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Transformações bioquímicas do pescado no post mortem Profa Sandra Helena de Mesquita Pinheiro Engenheira de Alimentos INFLUÊNCIA DO MANEJO ANTE-MORTEM SOBRE A QUALIDADE DO PESCADO A manipulação do pescado fresco durante o período compreendido entre captura e processo, é crucial para a qualidade do produto final (MACHADO,1984); O peixe, por sua natureza, é um dos alimentos considerados protéicos mais fáceis de sofrer deterioração; A carne de peixe é considerada altamente perecível em decorrência das autólises rápidas causadas pelas enzimas proteolíticas do próprio peixe e pela falta de oxigênio em que se encontra o músculo após o abate, onde este consome o glicogênio presente e o transforma em ácido lático; O animal, estando em estresse, favorece a proliferação microbiana, já que o pH aumenta em consequência do consumo rápido de glicogênio antes da morte, não produzindo ácido lático o suficiente (OGAWA,1999); Fatores como as técnicas de captura, armazenamento, práticas no ponto-de-venda e falhas no controle de qualidade possibilitam problemas para a manutenção das características de frescor do pescado (SÁ, 2004); A captura do pescado deve ser realizada de maneira a minimizar o estresse, ou seja, o ideal é que sejam realizados os esvaziamentos do tanque e a retirada do animal, posteriormente colocados em caixas para serem transportados até o tanque de depuração, onde ficam por 24 horas. Nesta etapa, ocorre a limpeza gastrointestinal, liberando uma série de toxinas que comprometem a qualidade da carne (ALMEIDA, 2006); É de suma importância que a água do tanque seja corrente, de modo a evitar a deposição de produtos fecais eliminados que poderiam contaminar os peixes, além de resultar na queda dos níveis de oxigênio dissolvido na água segundo, Reilly e Barile (1987), citados por SOCCOL (2002). O pescado é um alimento altamente perecível; Cuidados adequados: captura até a morte; Manipulação do pescado: determina as alterações enzimáticas, oxidativas e bacterianas; Depende da conservação (princípios básicos da conservação de alimentos), da espécie do peixe e dos métodos de captura; Alterações pós-mortem do pescado Após sua captura e morte, transformações físicas, químicas , enzimáticas e microbiológicas começam a surgir nos tecidos do pescado em intensidade variável com o tempo, provocando a redução do frescor e da qualidade até o limite de sua completa deterioração; Pescado fresco Pescado fresco: inclui todo pescado vendido inteiro, limpo e cortado e o marisco fresco; Recém-produzido, sem conservar nem armazenar (costuma- se admitir refrigeração em gelo); Que apresenta suas características originais intactas, ie, sem alteração de nenhum tipo; Pescado fresco ou produtos frescos como o pescado e os produtos pesqueiros integrais ou preparados, incluídos os produtos acondicionados à vácuo ou em atm modificadas, que não tenham sido submetidos a nenhum outro tratamento a não ser o congelamento, destinado a garantir sua conservação; Influem no frescor do pescado Grau de esgotamento; Danos físicos; Limpeza; Produção de mucos; Rigor mortis; Autólise; Decomposição bacteriana; Peixes muito ativos podem sofrer muita excitação e morrer por: Intensa agitação quando ficam presos nos fios; Próprio equipamento de pesca; Essa atividade desenvolvida antes de morrer causa rápido rigor mortis Equipamentos empregados e manipulação; Carga e descarga de pescado nos barcos: garfos, tridentes ou varas terminadas em ganchos; Orifícios, aspectos e conservação; ausência rápida de alterações bacterianas; Importância da limpeza: ser feita logo após a captura, influencia a produção de mucos na superfície no pescado; Limpeza Limpeza Ocorre nas glândulas mucosas da pele como uma reação particular do organismo, em meio às condições desfavoráveis a sua volta; Glicoproteína: mucina (2-2,5% do peso total); Muco: bom meio de desenvolvimento bacteriano, não significa pescado em más condições para consumo, consequentemente é veículo de penetração microbiana em outras partes do pescado; Fases de deterioração do pescado e sua relação com as características de frescor Cessa o aporte de oxigênio no músculo Metabolismo aeróbio Glicogênio Queda do Ph(ácido láctico) O rigor mortis caracteriza-se pela contração muscular que ocorre após a morte de um animal, ou seja, é a perda da elasticidade e extensibilidade dos músculos como resultado da alteração dos ciclos de contração e relaxamento. Assim o rigor mortis é uma contração muscular irreversível que ocorre no animal morto. O rigor mortis depende de vários fatores como a espécie, estado do peixe, modo de captura, temperatura de armazenamento, etc Rigor mortis no pescado- Fases Fase do Pré rigor mortis Fase do rigor mortis pleno Fase do pós rigor mortis Fase do Pré rigor mortis: compreende o tempo transcorrido entre a morte e o estabelecimento do rigor mortis pleno, ocorrem as seguintes transformações bioquímicas e físicas..... Fase do rigor mortis: estado onde o tecido muscular encontra-se totalmente contraído ou rígido, ocorrem as seguintes transformações bioquímicas..... Fase do pós rigor mortis: estado no qual a carne gradualmente amolece com o tempo, esta fase pode ser considerada como a resolução do rigor mortis... Metabolismo do ATP Método p/acompanhamento das fases de rigor mortis em peixes Decomposição bacteriana Composição do músculo Carne de pescado-Estrutura
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