Buscar

AS TICS APLICADAS NO ENSINO SUPERIOR 1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL 
FAVENI – FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AS TIC’S APLICADAS NO ENSINO 
SUPERIOR 
 
 
 
 
 
ESPÍRITO SANTO 
 
 
 
2 
 
SUMÁRIO 
1 AS NOVAS TECNOLOGIAS E A REJEIÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA 
EDUCAÇÃO ................................................................................................................ 3 
2 DESCREVENDO SOBRE O TERMO TECNOLOGIA ................................. 4 
3 TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO .................................................................... 5 
4 AS NOVAS MÍDIAS .................................................................................... 8 
4.1 Lista Eletrônica/Fórum ........................................................................ 10 
4.2 Aulas-pesquisa ................................................................................... 11 
4.3 Construção colaborativa ..................................................................... 13 
4.4 Mudanças na educação presencial com tecnologias ......................... 15 
4.5 Quando vale a pena encontrar-nos na sala de aula? ......................... 16 
4.6 Equilibrar o presencial e o virtual ....................................................... 17 
5 TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ..................................... 19 
6 O PAPEL DO PROFESSOR NO PROCESSO EDUCATIVO ................... 21 
7 O USO DA TECNOLOGIA DIGITAL ......................................................... 24 
8 REFERENCIAIS ....................................................................................... 28 
9 COMPLEMENTAR .................................................................................... 30 
9.1 Ensino Da Informática Na Graduação Em Enfermagem De Instituições 
Públicas Brasileiras ............................................................................................... 30 
9.2 Introdução .......................................................................................... 31 
9.3 Métodos .............................................................................................. 33 
9.4 Resultados ......................................................................................... 34 
9.5 Discussão ........................................................................................... 36 
9.6 Conclusão .......................................................................................... 38 
10 REFERÊNCIAS ..................................................................................... 39 
 
 
 
3 
 
1 AS NOVAS TECNOLOGIAS E A REJEIÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA 
EDUCAÇÃO 
 
Fonte: /www.google.com.br/ 
As tecnologias sempre existiram, mesmo que não reconhecidas por essa 
nomenclatura. Elas são as ferramentas que usamos para solucionar, da melhor forma, 
questões as quais levariam, talvez, muito tempo para resolvê-las, tornando mais 
prático e confortável o processo de execução das nossas atividades diárias. 
As novas tecnologias estão em todo e qualquer lugar, seja em fábricas ou nas 
demais empresas dos mais diversos segmentos, não ficando de fora, é claro, o setor 
educacional e, influenciando no processo de ensino-aprendizagem. Sabemos que 
essas ferramentas vêm a facilitar a forma do trabalho dentro e fora das escolas, o que 
não quer dizer que essa facilidade seja vista por todos com bons olhos, pois, há uma 
grande quantidade de profissionais da educação, principalmente professores, que não 
aceitam as novas tecnologias como instrumento transformador na sua prática 
pedagógica. 
Essa rejeição muitas vezes se dá devido à falta de conhecimento, por parte 
desses, sobre a forma como utilizá-las para adquirir praticidade no processo de 
ensino-aprendizagem. Se as novas tecnologias educacionais não são usadas, torna 
 
 
4 
 
cada vez mais difícil o processo de inclusão digital tão discutido e esperado. O que 
não quer dizer que o uso desordenado dessas tecnologias será bem aproveitado, pois 
o que importa é saber usá-las e não apenas usá-las. 
2 DESCREVENDO SOBRE O TERMO TECNOLOGIA 
 
Fonte: Fonte:/www.google.com.br/ 
Tecnologia é conhecimento, interpretação, aplicação e/ou estudo de técnica e 
de suas variáveis, enquanto aplicação e aplicativo, ao longo da história e em 
determinada sociedade. É um termo muito abrangente que envolve conhecimentos 
técnicos e científicos, este sugere objetos que são suas ferramentas, que usamos 
para aplicar em cada contexto. Não só as ferramentas técnicas, como as máquinas, 
como também os conhecimentos. Sendo assim, todo processo utilizado para facilitar 
ou resolver problemas é uma forma de tecnologia, obviamente sendo aplicada ao seu 
contexto especifico, auxiliando-nos na busca de solução dos problemas, de forma 
prática, com segurança e em tempo reduzido. Segundo Daniel, “Tecnologia é a 
aplicação do conhecimento cientifico, e de outras formas de conhecimento 
organizado, a tarefa prática por organizações compostas de pessoal e maquinas” 
(DANIEL 2003:26 APUD ZANELA, 2007:1). 
O termo “tecnologia” tem ligação forte com um movimento surgido na Inglaterra 
em meados do século XVIII: a Revolução Industrial, denominada assim por ser a 
responsável pelo avanço das maquinas sobre a manufatura. O que para o liberalismo 
 
 
5 
 
econômico teriam muitos benefícios, de forma que aumentaria a produção, 
aumentando o lucro de pessoal, podendo também fazer os produtos caírem de preço. 
Uma tecnologia nova é oriunda de tecnologias já existentes, tornando-se 
ultrapassada a partir dessa, ou seja, sendo um novo método para resolução de 
problemas. Sempre surge para executar tarefas que a existente não tem suporte ou 
para executar tarefas em menor tempo que a tecnologia que já existe: o chamado 
aperfeiçoamento ou evolução objetivando redução de tempo na execução da 
atividade, redução de custo e aumento de lucros. As tecnologias e seus avanços são 
frutos do capitalismo. A evolução da humanidade a partir da descoberta do fogo, da 
roda, da energia etc., é um exemplo claríssimo de análise diacrônica da história das 
tecnologias. “A invenção da imprensa por Gutemberg em 1442 foi a primeira grande 
revolução tecnológica na história da cultura humana [...]”. (PAIVA, 2008. p.2). 
Hoje, usamos a tecnologia para nos divertir, fazer amizades, trabalhar, cuidar 
da saúde, nos comunicar, etc. As tecnologias são tão presentes em nossas vidas que 
chegam a mudar a forma como trabalhamos ou pensamos e, levando-nos assim, a 
mudar o nosso modo de vida tornando-o mais fácil e prático. 
3 TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO 
 
Fonte: Fonte:www.google.com.br 
Quando se fala em recursos tecnológicos, pensa-se logo na televisão, no 
telefone e, principalmente, no computador. Mas em se tratando de educação qualquer 
 
 
6 
 
meio de comunicação que completa a ação do professor é uma ferramenta 
tecnológica na busca da qualidade do processo de ensino-aprendizagem. Exemplos 
disso são: o quadro negro e o giz, umas das ferramentas mais antigas e mais usadas 
na sala de aula. 
A Internet é a nova tecnologia que tem se mostrado eficiente na transmissão 
de informações e na comunicação, importantíssima na construção do conhecimento. 
Através dela é possível fazer os mais diversos tipos de pesquisas, ter acesso a 
conteúdos completos de livros, revistas, bem como comunicar-se com o mundo 
adquirindo informações em tempo real bem próximo à comunicação face a face. 
Mediada através do computador uma potente ferramenta que nos proporciona 
inúmeras formas de uso na educação, mesmo sem o uso da rede mundial de 
computadores, a internet, nos propicia o rompimento da barreira do tempo e do espaço 
nos mais variadosseguimentos. Mas é essa potente máquina composta por 
componentes simples interligados, o computador, que nos permite o acesso a esse 
grande potencial na mediação de informações permitindo a interação global através 
dos mais variados meios, agrupando, assim, todas as tecnologias de comunicação já 
inventadas pelo homem transformando-se no aliado perfeito na busca do 
conhecimento. 
A tecnologia da informática evoluiu rapidamente e o computador e seus 
periféricos, além do correio e do telégrafo, passaram a integrar todas as tecnologias 
da escrita, de áudio e vídeo já inseridos na sociedade: máquina de escrever, imprensa, 
gravador de áudio e vídeo, projetor de slides, projetor de vídeo, rádio, televisão, 
telefone e fax. (PAIVA, 2008. p.9). 
Com a evolução tecnológica, a comunicação através da Internet, surge como a 
forma mais viável de suprir essa necessidade, do homem moderno, de comunicar-se 
rapidamente sem a necessidade de estarem no mesmo local ou até no mesmo 
momento. 
O homem por ser altamente comunicativo utiliza-se de vários meios para 
manter sua comunicação: imagens, símbolos, sinais, gravuras, sons e muitos outros, 
além da escrita e da fala. Com a evolução da linguagem percebemos que os signos 
linguísticos vêm sofrendo modificações na comunicação oral e consequentemente na 
escrita perdendo elementos da sua composição. Com o avanço da comunicação 
através das mensagens instantâneas, isso tem acontecido constantemente porque o 
 
