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Aula 4 – Técnicas de tomada de decisão Introdução A teoria da decisão não é uma teoria descritiva ou explicativa, já que não faz parte de seus objetivos descrever ou explicar como e/ou por que as pessoas ( ou instituições) agem de determinada forma ou tomam certas decisões. A Teoria da Decisão é um conjunto de procedimentos e métodos de análise que procuram assegurar a coerência, a eficácia e a eficiência das decisões tomadas em função das informações disponíveis, antevendo cenários possíveis. Para exercer este papel essa teoria pode usar ferramentas matemáticas ou não. A teoria da decisão é uma teoria de escolhas entre alternativas. Atenção! Existem várias técnicas que os analistas e decisores utilizam para viabilizar o estudo e estruturação dos problemas que demandam alguma ação decisória. Vejamos alguns exemplos a seguir. (Tempestade de idéias) Técnica usada para auxiliar um grupo a imaginar/criar tantas idéias quanto possível em torno de um assunto ou problema. Deve ser usada quando for necessário conhecer melhor o universo de uma situação, colher informações, opiniões e sugestões dos participantes, identificando problemas existentes e encontrando soluções criativas para o problema identificado. O número total de participantes é no mínimo 5 e no máximo 15 . Normalmente, as reuniões têm duração de 45 a 150 minutos, onde se reserva 30 minutos para a geração de idéias. Vantagens - Praticamente todos os problemas podem ter seu estudo inicial conduzido com uso dessa técnica. - Não pressupõe a necessidade de especialistas . Desvantagens - Se não houver estímulos à participação, poderá ocorrer a inibição de alguns participantes do grupo. Matriz de prioridade Técnica que prioriza alternativas com base em determinados critérios e deve ser usada quando queremos estabelecer uma entre diversas alternativas por meio de análise mais criteriosa. Também chamada de matriz de impacto. O grupo participante é formado por 10 a 15 componentes. Vantagens - Permite a priorização das alternativas á medida que estabelece uma função objetivo que quantifica em termos numéricos o valor (por vezes subjetivo) agregado de cada alternativa. - A posterior analise destas alternativas, dispondo do valor agregado delas, permite ao decisor examinar de forma mais clara e estabelecer quais serão as alternativas a serem implantadas. - Permite a exploração dos efeitos colaterais das alternativas passíveis de ser implementadas. Desvantagens - A comparação paritária dos critérios de priorização das alternativas e a posterior comparação das alternativas sob a influência desses mesmos critérios podem acarretar a perda da visão geral do contexto. - Dificuldade de trabalhar com impactos múltiplos, em que vários eventos influem simultaneamente uns sobre os outros. Diagrama de Peixe É a técnica que permite visualizar melhor o universo em que o problema está inserido. Isto é feito através da construção de um diagrama no qual as causas vão sendo cada vez mais discriminadas até chegar a sua origem. Deve ser aplicada a um problema que apresenta causas decorrentes de causas anteriores, ou quando queremos esmiuçar as causas de um problema, ou visualizá-las mais claramente e agrupadas por fatores-chave. Os participantes podem variar de 5 a 15 pessoas. Essa técnica também é chamada de: diagrama de Ishikawa, diagrama de influência, diagrama de 4P ou diagrama de causa e efeito. Vantagens Permite a visualização das causas de um problema de forma mais clara e agrupadas por fatores-chaves. Desvantagens Para o correto uso dessa técnica, é necessária a presença de pelo menos um especialista no problema e um especialista na utilização da técnica. Árvores de Decisão ou Diagrama da Árvore Técnica que permite indicar, de forma gráfica, e cronológica, um caminho a ser seguido em um processo de decisão, explicitando etapas a serem cumpridas para alcançar o objetivo pretendido. Representa um processo de decisão em que os nós são os momentos no tempo em que o decisor deve efetuar uma decisão. O grupo participante ideal deve ter entre 5 e 8 pessoas. Exemplo em na pasta 08IE_aula04_doc01.pdf Mapas Cognitivos Técnica que permite retratar idéias, sentimentos valores e atitudes e seus inter-relacionamentos, de forma que torne possível um estudo e uma análise posterior, utilizando para tal uma representação