Buscar

Resumo 1 (saude, previdência social e assistencia social)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Seguridade Social: saúde, previdência e assistência social. 
Conforme definição da Constituição Federal de 1988 significa: 
“Conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinadas a 
assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social”. (art.) (BRASIL, 1988). 
O conjunto dos direitos destas três políticas sociais, sendo a previdência social, saúde e 
assistência social, constitui a Política de Seguridade Social. Estas políticas têm como objetivo o 
amparo aos cidadãos brasileiros em momentos de dificuldades, especialmente em momentos de 
nascimento, morte, doenças e desempregos. 
Este tripé, considerando que são três políticas sociais, constituiu-se com a promulgação da 
Constituição Federal de 1988, que trouxe novas concepções sobre a proteção social no país, 
ampliando a compreensão do direito contributivo e implantando o direito universal a todos os 
cidadãos brasileiros. A compreensão do direito universal provocou algumas confusões, pois no 
sistema da Seguridade Social temos o direito contributivo e o direito universal. 
Os direitos que estão garantidos atualmente foram duramente conquistados pelos trabalhadores, 
com muita organização e mobilização ao longo do século XX, especialmente a partir de 1923. O 
Serviço social surgiu na década de 30 do século passado, ou seja, este ano de 2015 estamos 
fazendo 80 anos de profissão. Mas foi com o fortalecimento da seguridade social que se abriram 
os maiores campos de atuação desta categoria. 
Vale destacar que os maiores campos de trabalho do assistente social encontram-se na Política de 
Seguridade Social, como por exemplo, os hospitais, Centro de Apoio Psicossocial – CAPS da 
Política de Saúde, os Centros de Referência de Assistência Social – CRAS e Centro de Referência 
Especializado em Assistência Social – CREAS da Política de Assistência Social. 
É muito simples, Seguridade Social é o conjunto de políticas sociais formado pelas políticas sociais 
de previdência, assistência social e saúde, define-se na Constituição Federal, “A seguridade social 
compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, 
destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social”. (art. 
194) (BRASIL, 1988) 
Essas três políticas juntas têm a função da segurança social, ou seja, de assistir, proteger o 
cidadão e sua família em momentos como a velhice, doenças, nascimentos e desempregos. Caso 
um destes eventos vier acontecer, a seguridade social deve estar preparada para atender e 
proteger o cidadão e ou sua família. 
Resgate da história da construção da proteção social que culminou na seguridade 
social 
O que temos referente à seguridade social no Brasil da atualidade é resultado de uma evolução 
histórica. A seguridade social, nos moldes de hoje, foi instituída no Brasil com a Constituição 
Federal de 1988 que responsabilizou o Estado pela proteção social a todo cidadão brasileiro, não 
apenas aos aparados pelo sistema previdenciário pautado por carteira de trabalho e/ou vínculo 
empregatício formal. Este marco histórico representa as conquistas dos direitos sociais na 
perspectiva de evoluir para uma sociedade mais justa e igualitária, ou menos injusta e menos 
desigual. 
O conjunto destes direitos de proteção é conquista recente na história do Brasil. Registrado na 
Constituição Federal de 1988, onde foi reservado importante espaço à regulamentação da 
seguridade social, denominado de Ordem Social, entre os artigos 194 a 204. 
Nestes artigos são determinadas as políticas sociais que compõem o sistema da Seguridade Social 
e as responsabilidades no desenvolvimento das ações sejam tanto de responsabilidade dos 
poderes públicos como da sociedade, ou seja, a responsabilidade não é apenas e exclusiva do 
Estado, mas de todos. 
Política de Previdência Social 
Desde a criação da previdência social, foram muitas as alterações desde grau de cobertura dos 
benefícios, conceitos, à estrutura de funcionamento, financiamento, critérios e os beneficiários. 
Para entendermos o modelo previdenciário que temos atualmente, é necessário e importante o 
conhecimento da trajetória histórica da construção desta política, por isso procuramos identificar 
nesta parte da unidade os principais acontecimentos que marcaram esta política social. 
Vamos começar destacando que a previdência social é um dos direitos sociais - considerados 
fundamentais para o ser humano – registrado no artigo 6º da Constituição Federal de 1988, 
juntamente com outros direitos. 