 
7 
 
homem moderno, na sociedade capitalista, necessita das informações no menor 
tempo possível. Os signos linguísticos são reduzidos objetivando a diminuição do 
tempo de transmissão de mensagens e aceleração na comunicação. As ferramentas 
tecnológicas, hoje, são instrumentos eletrônicos indispensáveis no processo de 
evolução prática da comunicação. Com essa nova forma de comunicação, o homem 
passa a obter uma enorme quantidade de informações em curto espaço de tempo não 
sendo possível seu armazenamento, pois, nosso cérebro não funciona com tamanha 
rapidez. 
Com o domínio da informática, o homem passou a dominar inúmeras novas 
tecnologias, sem desprezar as já existentes, reportando-nos, por exemplo, a 
tecnologia educacional, denominadas por Zanela de TIC. “Tecnologias da Informação 
e da Comunicação (TIC), é o conjunto de tecnologias microeletrônicas, informáticas e 
de telecomunicações, que produzem, processam, armazenam e transmite dados em 
forma de imagens, vídeos textos ou áudios. ” (ZANELA, 2007. p.25). 
Mas seu uso constante sem planejamento orientado tem se tornado um grande 
problema. Fortalece argumentos por parte de alguns profissionais da educação como 
suporte ideário de resistência no processo de adesão das novas tecnologias como 
ferramenta pedagógica essencial no processo de ensino-aprendizagem. Este 
processo é apresentado, por Paiva, numa classificação em estágios: rejeição, adesão 
e normalização. 
Quando surge uma nova tecnologia, a primeira atitude é de desconfiança e de 
rejeição. Aos poucos, a tecnologia começa a fazer parte das atividades sociais da 
linguagem e a escola acaba por incorporá-la em suas práticas pedagógicas. Após a 
inserção, vem o estágio da normalização, definido por Chambers e Bax (2006, p.465) 
como um estado em que a tecnologia se integra de tal forma ás práticas pedagógicas 
que deixa de ser vista como cura milagrosa ou como algo a ser temido. (PAIVA, 2008. 
p.1). 
Educar é colaborar para que professores e alunos - nas escolas e organizações 
- transformem suas vidas em processos permanentes de aprendizagem. É ajudar os 
alunos na construção da sua identidade, do seu caminho pessoal e profissional - do 
seu projeto de vida, no desenvolvimento das habilidades de compreensão, emoção e 
comunicação que lhes permitam encontrar seus espaços pessoais, sociais e 
profissionais e tornar-se cidadãos realizados e produtivos. 
 
 
8 
 
Na sociedade da informação todos estamos reaprendendo a conhecer, a 
comunicar-nos, a ensinar e a aprender; a integrar o humano e o tecnológico; a integrar 
o individual, o grupal e o social. 
Uma mudança qualitativa no processo de ensino/aprendizagem acontece 
quando conseguimos integrar dentro de uma visão inovadora todas as tecnologias: as 
telemáticas, as audiovisuais, as textuais, as orais, musicais, lúdicas e corporais. 
 Passamos muito rapidamente do livro para a televisão e vídeo e destes para o 
computador e a Internet, sem aprender e explorar todas as possibilidades de cada 
meio. 
4 AS NOVAS MÍDIAS 
 
Fonte: noticiascatolicas.com.br 
O professor tem um grande leque de opções metodológicas, de possibilidades 
de organizar sua comunicação com os alunos, de introduzir um tema, de trabalhar 
com os alunos presencial e virtualmente e assim avaliá-los. 
 Cada docente pode encontrar a forma mais adequada de integrar as 
várias tecnologias e procedimentos metodológicos. Mas também é importante que 
amplie, que aprenda a dominar as formas de comunicação interpessoal/grupal e as 
de comunicação audiovisual/telemática. 
 
 
9 
 
 Não se trata de dar receitas, porque as situações são muito 
diversificadas. É importante que cada docente encontre o que lhe ajuda mais a sentir-
se bem, a comunicar-se bem, ensinar bem, ajudar os alunos a que aprendam melhor. 
É importante diversificar as formas de dar aula, de realizar atividades, de avaliar. 
 Com a Internet podemos modificar mais facilmente a forma de ensinar e 
aprender tanto nos cursos presenciais como nos à distância. São muitos os caminhos, 
que dependerão da situação concreta em que o professor se encontrar: número de 
alunos, tecnologias disponíveis, duração das aulas, quantidade total de aulas que o 
professor dá por semana, apoio institucional. Alguns parecem ser, atualmente, mais 
viáveis e produtivos. 
 No começo procurar estabelecer uma relação empática com os alunos, 
procurando conhecê-los, fazendo um mapeamento dos seus interesses, formação e 
perspectivas futuras. A preocupação com os alunos, a forma de relacionar-nos com 
eles é fundamental para o sucesso pedagógico. Os alunos captam se o professor 
gosta de ensinar e principalmente se gosta deles e isso facilita a sua prontidão para 
aprender. 
 Vale a pena descobrir as competências dos alunos que temos em cada 
classe, que contribuições podem dar ao nosso curso. Não vamos impor um projeto 
fechado de curso, mas um programa com as grandes diretrizes delineadas e onde 
vamos construindo caminhos de aprendizagem em cada etapa, estando atentos - 
professor e alunos - para avançar da forma mais rica possível em cada momento 
 É importante mostrar aos alunos o que vamos ganhar ao longo do 
semestre, por que vale a pena estarmos juntos. Procurar motivá-los para aprender, 
para avançar, para a importância da sua participação, para o processo de aula-
pesquisa e para as tecnologias que iremos utilizar, entre elas a Internet. 
 O professor pode criar uma página pessoal na Internet, como espaço 
virtual de encontro e divulgação, um lugar de referência para cada matéria e para cada 
aluno. Essa página pode ampliar o alcance do trabalho do professor, de divulgação 
de suas ideias e propostas, de contato com pessoas fora da universidade ou escola. 
Num primeiro momento a página pessoal é importante como referência virtual, como 
ponto de encontro permanente entre ele e os alunos. A página pode ser aberta a 
qualquer pessoa ou só para os alunos, dependerá de cada situação. O importante é 
 
 
10 
 
que professor e alunos tenham um espaço, além do presencial, de encontro e 
viabilização virtual. 
 Hoje começamos a ter acesso a programas que facilitam a criação de 
ambientes virtuais, que colocam alunose professores juntos na Internet. Programas 
como o Eureka da PUC de Curitiba, o LearningSpace da Lotus-IBM, o WEBCT, o 
Aulanet da PUC do Rio de Janeiro, o FirstClass, o Blackboard e outros semelhantes 
permitem que o Professor disponibilize o seu curso, oriente as atividades dos alunos, 
e que estes criem suas páginas, participem de pesquisa em grupos, discutam 
assuntos em fóruns ou chats. O curso pode ser construído aos poucos, as interações 
ficam registradas, as entradas e saídas dos alunos monitoradas. O papel do professor 
se amplia significativamente. Do informador, que dita conteúdo, se transforma em 
orientador de aprendizagem, em gerenciador de pesquisa e comunicação, dentro e 
fora da sala de aula, de um processo que caminha para ser semipresencial, 
aproveitando o melhor do que podemos fazer na sala de aula e no ambiente virtual. 
 O professor, tendo uma visão pedagógica inovadora, aberta, que 
pressupõe a participação dos alunos, pode utilizar algumas ferramentas simples da 
Internet para melhorar a interação presencial-virtual entre todos. 
4.1 LISTA ELETRÔNICA/FÓRUM 
 
 Fonte: www.usabilidoido.com.br 
 
 
 
11 
 
Em relação à Internet, procurar que os alunos dominem as ferramentas da 
WEB, que aprendam a navegar e que todos tenham seu endereço eletrônico (e-mail). 
Com os e-mails de todos, criar uma lista interna de cada turma ou um fórum. 
 A lista eletrônica interna ajuda a criar uma conexão virtual permanente 
entre o professor e os alunos, a levar informações importantes para o grupo, 
orientação bibliográfica, de pesquisa, a dirigir dúvidas, a trocarmos sugestões, envio 
de textos, de trabalhos. 
 A lista eletrônica é um novo campo de interação que se acrescenta ao 
que começa na sala de aula, no contato físico e que depende dele. Se houver 
interação real na sala, a lista acrescenta uma nova dimensão, mais rica. Se no 
presencial houver pouca interação, provavelmente também não a haverá no virtual. 
4.2 Aulas-pesquisa 
Podemos transformar uma parte das aulas em processos contínuos de 
informação, comunicação e de pesquisa, onde vamos construindo o conhecimento 
equilibrando o individual e o grupal, entre o professor-coordenador-facilitador e os 
alunos-participantes ativos. Aulas-informação, onde o professor mostra alguns 
cenários, algumas sínteses, o estado da arte, as coordenadas de uma questão ou 
tema. Aulas-pesquisa, onde professores e alunos procuram novas informações, 
cercar um problema, desenvolver uma experiência, avançar em um campo que não 
conhecemos. O professor motiva, incentiva, dá os primeiros passos para sensibilizar 
o aluno para o valor do que vamos fazer, para a importância da participação do aluno 
neste processo. Aluno motivado e com participação ativa avança mais, facilita todo o 
nosso trabalho. O papel do professor agora é o de gerenciador do processo de 
aprendizagem, é o coordenador de todo o andamento, do ritmo adequado, o gestor 
das diferenças e das convergências. 
 Uma proposta viável é escolher os temas fundamentais do curso e 
trabalhá-los mais coletivamente e os secundários ou pontuais pesquisá-los mais 
individualmente ou em pequenos grupos. Os grandes temas da matéria são 
coordenados pelo professor, iniciados pelo professor, motivados pelo professor, mas 
pesquisados pelos alunos, às vezes, todos simultaneamente; às vezes, em grupos; 
às vezes, individualmente. 
 
