coisa é fato: quem lê bastante tem mais 
facilidade de se expressar na forma escrita. Dessa forma, sempre que lhe for solicitado 
algum tipo de redação (seja um trabalho, um seminário ou mesmo um texto científico), 
quanto maior o volume de leitura que você tiver, mais fácil será seu trabalho em 
escrever. 
61 
 
 
 
CNEaD – Coordenadoria Nacional de Educação a Distância 
 
 
 
 
 
 
Todo texto acadêmico 
científico, também 
chamado de texto técnico, 
deve ser produzido a partir 
de uma pesquisa. Durante 
os primeiros períodos da 
graduação, você será 
solicitado a fazer alguns 
trabalhos em uma série de 
disciplinas. Nessa etapa, é 
comum que a pesquisa seja 
feita apenas com base na 
bibliografia (livros, artigos 
e demais textos 
científicos). Sendo assim, 
quando se tem um trabalho 
teórico a fazer, precisamos 
ter em mente o objetivo do 
trabalho, ou seja, qual é o 
propósito de sua realização 
(em muitos casos, o 
professor pode deixar 
fixado esse objetivo). 
 Outra coisa que temos sempre que ter em mente é 
que escrevemos para um leitor, ou seja, sempre haverá 
alguém para ler o que estamos escrevendo: um professor, 
um revisor (de monografia), ou mesmo um colega. Por 
isso, precisamos sempre pensar no leitor, precisamos 
sempre nos preocupar se as informações que estamos 
querendo passar para o papel estão claras e de fácil 
compreensão. Lembre-se de que o leitor não terá você ao 
seu lado para esclarecimentos, por isso precisamos 
pensar no que vamos escrever e como vamos escrever, 
para que não surjam dúvidas ao leitor. 
O texto científico, como qualquer outro, apresenta 
uma estrutura padronizada, constando de introdução, 
desenvolvimento e conclusões (começo, meio e fim). Cada 
uma dessas seções pode ser ainda subdividida, para 
melhor expressar o conteúdo a ser escrito. 
 
2.1 ORGANIZAÇÃO DO TEXTO CIENTÍFICO 
Em um primeiro momento, deve-se conhecer o 
propósito do texto, ou seja, a quem ele será entregue e 
com qual propósito, ou seja, que tipo de texto é esse: um trabalho, um resumo, uma 
resenha, ou uma monografia? 
 Uma vez definido o propósito do texto, podemos iniciar sua redação e, ao iniciá-
la, devemos estabelecer claramente qual o objetivo ou objetivos que temos com esse 
texto. Assim, podemos definir quais assuntos devem ser abordados, como se fosse um 
roteiro de conteúdos. É importante que esses assuntos sejam hierarquizados, ou seja, 
que se estabeleça uma sequência de assuntos. Essa sequência deve ser a mais 
adequada para a completa compreensão do texto pelo leitor. 
Cada elemento do roteiro definido irá constituir uma seção do texto, ou seja, um 
conjunto de conteúdos que estão correlacionados e tratem do mesmo assunto, 
permitindo que o leitor adquira conhecimento ao ler cada uma delas. Assim, cada 
seção tem uma mensagem a ser transmitida e, dessa forma, deve conter um conjunto 
de parágrafos que irão transmiti-las. 
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CNEaD – Coordenadoria Nacional de Educação a Distância 
 
 A sequência de informações ou parágrafos deve seguir uma organização, de 
modo a propiciar ao leitor clareza de conteúdo. É comum iniciarmos uma seção com 
informações mais gerais, tais como conceitos, teorias e definições que permitam que o 
leitor tenha recursos para compreender os conteúdos mais específicos e detalhados, 
que serão abordados posteriormente. 
 À medida que o texto avança, podemos introduzir informações mais específicas, 
ou seja, aquelas apresentam informações necessárias para sealcançar o objetivo do 
texto. Nesse caso, podem ser citados resultados de pesquisas que foram 
desenvolvidas por outros pesquisadores, sempre fazendo uso de citação bibliográfica 
(iremos ver isso na sequência do módulo). 
 Cada seção do texto deve ter um aspecto de pirâmide invertida, pois os 
assuntos vão do geral (mais abrangente) para os específicos (mais restritos). Ao 
finalizar uma seção, um conhecimento deve ter sido transmitido ao leitor. 
 É importante lembrar que as divisões do texto científico variam de acordo com o 
tipo de texto. Reveja, então, o módulo 2 para entender como é feita a divisão das 
seções dos textos. 
 
2.2 CONSTRUÇÃO E ORGANIZAÇÃO DOS PARÁGRAFOS DE TEXTOS 
ACADÊMICO-CIENTÍFICOS 
 Todo texto é constituído por frases que, unidas, formam um conjunto de 
informações dispostas em parágrafos. O parágrafo constitui, então, a unidade básica 
de um texto, sendo seus conteúdos e sequência determinados pelo roteiro de 
conteúdos discutido no item anterior. 
 Os parágrafos em geral têm uma informação-chave para ser transmitida. Essa 
informação é um conhecimento que o autor do texto tem e pretende compartilhar com o 
leitor. A informação principal de um parágrafo é chamada de “idéia central” e deve estar 
contextualizada, ou seja, relacionada a informações complementares, as chamadas 
ideias secundárias, 
É importante salientar que as ideias secundárias servem para explicar, 
exemplificar ou demonstrar a ideia central. Normalmente, o parágrafo é iniciado com a 
ideia central e complementado com as ideias secundárias. 
A sequência de frases deve ser a melhor possível para o entendimento do 
conteúdo. Sendo assim, é sempre bom ler e reler o que se escreve, pois isso facilita a 
63 
 
 
 
CNEaD – Coordenadoria Nacional de Educação a Distância 
 
 
Para ter acesso a maiores 
orientações para a redação 
de textos científicos, 
consulte 
Santos, 2002. Editora 
DP&A. 
 
identificação de palavras repetidas, a ausência ou excesso de vírgulas que podem 
comprometer a clareza do parágrafo. 
Podemos mencionar algumas regras para a construção de parágrafos, tais 
como: preferir frases curtas, as frases devem ser diretas e objetivas, pois frases 
longas podem promover distorção do sentido da informação. Entretanto, se em uma 
frase você precisar se estender um pouco para possibilitar a compreensão do 
conteúdo, é melhor que o faça (SANTOS, 2002). 
 Outro ponto importante é a pontuação e devemos sempre prestar muita atenção 
a esse recurso, pois uma vírgula no lugar errado pode comprometer totalmente o 
sentido da frase e distorcer o conteúdo. 
 Faz-se necessário, também, organizar as frases 
dentro do parágrafo. Normalmente, inicia-se o parágrafo com 
as informações principais (ideia central), e esta é 
complementada por ideias secundárias. Entretanto, essa 
norma deve ser alterada se o conteúdo ficar mais bem 
compreendido do contrário (MEDEIROS, 2010). 
 Em casos de pesquisas de monografia, muitos dos 
conteúdos apresentados podem ser dados coletados pelo 
próprio autor. Já em caso de trabalhos acadêmicos 
solicitados em disciplinas, as informações podem ser 
exclusivamente obtidas através da leitura. No primeiro caso, os dados produzidos com 
a pesquisa constituem as ideias centrais, que são complementadas por informações 
lidas de outros trabalhos, ou seja, as ideias secundárias. Já em trabalhos de 
disciplinas, a ideia central do parágrafo constitui a principal informação que se deseja 
expor; as secundárias dão suporte para seu entendimento. 
 Segundo Santos (2002), a finalização do texto deve passar por uma série e 
revisões. Vamos, agora, indicar três abordagens de revisão que irão auxiliar seu texto a 
ficar bem escrito. Primeiramente, fazer uma Correção Vertical, na qual se faz uma 
releitura de cada seção do seu texto, averiguando se a sequência de informações está 
coerente e a mais adequada para a compreensão do texto. Isso quer dizer que você irá 
verificar se os parágrafos estão dispostos na ordem ideal. Essa correção pode ser 
aplicada também dentro dos parágrafos. Sendo assim, você pode verificar se há a 
necessidade de inverter algumas frases para que o parágrafo se torne mais claro. 
64 
 
 
 
