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PROCESSO CIVIL V 2° BIMESTRE

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PROCESSO CIVIL V – 2° BIMESTRE
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
Os procedimentos especiais, que são assim por conta do direito que está sendo discutido, no qual alguns dos principais casos que não dá para se enquadrar no procedimento comum, como é o exemplo da consignação em pagamento, não tem como o réu ser citado para comparecer a uma audiência e contestar, porque na consignação em pagamento quem propõe a ação é o devedor para que o réu venha o credor e receba o valor, pois se ele receber acaba, se ele não receber talvez tenha que ser discutido alguma coisa. 
Então alguns procedimentos têm mais especialidade que outros, por exemplo a ação possessória tem mais especialidade que outros, assim será estudado tudo como vai ser, como o juiz vai decidir, mas na verdade é que depois que o réu é citado e contesta, vai seguir pelo procedimento comum, então muitas vezes a especialidade está no início. Nos procedimentos não há a audiência de conciliação e mediação como há em procedimentos comuns nos atos iniciais. 
CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO – ARTIGO 539
NOÇÕES GERAIS
	A consignação, a rigor, não deve ser confundida com pagamento, ainda que o texto legal indicado permita essa compreensão. Como esclarece a doutrina, o pagamento traduz essencialmente uma transferência de propriedade da coisa que se paga para o credor. Esse efeito, porém, não existe na consignação. Aqui, tem-se apenas o efeito liberatório (idêntico ao pagamento), sem, porém, que se veja a transferência ao credor – ao menos de forma necessária – do bem depositado. 
Resta claro, portanto, que a função precípua da consignação é permitida ao devedor liberar-se da obrigação, evitando com isso que permaneça com o encargo de responder pelos juros e pelos riscos sobre a coisa, bem como para que possa desonerar-se da própria prestação devida. 
A consignação em pagamento é uma das formas de extinção da obrigação. No artigo 334 do Código Civil, considera- se consignação o deposito judicial ou em estabelecimento bancário da coisa devida. 
Art. 334. Considera-se pagamento, e extingue a obrigação, o depósito judicial ou em estabelecimento bancário da coisa devida, nos casos e forma legais.
Nos vamos ver, como que tem que ser esse deposito judicial ou em estabelecimento bancário, não sendo um simples deposito em conta concorrente que vai ter a possibilidade de liberar o devedor da obrigação ele tem que seguir esse procedimento especial, seguindo o rito dos artigos 539, CPC. Então essa ação está no artigo 539. 
Quem quer consignar em pagamento? O devedor, em face do credor. Então partimos dos pressupostos de que por algum motivo não estava conseguindo efetuar o pagamento, então no código civil ele traz as hipóteses de pagamento no artigo 335, do Código Civil. 
Art. 335. A consignação tem lugar:
I - Se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma;
II - Se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos;
III - Se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil;
IV - Se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento;
V - Se pender litígio sobre o objeto do pagamento.
Recusa do credor em receber: no qual o devedor queria pagar, mas o credor se recusou a receber o pagamento. Neste caso, obviamente a recusa não importa qual o motivo, neste momento atual. Exemplo: o autor ele entendeu que o valor era outro, ou ele pagava determinado valor de aluguel e o credor fala que este valor subiu e não concordou e quis pagar o mesmo valor do contrato. Hipóteses de dívidas portável, são aquelas em que compete ao devedor oferecer a prestação no domicilio do credor (ou no local por este indicado). 
Inercia: na inercia ela só vai existir nas situações em que se pactuou que o credor iria buscar a coisa e não o fez. Exemplo: indicou no tempo, o lugar pelo credor, neste caso o devedor já pode consignar. Também é o caso de consignar quando o credor é incapaz, ausente. Se ele for incapaz a doutrina discute, porque se ele é incapaz e fez o pacto a questão é que o devedor não sabia da incapacidade, então no momento em que fez o pacto na hora de pagar ele deve consignar, OU então a incapacidade surgiu depois de firmado o pacto TAMBÉM deve consignar. Então o credor que está ausente ou em lugar incerto, o devedor TEM que consignar o pagamento. São as dívidas quesíveis, em que o credor iria buscar o pagamento no domicilio do devedor, diante desse o credor não comparece, no momento e segundo as condições estipuladas, perante ou por representante, para receber a prestação que lhe é devida. 
Dúvida quanto a titularidade do credito: o devedor quer pagar, mas ele está dúvida ou não sabe para quem deve pagar, essa hipótese é muito comum. Exemplo a seguradora que quer pagar e não sabe para quem deve pagar, “seguro obrigatório”. Acontece na justiça do trabalho a empresa ia recolher a contribuição sindical e ela recebia um comunicado de outra empresa, e dai tinha a duvida de qual seria. Quando a hipótese de pagamento é de duvida quanto a titularidade do credito, o devedor consigna e o juiz vai decidir quem é que é o credo, só que vai ter que chamar TODOS OS POSSÍVEIS CREDORES NO POLO PASSIVO, para eles comprovarem a titularidade do credito. Tem hipóteses de títulos de créditos que vão tento sucessivas transferências, CHEGA EM UM PONTO QUE O DEVEDOR NÃO SABE PARA QUEM DEVE PAGAR, neste caso ele tem que consignar, incluindo no polo passivo todos os possíveis credores. 
Se pender litigio sobre o objeto do pagamento: o último caso em que a lei autoriza a consignação trata de litigiosidade sobre o objeto da obrigação. Obviamente, a fim de estremar este caso da hipótese anterior, cumpre compreender esta situação como a litigiosidade que não trate da titularidade da obrigação, mas do próprio crédito. 
Grevistas no código tributário.
Desapropriação, no procedimento administrativo, previsão de consignar.
Liberação de verbas fiscais. 
LEGITIMIDADE
A legitimidade ativa, é tanto pelo devedor principal como com qualquer terceiro que tenha interesse na obrigação. O terceiro não interessado ele PODE consignar, pode sub-rogar os direitos de devedor, essa é a diferença. Então quem que poderia pagar? Se eu tenho um duvida e tenho um fiador, eu sou o terceiro interessado e tenho que pagar e posso sub-rogar o direito, então eu posso pagar e depois cobrar de você. 
	A legitimidade ativa para consignação será sempre outorgada ao devedor ou qualquer terceiro (interessado ou não). Na verdade, mesmo os terceiros não interessados têm direito à consignação, já que também podem efetuar o pagamento da prestação ao credor (artigo 304 do CC). Com efeito, na dicção do artigo 304, § único do CC, o terceiro não interessado tem direito a realizar o pagamento, dede que o faça em nome e à conta do devedor. Assim, se estes terceiros (interessados ou não) tem o direito de efetuar o pagamento da prestação, a fortiori têm também o direito de realizar a consignação da prestação devida, a fim de liberar o devedor dos ônus da mora. 