 
12 
 
A pesquisa grupal na Internet pode começar de forma aberta, dando somente 
o tema sem referências a sites específicos, para que os alunos procurem de acordo 
com a sua experiência e conhecimento prévio. Isso permite ampliar o leque de opções 
de busca, a variedade de resultados, a descoberta de lugares desconhecidos pelo 
professor. Eles vão gravando os endereços, artigos e imagens mais interessantes em 
disquete e também fazem anotações escritas, com rápidos comentários sobre o que 
estão salvando O professor incentiva a troca constante de informações, a 
comunicação, mesmo parcial, dos resultados que vão sendo obtidos, para que todos 
possam se beneficiar dos achados dos colegas. É mais importante aprender através 
da colaboração, da cooperação do que da competição. O professor estará atento aos 
vários ritmos, às descobertas, servirá de elo entre todos, será o divulgador de 
achados, o problematizador e principalmente o incentivador. Depois de um tempo, ele 
coordena a síntese das buscas feitas, organiza os resultados, os caminhos que 
parecem mais promissores. 
 Passa-se, num segundo momento, à pesquisa mais focada, mais 
específica, a partir dos resultados anteriores. O mesmo tema vai ser pesquisado no 
mesmo endereço, de forma semelhante por todos. É uma forma de aprofundar os 
dados conseguidos anteriormente e evitar o alto grau de entropia e dispersão que 
pode acontecer na etapa anterior da pesquisa aberta. Como na etapa anterior é 
importante a troca de informações, a divulgação dos principais achados. Há vários 
caminhos para aprofundar as pesquisas: Do simples ao complexo, do geral ao 
específico, do aberto ao dirigido, focado. Os temas podem ser aprofundados como em 
ondas, cada vez mais ricas, abertas, aprofundadas. Os alunos comunicam os 
resultados da pesquisa. O professor os ajuda a fazer a síntese do que encontraram. 
 O professor atua como coordenador, motivador, elo de união do grupo. 
Os textos e materiais que parecem mais promissores são salvos, impressos ou 
enviados por e-mail para cada aluno. Faz-se uma síntese dos materiais coletados, 
das ideias percebidas, das questões levantadas e se pede que todos leiam esses 
materiais que parecem mais importantes para a próxima aula, numa leitura mais 
aprofundada e que sirva como elo com a próxima etapa de uma discussão mais rica, 
com conhecimento de causa. Os melhores textos e materiais podem ser incorporados 
à bibliografia do curso. O professor utilizou uma parte do material preparado de 
antemão (planejamento) e o enriqueceu com as novas contribuições da pesquisa 
 
 
13 
 
grupal (construção cooperativa). Assim o papel do aluno não é o de "tarefeiro", o de 
executar atividades, mas o de pesquisador, responsável pela riqueza, qualidade e 
tratamento das informações coletadas. O professor está atento às descobertas, às 
dúvidas, ao intercâmbio das informações (os alunos pesquisam, escolhem, 
imprimem), ao tratamento das informações. O professor ajuda, problematiza, 
incentiva, relaciona. 
 Ao mesmo tempo, o professor coordena a escolha de temas ou questões 
mais específicas, que são selecionados ou propostos pelos alunos, dentro dos 
parâmetros propostos pelo professor e que serão desenvolvidos individualmente ou 
em pequenos grupos. É interessante que os alunos escolham algum assunto dentro 
do programa que esteja mais próximo do que eles valorizam mais. Quanto mais jovens 
são os alunos, mais curto deve ser o tempo entre o planejamento e a execução das 
pesquisas. Nas datas combinadas, as pesquisas são apresentadas verbalmente para 
a classe, trazem um resumo escrito para a aula ou o enviam pela lista interna para 
todos os participantes. Alunos e professor perguntam, complementam, participam. 
 O professor procura ajudar a contextualizar, a ampliar o universo 
alcançado pelos alunos, a problematizar, a descobrir novos significados no conjunto 
das informações trazidas. Esse caminho de ida e volta, onde todos se envolvem, 
participam-na sala de aula, na lista eletrônica e na Home Page - é fascinante, criativo, 
cheio de novidades e de avanços. O conhecimento que é elaborado a partir da própria 
experiência se torna muito mais forte e definitivo em nós. 
4.3 Construção colaborativa 
 
Fonte:blogmidia8.com/ 
 
 
14 
 
A Internetfavorece a construção cooperativa e colaborativa, o trabalho conjunto 
entre professores e alunos, próximos física ou virtualmente. Podemos participar de 
uma pesquisa em tempo real, de um projeto entre vários grupos, de uma investigação 
sobre um problema de atualidade. 
Uma das formas mais interessantes de trabalhar hoje colaborativamente é criar 
uma página dos alunos, como um espaço virtual de referência, onde vamos 
construindo e colocando o que acontece de mais importante no curso, os textos, os 
endereços, as análises, as pesquisas. Pode ser um site provisório, interno, sem 
divulgação, que eventualmente poderá ser colocado à disposição do público externo. 
Pode ser também um conjunto de sites individuais ou de pequenos grupos que se 
visibilizam quando os alunos acharem conveniente. Não deve ser obrigatória a criação 
da página, mas incentivar a que todos participem e a construam. O formato, colocação 
e atualização podem ficar a cargo de um pequeno grupo de alunos. 
 O importante é combinar o que podemos fazer melhor em sala de aula: 
conhecer-nos, motivar-nos, reencontrar-nos, com o que podemos fazer a distância 
pela lista - comunicar-nos quando for necessário e também acessar aos materiais 
construídos em conjunto no Home-Page, na hora em que cada um achar conveniente. 
 É importante neste processo dinâmico de aprender pesquisando, utilizar 
todos os recursos, todas as técnicas possíveis por cada professor, por cada 
instituição, por cada classe: integrar as dinâmicas tradicionais com as inovadoras, a 
escrita com o audiovisual, o texto sequencial com o hipertexto, o encontro presencial 
com o virtual. 
 O que muda no papel do professor? Muda a relação de espaço, tempo 
e comunicação com os alunos. O espaço de trocas aumenta da sala de aula para o 
virtual. O tempo de enviar ou receber informações se amplia para qualquer dia da 
semana. O processo de comunicação se dá na sala de aula, na internet, no e-mail, 
no chat. É um papel que combina alguns momentos do professor convencional - às 
vezes é importante dar uma bela aula expositiva - com mais momentos de gerente de 
pesquisa, de estimulador de busca, de coordenador dos resultados. É um papel de 
animação e coordenação muito mais flexível e constante, que exige muita atenção, 
sensibilidade, intuição (radar ligado) e domínio tecnológico. 
 
 
 
15 
 
4.4 Mudanças na educação presencial com tecnologias 
Caminhamos para formas de gestão menos centralizadas, mais flexíveis, 
integradas. Para estruturas mais enxutas. Menos pessoas, trabalhando mais 
sinergicamente. Haverá maior participação dos professores, alunos, pais, da 
comunidade na organização, gerenciamento, atividades, rumos de cada instituição 
escolar. 
 Está em curso uma reorganização física dos prédios. Menos quantidade 
de salas de aula e mais funcionais. Todas elas com acesso à Internet. Os alunos 
começam a utilizar o notebook para pesquisa, busca de novos materiais, para solução 
de problemas. O professor também está mais conectado em casa e na sala de aula e 
com recursos tecnológicos para exibição de materiais de apoio para motivar os alunos 
e ilustrar as suas ideias. Teremos mais ambientes de pesquisa grupal e individual em 
cada escola; as bibliotecas se convertem em espaços de integração de mídias, 
software e bancos de dados. 
 
 
Fonte: tecnologiasescritoriomovelfuturo.wordpress.com 
Os processos de comunicação tendem a ser mais participativos. A relação 
professor-aluno mais aberta, interativa. Haverá uma integração profunda entre a 
sociedade e a escola, entre a aprendizagem e a vida. A aula não é um espaço 
de inanimado; e sim um espaço contínuo de aprendizagem. Os cursos serão híbridos 
no estilo, presença, tecnologias, requisitos. Haverá muito mais flexibilidade em todos 
 
 
16 
 
os sentidos. Uma parte das matérias será predominantemente presencial e outra 
predominantemente virtual. O importante é aprender e não impor um padrão único de 
ensinar. 
 Com o aumento da velocidade e de largura de banda, ver-se e ouvir-se 
a distância será corriqueiro. O professor poderá dar uma parte das aulas da sua sala 
e será visto pelos alunos onde eles estiverem. Em uma parte da tela do aluno 
aparecerá a imagem do professor, ao lado um resumo do que está falando. O aluno 
poderá fazer perguntas no modo chat ou sendo visto, com autorização do professor, 
por este e pelos colegas. Essas aulas ficarão gravadas e os alunos poderão acessá-
las off-line, quando acharem conveniente. 
 Haverá uma integração maior das tecnologias e das metodologias de 
trabalhar com o oral, a escrita e o audiovisual. Não precisaremos abandonar as formas 
já conhecidas pelas tecnologias telemáticas, só porque estão na moda. Integraremos 
as tecnologias novas e as já conhecidas. As utilizaremos como mediação facilitadora 
do processo de ensinar e aprender participativamente. 
 Haverá uma mobilidade constante de grupos de pesquisa, de 
professores participantes em determinados momentos, professores da mesma 
instituição e de outras. 
4.5 Quando vale a pena encontrar-nos na sala de aula? 
 