CNEaD – Coordenadoria Nacional de Educação a Distância 
 
Uma dica: se possível, peça a outra pessoa para ler seu texto. Pode ser 
um colega de turma, ou mesmo alguém que não é da mesma área que 
você. Quando alguém que não participou do processo de produção de um 
texto o lê, identifica mais facilmente falhas ou pontos que podem ser 
melhorados. 
 Em seguida, faz-se a Correção Horizontal ou Morfológica, nela busca-se 
verificar se as expressões, e termos utilizados, estão de acordo com os conteúdos a 
serem transmitidos. Vale lembrar que o leitor não terá como pedir esclarecimentos 
sobre a redação, por isso devemos nos preocupar com a clareza das frases. Nesse 
momento, verifica-se a concordância verbal e nominal do texto, e se existem palavras 
com uso muito repetido. 
 Vale destacar aqui que o tempo verbal dos textos científicos é sempre na 
terceira pessoa, uma vez que os textos são dissertativos. Assim, em vez de se dizer 
“constatei”, diz-se “constatou-se” ou “foi constatado”. 
 Por último, faz-se uma Correção Ortográfica, buscando termos e palavras 
escritas incorretamente. Nesse ponto, o editor de texto nos auxilia, e muito, pois todos 
os termos incorretos são grifados. 
 
 
 
 
 
2.3 ESTRUTURA DOS TEXTOS CIENTÍFICOS 
 Os textos científicos podem ser divididos em três seções principais: Introdução, 
Desenvolvimento e Conclusões. Cabe ressaltar aqui que, como vimos no módulo 2, 
cada tipo de texto apresenta subdivisões de acordo com o propósito do texto. 
 Iremos, agora, descrever os conteúdos de dois tipos de texto: os que 
apresentam pesquisa de campo e textos de revisão bibliográfica. 
 
2.3.1 Introdução de textos científicos 
A introdução do texto se remete a sua apresentação. Dessa forma, por ser o 
primeiro contato do leitor com o texto, deve ser chamativa, interessante e instrutiva, de 
modo que o leitor será motivado a continuar com a leitura. 
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CNEaD – Coordenadoria Nacional de Educação a Distância 
 
 
USO DA INTERNET 
 
Você já se perguntou o 
que faríamos sem a 
internet? Sem dúvida 
nenhuma, nossa vida se 
tornou muito mais 
dinâmica com esse 
recurso. Entretanto, 
devemos usá-lo com 
sabedoria e cautela. Por 
quê? Infelizmente, a 
confecção de um site 
pode ser feita por 
qualquer pessoa que 
tenha domínio sobre a 
computação. Sendo 
assim, nem sempre 
podemos confiar 
cegamente nas 
informações que estão 
disponíveis na internet. 
Uma dica: opte sempre 
por sites governamentais, 
educacionais e que 
pertençam a instituições 
de renome. Assim, 
sabemos que a 
informação divulgada foi 
fruto de uma 
investigação, sendo de 
confiança. 
 
As informações presentes na introdução devem dar 
base para o entendimento do desenvolvimentodo texto. 
Assim, podem ser mencionados conceitos, leis, teorias e 
dados que estejam diretamente relacionados à pesquisa. 
Tais informações mostram as razões que, de certa forma, 
levaram o pesquisador a desenvolver a investigação relatada 
no texto em questão. 
É importante que a introdução de um texto contemple 
também a questão- problema proposta, pois ela é que 
direcionará o conteúdo abordado no desenvolvimento. Deve, 
ainda, conter a justificativa do projeto, ou seja, as razões 
que tornam a investigação importante e necessária, bem 
como os benefícios que serão gerados a partir da divulgação 
desses conteúdos. 
 Os objetivos do texto também devem ser 
apresentados na seção introdução, devendo ter uma 
redação clara e direta, de forma a deixar evidente o que se 
pretende com o texto. 
 E, finalmente, devem-se apresentar os meios pelos 
quais os dados serão obtidos, ou seja, os materiais e 
métodos onde se explicam, de forma clara, os métodos, 
técnicas e equipamentos utilizados para o levantamento de 
dados. Veremos, mais adiante, que as pesquisas podem 
apresentar - como metodologia - a coleta de dados pelo 
próprio autor, ou ser uma pesquisa bibliográfica. Nesse 
último caso, os dados utilizados foram produzidos por 
terceiros. 
 Faz-se necessário aqui um esclarecimento. Em 
alguns textos, faz-se uma subdivisão da seção introdução; sendo a justificativa, 
objetivos e materiais e métodos, apresentados separadamente. Tais divisões 
dependem do tipo de texto em questão (veja módulo 2). 
 
 
 
66 
 
 
 
CNEaD – Coordenadoria Nacional de Educação a Distância 
 
 
2.3.2 Desenvolvimento de textos científicos 
No desenvolvimento, temos duas situações: a primeira são trabalhos que 
apresentaram coleta de dados em campo. Nesse caso, o desenvolvimento apresenta 
seções cujo conteúdo apresenta um padrão fixado, sendo eles: resultados 
(compreende a apresentação e descrição dos dados obtidos, podendo ser empregados 
métodos ilustrativos como fotos, gráficos, tabelas, esquemas etc.); e a discussão 
(nesse ponto, interpretam-se os dados, ou seja, identificam-se quais informações os 
dados coletados promovem, sendo feita sua comparação com outros trabalhos 
semelhantes, ou mesmo com as teorias que sustentam tais fenômenos). O item 
discussão constitui o ápice de um trabalho científico, sendo necessário que o autor se 
empenhe em produzir informações a partir de seus dados. Nessa seção, estarão os 
argumentos que irão propiciar as conclusões de um trabalho. 
 Em trabalhos bibliográficos, ou seja, que não apresentam parte prática, os 
dados são obtidos através da leitura de textos científicos, tais como livros, artigos 
científicos, relatórios, e mesmo material disponível na internet que tenha boa 
procedência. Nesse tipo de pesquisa, após a seção Introdução, o texto é dividido em 
seções (ou capítulos), elaborados a partir de dados e conceitos obtidos com a leitura. 
Os conteúdos abordados, bem como os títulos das seções, ficam a critério do autor, 
lembrando apenas que esses conteúdos devem atender ao objetivo proposto na 
introdução. Dessa forma, o texto de revisão bibliográfica deve argumentar e discutir 
dados de terceiros para que possa chegar a suas conclusões. 
 
2.3.3 Conclusões 
As conclusões de um texto refletem as informações que foram geradas pelo 
texto, ou seja, o que o autor do texto aprendeu com a sua pesquisa e disponibiliza de 
forma sucinta no final do texto. 
 É importante que as conclusões reflitam informações que foram abordadas e 
discutidas no desenvolvimento, sendo reunidas nas conclusões da obra. 
 Sua redação deve ser direta e objetiva, sem rodeios nem complementações que 
já foram feitas no desenvolvimento. É importante salientar que as conclusões não 
devem ser recortes de trechos do desenvolvimento, e sim uma síntese das informações 
geradas a partir da construção do texto. 
67 
 
 
 
CNEaD – Coordenadoria Nacional de Educação a Distância 
 
 
 
 
 
 
 
 
Formas de Citação 
Bibliográfica. 
De acordo com a ABNT, a 
citação bibliográfica pode 
ser feita de duas formas. 
Pelo sistema numérico, cada 
texto lido recebe um número 
e - no final do trecho citado - 
esse número é colocado em 
sobrescrito. 
A outra forma, e a mais 
comum, é o sistema 
autor/data. Neste, ao término 
do trecho citado, coloca-se o 
último sobrenome do autor, 
vírgula e o ano de 
publicação do trabalho. As 
duas formas são corretas, 
entretanto devem-se 
respeitar as normas da 
instituição ou periódico no 
qual o trabalho será 
publicado. 
 
2.3.4 Elementos pós-textual: Referências 
 As referências consistem em um elemento pós-textual, ou seja, que vêm após o 
conteúdo do texto propriamente dito. Devem apresentar todas as obras (textos) lidas e 
citadas no texto. Trata-se de um elemento pós-textual. Dessa forma, esse elemento é 
disposto após as conclusões, e no qual se listam, em 
ordem alfabética, os textos citados de forma que o leitor 
possa identificar e buscar a mesma obra. Para isso, são 
necessários todos os elementos de identificação do texto, 
como autor, título, editora (em caso de livros), ou nome da 
revista (em caso de artigos), além de outros elementos que 
serão descritos no item formatação de referências. 
 
