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59 CNEaD – Coordenadoria Nacional de Educação a Distância APRESENTAÇÃO DO MÓDULO Muito bem, iniciamos mais um módulo da disciplina de Metodologia Científica e esperamos que até aqui você já tenha compreendido o quão importante ela é para sua vida acadêmica. Vamos agora entender o processo de redação e construção de textos científicos. Neste momento, você deve estar se perguntando: “mas por que vou ter que aprender sobre isso, se vou escrever a monografia só no final do curso?” Bem, no decorrer do curso, você terá que escrever trabalhos, e como escrever estes trabalhos? É isso que vamos ver. Como se organiza um texto acadêmico-científico e como apresentar as informações das quais dispomos no papel. Com certeza, isso te auxiliará nas respostas de questões de prova, na confecção de relatórios e futuramente, é claro, na monografia. Então, vamos lá! OBJETIVOS DO MÓDULO Esperamos que, após o estudo do conteúdo deste módulo, você seja capaz de: � Conhecer as diretrizes para a seleção e organização das informações de textos científicos; � Compreender os padrões técnicos da redação científica; � Compreender as normas de citação bibliográfica e como fazer uso delas; � Conhecer as normas de formatação dos textos científicos. ORGANIZAÇÃO E REDAÇÃO DE TEXTOS CIENTÍFICOS MÓDULO 3 60 CNEaD – Coordenadoria Nacional de Educação a Distância 1 INTRODUÇÃO A redação de textos científicos constitui um processo que tem início, nos primeiros anos da graduação, com a redação de trabalhos acadêmicos. Ninguém nasce sabendo fazê-lo, mas é claro que umas pessoas têm maior desenvoltura; e outras, menos. Entretanto, o importante é que redigir dentro das normas técnicas exige treino e dedicação. Dessa forma, qualquer estudante que se dedique ao hábito da redação científica terá plena capacidade de desenvolvê-la. Uma das principais características dos textos científicos é o uso de uma linguagem técnica e formal, não sendo indicado o uso de expressões regionais ou termos populares (principalmente os jargões locais), o que dificulta o entendimento por leitores de outras localidades. A produção de um texto - seja ele um simples trabalho de uma disciplina da graduação ou a redação de um artigo científico que pode ser lido por inúmeras pessoas - deve ser um processo de estudo e reflexão. A elaboração de um texto científico gera conhecimento ao autor. Para se escrever sobre algo, é necessária uma pesquisa que fornecerá certos dados a serem analisados e interpretados. Todo esse processo gera conhecimento. Sendo assim, será comum - no seu processo de formação de nível superior - atender a essa solicitação e, para desempenhar tal tarefa, iremos aqui descrever algumas diretrizes sobre o conteúdo e forma de estruturar os textos científicos. Então, vamos lá! 2 ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DE TEXTOS CIENTÍFICOS Escrever é uma tarefa que a princípio parece simples; mas, quando nos deparamos com um papel em branco, nem sempre é fácil. Algumas pessoas têm mais facilidade; outras, nem tanto. Contudo, uma coisa é fato: quem lê bastante tem mais facilidade de se expressar na forma escrita. Dessa forma, sempre que lhe for solicitado algum tipo de redação (seja um trabalho, um seminário ou mesmo um texto científico), quanto maior o volume de leitura que você tiver, mais fácil será seu trabalho em escrever. 61 CNEaD – Coordenadoria Nacional de Educação a Distância Todo texto acadêmico científico, também chamado de texto técnico, deve ser produzido a partir de uma pesquisa. Durante os primeiros períodos da graduação, você será solicitado a fazer alguns trabalhos em uma série de disciplinas. Nessa etapa, é comum que a pesquisa seja feita apenas com base na bibliografia (livros, artigos e demais textos científicos). Sendo assim, quando se tem um trabalho teórico a fazer, precisamos ter em mente o objetivo do trabalho, ou seja, qual é o propósito de sua realização (em muitos casos, o professor pode deixar fixado esse objetivo). Outra coisa que temos sempre que ter em mente é que escrevemos para um leitor, ou seja, sempre haverá alguém para ler o que estamos escrevendo: um professor, um revisor (de monografia), ou mesmo um colega. Por isso, precisamos sempre pensar no leitor, precisamos sempre nos preocupar se as informações que estamos querendo passar para o papel estão claras e de fácil compreensão. Lembre-se de que o leitor não terá você ao seu lado para esclarecimentos, por isso precisamos pensar no que vamos escrever e como vamos escrever, para que não surjam dúvidas ao leitor. O texto científico, como qualquer outro, apresenta uma estrutura padronizada, constando de introdução, desenvolvimento e conclusões (começo, meio e fim). Cada uma dessas seções pode ser ainda subdividida, para melhor expressar o conteúdo a ser escrito. 2.1 ORGANIZAÇÃO DO TEXTO CIENTÍFICO Em um primeiro momento, deve-se conhecer o propósito do texto, ou seja, a quem ele será entregue e com qual propósito, ou seja, que tipo de texto é esse: um trabalho, um resumo, uma resenha, ou uma monografia? Uma vez definido o propósito do texto, podemos iniciar sua redação e, ao iniciá- la, devemos estabelecer claramente qual o objetivo ou objetivos que temos com esse texto. Assim, podemos definir quais assuntos devem ser abordados, como se fosse um roteiro de conteúdos. É importante que esses assuntos sejam hierarquizados, ou seja, que se estabeleça uma sequência de assuntos. Essa sequência deve ser a mais adequada para a completa compreensão do texto pelo leitor. Cada elemento do roteiro definido irá constituir uma seção do texto, ou seja, um conjunto de conteúdos que estão correlacionados e tratem do mesmo assunto, permitindo que o leitor adquira conhecimento ao ler cada uma delas. Assim, cada seção tem uma mensagem a ser transmitida e, dessa forma, deve conter um conjunto de parágrafos que irão transmiti-las. 62 CNEaD – Coordenadoria Nacional de Educação a Distância A sequência de informações ou parágrafos deve seguir uma organização, de modo a propiciar ao leitor clareza de conteúdo. É comum iniciarmos uma seção com informações mais gerais, tais como conceitos, teorias e definições que permitam que o leitor tenha recursos para compreender os conteúdos mais específicos e detalhados, que serão abordados posteriormente. À medida que o texto avança, podemos introduzir informações mais específicas, ou seja, aquelas apresentam informações necessárias para sealcançar o objetivo do texto. Nesse caso, podem ser citados resultados de pesquisas que foram desenvolvidas por outros pesquisadores, sempre fazendo uso de citação bibliográfica (iremos ver isso na sequência do módulo). Cada seção do texto deve ter um aspecto de pirâmide invertida, pois os assuntos vão do geral (mais abrangente) para os específicos (mais restritos). Ao finalizar uma seção, um conhecimento deve ter sido transmitido ao leitor. É importante lembrar que as divisões do texto científico variam de acordo com o tipo de texto. Reveja, então, o módulo 2 para entender como é feita a divisão das seções dos textos. 