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1 PROFESSORA GISELE SURCIN APOSTILA DE LÍNGUA PORTUGUESA CONCURSO UFF CAPÍTULO 1. MORFOLOGIA. CAPÍTULO 2. SISTEMA ORTOGRÁFICO EM VIGOR: EMPREGO DAS LETRAS E ACENTUAÇÃO GRÁFICA. CAPÍTULO 3. O PERÍODO SIMPLES. CAPÍTULO 4. O PERÍODO COMPOSTO: NEXOS SEMÂNTICOS E SINTÁTICOS ENTRE AS ORAÇÕES. CAPÍTULO 5. CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL. CAPÍTULO 6. REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL / TRANSITIVIDADE. CAPÍTULO 7. EMPREGO DO ACENTO DA CRASE. CAPÍTULO 8. EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO. CAPÍTULO 9. COLOCAÇÃO PRONOMINAL. CAPÍTULO 10. COMPREENSÃO E ESTRUTURAÇÃO DE TEXTOS. CAPÍTULO 11. COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAL. SINÔNIMOS, ANTÔNIMOS, POLISSEMIA. VOCÁBULOS HOMÔNIMOS E PARÔNIMOS. CAPÍTULO 12. DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO. SENTIDO FIGURADO. APRESENTAÇÃO: Gisele Surcin é graduada em Letras pela UFRJ e pós-graduada em Língua Portuguesa pelo Liceu Literário Português/UERJ. Leciona Português, Redação, Literatura e Redação Oficial. Desde 2003, atua no magistério e, desde 2008, na área de concursos públicos, lecionando em diversos cursos preparatórios no Estado do Rio de Janeiro. Primeira colocada no concurso realizado em 2015 para profissional de Letras do quadro permanente de oficiais de carreira da Marinha do Brasil e quarta colocada no concurso realizado em 2014 para Analista em Letras do Ministério Público do Estado de Santa Catarina. surcin.gisele@gmail.com 2 CAPÍTULO 1: MORFOLOGIA 1. A CLASSIFICAÇÃO DAS PALAVRAS FLEXIONÁVEIS Substantivo Nomeia seres, objetos (reais ou imaginários) Tipo de Flexão: G / N Artigo (grupo fixo) Determina (“o”, “a”, “os”, “as”) ou indetermina (“um”, “uma”, “uns”, “umas”) o substantivo. Tem a função de adjunto adnominal. Tipo de Flexão: G / N Numeral Quantifica, ordena os substantivos, além de desenvolver as noções de divisão e multiplicação. Podem se classificar como numeral adjetivo (acompanha o substantivo) ou numeral substantivo (substitui o substantivo): - Os dois meninos apareceram ontem. (numeral adjetivo com função de adjunto adnominal). - Os dois vieram aqui. (numeral substantivo com função de núcleo do sujeito). Tipo de Flexão: G / N Adjetivo Qualifica o substantivo. Tipo de Flexão: G / N Pronome Indetermina, explora as noções de posse e/ou demonstram no espaço e no tempo. Podem também substituir o substantivo. Situa, sobretudo, a pessoa do discurso, podendo oferecer, também, as noções de espaço. Tipo de Flexão: G / N Verbo Exprime ação, fenômeno, estado ou mudança de estado. Tipo de Flexão: MT / NP INFLEXIONÁVEIS Advérbio Determina um VERBO, um ADJETIVO ou outro ADVÉRBIO. Geralmente, apresenta noções circunstanciais. Preposição Subordina geralmente um vocábulo a outro Conjunção Liga orações ou termos de idêntica função. Interjeição Exprime sentimentos de dor, admiração, alegria, aplauso, irritação etc. Ou seja, exprime nossos estados emotivos. - Ai! ai de mim! - Oh! Que pena! - Psiu! - Que susto! - Bravo! - Ufa! OBS: G / N – Gênero / Número MT / NP – Modo-temporal / Número-pessoal 3 Vocábulos flexionáveis podem variar, ou seja, podem mudar parte de sua estrutura para se modificar. Essa modificação se dá, principalmente, em gênero e em número. Um vocábulo que varia em gênero passa do masculino para o feminino. Um vocábulo que varia em número passa do singular para o plural. Menino – Menina Menino – Meninos Há vocábulos que variam em grau, como é caso dos adjetivos, dos advérbios e, de acordo com alguns gramáticos, dos substantivos também. Veremos esse tópico mais a frente. OBS: Qualquer valor adjetivo ou adverbial que contiver mais de uma palavra pode estar em forma de LOCUÇÃO, iniciada por uma preposição e cujo núcleo será uma expressão de valor substantivo. Vejamos um exemplo: “Aquele rapaz tem cara de anjo”. Observem que a expressão grifada, formada pela preposição DE mais o núcleo substantivo ANJO, caracteriza o substantivo CARA, portanto o trecho grifado é uma locução adjetiva. 2. A ESTRUTURA E A FORMAÇÃO DAS PALAVRAS a) RADICAL: O radical é o elemento comum entre as palavras cognatas – vocábulos que têm a mesma origem na evolução da língua – e é a base de significado dessas palavras. pedra – pedreira – pedregulho É fácil observar que nos vocábulos acima o traço em comum é “pedr”, caracterizando a base dessas palavras, que têm a mesma origem na língua e a mesma base de significado: todas se relacionam à palavra pedra. b) VOGAL TEMÁTICA (VT): De existência facultativa, a vogal temática vem após o radical e é responsável pela divisão primeira entre nomes e verbos. Portanto, existem dois tipos de vogais temáticas: Nominais: a/e/o, átonas finais, achadas em nomes; i/u não são vogais temáticas; Mesa, artista, busca; Triste, base, combate; Livro, tribo, amparo. OBS: As palavras que possuem VT são chamadas de TEMÁTICAS. As que não possuem são chamadas de ATEMÁTICAS. Verbais: a/e/i, átonas ou tônicas, achadas primordialmente em verbos. Servem para indicar se o verbo é de 1a, 2a ou 3a conjugação. c) DESINÊNCIAS: As desinências são elementos facultativos que vêm após o radical ou após a vogal temática e indicam a flexão da palavra. Reforça a divisão NOME/VERBO. São dois tipos de desinência: c.1) Nominal: gênero (Masculino “o” ou Ø; feminino “a”) e número (singular Ø; plural “s” ou “es”). A marca Ø indica a ausência de um traço. c.2) Verbal: modo/tempo e número/pessoa. OBS: Existem palavras que não se flexionam; dessa forma, será impossível detectar-lhes desinências. 4 d) AFIXOS: Os afixos são elementos antepostos ou pospostos ao radical. A intenção daquele é modificar o sentido deste. Prefixos: elementos que se antepõem ao radical de uma palavra e advêm, geralmente, de advérbios e preposições. Sufixos: elementos que se pospõem ao radical de uma palavra e, diferentemente dos prefixos, não possuem, geralmente, autonomia na língua. Os afixos têm a função primordial de criar novas palavras mediante um processo chamado DERIVAÇÃO. Exemplo: Lealdade = vocábulo LEAL + sufixo DADE OBS: CASO PARTICULAR: ELEMENTOS DE LIGAÇÃO Definição: elementos encontrados, geralmente, entre dois RADICAIS ou entre um RADICAL e um SUFIXO, com o intuito de evitar dissonâncias. As VOGAIS DE LIGAÇÃO são representadas, em sua maioria, por “i” ou “o”. Gás + Metro = gasômetro / Fácil + DADE = facilidade / Digno + DADE = dignidade / Próprio = propriedade / Sóbrio = sobriedade / Sério = seriedade As CONSOANTES DE LIGAÇÃO são representas, em sua maioria, por “z” ou “l” Café + AL = cafezal / Capim + AL = capinzal / Pau + ADA = paulada / Chá + EIRA = chaleira FORMAÇÃO DE NOVAS PALAVRAS: a) DERIVAÇÃO PREFIXAL: Processo através do qual uma nova palavra é formada a partir de um radical ou palavra já existente na língua (palavra primitiva), acrescentando-se um prefixo ao radical. INfeliz / EScorrer / DESnecessário / PRÉ-Natal / IMportar b) DERIVAÇÃO SUFIXAL: Processo através do qual uma nova palavra é formada a partir de um radical ou palavra já existente na língua (palavra primitiva), acrescentando-se um sufixo ao radical. FelizARDO / CorriMENTO / NecessariaMENTE / NatalINO / PortaDOR OBS: Os sufixos podem mudar a classificação de uma palavra. EZA, DADE, ICE (ÍCIE), URA (formam substantivos de adjetivos) DOR, ANÇA (ANCIA, ENCIA), MENTO, ÇÃO (SÃO, ÃO) (formam substantivos de verbos)MENTE (forma advérbios de adjetivos) AR, EJAR, EAR, ECER (ESCER), IZAR, FICAR (formam verbos de substantivos) c) DERIVAÇÃO PREFIXAL E SUFIXAL: É o acréscimo de um prefixo e de um sufixo a um radical: DESvalorIZAR / INfelizMENTE / PRÉ-NatalINO. d) DERIVAÇÃO PARASSINTÉTICA: É o acréscimo de um prefixo e de um sufixo a um radical, de modo que a palavra não exista apenas com o prefixo ou apenas com o sufixo: DESalmADO / AmanhECER / ENsurdECER / EMpobrECER. e) IMPRÓPRIA (CONVERSÃO): É a mudança de classe gramatical. A palavra não se altera em sua estrutura, há a simples mudança de classe gramatical: Os meninos são bons (adjetivo) / Os bons vencerão (substantivo) / Juliana gosta de cantar (verbo) / O cantar dos pássaros é lindo (substantivo). f) REGRESSÃO (DERIVAÇÃO REGRESSIVA): Ao contrário dos casos anteriores, a palavra é formada por redução, e não por acréscimo: Choro (originária do verbo CHORAR) / Agito (originária do verbo AGITAR) / Janta (originária do verbo JANTAR). 