2.3.5 Outros Elementos Pós-textuais 
 Outros elementos que podem complementar uma 
obra acadêmica são os chamados apêndices e os 
anexos. Os apêndices constituem material que foi 
produzido pelo próprio autor do texto como, por exemplo, 
uma planilha-modelo de coleta de dados, ou uma tabela 
que foi transcrita na forma de gráfico, mas que traz uma 
informação interessante. Os apêndices são importantes 
para que o texto em si não fique sobrecarregado de 
informações secundárias, mas que podem ser úteis ao 
leitor. 
 Já os anexos são constituídos de materiais que 
foram - de alguma forma - utilizados pelo pesquisador; 
entretanto foram obtidos de outros textos como, por 
exemplo, um quadro (verifique originais) de símbolos com 
valores de pontos de fusão e ebulição dos elementos 
químicos. 
 
3. CITAÇÃO BIBLIOGRÁFICA 
 Citação bibliográfica, ou simplesmente citação, refere-se a todo e qualquer 
conteúdo utilizado por um autor e que foi obtido através da leitura de outro documento 
68 
 
 
 
CNEaD – Coordenadoria Nacional de Educação a Distância 
 
científico. Dessa forma, qualquer dado, informação, ou mesmo imagem que for adotada 
a partir de outro texto, deve ter obrigatoriamente o autor do texto original mencionado 
(NBR 10520:2002). 
 Atualmente, criou-se uma grande polêmica sobre a autenticidade de dados e 
imagens no meio acadêmico-científico, uma vez que muitos autores que não são 
devidamente instruídos utilizam-se de informações lidas como se fossem de sua 
própria autoria. Essa prática é considerada plágio, portanto um crime em relação aos 
direitos autorais. 
 Você deve estar se perguntando, então: “mas tudo que eu escrever deve conter 
a tal citação?”Sim. Partindo da concepção que, quando produzimos uma informação, 
ela nos “pertence” (é o que chamamos de direitos autorais). Se tal informação é 
publicada (na forma de livro ou artigo), o conhecimento é disponibilizado para uso, 
desde que sua autoria seja reconhecida a quem é de direito, ou seja, o autor do texto 
na qual ela foi divulgada. Isso também é comum na música. Nesse caso, o compositor 
de uma letra, por exemplo, deve ter seu nome citado toda vez que ela for gravada por 
um cantor. 
 Sendo assim, os textos científicos são recheados de citações identificadas pela 
menção do último sobrenome do autor, seguida do ano de publicação do texto, 
indicando ao leitor quais foram as bases bibliográficas utilizadas pelo autor. Com isso, 
o autor de um texto demonstra honestidade no que se refere a atribuir a quem é de 
direito os méritos por gerar uma informação científica. 
 Então, você se pergunta: “mas eu vou fazer um trabalho e todos os meus 
parágrafos terão citação?” Sim, isso mesmo. Qualquer informação obtida através de 
leitura deverá ter citação e, frequentemente, encontramos parágrafos com mais de um 
autor citado. Na graduação, isso é mais do que comum, pois - no início da nossa vida 
acadêmica - ainda não produzimos nada de informação. Dessa forma, nossos textos 
devem ser redigidos com base no que outros pesquisadores concluíram. 
Mesmo no mestrado e no doutorado, faz-se necessário o uso de conteúdos de 
outros autores; pois, quando se faz pesquisa, sempre precisamos de outros trabalhos 
para podermos comparar. Sendo assim, trabalhos com alto nível de complexidade 
também apresentam um grande número de citações. Entretanto, toda vez que você 
fizer correlações de conteúdos ou mesmo fizer uma interpretação sua de algum dado, 
aí sim, essas frases ou parágrafos podem ficar sem citação. 
69 
 
 
 
CNEaD – Coordenadoria Nacional de Educação a Distância 
 
A citação tem outra consideração importante, quando você expõe ao leitor suas 
fontes de consulta, demonstra que o que você escreveu é verdadeiro ao ponto de que, 
quem quiser “tirar a prova”, ter acesso à informação original. Sendo assim, você atesta 
sua honestidade científica e demonstra o quanto se preparou para redigir aquele texto. 
Isso promove confiança ao leitor. 
Segundo Santos (2002), a citação científica pode apresentar dois formatos. A 
citação direta é aquela na qual reproduzimos literalmente o trecho de interesse. Nesse 
caso, além do nome do autor e ano de publicação, devemos também indicar a página 
da qual o conteúdo foi tirado. 
O outro tipo é a citação indireta, em que é reproduzida somente a ideia lida. No 
entanto, ao reproduzi-la, utiliza-se de outras palavras, ou seja, você escreve com suas 
palavras a informação lida no texto. Nesse caso, menciona-se somente o nome do 
autor e o ano de publicação. 
 
3.1 FORMAS DE APRESENTAÇÃO DAS CITAÇÕES 
 As citações curtas ou longas, diretas ou indiretas, devem ser referenciadas, ou 
seja, devem constar no texto as fontes de onde foram tiradas. O sistema adotado será 
o autor/data, proposto pela ABNT (NBR 10520:2002), que é compartilhado pelo 
sistema internacional de citações. 
 Nesse sistema, a identificação da citação é feita mencionando-se o último 
sobrenome do autor, vírgula, o ano de publicação da obra, ou a expressão online, caso 
seja de origem digital. É a técnica de referência mais simples e mais utilizada. Após o 
trecho citado, nos formatos já mencionados nos itens acima, escreve-se, entre 
parênteses, o sobrenome do autor em letras maiúsculas, vírgula e o ano de publicação. 
Nos casos de citação direta, é necessária também a letra “p”, ponto e a página da qual 
a citação foi extraída. 
 Se - no contexto da frase desenvolvida - for mencionado o autor, somente a 
inicial do nome deve vir em maiúsculas; e somente o ano e página devem vir entre 
parênteses. 
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CNEaD – Coordenadoria Nacional de Educação a Distância 
 
 
3.1.1 Citação Indireta (LIVRE): 
 A citação indireta reflete a IDEIA do autor que foi lido, sem o uso de suas 
palavras na íntegra, ou seja, você escreve com as suas palavras uma informação que 
foi lida de um texto. 
 Frequentemente, o estudante dos primeiros períodos de graduação tem muita 
resistência em aderir a esse tipo de citação por achar que, por ter escrito o parágrafo, 
tem autoria sobre ele. Entretanto, o que acontece na verdade é que o conhecimento ali 
exposto não foi concebido pelo estudante, e sim pelo autor do texto que ele leu, sendo 
obrigatória a menção de seu nome. 
 A citação indireta pode constituir uma síntese, ou resumo de um texto, não 
sendo necessário indicar a página da qual foi retirada. Em muitos casos, a citação pode 
apresentar dados numéricos, ou simplesmente citar a pesquisa - como um todo - 
exposta no texto. 
 
Exemplos: 
 No contexto da formação em nível superior, o estudante de graduação é 
responsável pela busca ativa de conhecimento (SANTOS, 2001). ou 
 
 Segundo Santos (2001), o estudante de graduação é responsável pela busca 
ativa de conhecimento. 
 
3.1.2 Citação Direta (TEXTUAL): 
 Neste caso, a citação é feita através da reprodução exata do texto lido (literal). 
Em geral, é menos usada que a indireta por apresentar, na citação, um fragmento de 
outro texto. Sendo assim, tal trecho pode apresentar um estilo de redação distinta, 
criando interrupções no processo de leitura. 
 A citação direta apresenta ainda algumas regras de formatação, de acordo com 
o tamanho da citação, que pode ser: 
 
Citações curtas (até 3 linhas): 
71 
 
 
 
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Exemplo: 
 No que se refere à elaboração de resenha, Medeiros (2010 p.161) destaca que: 
No tópico conclusões do autor, é preciso dizer a que conclusões o autor 
chegou. Não diga as conclusões a que você chegou, mas as do autor da 
obra. Daí, a necessidade de leitura atenta, marcando-se, à margem do 
texto, as conclusões do autor. Às vezes, elas estão distribuídas por todo 
o texto. Observar, pois, palavras como: portanto, logo, em 
consequência e outras de valor semântico equivalente. 
 
