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Adm. Financeira e Orçamentária – Notas de Aula __ Prof°. M.Sc. Marcos M. Palácio 
Método de ensino em
Gestão Financeira
ABORDAGEM SOFISTICADA DE FERRAMENTAS PARA SOLUÇÃO DE PROBLEMAS DA ÁREA FINANCEIRA.
Novas formas de melhoria efetiva na administração do capital de giro, incrementando métodos para a manutenção de registros financeiros e para a interpretação dos demonstrativos financeiros;
Ênfase nos orçamentos e recursos escassos;
Investimentos de fundos em ativos ou projetos que rendam a melhor compensação entre risco e retorno;
Desenvolvimento de planos de longo prazo, para obter vantagens com os novos instrumentos financeiros e para atender os princípios das finanças multinacionais, e
Participação de diferentes departamentos na finalização dos planos elaborados pela área financeira.
SUMÁRIO
1. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA						7
Introdução										7
Risco versus lucro									8
Decisões econômicas sazonais							11
Responsabilidade pública e administração financeira				12
As metas do planejamento financeiro						13
2. TIPOS DE NEGÓCIOS E MÉTODOS DE TRIBUTAÇÃO			14
2.1 Cálculo da renda tributável							15
2.2 Tributação das sociedades anônimas						18
2.3 Fundamentos de depreciação							19
3. O VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO						24
3.1 Valor futuro e juro composto							24
3.2 Anuidade										25
3.3 Valor presente e taxa de desconto					 	25
3.4 Capitalizando por períodos menores que um ano					27
3.5 Taxa interna de retorno (TIR)							28
3.6 Valor presente líquido (VPL)							29
4. ANÁLISE DOS DEMONSTRATIVOS FINANCEIROS				37
4.1 Análise vertical ou de estrutura							37
4.2 Análise horizontal ou de evolução						42
4.3 Fórmula “Dupont”								45
4.4 Como prever falências								47
4.5 Balanced Scorecard 						48
5. RISCO E RETORNO								49
5.1 Relação entre risco e retorno							49
5.2 Mensurando o retorno								50
5.3 Mensurando o risco								51
5.4 Calculando retornos esperados de projetos arriscados				52
5.5 O desvio padrão como uma medida de risco					52
5.6 Coeficiente de variação: A compensação entre o risco e retorno			54
6. BOLSA DE VALORES								55
6.1 Como funcionam as bolsas de valores?						55
6.2 Anatomia de um pregão								55
6.3 Risco da carteira									56
6.4 Princípio da covariância								57
6.5 Mensurando o risco e o retorno com o modelo de precificação de ativos	 
 financeiros (CAPM)									59
6.6 A linha de mercados de títulos (SML)						60
6.7 Mantendo o CAPM e a SML em perspectiva					61
7. MÉTODOS DE AVALIAÇÃO							63
7.1 Avaliação de títulos								63
7.2 Avaliação de ações preferenciais							64
7.3 Avaliação da ação ordinária							64
7.4 Avaliando a ação com dividendos constantes					64
7.5 Avaliando uma ação com dividendo com crescimento constante			65
7.6 Avaliando a ação com dividendo cujo crescimento é incomum			65
8. ORÇAMENTO DE CAPITAL PASSOS PRELIMINARES			67
8.1 Determinando os custos iniciais							67
8.2 Determinando o fluxo de caixa incremental					68
9. CUSTO DE CAPITAL								71
9.1 O custo de capital como um modelo para decisões de investimento		71
9.2 Custo de capital como medida de rentabilidade					71
9.3 Usando recursos internos e externos para levantar capital			72
9.4 O risco e o custo de capital							73
9.5 Custo da dívida de longo prazo							73
9.6 Elaborando uma estimativa rude							74
9.7 Bancos de investimento e os custos de colocação				74
9.8 Calculando o custo da dívida							74
9.9 Custo da ação preferencial							76
9.10 Determinando o custo da ação preferencial					76
9.11 Custo da ação ordinária								76
9.11.1 Determinando o custo da ação ordinária					77
9.12 O CAPM e o custo da ação ordinária						78
9.13 Custos dos lucros acumulados							79
9.14 Mensurando o custo médio ponderado de capital (CmeC)			79
9.15 Determinando os pesos a serem usados						80
9.16 Calculando o CM e C								81
9.17 Mensurando o custo marginal ponderado de capital (CMgC)			81
9.18 Usando o CMgC para selecionar os melhores projetos				82
9.19 O CPM e o custo de capital							83
10. BIBLIOGRAFIA									85
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Aliquotas marginais do imposto de renda para pessoa física		15
Tabela 2 – Aliquotas hipotéticas para imposto de renda pessoa física		17
Tabela 3 – Lucro tritutável com taxas hipotéticas					18
Tabela 4 – Classes de propriedades para depreciação (hipotética)			19
Tabela 5 – Taxas anuais de depreciação (hipotéticas) 		19
Tabela 6 – Método de depreciação dos saldos decrescentes em dobro		21
Tabela 7 – Relação inversa entre valor presente e risco				26
Tabela 8 – Valor presente do fluxo de caixa						26
Tabela 9 – Cálculo do valor presente do fluxo de caixa a taxa de desconto de 10%	27
Tabela 10 – Balanço patrimonial							37
Tabela 11 – Análise vertical do balanço						38
Tabela 12 – Análise vertical da evolução do resultado				40
Tabela 13 – Valores de venda para o ano						42
Tabela 14 – Análise horizontal do balanço						44
Tabela 15 – Principais índices econômicos e financeiros				45
Tabela 16 – Cálculo do fator de insolvência						48
Tabela 17 – Cálculo do retorno esperado usando probabilidade			50
Tabela 18 – Alteração do risco com os prazos					51
Tabela 19 – Comparação dos retornos do projeto A com os do projeto B		52
Tabela 20 – Calculando o desvio padrão dos retornos do projeto A			52
Tabela 21 – Cálculo do retorno esperado através da probabilidade			54
Tabela 22 – Volume médio diário negociado nas principais bolsas de valores
 do Mundo										56
Tabela 23 – Cálculo da ação ordinária						66
Tabela 24 – Calculando o custo do investimento inicial				67
Tabela 25 – Cálculo do custo da compra da máquina nova				68
Tabela 26 – Lajir sobre duas condições						69
Tabela 27 – Passo um: lajir adicional							70
Tabela 28 – Passo dois: economia adicionais de impostos				70
Tabela 29 – Fluxos de caixa incrementais em 5 anos					70
Tabela 30 – Prêmios pelo risco e o custo de capital (C.C)				72
Tabela 31 – Companhia XYZ fontes internas e externas de fundos comparadas ao 
 custo de capital								73
Tabela 32 – Cálculo de taxa interna de retorno através do valor presente do título	76
Tabela 33 – Informações para cálculo do CAPM e o custo da ação ordinária	78
Tabela 34 – Atribuição de peso aos retornos						80
Tabela 35 – Comparação de pesos contábeis e de mercado				80
Tabela 36 – Calculando o CmeC baseando-se nos pesos de mercado		81
Tabela 37 – Intervalos de novos financiamentos e os níveis 
correspondentes aos custos de capital							82
Tabela 38 – Projetos classificados pelas suas rentabilidades (TIR)			82
Tabela 39 – Parâmetros para cálculo do beta						84
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Relacionamento entre risco e retornos esperados				8
Figura 2 – Planejamento tributário							15
Figura 3 – Taxa interna de retorno							30
Figura 4 – VPL como função da taxa de juros					33
Figura 5 – Desenvolvimento da fórmula “Dupont”					45
Figura 6 – O BSG como sistema gerencial 44
Figura 7 – A perspectiva do cliente - medidas essenciais 45
Figura 8 – Passos na elaboração e implementação do planejamento estratégico 46
Figura 9 – Loop duplo: converter a estratégia em processo contínuo 46
Figura 10 – Necessidade de informação dos gestores na impl. de estratégia 46
Figura 11 – Relação entrerisco e retorno						49
Figura 12 – Volatilidade dos retornos para as companhias A e B			51
Figura 13 – Desvio padrão do projeto A						53
Figura 14 – Cálculo do desvio padrão						53
Figura 15 – Gráfico de redução do risco via diversificação				57
Figura 16 – Diversificação do mix de ativos						58
Figura 17 – Teoria da carteira e a fronteira eficiente					58
Figura 18 – Usando o CAPM para calcular os beta (B) das ações individuais	59
Figura 19 – Linha de mercados de títulos						61
Figura 20 – Comparando as TIRs dos investimentos do custo de capital (C.C)	72
Figura 21 – Determinando os limites de investimento				83
PREFÁCIO
Preparar acadêmicos e futuros empresários para o conhecimento da administração dos recursos financeiros, é de fundamental importância para o sucesso dos negócios em que irão trabalhar. Apresentando os princípios básicos da administração financeira e os mercados em que atuam, os acadêmicos irão se preparar para análise financeira e estudar os critérios de desempenho da atividade operacional e os efeitos no retorno sobre os investimentos. Estudarão a criação e gestão de valor nas empresas e o modelo do valor econômico agregado. Finalmente irão entrar nos conceitos e critérios utilizados na formação dos investimentos das atividades operacionais e o entendimento da busca dos recursos para financiar os negócios. Com o estudo e apresentação dos casos, pretende-se estimulá-los na formação de raciocínio lógico e negociação durante os debates.
A administração financeira está estritamente ligada à economia e contabilidade, e pode ser vista como uma forma de economia aplicada, que se baseia amplamente em conceitos econômicos, como também em dados contábeis para suas análises. 
Embora haja uma relação estreita entre elas, a função contábil pode ser melhor visualizada como um insumo indispensável à administração financeira. 
Diferença básica de perspectiva entre a administração financeira e a contabilidade: enquanto a primeira enfatiza a tomada de decisão, a segunda tem como objetivo o tratamento dos fundos. O administrador de empresas preocupa-se em manter a solvência da empresa e tem toda a flexibilidade para trabalhar as informações da forma que melhor lhe convier, sem se preocupar com normas contábeis. Assim, interessa-lhe receitas e despesas quando estas representam entradas e saídas de caixa. O regime de caixa, é pois a base para a tomada de decisão do administrador financeiro. 
A empresa vista como um sistema aberto, possui uma missão, um modelo de gestão, uma estrutura organizacional, um processo de planejamento e controle e um sistema de informações, que se inter-relacionam buscando atingir a eficácia. Sob este enfoque de avaliação da gestão financeira, acredita-se que os gestores terão mais informações para a tomada de decisão e, portanto, menor risco de erro, dando mais um passo para atingir a eficácia gerencial e contribuindo para o crescimento da empresa. 
No modelo de gestão devem estar definidos os princípios de administração da empresa, ou seja, o conjunto de regras básicas que orientam a gestão. Definição de indicadores de desempenho, nível de controle são exemplos importantes de diretrizes. 
