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Manual CEPPE Para Elaboracao de Projetos e Relatorios de Pesquisa 2016 Docx

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Instituto de Ciências Humanas
Curso de Psicologia 
CEPPE – Centro de Estudos e Pesquisas em Psicologia e Educação
MANUAL PARA A ELABORAÇÃO DE PROJETOS E
RELATÓRIOS DE PESQUISA
São Paulo
2016
Sumário
I. Apresentação.......................................................................................... 1
II. O Projeto de Pesquisa e o Relatório de Pesquisa................................ 2
II a. Elementos que compõem o Projeto de Pesquisa............................ 4
III b. Elementos que compõem o Relatório de Pesquisa......................... 5
III. Composição do Projeto/Relatório de Pesquisa.................................... 6
1. Elementos de identificação......................................................... 6
2. Elementos opcionais................................................................... 7
3. Sumário....................................................................................... 8
4. Lista de Tabelas (Quadros) e Figuras......................................... 8
5. Lista de abreviações ou siglas.................................................... 9
6. Resumo....................................................................................... 9
7. Introdução................................................................................... 10
8. Métodos....................................................................................... 12
9. Resultados................................................................................... 14
10. Discussão.................................................................................. 14
11. Conclusões............................................................................... 15
12. Referências............................................................................... 15
13. Anexos....................................................................................... 15
Modelo 1: Capa do Trabalho........................................................... 17
Modelo 2: Folha de Rosto............................................................... 18
Modelo 3: Resumo.......................................................................... 19
IV. Aspectos institucionais e éticos relacionados ao desenvolvimento da 
pesquisa................................................................................................ 20
1. Sujeitos....................................................................................... 21
2. Instituições.................................................................................. 21
3. Pesquisador................................................................................ 22
4. A Universidade............................................................................ 22
V. Pesquisas bibliográficas e pesquisas documentais............................... 23
V. Referências........................................................................................... 26
VI. Bibliografia consultada......................................................................... 26
Anexo: Modelo de Termo de Consentimento............................................. 28
I. Apresentação
Este texto, construído a várias mãos, vem suprir uma necessidade do
Curso de Psicologia da Universidade Paulista: ele oferece a professores e
alunos um guia prático e de fácil acesso para a consulta dos procedimentos
básicos para a construção de projetos e relatórios científicos no âmbito do
nosso Curso. Ele não se caracteriza por oferecer material inédito, já que, como
pode ser visto até mesmo nas Referências Bibliográficas deste texto, há um
grande número de títulos que tratam deste tema, seja para oferecer informação
técnica sobre a construção de projetos e relatórios, seja para oferecer
elementos para o delineamento de uma pesquisa científica. Sua função é dar
conta fundamentalmente deste primeiro setor – informações técnicas sobre a
formatação dos trabalhos científicos – servindo como uma referência comum a
todos que vierem a se envolver com a produção científica no curso de
Psicologia, dentro e fora das atividades regulares das disciplinas. 
Concebido para ser um guia, e se oferecendo como material comum, ele
pretende garantir desde o início do curso a familiarização da comunidade
universitária com um mesmo formato de documento, projeto ou relatório,
facilitando assim o desenvolvimento desta atividade e construindo uma
tradição dentro do curso em relação ao tratamento dado ao conhecimento
científico.
Nunca é demais indicar o quanto é importante o desenvolvimento do
espírito científico em relação ao qual este manual pretende ser um eficiente
colaborador. Criar uma cultura universitária na qual a pesquisa científica ocupe
um lugar seminal é garantir a existência da função de pesquisador que,
atravessando as funções que são típicas das instituições educacionais – as de
professor e aluno – é a característica por excelência da Universidade. E é na
direção da construção e manutenção desta cultura da pesquisa que
pretendemos que as informações aqui recolhidas sejam utilizadas por todos.
Ao longo dos últimos anos, desde a sua primeira edição, este material
tem sido objeto de atualizações e revisões, com a participação de vários
professores da UNIP. Entre eles, os professores Conrado Ramos, Danielle
Corga, João Eduardo Coin de Carvalho, Hely Aparecida Zavattaro, Valéria de
Oliveira Thiers, Denio Cunha, Waldir Bettoi, Mônica Cintrão França Ribeiro e
1
biams
Realce
biams
Realce
Mauro Balieiro.
II. O Projeto de Pesquisa e o Relatório de Pesquisa
O Projeto e o Relatório de Pesquisa são os documentos que melhor
caracterizam uma pesquisa científica. No Projeto, o pesquisador apresenta seu
relacionamento com os aspectos mais fundamentais desta atividade, contando
para o leitor do texto o estado da arte de certo conceito e a história sobre a
pesquisa de um determinado tema. Ali ele vai dar conta de suas pretensões
com a pesquisa, as perguntas que ele quer ver respondidas – ou discutidas –,
assim como a importância científica, acadêmica e social daquele estudo. É
também no Projeto que o pesquisador vai propor como serão, de fato,
buscadas aquelas informações: com quem e aonde será feita a pesquisa, quais
os instrumentos que serão utilizados e quais, efetivamente, serão os passos
dessa investigação. O Projeto, assim, se caracteriza como um momento
propositivo da pesquisa, uma carta de intenções detalhada construída pelo
pesquisador e que se preste a informar aos leitores deste documento –
professores, orientadores, consultores de agências de fomento – se aquilo que
se pretende fazer tem o suporte humano (a experiência e o conhecimento do
pesquisador) e técnico-operacional (a viabilidade da pesquisa) suficiente para
ser realizado.
Em resumo, o Projeto ou Planejamento compõe o plano detalhado da
pesquisa, levando a que o pesquisador possa, com um mínimo de desvios,
“levar a cabo” sua investigação. Um bom Planejamento/Projeto garantirá ao
pesquisador boa parte da qualidade e do interesse de seus resultados. Quanto
à sua redação, ele estará projetando para o futuro as ações técnico-científicas
de sua pesquisa e, portanto, deve ser redigido no tempo verbal do futuro do
presente, apontando ao leitor algo que ainda irá se desenrolar.
O Relatório, por sua vez, é o documento que irá apresentar a história de
certa pesquisa científica, comportando sua construção e seu desenvolvimento
até a conclusão. Desta forma, o Relatório irá englobar o que já fora produzido
no Projeto, como se fosse uma extensão deste, mas produzidas as necessárias
alterações, já que de proposicional o texto passa a ser basicamente descritivo.O que foi apresentado no Projeto irá reaparecer no Relatório da Pesquisa,
2
compondo justamente os elementos que apresentam a origem daquela
investigação. Além daqueles elementos que já compunham a origem da
pesquisa, as intenções e planos do pesquisador, o Relatório vai apresentar
também os resultados obtidos – suas conquistas – a discussão e, finalmente,
as conclusões, isto é, o como estes resultados virão contribuir para o
desenvolvimento daquele campo científico.