Fonte:www.google.com. 
 
 
17 
 
Podemos ensinar e aprender com programas que incluam o melhor da 
educação presencial com as novas formas de comunicação virtual. Há momentos em 
que vale a pena encontrar-nos fisicamente, no começo e no final de um assunto ou 
de um curso. Há outros em que aprendemos mais estando cada um no seu espaço 
habitual, mas conectados com os demais colegas e professores, para intercâmbio 
constante, tornando real o conceito de educação permanente. 
 Como regra geral, podemos encontrar-nos fisicamente no começo e no 
final de um novo tema, de um assunto importante. No início, para colocar esse tema 
dentro de um contexto maior, para motivar os alunos, para que percebam o que vamos 
pesquisar e para organizar como vamos pesquisá-lo. Os alunos, iniciados ao novo 
tema e motivados, o pesquisam, sob a supervisão do professor e voltam a aula depois 
de um tempo para trazer os resultados da pesquisa, para colocá-los em comum. 
 É o momento final do processo, de trabalhar em cima do que os alunos 
apresentaram, de complementar, questionar, relacionar o tema com os demais. 
Vale a pena encontrar-nos no início de um processo específico de 
aprendizagem e no final, na hora da troca, da contextualização. Iniciar o processo 
presencialmente. O professor estimula, motiva. Coloca uma questão, um problema, 
uma situação real. Os alunos pesquisam com a supervisão dele. Uma parte das aulas 
pode ser substituída por acompanhamento, monitoramento de pesquisa, onde o 
professor dá subsídios para os alunos irem além das primeiras descobertas, para 
ajudá-los nas suas dúvidas. Isso pode ser feito pela Internet, por telefone ou pelo 
contato pessoal com o professor. 
4.6 Equilibrar o presencial e o virtual 
 
Fonte: www.google.com.br 
 
 
18 
 
 
Se tivermos dificuldades no ensino presencial, não as resolveremos com o 
virtual. Se olhando-nos, estando juntos temos problemas sérios não resolvidos no 
processo de ensino-aprendizagem, não será "espalhando-nos" e "conectando-nos" 
que vamos solucioná-los automaticamente. 
 Podemos tentar a síntese dos dois modos de comunicação: o presencial 
e o virtual, valorizando o melhor de cada um deles. Aproveitar o melhor dos dois 
modos de estar. 
Estar juntos fisicamente é importante em determinados momentos fortes: 
conhecer-nos, criar elos, confiança, afeto. Conectados, para realizar trocas mais 
rápidas, cômodas e práticas. 
 Realizar atividades que fazemos melhor no presencial: comunidades, 
criar grupos afins (por algum critério específico); definir objetivos, conteúdos, formasde pesquisa de temas novos, de cursos novos. Traçar cenários, passar as 
informações iniciais necessárias para situar-nos diante de um novo assunto ou 
questão a ser pesquisada. 
 A comunicação virtual permite interações espaço-temporais mais livres; 
a adaptação a ritmos diferentes dos alunos; novos contatos com pessoas 
semelhantes, fisicamente distantes; maior liberdade de expressão a distância. 
 Certas formas de comunicação, as conseguirmos fazer melhor a 
distância, por dificuldades culturais e educacionais de abrir-nos no presencial. Na 
medida em que avançam as tecnologias de comunicação virtual, o conceito de 
presencialidade também se altera. Podemos ter professores externos compartilhando 
determinadas aulas, um professor de fora "entrando" por videoconferência na minha 
aula. Haverá um intercâmbio muito maior de professores, onde cada um colabora em 
algum ponto específico, muitas vezes a distância. 
 O conceito de curso, de aula também muda. Hoje entendemos por aula 
um espaço e tempo determinados. Esse tempo e espaço cada vez serão mais 
flexíveis. O professor continua "dando aula" quando está disponível para receber e 
responder mensagens dos alunos, quando cria uma lista de discussão e alimenta 
continuamente os alunos com textos, páginas da Internet, fora do horário específico 
da sua aula. Há uma possibilidade cada vez mais acentuada de estarmos todos 
presentes em muitos tempos e espaços diferentes, quando tanto professores quanto 
 
 
19 
 
os alunos estão motivados e entendem a aula como pesquisa e intercâmbio, 
supervisionados, animados, incentivados pelo professor. 
 As crianças terão muito mais contato físico, pela necessidade de 
socialização, de interação. Mas nos cursos médios e superiores, o virtual superará o 
presencial. Haverá uma grande reorganização das escolas. Edifícios menores. Menos 
salas de aula e mais sala ambiente, salas de pesquisa, de encontro, interconectadas. 
A casa, o escritório será o lugar de aprendizagem. 
Poderemos também oferecer cursos predominantemente presenciais e outros 
predominantemente virtuais. Isso dependerá do tipo de matéria, das necessidades 
concretas de cobrir falta de profissionais em áreas específicas ou de aproveitar melhor 
especialistas de outras instituições, que seria difícil contratar. 
 Caminhamos rapidamente para processos de ensino-aprendizagem 
totalmente audiovisuais e interativos. Veremos, ouviremos, escreveremos 
simultaneamente, com facilidade, a um custo baixo, às vezes em grupos grandes, em 
outros em grupos pequenos ou de dois em dois. 
5 TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
 
Fonte: www.educacao.cc/ 
Estamos numa fase de transição na educação à distância. Muitas organizações 
estão limitando-se a transpor para as virtuais adaptações do ensino presencial (aula 
 
 
20 
 
multiplicada ou disponibilizada). Há um predomínio de interação virtual fria 
(formulários, rotinas, provas, e-mail) e alguma interação on-line. Começamos a passar 
dos modelos predominantemente individuais para os grupais. A educação a distância 
mudará radicalmente de concepção, de individualista para mais grupal, de utilização 
predominantemente isolada para utilização participativa, em grupos. Das mídias 
unidirecionais, como o jornal, a televisão e o rádio, caminhamos para mídias mais 
interativas. Da comunicação off-line evoluímos para um mix de comunicação off e on-
line (em tempo real). 
 Educação a distância não é só um "fast-food" aonde o aluno vai lá e se 
serve de algo pronto. Educação a distância é ajudar os participantes a que equilibrem 
as necessidades e habilidades pessoais com a participação em grupos -presenciais e 
virtuais - onde avançamos rapidamente, trocamos experiências, dúvidas e resultados. 
Iremos combinando daqui em diante cursos presenciais com virtuais, uma parte dos 
cursos presenciais será feita virtualmente. Uma parte dos cursos a distância será feita 
de forma presencial ou virtual-presencial, vendo-nos e ouvindo-nos. Períodos de 
pesquisa mais individual com outros de pesquisa e comunicação conjunta. Alguns 
cursos poderão fazê-los sozinhos com a orientação virtual de um tutor e em outros 
será importante compartilhar vivências, experiências, ideias. 
 A internet está caminhando para ser audiovisual, para transmissão em 
tempo real de som e imagem (tecnologias streaming). Cada vez será mais fácil fazer 
integrações mais profundas entre TV e WEB. 
 As possibilidades educacionais que se abrem são fantásticas. Com o 
alargamento da banca de transmissão como acontece na TV a cabo torna-se mais 
fácil poder ver-nos e ouvir-nos a distância. Muitos cursos poderão ser realizados a 
distância com som e imagem, principalmente cursos de atualização, extensão. As 
possibilidades de interação serão diretamente proporcionais ao número de pessoas 
envolvidas. 
 Teremos aulas a distância com possibilidade de interação on-line e aulas 
presenciais com interação a distância. Algumas organizações e cursos oferecerão 
tecnologias avançadas dentro de uma visão conservadora (lucro, multiplicação) 
 O ensino será um mix de tecnologias com momentos presenciais, outros 
de ensino on-line, adaptação ao ritmo pessoal, mais interação grupal, avaliação mais 
personalizada (com níveis diferenciados de visão pedagógica) 
 