As citações curtas têm até três linhas e devem ser inseridas na sequência do 
parágrafo, entre aspas, e acompanhadas da fonte bibliográfica. Utiliza-se a mesma 
fonte e tamanho do texto geral. 
 
Exemplos: 
 “Ao estudioso pede-se, diante da necessidade de realização de um trabalho de 
grau, que faça um levantamento bibliográfico” (MEDEIROS, 2010 p.101) ou 
 Segundo Medeiros (20110 p. 101), “Ao estudioso pede-se, diante da necessidade 
de realização de um trabalho de grau, que faça um levantamento bibliográfico”. 
 
 Citações longas (mais de 3 linhas): 
 As citações longas devem constituir um parágrafo independente. Para que tenha 
destaque no texto, sua formatação difere do texto geral. O parágrafo deve ser recuado 
a 7 cm da margem esquerda e a 3 cm da margem direita, além de estar justificado. A 
fonte (letra) segue o mesmopadrão do texto, mas deve ter tamanho diferenciado, e 
redigido em espaçamento entre linhas simples (fonte tamanho 11). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Note que, no caso de uma citação direta longa, esta não deve ser escrita 
entre aspas, pois a própria formatação do parágrafo já o indica como uma 
citação. Lembre-se também de que, antes da citação, deve vir uma frase 
que contextualize a citação, para que ela não fique solta e deslocada no texto. 
 
3.1.3 Citações de material eletrônico 
 Atualmente, é comum o uso de fontes obtidas através da internet e, mesmo 
assim, deve ser feita a correta citação de tais textos. Recomenda-se que, sempre que o 
texto tiver a identificação de um autor, este deve ser citado, seguido pela expressão 
72 
 
 
 
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online, que indica que o texto é digital. Se não houver autor, cita-se o nome do site, 
vírgula e a expressão online. 
 
Exemplos: 
 De acordo com o Ibama (online), cresce o número de animais mortos em 
rodovias brasileiras. 
 
3.1.4 Citação de textos com dois ou mais autores 
 Em textos com até dois autores, devem-se citar os dois autores intercalados 
com o &, vírgula e o ano de publicação. Ex: (SANTOS & RIBEIRO, 2005) ou, Segundo 
Santos & Ribeiro (2005). 
 Em casos de mais de dois autores, deve-se citar o primeiro e a expressão et al, 
em itálico, que significa “e colaboradores”, vírgula e o ano de publicação. Ex: (SANTOS 
et al, 2005) ou, Segundo Santos et al (2005). 
 
3.1.5 Citação de citação 
 Você, ao ler um texto científico, pode se interessar por uma citação feita nesse 
texto e, como vimos, o autor do texto terá mencionado a fonte (citação) dessa 
informação. 
 Nesse caso, você deseja citar um trecho já citado. Porém, como fazer isso? 
Simples, você reproduz o conteúdo, menciona o autor e ano do mentor da informação 
(autor citado no texto), a expressão apud (em itálico) e, em seguida, o autor que você 
leu. Ex.: (SANTOS, 1990 apud RIBEIRO, 2001). 
 Nas referências bibliográficas, deve-se fazer a citação completa do primeiro, 
colocar o termo apud e citar a referência completa da obra lida. 
 
3.2 Notas de rodapé 
 São citações ou esclarecimentos que não devem ser incluídas no texto, para 
não interromper a sequência lógica da leitura, sendo inseridas na parte inferior da 
página, dentro da margem (rodapé). Ficam separadas do texto por um espaço simples 
e por filete de 3 cm, a partir da margem esquerda, e o tamanho da fonte deve ser 
inferior ao texto. 
73 
 
 
 
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Você percebeu a importância da citação bibliográfica? Pois bem, faça uso dela o máximo 
possível, e verá que - em pouco tempo - já vai estar familiarizado (a) com os principais autores 
da sua área de atuação e com suas linhas de pesquisa. Isso irá facilitar tanto nos seus estudos 
diários, como na redação do seu trabalho de conclusão de curso. Veremos a forma de apresentar 
a citação no item formatação de textos científicos mais adiante. 
 
 
 
4. O PLÁGIO NA PRODUÇÃO DE TEXTOS CIENTIFICOS 
 Como vimos na seção anterior, mencionar 
informações produzidas por outras pessoas, sem 
mencionar a origem desses conteúdos, é considerado 
plágio e, como nas questões musicais, adotar como 
sendo seu um material que não é, trata-se de crime 
suscetível de punição. 
 O plágio, no meio acadêmico, pode apresentar 
duas versões. Uma delas se refere à utilização de dados 
de outra pessoa como se eles fossem de sua autoria. 
Outra forma, bem mais comum na graduação, é a cópia 
de partes de um texto lido. Ambos os tipos são infrações 
de direitos autorais e podem ser punidos de diversos 
meios. 
 Um caso que teve repercução nacional foi de um professor da Universidade de 
Campinas (UNICAMP), acusado de utilizar dados que não foram produzidos por ele 
para escrever artigos científicos. O caso foi submetido à investigação por parte da 
Universidade, e também da revista científica na qual os artigos foram publicados. O 
professor ficou suspenso de suas atividades até que se chegasse a uma conclusão e, 
por mais que ele seja absolvido das acusações, sua imagem nunca mais será a mesma 
diante da comunidade científica. 
Outro caso notório foi de um pesquisador da Universidade Estadual de São 
Paulo (USP), uma das mais renomadas instituições de ensino do país. Uma aluna de 
doutorado utilizou uma imagem feita por outra pessoa como sendo dela, e o caso veio 
a público, resultando na cassação do título da doutoranda e na demissão de seu 
 
OBS.: Não se deve fazer 
citação em outros idiomas, 
mesmo que o original seja 
em outra língua. Deve-se 
traduzir o texto. Outro 
ponto importante é evitar 
o uso de siglas; entretanto, 
se for necessário, deve-se 
colocar seu significado na 
primeira vez em que ela 
aparece no texto. 
74 
 
 
 
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Veja uma das mais 
chocantes notícias sobre 
plágio em universidade 
pública, no Brasil. Acesse: 
 
http://www.estadao.com.br/n
oticias/vida,pesquisador-
brasileiro-e-acusado-de-
plagio-em-artigos-
cientificos,699989,0.htm 
 
 
Para entender um pouco 
mais a problemática do 
plágio no meio 
acadêmico, consulte os 
textos de apoio 
disponibilizados. 
 
orientador, que deveria ter evitado tal situação. Tais episódios podem comprometer a 
carreira acadêmica do pesquisador em questão. 
 Mas você já parou para pensar no problema prático 
que é o plágio? Você deve estar se perguntando por que isso 
é tão importante. Bem, imagine que uma certa pesquisa 
publicada revele dados que se contrapõem à maioria dos 
pesquisadores de uma certa área do conhecimento. Você, em 
seu texto, utiliza tais dados e não faz corretamente a citação. 
O professor que irá ler tal trabalho atribuirá a você tais 
informações e, como ele pode ser adepto da maioria dos 
pesquisadores, ele também se contrapõe ao conteúdo 
mencionado por você e irá cobrar (de você) as justificativas 
de tê-lo mencionado em seu texto. Sendo assim, o professor 
está de posse de todos os seus direitos ao não aceitar o 
trabalho, ou descontar pontos pelas partes plagiadas. 
Em contrapartida, se você cita esse mesmo conteúdo fazendo da forma correta, 
ou seja, mencionado o nome do autor e ano de publicação do texto lido, indicará ao 
seu professor que aquela informação não é sua, mas você a está utilizando. Sendo 
assim, ele pode até te questionar por tê-la utilizado, mas não de tê-la produzido. 
Outro ponto a ser considerado é que quem irá ler seu texto pode ter lido também 
suas fontes e detectar que um parágrafo, ou um conteúdo, pode ter sido copiado 
indevidamente. Isso pode comprometer seu processo de formação intelectual, além de 
ser antiético. 
Mas porque dar tanta ênfase para as questões de plágio? Os trabalhos 
solicitados em disciplinas, bem como o Trabalho de 
Conclusão de Curso (monografia), têm por objetivocontribuir 
para a formação profissional de um estudante. Ao pesquisar 
e redigir um texto, o estudante aprende, reflete, raciocina e 
isso o fará um profissional mais apto a resolver problemas e 
desempenhar com sucesso sua atuação. Quando o 
estudante comete plágio de um trabalho ou de partes dele, 
perde-se esse processo de aprendizagem e isso irá refletir 
em como ele será capaz de solucionar um problema na vida 
profissional. 
75 
 