A estrutura organizacional deve ser um elemento facilitador de consecução da missão, dados os processos de tomada de decisões. Assim, em função do modelo de gestão, aspectos essenciais de estrutura organizacional precisam ser definidos. 
Gestão financeira pode ser definida como a gestão dos fluxos Monetários derivados da atividade operacional da empresa, em termos de suas respectivas ocorrências no tempo. Assim sendo, pode-se dizer que a gestão financeira esta preocupada com a administração das entradas e saídas de recursos monetários provenientes da atividade operacional da empresa, ou seja, com a administração do fluxo de disponibilidade da empresa. 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Introdução
A administração financeira é a aplicação de princípios econômicos objetivando a maximização e riqueza ou o valor total de um negócio buscando a obtenção do lucro mais elevado possível ao menor risco.
Na busca da maximização da riqueza a algumas abordagens e ferramentas sofisticadas para a solução de problemas da área.
Novas formas de melhoria efetiva na administração do capital de giro, incrementando métodos para a manutenção de registros financeiros e para a interpretação dos demonstrativos financeiros, dando ênfase nos orçamentos e recursos escassos, buscando investimentos de fundos em ativos ou projetos que rendam a melhor compensação entre risco e retorno.
Através do desenvolvimento de planos de longo prazo, para obter vantagens com os novos instrumentos financeiros e para atender os princípios das finanças multinacionais, buscando a participação de diferentes departamentos na finalização dos planos elaborados pela área financeira.
Para que estes planos sejam eficientes a necessidade de adaptação às mudanças. A análise financeira fornece os meios para tornar flexíveis e corretas as decisões de investimento.
No momento apropriado e mais vantajoso para serem bem sucedidos, os administradores financeiros devem envolver-se com as mudanças que ocorrem no campo das finanças adotando métodos sofisticados para poderem planejar melhor em um clima de crescente competitividade, para tanto os administradores devem envolver-se com as mudanças dentro e fora da empresa, e coordenar o tempo para introduzir corretamente os novos produtos.
O planejamento financeiro, é uma parte crucial da administração financeira incluindo a tomada diária de decisões para auxiliar a empresa nas suas necessidades de caixa, dando atenção redobrada nas mudanças intermediárias nas atividades comerciais.
Uma das etapas do planejamento financeiro é a análise do ciclo operacional, através da coordenação do tempo de produção, dando destaque para o planejamento a longo prazo.
O administrador pode atuar como um agente, a função é delegada por um acionista para que o mesmo possa gerir uma empresa ou um negócio qualquer, a meta do agente é conseguir o valor mais alto possível para cada ação pertencente aos acionistas da companhia.
A casos de conflitos na atuação do administrador financeiro como um agente, geralmente os agentes visualizam seus papéis como aqueles que evitam grandes erros, como conseqüência podem negligenciar boas oportunidades com níveis de riscos aceitáveis, resultando assim em um conflito entre agente e acionistas tornando improvável a obtenção de melhores resultados.
Os agentes freqüentemente tentam agradar duas facções, os credores e os acionistas quando a dívida se torna uma importante fonte de financiamento, dando mais atenção aos credores e pouca atenção aos acionistas.
Riscos versus lucro
A maximização do lucro é um objetivo a curto prazo e é menos importante do que a maximização da riqueza da empresa, a empresa pode momentaneamente obter altos lucros adotando uma estratégia de corte de despesas, diferindo custo de equipamentos, despedindo empregados com altos níveis salariais e investindo em projetos de altos riscos.
Estas medidas como estratégia, pode a longo prazo enfraquecer a posição competitiva da empresa e baixar suas ações.
Essas decisões gerenciais envolvem um compromisso entre assumir riscos excessivos para maximizar lucros e aceitar investimentos que, provavelmente, resultarão em menos lucratividade, mas que conduzirão a empresa a uma postura financeira sólida.
Exemplo: Na figura 1 são apresentados dois projetos A e B
ambos geram a mesma série de retornos futuros;
o projeto A é menos arriscado que o B;
opção, melhor projeto A.
COMPENSAÇÃO ENTRE RISCOS E RETORNOS
Figura 1 - relacionamento entre risco e retornos esperados.
A administração de qualquer negócio deve levar em consideração a visão de longo alcance, a administração pode momentaneamente,adquirir materiais inferiores e contratar funcionários semiqualificados, resultando esta estratégia em preço e custos mais baixos do que os competidores, com lucros elevados.
Esta estratégia pode levar a empresa no longo espectro, a avarias de máquinas mais freqüentemente por falta de funcionários qualificados para operacionalizar os sistemas, podendo haver queda de número de produtos com padrões aceitáveis de qualidade, deteriorando a imagem da empresa e ocasionando muitas vezes problemas na cotação das ações em bolsa. 
Quando a empresa incorre neste erro, umas das soluções disponíveis é o aumento das despesas de manutenção do controle de qualidade, objetivando reduzir o risco potencial de reavaliação desfavorável por parte de investidores.
Os investidores tem o seguinte posicionamento, geralmente atribuem maior valor aos lucros gerados de maneira uniforme, e reagem adversamente a lucros obtidos à custo de maiores riscos. Este posicionamento por parte dos investidores, geram conflitos do lucro com o de maximização da riqueza, na tentativa de aumentar o lucro assumindo maiores riscos, pode-se enfraquecer a capacidade da empresa em manter-se líquida, já que a maximização da riqueza implica preocupação constante quanto ao risco.
Portanto o desafio do administrador financeiro é modificar previsões de demanda e oferta para aproxima-las razoavelmente dos resultados reais (aumentando e diminuindo preços).
Na decisão de compra de máquinas e equipamentos o administrador financeiro deve observar o custo mais baixo possível, eficiência do equipamento e tempo para se tornar absoleto, o risco associado e possíveis alterações futuras neste equipamento a ser adquirido.
Para que o administrador possa traçar estas estratégias de maneira correta, é necessário o desenvolvimento de algumas habilidades especiais na área de administração financeira. O administrador deve entender os fatores econômicos, devendo considerar a aplicação destes princípios, a questão da formação de preço e estratégias de decisão de compra e venda.
O administrador financeiro deve portanto tomar decisões aplicando estes princípios econômicos básicos, procurando a melhor e mais barata fonte de fundos, direcionando os investimentos na melhor combinação de ativos, para obter a combinação de recursos disponíveis que obterá o mais alto retorno ao menor risco.
FATORES MICROECONÔMICOS
Necessidades dos Administradores financeiros:
Entender mudanças:
Na oferta;
Demanda;
Preços.
Objetivo: elaboração de um efetivo planejamento financeiro.
Tomada de decisão de investimentos:
Considerar os efeitos de alterações nas condições de:
Demanda;
Oferta;
Preços, sobre o desempenho da empresa.
Objetivo: determinar o momento propício de emissão de ações, e outros instrumentos financeiros.
A venda do produto com lucro depende:
Interpretação das condições de demanda e oferta;
A oferta esta relacionada a:
Controle dos custos de produção, e
Custos baixos.
Compras de máquinas;
Contratação de trabalhadores.
Meta: obter o maior lucro possível sob determinadas condições de oferta.
Resultado: estabelecimento de preços competitivos para seus produtos mantendo sua participação no mercado ao mesmo tempo que obtém um retorno razoável.
Utilidades dos princípios econômicos:
Vendas mais elevadas possíveis, e
Vantagens de condições de mercado.
Ferramenta: técnicas estatísticas confiáveis e executáveis.
Dificuldades encontradas: fatores econômicos não podem ser previstos com precisão e muitas projeções estão sujeitas a grandes erros.
Desafio do administrador financeiro:
Modificar previsões de demanda e oferta para aproxima-las razoavelmente dos resultados reais. (aumentando e diminuindo preços).
Decisão de compra de máquinas e equipamentos:
Custo mais baixo possível;
Eficiência do equipamento e tempo para se tornar absoleto;
Riscos associado, e
Futuras instalações.
FATORES MACROECONÔMICOS:
As decisões são influenciadas:
Por mudanças nas condições econômicas.
Ferramentas utilizadas:
Desenvolvimento de sentido sobre o ambiente econômico através de leitura de periódicos e ouvindo notícias.
Comportamento do mercado consumidor:
Ambiente deteriorado: corte de gastos pelos consumidores, hábitos conservadores de compras.
Ambiente salutar: consumidor tende a gastar sem maiores reflexões.
Comportamento das empresas:
Expansão do comércio: aumento de investimento em produção, retração do comércio, redução de investimentos.
Desafio do Administrador Financeiro:
Detectar quando essas mudanças na atividade ocorrem.
A empresa deve:
Desenvolver estratégias flexíveis;
Preparar-se para crescimento demográfico;
Preparar-se para alterações na legislação tributária, e
Preparar-se para pressões causadas por novas tecnologias.
Ferramenta Administrativa:
Planejamento financeiro.
Fracasso ou sucesso com problemas macroeconômicos:
Geram impactos sobre o preço das ações e resultados de uma empresa, levando-a a total crédito ou descrédito junto à comunidade financeira.
Decisões econômicas sazonais
Boas compras de produtos são feitas quando a sua demanda cai. Exemplo: Cartões de natal.
O administrador financeiro: deve saber reagir num momento adequado às mudanças nas condições de oferta e demanda bem como no preço:
Comprando matéria-prima a preços baixos.
Possíveis causas: se o investimento foi implantado e a demanda não cresceu como esperado, ocorre uma expansão prematura, ficando com elevados estoques e capacidade subtilizada.
Como evitar erros de cálculos:
Tomar decisões no momento adequado em função das mudanças dos fatores micro-econômicos;
Possuir discernimento para obter vantagens das oportunidades rentáveis em níveis de risco razoáveis;
Fazer julgamento balizado a respeito das mudanças esperadas em função dos fatores macro e microeconômicas relacionadas.