 
21 
 
 Outras organizações oferecerão tecnologias de ponta com visão 
pedagógica avançada (cursos de elite, subsidiados). O processo mais lento do que se 
espera. Iremos mudando aos poucos, tanto no presencial como na educação à 
distância. Há uma grande desigualdade econômica, de acesso, de maturidade, de 
motivação das pessoas. Alguns estão prontos para a mudança, outros muitos não. É 
difícil mudar padrões adquiridos (gerenciais, atitudinais) das organizações, governos, 
dos profissionais e da sociedade. 
 Ensinar com as novas mídias será uma revolução, se mudarmos 
simultaneamente os paradigmas convencionais do ensino, que mantêm distantes 
professores e alunos. Caso contrário conseguirá dar um verniz de modernidade, sem 
mexer no essencial. A Internet é um novo meio de comunicação, ainda incipiente, mas 
que pode ajudar-nos a rever, a ampliar e a modificar muitas das formas atuais de 
ensinar e de aprender. 
6 O PAPEL DO PROFESSOR NO PROCESSO EDUCATIVO 
 
Fonte: www.rioeduca.net/ 
 
 
22 
 
 
As políticas sociais vêm transformando as relações de trabalho, através da 
inserção das tecnologias digitais, de forma significativa no cotidiano dos profissionais 
de todas as áreas. Impulsionado pelos avanços tecnológicos, o professor modifica sua 
prática pedagógica, utilizando-se de ferramentas que não tem conhecimento, em 
nome do valor dado ao acesso rápido e estratégico de informações. 
Com relação à prática pedagógica, por mais que a educação se transforme com 
um emprego de novas metodologias e tecnologias, o professor, através da sua 
postura e do seu conhecimento, é quem efetiva a utilização desse aparato tecnológico 
e científico. Dessa forma, redimensiona o seu papel, deixando de ser o transmissor 
de conhecimento para ser o estimulador. “O professor se transforma agora no 
estimulador da curiosidade do aluno por querer conhecer, por pesquisar, por buscar a 
informação mais relevante” (MORAN, 1995). 
Ao estruturar sua proposta pedagógica, utilizando tecnologia digital, o professor 
precisa estabelecer vínculos com os alunos, conhecer seus interesses, saber o que o 
aluno já sabe, o que o aluno não sabe e o que ele gostaria de saber. Motivar o aluno 
a fazer parte da proposta pedagógica, colocando-o a par sobre o que será abordado 
e convidando-o a contribuir. "Os alunos captam se o professor gosta de ensinar e 
principalmente se gosta delese isso facilita a sua prontidão para aprender” (MORAN, 
2000). 
O professor detém um lugar de destaque na aprendizagem porque possui uma 
formação específica, sendo legitimado por sua formação acadêmica para trabalhar 
nessa área. Para que a atuação do professor seja satisfatória, ele necessita estar 
constantemente se atualizando e estudando sempre. A formação continuada do 
profissional é processo constante, permitindo a análise da teoria na prática, além de 
desenvolver o senso reflexivo sobre a sua atuação. Porém, a realidade, nem sempre, 
proporciona isso devido à pequena disponibilidade de tempo ou à distância, o que 
vem sendo resolvido com os cursos a distância. 
Segundo Pedro Demo, 1998, o professor moderno apresenta, ou deveria 
apresentar, algumas características a comentar. O professor deve ser um 
pesquisador, assumindo um compromisso com o questionamento reconstrutivo a fim 
de ultrapassar a simples socialização do conhecimento. Para tanto, é fundamental a 
consciência crítica, o questionamento para a construção ou para a realização de 
 
 
23 
 
intervenção alternativa. O professor ao estruturar o planejamento da sua aula e ao 
utilizar novas técnicas estará experimentando outras propostas pedagógicas, 
qualificando o processo de ensino aprendizagem. 
A realidade mostra um quadro um pouco diferente. Para pesquisar é necessário 
tempo, e o professor, que se encontra em sala de aula, por vezes com uma sobrecarga 
de trabalho, não encontra este tempo para a pesquisa, para criar novas propostas de 
aula. 
 Outro fator importante da prática pedagógica é a faculdade do professor 
elaborar por si próprio seu material como marca de teor emancipatório e de autonomia, 
fundamentado teoricamente. A experiência pela experiência leva a um caminho 
perigoso, o do “achismo”. O professor acha que o seu aluno está aprendendo sem 
fazer uma avaliação teórica da situação. 
O acesso à Internet é uma ferramenta que pode facilitar na inovação de 
propostas pedagógicas alternativas, bem como no contato com o conhecimento de 
ponta para poder comparar e avaliar as propostas. Isso se faz possível, uma vez que 
as escolas se encontram equipadas tecnologicamente. 
 A teorização da prática faz parte da atuação pedagógica. Com o 
confronto entre teoria e prática, surge uma relação dialética que garante um processo 
construtivo da aprendizagem. “A reflexão crítica sobre a prática se torna uma 
exigência da relação Teoria/Prática sem a qual a teoria pode ir virando blábláblá e a 
prática, ativismo” (FREIRE, P., 1998, P.24). 
O professor também necessita de atualização permanente, buscar sempre 
informações, saber o que está acontecendo, estar consciente da relação entre os 
diferentes saberes. Saber somente sobre a sua área de atuação não é mais suficiente 
para atender as necessidades dos alunos. Isto não quer dizer que o professor precise 
saber tudo, mas sim, saber o que o aluno quer conhecer. O processo educativo 
precisa estar vinculado ao contexto social, em que o sujeito - aluno - está inserido. 
Isso irá implicar em conhecer e usar instrumentação eletrônica, bem como outros 
recursos pedagógicos. 
Uma questão que envolve a prática educativa relaciona-se com a avaliação, 
sendo necessário que o professor reveja sua teoria e prática dessa etapa. A avaliação 
permite acompanhar o aluno e verificar o seu processo de aprendizagem, para dar 
 
 
24 
 
continuidade na construção do conhecimento através de propostas específicas. 
Portanto, ela exige do professor dedicação e sensibilidade. 
Antes de falar sobre o professor frente ao uso da tecnologia digital na 
educação, faz-se necessário uma pequena explanação sobre estas tecnologias, como 
propostas metodológicas e como ferramentas de aprendizagem. 
7 O USO DA TECNOLOGIA DIGITAL 
 
Fonte: https://www.google.com.br/ 
Dentro desse novo panorama, importante, sem sombra de dúvidas, é a questão 
da possibilidade de uso do computador, da informática, pelo professor na educação, 
sendo o computador uma forma de mídia educacional em que a abordagem 
pedagógica é auxiliada por esta ferramenta. 
Através do computador, é possível repassar a informação para ser processada 
em conhecimento com a criação de ambientes de aprendizagem e a facilitação do 
processo do desenvolvimento intelectual do aluno. 
 O professor tem a sua disposição uma série de ferramentas, que podem 
ser utilizadas através do computador, como as listadas abaixo, que possibilitam a 
incrementação de sua prática pedagógica: 
- Teleconferência: a teleconferência permite que um especialista esteja em 
contato com telespectadores das mais diversas e distantes regiões do mundo, esta 
atividade permite que informações e experiências sejam transmitidas, reforçando-se 
o aspecto do ensino. Para que haja um processo de aprendizagem, essa técnica deve 
 
 
25 
 
ser precedida de estudos sobre o tema, com um preparo prévio da conferência para 
a realização de um debate e não um monólogo. Outro ponto é a necessidade da 
continuidade da atividade que se integra a uma teleconferência, esta não pode ser um 
acontecimento isolado. 
- Videoconferência: a videoconferência possibilita o encontro de várias 
pessoas, localizadas em espaços diferentes. Através da videoconferência as pessoas 
podem trocar áudio, vídeo, trabalhar juntas através dos recursos de compartilhamento 
e construir esquemas ou gráficos no quadro de comunicação. 
- Chat ou bate-papo: funciona como uma técnica de brainstorm, momento em 
que todos os participantes interagem sincronicamente, expressando suas ideias de 
forma livre. Permite conhecer as manifestações espontâneas dos participantes sobre 
determinado tema, possibilita uma discussão mais profunda e motiva o grupo para um 
assunto. Esta técnica acontece numa velocidade surpreendente, podendo haver a 
manifestação simultânea de todos, o que requer um acompanhamento do professor 
orientando a atividade e também tomando cuidado para não entrar a todo o momento 
nas manifestações. 
-Listas de discussão: cria online grupos de pessoas que debatem sobre um 
assunto que tenham interesse. O objetivo da lista é avançar os conhecimentos, as 
informações e experiências, para trabalhar as ideias iniciais. As listas de discussão 
exigem um tempo maior para o preparo dos textos a serem colocados na lista. Trata-
se de uma reflexão contínua, de um debate fundamentado de ideias. Não se fecha o 
assunto, e como funciona não necessariamente online simultaneamente, exige tempo 
para ser realizada. As listas são criadas utilizando-se o correio eletrônico. 
- Correio eletrônico – e-mail: este recurso permite a interação aluno/professor - 
aluno/aluno, sustentando a continuidade do processo de aprendizagem através do 
atendimento a um pedido de orientação, ou o professor pode se comunicar com todos 
os seus alunos (ou com algum em particular) durante o espaço entre uma aula e outra. 
Coloca os alunos em contato direto, favorecendo a troca de materiais, a produção de 
textos em conjunto, agilizando a comunicação. 
 