Exemplo: eu sou sua amiga e quero pagar a sua dívida, eu posso pagar e consignar, mas eu não posso cobrar. Eu não sub-rogo os direitos do devedor. 
Então o terceiro interessado pode sub-rogar, mas ele não pode se sub-rogar nos direitos do credor, ele não vai se transformar em credor. Artigo 305, Código Civil. 
Art. 305. O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio nome, tem direito a reembolsar-se do que pagar; mas não se sub-roga nos direitos do credor.
Parágrafo único. Se pagar antes de vencida a dívida, só terá direito ao reembolso no vencimento.
A legitimidade passiva é do credor, ou os credores. E nos casos de duvida quanto a titularidade do credito todos os possíveis credor, todos aqueles que possam ser eventualmente credores tem que estar no polo passivo. 
	Ao lado do devedor, podem também realizar a consignação o terceiro que seja interessado no pagamento(artigo 304 do CC) e ainda o terceiro não interessado, desde que realize a consignação em nome e à conta do devedor (artigo 304, § único do CC). Em vista disso, resta claro que a medida consignatória dispensa a demonstração de “interesse especial” do consignante, bastando que ela seja feita em nome e à conta do devedor da prestação e que aquele que oferece a prestação seja capaz de fazê-lo. É evidente que o terceiro que realiza a consignação tem, em princípio direito a ser reembolsado do valor pago (artigo 305, caput do CC) – salvo quando efetive a consignação com desconhecimento ou com oposição do devedor, se este poderia ilidir a ação (artigo 306 do CC) -, mas, pelo fato de não sub-rogar-se nos direitos do credor (artigo 305, caput, CC), não se cogita de avaliar possível interesse particular do interessado na realização do ato.
FORO COMPETENTE:
Qual a regra do foro competente, disposto no artigo 540 do Código de Processo Civil. 
Art. 540.  Requerer-se-á a consignação no lugar do pagamento, cessando para o devedor, à data do depósito, os juros e os riscos, salvo se a demanda for julgada improcedente.
Tem que ser no lugar do pagamento, e em regra o lugar do pagamento é domicilio do devedor ou do credor? As partes podem pactuar, se as partes pactuarem que é do credor (será no domicilio do credor), se é do devedor (será no domicilio do devedor), se elas não estabeleceram a regra é o domicilio do DEVEDOR (que nesse caso é o autor).
Então veja, se não foi pactuado é o domicilio do devedor, que no caso da consignação em pagamento é o autor. 
Então, aplica-se o artigo 540 do CPC, em conjunto com o artigo 327 do CC, que diz que efetuar-se o pagamento no domicilio do devedor, salvo se as partes pactuarem diversamente ou se o contrário, se constar na lei uma obrigação e dependendo da circunstância. Ou se as partes pactuarem um foro de eleição. 
Art. 327. Efetuar-se-á o pagamento no domicílio do devedor, salvo se as partes convencionarem diversamente, ou se o contrário resultar da lei, da natureza da obrigação ou das circunstâncias.
Parágrafo único. Designados dois ou mais lugares, cabe ao credor escolher entre eles.
Quando vai consignar essa consignação ela pode se referir a bem móvel– pode ser dinheiro ou imóvel. Mas quando se tratar de dinheiro existe a faculdade de fazer uma consignação extrajudicial, não é uma obrigação é uma faculdade do devedor.
Acontece que o código civil se considera pagamento e extingue a obrigação o deposito bancário vai depositar no banco o dinheiro, só que ela tem que ser realizada na forma que a lei estabelece. 
Como é possível realizar a consignação em banco? Imagine que uma pessoa tinha um aluguel e o credor não aceita aquele valor falando que aumentou, e você não concorda, realizada o procedimento do §1° do artigo 539 do CPC. 
Art. 539.  Nos casos previstos em lei, poderá o devedor ou terceiro requerer, com efeito de pagamento, a consignação da quantia ou da coisa devida.
§ 1o Tratando-se de obrigação em dinheiro, poderá o valor ser depositado em estabelecimento bancário, oficial onde houver, situado no lugar do pagamento, cientificando-se o credor por carta com aviso de recebimento, assinado o prazo de 10 (dez) dias para a manifestação de recusa.
Quando houver estabelecimento comercial, tem que ser ele oficial? A doutrina fala que é preferencialmente em estabelecimento comercial estão eles mais preparados para receber esse tipo de consignação. Quando há o deposito cessam os juros e o risco sobre a coisa. 
Art. 540. Requerer-se-á a consignação no lugar do pagamento, cessando para o devedor, à data do depósito, os juros e os riscos, salvo se a demanda for julgada improcedente.
Se tinha que pagar hoje, e não conseguiu pagar a coisa, por recusa, por não conseguir pagar hoje, e vou realizar depois do feriado. Eu vou pagar acrescido de juros e de multa, ou se está questionando exatamente a multa e não paga, mas sempre efetuo até a data do deposito. A partir de então o valor deposito ele sofre correção monetária, e ele vai ser depositado em uma conta com correção monetária, então o devedor comparece ao banco e pede para realizar um deposito em uma conta e o devedor tem que informar o valor e a origem e refere-se a que (valor do contrato tal, parcela final) e quem é o credor e o seu endereço, porque o banco irá realizar uma carta com AR com o credor e com o fulano de tal e está a sua disposição e refere-se a tal coisa. 
Na verdade, de quem é esse valor, fica à disposição de quem esse valor? O código não fala, ele não diz de quem fica a disposição essa conta, mas quem resolve isso é o artigo 3° da Resolução do Conselho Monetário Nacional 2814, essa resolução fala que acolhido o deposito fica à disposição do credor, caso não seja recebida uma recusa formal. Então quando o credor é notificado e não recusou formalmente a conta agora é dele, está disponível para ele ainda que ele não tenha recusado. Quando ele recusou esse valor vai ser do depositante do devedor. 
Então se ele manifestou a recusa e o devedor propôs a ação judicial, o valor fica à disposição do juízo. Sendo proposta a ação fica à disposição do juízo. 
Quando o credor é notificado ele tem um prazo para aceitar ou não, que é de 10 dias para manifestar a sua recusa. O que seria manifestar a sua recusa? Seria por escrito, não seria uma petição, seria uma carta escrita a mão e dizer que recusa, e não precisa justificar. Então essa carta ele tem 10 dias para manifestar a sua recusa. Artigo 539, §1°. Esse prazo irá iniciar do momento que ele receber. 