Quanto à sua redação, se o Projeto refere-se aos planos investigativos e
deve se apresentar no tempo verbal do futuro do presente, o Relatório,
portanto, dever-se-á apresentar num dos tempos verbais do passado,
afinal, tudo o que está sendo relatado já ocorreu, é passado. Vale ressaltar, que
os tempos verbais sugeridos tanto para Projeto quanto para o Relatório
acompanham o desenrolar destas atividades e não devem ser entendidos,
rigidamente, como sua única possibilidade de redação, mas como a gramática
adequada às situações em que estão ou foram se desenvolvendo.
O Relatório vai coroar a realização de uma pesquisa que, quase sempre,
senão sempre, exigiu um grande esforço daqueles envolvidos na sua
produção, e que, portanto, deve deixar transparecer na sua elaboração todo
este esforço e dedicação, valorizando a atuação do pesquisador e das
informações ali contidas. Assim, o Relatório deverá ser para o leitor um
documento que se mostre claro, acessível, que instigue sua curiosidade e o
envolva no percurso da pesquisa na busca por determinadas respostas.
Colocando o pesquisador no lugar de autor e não apenas de observador
no campo da produção de conhecimento, o Relatório será como um cartão de
visitas deste pesquisador no seio da comunidade científica na qual ele
pretende ingressar – ou se manter.
A seguir são discriminados e descritos os itens pertinentes à composição
de um Projeto (item a, a seguir) e de um Relatório de Pesquisa(item b, a
seguir). Comparando os elementos que compõem o Projeto e o Relatório,
pode-se notar que vários desses itens são comuns aos dois tipos de
documento.
3
a. Elementos que compõem o Projeto de Pesquisa
1) Elementos de Identificação
a) Capa
b) Folha de Rosto
2) Sumário
3) Lista de Figuras /Lista de Quadros/Lista de Tabelas/Lista de Anexos
4) Introdução
a) Apresentação
b) Tema/Levantamento bibliográfico
c) Objetivos (Geral e Específico)
d) Hipóteses (apenas quando a metodologia assim o exigir)1
e) Justificativa
5) Métodos
a) Sujeitos
b) Instrumentos
c) Aparatos de pesquisa
d) Procedimentos para coleta de dados
e) Procedimentos para análise de dados
f) Ressalvas éticas.
6) Referências
7) Anexos
1 Considerações sobre a elaboração de Hipóteses podem ser encontradas à frente no detalhamento do
Item 7 - Introdução.
4
b. Elementos que compõem o Relatório de Pesquisa
1) Elementos de Identificação
a) Capa
b) Folha de Rosto
2) Elementos Opcionais
a) Dedicatória
b) Agradecimentos
c) Epígrafe
3) Sumário
4) Lista de Figuras/Lista de Quadros/Lista de Tabelas/Lista de Anexos
5) Lista de Abreviações ou Siglas
6) Resumo
7) Introdução
a) Apresentação
b) Tema/Levantamento bibliográfico
c) Objetivos (Geral e Específico)
d) Hipóteses (apenas quando a metodologia assim o exigir)
e) Justificativa
8) Métodos
a) Sujeitos
b) Instrumentos
c) Aparatos de pesquisa
d) Procedimentos para coleta de dados
e) Procedimentos para análise de dados
f) Ressalvas éticas
9) Resultados
10) Discussão
11) Conclusões
12) Referências
13) Anexos
5
III. Composição do Projeto/Relatório de Pesquisa
1. Elementos de identificação
Inicialmente os trabalhos devem ser apresentados com informações que
identifiquem a instituição de origem, o título e o nome dos autores (GRANJA,
1998; SEVERINO, 2007; FUNARO et al., 2009). Normalmente estes dados são
apresentados na Capa e na Folha de rosto.
Fazem parte dos elementos de Capa (ver Modelo 1)
 Nome da Instituição/Universidade (letras maiúsculas, fonte Times New
Roman/Arial, tamanho 14)
 Nome do Instituto/Faculdade (iniciais em letras maiúsculas, fonte Times
New Roman/Arial, tamanho 14)
 Curso (iniciais em letras maiúsculas, fonte Times New Roman/Arial,
tamanho 14)
 Título do Trabalho (letras maiúsculas, fonte Times New Roman/Arial,
tamanho 16)
 Nome do Autor/Autores e número de Matrícula (iniciais em letras
maiúsculas, fonte Times New Roman/Arial, tamanho 14)
 Campus - Cidade (iniciais em letras maiúsculas, fonte Times New
Roman/Arial, tamanho 14)
 Ano de Realização (fonte Times New Roman/Arial, tamanho 14)
Fazem parte dos elementos da Folha de Rosto (ver Modelo 2)
 Nome da Instituição/Universidade (letras maiúsculas, fonte Times New
Roman/Arial, tamanho 14)
 Nome do Instituto/Faculdade (iniciais em letras maiúsculas, fonte Times
New Roman/Arial, tamanho 14)
 Curso (iniciais em letras maiúsculas, fonte Times New Roman/Arial,
tamanho 14)
6
 Título do Trabalho (letras maiúsculas, fonte Times New Roman/Arial,
tamanho 16)
 Nome do Autor/Autores e número de Matrícula (iniciais em letras
maiúsculas, fonte Times New Roman/Arial, tamanho 14)
 Tipo de Trabalho Apresentado (projeto, relatório de pesquisa, monografia,
trabalho de conclusão de curso , dissertação ou tese) e Disciplina Vinculada
(iniciais em letras maiúsculas, fonte Times New Roman/Arial, tamanho 12)
 Nome do Professor Orientador (iniciais em letras maiúsculas, fonte Times
New Roman/Arial, tamanho 12)
 Campus - Cidade (iniciais em letras maiúsculas, fonte Times New
Roman/Arial, tamanho 14)
 Ano de Realização (fonte Times New Roman/Arial, tamanho 14)
2. Elementos opcionais
São opcionais aos elementos de identificação, a apresentação de
páginas de Dedicatória, Agradecimentos e Epígrafe. A página de Dedicatória é
aquela na qual o autor dedica o seu trabalho ou presta homenagens. A página
de Agradecimentos é aquela na qual o autor registra sua gratidão àqueles que
contribuíram para a execução dos trabalhos, tais como o orientador, instituições
e demais pessoas que com ele cooperaram. A página da Epígrafe é aquela na
qual o autor registra um pensamento ou frase (sua ou de outro autor com a
respectiva citação) que melhor ilustre o tema contido no trabalho. É ainda
característico de a epígrafe ser disposta na parte inferior e à direita da folha.