2.2 CONSTRUÇÃO E ORGANIZAÇÃO DOS PARÁGRAFOS DE TEXTOS ACADÊMICO-CIENTÍFICOS Todo texto é constituído por frases que, unidas, formam um conjunto de informações dispostas em parágrafos. O parágrafo constitui, então, a unidade básica de um texto, sendo seus conteúdos e sequência determinados pelo roteiro de conteúdos discutido no item anterior. Os parágrafos em geral têm uma informação-chave para ser transmitida. Essa informação é um conhecimento que o autor do texto tem e pretende compartilhar com o leitor. A informação principal de um parágrafo é chamada de “idéia central” e deve estar contextualizada, ou seja, relacionada a informações complementares, as chamadas ideias secundárias, É importante salientar que as ideias secundárias servem para explicar, exemplificar ou demonstrar a ideia central. Normalmente, o parágrafo é iniciado com a ideia central e complementado com as ideias secundárias. A sequência de frases deve ser a melhor possível para o entendimento do conteúdo. Sendo assim, é sempre bom ler e reler o que se escreve, pois isso facilita a 63 CNEaD – Coordenadoria Nacional de Educação a Distância Para ter acesso a maiores orientações para a redação de textos científicos, consulte Santos, 2002. Editora DP&A. identificação de palavras repetidas, a ausência ou excesso de vírgulas que podem comprometer a clareza do parágrafo. Podemos mencionar algumas regras para a construção de parágrafos, tais como: preferir frases curtas, as frases devem ser diretas e objetivas, pois frases longas podem promover distorção do sentido da informação. Entretanto, se em uma frase você precisar se estender um pouco para possibilitar a compreensão do conteúdo, é melhor que o faça (SANTOS, 2002). Outro ponto importante é a pontuação e devemos sempre prestar muita atenção a esse recurso, pois uma vírgula no lugar errado pode comprometer totalmente o sentido da frase e distorcer o conteúdo. Faz-se necessário, também, organizar as frases dentro do parágrafo. Normalmente, inicia-se o parágrafo com as informações principais (ideia central), e esta é complementada por ideias secundárias. Entretanto, essa norma deve ser alterada se o conteúdo ficar mais bem compreendido do contrário (MEDEIROS, 2010). Em casos de pesquisas de monografia, muitos dos conteúdos apresentados podem ser dados coletados pelo próprio autor. Já em caso de trabalhos acadêmicos solicitados em disciplinas, as informações podem ser exclusivamente obtidas através da leitura. No primeiro caso, os dados produzidos com a pesquisa constituem as ideias centrais, que são complementadas por informações lidas de outros trabalhos, ou seja, as ideias secundárias. Já em trabalhos de disciplinas, a ideia central do parágrafo constitui a principal informação que se deseja expor; as secundárias dão suporte para seu entendimento. Segundo Santos (2002), a finalização do texto deve passar por uma série e revisões. Vamos, agora, indicar três abordagens de revisão que irão auxiliar seu texto a ficar bem escrito. Primeiramente, fazer uma Correção Vertical, na qual se faz uma releitura de cada seção do seu texto, averiguando se a sequência de informações está coerente e a mais adequada para a compreensão do texto. Isso quer dizer que você irá verificar se os parágrafos estão dispostos na ordem ideal. Essa correção pode ser aplicada também dentro dos parágrafos. Sendo assim, você pode verificar se há a necessidade de inverter algumas frases para que o parágrafo se torne mais claro. 64 CNEaD – Coordenadoria Nacional de Educação a Distância Uma dica: se possível, peça a outra pessoa para ler seu texto. Pode ser um colega de turma, ou mesmo alguém que não é da mesma área que você. Quando alguém que não participou do processo de produção de um texto o lê, identifica mais facilmente falhas ou pontos que podem ser melhorados. Em seguida, faz-se a Correção Horizontal ou Morfológica, nela busca-se verificar se as expressões, e termos utilizados, estão de acordo com os conteúdos a serem transmitidos. Vale lembrar que o leitor não terá como pedir esclarecimentos sobre a redação, por isso devemos nos preocupar com a clareza das frases. Nesse momento, verifica-se a concordância verbal e nominal do texto, e se existem palavras com uso muito repetido. Vale destacar aqui que o tempo verbal dos textos científicos é sempre na terceira pessoa, uma vez que os textos são dissertativos. Assim, em vez de se dizer “constatei”, diz-se “constatou-se” ou “foi constatado”. Por último, faz-se uma Correção Ortográfica, buscando termos e palavras escritas incorretamente. Nesse ponto, o editor de texto nos auxilia, e muito, pois todos os termos incorretos são grifados. 2.3 ESTRUTURA DOS TEXTOS CIENTÍFICOS Os textos científicos podem ser divididos em três seções principais: Introdução, Desenvolvimento e Conclusões. Cabe ressaltar aqui que, como vimos no módulo 2, cada tipo de texto apresenta subdivisões de acordo com o propósito do texto. Iremos, agora, descrever os conteúdos de dois tipos de texto: os que apresentam pesquisa de campo e textos de revisão bibliográfica. 2.3.1 Introdução de textos científicos A introdução do texto se remete a sua apresentação. Dessa forma, por ser o primeiro contato do leitor com o texto, deve ser chamativa, interessante e instrutiva, de modo que o leitor será motivado a continuar com a leitura. 65 CNEaD – Coordenadoria Nacional de Educação a Distância USO DA INTERNET Você já se perguntou o que faríamos sem a internet? Sem dúvida nenhuma, nossa vida se tornou muito mais dinâmica com esse recurso. Entretanto, devemos usá-lo com sabedoria e cautela. Por quê? Infelizmente, a confecção de um site pode ser feita por qualquer pessoa que tenha domínio sobre a computação. Sendo assim, nem sempre podemos confiar cegamente nas informações que estão disponíveis na internet. Uma dica: opte sempre por sites governamentais, educacionais e que pertençam a instituições de renome. Assim, sabemos que a informação divulgada foi fruto de uma investigação, sendo de confiança. As informações presentes na introdução devem dar base para o entendimento do desenvolvimentodo texto. Assim, podem ser mencionados conceitos, leis, teorias e dados que estejam diretamente relacionados à pesquisa. Tais informações mostram as razões que, de certa forma, levaram o pesquisador a desenvolver a investigação relatada no texto em questão. É importante que a introdução de um texto contemple também a questão- problema proposta, pois ela é que direcionará o conteúdo abordado no desenvolvimento. Deve, ainda, conter a justificativa do projeto, ou seja, as razões que tornam a investigação importante e necessária, bem como os benefícios que serão gerados a partir da divulgação desses conteúdos. Os objetivos do texto também devem ser apresentados na seção introdução, devendo ter uma redação clara e direta, de forma a deixar evidente o que se pretende com o texto. E, finalmente, devem-se apresentar os meios pelos quais os dados serão obtidos, ou seja, os materiais e métodos onde se explicam, de forma clara, os métodos, técnicas e equipamentos utilizados para o levantamento de dados. Veremos, mais adiante, que as pesquisas podem apresentar - como metodologia - a coleta de dados pelo próprio autor, ou ser uma pesquisa bibliográfica. Nesse último caso, os dados utilizados foram produzidos por terceiros. Faz-se necessário aqui um esclarecimento. Em alguns textos, faz-se uma subdivisão da seção introdução; sendo a justificativa, objetivos e materiais e métodos, apresentados separadamente. Tais divisões dependem do tipo de texto em questão (veja módulo 2). 66 CNEaD – Coordenadoria Nacional de Educação a Distância 2.3.2 Desenvolvimento de textos científicos No desenvolvimento, temos duas situações: a primeira são trabalhos que apresentaram coleta de dados em campo. Nesse caso, o desenvolvimento apresenta seções cujo conteúdo apresenta um padrão fixado, sendo eles: resultados (compreende a apresentação e descrição dos dados obtidos, podendo ser empregados métodos ilustrativos como fotos, gráficos, tabelas, esquemas etc.); e a discussão (nesse ponto, interpretam-se os dados, ou seja, identificam-se quais informações os dados coletados promovem, sendo feita sua comparação com outros trabalhos semelhantes, ou mesmo com as teorias que sustentam tais fenômenos). O item discussão constitui o ápice de um trabalho científico, sendo necessário que o autor se empenhe em produzir informações a partir de seus dados. Nessa seção, estarão os argumentos que irão propiciar as conclusões de um trabalho. Em trabalhos bibliográficos, ou seja, que não apresentam parte prática, os dados são obtidos através da leitura de textos científicos, tais como livros, artigos científicos, relatórios, e mesmo material disponível na internet que tenha boa procedência. Nesse tipo de pesquisa, após a seção Introdução, o texto é dividido em seções (ou capítulos), elaborados a partir de dados e conceitos obtidos com a leitura. Os conteúdos abordados, bem como os títulos das seções, ficam a critério do autor, lembrando apenas que esses conteúdos devem atender ao objetivo proposto na introdução. Dessa forma, o texto de revisão bibliográfica deve argumentar e discutir dados de terceiros para que possa chegar a suas conclusões. 