Art. 539. Nos casos previstos em lei, poderá o devedor ou terceiro requerer, com efeito de pagamento, a consignação da quantia ou da coisa devida.
§ 1o Tratando-se de obrigação em dinheiro, poderá o valor ser depositado em estabelecimento bancário, oficial onde houver, situado no lugar do pagamento, cientificando-se o credor por carta com aviso de recebimento, assinado o prazo de 10 (dez) dias para a manifestação de recusa.
Se o credor manifestar a recusa, o devedor tem um mês para a propor a ação, se passar de um mês não quer dizer que ele não possa mais propor, mas dai ele vai ter que fazer o deposito em juízo, e aquele valor que está lá já não está mais a disposição do juízo e sim do devedor.
Assim se ele propuser dentro do prazo de um mês a petição inicial deverá ser instruída pela prova do deposito extrajudicial, e prossegue o feito (o réu vai ser citado para levantar o valor ou para contestar).
Se o devedor propuser a ação depois de um mês a petição inicial será de acordo com o artigo 542, e ele só não vai instruir como prova de deposito. E o juiz vai deferir a inicial e primeiro vai esperar ele depositar em juízo no prazo de 5 dias. 
Não é obrigatório realizar a consignação extrajudicial antes, pode muito bem e vai direto para propor judicialmente. 
Se se tratar de uma consignação de uma coisa, não pode propor ação extrajudicial, ele vai ter que propor diretamente judicial. 
PROCEDIMENTO
Quando ele propõe a ação o juiz ele vai receber a inicial, ele vai deferir dependendo se fez ou não o deposito judicial ou extrajudicial. 
Tendo ou não feito o deposito bancário, o procedimento judicial vai ser por petição inicial tendo que respeitar os requisitos do artigo 319, CPC, deve conter também o pedido de deposito judicial. Devendo requerer: 1- deposito da coisa ou quantia da coisa devida a ser efetivado no prazo de 5 dias, contados do deferimento, ressalvado do artigo 539, §3° (exceto quando ele já fez o deposito extrajudicial), que daí ele já fez o deposito informando e demonstrar que está fazendo o deposito dentro de um mês. 2- Pedindo a citação do réu para contestar e levantar o deposito, com prazo de 15 dias e 3- não é para realizar audiência de conciliação e mediação. 
Art. 539. Nos casos previstos em lei, poderá o devedor ou terceiro requerer, com efeito de pagamento, a consignação da quantia ou da coisa devida.
	§ 3° Ocorrendo a recusa, manifestada por escrito ao estabelecimento bancário, poderá ser proposta, dentro de 1 (um) mês,a ação de consignação, instruindo-se a inicial com a prova do depósito e da recusa.
Quando se tratar de duvida quanto a titularidade do credito a inicial será diferente, porque o autor vai contar todos os possíveis credores, e eles não serão citados para levantar, e sim para comprovar a titularidade do credito. 
Tem uma diferença quando o autor vai depositar uma coisa tem que ser judicial, mas as vezes o objeto é coisa indeterminada que a escolha cabe ao devedor. Pois se a escolha cabe ao credor ele vai pedir para depositar no prazo de 5 dias. Se a escolha couber ao credor, ele tem que ser primeiro citado o devedor para exercer o direito de escolha e apenas depois do deposito, que vai prosseguir em que ele vai ser intimado para contestar ou levantar. Assim que o autor depositar dai ele vai ser intimado. 
Art. 543. Se o objeto da prestação for coisa indeterminada e a escolha couber ao credor, será este citado para exercer o direito dentro de 5 (cinco) dias, se outro prazo não constar de lei ou do contrato, ou para aceitar que o devedor a faça, devendo o juiz, ao despachar a petição inicial, fixar lugar, dia e hora em que se fará a entrega, sob pena de depósito.
Quando se tratar de trato sucessivo, aquelas relações jurídicas de trata sucessivo que o cumprimento é em diversas prestações o artigo 541, CPC. Autoriza o devedor a ir depositando as prestações que vão se vencendo no curso do processo, mesmo que sem maiores formalidades, desde que se faça da data de 5 dias da data de vencimento.
Exemplo: venceu dia 1 ele tem mais 5 dias para pôr simples petição realizar o deposito. O juiz não precisa autorizar.
Art. 541. Tratando-se de prestações sucessivas, consignada uma delas, pode o devedor continuar a depositar, no mesmo processo e sem mais formalidades, as que se forem vencendo, desde que o faça em até 5 (cinco) dias contados da data do respectivo vencimento.
O valor da causa será o valor atualizada da coisa ou do valor que se pretende consignar, com seus respectivos acréscimos. Se for uma ação que se pretende consignar prestações sucessivas (exemplo: se for aluguel é 12x o valor, se for apenas três parcelas que faltam vencer é a soma dessas), apenas será consignado em 12 vezes quando for de tempo indeterminado ou superior a doze meses.
O juiz defere a petição inicial, não tem nada para ser emendado, não é caso de improcedência ou indeferimento. Se já foi feito o deposito o réu será citado para contestar ou levantar o valor. Se não foi feito o deposito extrajudicial, porque ele não quis ou porque se trata de coisa e não de dinheiro, ou as vezes ele fez, mas a ação está sendo proposta depois de um mês, então o deferimento da inicial é para o autor efetuar o deposito no prazo de 5 dias. Ele vai depositar uma conta em que o cartório irá fornecer. Quando são coisas menores, pode ser depositado em próprio cartório. Se são coisas maiores tem que ser nomeado um depositário da coisa, tudo isso estará em despacho. 
Art. 542. Na petição inicial, o autor requererá:
I - O depósito da quantia ou da coisa devida, a ser efetivado no prazo de 5 (cinco) dias contados do deferimento, ressalvada a hipótese do art. 539, § 3o;
II - A citação do réu para levantar o depósito ou oferecer contestação.
Parágrafo único. Não realizado o depósito no prazo do inciso I, o processo será extinto sem resolução do mérito.
Exemplo: se sou autor do processo e pede a consignação e pede para proceder o deposito e não é realizado em 5 dias, e será certificado e o processo vai ser concluso porque não foi depositado, e tem que ser intimado para que a parte seja previamente ouvida e a parte pode depositar mas ela vai ter que calcular os juros até a data, existe outra discussão se o processo está concluso para sentença e foi intimado e não fez nada pela segunda vez, e antes de ser proferida a sentença você efetuou o deposito. Pode extinguir? Não porque isso fere o principio da economia processual, porque ele vai extinguir e você vai propor novamente.
