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Vírus: Pequenos Parasitas

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Meio Ambiente 
GAM - Biologia Aplicada
Prof. Delfim S. Neves
Vírus
Um vírus é um pequeno aglomerado de moléculas e macromoléculas, de composição relativamente simples, que é capaz de se multiplicar (reproduzir) somente no interior de células vivas de animais, plantas ou bactérias. O nome vem do Latin e significa "veneno". Os vírus são muito pequenos. Seu tamanho varia de 20 a 250 nanômetros (nm). Não são visíveis ao microscópio ótico, somente no microscópio eletrônico. 
A origem dos vírus não é inteiramente clara, porém a explicação mais provável é a de que eles sejam derivados de seus próprios hospedeiros, originando-se de elementos transferíveis como plasmídeos ou transposons (segmentos de DNA que têm a capacidade de mover-se e replicar-se dentro de um determinado genoma). Em comum, todos os vírus contêm ácidos nucléicos RNA ou DNA e proteínas. Os ácidos nucléicos trazem a informação genética do vírus codificada. Em todos os vírus, existe uma camada protéica protetora em torno do material genético, chamada de capsideo. Alguns vírus possuem também outras proteínas, que agem como enzimas, catalisando reações e processos necessários para o ataque do vírus às células hospedeiras.
O material genético da grande maioria dos vírus consiste de uma ou mais cadeias simples de RNA. Alguns, entretanto, possuem cadeias de DNA, em dupla hélice. No primeiro caso, os RNA virais atuam como RNAm nas células, ordenando a síntese de proteínas específicas. Estes vírus também possuem uma enzima, chamada RNA-polimerase, que catalisa a síntese de RNAm complementar, para a multiplicação do vírus. 
Os vírus não são considerados seres vivos, pois eles não são capazes de se reproduzir ou conduzir processos metabólicos próprios sem uma célula hospedeira, são parasitas obrigatórios; dependem da célula hospedeira para todas as suas funções biológicas. Ao contrário de verdadeiros seres-vivos, eles não podem sintetizar proteínas, por não possuírem ribossomos (organela celular responsável pela transcodificação mRNA -> proteína); os vírus utilizam os ribossomos das células hospedeiras para esta tarefa. Eles também não geram ou armazenam energia na forma de trifosfato de adenosina (ATP); como não possuem mitocôndrias, toda a energia consumida pelos vírus vem das células hospedeiras. Os vírus também utilizam os nucleotídeos e aminoácidos da célula parasitada para sintetizar seus próprios ácidos nucléicos e proteínas. Alguns vírus, mais qualificados, utilizam também lipídeos e açúcares da célula para formar suas membranas e glicoproteínas. Quando estão fora do organismo do seu hospedeiro, cristalizam e comportam-se como qualquer pedaço de matéria inanimada
Na grande maioria das viroses, apenas o material genético, sem o capsideo, já é capaz de causar infecção, embora menos eficientemente do que o vírus completo. O capsideo tem várias funções, entre elas a de proteger os ácidos nucléicos virais da digestão feita por certas enzimas (nucleases), acoplar com certos sítios receptores na superfície da célula hospedeira e penetrar na sua membrana ou, em alguns casos, injetar o ácido nucléico infeccioso no interior da célula. Muitos vírus possuem, ainda, uma membrana lipoproteíca envolvendo o capsideo; esta membrana é chamada de envelope. O envelope facilita a interação do vírus com a membrana citoplasmática e aumenta a proteção do vírus contra o sistema de defesa do organismo.
Reprodução Viral
Ciclo Lítico 
No ciclo lítico, o DNA viral no interior da bactéria, interrompe as funções normais da célula hospedeira e passa a comandar o seu metabolismo. Os genes do bacteriófago são transcritos em moléculas de RNA e traduzidos em proteínas virais. Isso ocorre porque as enzimas de transcrição e tradução da bactéria não distinguem os genes do invasor de seus próprios genes.
As primeiras proteínas virais que se formam são enzimas capazes de multiplicar o DNA viral ou inibir o funcionamento do cromossomo bacteriano. O passo seguinte é a produção das proteínas que constituirão as cabeças e caudas dos novos vírus, para depois se agregarem ao DNA, formando vírus completos.
Cerca de 30 minutos após a entrada de um único fago invasor na célula bacteriana, cerca de 200 novos bacteriófagos são produzidos. Nesse momento inicia-se a lise, ou seja, a ruptura da célula bacteriana, e os novos bacteriófagos são libertados, podendo infectar outras bactérias e iniciar outro ciclo. Em vírus humanos e de animais, a produção maciça de vírus provoca um esgotamento da célula, favorecendo a lise celular. A célula produz grande quantidade de vírus e fica sem poder compor suas próprias estruturas.
Os vírus que apresentam o ciclo lítico são chamados de virulentos ou vírus líticos.
 Ciclo Lisogênico 
No ciclo lisogênico, o DNA viral penetra na célula da bactéria e se incorpora ao DNA bacteriano, não interferindo no metabolismo da célula hospedeira. Essas bactérias são denominadas lisogênicas e esses vírus são denominados temperados ou não-virulentos. Nesses casos, a bactéria se reproduz normalmente e, a cada divisão da célula bacteriana, o DNA viral vai sendo transmitido às novas bactérias, sem se manifestar. 
De acordo com determinadas condições, naturais ou artificiais (como radiações ultravioleta, raios X ou certos agentes químicos), o DNA do fago separa-se do DNA bacteriano e inicia-se o ciclo lítico.
Exemplo - Reprodução de um bacteriófago (DNA+) 
Os vírus acoplam-se às células hospedeiras e inoculam seu material genético no meio celular. Podem ocorrer então dois processos: o ciclo lisogênico e o ciclo lítico.
Bacteriófago

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