2.3.3 Conclusões As conclusões de um texto refletem as informações que foram geradas pelo texto, ou seja, o que o autor do texto aprendeu com a sua pesquisa e disponibiliza de forma sucinta no final do texto. É importante que as conclusões reflitam informações que foram abordadas e discutidas no desenvolvimento, sendo reunidas nas conclusões da obra. Sua redação deve ser direta e objetiva, sem rodeios nem complementações que já foram feitas no desenvolvimento. É importante salientar que as conclusões não devem ser recortes de trechos do desenvolvimento, e sim uma síntese das informações geradas a partir da construção do texto. 67 CNEaD – Coordenadoria Nacional de Educação a Distância Formas de Citação Bibliográfica. De acordo com a ABNT, a citação bibliográfica pode ser feita de duas formas. Pelo sistema numérico, cada texto lido recebe um número e - no final do trecho citado - esse número é colocado em sobrescrito. A outra forma, e a mais comum, é o sistema autor/data. Neste, ao término do trecho citado, coloca-se o último sobrenome do autor, vírgula e o ano de publicação do trabalho. As duas formas são corretas, entretanto devem-se respeitar as normas da instituição ou periódico no qual o trabalho será publicado. 2.3.4 Elementos pós-textual: Referências As referências consistem em um elemento pós-textual, ou seja, que vêm após o conteúdo do texto propriamente dito. Devem apresentar todas as obras (textos) lidas e citadas no texto. Trata-se de um elemento pós-textual. Dessa forma, esse elemento é disposto após as conclusões, e no qual se listam, em ordem alfabética, os textos citados de forma que o leitor possa identificar e buscar a mesma obra. Para isso, são necessários todos os elementos de identificação do texto, como autor, título, editora (em caso de livros), ou nome da revista (em caso de artigos), além de outros elementos que serão descritos no item formatação de referências. 2.3.5 Outros Elementos Pós-textuais Outros elementos que podem complementar uma obra acadêmica são os chamados apêndices e os anexos. Os apêndices constituem material que foi produzido pelo próprio autor do texto como, por exemplo, uma planilha-modelo de coleta de dados, ou uma tabela que foi transcrita na forma de gráfico, mas que traz uma informação interessante. Os apêndices são importantes para que o texto em si não fique sobrecarregado de informações secundárias, mas que podem ser úteis ao leitor. Já os anexos são constituídos de materiais que foram - de alguma forma - utilizados pelo pesquisador; entretanto foram obtidos de outros textos como, por exemplo, um quadro (verifique originais) de símbolos com valores de pontos de fusão e ebulição dos elementos químicos. 3. CITAÇÃO BIBLIOGRÁFICA Citação bibliográfica, ou simplesmente citação, refere-se a todo e qualquer conteúdo utilizado por um autor e que foi obtido através da leitura de outro documento 68 CNEaD – Coordenadoria Nacional de Educação a Distância científico. Dessa forma, qualquer dado, informação, ou mesmo imagem que for adotada a partir de outro texto, deve ter obrigatoriamente o autor do texto original mencionado (NBR 10520:2002). Atualmente, criou-se uma grande polêmica sobre a autenticidade de dados e imagens no meio acadêmico-científico, uma vez que muitos autores que não são devidamente instruídos utilizam-se de informações lidas como se fossem de sua própria autoria. Essa prática é considerada plágio, portanto um crime em relação aos direitos autorais. Você deve estar se perguntando, então: “mas tudo que eu escrever deve conter a tal citação?”Sim. Partindo da concepção que, quando produzimos uma informação, ela nos “pertence” (é o que chamamos de direitos autorais). Se tal informação é publicada (na forma de livro ou artigo), o conhecimento é disponibilizado para uso, desde que sua autoria seja reconhecida a quem é de direito, ou seja, o autor do texto na qual ela foi divulgada. Isso também é comum na música. Nesse caso, o compositor de uma letra, por exemplo, deve ter seu nome citado toda vez que ela for gravada por um cantor. Sendo assim, os textos científicos são recheados de citações identificadas pela menção do último sobrenome do autor, seguida do ano de publicação do texto, indicando ao leitor quais foram as bases bibliográficas utilizadas pelo autor. Com isso, o autor de um texto demonstra honestidade no que se refere a atribuir a quem é de direito os méritos por gerar uma informação científica. Então, você se pergunta: “mas eu vou fazer um trabalho e todos os meus parágrafos terão citação?” Sim, isso mesmo. Qualquer informação obtida através de leitura deverá ter citação e, frequentemente, encontramos parágrafos com mais de um autor citado. Na graduação, isso é mais do que comum, pois - no início da nossa vida acadêmica - ainda não produzimos nada de informação. Dessa forma, nossos textos devem ser redigidos com base no que outros pesquisadores concluíram. Mesmo no mestrado e no doutorado, faz-se necessário o uso de conteúdos de outros autores; pois, quando se faz pesquisa, sempre precisamos de outros trabalhos para podermos comparar. Sendo assim, trabalhos com alto nível de complexidade também apresentam um grande número de citações. Entretanto, toda vez que você fizer correlações de conteúdos ou mesmo fizer uma interpretação sua de algum dado, aí sim, essas frases ou parágrafos podem ficar sem citação. 69 CNEaD – Coordenadoria Nacional de Educação a Distância A citação tem outra consideração importante, quando você expõe ao leitor suas fontes de consulta, demonstra que o que você escreveu é verdadeiro ao ponto de que, quem quiser “tirar a prova”, ter acesso à informação original. Sendo assim, você atesta sua honestidade científica e demonstra o quanto se preparou para redigir aquele texto. Isso promove confiança ao leitor. Segundo Santos (2002), a citação científica pode apresentar dois formatos. A citação direta é aquela na qual reproduzimos literalmente o trecho de interesse. Nesse caso, além do nome do autor e ano de publicação, devemos também indicar a página da qual o conteúdo foi tirado. O outro tipo é a citação indireta, em que é reproduzida somente a ideia lida. No entanto, ao reproduzi-la, utiliza-se de outras palavras, ou seja, você escreve com suas palavras a informação lida no texto. Nesse caso, menciona-se somente o nome do autor e o ano de publicação. 3.1 FORMAS DE APRESENTAÇÃO DAS CITAÇÕES As citações curtas ou longas, diretas ou indiretas, devem ser referenciadas, ou seja, devem constar no texto as fontes de onde foram tiradas. O sistema adotado será o autor/data, proposto pela ABNT (NBR 10520:2002), que é compartilhado pelo sistema internacional de citações. Nesse sistema, a identificação da citação é feita mencionando-se o último sobrenome do autor, vírgula, o ano de publicação da obra, ou a expressão online, caso seja de origem digital. É a técnica de referência mais simples e mais utilizada. Após o trecho citado, nos formatos já mencionados nos itens acima, escreve-se, entre parênteses, o sobrenome do autor em letras maiúsculas, vírgula e o ano de publicação. Nos casos de citação direta, é necessária também a letra “p”, ponto e a página da qual a citação foi extraída. Se - no contexto da frase desenvolvida - for mencionado o autor, somente a inicial do nome deve vir em maiúsculas; e somente o ano e página devem vir entre parênteses. 