 
 
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Muitos autores na área de metodologia científica atribuem o grande volume de 
plágios, no meio científico, ao avanço tecnológico, que facilita imensamente o acesso a 
trabalhos com a disponibilidade de cópia (o famoso ctrl C e ctrl V). Com o avanço na 
divulgação de informações devido à internet, fica cada vez mais fácil ter acesso a 
dados e textos científicos, sendo “tentador” se utilizar indevidamente desse material. 
Entretanto, temos que ter sempre em mente que a produção de textos, durante a 
graduação, faz parte do processo de formação e de aprendizado. Assim, quando 
produzimos um texto com base em nossas leituras e o redigimos de forma correta, sem 
cópia e com as devidas citações, estamos reproduzindo conhecimento e, assim, o 
estamos fixando, ou seja, aprendemos a investigar, obter informações e correlacionar 
conteúdos. Esse processo facilitará a busca de soluções de problemas encontrados na 
vida profissional, sendo um importante diferencial no mercado de trabalho. 
5. FORMATAÇÃO DE TEXTOS ACADÊMICO-CIENTÍFICOS 
 
 Bem, você já aprendeu - nos itens anteriores - os conteúdos e estrutura de um 
texto científico e já se interou também da necessidade do uso de citações para a 
produção desses textos. Agora, chegou a vez de aprender as normas para a 
formatação dos textos científicos. 
 Você pode estar se perguntando o porquê da necessidade de seguir regras de 
formatação, mas imagine se cada autor resolve usar um tipo de fonte (letra) diferente, 
ou uma tabulação do texto diferente. Seria meio “bagunçado”, não acha? Sedo assim, 
os periódicos (revistas científicas), bem como as instituições de ensino e pesquisa, 
adotam um padrão para apresentar os textos desenvolvidos por seus estudantes e 
pesquisadores. 
 No nosso caso, as normas a serem seguidas são baseadas nos manuais da 
ABNT (NBR 14724:2005), lembrando que tais manuais podem permitir variações que 
normalmente são definidas pela instituição. Dessa forma, a formatação pode variar de 
uma instituição para outra, mesmo que ambas sigam a mesma norma. 
 A estrutura de um trabalho acadêmico deve apresentar-se de forma padronizada 
e organizada. O quadro abaixo foi elaborado a partir na NBR14724 (2005) e expõe os 
elementos comuns ao Trabalho de Conclusão de Curso (monografias, dissertações e 
teses). 
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Em trabalhos destinados a disciplinas, alguns elementos devem ser 
dispensados, sendo mais comum a capa, folha de rosto, o texto em si e as referências. 
 
 Estrutura Elemento 
 
 
 
 
 
 
 
Pré-textuais 
Capa (obrigatório) 
Lombada (opcional) 
Folha de rosto (obrigatório) 
Ficha catalográfica 
Errata (opcional) 
Folha de aprovação (obrigatório) 
Dedicatória (s) (opcional) 
Agradecimento (s) (opcional) 
Epígrafe (opcional) 
Resumo na língua vernácula (obrigatório) 
Resumo na língua estrangeira (obrigatório) 
Lista de ilustrações (opcional) 
Lista de tabelas (opcional) 
Lista de abreviaturas e siglas (opcional) 
Lista de símbolos (opcional) 
Sumário (obrigatório) 
 
 
Textuais 
Introdução 
Desenvolvimento 
Conclusões 
 
 
 
Pós-textuais 
 
Referências (obrigatório) 
Glossário (opcional) 
Apêndice (s) (opcional) 
Anexo (s) (opcional) 
Índice (opcional) 
 
 
 Você verá agora a descrição de cada um dos elementos descritos acima e 
poderá perceber que tudo está explicado de forma a ser o mais detalhado possível. 
Entretanto, se houver dúvidas, consulte os exemplos dispostos no final do texto. 
 
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5.1 CAPA 
A capa constitui-se na primeira apresentação e proteção externa do trabalho, 
sendo obrigatória em todos os trabalhos científicos. Deve ter seus elementos redigidos 
de forma centralizada e com espaçamento entre linhas 1,5 cm. 
Apresentam-se, na capa, dados identificadores da obra, tais como: 
Instituição: tamanho 14, letras maiúsculas e em negrito (1ª linha da folha); 
Curso: tamanho 14, letras maiúsculas e em negrito (2ª linha); 
Nome(s) do(s) autor(es): tamanho 12, sem negrito, todas as letras maiúsculas (7ª 
linha); 
Título: tamanho 14, em negrito e letras maiúsculas (13ª linha, se o título tiver mais de 
uma linha, iniciar na 12ª); 
Local onde deve ser apresentado: tamanho 12, só primeira letra em maiúsculo, sem 
negrito (penúltima linha); 
Ano: tamanho 12, sem negrito (última linha). 
 O espaçamento dos termos contidos na capa deve ser 1,5. Tais termos devem 
ser centralizados (exemplo no anexo 1). 
 
5.2 LOMBADA 
A lombada é um elemento desnecessário em trabalhos encadernados, em 
espiral. No caso de encadernação do tipo brochura, a lombada refere-se ao lado no 
qual as folhas serão reunidas por colagem, costura ou grampo. 
Deve constar dos seguintes elementos: Nome do autor, escrito 
longitudinalmente, do alto para o pé da lombada; Título do trabalho, impresso da 
mesma forma que o nome; Elementos alfanuméricos de identificação, tais como 
volume, número, identificação de biblioteca. 
 
5.3 FOLHA DE ROSTO 
A folha de rosto é a segunda folha do trabalho científico, apresenta elementos 
essenciais à identificação dos trabalhos, sendo obrigatória em todas as formas de 
trabalhos acadêmicos. Os elementos da folha de rosto devem ser apresentados na 
seguinte ordem: 
Autor: fonte tamanho 14, sem negrito, centralizado, todas em maiúsculas (1ª linha); 
Título: fonte tamanho 14, letras maiúsculas, em negrito (13ª linha); 
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Natureza: consiste na apresentação do trabalho, explicita de que se trata a obra 
(trabalho, relatório, projeto, monografia etc.), a quem é apresentado e para quê. Deve 
vir no canto inferior direito e ser escrita em fonte arial ou times, tamanho 11, 
espaçamento simples e em quadro justificado sem linha (borda). O quadro deve se 
localizar a 2 cm da margem direita e a 13cm (3 da margem, mais 10cm) da margem 
esquerda. 
Orientador: tamanho 12, só iniciais em maiúsculo, sem negrito e centralizado 
(necessário somente nos trabalho de titulação – monografias, dissertações eteses), 
deve se localizar duas linhas abaixo da natureza do texto. A palavra “orientador” deve 
vir em negrito. 
Local (cidade): tamanho 12, só iniciais em maiúsculo, centralizado, sem negrito 
(penúltima linha). 
Ano: idem cidade (última linha) (Anexo 2). 
 
5.4 Ficha Catalográfica 
A ficha catalográfica é um elemento necessário em trabalhos de Conclusão de 
Curso, pois indica seu registro na biblioteca da instituição. Sendo assim, é dispensável 
em trabalhos de disciplinas. 
Constitui um elemento identificador da obra monográfica, e sua formatação 
segue os padrões definidos pela biblioteca da presente instituição. Essa ficha deve vir 
no verso da folha de rosto, em um quadrado situado a 5 cm a margem superior, a 4 cm 
da margem esquerda e a 3 cm a margem direita, com moldura na cor preta. 
 