gráfica. Quando da resolução de um problema complexo é muito importante que antes ele esteja bem estruturado. Esta estruturação é necessária para que se parta dos fatores realmente mais importantes relacionados ao problema. A construção destes mapas originou-se na psicologia. Segundo Cossette e Audet, o mapa cognitivo é "uma representação gráfica de uma representação mental que o pesquisador (facilitador) faz aparecer de uma representação discursiva formulada pelo sujeito (decisor) sobre um objeto (problema) e obtido de sua reserva de representação Mental” Formalmente os mapas cognitivos são definidos como grafos, onde cada conceito é considerado um nó, e uma relação de influência é uma ligação entre os nós Possui estrutura hierárquica na forma de meios/fins que pode, por vezes, ser quebrada devido a laços fechados formados entre os nós. Análise por Multicritério Técnica de previsão qualitativa na qual um grupo de especialistas avalia diversas alternativas atribuindo valores numéricos a critérios escolhidos pelo consenso. A abordagem de análise multicritério se constitui em formas de modelar os processos de decisão, onde entram em jogo: Estes modelos refletem, de maneira suficientemente estável, o juízo de valores dos decisores. Dessa forma, as abordagens multicritérios funcionam como uma base para discussão, principalmente nos casos onde há conflitos entre os decisores, ou ainda, quando a percepção do problema pelos vários atores envolvidos ainda não está totalmente consolidada. Estas abordagens foram desenvolvidas para problemas que incluem aspectos qualitativos e/ou quantitativos, tendo como base o princípio de que a experiência e o conhecimento das pessoas é pelo menos tão valioso quanto os dados utilizados para a tomada de decisão. Vantagens - Apoiada em um consenso geral: com o uso da análise multicritérios, não é necessário que todos concordem com a importância relativa dos critérios ou o ranking das alternativas. - Estabelecer e evidenciar a responsabilidade do decisor, melhorando a transparência no processo de decisão. Desvantagens - Para viabilizar o uso da técnica, são geradas matrizes com diferentes objetivos, metas e pesos, evidenciando as diferentes perspectivas dos especialistas envolvidos no processo, o que requer um número expressivo de informações dificultando a análise e o estabelecimento de metas. Tecnologia da Informação e a Tomada de Decisão A informação ocupa lugar importante na formulação dos objetivos estratégicos das empresas e no acompanhamento dos processos que ela desempenha. Aliada às diversas tecnologias se tornou o maior ativo da empresa, sendo sua utilização de vital importância para sobrevivência e manutenção na realidade de toda e qualquer empresa no mercado competitivo atual. O processo de tomada de decisões tem como sua referencia e consulta as informações sobre o mercado, economia, comportamento, entre outros fatores determinantes para mudança e adaptação do produto ou serviço no mercado organizacional. A necessidade da utilização dos sistemas de informação surge devido ao grande número de informações que circulam dentro e fora da organização e também por viabilizar o uso de técnicas complexas que facilitam a análise e estudos dos problemas. O Planejamento Estratégico e as metas globaisda empresa estabelecem o estágio para a adoção dos processos de valor adicionado e da tomada de decisão requeridos para fazê-los funcionar. De uma forma geral, os Sistemas de Informação dão o suporte ao planejamento estratégico e à solução de problemas. Com um sistema de informação bem estruturado a empresa consegue ter um valioso instrumento de apoio as sua decisões, garantindo vantagem competitiva com relação aos concorrentes, pois os gestores podem tomar decisões rápidas e seguras. Atenção! Quanto mais fatos relevantes o tomador de decisão conseguir obter, menor o risco da estimativa e melhor a estimativa das probabilidades de resultado. - Um sistema de informação (SI) lida com sistemas de decisão que envolvem riscos, mas não pode eliminá-los completamente. - Os SI podem e devem ajudar a identificar erros em potencial e fornecer uma estrutura de informação que torne mais difícil uma pessoa cometer um erro. Podemos associar a cada uma das fases do Processo Decisório de Simon, aplicativos e ferramentas de TI que as auxiliam:
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