 
26 
 
 
Fonte: agenciast.com.br/ 
- Internet: é um recurso dinâmico, atraente, atualizado, de fácil acesso, que 
permite a transmissão de som e imagem em tempo real. Além das facilidades 
interativas, através da Internet, tem-se acesso ao conhecimento de ponta, bem como 
o acesso a bibliotecas do mundo todo. Com a Internet, aprende-se a ler, buscar 
informações, pesquisar, comparar dados... 
- Softwares educacionais: estes recursos disponibilizam informações e 
orientações de trabalho para os usuários mais facilmente, pois se apresentam de 
forma integrada. Devem funcionar como incentivadores e interativos das atividades 
de aprendizagem.A utilização da ferramenta e da metodologia, sem uma proposta coerente, não 
garante a eficácia na construção do conhecimento. O professor estará apenas 
reproduzindo os modelos tradicionais. O avanço tecnológico consiste na relação 
estabelecida entre o professor e o uso da ferramenta. 
Para a construção do conhecimento do aluno atual, o professor assume o papel 
do mediador e orientador, que pode ser designado não somente ao professor, como 
também a outro sujeito com maior conhecimento sobre o assunto desenvolvido. 
O professor, com o uso das novas tecnologias em sala de aula, pode se tornar 
um orientador do processo de aprendizagem, trabalhando de maneira equilibrada a 
orientação intelectual, a emocional e a gerencial. (Moran, J., 2000). 
Os professores, muitas vezes, procuram acompanhar as mudanças 
pedagógicas que vêm ocorrendo. Porém, não conseguem exercer o seu papel no 
 
 
27 
 
processo educativo. É imprescindível a reconstrução desse papel de reprodutor para 
transformador. 
O professor tem a finalidade de equilibrar a participação dos alunos nos 
aspectos qualitativos (nível de colocações e concepções trazidas à cerca do tema 
proposto) e quantitativo (não controlador, mas de observador sobre as causas da não 
participação). O professor então assume um papel de mediador da interação entre os 
sujeitos, tencionando o processo de construção do conhecimento desses sujeitos. 
Neste processo os alunos se conscientizam dos diferentes tempos e espaços da 
construção do seu conhecimento, através da autonomia. 
Mesmo que o processo educativo esteja atrelado ao professor, este precisa ter 
claro que a sua proposta deve estar voltada à aprendizagem do aluno e ao seu 
desenvolvimento. Através de ações conjuntas direcionadas para a aprendizagem 
levando em conta incertezas, dúvidas, erros, numa relação de respeito e confiança. 
As intervenções do mediador precisam estar coerentes com as necessidades e /ou 
dificuldades dos alunos. 
O professor que trabalha na educação com a informática há que desenvolver 
na relação aluno-computador uma mediação pedagógica que se explicite em 
atitudes que intervenham para promover o pensamento do aluno, 
implementar seus projetos, compartilhar problemas sem apresentar soluções, 
ajudando assim o aprendiz a entender, analisar, testar e corrigir erros”. 
(MASETTO, M., P. 171, 2000). 
Os alunos provenientes de uma Prática Pedagógica Tradicional não 
vivenciaram situações de autonomia na construção do seu conhecimento, importante 
na proposta de ensino. Desta forma há o fortalecimento do papel do mediador no 
sentido de estar atento e envolvido com a construção. 
O professor é a autoridade do espaço designado para a construção do 
conhecimento, é a pessoa que possui maior conhecimento, estruturou os objetivos e 
estabeleceu uma metodologia para atingi-los. Porém, não é apropriado ao professor 
exercer sua autoridade com autoritarismo. 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
8 REFERENCIAIS 
LEITURA COLL, Cesar S. Aprendizagem escolar e construção do 
conhecimento. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994. 
DELORS, Jacques. Educação: um tesouro a descobrir. São Paulo: Cortez, 
1998. 
DEMO, Pedro. Questões para Telê educação. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998. 
365p. 
DERTOUZOS, Michael. O que será. Como o novo mundo da informação 
transformará nossas vidas. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. 
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. Saberes necessários à prática 
educativa. 7ed. São Paulo: Paz e Terra, 1998. 159p. 
GARDNER, Howard. Estruturas da Mente. A teoria das inteligências múltiplas. 
Porto Alegre: Artes Médicas, 1994. 
GATES, Bill. A estrada do futuro. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. 
GILDER, George. Vida após a televisão; vencendo na revolução digital. Rio de 
Janeiro: Ediouro, 1996. 
LÉVY, Pierre. As tecnologias da inteligência. O futuro do pensamento na era 
da informática. Rio de Janeiro: Ed 34, 1993. ___________. A inteligência coletiva; 
por uma antropologia do ciberespaço. São Paulo: Loyola, 1998. 
LIPMAN, Matthew. O pensar na educação. Petrópolis: Vozes, 1992. 
LYON, Harold C. Aprender a sentir-sentir para aprender. São Paulo: Martins 
Fontes, 1977. 
 
MASETTO, Marcos (org.) Docência na Universidade. Campinas: Papirus, 
1998. 
MORAN, José Manuel, MASETTO, Marcos T., BEHRENS, Marilda A. Novas 
tecnologias e mediação pedagógica. Campinas, SP: Papirus, 2000. 133p. 
MORAN, José Manuel. Ensino e aprendizagem inovadores com 
tecnologias. Artigo disponível online http://www.eca.usp.br/prof/moran Consultado 
em 06/02/2001. 
MORAN, José Manuel. Mudanças na comunicação pessoal. São Paulo: 
Paulinas, 1998. ___________________. Aprendendo a viver. São Paulo: Paulinas, 
 
 
29 
 
1999. __________________. Como ver televisão; leitura crítica dos meios de 
comunicação. São Paulo: Paulinas, 1991. ___________________ . Internet no 
ensino. Comunicação & Educação. V (14): janeiro/abril 1999, p. 17-26. 
NEGROPONTE, Nicholas. A vida digital. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. 
PAPERT, Seymour. A máquina das crianças: repensando a escola na era da 
informática. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994. 
POSTMANN, Neil. Tecnopolio. São Paulo: Nobel, 1994. 
ROGERS, Carl. Liberdade para aprender. Belo Horizonte: Inter livros, 1971.. 
Um jeito de ser. São Paulo: EPU, 1992. 
SEABRA, Carlos. Usos da telemática na educação. In Acesso; Revista de 
Educação e Informática. São Paulo, v.5, n.10, p.4-11, julho, 1995. 
SETZER, Valdemar W. Uma revisão de argumentos em favor do uso de 
computadores na educação elementar. Artigo disponível online 
http://www.ime.usp.br/~vwsetzer consultado em 30/10/2000. 
 
SHAFF, Adam. A Sociedade Informática. São Paulo: Brasiliense-
UNESP,1992. 
 
 
 
30 
 
9 COMPLEMENTAR 
Nome do autor: Luiz Miguel Picelli SanchesI; Rodrigo JensenII; Maria Inês 
MonteiroIII; Maria Helena Baena de Moraes LopesIV 
Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-116920110006000 
15 &s cript=sci_arttext&tlng=pt 
Data do acesso:18.05.16 
 
9.1 ENSINO DA INFORMÁTICA NA GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM DE 
INSTITUIÇÕES PÚBLICAS BRASILEIRAS 
RESUMO 
 Este estudo descritivo objetivou verificar a inserção de disciplinas relacionadas 
à informática nos cursos de graduação em Enfermagem, de instituições de ensino 
superior federais e estaduais brasileiras. Os cursos de graduação foram localizados 
pelo sistema e-MEC. A busca da grade curricular dos campi que ofereciam o curso de 
Enfermagem foi realizada pela internet, identificando-se disciplinas relacionadas à 
informática. Foram localizadas 81 instituições de ensino superior e 123 campus. 
Apenas 100 campi disponibilizavam a grade curricular na internet e, desses, 35 campi 
ofereciam a disciplina. A maior proporção ocorreu na Região Nordeste (46,1%) e, a 
menor, na Região Norte (8,6%). A disciplina é oferecida em maior frequência como 
eletiva (57%), no primeiro e segundo ano do curso (80%) e com carga horária média 
de 47 horas-aula. A baixa oferta da disciplina na graduação contraria as tendências 
do mercado de trabalho e das Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de 
graduação em Enfermagem. 
Descritores: Informática em Enfermagem; Educação Superior; Currículo. 
 