5.5 Folha de aprovação 
 A folha de aprovação também só é exigida em Trabalhos de Conclusão de 
Curso. Vem logo em seguida de folha de rosto, redigida em espaçamento 1,5 e sendo 
constituída por: 
Autor do trabalho: letras maiúsculas, tamanho 12 sem negrito, justificado; 
Título do trabalho: letras maiúsculas, sem negrito, tamanho 12, justificado; 
Natureza do trabalho: caracteriza se o trabalho é monografia, artigo, projeto etc. Deve 
ser escrito sem negrito, tamanho 12, justificado; 
Objetivo: Título obtido com o trabalho (Bacharel). Escrito sem negrito, tamanho 12, 
justificado; 
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Nome da instituição a que é submetido: só inicial da frase em maiúscula, sem 
negrito, tamanho 12, justificado; 
Área de concentração: Curso de graduação e área de concentração. Só inicial da 
frase em maiúscula, sem negrito, tamanho 12, justificado; 
Data de aprovação: sem negrito, tamanho 12, justificado; 
Banca Examinadora: Nome dos membros que irão compor a banca, sua titulação e 
instituição pela qual respondem os membros da banca e assinaturas (as assinaturas 
devem constar somente após a defesa), centralizado, abaixo da linha para assinatura, 
tamanho 12, sem negrito, só iniciais em maiúsculas (Anexo 4). 
 
5.6 Dedicatória 
 A dedicatória é opcional e usada somente em trabalhos de titulação (monografia, 
dissertação e tese). Trata-se do oferecimento do trabalho a uma ou mais pessoas de 
relevância para o autor. Como a epígrafe, na dedicatória, a fonte e tamanho são 
opcionais e ela também deve ser posta no canto direito inferior da página. 
 
5.7 Agradecimentos 
 Como a dedicatória, também é algo opcional e restrito aos mesmos tipos de 
trabalhos. Nos agradecimentos, referenciam-se as pessoas que contribuíram de 
alguma forma para a realização do trabalho em questão. A formatação deve seguir o 
texto normal, com um parágrafo para cada agradecimento. A fonte deve ser a mesma 
escolhida para o texto, tamanho 12, espaçamento 1,5 cm. 
 
5.8 Epígrafe 
 Trata-se de um trecho de pensamento, música ou poema, seguido da citação do 
autor. A epígrafe é opcional e serve para ilustrar o espírito do autor no período de 
realização do trabalho. Normalmente, é usada em trabalhos nos níveis de graduação e 
nas titulações superiores. Deve ser apresentada em fonte e tamanho de preferência 
do autor, colocada na porção inferior direita da folha. 
 
80 
 
 
 
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5.9 Resumo 
Elemento obrigatório nos trabalhos acadêmicos de titulação. Deve ser 
apresentado em parágrafo único, constituído de frases concisas e objetivas e não uma 
simples enumeração de tópicos, não deve ultrapassar 500 palavras. O resumo deve 
constar de uma organização semelhante ao texto, compondo-se de introdução, 
desenvolvimento e conclusão; porém sem subtítulos ou subdivisões. Deve ser seguido 
de 4 ou 5 palavras que representem o conteúdo do texto (palavras-chave). A fonte 
utilizada é a mesma do restante do texto, tamanho 11 e espaçamento simples. 
É importante lembrar que o resumo solicitado em Trabalhos de Conclusão de 
curso é do tipo informativo. Nesse caso, faz-se necessária a menção de dados e 
conclusões do trabalho. 
 
5.10 Resumo em língua estrangeira (Abstract) 
Elemento obrigatório, em trabalhos de titulação, apresenta as mesmas 
características do resumo, porém deve ser digitado em página separada. Deve conter 
no máximo 500 palavras. Como no resumo, deve vir seguido das palavras 
representativas do texto (palavras-chave). Fonte semelhante ao texto, tamanho 11 e 
espaçamento simples. 
 
5.11 SUMÁRIO 
 O sumário só se faz obrigatório em trabalhos com número de páginas de texto 
superior a 10. É composto pela enumeração dos títulos (tópicos), e subtítulos do 
trabalho, e suas respectivas páginas. Devem-se destacar os títulos gradativamente, 
utilizando-se os recursos de negrito e tabulação, sendo os títulos principais alinhados à 
esquerda, os subtítulos com recuo de 1 cm, e os subtítulos com recuos de 2cm. O 
sumário deve ser escrito na fonte escolhida para o texto, tamanho 11, espaçamento 1,5 
(Anexo 3). 
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Obs.: Todos os títulos e subtítulos 
devem ser numerados 
algebricamente de acordo com sua 
sequência no texto. A numeração 
dos subitens não deve ultrapassar 4 
algarismos (ex.: 3.1.2.1) 
5.12 LISTA DE ILUSTRAÇÕES, TABELAS, ABREVIATURA E SIGLAS E 
SÍMBOLOS 
 
A lista de ilustrações, tabelas e demais itens deve vir em folhas separadas. 
Segue o mesmo padrão do sumário, onde as ilustrações e/ou tabelas são numeradas 
de acordo com sua ordem no texto, seguidas do título da ilustração/tabela e o número 
da página onde se encontra (tamanho 11, espaçamento 1,5 cm). 
 
5.13 ELEMENTOS FÍSICOS DO TRABALHO 
5.13.1 Papel 
 Os textos devem ser apresentados em papel branco, formato A-4 (21cm x 
29cm), digitados na cor preta, exceto ilustrações. 
 
 5.13.2 Tamanho e tipo de fonte: 
 A fonte utilizada para redação deve ser Arial ou Times New Roman, tamanho 
12 para o texto, 11 para citações longas (mais de 3 linhas) e legenda de figuras e 
tabelas, e 10 para notas de rodapé. Parágrafo: espaço de 1,25 cm a partir da margem 
esquerda. 
 
5.13.3 Margens 
 As folhas dos trabalhos devem apresentar margens superior e esquerda com 3 
cm inferior, e direita 2 cm. 
 
5.13.4 Indicativos de seção ou capítulos (títulos) 
 Os indicativos de seção numerados 
devem vir alinhados à margem direita da folha, 
podendo ser usados recursos de tabulação 
para indicativo de subseções. 
 Já os indicativos não numerados - como 
é o caso de resumo, abstract, sumário, lista de 
ilustrações e figuras, referências bibliográficas, 
82 
 
 
 
CNEaD – Coordenadoria Nacional de Educação a Distânciaapêndices e anexos - devem vir centralizados (tamanho 14 e letras maiúsculas). 
Título 
Alinhados à margem superior esquerda, escritos, em tamanho 14, negrito e 
letras maiúsculas, na primeira linha da folha. Entre o título e o início do texto, deve-se 
pular uma linha. 
Subtítulos 
Alinhados à margem esquerda, tamanho 12, em negrito e letras maiúsculas. 
Entre o fim do texto anterior e o subtítulo, deve-se pular uma linha; 
Sub-subtítulos 
Espaço de 1,5 cm da margem esquerda, tamanho 12, negrito, só letras iniciais 
em maiúsculas. Deve-se pular uma linha entre o texto e o subtítulo. 
 
5.13.5 Espaçamento 
 Todo o texto do trabalho deve ter espaçamento de 1,5 cm, exceto citações 
longas, notas de rodapé e legenda de tabelas, e figuras, e as referências, que devem 
vir em espaçamento simples. 
 
5.13.6 Paginação 
 Capa NÃO deve ser numerada, nem conter bordas. A paginação começa a ser 
contada progressivamente a partir da folha de rosto, porém a numeração (na forma 
algébrica) das páginas só tem início no primeiro capítulo e segue todo o texto, inclusive 
anexos e apêndices. Os números devem ser inseridos no canto superior direito, a 2 cm 
da borda da folha. 
 
