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Relação profissional - paciente

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Relação dentista - paciente
Psicologia aplicada à Odontologia
Laíssa Eschiletti Prati e Caroline Santa Maria 
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Qualidade geral da entrevista
Depende do contato social, sobre o qual se apoiam as técnicas clínicas específicas
A execução da técnica é influenciada pelas habilidades interpessoais do entrevistador
Relação profissional-paciente
Casos  profissional é muito bom tecnicamente
 paciente precisa do tratamento e sabe disso
 mesmo assim, não há sucesso no tratamento. Por quê?
Medo?
O que explica um paciente não demonstrar medo com um determinado dentista e demonstrá-lo com outro?
Por que uma mesma pessoa é mais colaborativa com um profissional do que com outro?
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Vinculação profissional-paciente
Vínculo 
"tudo que liga, ata e aperta" (Ferreira, 1995 em Seger, 2002, p.34)
é um fenômeno existente nas duas pessoas envolvidas em cada relação e influenciado pelas vinculações vivenciadas anteriormente por estas
Vínculo na relação profissional-paciente
atribuir ao profissional a sua parcela de responsabilidade pelo sucesso ou fracasso do atendimento, do ponto de vista relacional.
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Transferência
Conceito:
transpor para um objeto no presente, uma ou várias situações emocionais do passado, carregadas de idêntica força afetiva
reedição dos afetos (amor e ódio) vivenciados com figuras originais
não acontece apenas na relação de psicoterapia
se estende ao longo da existência em outros relacionamentos significativos
pode ser: 
positiva (amorosa, libidinosa) ou 
negativa (hostil, destrutiva)
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Contratransferência
Conceito
é a resposta à transferência do paciente
efeito que tem sobre o terapeuta – depende da história do entrevistador; ocorre desde o primeiro contato.
Evitar tomar reações do paciente como de caráter pessoal:
ver o paciente de modo objetivo
identificar condutas inadequadas
manter o objetivo de cura e tratamento
não perder a autonomia e possibilidade de atuar segundo critérios técnicos
esclarecer sobre procedimentos que serão realizados
manter-se “discriminado” do paciente, caso contrário, pode ser:
rígido demais, benevolente demais (omisso), identificar-se com pais (faz tratamentos muito rápidos ou muito prolongados), encarar abandonos de tratamento como fracasso pessoal
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Vínculo 
Para explicar o significado da palavra cativar, a raposa diz ao Pequeno Príncipe, de Saint-Exupéry:
 "... É uma coisa muito esquecida. Significa 'criar laços'. Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo... A gente só conhece bem as coisas que cativou."
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A pessoa do dentista
Características que favorecem o exercício da profissão:
Meticulosidade, 
Concentração, 
Destreza, 
Organização
Mas e quanto à “pessoa” do dentista?
Nos atendimentos há um encontro de subjetividades
Como e o que fazer ao se encontrar com uma pessoa?
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casos
https://www.youtube.com/watch?v=erlOdwoPwsc
https://www.youtube.com/watch?v=FGjLBxjKhVM
Comunicação o que é?
É todo o processo que envolve troca e/ou transferência de informação
Trata-se das expressões sobre determinada informação
Qual o seu objetivo?
Fazer-se entender, gerar vínculos afetivos
Diante disso entende-se que independente do aparato de ferramentas e tecnologias utilizadas para emitir uma informação, se não houver entendimento, o objetivo da comunicação não foi alcançado 
Quais os elementos da comunicação?
EMISSOR- que emite a informação, independente da linguagem
RECEPTOR- que recebe a informação, independente da linguagem
CÓDIGO- Jogos de sinais, linguagem utilizada
CANAL- Caminho, tecnologia, utilizada, pelos quais permeia a comunicação
REFERENTE-assunto pelo qual se pretende comunicar 
MENSAGEM- o que se pretende dizer sobre o assunto, o conteúdo em si
Regras da comunicação
ESCUTAR- calo-me, respeito o silêncio, olho o outro, digo sim, sim
QUESTIONAR- questões abertas, fechadas, alternativas, questões de múltiplas escolhas
REFORMULAR- atitude de compreensão redizer o que o outro disse. Eco, clarificando, apoiando, interrogando
EXPRIMIR-SE- regra dos 5cs – curto, conciso, claro, completo compreensível
Barreiras a comunicação
São fatores desfavoráveis a comunicação
RUÍDO- São perturbações que dificultam a transmissão e entendimento da mensagem
BLOQUEIO- são impedimentos, que bloqueiam a transmissão e o entendimento da mensagem 
Tipos de barreiras a comunicação
BARREIRAS PESSOAIS- Estão relacionadas a pessoa do emissor ou receptor
BARREIRAS FÍSICAS- Estão relacionadas ao ambiente, tecnologia ou canal onde se transfere a mensagem
BARREIRAS SEMÂNTICAS- Estão relacionadas a linguagem ou ao código
Atitudes prejudiciais a comunicação 
OMISSÃO- deixar de omitir uma informação 
DISTORÇÃO- Manipular um conteúdo de uma mensagem de forma que o sentido da informação e seu entendimento ficam adulterados
SOBRECARGA- Emitir uma quantidade de informação superior à capacidade de entendimento do receptor
Dentista
necessidade de equilibrar a atenção entre o paciente e o trabalho
desejo de satisfazer o paciente
sentimento de respeito, carinho, de conhecer o paciente
desejo de ajudar
sentimentos ambivalentes (cansaço X atenção)
percepção de que não basta o conhecimento técnico
necessidade de manter o paciente atendido
necessidade de deixar o paciente confortável
sentimento de apreensão antes de saber os resultados do procedimento (prótese)
dificuldade de comunicação (explicação dos procedimentos)
responsabilidade
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Dentista
insegurança, ansiedade
falta de experiência inicial
percepção da diversidade e riqueza do ser humano na relação dentista/paciente
medo de o paciente ficar insatisfeito (prótese)
administração do fator tempo
medo de machucar o paciente (às vezes acontece)
pena do paciente
presença de dúvidas (a experiência pode não eliminar dúvidas)
manutenção de um diálogo com o paciente
elaboração da anamnese
explicação dos procedimentos sem termos técnicos
manejo da situação com paciente “conhecido”
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Paciente
Inseguro, nervoso
com dificuldades físicas (movimentos, lábios, língua)
características de personalidade (fácil de agradar, paciente, tudo está bom)
traz presentes
motivado, colaborador ou indiferente
apressado para ver os resultados
desconhecimento do que vai acontecer (dificulta)
atrasado
“falar demais” (por quê ? necessidade de um “amigo”, conhecer, nervoso – atrasa o trabalho do dentista)
confiante ou medroso
Mal informado
deprimido ou “onipotente” (invasivo na conduta do dentista)
não entende termos técnicos ou explicações
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Referências
Marchioni, S. A. E. A formação de vínculo no atendimento odontológico. Em Seger, L. (Org.). Psicologia e Odontologia: Uma abordagem integradora, 4ª ed. São Paulo: Santos Ed., 2002, p.33-42.
Galli, V. L. A subjetividade na relação profissional-paciente. Em Seger, L. (Org.). Psicologia e Odontologia: Uma abordagem integradora, 4ª ed. São Paulo: Santos Ed., 2002, p.43-55.
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