5 g) COMPOSIÇÃO POR JUSTAPOSIÇÃO: Processo através do qual uma nova palavra é formada a partir da junção de palavras ou radicais já existentes na língua. Esses radicais não sofrem perda fonética ou gráfica: segunda-feira / para-raios / corre-corre / girassol / passatempo / malmequer / vaivém / criado-mudo / beija-flor / rodapé. OBS: Não há uma obrigatoriedade dos compostos por justaposição estarem escritos com hífen. h) COMPOSIÇÃO POR AGLUTINAÇÃO: Processo através do qual uma nova palavra é formada a partir da junção de palavras ou radicais já existentes na língua. Pelo menos um dos radicais sofre alteração fonética ou gráfica: vinagre (vinho + acre) / aguardente (água + ardente) / pernalta (perna + alto) / planalto (plano + alto)/ fidalgo (filho + de + algo). OUTROS PROCESSOS DE FORMAÇÃO: i) HIBRIDISMO: Quando uma palavra é formada a partir de radicais de línguas diferentes: monocultura {mono (grego) + cultura (latim)} / burocracia {buro (francês) + cracia (grego}) / sociologia {sócio (latim) + logia (grego)}. j) ABREVIAÇÃO (REDUÇÃO): Por questões de economia linguística, utiliza-se parte de uma palavra em vez de sua totalidade: pneu (pneumático) / quilo (quilograma) / moto (motocicleta) / foto (fotografia) / portuga (português). k) SIGLA: É o emprego de letras iniciais de mais de uma palavra que nomeia uma organização, uma entidade, uma associação etc.: ONU (Organização das Nações Unidas) / UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) / Detran (Departamento de Trânsito). l) ONOMATOPEIA (REDUPLICAÇÃO): É a criação de palavras que reproduzem sons ou ruídos: reco-reco / tique- taque / bangue-bangue / pinque-pongue / blá- blá- blá / zum- zum- zum. 3. OS SUBSTANTIVOS DEFINIÇÃO SEMANTICAMENTE: Palavra que denomina os seres em geral. a) os nomes de pessoas, lugares, instituições, espécies e seus representantes; b) os nomes de ações, qualidades e estados, de sentimentos e sensações. MORFICAMENTE: Palavra flexionável em gênero e número. FUNCIONALMENTE: Palavra núcleo de expressões nominais. CLASSIFICAÇÃO SEMANTICAMENTE: a) Substantivos Concretos: nomeiam pessoas (reais ou imaginárias), lugares, animais (reais ou imaginários), vegetais e coisas. Designam os seres de existência independente (casa, mar, mãe, caderno, parede, Deus, saci). b) Substantivos Abstratos: designam ações, estado, qualidades, sentimentos. Designam os seres de existência dependente (prazer, cansaço, amor, dor). Normalmente os substantivos derivados de verbos e adjetivos são abstratos (choro – do verbo CHORAR -, necessidade – do verbo NECESSITAR-, beleza – do adjetivo BELO). c) Substantivos Comuns: denominam todos os seres de um mesmo grupo ou espécie: (homem, mesa, livro, cidade). d) Substantivos Próprios: denominam um único ser de um conjunto de seres (João, Brasil, Porto). OBS: O nome dele é Judas. (substantivo próprio) / Ele é um Judas. (substantivo comum, significando “traidor”) 6 MORFICAMENTE: a) Substantivos Primitivos: não se originam de outra palavra. Na verdade, são a origem de outras palavras (pedra, mar, banana). b) Substantivos Derivados: originam-se de um substantivo primitivo (pedreira, maresia, bananeira). c) Substantivos Simples: formados por um só radical (pedra, lápis, mar). d) Substantivos Compostos: formados por mais de um radical (guarda-chuva, pontapé, bem-me-quer). e) Substantivos Coletivos: Apesar de se apresentarem no singular, indicam uma coleção, um grupo, um conjunto de seres da mesma espécie (alcateia, elenco, plêiade, turma, revoada, manada, fauna, constelação, acervo, cacho). FUNCIONALMENTE: Núcleo. OBS: Algumas palavras podem se tornar substantivos de acordo com o contexto, esse fenômeno é chamado de substantivação: “A menina bonita chegou” (bonita = adjetivo) / “A bonita chegou” (bonita = substantivo) / “Ela quer passar em um concurso” (passar = verbo) / “O passar dos anos me incomoda” (passar = substantivo). FLEXÃO: GÊNERO 1) feminino em A Garoto x Garota Menino x Menina Gato x Gata Cantor x Cantora Professor x Professora Juiz x Juíza Elefante x Elefanta Mestre x Mestra Monge x Monja Infante x Infanta Parente x Parenta Gigante x Giganta 2) o ÃO transforma-se em ONA Gostosão x Gostosona Sabichão x Sabichona Valentão x Valentona Paspalhão x Paspalhona Pobretão x Pobretona Comilão x Comilona 3) o ÃO transforma-se em A Ladrão x Ladra Órfão x Órfã Irmão x Irmã Cidadão x Cidadã Cortesão x Cortesã Anfitrião x Anfitriã 4) o ÃO transforma-se em OA Leão x Leoa Patrão x Patroa Leitão x Leitoa Hortelão x Horteloa Ermitão x Ermitoa Pavão X Pavoa 5) Feminino em ESA (ESSA) ou ISA Barão x Baronesa Duque x Duquesa Cônsul x Consulesa Abade x Abadessa Conde x Condessa Visconde x Viscondessa Poeta x Poetisa Profeta x Profetisa Sacerdote x Sacerdotisa 6) Feminino representado meramente pelo artigo O agente / A agente O camarada / A camarada O colega / A colega O estudante / A estudante O gerente / A gerente O imigrante / A imigrante O intérprete / A intérprete O mártir / A mártir O selvagem / A selvagem 7) Feminino em EIA ou IA Pigmeu X Pigmeia Hebreu X Hebreia Plebeu X Plebeia Filisteu x Filisteia Judeu x Judia Sandeu x Sandia IMPORTANTE 1: HETERÔNIMOS: Possuem radicais diferentes tanto para o feminino quanto para o masculino. 7 Pai x Mãe / Compadre x Comadre / Homem x Mulher / Frei x Sóror / Padrasto x Madrasta / Cavaleiro x Amazona / Genro x Nora / Padrinho x Madrinha / Cavalheiro x Dama / Bode x Cabra / Boi, Touro x Vaca / Carneiro x Ovelha / Cavalo x Égua / Zangão x Abelha IMPORTANTE 2: SOBRECOMUNS, EPICENOS e COMUNS DE DOIS GÊNEROS. Sobrecomuns: palavras invariáveis em que a diferença de gênero não é especificada por artigos ou outros determinantes. No sentido, podem indicar tanto um ser do sexo feminino quanto do sexo masculino: O cônjuge / A criança / A testemunha / A criatura / O indivíduo / A vítima / A pessoa. OBS: Para especificar o sexo, serve a expressão “do sexo masculino / feminino”. Epicenos: palavras que designam animais e possuem apenas uma forma para ambos os gêneros: A águia / A baleia / A borboleta / A cobra / O besouro / O crocodilo / O jacaré / O tigre / A onça / O besouro / O polvo / O rouxinol. Comuns de dois gêneros: palavras que designam pessoas. A diferença de gênero se dá através do artigo ou outro determinante: O artista / A artista/ O cliente / A cliente / Esse imigrante / Essa imigrante / O repórter / A repórter. IMPORTANTE 3: Algumas palavras, por influência da coloquialidade, são utilizadas com artigo feminino ou masculino anteriormente. Nesses casos, é bom conferir a lista abaixo para que seja colocado o artigo correto. Gênero masculino: aneurisma / apêndice / champanhe / clã/ dó / eclipse / eczema / lança-perfume / magma / matiz / plasma Gênero feminino: aguardente / alface / bacanal / cal / cataplasma / comichão / derme / dinamite / ênfase / gênese / sentinela Usado em ambos os gêneros: aluvião / amálgama / caudal / sabiá / personagem / suéter OBS: Celso Cunha recomenda suéter ser masculino; aluvião ser feminino. IMPORTANTE 4:Algumas palavras, ao obterem marcação de gênero mediante artigo, mudam completamente de significado. O águia x A águia / O banana x A banana / O cabeça x A cabeça / O caixa x A caixa / O capital x A capital / O rádio x A rádio / O moral x A moral / O grama x A grama / O guarda x A guarda. NÚMERO 1) Plural em S QUALQUER PALAVRA TERMINADA POR VOGAL 2) Plural em ES Mar x Mares Açúcar x Açúcares Giz x Gizes Gravidez x Gravidezes Gás x Gases Mês x Meses País x Países Obus x Obuses Lilás x Lilases Ananás x Ananases Fax x Faxes Sax x Saxes Mal x Males Cal x Cales Cônsul x Cônsules 3) Plural representado pelo artigo O lápis x Os lápis / O pires x Os pires / O ônibus x Os ônibus / O vírus x Os vírus 4) AL = AIS / EL= EIS / OL= OIS Canal x Canais Papel x Papéis Anzol x Anzóis Anzol x Anzóis Álcool x Alcoóis 8 5) IL = IS e EIS Barril x Barris / Projétil x Projéteis / Réptil x Répteis 6) Plural metafônico A passagem do singular para o plural é marcada não só pela adição de S final, mas também por uma mudança fonética: a vogal “o” fechada (representada ô) muda para vogal “o” aberta (representada ó) Caroço x Caroços Corno x Cornos Esforço x Esforços Fogo x Fogos Imposto x Impostos Jogo x Jogos Miolo x Miolos Poço x Poços Reforço x Reforços 8) Plural dos diminutivos Primeiro, coloca-se a palavra primitiva (ou seja, sem estar no diminutivo) no plural, retira-se o S e acrescenta-se o sufixo adequado: -zinhos ou –zinhas ou –zitos: qual é o plural de florzinha? Palavra primitiva no plural: flores. Retira-se o S e acrescenta-se o sufixo diminutivo: flore + zinhas + florezinhas. Papelzinho x papeizinhos Balãozito x balõezitos Animalzinho x animaizinhos Chapeuzinho x chapeuzinhos Mãozinha x mãozinhas Botãozinho x botõezinhos Farolzinho x faroizinhos Nuvenzinha x nuvenzinhas 9) Plural em ÃES, ÃOS e ÕES (sem sistematizações) Botão x botões Cordão x cordões Estação x estações Limão x limões Paixão x paixões Visão x visões Razão x razões Pão x pães Cidadão x cidadãos Bênção x bênçãos Órgão x órgãos Sótão x sótãos Possuem mais de uma forma plural: Aldeão x aldeãos, aldeões, aldeães Ancião x anciões, anciães, anciãos Vulcão x vulcãos, vulcões, vulcães Anão x anãos, anões Charlatão x charlatães, charlatões Guardião x guardiães, guardiões Vilão x vilãos, vilães, vilões Verão x verões, verãos PLURAL DOS COMPOSTOS Substantivos compostos grafados sem hífen: fazem o plural normalmente: Aguardente x Aguardentes / Girassol x Girassóis / Malmequer x Malmequeres / Pontapé x Pontapés / Lobisomem x Lobisomens / Varapau x Varapaus / Vaivém x Vaivéns. 