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NOMENCLATURA ZOOLÓGICA

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NOMENCLATURA ZOOLÓGICA
1. Generalidades
- é o sistema de nomes aplicados aos táxons animais;
- é regida pelo Código Internacional de Nomenclatura Zoológica 
(ICZN), um sistema de regras e recomendações acerca da maneira correta de 
compor e aplicar os nomes zoológicos;
- na taxonomia biológica, há outros códigos de nomenclatura, 
aplicáveis à botânica e à microbiologia;
- o Código Zoológico é independente dos demais, só conhece suas 
próprias regras e recomendações. Nenhum preceito de qualquer dos outros 
códigos afeta a nomenclatura zoológica;
- a força do Código está no fato de ser um documento adotado pela 
comunidade zoológica internacional, desde 1982, representada pela Assembléia 
Geral da Divisão de Zoologia da Internacional Union of Biological Sciences,
2. Objetivos do Código
“Promover a estabilidade e a universalidade dos nomes científicos dos animais, 
e assegurar que o nome de cada táxon seja único e distinto. Isto é, o Código 
pretende que cada táxon animal tenha um nome ÚNICO, DISTINTO, ESTÁVEL e 
UNIVERSAL”.
UNICIDADE: que seja único e um só. Daí a unicidade obrigatória: só há um 
nome correto.
DISTINÇÃO: que é distinto do nome de qualquer outro táxon animal. A 
distinção é indispensável, pois a comunicação também seria comprometida se 
dois ou mais táxons tivessem o mesmo nome estável e universal.
ESTABILIDADE: que o nome correto de um táxon não deve ser alterado 
injustificadamente. Como o nome de um táxon é fundamental para a 
comunicação científica a seu respeito, se fosse instável poderia compromete 
seriamente a comunicação.
UNIVERSALIDADE: que o nome correto é válido em qualquer parte. A 
exigência de universalidade dá um passo adiante: proíbe que existam nomes 
regionais, mesmo que sejam estáveis. Mas isso não basta, pois poderiam 
coexistir vários nomes universais e estáveis para o mesmo táxon.
Assim, não podem existir dois gêneros de animais com o mesmo nome, por 
exemplo, Macrobrachium, digamos um de camarão outro de macaco, mesmo 
que não exista a possibilidade de confusão. Esse nome só pode ser usado para 
determinado gênero de camarão.
Além disso, não pode ser mudado, deve ser utilizado em qualquer parte e não 
concorrente.
Os mesmos princípios podem ser analogamente aplicados à espécie 
Macrobrachium amazonicum e à família Palaemonidae.
3. Táxons e categorias
Para entender melhor o significado da nomenclatura zoológica, é interessante 
examinarmos os conceitos de táxon e categoria.
 
Estes são nomes de táxons: Animalia, Chordata, Vertebrata, Reptilia, Diapsida, 
Squamata, Serpente, Viperidae, Bothropoides, Bothropoides jararaca.
 