Se a parte não fez o deposito em 5 dias fala que extingue, mas tem que observar que quem faz parte dessa relação processual é apenas o autor e o juiz, e se extinguir sem o autor se manifestar fere o princípio da colaboração e não considerado o deposito realizado depois fere o principio da economia processual. 
Feito o deposito, ainda que efetuado depois, extingue-se os juros e os riscos sobre a coisa. Porque quem é responsável por esses bens? O autor, que a partir do momento em que ele deposita é de responsabilidade do depositário e do juízo. 
O réu é citado para contestar ou levantar. Se ele comparecer e levantar o valor (ou o bem), estamos partindo do pressuposto que ele está concordando com tudo, e vai ter uma sentença de extinção da obrigação, com a sucumbência arcada pelo réu, porque é reconhecimento jurídico do pedido (e de maneira intrinsicamente que ele recusou). Se o réu é citado e não faz nada, da mesma maneira é realizado a sentença de extinção da obrigação com sucumbência do réu. Agora o réu pode oferecer contestação, podendo alegar o que está limitado no artigo 344, CPC (cognição parcial – é um rol taxativo, podendo ter as preliminares de mérito), podendo alegar que:
Que não houve recusa ou mora para receber a quantia.
Que foi justa a recusa.
Que o deposito não se efetuou no prazo e no lugar do pagamento.
Que o deposito não é integral.
Art. 544. Na contestação, o réu poderá alegar que:
I - Não houve recusa ou mora em receber a quantia ou a coisa devida;
II - Foi justa a recusa;
III - o depósito não se efetuou no prazo ou no lugar do pagamento;
IV - O depósito não é integral.
Parágrafo único. No caso do inciso IV, a alegação somente será admissível se o réu indicar o montante que entende devido.
Se o réu fez e fala que não houve recusa (defesa de mérito direta), porque a causa é a recusa, com ônus do autor e provar que houve recusa ou mora. 
O réu pode vir e fala que a recusa foi justa (defesa de mérito indireta), aceita o fato constitutivo do autor, quer dizer que houve recusa só que a recusa é justa. Só que nesse caso é amplo, pode abranger uma interpretação equivocada ou diferente do contrato, das partes, uma nulidades, o juiz vai ter que apreciar e é nessa questão/ discussão jurisprudencial e doutrinaria que muitas vezes quando a parte diz que a recusa foi justa ela está querendo uma interpretação daí discute-se em juízo se pode ou não fazer revisão de contrato em ação de consignação em pagamento, o entendimento é divido, mas o que tem prevalecido é que não pode. Tendo o réu que provar que foi justa.
Deposito não se efetuou no prazo ou local de pagamento, o credor não é obrigado a receber de maneira diferente do que foi pactuado (defesa de mérito direta), desta o autor vai ter que provar que teve, quando há essas alegações muito provavelmente terá discussão no processo; 
Quando alega que há insuficiência de deposito, elas podem ser cumuladas. Sempre que o réu alegar a insuficiência de deposito só isso, ou mais alguma coisa, o código fala no artigo 544, § único, que essa alegação apenas é possível quando o réu indicar o montante devido. Porque vai ser aberto prazo para o autor complementar o deposito. 
Art. 544. Na contestação, o réu poderá alegar que:
I - Não houve recusa ou mora em receber a quantia ou a coisa devida;
II - Foi justa a recusa;
III - o depósito não se efetuou no prazo ou no lugar do pagamento;
IV - O depósito não é integral.
Parágrafo único. No caso do inciso IV, a alegação somente será admissível se o réu indicar o montante que entende devido.
Sempre que o réu alegar a insuficiência de deposito ele pode levantar o valor que está depositado, ele indica qual o valor que ele entende e levanta o depositado, e a discussão fica com relação a diferença. Pode ser que o autor deposite a diferença ou não. 
O artigo 545, diz que alegado a insuficiência do deposito ele pode completar em 10 dias, salvo se corresponder a prestação cujo inadimplemento acarrete a rescisão do contrato, daí talvez ele não deva complementar. Se entenderque é possível ele terá 10 dias para complementar o deposito. 
Se ele complementar será proferida a sentença e quem arca com a sucumbência é o autor, pois ao complementar ao deposito ele está assumindo que quando ele propôs ação ele depositou valor abaixo. 
Se o autor não complementar que não é valor devido, ou se ele não se manifesta pode ser que tenha a instrução e depois a sentença para ver se o valor é ou não devido ou pode ser que não já vai direto para a sentença por se tratar de julgamento antecipado. Artigo 545, §1°. 
Art. 545. Alegada a insuficiência do depósito, é lícito ao autor completá-lo, em 10 (dez) dias, salvo se corresponder a prestação cujo inadimplemento acarrete a rescisão do contrato.
§ 1° No caso do caput, poderá o réu levantar, desde logo, a quantia ou a coisa depositada, com a consequente liberação parcial do autor, prosseguindo o processo quanto à parcela controvertida.
§ 2° A sentença que concluir pela insuficiência do depósito determinará, sempre que possível, o montante devido e valerá como título executivo, facultado ao credor promover-lhe o cumprimento nos mesmos autos, após liquidação, se necessária.
Art. 546. Julgado procedente o pedido, o juiz declarará extinta a obrigação e condenará o réu ao pagamento de custas e honorários advocatícios.
Parágrafo único. Proceder-se-á do mesmo modo se o credor receber e der quitação.
NATUREZA DUPLICE: alguns procedimentos especiais os dois tem direitos da tutela jurisdicional, mas tem conteúdo mediato ou imediato? Pedido imediato é a condenação, e o réu ao se defender a defesa tem conteúdo mediato ou imediato.
Existem ações que tem natureza dúplice, permitem que à tutela jurisdicional sejam outorgadas tanto ao autor quanto ao réu, não importa o lado que eles estão. Permitem que o autor e o réu simultaneamente ocupem o polo ativo ou passivo. 
Então o réu apenas se defende, mas em uma ação em consignação em pagamento se o réu alega a insuficiência do deposito e o autor não complementa o juiz vai ter que verificar qual o valor devido e se observar que o valor era insuficiente mesmo? Essa sentença vale como titulo executivo para o réu cobrar na fase de execução. A sentença tem que DECLARAR o valor devido. 
Art. 545. Alegada a insuficiência do depósito, é lícito ao autor completá-lo, em 10 (dez) dias, salvo se corresponder a prestação cujo inadimplemento acarrete a rescisão do contrato.