9 Substantivos compostos grafados com hífen: a) Compostos em que o primeiro elemento é um verbo ou um elemento invariável - como os advérbios, as preposições e os prefixos - e o segundo elemento é um substantivo ou um adjetivo: apenas o segundo elemento vai para o plural. - beija-flor / beija-flores (verbo BEIJAR + substantivo FLOR) - sempre-viva / sempre-vivas (advérbio SEMPRE + adjetivo VIVA) - ex-namorado / ex-namorados (prefixo EX + substantivo NAMORADO) b) Compostos em que os dois elementos são variáveis (substantivos, adjetivos e numerais): os dois elementos variam. - bom-dia / bons-dias - sexta-feira / sextas-feiras OBS: Quando a palavra GUARDA vier acompanhada de elementos que se refiram a pessoas, o composto inteiro varia, pois a palavra GUARDA é um substantivo: - guarda-noturno / guardas-noturnos Quando a apalavra GUARDA vier acompanhada de elementos que se refiram a coisas, apenas o segundo elemento varia, pois a palavra GUARDA é verbo (vai obedecer, portanto, ao primeiro item da lista): - guarda-roupa / guarda-roupas c) Compostos formados por dois substantivos em que o segundo elemento dá a ideia de fim ao primeiro ou semelhança ou limita o primeiro: pluraliza-se apenas o primeiro elemento ou os dois. - pombo-correio / pombos-correio / pombos-correios (o elemento “correio” limita o primeiro: não é qualquer pombo, e sim o “correio”) - banana-maçã / bananas-maçã / bananas-maçãs (o elemento “maça” limita o primeiro: não é qualquer tipo de banana, e sim a “maçã”) d) Compostos ligados por preposição: somente o primeiro elemento vai para o plural. - água-de-colônia / águas-de-colônia - palma-de-santa-rita / palmas-de-santa-rita e) Compostos formados por palavras repetidas ou onomatopeicas: apenas o último elemento vai para o plural. - reco-reco / reco-recos - corre-corre / corre-corres OBS: Se o composto for formado por repetição de verbos, pode-se fazer a pluralização, de acordo com Evanildo Bechara, de duas formas: corre-corres ou corres-corres. f) Compostos em que o primeiro elemento é formado por GRÃ, GRÃO ou BEL: somente o último elemento é pluralizado. - grão-duque / grão-duques - bel-prazer / bel-prazeres IMPORTANTE: Há palavras que costumam ser usadas somente no plural Férias / Fezes / Parabéns / Núpcias / Óculos / Olheiras / Pêsames / Cócegas / Afazeres / Anais / Arredores / Belas-artes / Condolências / Costas 10 O GRAU DO SUBSTANTIVO Mecanismo de derivação sufixal. Os casos abaixo são do tipo sintético. Os do tipo analítico são feitos com os adjetivos grande e pequeno pospostos ao substantivo selecionado. AUMENTATIVO bala — balaço barca — barcaça beijo — beijoca boca — bocarra cabeça — cabeçorra cão — canzarrão copo — copázio corpo — corpanzil, corpaço cruz — cruzeiro faca — facalhão forno — fornalha forte — fortaleza gato — gatarrão homem — homenzarrão limão — limonaço mamão — mamonaço mão — manápula, manzorra, manopla monte — montanha mulher — mulheraça, mulherona nariz — narigão pedra — pedregulho rapaz — rapagão rato — ratazana rocha — rochedo voz — vozeirão DIMINUTIVO árvore — arvoreta, arbusto astro — asteróide barba — barbicha beijo — beijote caminhão — caminhonete casa — casebre corpo — corpete cruz — cruzeta espada — espadim estátua — estatueta farol — farolete galo — galispo guerra — guerrilha ilha — ilhota, ilhéu lugar — lugarejo palácio — palacete parte — parcela pedra — pedrisco perdiz — perdigoto ponte — pontilhão porta — portinhola rabo — rabicho rapaz — rapazola, rapazote rio — riacho, ribeiro rua — ruela vila— vilela, vileta, vilota IMPORTANTE: Há casos em que os sufixos acima já não mais significam aumento ou diminuição. cartão/ ferrão / portão / cartilha / cavalete / corpete / flautim / folhinha / lingüeta IMPORTANTE 2: Há casos em que os sufixos típicos de aumentativo ou diminutivo podem tomar sentido pejorativo ou afetivo (carinhoso) Narigão / beiçorra / porcalhão / atrevidaço / casebre / jornaleco / livreco / pracinha / casinha / galinho / menininho / amigão / sujeitinho / timeco / gentalha SUBSTANTIVOS COLETIVOS São palavras que indicam coletividade, mas são utilizadas no singular. Podem ser divididos em 3 grupos: QUE INDICAM GRUPO DE PESSOAS assembleia — pessoas reunidas banca — examinadores banda — músicos bando — desordeiros ou malfeitores batalhão — soldados camarilha — bajuladores cambada — desordeiros ou malfeitores caravana — viajantes ou peregrinos caterva — cambada (desordeiros ou malfeitores) chusma — pessoas em geral claque — pessoas pagas para aplaudir clero — religiosos colônia — imigrantes comitiva — acompanhantes corja — ladrões ou malfeitores coro — cantores corpo — eleitores, alunos, jurados elenco — atores falange — tropas, anjos, heróis horda — bandidos e invasores junta — médicos, examinadores, credores júri — jurados legião — soldados, anjos, demônios leva — presos, recrutas 11 multidão —pessoas em geral orquestra — músicos pelotão — soldados plateia —espectadores plêiade — poetas ou artistas prole — filhos quadrilha — ladrões ou malfeitores roda — pessoas em geral ronda — policiais em patrulha súcia — desordeiros ou malfeitores tertúlia — amigos, intelectuais tripulação — aeroviários ou marinheiros tropa — soldados, pessoas turma — estudantes, trabalhadores, pessoas em geral QUE INDICAM CONJUNTO DE ANIMAIS OU VEGETAIS alcatéia — lobos buquê — flores cacho — frutas cáfila — camelos cardume — peixes colmeia — abelhas colônia — bactérias, formigas, cupins enxame — abelhas, vespas, maribondos fato — cabras fauna — animais de uma região feixe — lenha, capim flora — vegetais de uma região junta — bois manada — animais de grande porte matilha — cães de raça molho — verduras ninhada — filhote de aves nuvem — insetos panapaná — borboletas plantel — animais de raça ramalhete — flores rebanho — gado em geral récua — animais de carga réstia — alho ou cebola revoada — pássaro tropa — animais de carga vara — porcos QUE INDICAM OUTROS TIPOS DE CONJUNTOS acervo — obras artísticas antologia — trechos literários selecionados armada — navios de guerra arquipélago — ilhas arsenal — armas e munições atlas — mapas baixela — objetos de mesa bateria — peças de guerra ou de cozinha, instrumentos de percussão biblioteca — livros catalogados cancioneiro — poemas, canções cinemateca — filmes constelação — estrelas enxoval — roupa esquadra — navios de guerra esquadrilha — aviões frota — navio, avião ou veículos em geral girândola — fogos de artifício hemeroteca — jornais e revistas arquivados molho — chaves pinacoteca — quadros trouxa — roupas vocabulário — palavras 4.OS ADJETIVOS: DEFINIÇÃO SEMANTICAMENTE: Palavra caracterizadora dos seres, objetos ou noções. Atribui qualidades, modo de ser, estado, aspecto ou aparência. MORFICAMENTE: Palavra flexionável em gênero e número FUNCIONALMENTE: Palavra relacionada a um substantivo. CLASSIFICAÇÃO SEMANTICAMENTE: Os Adjetivos Pátrios indicam geralmente proveniência. MORFICAMENTE: Primitivos X Derivados (com sufixos ACO, ADO, AL, ANO, ÃO, EIRO, ÊS, ENSE, ESTRE, IL, INO, ONHO, OSO, TICO, UDO) / Simples X Compostos (Cores, proveniência e características) FUNCIONALMENTE: Adjunto Adnominal e Predicativo 12 - FLEXÃO EM GÊNERO E NÚMERO: Assim como a flexão dos substantivos: Short amarelo / Saia amarela / Ternos amarelos / Roupas amarelas / Cinto azul / Cintos azuis / Caderno bonito / Saia bonita / Cadernos bonitos / Saias bonitas. - FLEXÃO DOS ADJETIVOS COMPOSTOS GRAFADOS COM HÍFEN: a) Compostos formados por dois adjetivos: apenas o segundo elemento varia. - olho verde-claro / olhos verde-claros - calça azul-escura / calças azul-escuras b) Compostos em que o segundo elemento é um substantivo: o composto fica invariável. - papel verde-mar / papéis verde-mar - gravata amarelo-ouro / gravatas amarelo-ouro OBS: Os compostos azul-marinho e azul-celeste são sempre invariáveis: - calças azul-marinho - blusas azul-celeste OBS: Algumas cores são invariáveis: Rosa / Laranja / Creme / Cinza / Abóbora / Violeta / Lilás / Gelo / Pérola Camisa pérola / Camisas pérola / Roupa rosa / Roupas rosa São invariáveis por originalmente serem substantivos: Rosa (nome de uma flor) / Gelo (nome da água no estado