OS ADMINISTRADORES FINANCEIROS DEVEM ESTAR SEGUROS DE SUAS DECISÕES E JUSTIFICA-LAS. PARA PROCEDEREM ASSIM DEVEM:
Julgar a tendência futura da taxa de juro;
Taxa de inflação antecipada;
Comportamento de preços e ações;
Mudanças esperadas em todas atividades comerciais e industriais;
Situação dos mercados financeiros;
Tendência de taxas de juros internacionais.
A determinação correta do tempo desses fatores reduz a volatilidade e a incerteza dos lucros futuros.
A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE
Contadores preparam:
Demonstrativos financeiros
D.R.E;
Balanço Patrimonial.
Estes por sua vez auxiliam os administradores a tomarem decisões:
De melhor uso do caixa;
De Realizações de operações eficientes;
Alocação ótima de fundos entre ativos;
Financiamento de operações e investimentos;
Ferramenta de interpretação:
Índices financeiros;
Relatórios gerenciais;
Demonstrativos de origens;
Aplicações de recursos;
Orçamentos de caixa.
Estas ferramentas permitem ao Administrador financeiro determinar:
Fluxos de caixa incrementais (que mostra o retorno líquido gerado por um dado projeto com investimentos alternativos);
Fixação de taxa de lucratividade mais precisa de investimentos específicos.
Todas estas informações são inclusas nos relatórios internos pelos contadores sob orientação dos administradores financeiros.
O SIGNIFICADO DA ESTATÍSTICA
A análise estatística fornece:
Base para previsão;
Comparativo de saúde financeira;
Comparativo de índice de lucratividade de uma empresa em relação a outra.
A estatística é mais precisa quando se usa computadores para:
Fazer projeções de retornos futuros;
Calcular risco e estimar os recebimentos;
Calcular retorno prováveis associados a um projeto.
Pode ser empregada para:
Planejar investimentos de longo prazo;
Decisões de capacidade;
Simulação de sucesso ou fracasso em projetos de pesquisas;
Análise do desenvolvimento do ciclo do produto;
Exploração de alternativasdisponíveis;
Determinar grau de incerteza de decisões de investimentos.
As empresas utilizam a estatística para:
Detectar mudanças na atividade econômica;
Refinanciar dívidas;
Aumentar capital de giro e expandir capacidade;
Data de compra;
Aumentar ou reduzir estoques.
Responsabilidade pública e administração financeira
A administração financeira é uma área muito desafiadora e compensadora, ela delega a responsabilidade de planejar o crescimento e a direção futura de uma empresa, oque pode afetar grandemente a sociedade na qual ela está inserida.
Benefícios e obrigações para com a sociedade: 
As empresas defrontam com obrigações perante a sociedade, embora procurem meios de serem lucrativas e de conseguir a maior riqueza possível, os administradores financeiros devem aceitar compromissos que podem impedi-los de atingir esta meta:
Métodos de produção que causam poluição;
Maneiras de tributação.
Aspectos: sociais, morais, ambientais e éticos fazem parte do processo de decisão de investimento.
Benefícios e obrigações para com a empresa:
Os administradores financeiros assumem responsabilidades pelo fato de gerirem a empresa.
Devem ter:
Senso claro de ética;
Evitar proveito pessoal.
Não devem:
Envolver-se em prática que denigram a imagem da empresa.
Devem:
Participar de atividades sociais que demonstrem a importância da comunidade;
Respeitar e assegurar padrões ambientais preservando a saúde de trabalhadores e consumidores.
Convivência entre homens e mulheres
Estabelecer linhas de orientação:
No tratamento de mulheres;
Para evitar assédios sexuais;
Enfim os administradores financeiros devem reconciliar as necessidades sociais e ambientais com o objetivo de obtenção de lucro.
As metas do planejamento financeiro
Maximizar o preço das ações ao risco mais baixo possível;
Determinar quais investimentos resultarão em lucro mais elevado ao menor risco;
Decisão tomada;
Seleção dos meios ótimos;
Decisão;
Definição tipo de planejamento, rígido ou flexível;
Estabelecimento de prazos de investimentos;
Uso dos recursos disponíveis (diferentes opções);
Definição do valor a ser captado;
Definição de cláusulas de segurança contratuais, para financiamento;
Monitoramento dos desdobramentos;
Decisão.
2. TIPOS DE NEGÓCIOS E MÉTODOS DE TRIBUTAÇÃO
2.1 Como recolher menos imposto de renda_______________________
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Um dos atrativos embutidos nos planos de previdência privada está no benefício fiscal. Ao contratar o plano, o participante tem a possibilidade de formar uma poupança que lhe vai garantir maior tranqüilidade no futuro e ainda usufruir um incentivo que poderá reduzir o valor de seu Imposto de Renda (IR).
Os contribuintes podem deduzir com as contribuições feitas até 12% da renda bruta tributável na declaração do Imposto de Renda pelo modelo completo.
O diferimento fiscal possibilita a redução do valor do imposto a pagar para a Receita Federal ou a elevação do valor da restituição, dependendo da faixa de rendimentos.
A dica não vale para quem aplica mais de 12% da renda tributável. Quem tem salário de R$4.000,00 (R$48.000,00 mil por ano), por exemplo, deve investir no máximo R$5.760,00 (12% de R$48 mil). 
Acima desse valor, não há nenhuma vantagem fiscal e o imposto pode até ficar mais salgado.
Declaração simplificada – Para quem acerta as contas com o Leão pelo formulário simplificado, que dá um desconto padrão de 20%, é mais vantajosa a contratação. 
Exemplo, é possível notar quanto o participante pode economizar anualmente com o imposto. Supondo que um segurado com renda anual de R$100 mil e dois dependentes tenha contribuído com até 12% de sua renda, o IR a recolher após a dedução será de R$19.123,00. Sem o desconto, o valor do imposto seria de R$22.423,00. O investimento em previdência complementar levaria, portanto, à redução de R$3.300,00 de IR, conforme explanado na tabela 10.( O Estado de São Paulo, 13 de novembro de 2003, pág. H4.)
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FORMAS DE ORGANIZAÇÕES DE NEGÓCIOS
Há três tipos de organizações de negócios:
Firma Individual
É a mais antiga forma de organização empresarial, pertencente a apenas uma pessoa.
Vantagem
Facilidade de seu processo de constituição;
Métodos de taxação.
Desvantagem
O proprietário é responsável por toda a dívida da firma;
Não pode usar mercados de capitais organizados;
Limitação de crescimento.
Sociedade Por Cotas
É uma forma de organização na qual dois ou mais indivíduos são proprietários (uma firma individual com mais de um proprietário).
Existe 2 tipos:
Sociedades gerais
Onde o proprietário(s) tem responsabilidade ilimitada quanto ao funcionamento do negócio.
Sociedade limitada
Onde há responsabilidade até o montante do seu capital.
Sociedade por ações ou anônimas
Domina o mundo atualmente, e pode ser formada por uma pessoa ou por um grupo de pessoas.
Personalidade das sociedade:
Totalmente separada dos sócios;
É uma entidade legal;
Em vez dos sócios a responsabilidade pelo pagamento de todas as dívidas é a sociedade anônima.
Ao contrário da firma individual, em caso de falência, o proprietário não precisa sacar dinheiro do próprio bolso nem seus bens para saldar dívidas.
ALÍQUOTA MARGINAL VERSUS MÉDIA
A distinção entre a alíquota marginal e a média é simples, mais muito importante.
Exemplo:
Suponha que você seja contribuinte solteiro e declare R$40.000,00, como renda tributável, você paga 15% sobre os primeiros R$22.100,00 e 28% sobre a renda restante. Nesse caso, sua alíquota marginal é 28%.
Calcule a alíquota média para ver quanto você deve de imposto sobre a renda inteira.
Tabela 1 - Alíquotas marginais do imposto de renda para pessoa física
	CASO I: O CONTRIBUINTE É SOLTEIRO
	RENDA TRIBUTAVEL (R$)
	ALÍQUOTA MARGINAL (%)
	ATÉ 22.100
22.101 ATÉ 53.500
53.501 ATÉ 115.000
115.001 ATÉ 250.000
ACIMA DE 250.000
	15
28
31
36
39
15%XR$22.100,00 = R$3.315,00
28% (R$40.000,00 – R$22.100,00) = R$5.012,00
IMPOSTO TOTAL = R$3.315,00+R$5.012,00 = R$8.327,00
ALÍQUOTA MÉDIA = R$8.327,00/R$40.000,00 = 20%
IMPLICAÇÕES:
Pode-se argumentar que com uma taxa federal a quase 30% e com algumas taxas estaduais tem-se que pagar metade da renda adicional em impostos.
SOLUÇÕES:
Planejamento tributário das deduções permitidas pelo fisco.
Figura 2 – Planejamento tributário
 Cálculo da renda tributável
Para chegar a renda tributável é necessário executar três etapas:
Determinar a renda total (diferimento de exclusões, tributos isentos etc);
A renda deve ser reduzida por certos ajustamentos (planos previdência privada, pensão alimentícia).
Subtração das deduções padrões e as isenções totais da renda tributável sobre a qual incida o imposto. 
Exemplo:
Maria e João têm uma renda total de R$40.000,00. Eles têm feito contribuições de R$3.000,00 a um plano de aposentadoria aceitável e também têm pago uma multa de R$400,00 pelo saque antecipado de um certificado de depósito bancário no Banco onde são clientes. Incluindo seus filhos, eles estão autorizados a três insenções pessoais (R$2.350,00 cada um). Suas deduções relacionadas totais são R$10.500. Qual é a renda tributável de Maria e João?
Renda bruta ajustada	= Renda Total – Ajustes
			= 40.000 – 3.000 – 400
			= 36.600
Renda tributável		= Renda bruta ajustada – deduções – isenções
			= 36.600 – 10.500 – (3x 2.350)
			= 19.050
Resposta: João e Maria pagarão imposto de renda sobre R$19.050,00	
DEDUÇÕES PADRÕES VERSUS DEDUÇÕES RELACIONADAS
Renda bruta ajustada calculada;
Escolha de quantia fixa de deduções;
Relatar deduções por meio de uma lista detalhada;
Compara-se ambas as quantiase escolhe a de maior montante. As deduções relacionadas, sujeita-se a limites, incluem despesas médicas, donativos e despesas odontológicas etc.	
PERDAS E GANHOS DE CAPITAL
Por definição, se um ativo de capital é vendido acima de seu valor contábil, é realizado um ganho de capital. Se o ativo é vendido abaixo de seu valor contábil, ocorre uma perda de capital, o valor do bem do bem do ativo é determinado pela depreciação.
RENDA PASSIVA VERSUS RENDA ATIVA
Renda passiva é gerada por comércio ou negócio no qual o contribuinte, “não participa materialmente” . Com certas exceções, investimentos e propriedades alugadas e em sociedade por cotas limitadas são definidos como renda passiva.
Investimentos nos quais o contribuinte está contínua e rigorosamente envolvido são chamados de rendas ativas.
O contribuinte não pode deduzir uma perda passiva de seu salário, do lucro com a carteira de títulos, ou do lucro operacional. Prejuízos passivos são dedutíveis até o limite do lucro líquido decorrente de atividades passivas.