§ 2° A sentença que concluir pela insuficiência do depósito determinará, sempre que possível, o montante devido e valerá como título executivo, facultado ao credor promover-lhe o cumprimento nos mesmos autos, após liquidação, se necessária.
O réu pode apresentar pedido reconvencional, tem que ter interesse. Quando não conseguir obter o que se pretende apenas se defendendo. Quando o réu alega a insuficiência do deposito.
O valor entender que foi insuficiente o réu pode cobrar em fase de execução. 
TITULARIDADE DO CRÉDITO
O autor pode levantar o valor depositado, mas ficara na lide o valor controverso. 
Em caso de duvida da titularidade do credito, a ação é proposta contra todos os possíveis credores, petição inicial tem que ter todos os requisitos da petição inicial do artigo 319, CPC (exceto da audiência), todos os possíveis credores serão citados para se manifestar, se o juiz deferir todos os possíveis credores serão citados, eles serão citados para resolver a titularidade do credito. 
Tem a hipótese de nenhum comparecer – exemplo: o autor quer pagar um titulo que apareceu 5 credores, e ele deposita em juízo o valor, e nenhum comparece – vai haver sentença da extinção da obrigação, e será arrecado como coisas vagas (expedição de edital) para saber o que fazer com o bem e com o valor. Porque no final das contas tem um valor e não se sabe de quem é. Exemplo: aparece o João dizendo que aquele valor é dele, não importa se é dele ou não para o devedor, vai ser realizado uma sentença de extinção de obrigação e o juiz vai analisar se é ou não de acordo com as provas trazidas pelo João no processo. 
Se apenas um comparecer – exemplo: João tem que provar que é dele, para o autor não importa se é dele, se ficar decidido que ele não é credor vai para a sentença da extinção da obrigação e será arrecadado como coisas vagas. 
Se mais de um credor comparece, apenas sobre os possíveis credores, com uma sentença futuramente uma sentença declarando de quem são os credores ou o credor, observado o procedimento comum. O código não fala sobre a insuficiência do deposito, se ele decide que tem a insuficiência ele tem que intimar para complementar, e se não houver não irá prosseguir apenas com todas as partes. Com uma decisão declarando extinta a obrigação e o processo prossegue apenas com os possíveis credores. 
Artigo 548 do Código de processo civil. 
Apenas que um dos credores que comparecem, e só que alguns alegam insuficiência de deposito e o autor depositar o processo prossegue, se o autor dizer que está certo e não tem o que complementar, tem que prosseguir entre todos sobre o valor e credito. Se um desses possíveis credores alegar a insuficiência de recursos, não é possível o processo prosseguir categoricamente entre apenas os credores, tem que ser com o devedor também. Somente vai prosseguir perante apenas os credores quando ele concordar e complementar. 
A sentença que possível vai apontar um saldo por isso tem natureza dúplice. 
AÇÃO DE EXIGIR CONTAS
NOÇÕES GERAIS
O antigo código falava sobre prestação de contas: “é uma pessoa apresentar a outra pormenorizadamente parcela por parcela os componentes do debito e do credito resultantes de uma determinada relação jurídica, concluindo pela apuração de um saldo de devedor, credor ou inexistente”. Aquela chamada mercantil ou aritmética, quando alguém fica com o bem de uma pessoa.
Essa prestação de contas é da forma mercantil ou aritmética, quando que será necessário quando alguém fica com o bem de outra pessoa, tem que prestar contas, mas não necessariamente desta forma. 
Exemplo: se sou nomeada tutora, curadora de um menor eu posso ter que prestar contas de tudo, mas não ocorrer relação com dinheiro, fui no médico, matriculei no colégio. Tem que ser aquela mercantil, ou como, sou advogada tenho que prestar contas para o meu cliente, não entra nessa situação. 
Mas se for o caso de ser tutora ou curadora de um menor e eu administro valores dele, aí eu tenho que prestar contas dessa maneira mercantil. 
No CPC/73, ação para exigir contas e para dar contas – tanto quem tinha direito de exigir como aquele que tinha que prestar.
Como por exemplo: eu sou advogada e levantei um valor de 100 mil do meu cliente e na hora de prestar contas para ele, eu deduzi as custas e os honorários, e o imposto de renda, e dai houve a prestação de contas, daí ele não concorda com as contas, e daí alguém tem que declarar as contas, e no antigo código era o próprio cliente ou o advogado que entrava com a ação para exigir, que vai existir quando a parte tem o direito de exigir, mas quando ela tem que ter interesse de agir. 
Na ação de procedimento especial, agora do CPC, ela é aquela que somente para quem tem o direito de exigir as contas, no caso do exemplo apenas o cliente pode propor, mas o advogado não pode? Até pode, mas ele vai propor uma ação pelo procedimento comum, uma sendo declaratória, de prestação de contas. 
Não tem se admitido a revisão de contrato nesta fase, de acordo com o entendimento do STJ. 
LEGITIMIDADE
Aquele que tem o direito de exigir em face de quem tem o dever de prestar contas.
INTERESSE DE AGIR
O interesse de agir, que as contas não são sempre judiciais, para demonstrar o interesse agir tem que demonstrar o interesse e o que o réu não cumpriu a obrigação dele, seja porque ele negou a prestação. Seja que quando ele apresentou elas não foram da forma adequada, ou porque ele discordou do saldo. 
Existem contas que são necessariamente judiciais
Quem tem que prestar contas? Quem fica sobre a administração de bem de outra pessoa, e as vezes esse administrador é um administradorjudicial, como é o caso testamenteiro, o curador, tutor, o administrador judicial depositário, sempre que essas pessoas tiverem que prestar contas ou quando a outra parte exigir que elas prestem, SÃO NECESSARIAMENTE JUDICIAIS. Isso é disposição do código do 553. 
Art. 553.  As contas do inventariante, do tutor, do curador, do depositário e de qualquer outro administrador serão prestadas em apenso aos autos do processo em que tiver sido nomeado.
Nos casos judiciais é estabelecido um prazo para a prestação de contas, e assim a cada 6 meses não tem a necessidade de ele propor em apenso, porque na prática ele está dando contas. Quando que vai ser em apenso e vai tramitar por esse procedimento? Quando a discordância das contas, quando um herdeiro falar que este valor está errado, quando ele não prestar contas, quando o MP penhora e passou prazo. 
