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Aula 6 FISIOTERAPIA NAS LESÕES DO SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO

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FISIOTERAPIA NAS LESÕES DO 
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO 
 
 
 
 
Prof.ª Ingrid de Souza Costa 
18/05/2018 
LESÃO DO PLEXO BRAQUIAL 
NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. 
Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
DARCY. UMPHRED. Reabilitação neurológica . 
18/05/2018 
 
 Formado pelos ramos ventrais dos nervos cervicais 
inferiores C5, C6, C7 e C8 mais primeiro torácico T1. 
 Situa-se entre os músculos escalenos e ECOM. 
 Passa posteriormente a clavícula e acompanha a artéria 
axilar sob o mm peitoral maior. 
18/05/2018 
REVISÃO 
PLEXO BRAQUIAL 
Divisão em Troncos 
18/05/2018 
Tronco Superior - TS 
Tronco Médio - TM 
Tronco Inferior - TI 
Divisão em Ramos e Fascículos 
 Troncos 
 TS, TM e TI 
(supra claviculares) 
18/05/2018 
Ramos anterior e 
posterior 
Fascículos 
Divisão em Ramos e Fascículos 
18/05/2018 
Ramo 
anterior 
Ramo 
Posterior 
Fascículo Lateral- FL 
Fascículo Posterior- FP 
Fascículo Medial- FM 
18/05/2018 
Mecanismos de lesão: 
 
 Ruptura total das fibras nervosas, comum em 
traumas. 
 Compressão de um nervo; 
 Distensão ou estiramento (trauma sem perda da 
continuidade das fibras nervosas); 
 Toxicidade (algumas drogas podem ser tóxicas 
aos nervos, interferindo em sua função); 
 Patologias específicas, como amiloidose e 
hanseníase, por ex.; 
 Distúrbios vasculares, que afetam o suprimento 
nervoso e sua função, consequentemente 
18/05/2018 
Sintomatologia 
 A sintomatologia apresentada vai depender principalmente 
do tipo de nervo lesado, sensitivo, motor ou misto. 
 
 Nervo exclusivamente motor, a sintomatologia 
apresentada será uma paralisia da musculatura por ele 
inervada, com um subsequente atrofia desta. 
Consequentemente a esta paralisia, haverá um 
predomínio de ação da musculatura antagonista, levando 
o membro a assumir posições típicas, dependendo de 
qual nervo foi acometido e o local (nível) da lesão. 
 
 nervo exclusivamente sensitivo, o paciente apresentará 
uma perda da sensibilidade em uma determinada região, 
dependendo do território de inervação. 
18/05/2018 
Sintomatologia 
 Lesão de nervo misto, o paciente apresentará 
sintomatologia característica de perdas sensitiva e 
motora. 
 
 A secção completa de um nervo pode ser seguida de 
alterações na pele, nas mucosas, nos ossos e nas 
unhas, sendo estas alterações denominadas alterações 
tróficas. 
 
 A lesão parcial ou incompleta de um nervo pode 
acompanhar-se de dor, sensação de agulhadas e, mais 
raramente, causalgia (sensação de queimação local, 
seguida de alterações tróficas e aumento da 
temperatura local. 
18/05/2018 
 Lesões Superiores do Plexo Braquial 
( C5 e C6 ) 
 
 Paralisia de Erb-Duchene: é a forma mais comum de 
lesão, onde ocorrerá paralisia de todos os músculos 
inervados por essas raízes, como: deltóide, braquial, 
braquiorradial, supra-espinhoso, infra-espinhoso e 
bíceps (devido ao comprometimento dos nn. axilar, 
musculocutâneo, supra-escapular e fibras do radial). 
18/05/2018 
 Se os músculos rombóides, elevador da escápula e 
serrátil anterior estiverem envolvidos é mau sinal de 
prognóstico, visto que esses músculos são inervados por 
nervos que saem diretamente das raízes nervosas (n. 
escapular dorsal e n. torácico longo). 
 
