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1 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS AULA 6 – Capítulo 4 – Carga Axial Deslocamento Axial Corpo Indeformado Corpo Deformado ENSAIO DE TRAÇÃO Equações de Equilíbrio 4 Tensão Normal Uniforme em Barras Axialmente Carregadas 5 Resultantes da Distribuição de Tensões 6 Resultantes da Distribuição de Tensões ( ) ( ) ( ) ∫∑ ∫∑ ∫∑ −=− = = A Rz A Ry A x dAyxFyM dAzxFzM dAxFF σ: σ: σ: 7 Resultante de uma Tensão Normal Constante em uma Seção Transversal ( ) ( ) yy zz xAdAxF R R A = = == ∫ σσ A resultante é uma força axial igual a tensão multiplicada pela área, e que passa pelo centróide da área 8 Tensão Normal Uniforme em Barras Axialmente Carregadas Sob certas suposições uma barra carregada axialmente terá a mesma tensão normal uniforme em cada uma de suas seções transversais ( ) constantez,y == σσ • A barra é prismática (reta com seção transversal constante). • A barra é homogênea (mesmo material). • O carregamento é aplicado como tensões uniformes iguais e opostas, nas duas extremidades das barras. PRINCÍPIO DE SAINT VENANT PRINCÍPIO DE SAINT VENANT 11 Exemplo Duas barras sólidas circulares são soldadas a uma placa em B formando uma única barra. Considere que uma força de 30 kN está uniformemente distribuída ao longo da circunferência do colar em B e que a carga de 10 kN em C será aplicada no centróide da seção transversal. Determine a tensão axial em cada parte da barra. 12 Exemplo – Planejar a Solução Cada segmento da barra satisfaz as condições para tensão axial uniforme. Primeiro, computar as forças internas em cada segmento e aplicar a equação de tensão uniforme. 13 Exemplo – Solução Diagrama de Corpo Livre Equações de Equilíbrio ( ) kNF kNkNF F 20 01030 0 1 1 1 −= =+−− =→∑ + (a) Diagrama de corpo livre (1) 14 Exemplo – Solução ( ) kNF kNF F 10 010 0 1 2 2 = =+− =→∑ + (b) Diagrama de corpo livre (2) Diagrama de Corpo Livre Equações de Equilíbrio 15 Exemplo – Solução Áreas ( ) ( ) 22222 222 11 7.17615 4 π 4 π 2.31420 4 π 4 π mmmmdA mmmmdA === === 16 Exemplo – Solução Tensão Normal ( ) ( )TMPa MPa CMPa MPa mm N mm N mm kN A F mm N mm N mm kN A F 6.56 6.56 7.63 7.63 6.56 7.176 100010 7.176 10 7.63 2.314 100020 2.314 20 2 2 1 1 222 2 2 2 222 1 1 1 = = = −= = ⋅ === −= ⋅− = − == σ σ σ σ σ σ 17 Exemplo – Revisão da Solução Por inspeção podemos ver que AB está sob compressão e BC está sob tração. Isto está de acordo com a solução. DEFORMAÇÃO AXIAL DEFORMAÇÃO AXIAL DESLOCAMENTO AXIAL DEFORMAÇÃO AXIAL DEFORMAÇÃO AXIAL DEFORMAÇÃO AXIAL RESUMO DAS EQUAÇÕES ∫ ∫∫ =−= =⇒=⇒= == = == B A ABAB B A B A x xx xx dx xEA xN uuu dx xEA xNdudx xEA xNdu xEA xN dx du xEA xN dx du x xEx xA xN x )( )( )( )( )( )( )( )( )( )()( )()( )( )()( / ε εσ σσ Tensão Normal Comportamento Linear- Elástico do Material Deformação Normal Deslocamento axial relativo entre os pontos A e B CONVENÇÃO DE SINAIS EXEMPLO 1 A barra composta de aço A-36 mostrada ao lado, é formada por dois segmentos, AB e BD, com áreas de seção transversal conhecidas. Determinar o deslocamento vertical da extremidade A e o deslocamento de B em relação a C. Da tabela de propriedades mecânicas(ao final do livro) temos o Módulo de Elasticidade do Aço A-36 E=29x103ksi Dados: AAB=1 pol2 ; ABD=2 pol2 EXEMPLO 1 Diagramas de Corpo Livre de diferentes seções Diagrama de Esforços Normais EXEMPLO 1 ∫=−= A D DADA dx xEA xN uuu )( )( / Cálculo do Deslocamento axial relativo entre os pontos A e D Como D é um apoio fixo uD=0, então temos: ∫== A D ADA dx xEA xN uu )( )( / Observando que se o integrando for constante, ele sai da integral, podemos escrever: CD CDCD BC BCBC AB ABAB ADA EA LN EA LN EA LN uu ++==/ Atenção: O trecho BD tem seção transversal constante, porém diferentes esforços normais, por isso temos dois termos na equação EXEMPLO 1 Cálculo do Deslocamento axial relativo entre os pontos A e D: CD CDCD BC