As páginas do Pré-Texto, que incluem as seções de Agradecimentos,
Dedicatória, Epígrafe, Sumário, Listas, Resumo e Abstract são numeradas em
algarismos romanos minúsculos. Já o corpo do trabalho propriamente dito –
Introdução, Métodos, Resultados, Discussão e Conclusões – tem sua
numeração em algarismos arábicos. Não esquecendo que a primeira página de
cada capítulo tem sua numeração corrente, mas o algarismo é omitido.
7
3. Sumário
Nesta seção do trabalho estão listados cada um dos itens que o
compõe, com a indicação das respectivas páginas de localização.
O nome desta seção deve vir centralizado em letras maiúsculas no início
da página.
Sumário e Índice não são sinônimos. O sumário, como já foi explicitado,
aparece no começo do trabalho e lista as principais divisões e páginas iniciais.
O índice, além de ser apresentado no final do trabalho, contém informações
diversas, listadas alfabeticamente, sobre os assuntos ou temas tratados,
nomes de autores, acontecimentos e instituições.
4. Lista de Tabelas (Quadros) e Figuras
Aproveitando para discorrer sobre estaspresenças tão comuns nos
textos científicos, vale dizer que as Tabelas devem expressar as ideias de uma
forma clara ao longo de um texto, de tal forma que apresentem as variações
qualitativas e/ou quantitativas de um fenômeno, proporcionando uma leitura
rápida dos dados, independentemente do texto de informações. Tabelas (ou
quadros) consistem em “um método estatístico sistemático, de apresentar os
dados em colunas verticais ou fileiras horizontais, que obedece à classificação
dos objetos ou materiais de pesquisa“. (MARCONI; LAKATOS,1996, p.34). 
Apesar de para alguns autores Tabela e Quadro serem sinônimos, para
outros a diferença consiste na referência dos dados, sendo designada Tabela
aquela que é construída com os dados obtidos pelo próprio pesquisador e,
consequentemente, é designado o Quadro quando se têm por base os dados
secundários (obtidos de fontes como o IBGE, livros, revistas, etc.), indicando-
se abaixo do mesmo a referida fonte.
Quanto à apresentação das tabelas, estas devem estar próximas ao
local do texto onde foram mencionadas, recebendo um título breve mas
explicativo e uma numeração consecutiva própria em algarismos arábicos,
precedida pela palavra “TABELA”.
São consideradas Figuras no texto, todos aqueles elementos gráficos
que ilustrem ou resumam dados. São figuras, portanto, os gráficos, fotos,
8
desenhos, fluxogramas e ilustrações em geral. A legenda da Figura é
apresentada logo abaixo da mesma, precedida da palavra FIGURA e a
numeração consecutiva em algarismos arábicos, além de uma legenda que
contenha informações suficientes para que não se precise recorrer ao texto. As
figuras devem ser apresentadas no sentido horizontal da página e não
emolduradas.
A presença de Tabelas ou Figuras não exime o pesquisador de fazer
menção das informações ali apresentadas no corpo do texto, assim como a
própria menção das Tabelas e Figuras deve estar presente no texto. 
Por fim, as Tabelas, tanto quanto as Figuras, devem ser apontadas em
lista inserida no pré-texto, após o item Sumário, indicando as respectivas
páginas onde se encontram no corpo do texto.
5. Lista de abreviações ou siglas
É uma parte opcional do trabalho, utilizada somente quando o número de
abreviações empregado for superior a cinco.
No corpo do texto, a primeira vez que uma abreviatura for utilizada ela deve
seguir a apresentação do nome por extenso, ainda que o autor tenha feito uso
da lista de abreviações ou siglas.
6. Resumo
Nesta seção estão sintetizadas informações sobre todo o trabalho,
incluindo assim, elementos da Introdução, dos Métodos, dos Resultados e das
Conclusões (ver Modelo 3). Ela deve dar ao leitor uma noção clara e precisa do
que foi realizado na Pesquisa. O resumo é precedido da referência bibliográfica
do trabalho, e tem a palavra RESUMO encabeçando, no centro, a folha. Deve
conter no máximo 1400 caracteres (cerca de 35 linhas) ou até 250 palavras,
aproximadamente. Este texto deve ainda apresentar-se com as margens, tanto
direita quanto esquerda, maior que as do texto interno, assim como o espaço
das entrelinhas deve ser menor, dando a impressão de um quadrado
compacto.
Em dissertações e teses é exigido após o resumo em português o
9
equivalente em língua estrangeira. Quando em inglês – o mais tradicional –
esta seção será nomeada como ABSTRACT, e segue as mesmas normas para
sua composição que o Resumo em português.
Para a configuração das páginas, por uma questão de estética e tradição
(SEVERINO, 2007) sugere-se as seguintes margens: Superior: 2,5cm;
Inferior: 2,5cm; Esquerda: 3cm; Direita: 3cm.
7. Introdução
A Introdução do trabalho de pesquisa apresenta para o leitor as
condições sobre as quais a pesquisa irá se desenvolver. Iniciando a Introdução,
o autor deverá realizar uma breve Apresentação da pesquisa, respeitado o
momento em que se encontra o Projeto ou o Relatório. Aqui, o autor conta ao
leitor do trabalho o que ele deve encontrar na Introdução, especialmente
quanto ao contexto em que a pesquisa foi realizada e quanto aos critérios para
a apresentação da Revisão da Literatura: a pertinência dos assuntos e a forma
de sua apresentação. Este recurso pode ser bastante útil, enquanto estratégia
para sensibilização do leitor para o que ele irá encontrar.
O primeiro item da Introdução é o Tema (Revisão da Literatura),
composto das informações colhidas na Pesquisa Bibliográfica, e que antecede
a definição do problema que será estudado na pesquisa. Assim, ele serve para
a composição do pano de fundo conceitual a partir do qual serão definidos e
construídos os problemas, objetivos e métodos que caracterizam a pesquisa. A
partir da apresentação de um Levantamento Bibliográfico no item Tema, é que
serão, assim, desenvolvidos os itens seguintes desta seção. É usual oferecer
um “nome” ao Tema, batizando-o de acordo com os alvos da revisão da
literatura. Por exemplo, numa pesquisa que tem como alvo a violência
doméstica, o Tema poderia ser, por exemplo, “Violência Doméstica: primeiras
aproximações”, apontando genericamente para as informações que serão
organizadas nesta seção. Vale ressaltar uma questão bastante importante e
muitas vezes tem sido negligenciada: a apresentação do Tema o autor deve
deixar claro para o leitor quais as suas afiliações científicas e filosóficas, em
outras palavras, qual a concepção de homem que oferece ponto de partida
para a construção da Pesquisa, informação que irá propiciar a avaliação da
10
coerência, entre outros, entre a definição do problema de pesquisa e a escolha
da metodologia utilizada para investiga-lo.