 Nesta o membro superior encontra-se hipotônico, 
pendente ao lado do corpo em adução, rodado 
medialmente, com o antebraço pronado e estendido. A 
função da mão encontra-se preservada. O reflexo bicipital 
é perdido. A perda sensitiva é mínima. 
 
 O Mecanismo de lesão ocorre por tração da cabeça ou 
ombros, quedas contra a cabeça do úmero e injúrias 
obstétricas. 
 
 
18/05/2018 
Lesões Inferiores do Plexo Braquial 
(C8 e T1) 
 Paralisia de Klumpke: ocorre com menor frequência e 
corresponde a uma lesão de nn. Mediano e Ulnar no 
nível da mão. Nesse caso, os músculos afetados são os 
flexor ulnar do carpo e os flexores dos dedos e os 
músculos intrínsecos da mão (região tenar e hipotenar e 
mm interósseos). 
 
 Assim, há perda da flexão do punho e dos dedos, e 
perda também da capacidade de realizar movimentos 
finos com as mãos, redução do trofismo das eminências 
tenar e hipotenar e déficit sensitivo na porção medial do 
antebraço 
18/05/2018 
 Observa-se que a motricidade do braço e antebraço é 
mantida. 
 As causas mais comuns são: 
- Tumores ou outra patologia expansiva do ápice pulmonar, 
- Fratura da clavícula, 
- Síndrome da costela cervical (os processos transversos 
da vértebra C7 desenvolvem-se além do normal, 
formando-se um novo par de costelas, que pressionam as 
raízes ventrais dos nn C8 e T1), 
- Aneurisma do arco da aorta, 
- Ato de puxar o braço subitamente, principalmente em RN 
e crianças menores, 
- Queda de altura com tentativa de paralisação com os 
braços, etc. 
18/05/2018 
Lesão do Plexo total (C5 a T1) 
 Paralisia de Erb-Klumpke: é a lesão total do plexo 
braquial. É rara e com difícil determinação da 
localização exata da lesão anatômica. 
 
 A lesão afetará todo o braço, que se encontra 
completamente flácido. Manifestações clínicas como 
atrofia, hipomobilidade, edemas, e hematomas são 
indicativos. 
18/05/2018 
LESÕES NERVOSAS 
 Lesão do n. Torácico Longo (C5 a C7) 
 
 Também conhecida por Escápula em asa, ou alada. Há 
perda da função do m. Serrátil Anterior, ficando 
comprometido o movimento de abdução do braço acima 
de 90º, movimento que acentua a aparência em asa da 
escápula. 
 As causas mais comuns derivam de impactos ou 
pressão no triângulo posterior do pescoço, lesões 
iatrogênicas como a de uma mastectomia radical e 
carregar objetos pesados sobre o ombro. 
 
18/05/2018 
Lesão do n. Torácico Longo (C5 a C7) 
 
18/05/2018 
 Lesão do n. Axilar (C5 e C6) 
 Caracteriza-se por atrofia do m. deltóide, perda de 
sensibilidade da porção lateral superior do braço e 
diminuição do poder de abdução do braço até 90º (não 
esquecer, que a abdução do braço é realizada também 
pelo m. supraespinhal). 
 
 Suas causas mais comuns decorrem de compressão da 
axila para cima, por ex. do uso de muletas, e traumas ou 
fraturas que desloquem a cabeça do úmero da cavidade 
glenóide, uma vez que o n. axilar passa entre o colo 
cirúrgico e a cabeça do úmero. 
 