BCBC AB ABAB ADA EA LN EA LN EA LN uu ++==/ Observando-se a convenção de sinais, temos: pol0127,0u pol2ksi10x29 )pé/pol12(pés1kip9 pol2ksi10x29 )pé/pol12(pés5,1kip7 pol1ksi10x29 )pé/pol12(pés2kip15 uu A 23 2323AD/A += ⋅ ⋅ − ⋅ ⋅ + ⋅ ⋅ == Deslocamento positivo � barra se alonga EXEMPLO 1 Cálculo do Deslocamento axial relativo entre os pontos B e C: BC BCBC C/B EA LN u = Observando-se a convenção de sinais, temos: pol00217,0u pol2ksi10x29 )pé/pol12(pés5,1kip7 u C/B 23C/B += ⋅ ⋅ = O ponto B se afasta do ponto C EXEMPLO 2 O conjunto consiste de um tubo de alumínio AB e uma haste de aço rigidamente acoplada a um colar em B. Determinar o deslocamento da extremidade C ? Dados: Ealum=70 GPa Eaço=200 GPa Aalum=400 mm2 Aaço= 78,54 mm2 EXEMPLO 2 Podemos observar por equilíbrio, que o tubo de alumínio estará comprimido e a barra de aço tracionada. O deslocamento do ponto C em relação a um ponto fixo, é determinado pelo alongamento da barra e pelo encurtamento do tubo. Se utilizarmos a convenção de sinais cegamente, iremos cometer um erro no cálculo do deslocamento. Pois o sinal negativo proveniente do encurtamento do tubo, significa que B se aproxima de A, aumentando portanto o deslocamento do ponto C. EXEMPLO 2 Inicialmente iremos determinar o deslocamento do ponto C em relação a B, devido ao alongamento da barra BC. BC BCBC C/B EA LN u = ( ) mm06,3 4 10200000 60080000 2 += ⋅ ⋅ ⋅ = pi O sinal positivo indica que a extremidade C move-se para a direita em relação à extremidade B, visto que a barra se alonga. EXEMPLO 2 Agora iremos determinar o deslocamento do ponto B em relação a extremidade fixa A BA BABA A/B EA LN u = mm14,1 40070000 40080000 −= ⋅ ⋅− = O sinal negativo indica que o tubo se encurta, e dessa forma o ponto B se aproxima do ponto A, movendo-se para a direita. Como ambos se deslocam para a direita, o deslocamento do ponto C será dado por: mm20,414,106,3C =+=δ EXEMPLO 3 Uma viga rígida AB apóia-se sobre dois postes curtos AC (aço, dAC=20 mm) e BD(alumínio, dBD=40 mm). Determinar o deslocamento do ponto F? Dados: Ealum=70 GPa Eaço=200 GPa dAC=20 mm dBD=40 mm EXEMPLO 3 Determinação das Forças atuantes nos postes por: ∑ ∑ = = 0 0 M FV D.C.L. Conhecendo-se os esforços normais em cada poste, podemos calcular o deslocamento de cada poste EXEMPLO 3 Deslocamento de A em relação a C: ACAC ACAC C/A AE LN u = mm286,0 4 20.200000 30060000 u 2C/A −= ⋅ ⋅− = pi Dados: Ealum=70 GPa; Eaço=200 GPa dAC=20 mm ; dBD=40 mm Deslocamento de A em relação a D: BDBD BDBD D/B AE LN u = mm102,0 4 40.70000 30030000 u 2D/B −= ⋅ ⋅− = pi O deslocamento do ponto F é então obtido da figura acima. mm225,0 600 400 184,0102,0F =⋅+=δ EXEMPLO 4 Para a barra composta de material de peso específico g e módulo de elasticidade E, determinar a deslocamentode sua extremidade sofre devido a ação do peso próprio? A B ∫= B A AB dyyEA yN u )( )( / Para resolvermos a equação acima é necessário determinar: - Variação do esforço normal com a posição y, ou seja N(y)=P(y); - Variação da área da seção transversal com a posição y � A(y); - Resolver a integral. EXEMPLO 4 Para esse exemplo, o esforço normal ao longo de y é constante ou variável? Variação do raio com a altura: EXEMPLO 4 O esforço normal varia ao longo de y, uma vez que depende do peso W(y) de um segmento do elemento abaixo de qualquer seção y L r x L r y x 00 ⋅=⇒= Volume de um cone de raio x e altura y 3 2 2 0 2 02 y L3 r yy L r 3 yx 3 )y(V ⋅ ⋅ =⋅ ⋅=⋅= pipipi O peso W(y) é dado por g.V, e como por equilíbrio, N(y)=W(y), tem-se: 3 2 2 0 y L3 r )y(N ⋅ ⋅ = piγ A variação da área é dada por 2 2 2 02 y L r x)y(A ⋅ =⋅= pi pi ∫= B A A/B dy)y(EA )y(N u EXEMPLO 4 Cálculo do deslocamento E6 L u dyy E3 dy y L r E y L3 r u 2 A/B L 0 L 0 2 2 2 0 3 2 2 0 A/B ⋅ ⋅ = ⋅ ⋅ = ⋅ ⋅ ⋅ = ∫∫ γ γ pi piγ 3 2 2 0 y L3 r )y(N ⋅ ⋅ = piγ 22 2 02 y L r x)y(A ⋅ =⋅= pi pi
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