Se não existe lucro de qualquer outro investimento passivo, o prejuízo passivo pode ser diferido para períodos futuros.
TRABALHOS PRÁTICOS
Ricardo e Marieta têm uma renda total de R$60.000,00. Eles têm feito contribuições de R$4.000,00 a um plano de aposentadoria aceitável e também têm pagado uma multa de R$500,00 pelo saque antecipado de um C.D.B, no banco onde são clientes. Incluindo seus filhos, eles estão autorizados a três isenções pessoais (R$3.000 cada um). Suas deduções relacionadas totais são R$12.000,00. Qual é o montante da renda tributável de ambos?
Suponha que você seja a cabeça do casal e declare a renda tributável do exercício anterior, você paga conforme tabela abaixo 15% sobre os primeiros R$29.600,00 e 28% sobre a renda restante.
	Calcule a média do imposto, e descreva a estratégia “Planejamento Financeiro Tributário”.
João é contribuinte divorciado, e têm um renda total de R$80.000,00. Ele têm feito contribuições de R$3.000,00 a um plano de aposentadoria FAPI FIX do Banco Bradesco S/A, este plano de aposentadoria é um plano aceitável, e também têm pago multa pelo saque antecipado de R$600,00 pela retirada antecipada de CDB no Banco onde é cliente. Suas deduções relacionadas totais são R$20.500,00. Qual é a renda tributável de João?
João é contribuinte divorciado e declarou o montante de renda tributável relacionada no exercício anterior. Ele paga 16% sobre os primeiros R$30.000,00 e 29% e 31% respectivamente sobre o restante da renda. Nesse caso, sua alíquota marginal é 31%. Calcule a alíquota média e descreva a estratégia de PTF (Planejamento tributário financeiro).
Tabela 2 - Alíquotas Hipotéticas para Imposto de renda PF
	RENDA TRIBUTÁVEL
	ALÍQUOTA MARGINAL (%)
	Até 30.000,00
30.001,00 Até 53.000,00
53.001,00 Até 80.000,00
Acima de 80.000,00
	16%
29%
31%
36%
A empresa Opção Tecnológica pretende instalar uma filial na região Oeste do País, para isto contratou um administrador financeiro que apresentou o seguinte plano em anexo. Comente cada etapa do plano detalhando as fases do processo.
 Tributação das sociedades anônimas
O imposto de renda das sociedades anônimas é cobrado sobre os lucros (vendas - despesas desembolsáveis e não desembolsáveis) tais como depreciação. Os dividendos são distribuídos do lucro líquido, após o pagamento dos impostos incidentes.
IMPOSTO SOBRE DIVIDENDOS RECEBIDOS POR SOCIEDADES POR AÇÕES
As sociedades por ações, tal como as pessoas físicas, podem investir em títulos financeiros de outras corporações ou instituições. Devido ao fato de as corporações pagarem impostos sobre os seus lucros e os acionistas também pagarem impostos sobre os dividendos recebidos, a Lei permite algumas isenções sobre os dividendos que elas, as sociedades por ações, recebem de seus investimentos em outras empresas.
Exemplo: Calculando o imposto devido por uma sociedade por ações.
Problema:
A companhia Num Lock tem uma receita de vendas de R$640.000,00, da qual o custo do produto vendido representa 60%. Outros custos incluem despesas de vendas de R$20.000,00, despesas administrativas de R$10.000,00, despesas de juros de R$8.000,00 e despesas de depreciação de R$15.000,00. Além do mais, a companhia tem um ganho de capital de R$80.000,00 e uma perda de capital de R$60.000,00 pela alienação de equipamento e uma receita com dividendos de R$40.000,00. Determinar o valor do imposto de total devido pela companhia Num Lock.
Tabela 3 – Lucro tributável com taxas hipotéticas
	LUCRO TRIBUTÁVEL (R$)
	ALIQUOTA MARGINAL (%)
	0 até 50000
50001 até 75000
75001 até 100000
100001 até 335000
335001 até 10000000
acima de 10000000
	15
25
34
39
42
45
VENDAS								640.000
RECEITA DE DIVIDENDO (30% DE 40000)				 12.000
GANHO DE CAPITAL - PERDA DE CAPITAL (80000 - 60000)		 20.000
C.P.V (60% DA VENDA)							(384.000)
DESPESAS DE VENDAS						 ( 20.000)
DESPESAS ADMINISTRATIVA						( 10.000)
DESPESAS DE JUROS							( 8.000)
DEPRECIAÇÃO								( 15.000)
LUCRO TRIBUTÁVEL							235.000
Sobre o lucro tributável de 235.000, calculamos o valor do imposto devido pela empresa, a seguir:
15% sobre os primeiros 50.000						7.500
25% sobre os próximos 25.000						6.250
34% sobre os próximos 25.000						8.500
39% sobre o restante 135.000				 		52.650
Imposto devido						 		74.900
Observe que a alíquota marginal do imposto da empresa é 39% entretanto, a alíquota média é de 32% ou seja (74900/235000).
2.3 Fundamentos de depreciação
A depreciação é a alocação, para propósitos contábeis e fiscais, do custo de aquisição de ativos imobilizados (tais como máquinas e equipamentos) por alguns anos. Por ser a despesa principal, a depreciação tem um efeito significativo sobre o lucro líquido da empresa.
Excesso de depreciação: depreciar acima do valor histórico do ativo, diminui o lucro líquido.
Subdepreciação: depreciar menos que o valor histórico o aumenta.
		Os lucros variam dependendo do método de depreciação usado na preparação dos demonstrativos financeiros.
PRINCIPAIS MÉTODOS DE DEPRECIAÇÃO
		Um ativo pode ser depreciado de várias maneiras, a administração da empresa pode usar diferentes métodos para avaliação interna e outros propósitos fiscais. Os principais métodos de depreciação são o Sistema Modificado de Recuperação Acelerada de Custos (SMRAC), o método da linha reta, o método da soma dos dígitos dos anos e o método dos saldos decrescentes em dobro.
SISTEMA MODIFICADO DE RECUPERAÇÃO ACELERADA DE CUSTOS (SMRAC)
		No sistema modificado de recuperação acelerada de custos (SMRAC), todas as propriedades, exceto as imobiliárias, são classificadas em vários grupos para fins de depreciação. Através de exemplos vamos usar a tabela SMRAC simplificada para ativos mais comuns de 3,5 e 7 anos, por exemplo, um ativo com 3 anos de vida útil depreciável é depreciado a 33% de seus custos no primeiro ano, 44% no segundo ano, 15% no terceiro ( e o residual de 8% no quarto ano). A depreciação reduz o lucro tributável; entretanto produz fluxos de caixa adicionais para a empresa.
Fluxo de caixa: é a soma do lucro líquido e a depreciação.
Tabela 4 - Classes de propriedades para depreciação (hipotética)
	Exemplo de equipamentos Período normal de recuperação
	Equipamento de pesquisa e ferramentas especiais 3 anos
Computadores 5 anos
Móveis de escritório 7 anosTabela 5 - Taxas anuais de depreciação (hipotética)
	Ativos com 3 anos
	Ativos com 5 anos
	Ativos com 7 anos
	Ano
	%
	Ano
	%
	Ano
	%
	1
2
3
4*
	33
44
15
8
	1
2
3
4
5
6*
	20
32
19
12
12
5
	1
2
3
4
5
6
7
8*
	14
24
17
12
9
9
9
6
* Devido ao método de depreciação do saldo decrescente, uma pequena porção do valor do ativo é postergada além dos anos.
Quando as despesas de depreciação aumentam, o fluxo de caixa da empresa melhora, provendo mais fundos para fornecer as suas atividades comerciais, o alívio causado pelas taxas de depreciação no setor empresarial significa queda na receita do Governo e aumento do déficit público. Os economistas, pelo lado da oferta, entretanto, argumentam que o alívio causado pelas taxas de depreciação estimula a economia, gera novas atividades empresariais e aumenta o lucro das empresas.
MÉTODO DA LINHA RETA
		No método da linha reta são necessárias as informações sobre o preço de aquisição do ativo, a vida útil do ativo e o seu valor residual. A despesa anual de depreciação é calculada usando-se a seguinte fórmula:
Cota anual de depreciação = Custo de aquisição - valor residual
 Vida útil em anos
Exemplo:
		Determinar a depreciação anual de um equipamento com vida útil de 5 anos, o preço de aquisição de R$62.000,00 e o valor residual de R$12.000,00.
Depreciação anual = R$62.000 - R$12.000 = R$10.000 por ano
 5 anos
		Nesse método considera-se que o ativo é usado a uma taxa constante durante a sua vida útil, ele é recomendado para comparação de departamentos e empresas em relação ao desempenho de um ano para outro.
MÉTODO DA SOMA DOS DÍGITOS DOS ANOS
		No método da soma dos dígitos do anos, considera-se que o ativo é usado mais freqüentemente ou na parte inicial ou final de sua vida útil.
Processo de cálculo:
Somar todos os algarismos do período de depreciação e usar essa soma como denominador.
No numerador, usar em ordem decrescente os algarismos de cada ano, de forma que a primeira fração tenha o algarismo maior, a segunda fração o algarismo imediatamente inferior, e assim sucessivamente.
Multiplicar a fração de cada ano pelo custo de aquisição do ativo para obter a despesa de depreciação de cada ano.
Exemplo:
		Suponha que o custo de um ativo, após o valor residual, é de R$62.000,00, e a sua vida útil, de 3 anos. Encontrar a depreciação para cada ano de sua vida útil.
Depreciação do primeiro ano = 3/6 x 62.000 = 31.000
Depreciação segundo ano = 2/6 x 62.000 = 20.666
Depreciação terceiro ano = 1/6 x 62.000 = 10.333
		Esse método de cálculo (método acelerado) é apropriado quando a administração da empresa acredita que o ativo é mais usado na primeira metade de sua vida útil. Se o ativo é usado na segunda metade a ordem das frações deve ser revertida (método desacelerado).
MÉTODO DOS SALDOS DECRESCENTES EM DOBRO
	A empresa usa a taxa anual de depreciação igual ao dobro da taxa usada no método da linha reta. Essa taxa é multiplicada pelo valor contábil (Saldo não depreciado) do Ativo para obter a cota de depreciação para um ano em particular.
Tabela 6 - Método de depreciação dos saldos decrescentes em dobro
	ANO
	TAXA ANUAL
DE DEPRECIAÇÃO
(%)
( R )
	VALOR CONTÁBIL
(SALDO NÃO DEP)
( $ )
( B )
	DESPESA ANUAL
DE DEPRECIAÇÃO
( $ )
( R ) X ( B )
	1
2
3
4
5
	40
40
40
40
40
	80.000
48.000
28.800
17.280
10.368
	32.000
19.200
11.520
6.912
4.147
NOTA: Nesse método o valor residual não é subtraído do custo de aquisição.
Exemplo: Suponha que o custo de aquisição de um ativo seja R$80.000 com vida útil de 5 anos. Encontre suas cotas anuais de depreciação.
Solução: A taxa anual de depreciação linear é de 1/5 ou 20%. Duas vezes isso é 40%. As cotas anuais de depreciação são calculadas na tabela usando a taxa anual de 40%.
CÁLCULO DE DEPRECIAÇÃO
A HP–12 C permite calcular a depreciação e o valor depreciavel restante ( valor que consta em livros de contabilidade menos o valor residual), usando os métodos, da linha reta, somo dos dígitos dos anos, e o método de saldo decrescente em dobro, para efetuar estes cálculos com qualquer método na HP-12C é necessário os seguintes comandos:
Ingresse o custo original do ativo, usando
 