 18/05/2018 
Lesão do n. Axilar (C5 e C6) 
18/05/2018 
Lesão do n. Musculocutâneo (C5 a C7) 
 Raramente é lesado devido a sua localização (perfura o 
m. coracobraquial e passa entre as cabeças longa e 
curta do bíceps). 
 Uma das causas de lesão deste são os ferimentos 
cortantes ao nível do braço na porção anterior. 
 Ocorre comprometimento dos mm bíceps braquial, 
coracobraquial e braquial, assim a flexão do antebraço é 
perdida quase em sua totalidade e a flexão do braço fica 
comprometida. 
18/05/2018 
Lesão de n. Radial (C5 a T1) 
 O nervo radial origina-se do fascículo posterior do plexo 
braquial e corre na porção medial do braço, cruzando-o 
posteriormente, e pelo tríceps emergindo na região 
ântero-lateral do cotovelo (sulco biciptal lateral). Neste 
ponto bifurca-se dando origem ao seu ramo motor, 
(ramo profundo do n radial que após passar pelas fibras 
do m. supinador é denominado n. interósseo posterior), 
e sensitivo (ramo superficial do n. radial). 
18/05/2018 
 O nervo radial pode ser lesado em qualquer região de 
seu trajeto e então há perda da sensibilidade da sua 
região de inervação e a deformidadeda mão conhecida 
como “mão caída”. Acomete a musculatura extensora do 
punho e da mão. Além do movimento de extensão, a 
supinação também é prejudicada. 
 
 As fraturas do úmero são uma das principais causas da 
lesão nervosa. É causada também por cortes, ferimentos 
por projeteis de arma de fogo, formação de calo ósseo 
após fratura do úmero e pressão de muletas. 
18/05/2018 
Lesão de n. Radial (C5 a T1) 
18/05/2018 
Lesão do n. Ulnar (C7 a T1) 
 O nervo ulnar origina-se do fasciculo medial do plexo 
braquial e corre na porção medial do braço até o 
cotovelo medial, passando por uma escavação no dorso 
do epicôndilo medial, e caminha pelo antebraço ântero - 
medial até terminar em seus ramos digitais palmares 
próprios. O nervo emite ramos motores para a 
musculatura do antebraço e da mão, e ramos sensitivos 
para a porção medial do 4º dedo e todo 5º dedo (na face 
ventral da mão). 
18/05/2018 
 O nervo ulnar pode ser lesado em qualquer região de 
seu trajeto e então há perda da sensibilidade da sua 
região de inervação e a deformidade da mão conhecida 
como “mão em garra”. Sua fisiopatologia é demarcada 
pela abdução da mão, punho estendido, extensão das 
falanges distais e proximais e flexão das médias. 
 
 Seu acometimento é mais comum na porção do cotovelo 
e no punho. E é mais pronunciada quanto mais distal for 
a lesão. As causas mais comuns são lesões agudas ou 
decorre de pequenos e repetidos traumas no cotovelo e 
punho, lesões cortantes, fibrose e aderências após 
cirurgias sobre o epicôndilo medial. 
18/05/2018 
Lesão do n. Ulnar (C7 a T1) 
18/05/2018 
Lesão de n. Mediano (C5 a T1) 
 O nervo mediano origina-se dos fascículos lateral e medial 
do plexo braquial e corre na porção medial do braço 
emergindo na região ântero-medial do cotovelo. Nesse 
ponto passa por baixo do tendão do bíceps, entre as 
cabeças umerais e ulnar do músculo pronador redondo e 
bifurca-se, abaixo dele, dando origem ao Nervo Interósseo 
Anterior, que inerva a porção lateral do flexor profundo dos 
dedos, o m. flexor longo do polegar e o músculo pronador 
quadrado. Sua continuação confere motricidade a parte da 
musculatura intrínseca lateral da mão e sensibilidade da 
palma da mão, porção lateral do 4º dedo e de todos 3º e 
2º dedos. Após bifurcar-se o mediano corre na direção do 
punho até a região do túnel carpal, onde, logo após divide-
se. 
18/05/2018 
 O nervo mediano pode ser lesado em qualquer região 
de seu trajeto e então há perda da sensibilidade da sua 
região de inervação e pode ocorrer a deformidade da 
mão conhecida como “mão simiesca”. 
 