“São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a 
segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos 
desamparados, na forma desta Constituição” (BRASIL, 1988). 
É muito comum a confusão de seguridade social ser a mesma coisa que previdência social. Não 
é.A previdência é uma das três políticas que compõe a seguridade social. A previdência social é a 
mais antiga das três. 
Temos como importante marco para o desenvolvimento da Política de Previdência Social no Brasil 
o Decreto nº 4.682 de janeiro de 1923, mais conhecida como Lei Eloy Chaves de 1923. Levou o 
nome do autor do projeto. Esta iniciativa não foi a primeira no Brasil no que refere à proteção ao 
trabalhador, mas é ela que é considerada a base do sistema previdenciário no Brasil. A lei 
estabelecia a criação da Caixa de Aposentaria e Pensões, a CAPs em cada empresa. 
Mas esta CAPs era para todos os trabalhadores? 
Não. Esta lei beneficiava, no primeiro momento, apenas os trabalhadores das empresas 
ferroviárias. Entretanto, a mobilização dos trabalhadores em torno da elaboração e aprovação 
desta legislação abriu precedentes para que outras categorias profissionais também se 
mobilizarem para a conquista desses direitos, especialmente os telegráficos, mineradores, 
portuários etc. 
Como funcionavam as CAPs? 
O Poder Público/Estado era responsável pela regulamentação, ou seja, a criação de normativas 
que estabeleciam o funcionamento, uma cota financeira era de responsabilidade do empregador e 
a outra do empregado. Vale destacar que a administração era da empresa. 
Até o final da década de 20 ampliou-se o número de categorias profissionais que conquistaram a 
implantação das CAPs, lembrando, era por empresa, cada empresa deveria ter a sua. Este modelo 
funcionou até 1933 quando foi substituído pelo Instituto de Aposentadoria e Pensão, o IAP. 
No início do Governo de Getúlio Vargas – 1930 – a organização passou a ser não mais por 
empresa, mas por categoria profissional. Assim inicia o processo de implantação dos Institutos de 
Aposentadoria e Pensão – IAPs. 
Uma das grandes diferenças em relação ao sistema anterior foi à forma da gestão destes institutos 
que passou a ser estatal. A nomeação dos presidentes era de responsabilidade do Governo, ou 
seja, uma pessoa de confiança do Estado, desta forma o governo tinha voz ativa na administração, 
exercendo seu caráter centralizador. 
O Estado também passa, neste momento, a participar do financiamento do fundo dos IAPs. As 
contribuições passaram a ser tripartite, sendo uma parte do empregador, outra dos trabalhadores 
(como era antes) e uma terceira parte do Governo. As categorias dos trabalhadores marítimos 
inauguraram este modelo e logo em seguida as dos comerciários e bancários. 
Os IAPs passaram a incluir mais categorias de trabalhadores, mas ainda deixarm excluídos os 
trabalhadores rurais e empregados domésticos. Essas categorias não tinham ainda uma 
organização para a mobilização e reivindicação de direitos. 
Este modelo ampliou a cobertura de benefícios como, por exemplo, os problemas de saúde 
provocados no exercíciodo trabalho. Algumas categorias passaram a ter direito a financiamento de 
moradias. 
O modelo dos IAPs perdurou até a década de 60 do século XX. Após 13 anos de debates sobre 
este assunto, aprovou-se a Lei Orgânica da Previdência Social –LOPS. 
Em consequência da LOPS padronizou-se os benefícios previdenciários, a forma de custeio e a 
estrutura administrativa. Em 1966 centralizou-se todos os Institutos de Aposentadoria e Pensão em 
um único instituto, agora denominado de Instituto Nacional de Previdência Social – INPS. 
A previdência social enquanto política social é resultado do processo histórico, normatizados por 
meio das leis, decretos e resoluções. Um dos marcos desta política foi a Lei Orgânica da 
Previdência Social, nº 3.807, de 26 de agosto de 1960. 
O novo Instituto reconheceu como beneficiários da Previdência Social todos os trabalhadores 
urbanos, desde que com carteira profissional assinada por algum empregador. Todos os benefícios 
dos diferentes IAPs foram unificados, ou seja, os benefícios eram para além da aposentadoria e 
pensão. Um dos benefícios incorporados e de direito de todos os trabalhadores (de carteira 
assinada) foi a assistência médica. 