NATUREZA DÚPLICE: 
São aquelas que as partes assumem ativa e passivamente a ação (reciprocamente), mais especificamente na ação de prestação de contas ela acontece, porque quando o juiz vai analisar as contas do processo, concluir com o saldo. E dessa maneira, quando ele vai declara, ele tem que ver a forma e o resultado, ele vai verificar se as contas foram bem prestadas e se o saldo está correto. Pode ser que na hora de decidir ele veja que existe um saldo, podendo ele ser existente ou inexistente. 
Se ele prestou bem as contas e não tem saldo, se prestou bem as contas, mas o saldo foi administrado de maneira boa, o juiz tem que reconhecer qual é o saldo e quem é o detentor do saldo que pode ser o autor ou o réu.
Artigo 552, CPC. 
Art. 552.  A sentença apurará o saldo e constituirá título executivo judicial.
A sentença apura o saldo, e aquele que tiver que pagar na fase de execução do cumprimento de sentença , mas tem as hipóteses em que é necessariamente judicial, nos casos de testamenteiro ,administrador judicial, nesses casos em que a sentença apurar um saldo para o administrador judicial pagar, além de pagar o saldo, pode estar sujeito a ser destituído do cargo, e o valor da gratificação mensal dele parado, sobre o sequestro dos bens (§ único do artigo 553). 
Artigo 553. Parágrafo único.  Se qualquer dos referidos no caput for condenado a pagar o saldo e não o fizer no prazo legal, o juiz poderá destituí-lo, sequestrar os bens sob sua guarda, glosar o prêmio ou a gratificação a que teria direito e determinar as medidas executivas necessárias à recomposição do prejuízo.
Em uma ação de inventario, o simples fato do inventariante, por exemplo ter pegado o dinheiro a mais, mesmo que a sentença reconhecer ele pode perder, ainda que ele pague ele pode perder, porque está demonstrado que está administrando de maneira incorreta. Ele tem a possibilidade de ser destituído do cargo. 
PROCEDIMENTO
Ação por petição inicial (319, ss), exceto o da audiência de conciliação, ele é citado para prestar contas ou contestar (artigo 550, §1°), a petição inicial além disso o autor na petição inicial especificara detalhadamente as razoes pelas quais exigi as contas, instruindo-a com as comprovações da necessidade, se existir.
Se a inicial estiver apta o juiz vai pedir para citar o réu para que no prazo de 15 dias para prestar contas ou oferecer contestação, o caput do artigo 550 fala que ele vai ser citado para prestar contas ou oferecer contestação. Como se ele tivesse que optar entre uma coisa ou outra, mas ele pode fazer as duas coisas prestar contas e contestar qualquer uma coisa. 
Para o juiz julgar as contas ele tem que ter as contas. 
O que pode acontecer é que o réu ao ser citado, não trazer as contas, e apenas contestar e negando o dever de prestar contas, qualquer coisa do tipo. Ou o réu não faz nada e se tornar revel, não contestar e não prestar contas. Quando acontece isso a gente diz que o feito se desdobra em duas fases:
1° fase – verificação da obrigação ou não de prestar contas.
Em que o juiz tem que ver se esse réu que contestou tem mesmo que prestar contas? Ou o réu que não contestou a revelia é presunção absoluta de veracidade? Não, o réu não contestou, mas o autor também não comprovou, por exemplo. Pode ele entender que o réu não tem que prestar contas. Se ele entender que tem que prestar contas, aí vai condenar o réu a prestar as contas, aí nós passamos para a segunda fase.
2° fase – analise das contas.
Agora se o réu é citado e já apresenta as contas, não vamos falar em duas fases, o juiz vai dar uma sentença que reserva a analise das contas. 
Quando o réu é citado ele pode apresentar essas contas, ou apr4esenta as contas e contesta, não importa. 
Essas contas têm que ser de maneira pormenorizada, parcela por parcela, com os componentes do debito e do credito. De acordo com o artigo 551. 
Art. 551. As contas do réu serão apresentadas na forma adequada, especificando-se as receitas, a aplicação das despesas e os investimentos, se houver.
§ 2o As contas do autor, para os fins do art. 550, § 5o, serão apresentadas na forma adequada, já instruídas com os documentos justificativos, especificando-se as receitas, a aplicação das despesas e os investimentos, se houver, bem como o respectivo saldo.
Se o réu vem e apresenta as contas, toda vez que ele apresenta as contas o autor tem direito de se manifestar sobre elas no prazo de 15 dias. 
Então ele vem e apresenta as contas, o autor vai se manifestar, podendo ele concordar com as contas ou discordar das contas. Se ele vem e concorda com as contas, o juiz pode julgar as contas, ele verifica a existência de um saldo, se realmente existente pode ser cobrado tanto pelo autor, quando pelo réu (que é a natureza dúplice da ação de prestação de contas)
Só se o autor é intimado a se manifestar sobre as contas e discorda, essa discordância não pode ser genérica, ele tem que se manifestar, podendo o réu impugnar, mas ele pode dizer o que concorda, e o que discorda.
Artigo 550. § 3o A impugnação das contas apresentadas pelo réu deverá ser fundamentada e específica, com referência expressa ao lançamento questionado.
Ele tem que não concordo com esse credito, por conta disso, e esse credito está em duplicidade, sendo ela especificamente.
Quando ele apresenta essa não concordância, dá-se prazo para o réu apresentar documentos que justifiquem aqueles lançamentos que o autor fez. Com o prazo que o juiz achar adequado, não é disposto em lei (judicial). 
Dependendo do caso, o juiz pode até julgar, mas caso contrario tem que ser realizado uma prova pericial ou no mínimo por um calculo do contador. Simples ou não. 
Artigo 551. § 1o Havendo impugnação específica e fundamentada pelo autor, o juiz estabelecerá prazo razoável para que o réu apresente os documentos justificativos dos lançamentos individualmente impugnados.
Quando o procedimento, a petição inicial foi apresentada e o réu foi citado, mas o réu ou apenas contestou ou não fez nada, o feito vai se desfazer em duas fases, porque? Porque o réu contestou negando o dever de prestar contas, então tem uma lide. E o juiz vai resolver se ele tem ou não tem o dever de prestar contas. O réu se mostrou inerte, a revelia induz a presunção relativa de veracidade, tendo o juiz que verificar se é ou não verdadeira, observando a verossimilhança nas alegações do autor, de acordo com o disposto do código. 
Por isso feito tramita pelo procedimento comum, quando falar disso. O réu vem e contesta, de acordo com isso, ele tem a réplica, especificação de provas, depende o julgamento antecipado ou saneamento, e depois o julgamento antecipado ou a fase instrutória (o legislador fala de decisão). 
Quando o juiz da a sentença no sentido que o réu não tem que prestar contas é sentença de improcedência.