sólido) / Pérola (nome de uma pedra produzida por conchas de moluscos) / etc. LOCUÇÕES ADJETIVAS E ADJETIVOS CORRESPONDENTES de abdômen — abdominal de abelha — apícola de águia — aquilino de aluno — discente de ano — anual de asno — asinino de audição — ótico, auditivo de bispo — episcopal de boca — bucal ou oral do campo — rural, campesino, bucólico de cavalo — equino, equídeo de chumbo — plúmbeo de chuva — pluvial de cidade — citadino, urbano de cinza — cinéreo de coração — cardíaco de criança — pueril, infantil de estômago — estomacal, gástrico de estrela — estelar de face — facial de fera — ferino de fígado — figadal, hepático de filho — filial de fogo — ígneo de frente — frontal de garganta — gutural de gelo — glacial de guerra — bélico de homem — viril, humano de idade — etário de ilha — insular de intestino — celíaco, entérico, intestinal de inverno — hibernal de lado — lateral de lago — lacustre de lebre — leporino de leite — lácteo, láctico de lobo — lupino de lua — lunar, selênico de macaco — simiesco de mármore — marmóreo de mestre — magistral de monge — monacal de morte — mortal, letal de nádegas — glúteo de nuca — occipital de orelha — auricular de ouro — áureo de paixão — passional de pedra — pétreo de pele — epidérmico de pescoço — cervical de porco — suíno de prata — argênteo 13 de proteína — proteico de quadris — ciático de rio — fluvial de rocha — rupestre de selva — silvestre de sonho — onírico da tarde — vesperal, vespertino da terra — terrestre, terreno, telúrico de tórax — torácico de touro — taurino de umbigo — umbilical de veias — venoso de velho — senil de vento — eólico de verão — estival de víbora — viperino de vidro — vítreo de virgem — virginal de visão — óptico ou ótico da voz — vocal GRAU DO ADJETIVO a) COMPARATIVO: Estabelece comparação entre dois seres: De Igualdade: Aquela menina é tão estudiosa quanto essa. De Superioridade: Aquela menina é mais estudiosa que essa. De Inferioridade: Aquela menina é menos estudiosa que essa. b) SUPERLATIVO RELATIVO: Estabelece comparação entre um ser e outros seres (um grupo): De Inferioridade: Aquela menina é a menos estudiosa da turma De superioridade: Aquela menina é a mais estudiosa da turma c) SUPERLATIVO ABSOLUTO: Intensifica-se a característica do ser, sem fazer comparaçãocom outro ser ou outros seres: Analítico: com o auxílio de um advérbio de intensidade: Aquela menina é muito fraca Sintético: com o auxílio de um sufixo: Aquela menina é fraquíssima Lista com alguns importantes adjetivos no grau sintético acre — acérrimo ágil — agílimo agradável — agradabilíssimo agudo — acutíssimo alto — altíssimo, supremo amargo — amaríssimo amável — amabilíssimo amigo — amicíssimo antigo — antiquíssimo áspero — aspérrimo atroz — atrocíssimo audaz — audacíssimo benéfico — beneficentíssimo benévolo — benevolentíssimo bom — ótimo, boníssimo capaz — capacíssimo célebre — celebérrimo cruel — crudelíssimo difícil — dificílimo doce — dulcíssimo eficaz — eficacíssimo fácil — facílimo feliz — felicíssimo feroz — ferocíssimo fiel — fidelíssimo frágil — fragílimo frio — frigidíssimo, friíssimo geral — generalíssimo grande — máximo humilde — humílimo incrível — incredibilíssimo infame — infamérrimo inimigo — inimicíssimo livre — libérrimo magnífico — magnificentíssimo magro — macérrimo, magríssimo manso — mansuetíssimo mau — péssimo miserável — miserabilíssimo miúdo — minutíssimo negro — nigérrimo, negríssimo nobre — nobilíssimo notável — notabilíssimo pequeno — mínimo perspicaz — perspicacíssimo pessoal — personalíssimo pobre — paupérrimo, pobríssimo possível — possibilíssimo pródigo — prodigalíssimo próspero — prospérrimo 14 provável — probabilíssimo público — publicíssimo pudico — pudicíssimo pulcro — pulquérrimo rústico — rusticíssimo sábio — sapientíssimo sagrado — sacratíssimo salubre — salubérrimo sensível — sensibilíssimo simpático — simpaticíssimo simples — simplicíssimo soberbo — superbíssimo terrível — terribilíssimo veloz — velocíssimo visível — visibilíssimo volúvel — volubilíssimo voraz — voracíssimo vulnerável — vulnerabilíssimo OBS: As formas analíticas “mais bom”, “mais mau”, “mais grande” e “mais pequeno” devem ser utilizadas somente quando se comparam duas características de um mesmo ser. João é mais bom (do) que esforçado. O menino é mais maluco (do) que esperto. Aquele cão é mais pequeno (do) que bravo. OBS: Os numerais e os pronomes (quando acompanham substantivos) passam a ter, na frase, função adjetiva. Nas frases “Minha avó fez sobremesa”, “Outro ovo quebrou”, “Dois meninos desapareceram”, os elementos grifados são, respectivamente, pronome possessivo adjetivo, pronome indefinido adjetivo e numeral adjetivo, pois acompanham os substantivos “avó”, “ovo” e “meninos”. Quando substituírem os nomes substantivos, passam a ter função substantiva, como na frase “Alguém telefonou às 2h da manhã”, em que o elemento grifado é um pronome indefinido substantivo. 5. OS ADVÉRBIOS DEFINIÇÃO SEMANTICAMENTE: Palavra que caracteriza as ações, os estados e as próprias qualidades. MORFICAMENTE: Palavra inflexionável em todo e qualquer contexto. FUNCIONALMENTE: Palavra que necessariamente está relacionada a um verbo, a uma palavra de valor adjetivo ou mesmo a outro advérbio. CLASSIFICAÇÃO SEMANTICAMENTE: CIRCUNSTÂNCIAS DETALHES EXEMPLOS afirmação sim, decerto, certamente, efetivamente, de fato, com certeza, seguramente, realmente assunto sobre, de, a respeito de Falavam sobre futebol 15 causa de, por, devido a. Trabalhava por amor / Tremia de medo Companhia com, na companhia de, junto com Minha mulher fugiu com o dono da venda / Comigo, contigo etc. Concessão apesar de Apesar de você, amanhã há de ser outro dia. (CB) / Apesar dos problemas, sou feliz Condição sem, Só... com /sem Sem erros, não há certos / Só sairão com o meu consentimento Conformidade conforme, segundo, consoante Fez tudo conforme o combinado Dúvida talvez, quiçá, acaso, porventura, possivelmente, provavelmente, eventualmente Finalidade para, a fim de, com o intuito de, com a finalidade de Vive para o amor / Estudou para o exame Instrumento com, a Fez o corte com a faca / Criava seus desenhos a lápis Intensidade muito, pouco, mais ou menos, bastante, assaz, demais, bem, tanto, tão, deveras, quão Lugar Perguntas: ONDE, AONDE ou DONDE. Vou à cidade / Estou em casa / Sentou-se à mesa / Moravam lá / aqui / aí / acolá / alhures / algures / nenhures / Fiquem por perto Meio De, por meio de, com Viajarei de trem / Enriqueceram mediante fraudes Modo Pergunta: COMO. Foram recrutados a dedo / Fiquem à vontade / Vou pegar vocês um a um / Ele procedeu mal (bem) / Corremos depressa (devagar) / Sabemos isso de cor / Fale mansinho comigo 16 Negação não, absolutamente, de modo algum, de jeito nenhum Preço A camisa custou dez reais / O tênis custou barato Tempo Perguntas: QUANDO, EM QUANTO TEMPO. O escritório funcionará das 8h às 18h / Acordei cedo, tarde / Não faremos isso nunca / por ora / jamais / Sempre estamos aí 6. OS VERBOS DEFINIÇÃO SEMANTICAMENTE: Palavra caracterizadora de ações, estados e fenômenos naturais. MORFICAMENTE: Palavra flexionável em modo, tempo, número e pessoa. FUNCIONALMENTE: Palavra que, sendo núcleo ou não, marca o contorno do predicado de uma oração ou, inclusive, a própria oração. É importante lembrar as conjugações verbais, atendo-se às terminações de cada tempo e pessoa. Abaixo, um exemplo de verbo regular conjugado. INDICATIVO PRESENTE PRETÉRITO PERFEITO PRETÉRITO IMPERFEITO PRETÉRITO MAIS-QUE- PERFEITO FUTURO DO PRESENTE FUTURO DO PRETÉRITO Eu estudo Estudei Estudava Estudara Estudarei Estudaria Tu estudas Estudaste Estudavas Estudaras Estudarás Estudarias Ele estuda Estudou Estudava Estudara Estudará Estudaria Nós estudamos Estudamos Estudávamos Estudáramos Estudaremos Estudaríamos Vós estudais Estudastes Estudáveis Estudáreis Estudareis Estudaríeis Eles estudam Estudaram Estudavam Estudaram Estudarão Estudariam SUBJUNTIVO PRESENTE PRETÉRITO IMPERFEITO FUTURO Que eu estude Se eu estudasse Quando eu estudar Que tu estudes Se tu estudasses Quando tu estudares Que ele estude Se ele estudasse Quando ele estudar Que nós estudemos Se nós estudássemos Quando nós estudarmos Que vós estudeis Se vós estudásseis Quando vós estudardes Que eles estudem Se eles estudassem Quando eles estudarem 17 MODO VERBAL: Expressão da atitude de quem fala ou escreve em relação ao conteúdo do que fala ou escreve. MODO VERBAL SENTIDO INDICATIVO Quando se considera o que é falado ou escrito uma certeza. Com exceção do FUTURO DO PRETÉRITO, que pode indicar hipótese, dúvida. SUBJUNTIVO O conteúdo do que se fala ou escreve é tomado comoincerto, duvidoso, hipotético. IMPERATIVO Expressão de desejo, ordem, apelo