70 CNEaD – Coordenadoria Nacional de Educação a Distância 3.1.1 Citação Indireta (LIVRE): A citação indireta reflete a IDEIA do autor que foi lido, sem o uso de suas palavras na íntegra, ou seja, você escreve com as suas palavras uma informação que foi lida de um texto. Frequentemente, o estudante dos primeiros períodos de graduação tem muita resistência em aderir a esse tipo de citação por achar que, por ter escrito o parágrafo, tem autoria sobre ele. Entretanto, o que acontece na verdade é que o conhecimento ali exposto não foi concebido pelo estudante, e sim pelo autor do texto que ele leu, sendo obrigatória a menção de seu nome. A citação indireta pode constituir uma síntese, ou resumo de um texto, não sendo necessário indicar a página da qual foi retirada. Em muitos casos, a citação pode apresentar dados numéricos, ou simplesmente citar a pesquisa - como um todo - exposta no texto. Exemplos: No contexto da formação em nível superior, o estudante de graduação é responsável pela busca ativa de conhecimento (SANTOS, 2001). ou Segundo Santos (2001), o estudante de graduação é responsável pela busca ativa de conhecimento. 3.1.2 Citação Direta (TEXTUAL): Neste caso, a citação é feita através da reprodução exata do texto lido (literal). Em geral, é menos usada que a indireta por apresentar, na citação, um fragmento de outro texto. Sendo assim, tal trecho pode apresentar um estilo de redação distinta, criando interrupções no processo de leitura. A citação direta apresenta ainda algumas regras de formatação, de acordo com o tamanho da citação, que pode ser: Citações curtas (até 3 linhas): 71 CNEaD – Coordenadoria Nacional de Educação a Distância Exemplo: No que se refere à elaboração de resenha, Medeiros (2010 p.161) destaca que: No tópico conclusões do autor, é preciso dizer a que conclusões o autor chegou. Não diga as conclusões a que você chegou, mas as do autor da obra. Daí, a necessidade de leitura atenta, marcando-se, à margem do texto, as conclusões do autor. Às vezes, elas estão distribuídas por todo o texto. Observar, pois, palavras como: portanto, logo, em consequência e outras de valor semântico equivalente. As citações curtas têm até três linhas e devem ser inseridas na sequência do parágrafo, entre aspas, e acompanhadas da fonte bibliográfica. Utiliza-se a mesma fonte e tamanho do texto geral. Exemplos: “Ao estudioso pede-se, diante da necessidade de realização de um trabalho de grau, que faça um levantamento bibliográfico” (MEDEIROS, 2010 p.101) ou Segundo Medeiros (20110 p. 101), “Ao estudioso pede-se, diante da necessidade de realização de um trabalho de grau, que faça um levantamento bibliográfico”. Citações longas (mais de 3 linhas): As citações longas devem constituir um parágrafo independente. Para que tenha destaque no texto, sua formatação difere do texto geral. O parágrafo deve ser recuado a 7 cm da margem esquerda e a 3 cm da margem direita, além de estar justificado. A fonte (letra) segue o mesmopadrão do texto, mas deve ter tamanho diferenciado, e redigido em espaçamento entre linhas simples (fonte tamanho 11). Note que, no caso de uma citação direta longa, esta não deve ser escrita entre aspas, pois a própria formatação do parágrafo já o indica como uma citação. Lembre-se também de que, antes da citação, deve vir uma frase que contextualize a citação, para que ela não fique solta e deslocada no texto. 3.1.3 Citações de material eletrônico Atualmente, é comum o uso de fontes obtidas através da internet e, mesmo assim, deve ser feita a correta citação de tais textos. Recomenda-se que, sempre que o texto tiver a identificação de um autor, este deve ser citado, seguido pela expressão 72 CNEaD – Coordenadoria Nacional de Educação a Distância online, que indica que o texto é digital. Se não houver autor, cita-se o nome do site, vírgula e a expressão online. Exemplos: De acordo com o Ibama (online), cresce o número de animais mortos em rodovias brasileiras. 3.1.4 Citação de textos com dois ou mais autores Em textos com até dois autores, devem-se citar os dois autores intercalados com o &, vírgula e o ano de publicação. Ex: (SANTOS & RIBEIRO, 2005) ou, Segundo Santos & Ribeiro (2005). Em casos de mais de dois autores, deve-se citar o primeiro e a expressão et al, em itálico, que significa “e colaboradores”, vírgula e o ano de publicação. Ex: (SANTOS et al, 2005) ou, Segundo Santos et al (2005). 3.1.5 Citação de citação Você, ao ler um texto científico, pode se interessar por uma citação feita nesse texto e, como vimos, o autor do texto terá mencionado a fonte (citação) dessa informação. Nesse caso, você deseja citar um trecho já citado. Porém, como fazer isso? Simples, você reproduz o conteúdo, menciona o autor e ano do mentor da informação (autor citado no texto), a expressão apud (em itálico) e, em seguida, o autor que você leu. Ex.: (SANTOS, 1990 apud RIBEIRO, 2001). Nas referências bibliográficas, deve-se fazer a citação completa do primeiro, colocar o termo apud e citar a referência completa da obra lida. 3.2 Notas de rodapé São citações ou esclarecimentos que não devem ser incluídas no texto, para não interromper a sequência lógica da leitura, sendo inseridas na parte inferior da página, dentro da margem (rodapé). Ficam separadas do texto por um espaço simples e por filete de 3 cm, a partir da margem esquerda, e o tamanho da fonte deve ser inferior ao texto. 73 CNEaD – Coordenadoria Nacional de Educação a Distância Você percebeu a importância da citação bibliográfica? Pois bem, faça uso dela o máximo possível, e verá que - em pouco tempo - já vai estar familiarizado (a) com os principais autores da sua área de atuação e com suas linhas de pesquisa. Isso irá facilitar tanto nos seus estudos diários, como na redação do seu trabalho de conclusão de curso. Veremos a forma de apresentar a citação no item formatação de textos científicos mais adiante. 4. O PLÁGIO NA PRODUÇÃO DE TEXTOS CIENTIFICOS Como vimos na seção anterior, mencionar informações produzidas por outras pessoas, sem mencionar a origem desses conteúdos, é considerado plágio e, como nas questões musicais, adotar como sendo seu um material que não é, trata-se de crime suscetível de punição. O plágio, no meio acadêmico, pode apresentar duas versões. Uma delas se refere à utilização de dados de outra pessoa como se eles fossem de sua autoria. Outra forma, bem mais comum na graduação, é a cópia de partes de um texto lido. Ambos os tipos são infrações de direitos autorais e podem ser punidos de diversos meios. Um caso que teve repercução nacional foi de um professor da Universidade de Campinas (UNICAMP), acusado de utilizar dados que não foram produzidos por ele para escrever artigos científicos. O caso foi submetido à investigação por parte da Universidade, e também da revista científica na qual os artigos foram publicados. O professor ficou suspenso de suas atividades até que se chegasse a uma conclusão e, por mais que ele seja absolvido das acusações, sua imagem nunca mais será a mesma diante da comunidade científica. Outro caso notório foi de um pesquisador da Universidade Estadual de São Paulo (USP), uma das mais renomadas instituições de ensino do país. Uma aluna de doutorado utilizou uma imagem feita por outra pessoa como sendo dela, e o caso veio a público, resultando na cassação do título da doutoranda e na demissão de seu OBS.: Não se deve fazer citação em outros idiomas, mesmo que o original seja em outra língua. Deve-se traduzir o texto. Outro ponto importante é evitar o uso de siglas; entretanto, se for necessário, deve-se colocar seu significado na primeira vez em que ela aparece no texto. 