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Cidade Industrial – Tony Garnier – 1901/1904 A cidade industrial de Tony Garnier foi criada em 1901 e exposta em 1904, esse projeto de planejamento urbano era a planificação do que deveria ser uma cidade moderna. Projetada para 35000 habitantes, a cidade industrial antecipava alguns princípios da Carta de Atenas do CIAM de 1933. Plano da Cidade Industrial A proposta era, sobretudo de uma cidade socialista sem muros ou propriedade privada, onde todas as áreas não construídas eram parques públicos. O plano linear de Garnier separava as zonas: existiria o agrupamento racional da indústria, da administração e das residências, além da exclusão dos pátios internos e estreitos, criando uma quantidade suficiente de espaços verdes na cidade. Além dessas características no planejamento urbano, havia também o uso do novo material, o concreto armado, que era a potencialidade estética do século XX. Para o estudo da cidade industrial foi escolhida a região Sudeste da França. Essa área foi determinada depois de concluído que ela era bem localizada e teria suas necessidades sanadas por soluções próximas. Alguns fatores que levaram a essa escolha foram: a presença de matéria-prima, a força natural que pode ser usado pelo homem (um leito da torrente represado) e a comodidade dos meios de transporte devido a uma estrada de ferro próxima à área. Para dispor as construções na cidade buscou-se levar em conta as necessidades materiais e morais do indivíduo, então se criou regulamentos para manter a qualidade de vida humana. As divisões da casa deveriam corresponder aos regulamentos e cada habitação deveria dar acesso para a construção localizada atrás, criando um passeio público que permitiria o acesso em qualquer sentido desejado dentro da cidade. Bairro da Cidade Utopia: sonho x realidade A revisão das várias utopias urbanas que filósofos, socialistas, arquitetos e urbanistas procuraram desenvolver pra melhorar as condições de vida dos moradores neste planeta, raras vezes encontraram sua realização. Na maioria das vezes o modelo utópico permaneceu uma virtualidade, sem chance de impor-se na realidade. Outras vezes, a utopia reverteu-se em seu contrário, perverteu-se. Longe de realizar um sonho intensamente desejado pela maioria dos seres humanos, transformou-se em um pesadelo. Outras utopias foram parcialmente realizadas, um exemplo são as comentadas anteriormente, como foi o caso do familistério de Godin, que concretizou o modelo utópico do falanstério de Charles Fourier. Mas via de regra, o verdadeiro destino da utopia é a decomposição e fragmentação. Longe de desanimarmos com a impossibilidade ou dificuldade de realização dos modelos utópicos, devemos mantê-los como princípios norteadores de nossas ações e esperanças, sem fraquejar, sem abandonar o objetivo. Um mundo sem utopias, seria um mundo entendiado, desanimado, morto. “As utopias não são muitas vezes mais que verdades prematuras” (Lamartine) “…e é isso que dá aos nossos sonhos a ousadia: eles podem ser realizados.” (Le Corbusier) Referência Disponível em http://www.arquitetonico.ufsc.br/cidade-e-utopia-%E2%80%93-novos- modelos-sociais-e-espaciais.
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