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Abba Lerner e as finanças funcionais O que faz uma boa política econômica é trazer bons resultados. Finanças funcionais é o julgamento pe lo resultado.Rescultados considerados bons são aqu eles que reduzem o desemprego. A meta da política não tem que ser qualquer variável que não o desemp rego. Somente o Governo pode arriscar em uma situação de svantajosa, quando a economia entra em declínio. O s investimentos, e as exportações, caem devido a m enor demanda interncaional, assim como as famílias (C) poupam mais para os momentos mais difíceis. A demanda agregada, nesse cenário, deve ser puxada pelos gastos do governo. A intervençã através dos gastos deve acontecer ao menor sinal de que os investimentos previstos não serão realizados, ou que o consumo das famílias ir á se retrair. Se acontecer após a baixa em algumas variáveis o efeito será mais difícil de ser rever tido. O Estado deve ser o grande comprador do setor priv ado (ex. café brasileiro), de modo a sustentar a t axa de lucro do setor privado, para manter os empr egos. O governo deve subsidiar o consumo das família e r eduzir tributos para as empresas investirem, além de estimular as exportações através de uma taxa de câmbio desvalorizada. A novidade do Lerner, em relação à outros heterodox os como Keynes, é o lado das finanças. 1- Como financiar? O governo deve gastar emitindo moeda (o governo te m e deve ter o monopólio da emissão de moeda). Lerner é um cartalista: economista que admite que a moeda é uma criatura do Estado, é uma das forças de poder do Estado. Impostos não são para financiar os gastos do gover no. Quando o Estado quer, ele emite moeda, depois ele consome, das famílias e das empresas, bens e s erviços, oferecendo moeda, sendo possível, em sequ ência, tributar. O Estado aceita somente a sua moe da como pagamento de impostos, para que sua moeda possa circular na economia. Se as famílias ou as empresas não aceitar a moeda que o Estado oferece como pagamento à seus bens e serviços não terão moedas para pagar o governo. O Estado, então, força a aceitação de sua moeda atra vés da cobrança de tributos. É estritamente necess ário o monopólio do Estado na emissão de moedas. A tributação deve sempre vir depois da emissão, de modo a não haver uma sensação de perda de valor d a moeda. Retirar ou injetar liquidez é uma operação simples para o BC, através do mercado de títulos. A tribu tação, porém, também é utilizada para retirar e in jetar liquidez. A tributação deve incidir sobre o excesso de liqui dez, de modo a reduzir a renda disponível das famí lias e as empresas. Tributação não é uma mal neces sário, somente deve ser imposta se for desejável r eduzir o poder de compra do público (de quem tenha mais dinheiro para gastar). Se o governo estiver e uma situação de necessidade de gastos e inflaçã alta, mas não deseja um estad o de calamidade ou penúria para sua população, dev e realizar os gastos em detrimento da inflação, me smo porque nem toda inflação é de emissão de moeda . É melhor desemprego menor que inflação menor. O governo não usa nem tributos nem emite títulos pa ra gastar. Ele faz olhando os efeitos. Compra títulos: Somente se for desejável aumentar a oferta monetária ou reduzir a quantidade de títu los nas maões do público. Se este for o efeito des ejável, o governo deve emprestar ao setor privado, ou pagar parte da dívida, ou comprar títulos. Ou seja, só deve fazê-lo se existir pouca liquidez e a taxa de juros estiver demasiadamente alta. (taxa de juros endógena, aceita a PPL). Venda de títulos: somente se for desejável que o p úblico tenha menos moeda e mais títulos do governo , ou seja, só se existir uma liquidez excessiva e uma taxa de juros demasiadamente baixa e os Invest imentos demasiadamente alto. (Denise fixou que ess e ponto estará na 2ª prova) Emissão de títulos é parte da política monetária d o BC e não intrumento de política fiscal. Títulos são moedas que rendem juros e o mercado se satisfa rá com a taxa de juros qualquer positiva (para eco nomias subdesenvolvidas, taxas maiores que a ameri cana + inflação) O governo usa o mercado de títulos públicos para c ontrolar a tx de juros e com isso os investimentos e consumo. Deve ser combinada com a política fisc al. Inflação A emissão tende a se reduzir naturalmente no tempo , pois quando a economia vai se ativando torna-se menos necessária a intervenção estatal. Efeitos da emissão de moeda (governo gasta): dM -> cai tx de juros - > sobe I - > sobe DA - > s obe Y e empregos. sobe riqueza - > sobe consumo -> sobe DA -> sobe Y e empregos. O mesmo se aplica à dívida, que tende a cair natur almente.
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