Para acessar os serviços da assistência médica, era necessário que o trabalhador comprovasse 
seu vínculo empregatício e a sua condição de contribuinte da previdência social. O documento 
exigido era a ‘carteirinha do INPS’. 
Com a unificação de todos os Institutos de Aposentadoria e Pensão em um único, sendo Instituto 
Nacional de Previdência Social – INPS –, provocou o aumento expressivo de contribuintes, logo de 
beneficiários. Foi neste contexto que o Governo estabeleceu convênios com médicos e hospitais 
particulares. O convênio previa o pagamento dos serviços realizados. Polignano (2015) afirma que 
esta forma de gestão gerou o aumento expressivo no consumo de medicamentos e aparelhamento 
médico-hospitalares, dando origem a um sistema médico industrial. 
Diante do crescimento do INPS e com ele a sua complexidade, foi necessária a criação de mais 
outra estrutura, sendo o Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social, o INAMPS. 
A estrutura do INAMPS era exclusiva para o atendimento médico aos beneficiários do INPS, 
dispunha de estabelecimentos de atendimentos próprios, entretanto a maioria dos atendimentos 
ainda era realizada pela rede privada, onde o Governo pagava por procedimentos realizados. Este 
modelo reforçou a lógica do cuidado das enfermidades, assim não havia ações que 
proporcionassem saúde, de forma preventiva, para que evitassem os problemas com as doenças. 
Foi neste interim que surge o movimento pela Reforma Sanitária, organizado por trabalhadores da 
área, estudantes e usuários dos serviços indignados sobre a dramática situação da saúde no país. 
Assunto que trataremos logo mais. 
Foram muitos os movimentos sociais desencadeado na década de 70 e 80 do século XX. O Brasil 
e outros países da América Latina ficaram famosos com as manifestações dos movimentos sociais 
de oposição aos regimes militares e, especialmente no Brasil, por melhores condições de vida e de 
trabalho. 
É inegável que as mobilizações, manifestações e organizações dos movimentos contribuíram 
decididamente para a conquista de novos direitos que foram reconhecidos pela Constituição de 
1988. 
Previdência Social na Constituição Federal de 1988 
As conquistas obtidas na Constituição Federal de 1988 iniciaram muito antes de sua promulgação. 
As organizações populares, representadas pelos movimentos sociais, incluíram as demandas 
sociais no período de transição da ditadura militar para a democracia no início da década de 80. 
A Constituição Federal de 1988 foi considerada como Constituição Cidadã por ser a mais 
completa, destacando os direitos e condições para o acesso à cidadania. Foi neste documento 
legal que aparece pela primeira vez o reconhecimento universal dos direitos essenciais para a vida 
com dignidade. 
No que se refere à previdência social, assegurou a todos os trabalhadores e seus dependentes, 
enquanto um direito social fundamental, a garantia de recursos em momentos em que estarão 
impossibilitados de trabalhar, como em caso de velhice, doença, morte, nascimento e outros. 
No entanto, este direito está condicionado à prévia contribuição previdenciária, ou seja, o direito 
não é para todos os trabalhadores, mas para os trabalhadores que contribuíram para a previdência 
social, tanto aquele que tem o registro na Carteira de Trabalho ou o que paga de forma autônoma. 
Estes, apenas estes, podem acessar os benefícios previdenciários que trataremos em aula 
atividade. 
A gestão da Previdência Social, no que se refere ao Regime Geral, é de responsabilidade do 
Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS. O INSS foi criado em 1990 em substituição ao 
INPS. 
Como é o financiamento da Previdência Social no Brasil após a Constituição? 
O financiamento continua sendo tripartite, como era no sistema anterior ao INSS. Todo trabalhador 
que tem sua carteira de trabalho assinado por um patrão já está automaticamente filiado à 
previdência social, dele será descontado um percentual em seu salário que varia de 8 a 11%, 
conforme o rendimento. O patrão faz o pagamento, em forma de recolhimento, conforme a folha de 
pagamento total, em média 20%. Quanto ao governo cabe o suprimento quando há incapacidades 
financeiras no pagamento dos benefícios. 