 5.13.7 Ilustrações 
 Todas as ilustrações (fotos, desenhos, gráficos) no texto devem apresentar sua 
identificação (título e legenda), na parte inferior, precedida da palavra designativa 
“figura” escrita em negrito. As figuras devem ser numeradas algebricamente (número 
em negrito), de acordo com sua sequência no texto. A legenda deve ser escrita com 
tamanho 11 e espaçamento simples, estando alinhada à borda da figura. 
 A disposição da figura do texto deve ser justificada, e a legenda deve seguir a 
margem da figura. Ex.: 
 
83 
 
 
 
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Figura 1: Curva de sobrevivência de populações naturais (DAJOS, 2006) 
 
 
5.13.8 Tabelas 
 As tabelas apresentam sua identificação (título e legenda), na porção superior, 
precedida de palavra designativa (tabela) em negrito, numeradas algebricamente, de 
acordo com a sequência no texto (número em negrito). A legenda deve ser escrita em 
tamanho 11 e espaçamento simples. Ex.: 
 
Tabela 1: título da tabela e descrição 
 
 
 
 
 
5.14 FORMAS DE APRESENTAÇÃO DE REFERENCIAS 
 Referências constituem a listagem de todas as obras consultadas e citadas no 
texto científico, de forma que estejam mencionados todos os elementos necessários 
para que o leitor possa identificá-las e encontrá-las, caso deseje. A formatação das 
referências, aqui exposta, segue as normas da ABNT (NBR 6023:2002). 
As referências devem ser listadas em ordem alfabética. Em casos de mesmo 
autor(es), deve ser respeitada a ordem cronológica (ano). Nos casos de mesmo 
autor(es) e mesmo ano, deve ser verificado o mês de publicação e utilizada a indicação 
com letras minúsculas (a, b, c), tanto na citação dentro do texto, como na referência. 
 O espaçamento entre linhas das referências deve ser simples, dando um espaço 
(pular uma linha) entre uma referência e outra. 
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 Lembre-se de adotar os modelos apresentados abaixo para a formatação de 
suas referências (eles podem servir como modelo). Sendo assim, é só substituir os 
elementos. Também cabe destacar que, em casos onde algum elemento seja 
desconhecido, o mesmo pode ser omitido, desde que não seja o autor, o título e o ano 
de publicação da obra. 
 Em situações de artigos obtidos via internet, eles devem ser formatados de 
acordo com o modelo de artigo. Em casos de falta de algum dos elementos 
necessários, recomenda-se que seja também disponibilizado o endereço eletrônico. 
 Você poderá perceber que são muitas situações de referências. Apresentamos 
aqui as mais comuns e frequentemente utilizadas, entretanto pode ocorrer de você se 
deparar com algum texto que não se encaixe exatamente em nenhum desses modelos. 
Nesse caso, utilize o que mais se aproxima. 
 
5.14.1 Capítulos de livros 
Os livros devem ser referenciados de acordo com sua utilização. Os livros 
didáticos frequentemente podem apresentar vários capítulos, sendo cada um de autoria 
de uma pessoa. Quando fazemos uso apenas de alguns capítulos, faz-se necessário, 
tanto na citação, quanto na referência, adotar como ponto de referência o autor do 
capítulo. 
Se referenciarmos o livro como um todo, dá a impressão que todo ele foi 
utilizado naquela passagem citada, o que comumente não é o caso. Sendo assim, 
apresentaremos dois modelos de referência de capítulo de livro. 
 
Quando o autor do capítulo é o mesmo do livro: 
Último sobrenome do autor (letras maiúsculas), seguido das iniciais dos 
primeiros nomes; título do capítulo, sem negrito; Insere-se a expressão In, que 
significa “em”, seguido de um traço baixo (___), com cerca de 2 cm; título do livro (em 
negrito); número da edição, seguido de ed., cidade onde foi editado, nome da 
editora, ano da edição e número das páginas inicial e final do capítulo Ex.: 
 
ESTEVES, F. A. O ciclo da água na biosfera. In:________. Fundamentos de 
Limnologia. 2. ed. Rio de Janeiro: Interciência, 1998. p 57-70. 
 
Quando o autor do capítulo não é o mesmo que publicou o livro 
85 
 
 
 
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Utiliza-se a mesma forma citada acima; porém, em vez da expressão In e do 
traço, insere-se o sobrenome do organizador do livro e o título do livro. Ex.: 
 
FURLAN, V. I. O estudo de textos teóricos. In CARVALHO, M. C. M. de. Construindo 
o Saber (org.). 12. ed. Campinas: Parirus (isso mesmo??), 2002. p. 119-129. 
 
5.14.2 Livros 
Neste caso, todo o livro foi utilizado como citação, podendo até ser dividido em 
capítulos. Entretanto, seu uso foi generalizado. 
 
Último sobrenome do autor (vírgula), seguido das iniciais dos primeiros nomes 
(letras em maiúsculo); título do livro (letras normais, em negrito); edição (número, 
seguido da abreviatura: ed.); cidade onde foi editado (seguido de dois pontos); o nome 
da editora; ano de publicação. Seguem exemplos: 
 
SEVERINO, A. J. Metodologia do Trabalho Científico. 21 ed. São Paulo: Cortez, 
2000. 279 p. 
 
CERVO, A. L. ; BERVIAN, P. A. Metodologia Científica. 2 ed. São Paulo: McGraw-
Hill do Brasil, 1981. 121p. 
 
5.14.3 Artigos de Revistas e Jornais Periódicos: 
 Cabe lembrar aqui que todos os autores do artigo devem ser citados na 
referência, mesmo se forem em grande número. São comuns artigos com cinco ou 
mais autores. Nesse caso, a citação utiliza-se do recurso et al. Na referência, todos têm 
que ser citados. 
 Nome do (s) autor (es), como referido acima; título do artigo; nome da revista 
ou jornal (em negrito); cidade onde foi editada; ano (idade da revista) quando vier 
indicado na capa; volume (v.); número (n.) e suplemento, se for o caso. Se qualquer 
um desses itens não estiver disponível na capa do periódico,não deve ser 
mencionado; páginas inicial e final do texto lido, separadas por hífen (p.); ano de 
publicação. Ex.: 
 
86 
 
 
 
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FIORINI, A.C.; FISCHER, F. M. Emissões otoacústicas por transiente evocado em 
trabalhadores expostos a ruído ocupacional. Distúrbios da Comunicação. São Paulo, 
v.11, n.2, p. 167-191, 2000. 
 
ESTEVES, E. A.; MONTEIRO, J. B. R. Efeitos Benéficos das Isoflavonas de soja em 
doenças crônicas. Revista de Nutrição. Campinas, v.14, n.1, p. 43-49, 2001. 
 
5.14.4 Monografias, Dissertações e Teses: 
 Os trabalhos de titulação apresentam o mesmo padrão na apresentação da 
referência. O que varia é a natureza da obra, ou seja, se é monografia, dissertação ou 
tese, o título obtido (bacharelado, especialização, mestrado ou doutorado) e a área de 
concentração. Sendo assim, você utilizará o mesmo modelo para os três tipos de 
trabalho, mudando apenas os elementos que variarem. 
 Citação do autor, seguido do título do trabalho em negrito, ano de publicação; 
categoria do trabalho (dissertação, tese ou monografia), especificação do título 
recebido; Instituição onde foi realizado o trabalho; cidade onde se localiza a 
instituição e número de páginas. 
 
THOMÉ, M. P. M. As condições sanitárias e o manejo na incubação, larvicultura e 
alevinagem de Tambaqui (Osteicties: Serrasalmidae) (Cuvie,1818) no estado do 
Amazonas. 2000. Dissertação (Mestrado em Biologia Aquática) – Instituto Nacional de 
Pesquisas da Amazônia – INPA/UA, Manaus. 103p. 
 
5.14.5 Instituições: 
 Neste item, incluem-se todos os documentos que forem produzidos por 
entidades, sejam governamentais ou não. 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ: Biblioteca Central. Normas para 
apresentação de trabalhos. 6ª ed. Curitiba: Editora da UFPR, 1996. 
 
 
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CNEaD – Coordenadoria Nacional de Educação a Distância 
 
5.14.6 Artigos de jornal diário: 
MASCARENHAS, M. G. Sua safra, seu dinheiro. O Estado de São Paulo, São Paulo, 
17 set. 1986. Suplemento Agrícola, p. 14-16. 
 
5.14.7 Resumo de trabalhos de congresso, seminários ou encontros: 
VIEIRA, V. A. Hipertensão arterial: fatores de risco, estratégias de enfrentamento e 
diferenças de gênero. In: VI JORNADA CIENTÍFICA DE PÓS-GRADUAÇÃO DA 
FIOCRUZ, 2000, Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Fundação Osvaldo Cruz, 2000. p. 20-
27. 
 