74 CNEaD – Coordenadoria Nacional de Educação a Distância Veja uma das mais chocantes notícias sobre plágio em universidade pública, no Brasil. Acesse: http://www.estadao.com.br/n oticias/vida,pesquisador- brasileiro-e-acusado-de- plagio-em-artigos- cientificos,699989,0.htm Para entender um pouco mais a problemática do plágio no meio acadêmico, consulte os textos de apoio disponibilizados. orientador, que deveria ter evitado tal situação. Tais episódios podem comprometer a carreira acadêmica do pesquisador em questão. Mas você já parou para pensar no problema prático que é o plágio? Você deve estar se perguntando por que isso é tão importante. Bem, imagine que uma certa pesquisa publicada revele dados que se contrapõem à maioria dos pesquisadores de uma certa área do conhecimento. Você, em seu texto, utiliza tais dados e não faz corretamente a citação. O professor que irá ler tal trabalho atribuirá a você tais informações e, como ele pode ser adepto da maioria dos pesquisadores, ele também se contrapõe ao conteúdo mencionado por você e irá cobrar (de você) as justificativas de tê-lo mencionado em seu texto. Sendo assim, o professor está de posse de todos os seus direitos ao não aceitar o trabalho, ou descontar pontos pelas partes plagiadas. Em contrapartida, se você cita esse mesmo conteúdo fazendo da forma correta, ou seja, mencionado o nome do autor e ano de publicação do texto lido, indicará ao seu professor que aquela informação não é sua, mas você a está utilizando. Sendo assim, ele pode até te questionar por tê-la utilizado, mas não de tê-la produzido. Outro ponto a ser considerado é que quem irá ler seu texto pode ter lido também suas fontes e detectar que um parágrafo, ou um conteúdo, pode ter sido copiado indevidamente. Isso pode comprometer seu processo de formação intelectual, além de ser antiético. Mas porque dar tanta ênfase para as questões de plágio? Os trabalhos solicitados em disciplinas, bem como o Trabalho de Conclusão de Curso (monografia), têm por objetivocontribuir para a formação profissional de um estudante. Ao pesquisar e redigir um texto, o estudante aprende, reflete, raciocina e isso o fará um profissional mais apto a resolver problemas e desempenhar com sucesso sua atuação. Quando o estudante comete plágio de um trabalho ou de partes dele, perde-se esse processo de aprendizagem e isso irá refletir em como ele será capaz de solucionar um problema na vida profissional. 75 CNEaD – Coordenadoria Nacional de Educação a Distância Muitos autores na área de metodologia científica atribuem o grande volume de plágios, no meio científico, ao avanço tecnológico, que facilita imensamente o acesso a trabalhos com a disponibilidade de cópia (o famoso ctrl C e ctrl V). Com o avanço na divulgação de informações devido à internet, fica cada vez mais fácil ter acesso a dados e textos científicos, sendo “tentador” se utilizar indevidamente desse material. Entretanto, temos que ter sempre em mente que a produção de textos, durante a graduação, faz parte do processo de formação e de aprendizado. Assim, quando produzimos um texto com base em nossas leituras e o redigimos de forma correta, sem cópia e com as devidas citações, estamos reproduzindo conhecimento e, assim, o estamos fixando, ou seja, aprendemos a investigar, obter informações e correlacionar conteúdos. Esse processo facilitará a busca de soluções de problemas encontrados na vida profissional, sendo um importante diferencial no mercado de trabalho. 5. FORMATAÇÃO DE TEXTOS ACADÊMICO-CIENTÍFICOS Bem, você já aprendeu - nos itens anteriores - os conteúdos e estrutura de um texto científico e já se interou também da necessidade do uso de citações para a produção desses textos. Agora, chegou a vez de aprender as normas para a formatação dos textos científicos. Você pode estar se perguntando o porquê da necessidade de seguir regras de formatação, mas imagine se cada autor resolve usar um tipo de fonte (letra) diferente, ou uma tabulação do texto diferente. Seria meio “bagunçado”, não acha? Sedo assim, os periódicos (revistas científicas), bem como as instituições de ensino e pesquisa, adotam um padrão para apresentar os textos desenvolvidos por seus estudantes e pesquisadores. No nosso caso, as normas a serem seguidas são baseadas nos manuais da ABNT (NBR 14724:2005), lembrando que tais manuais podem permitir variações que normalmente são definidas pela instituição. Dessa forma, a formatação pode variar de uma instituição para outra, mesmo que ambas sigam a mesma norma. A estrutura de um trabalho acadêmico deve apresentar-se de forma padronizada e organizada. O quadro abaixo foi elaborado a partir na NBR14724 (2005) e expõe os elementos comuns ao Trabalho de Conclusão de Curso (monografias, dissertações e teses). 76 CNEaD – Coordenadoria Nacional de Educação a Distância Em trabalhos destinados a disciplinas, alguns elementos devem ser dispensados, sendo mais comum a capa, folha de rosto, o texto em si e as referências. Estrutura Elemento Pré-textuais Capa (obrigatório) Lombada (opcional) Folha de rosto (obrigatório) Ficha catalográfica Errata (opcional) Folha de aprovação (obrigatório) Dedicatória (s) (opcional) Agradecimento (s) (opcional) Epígrafe (opcional) Resumo na língua vernácula (obrigatório) Resumo na língua estrangeira (obrigatório) Lista de ilustrações (opcional) Lista de tabelas (opcional) Lista de abreviaturas e siglas (opcional) Lista de símbolos (opcional) Sumário (obrigatório) Textuais Introdução Desenvolvimento Conclusões Pós-textuais Referências (obrigatório) Glossário (opcional) Apêndice (s) (opcional) Anexo (s) (opcional) Índice (opcional) Você verá agora a descrição de cada um dos elementos descritos acima e poderá perceber que tudo está explicado de forma a ser o mais detalhado possível. Entretanto, se houver dúvidas, consulte os exemplos dispostos no final do texto. 77 CNEaD – Coordenadoria Nacional de Educação a Distância 5.1 CAPA A capa constitui-se na primeira apresentação e proteção externa do trabalho, sendo obrigatória em todos os trabalhos científicos. Deve ter seus elementos redigidos de forma centralizada e com espaçamento entre linhas 1,5 cm. Apresentam-se, na capa, dados identificadores da obra, tais como: Instituição: tamanho 14, letras maiúsculas e em negrito (1ª linha da folha); Curso: tamanho 14, letras maiúsculas e em negrito (2ª linha); Nome(s) do(s) autor(es): tamanho 12, sem negrito, todas as letras maiúsculas (7ª linha); Título: tamanho 14, em negrito e letras maiúsculas (13ª linha, se o título tiver mais de uma linha, iniciar na 12ª); Local onde deve ser apresentado: tamanho 12, só primeira letra em maiúsculo, sem negrito (penúltima linha); Ano: tamanho 12, sem negrito (última linha). O espaçamento dos termos contidos na capa deve ser 1,5. Tais termos devem ser centralizados (exemplo no anexo 1). 5.2 LOMBADA A lombada é um elemento desnecessário em trabalhos encadernados, em espiral. No caso de encadernação do tipo brochura, a lombada refere-se ao lado no qual as folhas serão reunidas por colagem, costura ou grampo. Deve constar dos seguintes elementos: Nome do autor, escrito longitudinalmente, do alto para o pé da lombada; Título do trabalho, impresso da mesma forma que o nome; Elementos alfanuméricos de identificação, tais como volume, número, identificação de biblioteca. 