 Em lesões acima da bifurcação pode haver 
impossibilidade de fletir a interfalangeana do polegar e a 
interfalangeana distal do indicador, assim como perda 
de força para pronação do antebraço, além de atrofia da 
musculatura tenar (mão simiesca e achatada) e 
impossibilidade de abdução e oponência do polegar e, 
também, causalgia 
18/05/2018 
 As causas mais comuns dessa lesão decorrem de 
compressão por torniquetes, traumas, compressão no 
túnel do carpo, ferimentos no punho e compressão pelo 
m. pronador redondo. 
 
 Sendo comumente mais lesionado no nível do punho, 
que geralmente acarreta em Síndrome do túnel do 
Carpo, caracterizada pela impossibilidade de oponência 
e abdução do polegar, alteração na sensibilidade, 
presença de dor e atrofia da eminência tenar. 
 
18/05/2018 
Lesão de n. Mediano (C5 a T1) 
18/05/2018 
 EXAMES COMPLEMENTARES: 
 
Eletroneuromiografia 
 
 
 
 
18/05/2018 
TRATAMENTO: 
 
 
- Clínico 
- Cirúrgico 
- Fisioterapêutico. 
 
18/05/2018 
 Tratamento: 
 
 Manter ADM, órteses de auxílio 
 Eletroterapia 
 Cinesioterapia. 
 
 
18/05/2018 
Reabilitação Funcional 
18/05/2018 
SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ 
18/05/2018 
Profª Ingrid de Souza Costa 
Sinônimos: 
 Polineuritis Idiopática Aguda 
 Polirradiculoneuritis Ideopática Aguda 
 Polineuropatia Inflamatoria Aguda 
 Polineuritis Infecciosa 
 Síndrome de Guillain-Barré-Landry 
 
18/05/2018 
 Síndrome de Guillain-Barré 
 É um transtorno neurológico em que o sistema 
imunológico do corpo ataca uma parte do 
sistema nervoso periférico: 
- Destruição da bainha de mielina podendo 
chegar aos axônios. 
- Desenvolvimento rápido e acelerado (dias ou 
semanas) 
 
 
18/05/2018 
18/05/2018 
Epidemiologia 
 Afeta a todas as idades e gêneros, com uma 
incidencia de 1-2 em 100.000 hab ⁄ ano. 
 Precedida por Infecção Respiratoria Aguda ou 
Gastrointestinal 1-4 semanas antes dos 
síntomas. 
 Principal causa de paralisia flácida em 
indivíduos saudáveis. 
− Mortalidade : 4 a 15% 
 
 
18/05/2018 
Relação com agentes infecciosos 
 Campilobacter yeyuni 26-41 % 
 Citomegalovirus 10-22 % 
 Virus da varicela zozter 
 HIV 
 Micoplasma pneumoniae 10 % 
 Epstein-Barr 
18/05/2018 
Fisiopatología 
 Sistema Destruição da bainha Impossibilidade de 
 enviar 
Imunológico de mielina e axônios sinais de forma eficaz 
 ao cerebro 
 
 
Incapacidade sentir O cérebro recebe Os músculos perdem a 
 textura, calor, menos sinais capacidade de resposta 
 dor sensoriaes as órdens do cérebro 
 
 
O cérebro pode receber sinas 
Inapropriados ( sensações dolorosas ) 
18/05/2018 
Quadro Clínico: 
 Parestesia de extremidades pés e mãos seguida de 
debilidade muscular. 
 Dor moderada a severa (80% dos casos) 
 Reflexos tendinosos reduzidos e lentos. 
 Comprometimento dos nervos cranianos III,VI,IX,XII 
(50%) 
 Disfunção autonômica: hipotensão, arritmias, retenção 
urinária em 65% dos casos. 
 O déficit máximo se produz antes de 3 semanas 
18/05/2018 
Sintomas de emergência 
(Buscar ajuda imediata) 
 