Uma recomendação importante na construção do referencial teórico que
sustenta o trabalho diz respeito ao uso preferencial de artigos científicos
disponíveis em bases de dados e revistas indexadas (como em www.scielo.br e
www.pepsic.bvsalud.org). Isto garante que os autores estão trabalhando com
textos recentes, avaliados por outros pesquisadores e disponíveis em revistas
que tem aval de instituições científicas nacionais e internacionais, oferecendo
uma maior confiabilidade ao material apresentado na Revisão da Literatura.
No item Objetivos são apresentados os objetivos gerais da pesquisa e,
a critério do autor, os objetivos específicos que se pretende sejam investigados
ali. A função dos objetivos é estabelecer as metas que o pesquisador irá
perseguir e o lugar a que deseja chegar ao fim do trabalho. Os objetivos assim
construídos e apresentados não garantem que o pesquisador tenha sucesso
em alcançá-los, mas permitem que sua proposta seja seguida pelo pesquisador
e acompanhada pelo leitor. Permitem, ainda, a confrontação, com facilidade, ao
final da pesquisa, com os resultados obtidos (ver adiante o item Discussão).
As Hipóteses, apresentadas numa hierarquia decrescente quanto à sua
importância, fazem referência especificamente às questões que a pesquisa
deve responder a partir de seu desenvolvimento e são associadas aos
objetivos específicos já apresentados. Elas são as respostas prováveis para o
problema investigativo, são afirmativas que serão testadas no desenvolvimento
da pesquisa. As hipóteses serão postas à prova empiricamente, no caso das
pesquisas experimentais, e serão guias para a investigação no caso da
pesquisa qualitativa. O levantamento de hipóteses para a pesquisa qualitativa
não deve ser visto como uma regra, mas como uma possibilidade. De modo
geral, elas são boas contribuições ao trabalho do pesquisador, especialmente
para a manutenção da objetividade da pesquisa. É importante lembrarque
possuir um objetivo bastante claro é uma característica essencial da atividade
científica, independentemente do tipo de pesquisa. Vários são os tipos de
pesquisa qualitativa, daí a importância do bom senso do pesquisador de modo
a discernir o que melhor atenderá às necessidades de sua investigação. Por
exemplo, se no caso de uma pesquisa exploratória as hipóteses não
apresentam utilidade, o mesmo não pode ser dito em relação a um estudo de
11
campo ou a um estudo de caso, nos quais há claramente uma pergunta a ser
respondida. Uma discussão mais detalhada sobre o uso de hipóteses em
diferentes tipos de pesquisa pode ser encontrada em Sampieri, Collado e Lúcio
(2006).
Finalmente, através da Justificativa o autor tem a oportunidade de
recorrer à literatura pesquisada (o interesse da pesquisa para outros
investigadores), às circunstâncias institucionais (o interesse na formação do
aluno) e às circunstâncias sociais (o interesse da pesquisa para a comunidade,
especialmente aquela relacionada diretamente à pesquisa) para defender a
relevância teórico-científica e a importância social e acadêmica daquilo que vai
ser investigado.
8. Métodos
Nesta seção são consideradas todas as circunstâncias operacionais da
pesquisa, isto é, grosso modo, o com quem, o aonde e o como da pesquisa. O
Método caracteriza no Projeto ou no Relatório as escolhas que os autores
tomaram sobre como tentar responder às perguntas propostas nos objetivos.
Como “caminho para o conhecimento” o Método deve estar solidamente
apoiado em posições conceituais e também epistemológicas dos autores,
exigindo coerência entre o que se pretende conhecer e os fundamentos das
“ferramentas” utilizadas para esta finalidade.
Desta forma, o item Sujeitos (ou participantes) irá apresentar, no
Projeto, a População com a qual a pesquisa vai se dar ou, no Relatório, a
caracterização dos sujeitos que efetivamente participaram da pesquisa, isto é
da Amostra, incluindo sempre aqui também a caracterização da instituição, na
situação da pesquisa ter sido conduzida dentro de uma instituição.
Em Instrumentos são descritas aquelas ferramentas que serão (ou
foram) utilizadas tanto para a Coleta de dados quanto para a Análise (ou
Tratamento) dos dados. São considerados Instrumentos de Coleta de Dados,
por exemplo, o emprego de questionários, entrevistas, testes ou escalas. A
menção aos Instrumentos de Análise de Dados já no Projeto é importante
porque indica que os autores já planejaram o tratamento que será aplicado aos
12
dados brutos, aqueles coletados pelo pesquisador. Este tratamento variará em
função do tipo de pesquisa, dos seus objetivos, dos sujeitos, dos
procedimentos escolhidos, enfim do conjunto dos itens anteriores, de tal forma
que estejam de acordo com as características da pesquisa. As pesquisas
quantitativas exigem técnicas para o tratamento dos dados bastante diferentes
daquelas das pesquisas qualitativas, de tal forma que é bastante importante
que a escolha das técnicas deve estar especialmente adequada à pesquisa
que se está realizando.
Uma distinção importante que muitas vezes gera confusão diz respeito
aos Aparatos. Diferentes dos Instrumentos de Coleta e Análise, os Aparatos
de pesquisa referem-se não às técnicas mas aos equipamentos empregados
na investigação, quando isto for necessário, tais como vídeos, gravadores,
computadores, softwares, etc.
Nos Procedimentos são indicados quais serão (ou foram, no caso do
Relatório) os passos para a efetivação do Projeto de Pesquisa. Fazem parte
dos Procedimentos do trabalho as descrições sobre como os dados foram
obtidos, detalhando a natureza da coleta, se por meio de busca a fontes
bibliográficas, por meio de observação e registro de eventos, por
questionamento, ou por intervenção no objeto de estudo, os contatos
realizados, as instruções dadas aos participantes e as funções
desempenhadas pelos pesquisadores. Um aspecto muito importante na
realização de pesquisas conduzidas por vários autores, como é o caso dos
trabalhos realizados no nosso Curso de Psicologia, é que é preciso estabelecer
com bastante cuidado (e documentar isto) as funções que serão realizadas, por
quem, e em que condições. Este cuidado que é parte do planejamento da
pesquisa garante que todos aqueles envolvidos na coleta de dados sigam as
mesmas instruções para a abordagem dos participantes, nas informações que
são oferecidas e mesmo na condução de uma entrevista, por exemplo.