Mas se o juiz entender que o réu tem que prestar contas, o CPC de 1973 falava que o juiz iria proferir uma sentença condenando o réu, o atual código fala de decisão.
Artigo 550. § 5o A decisão que julgar procedente o pedido condenará o réu a prestar as contas no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de não lhe ser lícito impugnar as que o autor apresentar.
A doutrina achaque quando o legislador mudou o termo sentença por decisão, ele estava se referindo a decisão interlocutória. A professora ainda tem o apego ao código de 1973, porque quando o juiz dá uma decisão ele não condena, ele não julga procedente apenas defere algo concreto, que quando normalmente ela não é sentença o feito tem condições de prosseguir. O entendimento que tem prevalecido hoje, trata-se de uma decisão interlocutória (que neste caso é interposto agravo de instrumento, ele não vai suspender com pedido de efeito suspensivo, mas o processo não tem como prosseguir). 
Enunciado 177 – decisão interlocutória, com recurso agravo de instrumento
Se precisar interpor recurso da decisão tem que fazer uma pesquisa pelo tribunal que vai ser interposto. Não tem uniformização ainda. 
Se a decisão reconhece – a interpor recurso, ela tem que pedir a suspensão, se não for deferida a partir do prazo pode executar.
Artigo 550. § 5o A decisão que julgar procedente o pedido condenará o réu a prestar as contas no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de não lhe ser lícito impugnar as que o autor apresentar.
É uma sanção de não poder impugnar as contas que o autor apresentar, o juiz tem poderes além e pode colocar multa também. E o réu tem que apresentar as contas, mas não se sabe quando que tem que apesentar e qual o prazo. 
Se a parte recorreu e não foi feito o prazo de 15 dias, o prazo começa a correr da publicação da decisão. 
Ele tem que prestar contas com a sanção de não poder impugnar as contas que o autor apresentar, supondo que ele foi condenado a prestar contas e apresentou, tem que apresentar da forma mercantil, ou ele concorda com as contas ou ele discorda das contas. 
Se veio a decisão e condenou o réu a prestar contas sob pena de não poder impugnar as contas que o autor apresentar e o réu intimado não apresentar as contas, esgotado as contas, o autor apresenta as contas em 15 dias. Mas não significa que ele autor, vai apresentar as contas da forma que ele quer, porque o fato dele apresentar as contas não quer dizer que elas sejam boas. 
Quando o juiz determina a prova pericial como que é o procedimento? Designa um perito (nomeação do perito), de acordo com o novo código é uma lista de peritos no tribunal (156, §1°).
Art. 156.  O juiz será assistido por perito quando a prova do fato depender de conhecimento técnico ou científico.
§ 1o Os peritos serão nomeados entre os profissionais legalmente habilitados e os órgãos técnicos ou científicos devidamente inscritos em cadastro mantido pelo tribunal ao qual o juiz está vinculado.
§ 2o Para formação do cadastro, os tribunais devem realizar consulta pública, por meio de divulgação na rede mundial de computadores ou em jornais de grande circulação, além de consulta direta a universidades, a conselhos de classe, ao Ministério Público, à Defensoria Pública e à Ordem dos Advogados do Brasil, para a indicação de profissionais ou de órgãos técnicos interessados.
§ 3o Os tribunais realizarão avaliações e reavaliações periódicas para manutenção do cadastro, considerando a formação profissional, a atualização do conhecimento e a experiência dos peritos interessados.
§ 4o Para verificação de eventual impedimento ou motivo de suspeição, nos termos dos arts. 148 e 467, o órgão técnico ou científico nomeado para realização da perícia informará ao juiz os nomes e os dados de qualificação dos profissionais que participarão da atividade.
§ 5o Na localidade onde não houver inscrito no cadastro disponibilizado pelo tribunal, a nomeação do perito é de livre escolha pelo juiz e deverá recair sobre profissional ou órgão técnico ou científico comprovadamente detentor do conhecimento necessário à realização da perícia.
Isso é importante porque o juiz nomeia o perito, é porque a pessoa pede, custeada pelo ente comum quando beneficiaria de justiça gratuita. 
Em que momento que se dá a nomeação do perito? É no saneamento do processo, quando se trata de maneira complexa. 
Marcada a audiência de saneamento, quando ele defere a prova pericial, ele tem os quesitos para o assistente técnico. 
O réu não apresenta as contas, vem o autor e apresenta as contas, se tiver pericia podendo indicar o assistente técnico dele, ele pode impugnar a perícia? Sim. Ele pode trazer e solicitar documentos? Sim. 
Vamos supor que o réu contestou dizendo que não tem que prestar contas de nada, e o juiz entende que tem que precisa prestar contas? Ele recorre e o tribunal reforma e faz ele tem que prestar contas. E o réu interpõe recurso de apelação e diz que quando ele foi citado, e quando foi intimado para prestar contas e eu tinha perdido o documento e achei o documento de que comprova que paguei e não devo nada. O tribunal pode reconhecer esse documento? Ele é nulo esse documento? Não é nulo. E o juiz não pode penhorar o que ele pagou, ele tem que mandar outro documento. Está ferindo o princípio da não surpresa, o réu vai pedir uma repetição de indébito. 
AÇÃO MONITÓRIA
NOÇÕES GERAIS
A ação monitória de maneira histórica, e o atual procedimento utiliza o procedimento comum como regra e apenas um procedimentos especiais, no CPC/73 também tinha o procedimento comum e o procedimento especial, porque antes do sistema do código de 1973 já se começou a perceber que o procedimento comum tendia a ser muito demorado, e que até que tenha uma sentença ele tem quatro fases (postulatória, saneamento, instrutória e decisória) podendo demorar até 5 anos. 
Essa modalidade não é nova, com a ideia de que agora ela comece a melhorar. 
No CPC 1973, procedimento sumário para causas de até 60 salários mínimos, com algumas outras e essas quatro fases eram mais enxutas na teoria. No qual na audiência inicial tinha a contestação e a replica (presidida pelo juiz, e dependeria da pauta) e isso demorava uns 8 meses apenas para a audiência. 
Observado que em algumas causas quando você tem um titulo executivo e quer cobrar um valor começa logo de uma execução de titulo extrajudicial, pela lei antiga se você não tinha esse titulo tinha que propor uma ação de cobrança pelo rito comum, mas que é obvio que a pessoa que tem a prova escrita tem um laudo a mais do que quem tem uma prova oral. Nesse caso os bancos (começaram a fazer), que movimentam grande parte dos processos (proposta pelos bancos e contra o banco) foi importado o instituto da ação monitoria, que existia na Itália se verificou que lá deu certo, sendo um procedimento mais célere para quem tem uma prova escrita, que não pode ser cobrado por uma via de execução. 