Ingresse o valor residual do ativo, usando
Ingresse a vida útil prevista do ativo ( em anos), usando
Se estiver utilizando o método do saldo decrescente em dobro, ingresse o fator de declinação do saldo (porcentagem), usando
 
por exemplo 1/5 vezes a taxa da linha reta – 20% de declinação de saldo.
Ingresse o número de anos para que a calculadora deva calcular a depreciação.
PULSE:
Para a depreciação, usando o método da linha reta,
 
Para a depreciação usando o método da soma dos dígitos dos anos,
 
Para a depreciação usando o método dos saldos decrescentes em dobro,
Para que possa ser apresentado o valor da depreciação restante ( o valor que consta nos livros de contabilidade menos o valor residual) depois de haver calculado a depreciação, pulse,
 
Exercício:
Uma máquina para manufatura de metais, adquirida por um preço de R$10.000,00, é depreciada durante 5 anos. Seu valor residual é estimado em R$500,00. Calcular a depreciação e o saldo restante para os três primeiros anos de vida da máquina, utilizando o método do saldo decrescente em dobro e da linha reta (200% de saldo em declínio). 
APLICAÇÃO PRÁTICA
A Companhia WWK tem uma receita de vendas de R$700.000,00, da qual 70% é o custo do produto vendido (CPV). Outros custos são: despesas de vendas de R$60.000,00, despesas administrativas de R$18.000,00, despesas de juros de R$12.000,00, e despesas de depreciação de R$17.000,00. A Companhia também obteve um ganho de capital de R$70.000,00 ao vender com lucro uma máquina velha, e recebeu um receita de dividendos de R$60.000,00. Calcular o imposto de renda devido pela Companhia WWK.
Os lucros líquidos futuros da Companhia WWK são estimados a seguir:
ANO:		 1	 2		 3		 4	 5	
LUCRO LIQUIDO: R$100.000,00	 R$150.000,00 R$200.000,00 R$250.000,00 R$300.000,00	
Os ativos valem R$400.000,00 e serão depreciados usando o método SMRAC para os próximos 5 anos. Determine os fluxos de caixa anuais para o período.
Calcular as despesas anuais de depreciação de um ativo que custa R$200.000,00, considerando que não haja valor residual e que a vida útil depreciável seja de 3 anos, pelos quatro métodos seguintes:
Linha reta
Soma dos dígitos dos anos
Saldos decrescentes em dobro
SMRAC
A Companhia XYZ vende computadores pessoais. Durante o ano passado, as vendas da companhia foram de R$2.400.000,00. A soma do custo dos produtos vendidos (CPV) mais as despesas operacionais (DO) representa 62,5% das vendas. Além do mais, a empresa pagou R$20.000,00 em juros de um empréstimo bancário e R$30.000,00 em dividendos preferenciais. A empresa também recebeu R$25.000,00 de receita de dividendos e vendeu um terreno por R$70.000,00. O terreno foi comprado há 2 anos ao custo de R$55.000,00. Calcular o imposto de renda devido pela Companhia XYZ. Encontrar a alíquota média marginal.	
3. O VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO
PORQUE O VALOR DO DINHEIRO MUDA COM O PASSAR DO TEMPO
	Os investidores têm uma preferência natural por dinheiro agora, ao invés de depois, pois assim eles podem aumentar o seu valor, ao lado dessa razão básica de preferência e deporque o dinheiro vale mais agora do que no futuro, você deve estar atento aos fatores que diminuem o valor do dinheiro no tempo. A três razões mais importantes pelas quais o valor do dinheiro decresce progressivamente através do tempo são as seguintes:
Inflação;
Risco;
Preferência pela liquidez
Inflação: refere-se ao aumento geral de preços na economia. Quando os preços aumentam, o valor do real diminui, e já que se espera que os preços aumentarão no futuro o valor do real no anos futuro será menor que o atual.
Risco: ou incerteza acerca do futuro, também causa um declínio no valor do dinheiro. Como o futuro é incerto, o risco aumenta com o passar do tempo, a maioria das pessoas deseja evitar o risco, assim eles valorizam mais o dinheiro agora do que a promessa de dinheiro no futuro.
Preferência pela liquidez: é importante tanto para um investidor quanto para uma empresa, liquidez refere-se à facilidade com que os ativos podem ser convertidos em caixa.
3.1 Valor futuro e juro composto
	Qualquer investimento ou comprometimento do caixa razoáveis, devem prever um aumento do valor com o passar do tempo. Dada uma quantia de caixa que você deseja aplicar, você pode descobrir quanto esse valor aumentará no futuro, uma vez que a taxa de retorno é conhecida. Esse cálculo é chamado de encontrar o valor futuro de um investimento.
 
Fórmula: VF= VP(1+R)N
onde: 	VF= Valor futuro
	VP= depósito inicial (principal)
	R = taxa de juro anual
	N = número de anos.
Exemplo: Suponha que um investidor economize R$100,00. Esse valor é depositado no banco a uma taxa de juros de 10% ao ano. Este montante foi aplicado por 3 anos. Calcule o valor futuro?
 
VF= VP (1+R)N 
VF= 100 (1+0,10)3
VF=100 (1,10)3
VF= 100 (1,33)
VF= 133,10
3.2 Anuidade
É uma série de pagamentos ou recebimentos iguais, feitos a intervalos de tempos também iguais. Uma anuidade pode ser um pagamento de um investimento feito a cada semestre, a cada trimestre ou a cada mês.
Usando a tabela de valor futuro de anuidades, a fórmula matemática simples para calcular o VF de uma anuidade é:
Sn = a(FVFARN)
ou
FVFARN = (1+i)N-1
 i
onde Sn = valor futuro total das anuidades ao final de um dado período de tempo.
a = pagamento anuais.
FVFARN = fator de anuidade, ou fator de valor futuro de anuidade.
Exemplo: Encontrar o valor futuro total de quatro pagamentos anuais de R$100,00, considere 10% de juro composto.
Sn = a(FVFARN)
Sn = 100(4,641)
Sn = 464,10
3.3 Valor presente e taxa de desconto
Fornece base para comparar a lucratividade de vários projetos ou investimentos diferentes, referentes a períodos de tempo.
Valor presente: retorno de renda futura - taxa de capitalização.
Taxa de desconto de capitalização: taxa de juro aplicada a uma série de futuros pagamentos ou recebimentos.
AJUSTANDO O RISCO
É obtido através da determinação de quanto risco esta associado a cada projeto ou investimento.
Regra: Risco elevado alta taxa de desconto, risco baixo taxa de desconto baixa.
Avaliando as taxas de descontos:
Entre duas rendas futuras, aquela que tiver a data de resgate posterior deve ter a taxa de desconto maior.
Quanto maior for o risco percebido, menor deverá ser a taxa de desconto.
Se a taxa de juros legais do mercado subirem, a taxa de desconto deverá subir.
Ajustando o prazo:
O valor presente de qualquer retorno futuro declina quanto mais distante o futuro for visto.
Fórmula: VP = VF . 
 (1+R)N
Exemplo:
Tabela 7 - Relação inversa entre valor presente e risco
	RENDA FUTURA
(daqui a três anos)
(R$)
	TAXA DE 
DESCONTO
(%)
	FVP DE r$1
EM 3 ANOS
	VP DA RENDA
FUTURA
(R$)
	1.000
1.000
1.000
	15 (risco alto)
10 (risco médio)
5 ( risco baixo)
	0,658
0,751
0,864
	658
751
864
Valor presente de uma anuidade
	Quando Administradores financeiros deparam com uma série constante e fixa de futuros pagamentos ou recebimento e desejam avaliar o valor presente dessas quantias podem fazer duas coisas:
Calcular o valor presente de cada ano futuro descontando cada pagamento ou recebimento pelo seu fator presente apropriado e, depois, somar todos os valores presentes para encontrar o total. Esse método é longo e redundante.
Método da tabela.
Exemplo:
	Suponha que você espere um fluxo de caixa de R$100,00 por ano, no próximos 3 anos, e deseje encontrar o VP desse fluxo de caixa dada a taxa de desconto, ou nível de risco, de 10%.
Tabela 8 – Valor presente do fluxo de caixa
	ANO
	FLUXO DE CAIXA
	FVPA
(10%)
	VP
	1
2
3
	100
100
100
	0,909
0,826
0,751
	90,90
82,60
75,10
	TOTAL
	