O Cronograma da Pesquisa, no caso do Projeto, ou na sua Cronologia,
o histórico da pesquisa, no caso do Relatório são indicadores sobre como a
investigação vai acontecer (ou aconteceu) no tempo, contando do
planejamento e também das circunstâncias reais e dos desafios enfrentados
durante a Pesquisa 
Um último item que também deve estar nesta sessão diz respeito às
13
Ressalvas Éticas cuidadas pelos autores para a construção da pesquisa, com
menção aos cuidados que foram tomados em relação ao bem estar dos
participantes. São apresentados aqui os cuidados e precauções éticas
planejadas pelos autores, incluída a menção ao Termo de Consentimento Livre
e Esclarecido (TCLE).
Por fim, vale ressaltar que os itens de um Projeto ou Relatório de
pesquisa são uma espécie de corrente inteligente em que cada uma de suas
seções (e itens) está ligada à outra e que, portanto, só fazem sentido nesta
relação.
9. Resultados
A finalidade desta seção é a apresentação objetiva dos resultados finais
da pesquisa a partir dos procedimentos descritos no item Métodos. Consiste,
assim, numa descrição dos resultados sem a preocupação de estabelecer,
ainda neste momento, qualquer juízo sobre a sua qualidade ou pertinência
teórica.
10. Discussão
Nesta seção são, agora, discutidos os resultados obtidos na pesquisa,
os quais já haviam sido apresentados na seção anterior. Basicamente, esta
seção implica vários níveis de discussão que englobam: a comparação com
aquilo que foi apresentado na revisão bibliográfica (Introdução); a comparação
com o que foi proposto como hipótese e objetivos da pesquisa (Objetivos); a
discussão dos aspectos operacionais da pesquisa, naquilo em que eles
colaboraram ou dificultaram o andamento do trabalho. Em suma, aqui é feita
uma confrontação com o que foi proposto no projeto de pesquisa, isto é,
discutir, tendo em vista o projeto, o que foi atingido e o que não foi, e o porquê.
É nesta seção que os autores da pesquisa poderão iniciar sua apresentação
como tais, isto é, emitindo opiniões e considerações de ordem pessoal em
relação ao que foi obtido. Se, antes desta seção, o papel do pesquisador na
construção do Relatório é basicamente o de descrever os vários passos da
pesquisa, a Discussão, assim, é o lugar privilegiado para a caracterização da
14
autoria do trabalho.
11. Conclusões
A última seção do corpo do trabalho trata, basicamente, de um passo
que vai além da função da sessão anterior. Agora, o autor (ou autores) do
relatório final irá estabelecer um fechamento para o trabalho, considerando
criticamente as relações entre o que foi pretendido e o que foi obtido, e quais
os desdobramentos que estas relações podem oferecer para os campos
teórico-metodológico, social e acadêmico. Tais desdobramentos incluem
sugestões de novas pesquisas a partir de questões que ficaram por ser
respondidas ou de novas questões, além de soluções de problemas práticos
que a pesquisa evidencia. Assim, o término do trabalho de pesquisa se fazcom a abertura de perspectivas para novos trabalhos, novas investigações.
12. Referências
Nesta seção são apresentadas todas as fontes bibliográficas que foram
efetivamente utilizadas para a produção do projeto/relatório. Estão aqui
relacionados os artigos científicos, livros, artigos de jornais e de revistas não
científicas, sites da Internet, e outros, com as respectivas referências seguindo
as normas técnicas para a elaboração de referências bibliográficas. Para efeito
de padronização dos projetos enviados ao CEPPE sugere-se que o elemento
que deve ser destacado o seja em negrito de acordo com NBR 6023 (2002),
como pode ser visto em SEVERINO (2007). Sendo que apenas as fontes
efetivamente utilizadas são referidas nesta seção, é necessário que todas
estas referências estejam citadas no corpo do texto.
As publicações que não foram mencionadas ao longo do texto devem
ser relacionadas após as Referências Bibliográficas sob o título “Bibliografia
consultada”.
13. Anexos e Apêndices
São aqui relacionadas todas as informações que sejam indispensáveis
para o entendimento do Projeto/Relatório, que foram referidas no corpo do
15
texto e que, pelas suas características, ou não cabem na íntegra ou não são
facilmente acessíveis ao leitor do trabalho, sendo uma “cortesia” do
pesquisador o seu oferecimento. 
Caso sejam de autoria dos próprios pesquisadores, são apresentadas
como Anexos (Roteiros de Entrevistas, Termos de Consentimento, etc.). No
caso de documentos produzidos por outros, estes são nomeados como
Apêndices (Notícias, Escalas, Legislação).
Tanto Anexos como Apêndices devem ser acompanhados com número
e título.
16
MODELO 1 – Exemplo de Capa do Trabalho
17
UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA
Instituto de Ciências Humanas
Curso de Psicologia
ALUNO 1 R.A.
ALUNO 2 R.A.
ALUNO 3 R.A.
(etc.)
TÍTULO
Campus XXXX
ANO XXXX
MODELO 2 – Exemplo de Folha de Rosto
18
UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA
Instituto de Ciências Humanas
Curso de Psicologia
ALUNO 1 R.A.
ALUNO 2 R.A.
ALUNO 3 R.A.
(etc.)
TÍTULO
(Escrever aqui “Projeto de Pesquisa”
ou “Relatório de Pesquisa”)
apresentado para disciplina (nome da
disciplina), sob a orientação do
Professor (título e nome do
professor).
Campus XXXX
ANO XXXX
MODELO 3 – Exemplo de Resumo
RESUMO
AMARAL, J. I.; FELIPE, V. M. V.; FERREIRA, C. M. B.; LEITE, C.; NACIF, T. A.;
SILVA, M. C.; COIN DE CARVALHO, J.E. (orientador). A Representação
social das pessoas entre 65 (sessenta e cinco) e 75 (setenta e cinco) anos
frente à Internet. Curso de Psicologia, Instituto de Ciências Humanas, UNIP -
Universidade Paulista. Campus Paraíso, 2010.