e coisas afins. TEMPOS VERBAIS TEMPO VERBAL SENTIDO PRESENTE (INDICATIVO) Processo simultâneo à emissão Processo habitual Processo passado, conferindo-lhes atualidade (presente histórico) Processos futuros Escrevo de Paris. Tomo banho diariamente. Durmo pouco. A Terra gira em torno do Sol. Morre aos 70 anos cantor dos anos dourados. Daqui a pouco, a gente volta. Embarco no próximo Sábado. PRETÉRITO PERFEITO (INDICATIVO) Processo já concluído Processo que se prolonga até o presente O Flamengo já ganhou o título de tricampeão carioca. Tenho visto coisas em que ninguém acredita; (em forma de tempo composto: locução verbal). PRETÉRITO IMPERFEITO (INDICATIVO) Processo até o momento da emissão ou do início de outro processo / Ações simultâneas no passado Processo habitual no passado Eu tocava piano quando minha mãe chegou. O sol despontava quando a escola entrou na passarela. Naquela época, eu almoçava lá todos os dias. Na infância, eu andava de bicicleta. PRETÉRITO MAIS-QUE- PERFEITO (INDICATIVO) Processo anterior a outro processo, também pretérito ao momento da enunciação: Quando minha mãe chegou ao shopping, eu já comprara os ingressos (as duas ações aconteceram no passado, mas não ao mesmo tempo: a ação de COMPRAR – pretérito 18 mais-que-perfeito – aconteceu antes da ação de CHEGAR). Também pode ser representado no tempo composto, através de uma locução verbal: Quando minha mãe chegou ao shopping, eu já tinha comprado / havia comprado os ingressos. FUTURO DO PRESENTE Processo verbal futuro à emissão: Processo dependente das circunstâncias de condição e tempo futuras: (nesse caso, o futuro do presente do indicativo “casará” com o futuro do subjuntivo) Estarei lá no próximo ano. Se tiver dinheiro, pagarei à vista. Quando tiver dinheiro, pagarei à vista. FUTURO DO PRETÉRITO Processo futuro a um momento passado: Dúvida ou incerteza em relação a um fato passado: Processo dependente das circunstâncias de condição passadas, também indicando hipótese, incerteza: (nesse caso, o futuro do pretérito do indicativo “casará” com o pretérito imperfeito do subjuntivo). Concluí que não seria feliz ao lado dela. Ela teria vinte e cinco anos quando morreu. Se ele quisesse, tudo seria diferente. PRESENTE (SUBJUNTIVO) Processo hipotético, ligado ao desejo, à suposição: Quero que vá tudo para o inferno. Caso você vá lá, não deixe que o explorem. PRETÉRITO PERFEITO (SUBJUNTIVO) Expressa momentos anteriores ao momento da enunciação, tido como concluídos: Imagino que ela já tenha procurado uma solução. (através do tempo composto: locução verbal. Verbo auxiliar no presente do subjuntivo e o principal no particípio). PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO Processo de limites imprecisos, anteriores ao momento da enunciação: Indicativo de circunstâncias condicionais e concessivas: nesse caso, o pretérito imperfeito do subjuntivo “casará” com o futuro do pretérito do indicativo. Os baixos salários de seus pais não permitiam que estudasse. Se ele fosse politizado, não votaria naquele farsante. Embora se esforçasse, não conseguiria a simpatia dos colegas. 19 PRETÉRITO MAIS-QUE- PERFEITO DO SUBJUNTIVO: Expressa momento anterior a outro momento passado: Pode se associar ao futuro do pretérito para indicação de fatos irreais e hipotéticos do passado: Esperei que tivesse exposto completamente sua tese para contrapor meus argumentos. (através do tempo composto: locução verbal. Verbo principal no pretérito imperfeito do subjuntivo e principal no particípio). Se me tivesse apresentado na data combinada, já seria funcionário da empresa. Mesmo que ela o tivesse procurado, ele não a teria recebido. FUTURO DO SUBJUNTIVO Indicativo de fatos possíveis, mas ainda não concretizados no momento da enunciação: Ao expressar condição, se associa ao futuro do presente: Quando comprovar sua situação, será inscrito. Aquele que obtiver o primeiro prêmio receberá bolsa integral. Se ela for ao Rio de Janeiro, não quererá mais sair de lá. Se fizer o regime, emagrecerá rapidamente. OS TEMPOS COMPOSTOS Os tempos verbais podem apresentar-se de forma composta, ou seja, em forma de locução verbal, equivalendo à forma simples. O tempo pretérito mais-que-perfeito, por exemplo, pode ser conjugado no tempo simples ou no tempo composto: Antes de sair de casa, ele telefonara para a mãe. Antes de sair de casa, ele havia telefonado para a mãe. / Antes de sair de casa, ele tinha telefonado para a mãe. A formação do tempo composto do pretérito mais-que-perfeito é feita através do verbo principal no particípio e do auxiliar – ter ou haver – no pretérito imperfeito. Outras formações: Pretérito Perfeito do Indicativo: Tempo simples – Eu estudei muito. Tempo composto – Eu tenho estudado muito. (verbo principal no particípio + verbo auxiliar no presente do indicativo) Futuro do Presente do Indicativo: Tempo simples – Eu estudarei amanhã. Tempo composto – Amanhã eu já terei estudado. (verbo no particípio + auxiliar no futuro do presente do indicativo) Futuro do Pretérito do Indicativo: Tempo simples – Eu estudaria naquele curso. Tempo composto – Eu teria estudado naquele curso. (verbo principal no particípio + auxiliar no futuro do pretérito do indicativo) 20 Futuro do Subjuntivo: Tempo simples – Quando eu terminar a tarefa, descansarei. Tempos composto – Quando eu tiver terminado a tarefa, descansarei. (verbo principal no particípio + auxiliar no futuro do subjuntivo) OBS: O pretérito perfeito e o pretérito mais-que-perfeito também existem no subjuntivo, mas apenas na forma composta: Espero que você tenha estudado muito. (Pretérito perfeito subjuntivo no tempo composto: verbo principal no particípio e auxiliar no presente do subjuntivo). Indica o desejo de que algo já tenha acontecido. Aguardei até que tivesse completado sua fala para eu expor minha opinião. (pretérito mais-que-perfeito subjuntivo no tempo composto: verbo principal no particípio + auxiliar no pretérito imperfeito do subjuntivo). Indica uma ação anterior a outra no passado. A FORMAÇÃO DO IMPERATIVO Observe abaixo uma questão da PUC São Paulo sobre o Imperativo. Questão: Nos trechos “Vejam, continuou ele, como não dá” e “Cante esta, convidou o major”, alterando-se o sujeito dos verbos destacados para tu e depois para vós, teremos, respectivamente: a) vê – canta / vede – cantai b) vejas – cantes / vejais – cantais c) vês – cantas / vedes – cantais d) veja – cante / vejai – cantei e) vês – cantas / vede – cantai Primeiramente, o modo imperativo serve para quê? Em qualquer Gramática, encontramos simples e objetivas explicações: “o modo imperativo é usadopara exprimir ordem, pedido, súplica, conselho” (36 Lições Práticas de Gramática – Ulisses Infante). Nas formas negativas, a conjugação se faz pelo presente do subjuntivo. Exemplo: Como se conjuga o verbo estudar no presente do subjuntivo? Que eu estude Que tu estudes Que ele estude Que nós estudemos Que vós estudeis Que eles estudem Lembrando que o imperativo não possui a primeira pessoa do singular e que o pronome de tratamento “você” concorda com a terceira pessoa, assim fica: Não estudes tu Não estude ele (você) Não estudemos nós Não estudeis vós Não estudem eles (vocês) Nas formas afirmativas, a base também é o presente do subjuntivo, porém as segundas pessoas (tu e vós) são exceções, conjugando-se através do presente do indicativo, retirando-se a letra S final: Estuda tu 21 Estude ele (você) Estudemos nós Estudai vós Estudem eles (vocês) Voltemos à questão: As frases apresentadas estão nas formas afirmativas e a questão quer justamente as exceções (tu e vós). Conjugaremos os verbos VER e CANTAR pelo presente do indicativo e a letra S final “cairá”: PRESENTE DO INDICATIVO IMPERATIVO AFIRMATIVO Tu vês Vê tu Vós vedes Vede vós Tu cantas Canta tu Vós cantais Cantai vós Logo, o gabarito da questão é a letra A. AS FORMAS NOMINAIS DOS VERBOS FORMAS CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS INFINITIVO Função substantiva Tem valor de passado concluído no momento da enunciação Pode vir sozinho ou acompanhado de preposições, não de conjunções Quando você foi embora, fez-se noite em meu viver. São muitos os falares brasileiros. Ter trabalhado duro permitiu-nos viajar. Era raro falarem um com o outro. Para perdoar, procure esquecer o passado. PARTICÍPIO Função simultânea verbal e adjetiva Cavalo dado não se olham os dentes GERÚNDIO Função adverbial (modo) e adjetiva. Indica normalmente um processo em curso ou prolongado Processo concluído no momento da enunciação Gritando muito, ele chamava o pai. Estou ouvindo o disco que você me deu. Tendo feito, por telefone, várias reclamações que não foram atendidas, resolvi ir pessoalmente à Administração Regional. 