	2,486
	248,60
Equação valor presente de uma anuidade:
Vpa= A__ 
 (1+R) N
Equação de pagamentos anuais:
PMT= PV i (1+i) n 
 (1+i) n-1
PMT= FV._____i_____
 (1+i)n - 1 
 
Valor presente de fluxo de caixa variável
	Suponha que uma empresa espere receber os seguintes montantes anuais variáveis de dinheiro durante os próximos 4 anos:
1 – 1000
2 – 1200
3 – 1500
4 – 900
Tabela 9 – Cálculo do valor presente de fluxo de caixa a taxa de desconto 10%
	ANO
	FLUXO DE CAIXA
	FVPA
	VALOR PRESENTE
	1
2
3
4
	1000
1200
1500
900
	0,9091
0,8264
0,7513
0,6830
	909,10
991,68
1.126,95
614,70
Valor presente de perpetuidades
	Uma perpetuidade é uma anuidade para sempre, ou uma quantia certa de dinheiro que será paga ou recebida a períodos de tempos regulares.
	O valor presente de uma perpetuidade é a soma dos valores presentes de infinitos pagamentos ou recebimentos.
VPp = D1 + D2 ...... D Infinitos 
 (1+R) 1 (1+R) 2 ( 1 + R ) Infinitos
Onde:
VPp= Valor presente de uma perpetuidade
D= valor do pagamento regular
R= fator de desconto
Infinitos= infinitos períodos
Fórmula usada:
VPp= D 
 R
3.4 Capitalizando por períodos menores que um ano
	Capitalizamos apenas uma vez ao ano por motivos práticos. Mas este tipo de simplificação raramente é praticado no mercado de hoje.
Fórmula:
VFn = VP (1+R)(m) (N)
Exemplo:
	Determine o valor futuro de R$100,00 composto mensalmente a uma taxa anual de 12%, após dois anos.
VF2= 100 (1+0,12 ) (12) (2)
 12
VF2= 100 (1,01) 24
VF2= 126,97
Exemplo:
	Suponha que você deposite R$100,00 num banco que paga 8% de juros capitalizado trimestralmente. Isso significa que ao final de cada trimestre seu depósito fica maior e o juro é calculado sobre o depósito original mais o juro acumulado. Quanto estará creditado na sua conta ao final do primeiro ano?
1º Trimestre 100 x 1,02 = 102
2º Trimestre 102 x 1,02 = 104
3º Trimestre 104 x 1,02 = 106
4º Trimestre 016 x 1,02 = 108
Calculando as taxas de crescimento
Porque conhecer taxas de crescimento?
Obter taxas anuais de retorno sobre investimento;
Comparar as taxas de retorno anuais de outros ativos para descobrir se são mais rápidas ou lentas;
Encontrar taxas anuais das receitas, lucros, dividendos.
Exemplo:
	Você compra uma ação por um preço de P= R$23,00 e espere que a ação pague um dividendo D1= R$1,242 daqui a um ano, com crescimento futuro a uma taxa constante C= 8%, qual será a taxa de retorno?
TR= D1 = 1,242 + 8% = 5,4 + 8% = 13,4%
 P0 23
Exemplo:
	Suponha que essa análise houvesse sido realizada em 1º de Janeiro de 1993, de forma que P0 = 23,00 seja o preço de 1º de Janeiro de 1993 e D1 = 1,242 seja o dividendoesperado ao final de 1993. Qual o preço esperado da ação ao final de 1993?
P = D 1994 = 1,3414 = 24,84
 TR – i 0,134 – 0,08
I = D1(1+i) = 1,3414
	Assim, esperamos obter um ganho de capital de 24,84 – 23,00 = 1,84 durante o ano de 93 e rentabilidade de ganho de capital de 8%.
3.5 Taxa interna de retorno (TIR)
Taxa interna de retorno (TIR)
Taxa interna de retorno de um investimento é a taxa de desconto que anula o valor presente líquido do fluxo de caixa associado a esse investimento. Sendo :
FCLj= Fluxo de caixa líquido esperado do investimento, referente no período j.
r = TIR = Taxa de desconto que anula o valor presente do fluxo de caixa.
VPL = Valor presente líquido do fluxo de caixa
VPL = ΣNJ=I(FCLj) (1+r)-j= 0
Ou
VPL = FCL 0 + FCL 1 + FCL 2 + .............. + FCL N
 (1+r)0 (1+r)1 (1+r)2 (1+r)n
Utilizando o projeto de investimentos representado pelo fluxo de caixa do Quadro 1 abaixo a taxa 
interna de retorno r seria:
VPL = (R$100,00) + (R$30,00) + (R$38,00) + (R$55,00)
 (1+r)0 (1+r)1 (1+r)2 (1+r)3
O valor de r somente pode ser obtido mediante um processo de tentativas e erros. O cálculo requer o procedimento inicial de escolher uma taxa de juros r, descontar os valores do fluxo de caixa à essa taxa para o instante zero, e, avaliar o valor presente líquido resultante. Se for positivo, o passo seguinte é utilizar uma taxa maior do que a inicialmente escolhida; se negativo, esta deve ser reduzida. A experimentação sucessiva conduzirá à taxa de desconto que anulará o VPL. Esta será a taxa interna de retorno do fluxo de caixa. As calculadoras financeiras e programas de computador executam essa rotina, dispensando o trabalho descrito. Se o fluxo de caixa não for convencional, ou seja, se conter mais de uma mudança de sinal, poderá haver mais de uma taxa de juros que anulará o VPL. Nesta hipótese a TIR é desprovida de significado financeiro. A taxa de retorno do investimento representado pelo fluxo de caixa acima ilustrado é 10% ao ano.
Abaixo mostra-se que o capital inicial é recuperado no prazo de três anos do investimento e remunerado à própria taxa interna de retorno de 10% a.a:
Investimento					R$100,00
(+) Juros do primeiro				R$ 10,00
Saldo.........................................................................R$110,00
(-)					 R$ 30,00
Saldo.........................................................................R$ 80,00	
(+) Juros do segundo				R$ 8,00
Saldo.........................................................................R$ 88,00
(-) 						R$ 38,00
Saldo.........................................................................R$ 50,00
(+) Juros do terceiro				R$ 5,00
Saldo.........................................................................R$ 55,00
(-) 						R$ 55,00
Saldo final no terceiro				R$ 0,00
Em síntese, a taxa interna de retorno apresenta algumas características, a saber:
A taxa é interna porque depende exclusivamente das características do fluxo de caixa. Não há necessidade de qualquer tipo de premissa externa adicional, que dependa de preferências ou características do investidor - é um valor intrínseco ao fluxo. 
À exceção de fluxos bastante simples, a taxa somente pode ser calculada por tentativas e erros, através de aproximações sucessivas. 
Um fluxo de caixa pode apresentar múltiplas taxas internas de retorno, dependendo de suas características matemáticas. Projetos convencionais de investimento - quando há uma única mudança de sinal - produzem uma única taxa interna de retorno. Por exemplo a seqüência (-R$100,00, -R$200,00, +R$90,00, +R$90,00, +R$90,00, +R$90,00), em que ocorrem duas saídas, seguidas de quatro entradas consecutivas de caixa, proporciona uma TIR de 6,73%. 
Esse fato é relevante porque, para que a taxa interna de retorno tenha sentido financeiro é necessário que o fluxo de caixa produza uma única TIR. 
Como indicador de mérito é inferior ao VPL, já que, entre dois projetos mutuamente exclusivos, o que apresentar TIR menor poderá ser preferível, desde que tenha um maior VPL. 
Outra forma de explicar o fato acima é dizer que a TIR nada informa sobre a escala da alternativa considerada. Havendo dois projetos mutuamente exclusivos, o primeiro com VPL de R$10.000.000,00 e TIR de 20%, pode ser preferível à outro, cuja TIR seja 40%, e VPL de R$1.000.000,00. 
Para avaliar o mérito de uma alternativa de investimentos, o VALOR PRESENTE LÍQUIDO é calculado descontando-se o fluxo de caixa ao custo de capital. Seriam atrativos os projetos com VPL positivo. Alternativamente, no método da TAXA INTERNA DE RETORNO esta é comparada ao custo de capital. Será rejeitado o projeto cuja TIR for inferior ao custo médio ponderado de capital. Ambos os métodos exigem a definição de custo de capital. Para efeito prático, sugerimos observar as seguintes regras:
Se o projeto for realizado exclusivamente com recursos próprios, o custo de capital é a taxa de juros máxima à qual podem ser aplicados esses mesmos recursos pelo investidor, admitindo que a alternativa contenha igual risco. 
Se o investimento for realizado exclusivamente com empréstimos, o custo de capital é a taxa de tomar emprestados os recursos. 
Se o projeto for efetuado utilizando capital próprio e endividamento com juros remuneratórios explícitos, o custo de capital deve ser calculado como sendo a média ponderada do custo de oportunidade do capital próprio e das taxas de juros dos empréstimos e financiamentos: 
CMPC = Custo médio ponderado de capital.
K = Custo de oportunidade do capital próprio.
PL = Capital próprio investido.
E = Empréstimo ou financiamento.
J = Taxa de juros do empréstimo ou financiamento.
 CMPC = K PL + j E
 PL + E PL + E
3.6 Valor presente líquido (VPL)
Denomina-se valor presente líquido (VPL) do fluxo de caixa de um projeto de investimento, à soma algébrica de todas os recebimentos e pagamentos atualizados com base em uma taxa de descontos que corresponda ao custo de oportunidade do capital investido. Sendo i a taxa de descapitalização, n a vida útil do investimento, e, FCLj o valor do fluxo de caixa do instante j:
VPL = ΣNJ=I(FCLj) (1+r)-j= 0
Ou
VPL = FCL 0 + FCL 1 + FCL 2 + .............. + FCL N
 (1+r)0 (1+r)1 (1+r)2 (1+r)n
Um fluxo de caixa é dito convencional quando contém uma única mudança de sinal. Sob a ótica de uma empresa, a Figura 5.2 ilustra um fluxo de caixa de investimentos e a Figura 5.3 uma operação de empréstimo:
O VPL é uma função matemática (polinômial) da taxa de juros utilizada para descontar o fluxo de caixa. Admitamos um investimento no valor de R$100,00 que gera nos três anos subsequentes, respectivamente, recebimentos de R$30,00, R$38,00, e R$55,00. O VPL seria:
VPL = -(R$100,00) + (R$30,00) + (R$38,00) + (R$55,00)
 (1+r)1 (1+r)2 (1+r)3
O Quadro 5.3 mostra o valor presente líquido do fluxo de caixa acima ilustrado, adotando-se um conjunto de possíveis valores para a taxa de juros. A função resultante é ilustrada na Figura 5.4. Neste gráfico, quando a função VPL intercepta o eixo das ordenadas, o valor do VPL é nulo. Neste ponto, a taxa de desconto é 10%. Quando a taxa é zero, o VPL corresponde a simples soma algébrica dos valores do fluxo de caixa (R$23,00). Em um projeto de investimentos, para que o capital investido seja integralmente recuperado com qualquer uma taxa de rentabilidade positiva, é necessário que tenha VPL positivo, quando a taxa de juros é nula.
Figura 5.4 - VPL como função da taxa de juros
Para taxas de jurosinferiores a 10% ao ano o VPL do fluxo de caixa estudado é positivo. O VPL é nulo quando a taxa é 10% a.a., e, torna-se crescentemente negativo à medida que a taxa aumenta a partir de 10% ao ano.
O exemplo serve para ilustrar alguns pontos sobre decisões de investimento. Admita que a série de benefícios de R$30,00, R$38,00 e R$55,00, possa ser comprada, no ano zero, pelo preço de R$100,00. Neste caso o valor presente do fluxo de benefícios futuros, adotando-se o custo de capital de 15% a.a., será de R$ 90,00, R$98,00:
VP = (R$30,00) + (R$38,00) + (R$55,00)
 (1+0,15)1 (1+0,15)2 (1+0,15)3
VP = R$90,98
O valor atual da série de benefícios descontados à taxa que representa o custo de oportunidade do investidor é inferior ao preço de aquisição do investimento de R$100,00, que não será portanto efetuado. O investidor ficará indiferente entre realizar ou não o investimento, somente se sua melhor opção, com igual risco, proporcionar rentabilidade equivalente a 10% aa. Subtraindo do valor presente dos recebimentos R$90,00, R$98,00, o investimento inicial de R$100,00 no instante zero, obtém-se o valor presente líquido negativo de R$9,02.
Suponhamos que o investimento possa ser integralmente financiado através de empréstimo, para pagamento ao final de três anos, acrescido de juros capitalizados (ao invés de serem pagos, acumulam-se aos saldos, exigíveis no final, junto com o principal) à taxa de 10% ao ano. Qual será a situação do empreendedor no final do prazo, se realizar o investimento contraindo a dívida? O valor futuro do débito, no final do terceiro ano, será:
ES = R$100,00 (1+0,10)3
ES = R$133,10
Em contrapartida à divida certa a pagar de R$133,10 estará adquirindo a série de receitas anuais de R$30,00, R$38,00 e R$55,00. Admitamos que inexista risco de não serem recebidas essas importâncias. Resta ainda a dúvida se este fluxo permitirá pagar o débito assumido. A suposição adicional a ser feita é sobre a taxa a qual poderão ser aplicadas aquelas disponibilidades. Se o investidor puder obter uma rentabilidade de 10% ao ano, nada ganhará ou perderá no negócio. Os benefícios do investimento, atualizados para o final do terceiro ano, com base na taxa de aplicação de 10% a.a. serão:
VF = R$30,00 (1+0,10)2 + R$38,00 (1+0,10)1 + R$55,00
VF = R$133,10
O valor futuro dos benefícios, R$133,10, ao final do terceiro ano, é financeiramente eqüivalente a R$100,00 no instante zero, e ainda, à série das três entradas do fluxo de caixa, utilizando-se a taxa de juros de 10% a.a. para transformar todos esses valores em moeda que tenha o mesmo poder aquisitivo (a função da moeda como denominador comum de valores, pressupõe comparações no mesmo instante de tempo. Moedas de diferentes datas, são comparáveis mediante o uso da taxa de juros).
Se a taxa de juros utilizável for de 15% aa, R$100,00 no instante zero, valerão mais do que a série de recebimentos prevista (R$90,98).
A taxa mínima de rentabilidade a qual o investidor pode aplicar seus recursos é denominada taxa de atratividade, ou custo de oportunidade do capital próprio. Se o custo do investidor for 15% ao ano, ou seja, tenha a possibilidade aplicar seus recursos a esta taxa, o investimento não será recomendável. Nesta hipótese, se investir nessa alternativa, a importância de R$100,00 remunerada a 15% aa, terá disponível, ao final do terceiro ano, R$152,09, já que:
VF = R$100,00 (1+0,15)3 = R$152,09
Com a importância de R$152,09 resgatará o empréstimo cujo saldo devedor será R$133,10 no final do terceiro ano e ainda obterá um lucro de R$19,00. Deve estar claro que os parâmetros necessários para decisões sobre a conveniência de uma dada alternativa de investimento, ou ainda, de tomar ou não recursos emprestados, dependem de comparações que envolvem o fluxo de caixa do investimento, as oportunidades alternativas de investimentos existentes (inclusive a de aplicar seus recursos a juros), e ainda, a taxa de juros à qual podem ser captados os recursos.
APLICAÇÃO PRÁTICA
1) Usando a fórmula do valor futuro, determine quanto um investidor arrecadará após 5 anos se R$1,00 é depositado e é capitalizado anualmente a taxa de 8%.
2) Usando o método do valor futuro, determine o valor futuro de R$500,00 investido por 8 anos se a taxa de juros é de 12% capitalizado anualmente.
3)Qual é o valor futuro de uma anuidade ao final dos próximos 5 anos se a taxa composta é de 10%, sendo o montante de R$500,00.
 