O assunto discutido refere-se ao significado da Internet e suas consequências
no comportamento da terceira idade, verificando se esta favorece ou dificulta a
vida destas pessoas. O objetivo é estabelecer a representação social de
Internet para pessoas entre 65 e 75 anos. Foram utilizadas cinco categorias
para análise: significado da Internet; impacto; processo adaptativo; utilização;
efeito sobre as relações humanas. Doze entrevistas foram realizadas com
mulheres de classe média alta, com tempos variados de dedicação à Internet a
partir da questão principal “O que é Internet para você?”, procedendo-se a
entrevistas abertas baseadas num roteiro pré-estabelecido. Para este grupo a
Internet apresenta-se como um meio de obtenção de informações, não
podendo substituir as relações humanas. Utilizam a Internet para: sites, e-mail
e informações. Elas se veem adaptadas pela perspectiva de ocupação
decorrente da idade, bem como em função da necessidade de sentirem-se
atualizadas. Atribuem não terem sofrido impacto da Internet, já que o avanço
da tecnologia sempre se fez presente. Concluímos que estas pessoas lidam
bem com o avanço tecnológico, pois se sentem “falando a mesma língua” da
comunidade. A importância dada às relações humanas no contexto da Internet
é relevante para esta adaptação. Sentir-se integrado e não excluído pela
comunidade requer que pessoas desta faixa etária interajam com estas novas
tecnologias, o que confirma a hipótese de que a Internet, ao menos nesta
dimensão, aproxima as pessoas. 
Palavras-chave: representação social; terceira idade; idosos; internet.
E-mail do orientador: joaocoin@unip.br
19
IV. Aspectos institucionais e éticos relacionados ao
desenvolvimento da pesquisa
Todo o projeto científico que envolva o contato com seres humanos deve
solicitar do pesquisador um cuidado especial quanto aos aspectos éticos
relacionados àquela investigação. Por aspectos éticos aqui se quer referir ao
compromisso do pesquisador com o bem-estar e a proteção dos sujeitos que
se dispõem a participar de uma determinada pesquisa, tanto durante a
realização da mesma – a coleta de dados – quanto adiante, na divulgação dos
resultados da pesquisa para a comunidade científica e para a sociedade.
As recomendações de caráter ético que são indicadas a seguir se
dirigem especialmente às pesquisas realizadas no âmbito do Curso de
Psicologia, tendo em vista suas características e necessidades. Vale ressaltar
que em outros ambientes institucionais, outras recomendações podem se fazer
necessárias.
1. Sujeitos
Em relação à coleta de dados através de entrevistas, sessões,
observações ou outras formas de registro próprias da investigação em
psicologia, os pesquisadores devem seguir como princípio que a coleta não
pode colocar os sujeitos em situação de risco, nem físico, nem moral. A
pesquisa não pode implicar os sujeitos em situações ameaçadoras,
constrangedoras ou vexatórias.
No caso de pesquisas que tratem de uma intervenção (um estudo de
caso, por exemplo), o procedimento a ser utilizado deve manter igualmente a
preocupação com os efeitos desta intervenção sobre o(s) sujeito(s),
preservando-os fisicamente, subjetivamente e socialmente. Os limites destes
efeitos são estabelecidos pelo corpo teórico e operacional de cada disciplina e
de sua respectiva prática, as quais têm sua presença avalizada no âmbito do
Curso de Psicologia da UNIP. Neste sentido, deve ainda ser considerada a
deliberação do decreto 466/12 do Conselho Nacional de Saúde em relação às
pesquisas com seres humanos (BRASIL, 2012).
20
O pesquisador deve também preservar o(s) sujeito(s) quanto à sua
identidade, o que inclui não só os dados de identificação mais imediata, como o
nome, por exemplo, mas também quaisquer outras informações que possam
permitir a identificação dos sujeitos por outros. Mesmo quando uma única
característica não é suficiente para este reconhecimento, um conjunto delas
poderia levar a esta identificação. 
O compromisso ético assumido pelo pesquisador deve ser sempre
expresso verbalmente para com o(s) sujeito(s), de forma a deixar clara qual a
tarefa que será realizada – como os dados serão obtidos – e quais os possíveis
efeitos e riscos – quando houver – decorrentes da investigação. Este
procedimento deverá ser acompanhado de um Termo de Consentimento
(ANEXO 1), documento que fixa as características específicas de uma
investigação, tendo além disso informações que garantem o compromisso ético
do pesquisador e são salvaguardas para a realização e divulgação da
pesquisa.
Nos casos em que os sujeitos são menores ou possuam responsáveis,
estes últimos deverão ser contatados e deles virá também o consentimento
para a participação na pesquisa, um documento apropriado para esta condição.
2. Instituições
Quando as pesquisas ocorrem no âmbito de instituições,como um
hospital, uma escola, creche, ou uma empresa, por exemplo, também alguns
cuidados devem ser tomados. O primeiro deles diz respeito à autorização para
a realização da pesquisa. Não é raro que um contato amigável com a direção
de uma instituição permita, num primeiro momento, que a pesquisa se realize,
mesmo que informalmente. As dinâmicas institucionais, no entanto, nem
sempre permitem a estabilidade que um projeto científico requer. O que é
aprovação hoje, desde que apenas informal, amanhã pode vir a ser
impedimento, por desconhecimento quanto ao que seria o alcance da pesquisa
e suas implicações, por exemplo. Por conta disto é necessário que a
autorização venha a ser documentada numa autorização formal, passando
pelos critérios que a instituição solicita para concedê-la, como o conhecimento
do projeto ou pré-projeto da pesquisa, contrapartes da Universidade, contato
21
com professores e coordenadores, etc. A autorização documenta o contrato
que se faz entre instituição, pesquisador e Universidade para a realização da
pesquisa, informando a ciência e o compromisso interinstitucional. Ela é
também um registro que pode ser sempre retomado para dirimir dúvidas e
auxiliar na solução de questões que possam vir a surgir no decorrer da
investigação. É preciso entendê-la como dizendo respeito a um momento do
trabalho, de tal forma que ela pode ser revista num novo compromisso que
atualize a ligação com a instituição. Sua importância está no registro deste
compromisso, a cada tempo.
Outro cuidado a ser tomado pelo pesquisador diz respeito à preservação
da identificação da instituição. Do projeto ao relatório, a pesquisa deve
resguardar a instituição quanto a poder ser identificada, quaisquer que sejam
os objetivos ou os resultados obtidos pela pesquisa. A identificação da
instituição só deverá ser feita através de um consentimento expresso da
mesma, em moldes semelhantes aos do Termo de Consentimento (ANEXO 1),
no qual a instituição permite que seja identificada publicamente.