 
31 
 
9.2 Introdução 
O crescimento da tecnologia de informação em saúde gerou, em âmbito 
mundial, a necessidade da criação de cursos de formação profissional para 
desenvolver, implementar e avaliar sistemas para a saúde. Os programas para 
formação de profissionais especializados em informática biomédica ou em saúde vêm 
sendo incentivados desde as duas últimas décadas. 
 O ensino sobre informática tem sido integrado na graduação de profissionaisda saúde, de modo a proporcionar conhecimento mínimo para que, no papel de 
usuários, esses profissionais tenham conhecimento sobre recursos de tecnologia de 
informação e comunicação, visando o uso eficiente e responsável de informações, 
metodologias de processamento do conhecimento e tecnologias de informação e 
comunicação(1). 
Há mais de uma década, apontamentos científicos identificaram a revolução 
digital na Enfermagem, associando as práticas de qualidade ao uso de computadores 
e incorporação das novas tecnologias(2). Essa prática também é observada na área 
educacional, o que demanda melhor preparação para que esses profissionais sejam 
formados com capacidade para se adaptar e usufruir de toda a tecnologia da 
informação e comunicação(3). 
O conteúdo curricular e a definição de competências da informática na 
Enfermagem têm sido discutidos na literatura científica. Embora a importância dessas 
competências seja reconhecida mundialmente, ainda não há ampla incorporação das 
mesmas nos currículos de Enfermagem, em nível de graduação ou pós-graduação de 
vários países(4). 
Em pesquisa realizada nos Estados Unidos da América (EUA), cujos sujeitos 
foram coordenadores de cursos de graduação em Enfermagem, foi identificado que 
80% deles consideraram que o diplomado em Enfermagem deveria ter competências 
em informática, tais como conhecimento sobre uso de e-mail, processamento de texto, 
recuperação bibliográfica e internet. Porém, apenas 33% relataram que eram 
ensinadas essas competências nos cursos que coordenavam(5). Em estudos 
brasileiros, é complementada essa informação, apontando que docentes e alunos 
ainda apresentam conhecimento deficiente quanto aos recursos de informática, 
impedindo-os de empregarem as tecnologias da informação e comunicação nas 
 
 
32 
 
diferentes dimensões que a Enfermagem abrange, como: ensino, pesquisa, 
gerenciamento e assistência(3,6). 
Devido ao desconhecimento tecnológico, alguns docentes apresentam medo, 
insegurança e preconceito em relação à informática. O docente sente-se excluído do 
mundo de vida tecnológico, não conseguindo perceber os novos caminhos que estão 
sendo vivenciados pelos alunos, com relação às tecnologias(7). 
Uma pesquisa realizada no Brasil, com alunos de Enfermagem de uma 
universidade pública, mostrou que 94,% possuíam, em casa, computador com 
internet. A maior frequência da utilização do computador entre os alunos se deu no 
uso de programas de digitação (94,4%), internet (91,3%), apresentação de trabalhos 
(88,8%) e pesquisa bibliográfica (86,1%). Parte dos alunos demonstrou habilidade no 
manuseio de e-mail (44,4%) e navegação de sites (47,2%). Os autores do estudo 
defendem que a disciplina de informática não deve focalizar somente o treinamento 
básico de informática, mas permitir que os alunos visualizem potencialidades e 
limitações dos recursos tecnológicos na prática profissional(8). 
Nos EUA, a certificação de informática em Enfermagem já é realizada há mais 
de uma década(1). O primeiro impacto significativo de publicações abordando o uso do 
computador no ensino de Enfermagem, com enfoque na temática informática no 
currículo de graduação e pós-graduação, ocorreu na década de 80, 
predominantemente nos EUA. No Brasil, a primeira iniciativa relacionada ao uso do 
computador, na área da educação, também é datada da década de 80(9). 
É determinado pelas Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de graduação 
em Enfermagem, Art.4º - III, que, como parte da formação do enfermeiro, o aluno deve 
ter acesso ao domínio de tecnologias de comunicação e informação. O Art.5º - XV, da 
mesma resolução, afirma que um dos objetivos da formação do enfermeiro é dotá-lo 
dos conhecimentos requeridos para o exercício de competências e habilidades, no 
uso adequado de novas tecnologias de informação e comunicação(10). 
Discussões estão acontecendo no Brasil, em âmbito federal, sobre a 
implantação de sistemas informatizados para o gerenciamento de informações em 
saúde. Órgãos públicos têm se manifestado a favor da implantação e integração 
desses sistemas para uso nos diferentes níveis de atenção à saúde, com a finalidade 
de facilitar o acesso à informação. Isso levou à proposta da Política Nacional de 
Informação e Informática em Saúde (PNIIS) do Sistema Único de Saúde (SUS), que 
 
 
33 
 
objetiva conduzir "o processo de informatização do trabalho de saúde, tanto nos 
cuidados individuais quanto nas ações de saúde coletiva, de forma a obter os ganhos 
de eficiência e qualidade permitidos pela tecnologia, gerando automaticamente os 
registros eletrônicos em que serão baseados os sistemas de informação de âmbito 
nacional, resultando pois em informação de maior confiabilidade para gestão, geração 
de conhecimento e controle social"(11). 
Trata-se de política que pressupõe a necessidade de aplicação da informática 
no ensino de graduação e também em programas de educação permanente, 
fortalecendo e aproximando as habilidades de aprendizagem, promovendo melhor 
desenvolvimento individual, social e profissional(12). 
Frente às determinações das Diretrizes Curriculares e à tendencia de 
informatização dos serviços de saúde, surgem questionamentos sobre a formação dos 
enfermeiros no Brasil: o enfermeiro, na sua formação acadêmica, é preparado para 
atender os requisitos de conhecimento de informática exigidos pelo mercado de 
trabalho? 
Este estudo teve por objetivo verificar a inserção de disciplinas relacionadas à 
informática nos cursos de graduação em Enfermagem de instituições de ensino 
superior federais e estaduais brasileiras. 
9.3 Métodos 
Trata-se de pesquisa descritiva, cujos dados foram coletados no mês de 
novembro de 2010. 
Foi realizado, inicialmente, o levantamento dos cursos de graduação em 
Enfermagem de instituições de ensino superior federais e estaduais brasileiras, por 
meio do sistema e-MEC(13), recurso do Ministério da Educação. Em seguida, realizou-
se busca, na internet, da grade curricular dos cursos de graduação em Enfermagem 
identificados. 
Foram incluídas no estudo todas as instituições de ensino superior públicas 
federais e estaduais que possuíam curso de graduação em Enfermagem e 
disponibilizavam sua grade curricular para consulta por meio da internet. Assim, foi 
analisada a grade curricular dos cursos e identificadas as disciplinas que possuíam 
temática relacionada à informática, por meio do nome da disciplina e da ementa. 
 
 
34 
 
Por não existir regra geral para nomear as disciplinas ou desenvolver o 
conteúdo programático, considerou-se que qualquer forma de oferecimento de 
conteúdo de informática atenderia os critérios de inclusão no estudo. Sendo assim, 
consideraram-se como disciplinas de Informática em Saúde aquele as que referiam, 
em suas ementas, o ensino de informática básica aplicada ou não, sistemas de 
informação em saúde ou informática aplicada à área de saúde. 
Calculou-se a frequência absoluta e relativa das variáveis estudadas e os 
dados foram apresentados em tabelas e figura. 
9.4 Resultados 
Em novembro de 2010, o Brasil possuía 1.109 cursos de graduação em 
Enfermagem, entre instituições de ensino superior públicas e privadas. Na Tabela 1 é 
apresentada a distribuição das instituições de ensino superior de natureza jurídica 
pública federal e estadual que oferecem o curso de graduação em Enfermagem, assim 
como de seus campi(13). 
 
 
 
 Na Tabela 2 é apresentada a distribuição da oferta das disciplinas 
relacionadas à informática, segundo as instituições de ensino superior públicas 
federais e estaduais, que disponibilizavam suas grades curriculares na internet 
(n=100). Observou-se que 35 (35%) desses cursos deEnfermagem ofereciam 
disciplinas relacionadas à informática. 
 
 
 
35 
 
 
 
Considerando-se o total de cursos de graduação em Enfermagem de 
instituições de ensino superior públicas federais e estaduais (123), nove (13,8%) 
campi de instituições de ensino superior federais e 14 (24,1%) estaduais não 
disponibilizavam na internet suas grades curriculares. 
A distribuição geográfica, em âmbito nacional, dos cursos de graduação em 
Enfermagem, oferecidos por instituições públicas federais e estaduais, comparando-
se com a oferta de disciplinas de informática nas grades curriculares, está 
apresentada na Figura 1. 
As maiores proporções no oferecimento de disciplinas relacionadas à 
informática ocorreram nas Regiões Nordeste (46,1%) e Sudeste (45,8%), 
considerando o número de campi de cada região. Na Região Norte do Brasil é onde, 
proporcionalmente ao número de campi, se localiza o menor número de cursos que 
oferecem disciplinas relacionadas à informática (8,6%). 
Entre as 35 grades curriculares de cursos de Enfermagem analisadas, que 
oferecem alguma disciplina relacionada à informática, em 15 (43%) campi a disciplina 
é oferecida como componente obrigatório da grade curricular, e em 20 
(57%) campi como componente eletivo. Cinco cursos de graduação em Enfermagem, 
das universidades analisadas, oferecem duas ou mais disciplinas relacionadas à 
temática de informática. 
Em apenas 20 campi foi informado o semestre em que é oferecida a disciplina 
de informática; dessas, 16 (80%) eram oferecidas entre o primeiro e segundo ano do 
 