O valor futuro de uma anuidade após 4 anos é R$4.000,00. Se a taxa de juro composta anual é 8%, qual é o valor de cada pagamento de anuidade?
Uma obrigação do Governo pode ser convertida em R$25.000,00 na data do resgate, daqui a 10 anos. Qual é o valor dessa obrigação se a taxa de desconto no mercado desse título é 9%? (Ignore os pagamentos de juro sobre o título.)
Qual alternativa você prefere: R$4.500,00 em dinheiro ou R$1.200,00 ao ano por um período de 4 anos? Considere taxa de desconto de 10% ao ano.
Você tomou emprestado R$6.000,00 do Banco ABC por um período de 4 anos. A taxa anual de juro é 12%. Você pode determinar seus pagamentos anuais da divida? (Dica: R$6.000,00 é o valor presente dos seus pagamento anuais da divida.)
Determine o valor futuro de R$1.200,00 após 4 anos sob as seguintes situações:
a) o juro é capitalizado anualmente a 12%.
b) o juro é capitalizado semestralmente a 12%.
c) o juro é capitalizado trimestralmente a 16%.
o juro é capitalizado mensalmente a 24%.
9) Uma ação preferencial é normalmente vista como uma perpetuidade. Se o dividendo anual de uma ação ordinária é R$5,00 e a taxa de desconto 10%, qual é o valor da ação preferencial? (Dica: calcule o valor presente de uma perpetuidade de R$5,00.) 
4. ANÁLISE DOS DEMONSTRATIVOS FINANCEIROS
INTRODUÇÃO
		É o estudo da situação de uma parte, ou sistema de partes ou do todo patrimonial de uma empresa ou entidade, através da decomposição de elementos e levantamentos de todos que consistem em relações diversas que entre si passam ter tais elementos, visando-se a conhecer a realidade de um estado ou ajuizar os feitos de uma administração sob certo ponto de vista.
		A análise dos balanços tem por base o balanço e tem por fim conhecer a capacidade de crédito, de solvência, tendência de expansão, rentabilidade etc.
4.1 Análise vertical ou de estrutura
		Na análise vertical, será indicado o percentual de cada item do balanço em relação ao total do grupo de que ele faz parte.
		Para analisar verticalmente o balanço a seguir, calcule quanto cada item do ativo representa em relação ao total do ativo, e da mesma forma o passivo. Os totais do ATIVO e PASSIVO representam 100%.
Tabela 10 – Balanço patrimonial
	BALANÇO PATRIMONIAL
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2000
	ATIVO
	PASSIVO
	Circulante
	R$
	%
	Circulante
	R$
	%
	Disponível
	6400
	6,0
	Fornecedores
	15400
	14,5
	Créditos
	36100
	33,9
	Inst. Financeiras
	17600
	16,5
	Estoques
	28000
	26,3
	Impostos a pagar
	10400
	9,8
	