5.14.8 Manuais 
 Nesta categoria, inserem-se também as apostilas didáticas: 
 
SÃO PAULO (Estado). Secretaria de Meio Ambiente. Coordenadoria de Planejamento 
Ambiental. Estudo de Impacto Ambiental - EIA, Relatório de Impacto Ambiental-
RIMA: manual de orientação. São Paulo, 1986. 
 
5.14.9 Catálogo: 
MUSEU DA IMIGRAÇÃO (São Paulo-SP). Museu da Imigração – São Paulo: 
catálogo. São Paulo, 1997. 
 
5.14.10 Documentos jurídicos: 
BRASIL. Constituição (1988). Emenda constitucional nº9, de 9 de novembro de 1995. 
Legislação federal e marginária, São Paulo, v. 59, p. 1966, out/dez. 1995. 
 
5.14.11 Documentos em meios eletrônicos: 
Textos com autor identificado 
O sobrenome do autor, seguido de suas iniciais, deve ser mencionado sempre 
que estiver disponível, seguido do título do documento e da expressão: Disponível 
em: título completo do site, e da data de acesso. Nesta categoria, todos os elementos 
devem vir sem negrito Ex.: 
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SILVA, M. M. Crimes da era digital. Disponível em: 
http://www.dbd.org.br/sma/entendento/atual.htm. Acesso em 8 mar. 1999. 
 
Monografia em meio eletrônico: 
Neste caso, são textos que apresentam uma instituição (governamental ou não) 
responsável pela publicação. Nessa situação, o título do documento deve vir em negrito 
Ex.: 
 
SÃO PAULO. Secretaria do Meio Ambiente. Entendendo o Meio Ambiente. São 
Paulo, 1999. Disponível em: http://www.(endereço completo). Acesso em 8 mar. 1999. 
 
 KOOGAN, A. HOUAISS, A. (ed). Enciclopédia e dicionário digital 98. São 
Paulo:Delta: Estadão, 1998. 5 CD-ROM. 
 
Documentos de acesso exclusivo em meio eletrônico 
Iniciar com o título da página (maiúsculas), o título do texto, seguido da 
expressão Disponível em: título do site. Todos os elementos devem vir sem negrito. 
Listar o “título” da página ou do programa (Software), acompanhado da referência: 
Disponível em: <http://www... 
 
5.14.12 Materiais especiais: 
Filme 
CENTRAL do Brasil. Direção: Walter Salles Junior. Produção: Martire de Clemont-
Tonnerre e Arthur Cohn. Rio de Janeiro: Riofile, 1998. 
 
Fotografia: 
KOBAYASHI, K. Doenças dos xavantes. 1980. 
 
Mapa: 
BRASIL e parte da América do Sul: mapa político, escolar, rodoviário turístico e 
regional. São Paulo: Michalany, 1981. Escala: 1:600.000. 
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Muito bem, terminamos mais um módulo. Esperamos que você utilize muito 
desses conceitos na sua vida acadêmica. No próximo módulo, iremos falar sobre a 
pesquisa científica e como elaborar um projeto de pesquisa acadêmica. Até lá! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Informações e documentação 
– referências. NBR 6023. Rio de Janeiro: ABNT, 2002. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Informações e documentação 
– trabalhos acadêmicos - apresentação. NBR 14724. Rio de Janeiro: ABNT, 2005. 
CARVALHO, Alex et al. Aprendendo Metodologia Científica. São Paulo: O Nome da 
Rosa, 2000, pp. 11—69. Disponível em: 
http://www.biomaterial.com.br/Metodologia_pesquisa.pdf. Acesso em 31 de Nov. de 
2011. 
CARVALHO, M. C. de. Construindo o saber: metodologia científica, fundamentos 
e técnicas. 2 ed. Campinas: Papirus, 2002. 
CERVO, A. L. ; BERVIAN, P. A. Metodologia Científica. 2 ed. São Paulo: McGraw-Hill 
do Brasil, 2000. 
HÜHNE, L. M. Metodologia Científica: cadernos de textos e técnicas. 7 ed. Rio de 
Janeiro: Agir, 2002. 
KÖCHE, J. C. Fundamentos de Metodologia Científica: teoria da ciência e prática da 
pesquisa. 18 ed. Petrópolis-RJ: Vozes, 1997. 
MARCONI, M. de A.; LAKATOS, E. M. Metodologia Científica. 3 ed. São Paulo: Atlas, 
2000. 
MEDEIROS, J. B. Redação Científica: aprática de fichamentos, resumos e 
resenhas. 11 ed. São Paulo: Atlas, 2010. 
PRICE, D. de S. A ciência desde a Babilonia. Belo Horizonte: Itatiaia, 2000. 
SANTOS, A. R. dos. Metodologia Científica: a construção do conhecimento. 5 ed. 
Rio de Janeiro: DP&A, 2002.SEVERINO, A. J. Metodologia do Trabalho Científico. 
21 ed. São Paulo: Cortez, 2000. 
91 
 
 
 
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1. Atualmente, crescem as discussões sobre a ética na produção do conhecimento 
científico. Com base nisso, assinale a afirmativa correta. 
a) A utilização de informações obtidas através da leitura de textos produzidos por 
terceiros pode ser feita sem quaisquer critérios ou normas, pois o saber não tem 
domínio. 
b) Todo pesquisador pode se utilizar de dados obtidos através de pesquisas de 
outros cientistas, como se tais dados fossem de sua própria autoria. 
c) A utilização de informações ou dados obtidos através da leitura de textos 
produzidos por outros pesquisadores pode ser feita, desde que seja mencionado 
o autor e o ano do texto consultado. 
d) As citações podem ser omitidas, quando utilizamos apenas a ideia lida, mas a 
redigimos com nossas palavras. 
e) Entendem-se por citação bibliográfica apenas os conteúdos lidos e reproduzidos 
literalmente. Somente neste caso, faz-se necessária a menção do autor e ano 
da obra lida. 
 
2. A citação bibliográfica refere-se à reprodução de um conteúdo lido, que deve ter 
seu autor mencionado no texto. A citação bibliográfica indireta refere-se: 
a) À reprodução idêntica de partes do texto lido, tomando-se o cuidado de 
colocar o trecho entre aspas; 
b) À reprodução da ideia do autor lido que pode se referir a dados ou conceitos, 
porém com outras palavras, tomando-se o cuidado de mencionar o autor e 
ano da obra original; 
c) À reprodução de partes do texto com mais de 3 linhas do original, que deve 
ser alocado em um parágrafo isolado com formatação diferenciada; 
d) À reprodução de partes do texto original com mais de três linhas, que deve 
ser inserido como parágrafo com formatação diferenciada; 
e) A dados numéricos, sendo dispensada quando a informação é teórica ou 
conceitual. 
 
 
3. Explique o conceito de plágio e quais as formas que mais são visualizadas nos 
textos acadêmicos. 
O plágio pode acontecer quando reproduzimos uma informação ou dados lidos 
sem mencionar o autor da obra lida, e quando se adota todo um texto que foi 
produzido por outra pessoa e o toma como sendo produção própria. 
 
4. Elabore uma capa e uma folha de rosto, utilizando dados de outra disciplina para 
indicar o título do trabalho. 
 
 
 
MÓDULO 3 
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5. Com base nas normas de formatação apresentadas neste módulo, redija os 
elementos constituintes da referência bibliográfica apresentados abaixo, na 
ordem correta, de acordo com os modelos apresentados. 
 
a) 
Revista Educação e Tecnologia 
 
Numero 1 
 
Volume 2 
 
 Out/Març de 2006 
 
Autores: Bruno Favarato, Derikson Elias dos Santos, Octávio Coslop de Oliveria, 
Vitor Puziol Júnior, Thiago Scherrer Thomasi, Elton do Rosário, Norberto Lima 
Sagrazki 
Título: ENSAIOS DE TRATAMENTOS TÉRMICOS EM AMOSTRAS DE AÇO BNT 
1045 
 
 
b) 
Autor: João Bosco Medeiros 
 
Ano: 2009 
 
Edição: 11 
 
Editora : Atlas 
 
Título: Redação Científica

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