 Dificuldade para deglutir 
 Dificuldade respiratória. 
 Ausência temporária da respiração. 
 Incapacidade para respirar profundamente 
 Desmaios. 
18/05/2018 
Paralisia Facial Periférica 
18/05/2018 
Definição: 
 Paralisia facial periférica, caracteriza-se pelo 
acometimento dos músculos da hemiface, 
Lesão do sétimo par de nervos cranianos 
 ( nervo facial). 
18/05/2018 
18/05/2018 
FORMAS DE LESÃO DO NERVO – 
ETIOLOGIA – CLASSIFICAÇÃO DA 
PARALISIA DE ACORDO COM A CAUSA 
 
Idiopática (paralisia de Bell) 
Infecciosa 
Traumática 
Congênita 
Vasculares 
Metabólicas 
Iatrogênicas 
Paralisia Facial Neonatal 
 
 
 
18/05/2018 
 Incidência anual: 23/100.000 
 Sexo: M=F 
 Todas as idades 
Paralisia Facial Periférica 
(idiopática – de Bell) 
18/05/2018 
 Início súbito 
 Dor na face, hipoestesia, e hiperacusia 
 Recuperação - 80% - 30-60 dias 
 
Paralisia Facial de Bell 
 
18/05/2018 
Paralisia de Bell 
Evolução 
 “Auto-limitada”: 85% recupera a mobilidade 
“normal” em 1 ano mesmo sem tratamento ! 
 
 Recuperação tardia (> 3m) = sequelas 
 Sinal de Bell= ao tentar fechar a pálpebra o 
olho do lado paralisado desvia para cima e fora. 
 
 
 
 
 
 
18/05/2018 
 
Sinais e sintomas do lado acometido 
 
 Rosto assimétrico tanto no repouso quanto no 
movimento,mais nem sempre o lado afetado é o mais 
“feio”. 
 Inicialmente vemos o lado afetado muito tenso 
 Sulcos da testa desaparecem 
 O paciente fica sem expressão facial 
 Olho atingido em geral não fecha inicialmente 
 Alteração do globo ocular: o globo ocular sobe na 
tentativa de estimular a pálpebra a fechar (sinal de Bell) 
 Fenda palpebral aumenta porque parte dela é contração 
muscular 
 
 
18/05/2018 
Sinais e sintomas do lado acometido 
 Sulco do nariz fica apagado 
 Comissura labial cai 
 Boca e língua se desviam para o lado sadio 
 Dificuldade para falar, assobiar, inflar a bochecha 
 Hiperacusia: som alto gera dor de ouvido 
 Diminuição das secreções lacrimais e salivares 
 2/3 anteriores da língua perde o gosto 
 Instalação dos sintomas é rápida, geralmente o único 
sinal é uma dor no rosto. 
 
 
18/05/2018 
Tratamento médico 
 
 Corticóide em altas doses para diminuir o processo 
inflamatório. 
 
 Cirurgia para descompressão do nervo; não é muito 
aceito. 
 
18/05/2018 
Tratamento Fisioterapêutico 
 Avaliação: 
 
 Dependendo do ramo acometido temos que trabalhar 
mais determinada função ou área do rosto. 
 Utilizar 1 fotografia do paciente anterior a patologia 
 Avaliação criteriosa da função muscular, para saber 
quais são os exercícios recomendados. 
 Cinesioterapia é muito utilizada, porém é um pouco 
lenta. 
18/05/2018 
18/05/2018 
•Cinesioterapia: 100% dos pacientes realizam; é dividida 
em duas partes: 
1 – feita com o terapeuta na clínica 
2- exercícios domiciliares 
Um grande auxiliar da cinesioterapia é o espelho. 
 
Os músculos que trabalhamos são: 
- bucinador: para manter a tensão nas bochechas 
- risório 
- orbicular da boca 
- depressor do lábio inferior 
- mentório para enrugar o queixo 
Exercícios/treino muscular 
(devem ser feitos várias vezes por dia) 
 
 1. Levantar a sobrancelha 
2. Franzir a sobrancelha 
3. Apertar os olhos 
4. Comprimir os lábios 
5. Encher a bochecha de ar/água 
6. Sorrir com os lábios fechados 
7. Sorrir com a boca aberta 
8. Bico para baixo 
18/05/2018 
Recursos auxiliares 
 Massoterapia 
 
 Estimulação simples: com gelo 
 
 Eletroterapia: FES 
 
 Biofeedback 
18/05/2018 
18/05/2018 
Prognostico: 
 
< idade, fraqueza incompleta dos mm acometidos (parte da 
função se mantém, mesmo inicialmente). 
Inicio de recuperação: entre 10 e 21 dias. 
 