	
	
	Outros circulantes
	3800
	3,5
	Soma
	70500
	66,2
	Soma
	47200
	44,3
	Realizável L. prazo
	
	
	Exigível a longo prazo
	
	
	Realizável L. prazo
	11000
	10,3
	Inst. Financeiras
	19400
	18,2
	
	
	
	Outros exigíveis
	1010
	1,0
	Soma
	11000
	10,3
	Soma
	20410
	19,2
	Permanente
	
	
	Patrimônio líquido
	
	
	Investimentos
	1500
	1,4
	Capital social
	25000
	23,5
	Imobilizado
	22700
	21,3
	Reserva de capital
	6400
	6,0
	Diferido
	800
	0,8
	Reserva de lucros
	5310
	5,0
	
	
	
	Lucros acumulados
	2180
	2,0
	Soma
	25000
	23,5
	Soma
	38890
	36,5
	
	
	
	
	
	
	Total do Ativo
	106500
	100,0
	Total do Passivo
	106500
	100,0
		
Todos os itens do Ativo são calculados em relação a esse total, passando a representar também percentuais que, somados, totalizarão100%.
		No circulante, o item DISPONÍVEL representa 6% do ativo total e foi assim calculado.
% Disponível 	= Valor Disponível X 100
 	 Valor do ativo total
		= 6400 X 100
 106500
		= 6%
		Da mesma forma fazer este cálculo em todos os itens do ativo e passivo. Observe que a análise de um só balanço, geralmente não tem significado, é necessário a comparação e análise de vários balanços a fim de tirar conclusões realmente aproveitáveis.
		Na análise vertical ou de estrutura, calcula-se os percentuais de cada item do balanço, em relação ao total do ativo e do passivo e compara-os numa sucessão de períodos, verificando como eles se comportam no tempo.
		Façamos a análise vertical de quatro períodos, ou seja de quatro balanços e vejamos o que acontecerá. Nesta análise sem muito detalhes dos itens do balanço patrimonial, para não trazer dificuldades na leitura e interpretação dos relatórios.
Tabela 11 – Análise vertical do balanço
	ANÁLISE VERTICAL DO BALANÇO
	
	Ano 1
	Ano 2
	Ano 3
	Ano 4
	Discriminação
	R$
	%
	R$
	%
	R$
	%
	R$
	%
	ATIVO
	Circulante
	70500
	66,2
	108600
	55,2
	139000
	45,7
	320000
	52,3
	Realizável a L. prazo
	11000
	10,3
	16000
	8,2
	11200
	3,7
	67000
	10,9
	Permanente
	25000
	23,5
	72000
	36,6
	154000
	50,6
	225000
	36,8
	Ativo Total
	106500
	100
	196600
	100
	304200
	100
	612000
	100
	PASIVO
	
	
	
	
	
	
	
	
	Circulante
	47200
	44,3
	116000
	59,0
	175000
	57,5
	467000
	76,3
	Exigível a longo prazo
	20410
	19,2
	13280
	6,8
	45000
	14,8
	46800
	7,6
	Patrimônio líquido
	38890
	36,5
	67320
	34,2
	84200
	27,7
	98200
	16,1
	Passivo Total
	106500
	100
	196600
	100
	304200
	100
	612000
	100
		Como exemplo podemos analisar que nos quatro balanços, o ativo circulante sofreu fortes alterações. No primeiro ano participava com 66,2% do total do ativo, no ano seguinte a participação foi reduzida para 55,2%, em seguida houve nova redução passando para 45,7%, no ano 4 houve pequena recuperação, apresentando participação de 52,3% mas não foi suficiente para recuperar sua participação original.
		Quando um item do balanço tem sua participação diminuída, outro item do mesmo grupo terá maior participação, observe que o ativo permanente sofreu fortes acréscimos, parte decorrente da menor participação do ativo circulante.
		A participação do ativo permanente na estrutura patrimonial deu um "pulo" enorme, passando de 23,5% no ano 1 para 36,8% no ano 4.
		No ano 3 a participação do permanente alcançou 50,6%, aumentos assim indicam situações anormais, devendo ser objeto de análise profunda para detectar as causas reais.
		No ano 4 o permanente foi reduzido para 36,8%, em parte regularizando a situação anormal do ano anterior, houve aquisições especulativas, das quais a empresa se desfez no ano seguinte.
		Em todo caso, quando o ativo permanente tem sua participação aumentada, a empresa poderá estar comprometendo sua posição financeira, a não ser que tenha havido aumento de capital específico para atender as necessidades de ampliação dos investimentos.
		Vejamos o que aconteceu com o passivo circulante, a participação do passivo circulante sofreu violento acréscimo, passando de 44,3% para 76,3%, indicando que a empresa esta utilizando bastante os capitais de “terceiros”.
		Com o exigível a longo prazo ocorreu forte redução na sua participação. A empresa não está conseguindo recursos a longo prazo, provavelmente em decorrência do maior risco a que estão sendo submetidos os capitais de terceiros.
		Analisando o patrimônio líquido, veja que a participação dos capitais próprios no empreendimento diminui sensivelmente, caiu 55,9%. A empresa esta descapitalizando em ritmo acelerado, a participação do patrimônio líquido baixou 36,5% no ano 1, para 16,1 % no ano 4, indicando que a cada ano que passa uma parcela cada vez menor do ativo pertence aos proprietários, ao passo que uma parcela cada vez maior desse mesmo ativo pertence aos capitais de terceiros, o que não é nada conveniente para estes últimos, pois sua margem de segurança torna-se cada vez menor.
�
	Tabela 12 – Análise vertical da evolução do resultado.
	DISCRIMINAÇÃO
	ANO 1
	ANO 2
	ANO 3
	ANO 4
	R$
	%
	R$
	%
	R$
	%
	R$
	%
	A
	Receita operacional líquida sobre IPI
	241780
	100,0
	338500
	100,0
	527300
	100,0
	1259430
	100,0
	B
	Custos dos produtos e serviços vendidos
	140230
	58,0
	203400
	60,1
	302280
	57,3
	750790
	59,6
	C
	Lucro bruto A-B
	101550
	42,0
	135100
	39,9
	225020
	42,7
	508640
	40,4
	D
	Despesas Operacionais
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Impostos Operacionais (ICMS, ISS, PIS)
	17820
	7,4
	25100
	7,4
	42300
	8,0
	132610
	10,5
	
	Despesas com vendas
	27340
	11,3
	38480
	11,4
	86540
	16,4
	140930
	11,2
	
	Despesas com diretoria
	2580
	1,1
	3510
	1,0
	3600
	0,7
	7240
	0,6
	
	Despesas Administrativas
	10940
	4,5
	14860
	4,4
	25850
	4,9
	63270
	5,0
	
	Despesas tributárias
	410
	0,2
	340
	0,1
	2450
	0,5
	2640
	0,2
	
	Despesas gerais
	6730
	2,8
	9540
	2,8
	4860
	0,9
	12700
	1,0
	
	SOMA (D)
	65820
	27,3
	91740
	27,1
	165600
	31,4
	359390
	28,5
	E
	Lucro Operacional C-D
	35730
	14,7
	43360
	12,8
	59240
	11,3
	149250
	11,8
	F
	Despesas financeiras
	7850
	3,2
	15780
	4,7
	42700
	8,1
	128610
	10,2
	G
	Resultado não operacional
	1200
	0,5
	2100
	0,6
	1570
	0,3
	2560
	0,2
	H
	Lucro líquido antes do IR (E-F+G)
	29080
	12,0
	29680
	8,7
	18290
	3,5
	23200
	1,8
	I
	Imposto de renda
	10470
	4,3
	10390
	3,1
	6580
	1,2
	8580
	0,7
	J
	Lucro líquido H-I
	18610
	7,7
	19290
	5,6
	11710
	2,3
	14620
	1,1
�
As receitas operacionais representam 100%, portanto, todos demais itens do demonstrativo estão calculados em relação aos valores da receitas.
O cálculos dos percentuais, é feito multiplicando o item por cem e dividindo–o, no caso, pelo valores da receitas. 
% Custos dos Produtos Vendidos		 = C.P.V x 100
 	 	 Receita Operacional
					= 140.230 x 100
					 241.780
					= 58,0%
Analisando o demonstrativo, veja inicialmente, a última linha do mesmo - LUCRO LÍQUIDO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA. Observe que o percentual do lucro sobre as vendas diminuiu assustadoramente, passando de 12,0% para 1,8%, com isto conclui–se que a rentabilidade da empresa está deteriorando. 
Para detectar as causas, terá que analisar item por item do demonstrativo.
O demonstrativo faz a comparação de quatro anos consecutivos, assim sendo o trabalho será analisar o comportamento percentual de cada item no decorrer desses quatro anos.
Inicialmente observe que o ano 1, tomando como base, pode ser considerado com um bom ano, pois o lucro líquido de 12,0% sobre as vendas, pelo históricos da empresa, foi considerado bastante satisfatório.
Já que o ano considerado bom, a expectativa naturalmente seria de que nos anos seguintes as coisa acontecessem daí para melhor.
VEJA O COMPORTAMENTO DO....
CUSTOS DOS PRODUTOS VENDIDOS
De 58,0% subiu para 60,11%, depois desceu para 57,3% e finalmente subiu para 59,6%. Há um acréscimo em relação ao ano 1, entretanto não é muito significativo, face a grande redução ocorrida no lucro líquido sobre as vendas.
IMPOSTOS OPERACIONAIS
 
Neste item houve um grande acréscimo na participação, passando de 7,4% para 10,5%.
Tomar cuidado com as conclusões, no caso do imposto operacional, para verificar o acréscimo real, deverá calcular o percentual de aumento. 
			% de Acréscimo 		= 10,50 x 100 - 100
						 7,4
					 	= 141,89

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