22 VERBOS ABUNDANTES – AUXILIAR + PARTICÍPIO TER / HAVER SER / ESTAR REGULARES IRREGULARES Aceitado Aceito Acendido Aceso Elegido Eleito Benzido Bento Expulsado Expulso Entregado Entregue Imprimido Impresso Suspendido Suspenso Salvado Salvo Chegado – chego Abrido – cobrido – escrevido – aberto – coberto – escrito Ganhado – pagado – gastado – ganho – pago - gasto Exemplos de uso: Eu havia acendido a luz / A luz estava acesa A diretora tinha expulsado o aluno / O aluno foi expulso pela diretora Observe que as frases com o particípio regular estão na voz ativa. Já as frases com o particípio irregular estão na voz passiva. Outras observações: - Trago é o particípio do verbo TRAGAR - Trazido é o particípio do verbo TRAZER - As formas que estão riscadas não existem. É importante lembrar que a maioria dos verbos possui apenas uma forma de particípio: regular ou irregular. Os verbos que possuem as duas formas é que são conhecidos como verbos abundantes. CLASSIFICAÇÃO: 1ª conjugação: verbos terminados em AR: dar, estar, verbos em EAR, verbos em IAR. 2ª conjugação: Verbos terminados em ER: caber, crer, dizer, fazer, perder, prover etc. O verbo pôr entra na 2ª conjugação. 3ª conjugação: Verbos terminados em IR: acudir, agredir, dormir, polir, ouvir, cobrir, aderir, ir, vir etc. a) VERBOS REGULARES: Seguem um padrão pré-estabelecido, mantêm a estrutura do radical. Exemplo: BEBER: Eu bebo / Ela bebeu / Eu beberei / Se tu bebesses etc. b) VERBOS IRREGULARES: Não seguem o padrão estabelecido, não mantêm a estrutura do radical. Exemplo: DIZER: Eu digo / Ela dirá / Eu disse / Tu disseste etc. 23 c) VERBOS ANÔMALOS: São tão irregulares que apresentam mais de um radical. Os representantes são IR, SER, TER. Exemplo: SER: Eu sou / Eu era / Eu fui / Ela será / Nós fomos etc. d) VERBOS DEFECTIVOS: faltam-lhes algumas pessoas, ou seja, a conjugação verbal fica incompleta, defeituosa. 1o grupo: Abolir, aturdir, banir, carpir, colorir, delinquir, demolir, exaurir, explodir, extorquir, retorquir etc. — não são conjugados na primeira pessoa do singular do presente do indicativo; Se tentarmos conjugar, por exemplo, o verbo FALIR na primeira pessoa do singular do presente do indicativo, não conseguiremos: “Eu falo”? (só pode ser a conjugação do verbo FALAR). “Eu falho”? (só pode ser a conjugação do verbo FALHAR). 2o grupo: Adequar, aguerrir, combalir, comedir-se, falir, fornir, foragir-se, precaver, reaver, remir etc. — no presente do indicativo, só são conjugados na primeira e na segunda pessoa do plural; OBS: a) Alguns autores admitem a conjugação do verbo ADEQUAR; b) PRECAVER não deriva de VER. Comporta-se como verbo regular no pretérito perfeito do indicativo e tempos derivados; c) REAVER só existe nas formas em que o verbo “haver” apresenta a letra “v”; d) os verbos defectivos são conjugados normalmente nos pretéritos e futuros; VERBOS IMPESSOAIS Alguns verbos não têm sujeito. Por isso, ficam na terceira pessoa do singular. Quando esses verbos fazem parte de uma locução verbal, sendo verbo principal, a impessoalidade passa para o verbo auxiliar, ou seja, o auxiliar fica na terceira pessoa do singular e o principal, numa forma nominal (infinitivo, gerúndio ou particípio). a) SER, ESTAR, FAZER, HAVER, IR, indicando tempo decorrido: Faz dez anos que ela casou. / Vai fazer dez meses que ele foi embora. / Vai para dez dias que ele me deixou. b) SER, ESTAR, FAZER, indicando fenômeno meteorológico: É quente aqui. / Faz frio na Holanda. / Está muito gelado em Nova Iorque. c) Verbos que indicam fenômeno da natureza: Chove na cidade grande. / Trovejou na serra. / Nevou na Dinamarca. OBS: Caso o verbo esteja em sentido figurado, pode haver sujeito. Neste caso, o verbo concordará com o sujeito: Choveram livros na sala de aula. d) Verbo HAVER no sentido de existir: Houve confusões naquela manhã. / Havia funcionários capacitados naquela empresa. / Vai haver vagas de emprego naquela padaria. e) As expressões CHEGA DE, BASTA DE: Chega de provas. / Basta de tumultos. AS FAMÍLIAS DOS VERBOS Uma grande parte dos verbos cobrados em provas de concursos públicos são verbos derivados de outros, que aqui chamaremos de líderes e suas famílias. A dificuldade do aluno é justamente na família, mas, quando o candidato tem noção da conjugação dos tempos e modos dos líderes, fica mais fácil conjugar a família. 24 Os principais líderes cobrados em provas são: VER, VIR, TER, PÔR e HAVER. É de suma importância saber a conjugação destes verbos, pois os derivados seguem o mesmo padrão do verbo líder. O verbo TER, por exemplo, origina os verbos DETER, CONTER, RETER, MANTER etc., o verbo PÔR origina REPOR, COMPOR DEPOR, CONTRAPOR, DISPOR etc., o verbo VER origina REVER, PREVER, ANTEVER etc., o verbo VIR origina CONVIR, INTERVIR, ADVIR etc., o verbo HAVER origina REAVER. Vejamos a questão abaixo: (VUNESP-2014-PRODEST-ES-ANALISTA)Assinale a alternativa em que os verbos derivados de pôr, empregado na frase – Eis uma partida que pôs em cada coração uma fluorescente coroa de espinhos. –, estão conjugados de acordo com a norma-padrão. a) Se o time se predispor a treinar com afinco, teremos condições de esperar melhores resultados. b) Caso dispossem de jogadores melhores, os times poderiam vencer todas as competições. c) O Brasil jogará melhor quando o treinador recompuser o time, depois da contusão de seus melhores atletas. d) Eis a pergunta que não quer calar: “E se os craques não se disporem a jogar bem, para facilitar a vitória do adversário?” e) Houve problema naquela ocasião, porque os treinadores se indisporam com os atletas. A questão mostrou, no enunciado, que todos os verbos das alternativas são derivados de PÔR. Isso não é comum de acontecer em provas, pois, normalmente, a banca apenas pede para marcar a certa ou a errada. Os verbos usados foram PREDISPOR, DISPOR, RECOMPOR e INDISPOR. Para saber como são conjugados, devemos conhecer a conjugação do líder: na letra A, não seria “Se o time se por”, e sim “Se o timer se puser” (futuro do subjuntivo), portanto a correção é “Se o time se predispuser”. Na letra B, não seria “Caso possem”, e sim “Caso pusessem” (pretérito do subjuntivo), portanto a correção é “Caso dispusessem”. Na letra C, que é o gabarito, o verbo está conjugado de acordo com o líder: “Quando... puser” (futuro do subjuntivo) / “Quando... recompuser”. Na letra D, não seria “E se os craques não se porem”, e sim “E se os craques puserem” (futuro do subjuntivo), portanto a correção é “E se os craques se dispuserem”. Na letra E, não seria “os treinadores se poram”, e sim “os treinadores se puseram” (pretérito perfeito do indicativo), portanto a correção é “os treinadores se indispuseram”. OBS: Cuidado com o verbo REQUERER, pois NÃO é da família do QUERER. As bancas tentam induzir o candidato a conjugar o primeiro da mesma maneira que o segundo. A primeira pessoa do singular do presente do indicativo é a mais cobrada em prova, pois o verbo QUERER é conjugado como EU QUERO, mas o REQUERER não é conjugado como EU REQUERO, e sim como EU REQUEIRO. Vejamos mais uma questão: (FGV-2014-FUNARTE-ASSISTENTE ADMINISTRATIVO) “Talvez a gratidão devesse ser uma rotina em nossas vidas...”; a forma verbal que está corretamente conjugada no mesmo tempo e modo da forma sublinhada é: a) requisesse (requerer); b) entretesse (entreter); c) passeiasse (passear); d) convisse (convir); e) desdissesse (desdizer). O verbo grifado no enunciado da questão está no pretérito do subjuntivo. Na letra A, a banca induz o candidato a conjugar o REQUERER da mesma forma que o QUERER, mas não são da mesma família, portanto o correto seria “requeresse”. Na letra B, o verbo usado é o ENTRETER, da família do TER. O TER no pretérito do subjuntivo se conjuga da seguinte forma: se eu tivesse, se tu tivesses, se ele tivesse... Portanto, o certo é ENTRETIVESSE. Na letra C, o correto é PASSEASSE. Na letra D, o verbo usado é o CONVIR, da família do VIR, que se conjuga assim: Se eu viesse, se tu viesses, se ele viesse... Portanto, o correto é CONVIESSE. Na letra E, o verbo usado é o DESDIZER, da família do DIZER, que se conjuga dessa forma: se eu dissesse, se tu dissesses, se ele dissesse... Portanto, a esta é a alternativa correta. 25 OBS: O verbo REAVER é um defectivo, ele não se conjuga em todas as pessoas. Mas é fácil fixar quais são as pessoas: o verbo é conjugado em todas as pessoas em que o verbo HAVER aparece conjugado com a letra V: Presente do Indicativo HAVER REAVER Eu hei Eu ----- Tu hás Tu ----- Ele há Ele ----- Nós havemos Nós reavemos Vós haveis Vós reaveis Eles hão Eles ----- Outra questão: (COVEST-COPSET-2013-UFPEANALISTA) Analise os enunciados abaixo, no que respeita à conjugação dos verbos. 