5.3 FOLHA DE ROSTO A folha de rosto é a segunda folha do trabalho científico, apresenta elementos essenciais à identificação dos trabalhos, sendo obrigatória em todas as formas de trabalhos acadêmicos. Os elementos da folha de rosto devem ser apresentados na seguinte ordem: Autor: fonte tamanho 14, sem negrito, centralizado, todas em maiúsculas (1ª linha); Título: fonte tamanho 14, letras maiúsculas, em negrito (13ª linha); 78 CNEaD – Coordenadoria Nacional de Educação a Distância Natureza: consiste na apresentação do trabalho, explicita de que se trata a obra (trabalho, relatório, projeto, monografia etc.), a quem é apresentado e para quê. Deve vir no canto inferior direito e ser escrita em fonte arial ou times, tamanho 11, espaçamento simples e em quadro justificado sem linha (borda). O quadro deve se localizar a 2 cm da margem direita e a 13cm (3 da margem, mais 10cm) da margem esquerda. Orientador: tamanho 12, só iniciais em maiúsculo, sem negrito e centralizado (necessário somente nos trabalho de titulação – monografias, dissertações eteses), deve se localizar duas linhas abaixo da natureza do texto. A palavra “orientador” deve vir em negrito. Local (cidade): tamanho 12, só iniciais em maiúsculo, centralizado, sem negrito (penúltima linha). Ano: idem cidade (última linha) (Anexo 2). 5.4 Ficha Catalográfica A ficha catalográfica é um elemento necessário em trabalhos de Conclusão de Curso, pois indica seu registro na biblioteca da instituição. Sendo assim, é dispensável em trabalhos de disciplinas. Constitui um elemento identificador da obra monográfica, e sua formatação segue os padrões definidos pela biblioteca da presente instituição. Essa ficha deve vir no verso da folha de rosto, em um quadrado situado a 5 cm a margem superior, a 4 cm da margem esquerda e a 3 cm a margem direita, com moldura na cor preta. 5.5 Folha de aprovação A folha de aprovação também só é exigida em Trabalhos de Conclusão de Curso. Vem logo em seguida de folha de rosto, redigida em espaçamento 1,5 e sendo constituída por: Autor do trabalho: letras maiúsculas, tamanho 12 sem negrito, justificado; Título do trabalho: letras maiúsculas, sem negrito, tamanho 12, justificado; Natureza do trabalho: caracteriza se o trabalho é monografia, artigo, projeto etc. Deve ser escrito sem negrito, tamanho 12, justificado; Objetivo: Título obtido com o trabalho (Bacharel). Escrito sem negrito, tamanho 12, justificado; 79 CNEaD – Coordenadoria Nacional de Educação a Distância Nome da instituição a que é submetido: só inicial da frase em maiúscula, sem negrito, tamanho 12, justificado; Área de concentração: Curso de graduação e área de concentração. Só inicial da frase em maiúscula, sem negrito, tamanho 12, justificado; Data de aprovação: sem negrito, tamanho 12, justificado; Banca Examinadora: Nome dos membros que irão compor a banca, sua titulação e instituição pela qual respondem os membros da banca e assinaturas (as assinaturas devem constar somente após a defesa), centralizado, abaixo da linha para assinatura, tamanho 12, sem negrito, só iniciais em maiúsculas (Anexo 4). 5.6 Dedicatória A dedicatória é opcional e usada somente em trabalhos de titulação (monografia, dissertação e tese). Trata-se do oferecimento do trabalho a uma ou mais pessoas de relevância para o autor. Como a epígrafe, na dedicatória, a fonte e tamanho são opcionais e ela também deve ser posta no canto direito inferior da página. 5.7 Agradecimentos Como a dedicatória, também é algo opcional e restrito aos mesmos tipos de trabalhos. Nos agradecimentos, referenciam-se as pessoas que contribuíram de alguma forma para a realização do trabalho em questão. A formatação deve seguir o texto normal, com um parágrafo para cada agradecimento. A fonte deve ser a mesma escolhida para o texto, tamanho 12, espaçamento 1,5 cm. 5.8 Epígrafe Trata-se de um trecho de pensamento, música ou poema, seguido da citação do autor. A epígrafe é opcional e serve para ilustrar o espírito do autor no período de realização do trabalho. Normalmente, é usada em trabalhos nos níveis de graduação e nas titulações superiores. Deve ser apresentada em fonte e tamanho de preferência do autor, colocada na porção inferior direita da folha. 80 CNEaD – Coordenadoria Nacional de Educação a Distância 5.9 Resumo Elemento obrigatório nos trabalhos acadêmicos de titulação. Deve ser apresentado em parágrafo único, constituído de frases concisas e objetivas e não uma simples enumeração de tópicos, não deve ultrapassar 500 palavras. O resumo deve constar de uma organização semelhante ao texto, compondo-se de introdução, desenvolvimento e conclusão; porém sem subtítulos ou subdivisões. Deve ser seguido de 4 ou 5 palavras que representem o conteúdo do texto (palavras-chave). A fonte utilizada é a mesma do restante do texto, tamanho 11 e espaçamento simples. É importante lembrar que o resumo solicitado em Trabalhos de Conclusão de curso é do tipo informativo. Nesse caso, faz-se necessária a menção de dados e conclusões do trabalho. 5.10 Resumo em língua estrangeira (Abstract) Elemento obrigatório, em trabalhos de titulação, apresenta as mesmas características do resumo, porém deve ser digitado em página separada. Deve conter no máximo 500 palavras. Como no resumo, deve vir seguido das palavras representativas do texto (palavras-chave). Fonte semelhante ao texto, tamanho 11 e espaçamento simples. 5.11 SUMÁRIO O sumário só se faz obrigatório em trabalhos com número de páginas de texto superior a 10. É composto pela enumeração dos títulos (tópicos), e subtítulos do trabalho, e suas respectivas páginas. Devem-se destacar os títulos gradativamente, utilizando-se os recursos de negrito e tabulação, sendo os títulos principais alinhados à esquerda, os subtítulos com recuo de 1 cm, e os subtítulos com recuos de 2cm. O sumário deve ser escrito na fonte escolhida para o texto, tamanho 11, espaçamento 1,5 (Anexo 3). 81 CNEaD – Coordenadoria Nacional de Educação a Distância Obs.: Todos os títulos e subtítulos devem ser numerados algebricamente de acordo com sua sequência no texto. A numeração dos subitens não deve ultrapassar 4 algarismos (ex.: 3.1.2.1) 5.12 LISTA DE ILUSTRAÇÕES, TABELAS, ABREVIATURA E SIGLAS E SÍMBOLOS A lista de ilustrações, tabelas e demais itens deve vir em folhas separadas. Segue o mesmo padrão do sumário, onde as ilustrações e/ou tabelas são numeradas de acordo com sua ordem no texto, seguidas do título da ilustração/tabela e o número da página onde se encontra (tamanho 11, espaçamento 1,5 cm). 5.13 ELEMENTOS FÍSICOS DO TRABALHO 5.13.1 Papel Os textos devem ser apresentados em papel branco, formato A-4 (21cm x 29cm), digitados na cor preta, exceto ilustrações. 5.13.2 Tamanho e tipo de fonte: A fonte utilizada para redação deve ser Arial ou Times New Roman, tamanho 12 para o texto, 11 para citações longas (mais de 3 linhas) e legenda de figuras e tabelas, e 10 para notas de rodapé. Parágrafo: espaço de 1,25 cm a partir da margem esquerda. 5.13.3 Margens As folhas dos trabalhos devem apresentar margens superior e esquerda com 3 cm inferior, e direita 2 cm. 5.13.4 Indicativos de seção ou capítulos (títulos) Os indicativos de seção numerados devem vir alinhados à margem direita da folha, podendo ser usados recursos de tabulação para indicativo de subseções. Já os indicativos não numerados - como é o caso de resumo, abstract, sumário, lista de ilustrações e figuras, referências bibliográficas, 82 CNEaD – Coordenadoria Nacional de Educação a Distânciaapêndices e anexos - devem vir centralizados (tamanho 14 e letras maiúsculas). Título Alinhados à margem superior esquerda, escritos, em tamanho 14, negrito e letras maiúsculas, na primeira linha da folha. Entre o título e o início do texto, deve-se pular uma linha. Subtítulos Alinhados à margem esquerda, tamanho 12, em negrito e letras maiúsculas. Entre o fim do texto anterior e o subtítulo, deve-se pular uma linha; Sub-subtítulos Espaço de 1,5 cm da margem esquerda, tamanho 12, negrito, só letras iniciais em maiúsculas. Deve-se pular uma linha entre o texto e o subtítulo. 