Estes são nomes de categorias: reino, filo, classe, subclasse, ordem, subordem, 
família, gênero, espécie.
Um táxon é um determinado grupo de organismos (para uma definição mais 
rigorosa e formal desse conceito, consulte Papavero, Costa, Abe & Llorente-
Bousquets, 1993).
Uma categoria é determinado nível hierárquico em que certos táxons são 
classificados. Anthozoa, Gastropoda, Arachnida e Mammalia são táxons 
tradicionalmente incluídos na categoria Classe. Homo sapiens, Macrobrachium 
amazonicum, Bothropoides jararaca são táxons incluídos na categoria espécie.
O código só se ocupa de táxon classificados em algumas categorias, 
congregadas em três grupos, a saber:
- grupo da família: superfamília, família, subfamília, tribo e qualquer outra 
categoria abaixo de superfamília e acima de gênero que for conveniente adotar 
em determinada classificação;
- grupo de gênero: gênero e subgênero;
- grupo de espécie: espécie e subespécie.
Os nomes de táxons de quaisquer outras categorias são ignorados pelo Código, 
isto é, não estão sujeitos a regras e recomendações.
Entretanto, a tradição e a analogia têm sido coerente no tratamento dos nomes 
acima do grupo família, de modo que esses nomes, de um modo geral, não 
oferecem qualquer problema sério.
4. Nomes dos táxons
Os nomes zoológicos são palavras latinas ou latinizadas. Em grande parte, as 
palavras latinizadas provêm da língua Grega Clássica, mas há também um bom 
número de vocábulos de várias línguas modernas ou mesmo, no caso dos 
nomes de gêneros e espécies, palavras arbitrariamente formadas.
Os nomes podem ser uninominais, binominais e trinominais.
Os nomes de espécies são binominais; os das subespécies são trinominais; os 
demais são uninominais.
Os nomes específicos e subespecíficos escrevem-se sempre com inicial 
minúscula; os demais com inicial maiúscula.
Os nomes genéricos, subgenéricos, específicos e subespecíficos costumam ser 
escritos de forma que fiquem destacados do restante do texto em que 
aparecem. Para tanto, são escritos em grifo (ou itálico) e, quando usados em 
manuscritos, costumam se sublinhados.
Exemplos:
Nomes de Filos: Arthropoda, Chordata
Nomes de Classes: Malacostraca, Mammalia
Nomes de Ordens: Decapoda, Primates
Nomes de Superfamílias: Palaemonoidea, Hominoidea
Nomes de Famílias: Palaemonidae, Hominidae
Nomes de Subfamílias: Palaemoninae, Homininae
Nomes de Gêneros: Macrobrachium, Homo 
Nomes de Subgêneros: Macrobrachium (Macrobrachium), Homo (Homo)
Nomes de Espécies: Macrobrachium amazonicum, Homo sapiens
Nomes de Subespécies: Macrobrachium rosenbergii rosenbergii
Todos os nomes acima da categoria gênero são no plural. Exemplos; os 
animais, as aves, os mamíferos, os crustáceos.
Os nomes de gêneros e subgêneros são no singular. Exemplo: Macrobrachium, 
Homo.
Nomes binominais e trinominais, a primeira palavra é sempre o nome do 
gênero a que se pertence à espécie ou a subespécie.
A segunda palavra do binômio, a segunda e a terceira do trinômio escreve-se 
sempre com maiúscula.
A primeira escreve-se sempre com maiúscula.
Quando se quer citar subgênero, o nome deve ficar entre parênteses. O nome 
do subgênero não faz parte do nome da espécie.
O nome da espécie animal é sempre binominal e de uma subespécie é sempre 
trinominal.
Não há nomes tetranominais.
5. Homonímia, Sinonímia, Prioridade
Chama-se homonímia o fato de um mesmo nome ser aplicado a dois ou mais 
táxons de mesmo grupo. O Código proíbe terminantemente homônimos dentro 
do grupo família em todo Reino Animalia.
O mesmo vale para o grupo do gênero.
No grupo da espécie, é proibido a homonímia dentro de cada gênero. Assim, 
Acetes japonicus, Alfeus japonicus, Aristeus japonicus, Leander japonicus, 
Palaemon japonicus e Penaeus japonicus não são homônimos, pois, embora a 
segunda palavra seja a mesma os binômios são diferentes.
Nos grupos do gênero e da espécie, basta a diferença de uma letra para que 
não ocorra homonímia. Não são homônimos nomes muito parecidos, como: 
Macrobrachium lepidactyloides e Macrobrachium lepidactylus ou Cosmisoma e 
Cosmosoma, ou Rhagio e Rhagium.
Também não considerados homônimos os nomes de animais que forem 
idênticos a nomes de vegetais e microrganismos.
No grupo família, são homônimos os nomes cuja única diferença seja o sufixo. 
Segundo o Código os nomes do grupo da família são caracterizados por sufixos 
e o Código, no tratamento da homonímia, desconsidera os sufixos.
Portanto, os nomes Chrysopidae (uma família de Neuroptera) e Chrysopinae 
(uma família de Díptera) são homônimos.
Chama-se sinonímia a circunstância de um táxon ter dois ou mais nomes 
distintos. Por diversos tipos de erros de interpretação ou por ignorância da 
atividade de outros zoólogos, alguém pode propor um nome para o que pensa 
ser uma nova espécie, sem se dar conta da existência de um nome prévio.
Para resolver casos de homonímia (o mesmo nome para dois ou mais táxons) e 
sinonímia (dois ou mais nomes para o mesmo táxon), o Código lança mão do 
princípio da prioridade.
Dedois ou mais sinônimos ou homônimos, vale o mais antigo. Em caso de 
sinonímia, o sinônimo sênior é o nome válido e todo sinônimo júnior deve ser 
descartado.
Em caso do homônimo, o táxon que tem o homônimo sênior é privilegiado e 
fica de posse do nome, o táxon que possui um homônimo júnior deve receber 
um novo nome.
O Código estabelece arbitrariamente um início para a aplicação do princípio da 
prioridade em 1° de janeiro de 1758, pois neste ano surgiram duas publicações.
A do sueco Carolus Linnaeus, que nomeava todas as espécies animais 
conhecidas por ele (10ª edição da obra Systema Naturae, 1758); 
e a de Carl Alexander Clerck, que nomeava 70 espécies de aranhas, um opilião 
e dois pseudoescorpiões (obra Aranei svecici).
Daí em diante, toda a determinação de prioridade deve ser estabelecida pela 
averiguação das datas de publicações.
6. Publicação, Autoria e data
Todo nome zoológico, para ser válido deve ser devidamente publicado em 
algum periódico especializado.
Todo nome publicado tem autor e data de publicação. O autor de um nome é a 
pessoa que o publicou pela primeira vez como nome de um táxon.
Segundo o Código, autoria e data não fazem parte do nome de um táxon, mas 
podem ser citados em conjunto. Pode-se também citar apenas o autor, sem a 
data. 
Exemplo: Macrobrachium Bate, 1868 ou Macrobrachium Bate.
O nome do autor segue imediatamente o nome do táxon e a data, separada 
por vírgula, segue o nome do autor.
Uma espécie ou uma subespécie podem ser transferidas de um gênero para 
outro, em obediência a novos conceitos e arranjos e a data entre parênteses.
A espécie originalmente descrita como Palaemon amazonicum Heller, 1862 é 
hoje citada como Macrobrachium amazonicum (Heller, 1862).

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