Até 20% de seqüela (pode ser sensibilidade ou final da 
função) é considerado esperado. 
 
A literatura diz que até 4 anos depois o paciente tem 
recuperação. 
Síndrome de Machado-José 
18/05/2018 
Fisioterapia Neurofuncional 
Prof.ª Ingrid de Souza Costa 
DEFINIÇÃO 
 Doença neurológica genética que afeta 
principalmente o equilíbrio e a capacidade 
motora. Como ela assume caráter degenerativo, 
seus sintomas são agravados com o passar do 
tempo e podem levar ao óbito 
18/05/2018 
Histórico 
 Descrita pela primeira vez em 1972, na família 
Machado, de descendência açoriana (da Ilha de São 
Miguel), a qual era afetada por uma forma progressiva 
de ataxia, nistagmo, hiporreflexia, variados graus de 
miotrofia e sinais de lesão do cordão posterior da 
medula. 
 
 Quatro anos depois, uma nova família nos EUA, com 
sobrenome Joseph, também de origem açoriana, a qual 
foi observada a ocorrência de ataxiaprogressiva, 
disartria, nistagmo, bradicinesia, fasciculações de língua 
e de face, postura distônica, hiperreflexia e sinal de 
Babinski em sete gerações. 
18/05/2018 
Histórico 
 A designação de DMJ somente em 1978. 
 Machado-Joseph provém dos nomes das duas 
primeiras famílias descritas. 
 Entende-se que o gene fora levado pela 
colonização, espalhando-se pelo mundo. 
18/05/2018 
FISIOPATOLOGIA E GENÉTICA 
 A DMJ ou ataxia espinocerebelar tipo 3 (AEC 3) 
é atualmente a mais comum das ataxias 
hereditárias autossômicas dominantes. 
 
 Relaciona-se ao gene MJD1. 
 
18/05/2018 
EPIDEMIOLOGIA 
 A idade mais comum de início dos sintomas está na 
faixa de 38 a 40 anos e a duração média da doença é 
de 17 anos entre os brasileiros. 
 
 Patologia de caráter hereditário, a síndrome é 
transmitida de uma geração para a outra, ou seja, se o 
pai ou a mãe sofre deste mal, existe chances de 50% do 
filho também desenvolver. Trata-se ainda de 
uma doença rara, que afeta apenas 0,3 a 2 pessoas a 
cada 100 mil habitantes no mundo. 
 
 
18/05/2018 
 A DMJ tem uma ampla variação fenotípica e cinco subtipos clínicos 
têm sido descritos: 
 
 tipo I: os pacientes mostram sinais como a distonia, com início 
precoce dos sintomas. 
 
 tipo II: os pacientes têm sintomas cerebelares (ataxia da marcha, 
disartria e incoordenação apendicular) 
 
 tipo III: os pacientes apresentam sinais cerebelares e neuropatias 
periféricas, de manifestação mais tardia. 
 
 tipo IV: os pacientes desenvolvem predominantemente 
parkinsonismo e amiotrofia distal. 
 
 tipo V: que foi descrito mais tarde, cursa com paresia espástica 
18/05/2018 
TRATAMENTO 
 Programas fisioterapêuticos utilizados em outros tipos 
de ataxias cerebelares pode ser um tratamento viável 
para pacientes com DMJ, já que a literatura sobre o 
assunto ainda é escassa. 
 