5.13.5 Espaçamento Todo o texto do trabalho deve ter espaçamento de 1,5 cm, exceto citações longas, notas de rodapé e legenda de tabelas, e figuras, e as referências, que devem vir em espaçamento simples. 5.13.6 Paginação Capa NÃO deve ser numerada, nem conter bordas. A paginação começa a ser contada progressivamente a partir da folha de rosto, porém a numeração (na forma algébrica) das páginas só tem início no primeiro capítulo e segue todo o texto, inclusive anexos e apêndices. Os números devem ser inseridos no canto superior direito, a 2 cm da borda da folha. 5.13.7 Ilustrações Todas as ilustrações (fotos, desenhos, gráficos) no texto devem apresentar sua identificação (título e legenda), na parte inferior, precedida da palavra designativa “figura” escrita em negrito. As figuras devem ser numeradas algebricamente (número em negrito), de acordo com sua sequência no texto. A legenda deve ser escrita com tamanho 11 e espaçamento simples, estando alinhada à borda da figura. A disposição da figura do texto deve ser justificada, e a legenda deve seguir a margem da figura. Ex.: 83 CNEaD – Coordenadoria Nacional de Educação a Distância Figura 1: Curva de sobrevivência de populações naturais (DAJOS, 2006) 5.13.8 Tabelas As tabelas apresentam sua identificação (título e legenda), na porção superior, precedida de palavra designativa (tabela) em negrito, numeradas algebricamente, de acordo com a sequência no texto (número em negrito). A legenda deve ser escrita em tamanho 11 e espaçamento simples. Ex.: Tabela 1: título da tabela e descrição 5.14 FORMAS DE APRESENTAÇÃO DE REFERENCIAS Referências constituem a listagem de todas as obras consultadas e citadas no texto científico, de forma que estejam mencionados todos os elementos necessários para que o leitor possa identificá-las e encontrá-las, caso deseje. A formatação das referências, aqui exposta, segue as normas da ABNT (NBR 6023:2002). As referências devem ser listadas em ordem alfabética. Em casos de mesmo autor(es), deve ser respeitada a ordem cronológica (ano). Nos casos de mesmo autor(es) e mesmo ano, deve ser verificado o mês de publicação e utilizada a indicação com letras minúsculas (a, b, c), tanto na citação dentro do texto, como na referência. O espaçamento entre linhas das referências deve ser simples, dando um espaço (pular uma linha) entre uma referência e outra. 84 CNEaD – Coordenadoria Nacional de Educação a Distância Lembre-se de adotar os modelos apresentados abaixo para a formatação de suas referências (eles podem servir como modelo). Sendo assim, é só substituir os elementos. Também cabe destacar que, em casos onde algum elemento seja desconhecido, o mesmo pode ser omitido, desde que não seja o autor, o título e o ano de publicação da obra. Em situações de artigos obtidos via internet, eles devem ser formatados de acordo com o modelo de artigo. Em casos de falta de algum dos elementos necessários, recomenda-se que seja também disponibilizado o endereço eletrônico. Você poderá perceber que são muitas situações de referências. Apresentamos aqui as mais comuns e frequentemente utilizadas, entretanto pode ocorrer de você se deparar com algum texto que não se encaixe exatamente em nenhum desses modelos. Nesse caso, utilize o que mais se aproxima. 5.14.1 Capítulos de livros Os livros devem ser referenciados de acordo com sua utilização. Os livros didáticos frequentemente podem apresentar vários capítulos, sendo cada um de autoria de uma pessoa. Quando fazemos uso apenas de alguns capítulos, faz-se necessário, tanto na citação, quanto na referência, adotar como ponto de referência o autor do capítulo. Se referenciarmos o livro como um todo, dá a impressão que todo ele foi utilizado naquela passagem citada, o que comumente não é o caso. Sendo assim, apresentaremos dois modelos de referência de capítulo de livro. Quando o autor do capítulo é o mesmo do livro: Último sobrenome do autor (letras maiúsculas), seguido das iniciais dos primeiros nomes; título do capítulo, sem negrito; Insere-se a expressão In, que significa “em”, seguido de um traço baixo (___), com cerca de 2 cm; título do livro (em negrito); número da edição, seguido de ed., cidade onde foi editado, nome da editora, ano da edição e número das páginas inicial e final do capítulo Ex.: ESTEVES, F. A. O ciclo da água na biosfera. In:________. Fundamentos de Limnologia. 2. ed. Rio de Janeiro: Interciência, 1998. p 57-70. Quando o autor do capítulo não é o mesmo que publicou o livro 85 CNEaD – Coordenadoria Nacional de Educação a Distância Utiliza-se a mesma forma citada acima; porém, em vez da expressão In e do traço, insere-se o sobrenome do organizador do livro e o título do livro. Ex.: FURLAN, V. I. O estudo de textos teóricos. In CARVALHO, M. C. M. de. Construindo o Saber (org.). 12. ed. Campinas: Parirus (isso mesmo??), 2002. p. 119-129. 5.14.2 Livros Neste caso, todo o livro foi utilizado como citação, podendo até ser dividido em capítulos. Entretanto, seu uso foi generalizado. Último sobrenome do autor (vírgula), seguido das iniciais dos primeiros nomes (letras em maiúsculo); título do livro (letras normais, em negrito); edição (número, seguido da abreviatura: ed.); cidade onde foi editado (seguido de dois pontos); o nome da editora; ano de publicação. Seguem exemplos: SEVERINO, A. J. Metodologia do Trabalho Científico. 21 ed. São Paulo: Cortez, 2000. 279 p. CERVO, A. L. ; BERVIAN, P. A. Metodologia Científica. 2 ed. São Paulo: McGraw- Hill do Brasil, 1981. 121p. 5.14.3 Artigos de Revistas e Jornais Periódicos: Cabe lembrar aqui que todos os autores do artigo devem ser citados na referência, mesmo se forem em grande número. São comuns artigos com cinco ou mais autores. Nesse caso, a citação utiliza-se do recurso et al. Na referência, todos têm que ser citados. Nome do (s) autor (es), como referido acima; título do artigo; nome da revista ou jornal (em negrito); cidade onde foi editada; ano (idade da revista) quando vier indicado na capa; volume (v.); número (n.) e suplemento, se for o caso. Se qualquer um desses itens não estiver disponível na capa do periódico,não deve ser mencionado; páginas inicial e final do texto lido, separadas por hífen (p.); ano de publicação. Ex.: 86 CNEaD – Coordenadoria Nacional de Educação a Distância FIORINI, A.C.; FISCHER, F. M. Emissões otoacústicas por transiente evocado em trabalhadores expostos a ruído ocupacional. Distúrbios da Comunicação. São Paulo, v.11, n.2, p. 167-191, 2000. ESTEVES, E. A.; MONTEIRO, J. B. R. Efeitos Benéficos das Isoflavonas de soja em doenças crônicas. Revista de Nutrição. Campinas, v.14, n.1, p. 43-49, 2001. 5.14.4 Monografias, Dissertações e Teses: Os trabalhos de titulação apresentam o mesmo padrão na apresentação da referência. O que varia é a natureza da obra, ou seja, se é monografia, dissertação ou tese, o título obtido (bacharelado, especialização, mestrado ou doutorado) e a área de concentração. Sendo assim, você utilizará o mesmo modelo para os três tipos de trabalho, mudando apenas os elementos que variarem. Citação do autor, seguido do título do trabalho em negrito, ano de publicação; categoria do trabalho (dissertação, tese ou monografia), especificação do título recebido; Instituição onde foi realizado o trabalho; cidade onde se localiza a instituição e número de páginas. THOMÉ, M. P. M. As condições sanitárias e o manejo na incubação, larvicultura e alevinagem de Tambaqui (Osteicties: Serrasalmidae) (Cuvie,1818) no estado do Amazonas. 2000. Dissertação (Mestrado em Biologia Aquática) – Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA/UA, Manaus. 103p. 5.14.5 Instituições: Neste item, incluem-se todos os documentos que forem produzidos por entidades, sejam governamentais ou não. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ: Biblioteca Central. Normas para apresentação de trabalhos. 6ª ed. Curitiba: Editora da UFPR, 1996. 87 CNEaD – Coordenadoria Nacional de Educação a Distância 5.14.6 Artigos de jornal diário: MASCARENHAS, M. G. Sua safra, seu dinheiro. O Estado de São Paulo, São Paulo, 17 set. 1986. Suplemento Agrícola, p. 14-16. 5.14.7 Resumo de trabalhos de congresso, seminários ou encontros: VIEIRA, V. A. Hipertensão arterial: fatores de risco, estratégias de enfrentamento e diferenças de gênero. In: VI JORNADA CIENTÍFICA DE PÓS-GRADUAÇÃO DA FIOCRUZ, 2000, Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Fundação Osvaldo Cruz, 2000. p. 20- 27. 5.14.8 Manuais Nesta categoria, inserem-se também as apostilas didáticas: SÃO PAULO (Estado). Secretaria de Meio Ambiente. Coordenadoria de Planejamento Ambiental. Estudo de Impacto Ambiental - EIA, Relatório de Impacto Ambiental- RIMA: manual de orientação. São Paulo, 1986. 5.14.9 Catálogo: MUSEU DA IMIGRAÇÃO (São Paulo-SP). Museu da Imigração – São Paulo: catálogo. São Paulo, 1997. 5.14.10 Documentos jurídicos: BRASIL. Constituição (1988). Emenda constitucional nº9, de 9 de novembro de 1995. Legislação federal e marginária, São Paulo, v. 59, p. 1966, out/dez. 1995. 5.14.11 Documentos em meios eletrônicos: Textos com autor identificado O sobrenome do autor, seguido de suas iniciais, deve ser mencionado sempre que estiver disponível, seguido do título do documento e da expressão: Disponível em: título completo do site, e da data de acesso. Nesta categoria, todos os elementos devem vir sem negrito Ex.: 88 CNEaD – Coordenadoria Nacional de Educação a Distância SILVA, M. M. Crimes da era digital. Disponível em: http://www.dbd.org.br/sma/entendento/atual.htm. Acesso em 8 mar. 1999. Monografia em meio eletrônico: Neste caso, são textos que apresentam uma instituição (governamental ou não) responsável pela publicação. Nessa situação, o título do documento deve vir em negrito Ex.: SÃO PAULO. Secretaria do Meio Ambiente. Entendendo o Meio Ambiente. São Paulo, 1999. Disponível em: http://www.(endereço completo). Acesso em 8 mar. 1999. KOOGAN, A. HOUAISS, A. (ed). Enciclopédia e dicionário digital 98. São Paulo:Delta: Estadão, 1998. 5 CD-ROM. Documentos de acesso exclusivo em meio eletrônico Iniciar com o título da página (maiúsculas), o título do texto, seguido da expressão Disponível em: título do site. Todos os elementos devem vir sem negrito. Listar o “título” da página ou do programa (Software), acompanhado da referência: Disponível em: <http://www... 5.14.12 Materiais especiais: Filme CENTRAL do Brasil. Direção: Walter Salles Junior. Produção: Martire de Clemont- Tonnerre e Arthur Cohn. Rio de Janeiro: Riofile, 1998. Fotografia: KOBAYASHI, K. Doenças dos xavantes. 1980. Mapa: BRASIL e parte da América do Sul: mapa político, escolar, rodoviário turístico e regional. São Paulo: Michalany, 1981. Escala: 1:600.000. 89 CNEaD – Coordenadoria Nacional de Educação a Distância Muito bem, terminamos mais um módulo. Esperamos que você utilize muito desses conceitos na sua vida acadêmica. No próximo módulo, iremos falar sobre a pesquisa científica e como elaborar um projeto de pesquisa acadêmica. Até lá! 90 CNEaD – Coordenadoria Nacional de Educação a Distância ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Informações e documentação – referências. NBR 6023. Rio de Janeiro: ABNT, 2002. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Informações e documentação – trabalhos acadêmicos - apresentação. NBR 14724. Rio de Janeiro: ABNT, 2005. CARVALHO, Alex et al. Aprendendo Metodologia Científica. São Paulo: O Nome da Rosa, 2000, pp. 11—69. Disponível em: http://www.biomaterial.com.br/Metodologia_pesquisa.pdf. Acesso em 31 de Nov. de 2011. CARVALHO, M. C. de. Construindo o saber: metodologia científica, fundamentos e técnicas. 2 ed. Campinas: Papirus, 2002. CERVO, A. L. ; BERVIAN, P. A. Metodologia Científica. 2 ed. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 2000. HÜHNE, L. M. Metodologia Científica: cadernos de textos e técnicas. 7 ed. Rio de Janeiro: Agir, 2002. KÖCHE, J. C. Fundamentos de Metodologia Científica: teoria da ciência e prática da pesquisa. 18 ed. Petrópolis-RJ: Vozes, 1997. MARCONI, M. de A.; LAKATOS, E. M. Metodologia Científica. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2000. MEDEIROS, J. B. Redação Científica: aprática de fichamentos, resumos e resenhas. 11 ed. São Paulo: Atlas, 2010. PRICE, D. de S. A ciência desde a Babilonia. Belo Horizonte: Itatiaia, 2000. SANTOS, A. R. dos. Metodologia Científica: a construção do conhecimento. 5 ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.SEVERINO, A. J. Metodologia do Trabalho Científico. 21 ed. São Paulo: Cortez, 2000. 91 CNEaD – Coordenadoria Nacional de Educação a Distância 1. Atualmente, crescem as discussões sobre a ética na produção do conhecimento científico. Com base nisso, assinale a afirmativa correta. a) A utilização de informações obtidas através da leitura de textos produzidos por terceiros pode ser feita sem quaisquer critérios ou normas, pois o saber não tem domínio. b) Todo pesquisador pode se utilizar de dados obtidos através de pesquisas de outros cientistas, como se tais dados fossem de sua própria autoria. c) A utilização de informações ou dados obtidos através da leitura de textos produzidos por outros pesquisadores pode ser feita, desde que seja mencionado o autor e o ano do texto consultado. d) As citações podem ser omitidas, quando utilizamos apenas a ideia lida, mas a redigimos com nossas palavras. e) Entendem-se por citação bibliográfica apenas os conteúdos lidos e reproduzidos literalmente. Somente neste caso, faz-se necessária a menção do autor e ano da obra lida. 2. A citação bibliográfica refere-se à reprodução de um conteúdo lido, que deve ter seu autor mencionado no texto. A citação bibliográfica indireta refere-se: a) À reprodução idêntica de partes do texto lido, tomando-se o cuidado de colocar o trecho entre aspas; b) À reprodução da ideia do autor lido que pode se referir a dados ou conceitos, porém com outras palavras, tomando-se o cuidado de mencionar o autor e ano da obra original; c) À reprodução de partes do texto com mais de 3 linhas do original, que deve ser alocado em um parágrafo isolado com formatação diferenciada; d) À reprodução de partes do texto original com mais de três linhas, que deve ser inserido como parágrafo com formatação diferenciada; e) A dados numéricos, sendo dispensada quando a informação é teórica ou conceitual. 3. Explique o conceito de plágio e quais as formas que mais são visualizadas nos textos acadêmicos. O plágio pode acontecer quando reproduzimos uma informação ou dados lidos sem mencionar o autor da obra lida, e quando se adota todo um texto que foi produzido por outra pessoa e o toma como sendo produção própria. 4. Elabore uma capa e uma folha de rosto, utilizando dados de outra disciplina para indicar o título do trabalho. MÓDULO 3 92 CNEaD – Coordenadoria Nacional de Educação a Distância 5. Com base nas normas de formatação apresentadas neste módulo, redija os elementos constituintes da referência bibliográfica apresentados abaixo, na ordem correta, de acordo com os modelos apresentados. a) Revista Educação e Tecnologia Numero 1 Volume 2 Out/Març de 2006 Autores: Bruno Favarato, Derikson Elias dos Santos, Octávio Coslop de Oliveria, Vitor Puziol Júnior, Thiago Scherrer Thomasi, Elton do Rosário, Norberto Lima Sagrazki Título: ENSAIOS DE TRATAMENTOS TÉRMICOS EM AMOSTRAS DE AÇO BNT 1045 b) Autor: João Bosco Medeiros Ano: 2009 Edição: 11 Editora : Atlas Título: Redação Científica
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