3. Pesquisador
A mesma preocupação que se deve ter com o bem estar dos sujeitos
deve ser observada em relação aos próprios pesquisadores. Por mais
relevante e significativa que uma pesquisa possa ser, a segurança destes
pesquisadores também deve ser preservada. As atividades científicas
desenvolvidas por alunos e professores também devem ter como limites o seu
próprio bem estar. Neste sentido, a análise dos riscos presentes na
investigação deve ser tratada desde a montagem da proposta da pesquisa,
sendo relevante sua consideração para a realização da mesma.
4. A Universidade
A pesquisa que é realizada no âmbito da Universidade tem uma
característica que a faz única: ela é feita em nome da mesma, isto é, quaisquer
que sejam os seus propósitos eles são atribuídos não apenas aos
pesquisadores – alunos e professores –, mas também são associados à toda
22
instituição acadêmica. Por conta disto, é dever da instituição acompanhar
quaisquer atividades científicas que se fazem em seu nome, principalmente
aquelas que envolvam terceiros, como sujeitos e outras instituições. No Curso
de Psicologia o órgão encarregado de velar pela preservação de todas estas
instâncias – sujeitos, instituições, pesquisadores e universidade – é o CEPPE.
E para que o Centro possa exercer sua função de forma adequada é que se faz
importante seu envolvimento não apenas com a produção científica, mas com
toda a comunidade que o subsidia para a discussão sobre o que e como deve
ser preservado ética e institucionalmente no âmbito do Curso de Psicologia da
UNIP.
Finalmente, estes cuidados devem garantir à pesquisa sua importância,
implicando responsabilidades que são de ordem científica, acadêmica e
também social.
23
V. Pesquisas Bibliográficas e Pesquisas Documentais
As pesquisas bibliográficas ou as pesquisas que utilizam documentos
como fontes de coleta de dados não devem ser subestimadas e
descaracterizadas de seu rigor científico. Neste formato, instituído para as
disciplinas de Planos de Estudos Orientados (PEO) a partir de 2016, os
trabalhos continuarão representando a qualidade que se almeja, visando além
do desenvolvimento das competências e habilidades pertinentes a um bom
pesquisador, também à possibilidade de produção de textos científicos que
possam chegar ao ponto de serem publicados, de forma impressa ou em
comunicações em jornadas e congressos.
Para que as pesquisas bibliográficas não percam a característica
metodológica que está implicada em seu fazer, sugere-se que as mesmas
possam ser realizadas com metodologias específicas, como por exemplo,
revisão sistemática da literatura, a revisão integrativa da literatura ou
metanálise.
Publicação do Ministério da Saúde (BRASIL, 2012) define a Revisão
Sistemática como:
“um sumário de evidências provenientes de estudos primários
conduzidos para responder uma questão específica de
pesquisa. Utiliza um processo de revisão de literatura
abrangente, imparcial e reprodutível, que localiza, avalia e
sintetiza o conjunto de evidências dos estudos científicos para
obter uma visão geral e confiável da estimativa do efeito da
intervenção”. (p.13)
 
Já a metanálise é definida como:
“uma análise estatística que combina os resultados de dois ou
mais estudos independentes, gerando uma única estimativa de
efeito. A metanálise estima com mais poder e precisão o
“verdadeiro” tamanho do efeito da intervenção, muitas vezes
não demonstrado em estudos únicos, com metodologia
inadequada e tamanho de amostra insuficiente”. (p.13)
Não é preciso esperar que os alunos desenvolvam trabalhos de
envergadura maior do que se pretende para a graduação, mas algum cuidado
é necessário de forma a se evitar que a revisão de literatura seja realizada sem
24
qualquer rigor acadêmico e científico. Para isto, veja-se a publicação do
Ministério da Saúde sobre as Diretrizes Metodológicas para as revisões deste
tipo (BRASIL, 2012). 
Outra possibilidade de pesquisas sem o envolvimento direto de seres
humanos é a pesquisa documental. Um ótimo exemplo está descrito
brevemente no livro “Como Elaborar Projetos de Pesquisa” de Antonio Carlos
Gil (2002). Este autor cita como exemplo o trabalho de Durkheim sobre o
suicídio, todo ele baseado em análise de documentos.
Uma fonte interessante de documentos que pode ser utilizada para
pesquisa é oferecida pelo Consórcio de Informações Sociais (CIS), mantido
pelo Departamento de Sociologia da Universidade de São Paulo e pela
Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Ciências Sociais. 
Na página inicial do CIS (http://www.cis.org.br/), encontra-se que:
“O Consórcio de Informações Sociais (CIS) é um sistema de
intercâmbio de informações científicas sobre a sociedade
brasileira. Tem como objetivo oferecer gratuitamente dados
qualitativos e quantitativos resultantes de pesquisas sobre
vários aspectos da vida social.
O pressuposto central do CIS é que as pesquisas produzem
dados que são passíveis de reutilização para outros propósitos,
diferentes dos originais. Para permitir esta reutilização, o CIS
oferece aos seus usuários não só bancos de dados, mas
também a literatura científica já produzida com seu uso. Com
isso, amplia-se a infraestrutura de informações disponíveis
para a pesquisa social”.
25
V. Referências
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. Referências
bibliográficas.NBR 6023. Rio de Janeiro, 2002.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Ciência, Tecnologia e
Insumos Estratégicos. Departamento de Ciência e Tecnologia. Diretrizes
metodológicas: elaboração de revisão sistemática e metanálise de
ensaios clínicos randomizados. Brasília: Editora do Ministério da Saúde,
2012. Disponível em
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_metodologicas_elaborac
ao_sistematica.pdf>. Acesso em 01 set. 2016.
BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Resolução 466/12 do Conselho Nacional
de Saúde/MS Sobre Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisa
envolvendo seres humanos. Disponível em
<http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf> Acesso em 01
set. 2016.
FUNARO, V.M.B.O. et al. Diretrizes para apresentação de dissertações e
teses da USP: documento eletrônico e impresso. Parte I (ABNT). 2ª ed. São
Paulo: Sistema Integrado de Bibliotecas da USP, 2009. Disponível em
<www.ip.usp.br/portal/images/stories/manuais/caderno_estudos_9_pt_1.pdf>.
Acesso em 28 set. 2012.
GIL, A.C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 2002
GRANJA, E.C. Diretrizes para a elaboração de dissertações e teses. São
Paulo: Serviço de Biblioteca e Documentação do IPUSP, 1998.
MARCONI, M.A. e LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa. São Paulo: Atlas,
1996.