1) A falta de ética ocasionou séria briga entre os magistrados, na qual ninguém interviu. 2) Denuncie, sempre que você vir atitudes antiéticas dos políticos. 3) Os eleitores requereram dos candidatos, antes de tudo, um comportamento ético e comprometido. 4) Nas últimas eleições, alguns candidatos proporam coisas absurdas aos possíveis eleitores. Estão de acordo com as regras da norma culta: a) 1, 2, 3 e 4. b) 2 e 3, apenas. c) 1 e 3, apenas. d) 1, 2 e 3, apenas. e) 1 e 4, apenas. O item 1 apresenta o verbo INTERVIR conjugado no pretérito perfeito. INTERVIR é da família do VIR, que se conjuga da seguinte maneira na terceira pessoa do singular do pretérito perfeito: ele veio. Portanto, o correto é “ninguém interveio”. O item 2 apresenta o verbo VER conjugado corretamente no futuro do subjuntivo. Cuidado com esse verbo, pois ele é irregular! Não o confundir com o VIR. Subjuntivo do verbo VER: Presente Pretérito Imperfeito Futuro Que eu veja Se eu visse Quando eu vir Que tu vejas Se tu visses Quando tu vires Que ele veja Se ele visse Quando ele vir Que nós vejamos Se nós víssemos Quando nós virmos Que vós vejais Se vós vísseis Quando vós virdes Que eles vejam Se eles vissem Quando eles virem Subjuntivo do verbo VIR: Presente Pretérito Imperfeito Futuro Que eu venha Se eu viesse Quando eu vier Que tu venhas Se tu viesses Quando tu vieres Que ele venha Se ele viesse Quando ele vier Que nós venhamos Se nós viéssemos Quando nós viermos Que vós venhais Se vós viésseis Quando vós vierdes Que eles venham Se eles viessem Quando eles vierem 26 O item 3 apresenta o verbo REQUERER conjugado corretamente. O item 4 apresente o verbo PROPOR, da família do PÔR, conjugado incorretamente no pretérito perfeito do indicativo, pois o líder é conjugado da seguinte forma: PUSERAM. Portanto, o correto é PROPUSERAM. Apenas os itens 2 e 3 estão corretos. Gabarito letra B. OS VERBOS TERMINADOS EM –EAR E –IAR Os verbos terminados em –EAR apresentam a ditongação EI nas três primeiras pessoas do singular e na terceira do plural do presente do indicativo. Exemplos: PRESENTE DO INDICATIVO PASSEAR NOMEAR Eu passeio Eu nomeio Tu passeias Tu nomeias Ele passeia Ele nomeia Nós passeamos Nós nomeamos Vós passeais Vós nomeais Eles passeiam Eles nomeiam OBS: Como o presente do indicativo forma o presente do subjuntivo, essa ditongação EI também vai aparecer no presente do subjuntivo, nas mesmas pessoas. Os verbos terminados em –IAR NÃO possuem essa ditongação. Exemplos: PRESENTE DO INDICATIVO CRIAR MAQUIAR Eu crio Eu maquio Tu crias Tu maquias Ele cria Ele maquia Nós criamos Nós maquiamos Vós criais Vós maquiais Eles criam Eles maquiam Porém, há um grupo de verbos terminados em –IAR que são exceção, ou seja, esses verbos apresentam a ditongação EI, conjugando-se como se fossem verbos terminados em –EAR. Quem são esses verbos? O “MARIO”: Mediar, Ansiar, Remediar, Incendiar e Odiar: PRESENTE DO INDICATIVO: MEDIAR ANSIAR REMEDIAR INCENDIAR ODIAR Eu medeio Eu anseio Eu remedeio Eu incendeio Eu odeio Tu medeias Tu anseias Tu remedeias Tu incendeias Tu odeias Ele medeia Ele anseia Ele remedeia Ele incendeia Ele odeia Nós mediamos Nós ansiamos Nós remediamos Nós incendiamos Nós odiamos Vós mediais Vós ansiais Vós remediais Vós incendiais Vós odiais Eles medeiam Eles anseiam Eles remedeiam Eles incendeiam Elesodeiam 27 7. OS PRONOMES DEFINIÇÃO SEMANTICAMENTE: Palavras denunciadoras das pessoas do discurso: o emissor (1ª pessoa); o receptor (2ª pessoa); e o referente (3ª pessoa). MORFICAMENTE: Palavras flexionáveis em gênero, número. FUNCIONALMENTE: Palavras que servem de núcleo ou de adjunto. Diferem-se das outras classes por indicarem as três pessoas do discurso. CLASSIFICAÇÃO 1. Pronomes Pessoais: RETOS OBLÍQUOS ÁTONOS OBLÍQUOS TÔNICOS Eu ( emissor) Me Mim, comigo Tu (receptor)) Te Ti, contigo Ele (referente) Se, o, a, lhe Si, consigo, a ele/a ela Nós (emissor + outros) Nos Conosco, nós Vós (receptores) Vos Convosco, vós Eles (referentes) Se, os, as, lhes Si, consigo, a eles/a elas DE TRATAMENTO Você, Senhora, Senhor, Senhorita, Vossa Excelência, Vossa Majestade, Vossa Santidade etc. OBSERVAÇÃO 1: Não se pode misturar o pronomes quando se tratar do mesmo referente, senão haverá erro gramatical: “Eu se arrumo todos os dias”, o correto é “Eu me arrumo todo os dias”, pois o pronome oblíquo SE é um pronome de terceira pessoa e o sujeito da frase é o pronome EU, de primeira pessoa. OBSERVAÇÃO 2: O pronome CONSIGO tem ideia reflexiva: “Maria fala consigo”, quer dizer que Maria fala com ela mesma. OBSERVAÇÃO 3: A concordância com os pronomes de tratamento se faz através da terceira pessoa (ele/ela / eles/elas): Você fez os deveres de casa? / Vossa Excelência quer o seu café na cama? OBSERVAÇÃO 4: A diferença entre VOSSA (2ª pessoa) e SUA (3ª pessoa): Vossa Majestade irá jantar cedo? (Aqui, o emissor está se dirigindo a “majestade”, falando COM ELA). Sua Majestade virá à festa? (Aqui, o emissor não está se dirigindo a “Majestade”, portanto, está falando DELA com outra pessoa). OBSERVAÇÃO 5: Os pronomes oblíquos átonos “o”, “a”, “os”, “as”, “lhe” e “lhes”, quando ligados a verbos, possuem função sintática definida. Os pronomes “o”, “a”, “os”, “as” substituem objetos diretos, assumindo esta função sintática e os pronomes “lhe” e “lhes” substituem objetos indiretos, assumindo esta função sintática. Exemplos: O policial deu voz de prisão ao bandido. / O policial deu-lhe voz de prisão. / Comprei aquela bolsa cara no shopping. / Comprei-a no shopping. / Ofertei flores aos meus avôs. / Ofertei-lhes flores. / Mandei presentes ao meu avô. / Mandei- os ao meu avô. PREPOSIÇÃO + EU OU PREPOSIÇÃO + MIM? Usa-se eu quando este pronome for sujeito de algum verbo da frase. Usa-se mim quando o pronome não for sujeito (na maioria das vezes, será objeto indireto). a) Talvez haja algum erro para eu corrigir. – sujeito do verbo “corrigir”. 28 b) Este texto é para eu ler na formatura. – sujeito do verbo “ler”. c) Você comprou este livro para mim? – objeto indireto do verbo “comprar”, que tem como sujeito “você”. d) Entre mim e você tudo acabará. – o pronome não é sujeito do único verbo da frase: “acabar”. O sujeito do verbo é “tudo”. e) Para eu vencer, o mundo deve melhorar. – sujeito do verbo “vencer”. 2. Pronomes Possessivos Equivalência: RETOS POSSESSIVOS Eu Meu e minha (s) Tu Teu e tua (s) Ele Seu e sua Nós Nosso e nossa (s) Vós Vosso e vossa (s) Eles Seus e suas 3. Pronomes Demonstrativos PESSOAS DO DISCURSO DEMONSTRATIVOS 1a pessoa este e esta (s), isto 2a pessoa esse e essa (s), isso 3a pessoa aquele e aquela (s), aquilo OBS: Nas frases ”Quero o que me faz feliz”, “Não quero qualquer vaga de concurso, quero a que me pague muito bem” e “Não quero o prato do dia, quero o de sempre”, os elementos grifados, que acompanham pronome relativo ou preposição, não são artigos, e sim pronomes demonstrativos, pois equivalem a “aquilo”, “aquela” e “aquele”, respectivamente. 4. Pronomes Indefinidos VARIÁVEIS INVARIÁVEIS LOCUÇÕES algum, alguma (s) alguém / algo cada qual nenhum, nenhuma (s) ninguém / nada qualquer um todo, toda (s) tudo quem quer que outro, outra (s) outrem um quer que muito, muita (s) pouco, pouca (s) certo, certa (s) vário, vária (s) quanto, quanta (s) tanto, tanta (s) qualquer, quaisquer qual, quais um, uma (s) 29 5. Pronomes Relativos: Que, quem (o qual, a qual, os quais, as quais) Substituem palavras ou expressões que atuam com a função morfológica de substantivo: Aquela é a menina a qual fez as provas. A QUAL refere-se ao substantivo MENINA. O pronome “quem” só pode ser usado para referir-se a uma pessoa. Cujo, cuja, cujos, cujas Geralmente, substituem palavras / expressões preposicionadas relacionadas a um substantivo, com a ideia de posse: Aquela é a menina cuja mãe é empresária. CUJA refere-se ao núcleo substantivo “mãe”, da expressão “a mãe da menina” (ideia de posse). Onde, aonde, donde, quando, como Substituem palavras ou expressões de caráter adverbial. ONDE só pode ser usado para referir-se a um lugar: Aquela é a escola onde me formei. A ideia é: Formei-me naquela escola. (lugar) 8. AS PREPOSIÇÕES DEFINIÇÃO MORFICAMENTE: São palavras inflexionáveis. FUNCIONALMENTE: São palavras relacionais, ou seja, promovem uma relação entre dois elementos — uma relação que pode ter significado ou que pode ser simplesmente uma obrigação gramatical. CLASSIFICAÇÃO 1. PREPOSIÇÕES ESSENCIAIS: a, ante, até, após, com, contra, de, desde, em, entre, para, por, per, perante, sem, sob, sobre, trás. COMBINAÇÃO: Algumas preposições podem combinar-se com outras palavras, formando um vocábulo único. Exemplos: DE EM De+o=do De+ele=dele De+este=deste De+isto=disto De+esse=desse De+isso=disso De+aquele/a(s)=daquel e/a(s) De+aquilo=daquilo De+aqui=daqui De+ali=dali De+aí=daí De+onde=donde Em+o=no Em+ele=nele Em+este=neste Em+isto=nisto Em+esse=nesse Em+isso=nisso Em+aquele/a(s)=naquele /a(s) Em+aquilo=naquilo Em+um=num PER A Per+o/a(s) = pelo / a (s) A+o(s)=ao(s) A+onde=aonde CONTRAÇÃO: Junção da preposição A com o artigo A(s) ou com os demonstrativos AQUELE, AQUELA, AQUILO e A. 30 2. LOCUÇÕES PREPOSITIVAS: Terminam com preposição: Em frente a, dentro de, abaixo de, através de, em vez de, depois de, acima de, além de, ao lado de, devido a, junto a (de, com). OBS: Próximo a (de) 3. PREPOSIÇÕES RELACIONAIS X PREPOSIÇÕES NOCIONAIS: Trata-se de outra forma de classificar as preposições, agora enfatizando a existência de significado ou não na relação que ela promove. Exemplos: “Gosto dela”. A preposição DE é uma preposição relacional, exigida pelo verbo GOSTAR. “Bebi do vinho”. A preposição DE é uma preposição nocional (valor semântico), que não foi exigida pelo verbo BEBER (já que este é transitivo direto), mas está na frase para fazer a diferença entre “todo” e “parte”: não bebi o vinho inteiro, a garrafa inteira, mas uma parte, um cálice. Portanto, “do vinho” não é objeto indireto, mas sim objeto direto preposicionado. 