 Um programa baseado em adequação postural e 
treinamento de habilidades funcionais com os membros 
superiores de indivíduos atáxicos, facilita a preensão e 
promove um controle dos movimentos. 
18/05/2018 
Caso Clínico 1 
 ACS, sexo masculino, de 27 anos, começou a 
sentir dores constantes nos membros inferiores em 
fevereiro de 2009, procurou tratamento médico, no qual 
foram feitos uma série de exames que obteve o 
diagnóstico de Ataxia Hereditária Dominante, e passou 
a fazer tratamento medicamentoso. Em julho de 2009 
foi feito o exame genético, resultando no diagnóstico de 
Ataxia Espinocerebelar tipo 3 (SCA3) Doença de 
Machado-Joseph (DMJ). Após um curto período de 
tempo passou a apresentar um quadro clínico de perda 
de equilíbrio e dificuldade na marcha, passando a 
utilizar uma bengala e auxílio de terceiros (outra 
pessoa) para se locomover. 
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a) Sendo você o fisioterapeuta, descreva as 
avaliações que devem ser feitas com este 
paciente. 
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Caso Clínico 2 
Anamnese: 
 
 C.A.M.F., sexo masculino, 30 anos, foi diagnosticado há cerca de 
dois anos como portador da Ataxia Espinocerebelar tipo III ou 
Doença de José-Machado. Ele relatou que os primeiros sintomas da 
doença surgiram aos 18 anos de idade, quando começou a notar 
dificuldade em manter o equilíbrio estático e dinâmico, que foi 
piorando progressivamente ocasionando quedas e prejudicando 
sua independência nas AVD’s. Relatou ainda que, em alguns 
momentos, definidos por ele como “crise”, ser acometido 
subitamente por uma fraqueza nos MMII (membros inferiores). Em 
relação aos antecedentes familiares, possui um tio paterno portador 
dos mesmos sintomas que ele, porém sem diagnóstico clínico que 
comprove a doença. Faz uso de Fluoxetina (10 mg) e Artane (5 mg) 
uma vez ao dia. 
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Avaliação Neurofuncional: 
 
 O Índice de Barthel é um instrumento que mede o grau de 
assistência exigido ao indivíduo em dez itens sobre 
mobilidade e cuidados pessoais. Os itens são somados 
atingindo-se de 0 a 100 pontos, cuja pontuação igual a 100 
significa que o indivíduo é totalmente independente. 
 
 Já o equilíbrio e a marcha, foram avaliados por meio da 
observaçãoe experimentação da escala de Tinetti, que é 
compreendida por duas escalas. A primeira possui nove itens 
que avaliam o equilíbrio e a segunda possui sete que avaliam 
a marcha. A pontuação total do índice é de 28 pontos, onde 
uma pontuação menor que 19 sugere risco cinco vezes maior 
de quedas. Logo, quanto menor a pontuação, maior o 
acometimento. 
 
 
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 Durante o exame clínico pôde-se observar flutuações do 
tônus e presença de movimentos involuntários em membros 
superiores e inferiores, força muscular grau 5 para os 
membros superiores e grau 4 para os inferiores, reflexos 
tendinosos, sensibilidade tátil, térmica e dolorosa 
preservados, leve disartria e aspectos cognitivos 
aparentemente normais. 
 
 No exame funcional, observou-se dificuldade na realização 
das transferências nas posições de joelhos para semi-
ajoelhado, semi-ajoelhado para de pé e de pé para semi-
ajoelhado, realizando-os somente com auxílio de terceiros. A 
marcha do tipo ebriosa, encontrava-se com a base alargada, 
assimetria de cintura escapular, sem dissociação das 
cinturas, anteriorização pélvica e realizada com o auxílio de 
muleta. 
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a) Descreva o diagnóstico cinético funcional do paciente. 
 
b) Sabendo-se que na Clínica Escola de Fisioterapia da 
FESJF estão disponíveis bolas suíças, therabands, 
bastões, caneleiras de 1, 2, 3, 4 e 5kg, cones, cama 
elástica, rampa e escada, descreva detalhadamente os 
objetivos e plano de tratamento para este paciente a 
curto, médio e longo prazo. 
 
 
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