SAMPIERI, R. H., COLLADO, C. F. e LUCIO, P. B. Metodologia de Pesquisa.
3ª ed. São Paulo: McGraw-Hill, 2006.
SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. 23ª ed. São Paulo:
Cortez, 2007.
UNIP, BIBLIOTECA CENTRAL. Guia de normalização para a apresentação
de trabalhos acadêmicos da Universidade Paulista. Parte 3.3.1
Referências. São Paulo: UNIP, 2002. Disponível em
<www3.unip.br/servicos/biblioteca/guia.aspx>. Acesso em 22 set 2012.
VI. Bibliografia consultada
ALVES-MAZZOTTI, A.J.; GEWANDSZNAJDER, F. O método nas ciências
naturais e sociais: pesquisa quantitativa e qualitativa. 2ª ed. São Paulo:
Pioneira-Thomson Learning, 2002.
CHIZZOTTI, A. Pesquisa em ciências humanas e sociais. 7ª ed. São Paulo:
Cortez, 2005.
26
COZBY, P.C. Métodos de Pesquisa em Ciências do Comportamento. São
Paulo: Atlas, 2003.
LAKATOS, E.M.; MARCONI, M.A. Fundamentos de metodologia científica.
7ª. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
MINAYO, M.C.S. O desafio do conhecimento. 12ª ed. São Paulo: Hucitec,
2010.
MOREIRA, D.A. O método fenomenológico na pesquisa. São Paulo:
Pioneira-Thomson Learning, 2002.
27
ANEXO
28
ANEXO: MODELO DE TERMO DE CONSENTIMENTO
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS – CURSO DE PSICOLOGIA
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro Participante:
Gostaríamos de convidá-lo a participar como voluntário da pesquisa intitulada
Insira aqui o título da sua pesquisa entre aspas, que se refere a um projeto de
Trabalho de Conclusão de Curso dos alunos Insira aqui o nome dos alunos
participantes, do curso de Psicologia da Universidade Paulista – UNIP.
O objetivo deste estudo é Informe aqui - EM LINGUAGEM ACESSÍVEL E
APROPRIADA AOS PARTICIPANTES - o que a pesquisa pretende conhecer. Os
resultados contribuirão para Informe aqui - EM LINGUAGEM ACESSÍVEL E
APROPRIADA AOS PARTICIPANTES - a relevância e a justificativa da pesquisa para
os sujeitos (e não para o pesquisador).
Resumidamente, a pesquisa será realizada da seguinte forma: Descrever aqui
- EM LINGUAGEM ACESSÍVEL E APROPRIADA AOS PARTICIPANTES - os
procedimentos que serão utilizados, isto é, descreva aqui, resumidamente, qual o
caminho a ser percorrido para a condução da pesquisa. Sua forma de participação
consiste em Incluir aqui o que o participante fará – por exemplo: “dar uma entrevista”,
“dar um depoimento” sobre o assunto da pesquisa ou, para o caso do TCLE
Institucional, por exemplo, “autorizar a realização das entrevistas na Instituição” etc.
Seu nome não será utilizado em qualquer fase da pesquisa, o que garante seu
anonimato, e a divulgação dos resultados será feita de forma a não identificar os
voluntários.
Não será cobrado nada, não haverá gastos e não estão previstos
ressarcimentos ou indenizações.
Considerando que toda pesquisa oferece algum tipo de risco, nesta pesquisa o
risco pode ser avaliado como: (escolha e insira uma das seguintes alternativas:
mínimo; baixo; médio; maior).
Gostaríamos de deixar claro que sua participação é voluntária e que poderá
recusar-se a participar ou retirar o seu consentimento, ou ainda interromper sua
participação se assim o preferir, sem penalização alguma ou sem prejuízo ao seu
cuidado. Nos casos em que se utilizar questionário ou entrevista, você poderá recusar-
se a responder as perguntas que causem eventuais constrangimentos de qualquer
natureza a você.
Desde já, agradecemos sua atenção e participação e colocamo-nos à
disposição para maiores informações. Se você desejar, poderá ter acesso a este
trabalho do qual participou.
Você ficará com uma cópia deste Termo e em caso de dúvidas ou necessidade
de outros esclarecimentos sobre esta pesquisa, você poderá entrar em contato com o
29
pesquisador principal: Insira neste campo o nome completo, endereço e telefone do
Pesquisador Principal.
..........................................................................................................................................
Eu ____________________________________________________________ (nome
do participante e número de documento de identidade) confirmo que Insira aqui os
nomes dos pesquisadores explicaram-me os objetivos desta pesquisa, bem como a
forma de minha participação. As condições que envolvem a minha participação
também foram discutidas. Autorizo a gravação em áudio da entrevista que porventura
venha a dar e sua posterior transcrição pela equipe de alunos-pesquisadores
responsáveis, para fins de ensino e pesquisa. Autorizo a publicação deste material em
meios acadêmicos e científicos e estou ciente de que serão removidos ou modificados
dados de identificação pessoal, de modo a garantir minha privacidade e anonimato.
Eu li e compreendi este Termo de Consentimento; portanto, concordo em dar meu
consentimento para participar como voluntário desta pesquisa.
(Local e data:)
_____________________________
(Assinatura do participante)
Eu,______________________________________________________________
(nome do membro da equipe que apresentar o TCLE) 
obtive de forma apropriada e voluntária o Consentimento Livre e Esclarecido do
participante da pesquisa ou seu representante legal.
______________________________________________
(Assinatura do membro da equipe que apresentar o TCLE)
____________________________________________
(Identificação e assinatura do pesquisador responsável)
O projeto da presente pesquisa teve seus aspectos técnicos, acadêmicos e éticos
previamente examinados e aprovados pelo Centro de Estudos e Pesquisas em
Psicologia e Educação – CEPPE do Instituto de Ciências Humanas da Universidade
Paulista – UNIP. 
Contato:
CEPPE - ICH
UNIP - Campus Indianópolis
Rua Dr. Bacelar, 1212 – 2º andar – Vila Clementino
CEP: 04026-002 – Fone: (11) 5586-4204
e-mail: ceppe@unip.br
Responsáveis:
Prof. Dr. João Eduardo Coin de Carvalho
Prof. Dr. Waldir Bettoi
Profa Dra. Mônica Cintrão França Ribeiro
30
	Curso de Psicologia
	Curso de Psicologia
	(Escrever aqui “Projeto de Pesquisa” ou “Relatório de Pesquisa”) apresentado para disciplina (nome da disciplina), sob a orientação do Professor (título e nome do professor).
	þÿ
	Instituto de Ciências Humanas

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