9. AS CONJUNÇÕES: DEFINIÇÃO MORFICAMENTE: São palavras inflexionáveis. FUNCIONALMENTE: São palavras relacionais, ou seja, promovem uma relação entre dois elementos — uma relação que possui um significado. CLASSIFICAÇÃO FUNCIONALMENTE: 1. CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS (unem as orações subordinadas às principais) 2. CONJUNÇÕES COORDENATIVAS (unem as orações coordenadas) SEMANTICAMENTE, as conjunções subordinativas podem ser: Observe os casos abaixo: ELE FICARÁ SEM VOZ... TEMPO: Quando? Emque momento? 1. Quando o espetáculo terminar. 2. Antes que o espetáculo termine. 3. Depois que o espetáculo terminar. 4. Logo que o espetáculo termine (ou terminar). 5. Assim que o espetáculo termine (ou terminar). 6. Enquanto o espetáculo não terminar. 7. Mal termine o espetáculo. CAUSA: Por quê? Qual é o motivo? 1. Porque grita demais durante o jogo. 2. Uma vez que grita demais durante o jogo. 3. Visto que grita demais durante o jogo. 4. Já que grita demais durante o jogo. 5. Na medida em que grita demais durante o jogo. 6. Como grita demais durante o jogo (no início: Como grita demais durante o jogo, ele ficará sem voz.) 7. Porquanto grita demais durante o jogo. CONSEQUÊNCIA: Qual a consequência? Qual o resultado? 1. De sorte que não conseguirá cantar. 2. De maneira que não conseguirá cantar. 3. De modo que não conseguirá cantar. 4. (com intensidade na Oração Principal: tão, tamanho, tanto) que não conseguirá cantar. 31 CONDIÇÃO: Com que condição? Em qual hipótese? 1. Se continuar berrando assim. 2. Desde que continue berrando assim. 3. Caso continue berrando assim. 4. Contanto que continue berrando assim. 5. Uma vez que continue berrando assim. COMPARAÇÃO: Comparando com quem ou com o quê? 1. Como um mudo. 2. Tal como um mudo. 3. Assim como um mudo. 4. Qual um mudo. PROPORÇÃO: Com que medida? Em qual proporção? 1. (com intensidade ou ideia de aumento ou diminuição na OP: mais, menos, aumentará, diminuirá) à medida que continua bebendo gelado. 2. À proporção que continua bebendo gelado. 3. Ao passo que continua bebendo gelado / quanto mais beba gelado. CONFORMIDADE: Está em conformidade com quem ou com o quê? 1. Conforme disse o médico. 2. Segundo disse o médico. 3. Como disse o médico. 4. Consoante disse o médico. FINALIDADE: com qual objetivo? Para quê? 1. Para que pare de trabalhar. 2. A fim de que pare DE trabalhar. 3. Com o intuito de parar de trabalhar. CONCESSÃO: com que ressalva? Apesar de quê? Dá uma ideia de oposição entre a oração principal e a subordinada. 1. Embora fale pouco. 2. Ainda que fale pouco. 3. Mesmo que fale pouco. 4. Posto que fale pouco. 5. Apesar de falar pouco. 6. Se bem que fale pouco. 7. Por mais que fale pouco. 8. Conquanto fale pouco. No número 5, não é uma locução conjuntiva que dá a ideia de concessão, mas sim uma locução prepositiva. SEMANTICAMENTE, as conjunções coordenativas podem ser: Observe os casos abaixo: OS CINEASTAS DEVEM COMANDAR O MUNDO... ADIÇÃO: adiciona informações, ideia de soma. 1. E eliminar todos os atores. 2. (Com NÃO na primeira oração) nem (tampouco) eliminar todos os atores: Os cineastas NÃO devem comandar o mundo NEM tampouco eliminar os atores. 3. (Com TANTO na primeira oração) quanto eliminar todos os atores: Os cineastas devem TANTO comandar o mundo QUANTO eliminar os atores. 4. (Com NÃO SÓ ou NÃO SOMENTE na primeira oração) como também (mas também) eliminar todos os atores; Bem como eliminar todos os atores: Os cineastas devem NÃO SÓ comandar o mundo MAS TAMBÉM eliminar os atores. ADVERSIDADE: ideia de oposição, contrariedade. 1. Mas não devem ofender as pessoas 2. Porém não devem ofender as pessoas 3. Contudo não devem ofender as pessoas 4. Entretanto não devem ofender as pessoas 5. No entanto não devem ofender as pessoas 6. Todavia, não devem ofender as pessoas; ALTERNÂNCIA: ideia de alternância, escolha ou ações feitas de forma alternada. 1. Ou cometer suicídio coletivo. (Farão uma coisa ou outra: uma escolha) 2. (Com ORA na primeira oração) ora eliminar os atores: Os cineastas ora devem comandar o mundo ora eliminar os atores. (as duas ações serão realizadas, mas de forma alternada). 32 CONCLUSÃO: a que conclusão se chega sobre a oração anterior? 1. Logo o caos já está estabelecido. 2. Portanto o caos já está estabelecido. 3. Por conseguinte o caos já está estabelecido. 4. O caos já está, pois, estabelecido. 5. De modo que (de sorte que, de maneira que) o caos já está estabelecido. 6. Em vista disso o caos já está estabelecido. EXPLICAÇÃO: qual é a explicação para a oração anterior? 1. Porque todos falam isso por aí 2. Pois todos falam isso por aí 3. Que todos falam isso por aí. 10. AS PALAVRAS E AS EXPRESSÕES DENOTATIVAS: São palavras que não possuem classificação especial, apesar de se assemelharem aos advérbios: invariáveis também. Algumas são classificadas como advérbios, dependendo da gramática. a) Inclusão: até, inclusive, mesmo, ainda, além disso etc. b) Exclusão: apenas, salvo, senão, só, menos, tirante etc. c) Realce: cá, lá, embora, sobretudo etc. d) Retificação: aliás, isto é, ou seja etc. e) Situação: afinal, agora etc. f) Afetividade: felizmente, infelizmente. g) Explanação: a saber, isto é, por exemplo etc. h) Designação: eis. CAPÍTULO 2: SISTEMA ORTOGRÁFICO EM VIGOR: EMPREGO DAS LETRAS E ACENTUAÇÃO GRÁFICA EMPREGO DAS LETRAS 1. Emprego de S: a) Após ditongo: coisa, náusea, maisena etc. b) Nas formas verbais querer e pôr e seus derivados: quiser, puser, quisesse, pusesse, repusesse, quis etc. c) Nos substantivos que derivam de verbos terminados em –nder, -ndir, -rg, -rter, -rtir: pretensão (origina-se do verbo pretender), expansão (origina-se do verbo expandir), compreensão (origina-se do verbo compreender), difusão (origina-se do verbo difundir), conversão (origina-se do verbo converter), imersão (origina-se do verbo imergir) etc. d) Nos sufixos –ês, -esa, -isa, indicadores de origem, nacionalidade ou título: camponesa, burguesa, chinesa, duquesa etc. e) Nos adjetivos que significam “cheio de...”: horroroso (cheio de horror), manhoso (cheio de manha), amoroso (cheio de amor) etc. f) Nos diminutivos em que a palavra original já seja grafada com –S: chinesinho (chinês), burguesinha (burguesa) etc. 2. Emprego de SS: a) Nos substantivos que derivam de verbos terminados em –mir, -ter, -tir, -der, -dir: descompressão (origina-se do verbo descomprimir), regressão (origina-se do verbo regredir), intercessão (origina-se do verbo interceder), admissão (origina-se do verbo admitir), permissão (origina-se do verbo permitir) etc. Exceção: reflexão (por causa da sonoridade). 33 3. Emprego de Z: a) Nos diminutivos em que a palavra original não tenha a letra S ou que já tenha a letra Z: mãezinha (mãe), narizinho (nariz) etc. b) Nos substantivos que indiquem estado/condição: pobreza (estado/condição de ser pobre), palidez (estado/condição de ser pálido), realeza (estado/condição de ser real), viuvez (estado/condição der viúvo) etc. c) No sufixo – IZAR, formador de verbo cujo radical não apresente S: modernizar, atualizar, fiscalizar etc. d) Nas palavras que se originam de outras que já são grafadas com Z: esvaziar (vazio), razoável (razão), enraizar (raiz) etc. OBS: Pequenez = estado/condição de ser pequeno. / Pequinês = que provém de Pequim (China), raça de cão. 4. Emprego de Ç: a) Após ditongo: eleição, traição, beiço, calabouço,
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