Vale destacar que a Constituição Federal de 1988 alterou de forma expressiva o sistema 
previdenciário. Uma das grandes mudanças foi a unificação dos regimes urbano e rural. Além 
disso, inovou a previdência social como direito social e consagrou na dimensão da seguridade 
social brasileira. 
Regimes Previdenciários 
A Previdência Social no Brasil tem três formatos, ou seja, três regimes. Cada um tem suas 
características próprias e são autônomos com legislações específicas: 
Regime Geral de Previdência Social (RGPS): O mais conhecido e o maior é o Regime Geral de 
Previdência Social – RGPS. É administrado pelo Ministério da Previdência Social e seus benefícios 
executados pelo INSS, sendo este o maior órgão do MPS. 
O que isso quer dizer? Quer dizer que a gestão é estatal, é do Estado. Este sistema tem filiação 
obrigatória e caráter contributivo, ou seja, os trabalhadores assalariados têm a obrigação de 
filiação na Previdência Social do Ministério da Previdência e ainda deve pagar sua contribuição 
para acessar aos benefícios. Além dos trabalhadores assalariados, encontram-se neste regime os 
empregadores, domésticos, autônomos, contribuintes individuais e os trabalhadores rurais. 
Este sistema acoberta a idade avançada, a incapacidade para o trabalho temporário e ou 
permanente, a morte, a maternidade e a prisão. 
Regime Próprio de Previdência Social (RPPS): Este regime também é de filiação e contribuição 
obrigatórias. Mas é para todos os trabalhadores? 
Não. Este Regime não é para todos os trabalhadores. Como o nome já diz “Regime Próprio”, 
próprio para os servidores públicos, tanto os titulares de cargos efetivos das instâncias federais, 
como dos Estados, Distrito Federal e Municípios. 
As orientações, supervisões, controle e fiscalização também são executados e de responsabilidade 
do Ministério da Previdência Social – MPS, como acontece no RGPS, bem como, tem como 
finalidade criar as condições e garantia do pagamento dos benefícios previdenciários dos 
segurados e seus dependentes. 
Regime de Previdência Complementar: Como o nome já diz... é complementar. Esta previdência é 
um benefício opcional e voluntário que oferece um seguro suplementar. 
Os benefícios dos regimes geral e próprios têm estabelecidos limites máximos para os benefícios, 
independente dos valores e salários pagos ao longoda vida. Por isso, e por outros motivos, muitas 
pessoas que têm condições de pagar, buscam o recurso da Previdência Complementar. 
No Brasil, há dois modelos de Previdência Complementar, sendo: 
Previdência Complementar Fechada: ofertadas por organizações, tanto por empresas públicas ou 
privadas que disponibilizam aos seus trabalhadores como por organizações de classe que 
oferecem aos seus associados. 
Previdência Complementar Aberta: ofertada e comercializada por organizações financeiras e 
também por pessoa física. 
A Previdência Complementar também segue e deve respeitar as regulamentações. No caso da 
previdência aberta, é fiscalizada pelos órgãos do Ministério da Fazenda e a previdência fechada é 
fiscalizada pelos órgãos do Ministério da Previdência Social e pelo Conselho de Gestão da 
Previdência. 
 
Resumo: A história da proteção social no Brasil, iniciada com a Lei Eloy Chaves em 1923 até a 
Constituição Federal de 1988, com a consagração da seguridade social composta pelas políticas 
sociais de previdência, saúde e assistência social. A Previdência Social é de extrema relevância 
para os trabalhadores, mesmo tendo a restrição da contribuição. É por meio do acesso aos 
benefícios que os trabalhadores mantêm-se consumindo e mantendo a si e sua família. É possível 
observar que a construção desta política ainda não concluiu e não será concluída, pois, a 
sociedade está em constantes mudanças e as formas de proteção devem acompanhar. Vale 
destacar que a participação dos trabalhadores foi fundamental para a construção das políticas 
sociais, bem como, é fundamental a continuidade da reflexão, debate e participação de toda 
sociedade para que as garantias das condições de vida e de trabalho sejam protegidas e 
ampliadas.

Outros materiais