 
36 
 
curso de graduação. As disciplinas apresentaram carga horária média de 47 horas-
aula. 
9.5 Discussão 
Neste estudo foi possível identificar que a maior parte dos cursos de graduação 
em Enfermagem no Brasil, de instituições de ensino superior federais e estaduais, não 
possui disciplinas relacionadas à informática na grade curricular. Considera-se que 
esse dado pode estar subestimado, já que não foi possível localizar, na internet, a 
grade curricular de algumas instituições. 
Com base nas Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de graduação em 
Enfermagem e considerando-se as exigências atuais do mercado de trabalho, como 
a tendência da implantação de sistemas de informação em serviços de saúde, esse é 
um dado preocupante e evidencia que, possivelmente, os enfermeiros não estão 
sendo preparados para atuar em instituições que necessitam de profissionais 
capacitados para interagir com as tecnologias de informação. 
Nas instituições de ensino superior federais foi encontrada maior frequência de 
oferta de disciplinas de informática (41,1%) em comparação com as estaduais 
(27,3%). Apesar dessa diferença, tanto as instituições estaduais quanto as federais 
não atendem as demandas de capacitação profissional que advieram da Política 
Nacional de Informação e Informática em Saúde do SUS(11). 
A escolha do melhor momento para oferecer uma disciplina de informática, 
visando a discussão de sua aplicação na prática de saúde, ainda é controversa e com 
poucas evidências na literatura. Neste estudo, foi identificado que 80% dos cursos 
ofereciam a disciplina no primeiro ou segundo ano de formação do aluno, o que mostra 
que disciplinas de informática têm sido predominantemente oferecidas no início do 
curso de graduação, quando o aluno ainda não vivenciou a prática em instituições de 
saúde. 
A disciplina informática aplicada à saúde deve ser adaptada ao avanço dos 
alunos e utilizada para estimular o aprendizado na formação do enfermeiro. Por 
exemplo, o ensino sobre o prontuário do paciente deve ser introduzido após o aluno 
ter alguma experiência clínica, mas não ao final do curso, para que o aluno possa se 
beneficiar desse conhecimento nos últimos estágios de sua formação clínica(1). 
 
 
37 
 
Tecnologia e estratégias de ensino on-line podem ser utilizadas positivamente 
no ensino de Enfermagem. Usar tecnologias no ensino de Enfermagem e ensinar os 
alunos a utilizarem tecnologias e informática pode favorecer o aprendizado do aluno 
em relação a habilidades psicomotoras associadas ao uso de software e hardware, o 
que será benéfico para um ambiente de cuidado que utiliza tecnologias. A exposição 
de alunos à tecnologia e informática, no ensino de Enfermagem, pode ter grande 
impacto nos cuidados de saúde(14). 
As Regiões Nordeste e Sudeste apresentaram, proporcionalmente, maior 
número de instituições que oferecem disciplinas de informática na graduação do 
enfermeiro. Esses fatores podem estar associados ao fato de essas regiões serem 
polos tecnológicos, nos quais, possivelmente, os profissionais possuem maior acesso 
às tecnologias de informática. A Região Sul do Brasil, onde foi publicada a primeira 
iniciativa de uso da informática no ensino de Enfermagem no Brasil(9), não apresentou 
os números mais expressivos. 
Uma possível limitação do estudo é que algum curso poderia introduzir 
conteúdos relacionados à informática em disciplinas não específicas, o que não foi 
possível identificar durante a pesquisa, uma vez que o conteúdo programático das 
disciplinas não era disponibilizado pelos cursos. Algumas disciplinas que poderiam 
apresentar conteúdo relacionado à informática seriam as de diagnóstico de 
Enfermagem, processo de Enfermagem ou mesmo campos de estágio que permitem 
o contato do aluno com sistemas de informação hospitalar e prontuário eletrônico; 
assim como recursos de informática utilizados no processo ensino/aprendizado(15). 
Contudo, mesmo que isso possa ocorrer em alguns cursos, disciplinas específicas 
para discutir informática aplicada à saúde permitem ao aluno conhecer maior 
abrangência de aplicações e recursos. 
Houve grande dificuldade para localizar a grade curricular dos cursos de 
graduação em Enfermagem na internet. Algumas das situações que dificultaram a 
busca foram constituídas por sites desatualizados, estrutura deficiente da página 
da web e informações de difícil acesso. Fatores como esses dificultam que alunos, 
professores e pesquisadores possam obter informações sobre os cursos e, soma-se 
a iss o fato de que, por serem instituições públicas, essas deveriam disponibilizar 
informações para a sociedade que as mantém. 
 
 
38 
 
Órgãos como a Associação Internacional de Informática Médica oferecem 
recomendações para o ensino da Informática em Saúde(1). Contudo, no Brasil, a falta 
de enfermeiros capacitados, nessa área de conhecimento, e a ausência de definição 
de conteúdo mínimo a ser abordado na formação dos alunos podem ser fatores 
contribuintes para a baixa oferta dessa disciplina, nas instituições de ensino superior. 
Sugere-se que sejam desenvolvidos estudos que investiguem as causas da 
baixa oferta dos cursos de informática no currículo de Enfermagem e que proponham 
conteúdo programático mínimo para as disciplinas de Informática em Saúde. 
9.6 Conclusão 
Neste estudo foi identificado que, no Brasil, apenas 35 cursos de graduação 
em Enfermagem de instituições de ensino superior federais e estaduais ofereciam 
disciplinas relacionadas à informática em sua grade curricular, disponibilizadas na 
internet, em 2010. Essa situação não acompanha as tendências atuais do mercado 
de trabalho do enfermeiro e não atende as Diretrizes Curriculares Nacionais do curso 
de graduação em Enfermagem. 
Questiona-se: de quem é a responsabilidade do ensino da Informática em 
Saúde para os enfermeiros? Como a profissão acompanhará as inovações e proporá 
o desenvolvimento de tecnologias, se não está sendo formada para isso? 
 
 
 
39 
 
10 REFERÊNCIAS 
1. Mantas J, Ammenwerth E, Demiris G, Hasman A, Haux R, Hersh W, et al. 
Recommendationsof the International Medical Informatics Association (IMIA) on 
education in biomedical and health informatics. Methods Inf Med. 2010;49:1-16. 
2. Mendes IAC, Trevizan MA, Évora YDM. Comunicação e enfermagem: 
tendências e desafios para o próximo milênio. Esc Anna Nery. 2000;4(2):217-24. 
3. Silva ISA, Marques IR. Conhecimento e barreiras na utilização dos recursos 
da Tecnologia da Informação e Comunicação por docentes de enfermagem. J Health 
Inform. 2011;3(1):3-8 
4. Marin HF. Nursing informatics: current issues around the world. Int J Med 
Inform. 2005;74:857-60. 
5. McNeil BJ, Elfrink VL, Bickford CJ, Pierce ST, Beyea SC, Averill C, et al. 
Nursing information technology knowledge, skills, and preparation of student nurses, 
nursing faculty, and clinicians: a U.S. Survey. J Nurs Educ. 2003;42(8):341-9. 
6. Cogo ALP, Silveira DT, Pedro ENR, Tanaka RY, Catalan VM. Aprendizagem 
de sinais vitais utilizando objetos educacionais digitais: opinião de estudantes de 
enfermagem. Rev Gaúcha Enferm. 2010;31(3):435-41. 
7. Peres HHC, Kurcgant P. O ser docente de enfermagem frente ao mundo da 
informática. Rev. Latino-Am. Enfermagem. 2004;12(1):101-8. 
8. Peres HHC, Meira KC, Leite MMJ. Ensino de didática em enfermagem 
mediado pelo computador: avaliação discente. Rev Esc Enferm USP. 2007;41(2):271-
8. 
9. Évora YDM, Fávero N, Trevizan MA, Melo MRAC. Evolução histórica da 
aplicação do computador na enfermagem (1965-1998). Acta Paul Enferm. 
2000;13(E):143-7. 
10. Conselho Nacional de Educação (BR). Câmara de Educação Superior. 
Resolução CNE/CES 3/2001. Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de 
Graduação em Enfermagem. Diário Oficial da União. Brasília, 09 nov. 2001. Seção 1, 
p. 37. Brasília; 2006. [acesso 28 nov 2010]. Disponível em: 
http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CES03.pdf 
 
 
40 
 
11. Minitério da Saúde (BR). DATA SUS – Departamento de Informática do 
SUS. Políticas. [acesso 26 jan 2011]. Disponível 
em: http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=05 
12. Trevizan MA, Mendes IAC, Mazzo A, Ventura CAA. Investimento em ativos 
humanos da enfermagem: educação e mentes do futuro. Rev. Latino-Am. 
Enfermagem. [periódico na Internet]. 2010; [acesso 13 dez 2010]. 18(3). Disponível 
em: http://www.scielo.br/pdf/rlae/v18n3/pt_24.pdf. 
13. Ministério da Educação (BR). e-MEC. [acesso 26 nov 2010]. Disponível 
em:http://emec.mec.gov.br/. 
14. Ainsley B, Brown A. The impact of informatics on nursing education: a review 
of the literature. J Contin Educ Nurs. 2009;40(5):228-32. 
15. Barbosa SFF, Marin HF. Web-based simulation: a tool for teaching critical 
care nursing. Rev. Latino-Am. Enfermagem. 2009;17(1):7-13.

Outros materiais