PROVA ESCRITA
Então quem tinha uma prova escrita pode não tendo eficácia executiva, propor essa ação monitoria que o objetivo principal é começar a fase executiva mais rapidamente do que se fosse levada para o procedimento comum. 
O sistema do CPC/73 instituiu isso no artigo 1072 e seguintes e previa que essa ação era para quem tivesse prova escrita para quem poderia pagar em dinheiro, ou bem fungível ou imóvel determinado. O CPC/ 2015 ampliou as possibilidades e vez uns novos requisitos, continua sendo para prova escrita, mas serve para receber em soma de dinheiro, coisa fungível ou infungível, bem móvel ou imóvel e para cobrar ou exigir o adimplemento de uma obrigação de fazer ou não fazer (de acordo com o artigo 700, CPC). Tendo que ser devedor capaz. 
Art. 700.  A ação monitória pode ser proposta por aquele que afirmar, com base em prova escrita sem eficácia de título executivo, ter direito de exigir do devedor capaz:
I - O pagamento de quantia;
II - a entrega de coisa fungível ou infungível ou de bem móvel ou imóvel;
III - o adimplemento de obrigação de fazer ou de não fazer.
§ 1o A prova escrita pode consistir em prova oral documentada, produzida antecipadamente nos termos do art. 381.
§ 2o Na petição inicial, incumbe ao autor explicitar, conforme o caso:
I - A importância devida, instruindo-a com memória de cálculo;
II - O valor atual da coisa reclamada;
III - o conteúdo patrimonial em discussão ou o proveito econômico perseguido.
§ 3o O valor da causa deverá corresponder à importânciaprevista no § 2o, incisos I a III.
§ 4o Além das hipóteses do art. 330, a petição inicial será indeferida quando não atendido o disposto no § 2o deste artigo.
§ 5o Havendo dúvida quanto à idoneidade de prova documental apresentada pelo autor, o juiz intimá-lo-á para, querendo, emendar a petição inicial, adaptando-a ao procedimento comum.
§ 6o É admissível ação monitória em face da Fazenda Pública.
§ 7o Na ação monitória, admite-se citação por qualquer dos meios permitidos para o procedimento comum.
INICIAL E DEFERIMENTO
A ação monitoria é um procedimento misto, porque ele tem atividades de execução mescladas com atividades de cognição. Inicialmente na execução o réu é citado para pagar e na ação monitoria ele é também citado para pagar (seja expedido um mandado para pagar ou entregar a coisa), só que o réu pode optar entre apresentar a impugnação ou pagar. E aí vem a atividade cognitiva. Sendo na verdade uma mescla ele faz uma cognição sumaria, porque ele verifica se ele se convence da evidências da prova escrita e ele determina a atividade de execução no sentido de pegar, mas se o réu entender que não deve pagar ele deve opor embargos (que tem natureza de defesa e apresentado nos próprios autos). 
Quando é a cognição inicial – é sumaria, porque o que é exigido para propor essa ação? É uma prova escrita, e essa prova escrita seria um requisito primordial desse procedimento monitório, e não é a mesma coisa de uma prova documental (que se trata de foto, vídeo). Sendo que no inicio de quando a ação monitoria surgiu alguns doutrinadores falavam que é tinha que ser um escrito emanado do devedor, no entanto pode ser um conjunto de escrito. 
Por exemplo: papeleta de armazém, que não necessariamente está assinado pelo devedor, mas apenas escrito o nome e de que todo mês ele pagava, como Livro de consulta de dentista, tratamento dentário. Não necessariamente tem que ser assinado. 
Tem exemplos mais fáceis como a nota promissória, o cheque, contrato sem a assinatura de duas testemunhas, o e-mail que a pessoa trocou, uma notificação e uma contra notificação. Se a pessoa assinar um guardanapo e assinar que paga em tal dia e devo tanto, NÃO PODE SER UMA PROVA NÃO ESCRITA, tem que ser um escrito idôneo. 
A cognição quando recebe a inicial é sumária, porque se o juiz entender que com base na cognição sumaria é suficiente a cerca da sua legalidade, se trata de tutela de evidências (que a prova no artigo 700). 
Art. 701. Sendo evidente o direito do autor, o juiz deferirá a expedição de mandado de pagamento, de entrega de coisa ou para execução de obrigação de fazer ou de não fazer, concedendo ao réu prazo de 15 (quinze) dias para o cumprimento e o pagamento de honorários advocatícios de cinco por cento do valor atribuído à causa.
§ 1° O réu será isento do pagamento de custas processuais se cumprir o mandado no prazo.
§ 2° Constituir-se-á de pleno direito o título executivo judicial, independentemente de qualquer formalidade, se não realizado o pagamento e não apresentados os embargos previstos no art. 702, observando-se, no que couber, o Título II do Livro I da Parte Especial.
§ 3° É cabível ação rescisória da decisão prevista no caput quando ocorrer a hipótese do § 2o.
§ 4° Sendo a ré Fazenda Pública, não apresentados os embargos previstos no art. 702, aplicar-se-á o disposto no art. 496, observando-se, a seguir, no que couber, o Título II do Livro I da Parte Especial.
§ 5° Aplica-se à ação monitória, no que couber, o art. 916.
Porque é cognição sumária ainda que seja de evidência? Porque o juiz não vai ouvir a parte contraria, se ele se convencer que aquilo é uma prova apta ele vai mandar expedir o mandado de pagamento, se ele não se convencer (duvida, que não representa um credito) ele intima o autor para emendar e tramitar pelo procedimento comum, não podendo ele indeferir de plano. 
Uma novidade da monitória, em tese não se admite a prova oral. Mas se o juiz fazer a cognição sumaria e deferir o mandado de pagamento tem que ter a prova escrita suficiente. Exemplo: imaginem que você emprestou 100 mil reais para um colega na sala (porque sempre anda com 100 mil) e um colega do lado viu e que ele falou que pagava na semana que vem. Você pode pedir uma certidão do cartório e escrever que viu que fulano emprestou dinheiro para o beltrano? Isso pode, mas não é prova escrita e não é uma prova oral. 
O código permite que faça uma prova escrita documentada judicialmente, toda essa galera que viu faz um pedido de produção antecipada de provas e vai pedir para todos serem ouvidos em juízo, e o juiz vai ouvir e homologar essa prova e se todos falarem isso, você tem uma prova oral documentada. 
Nesse caso a apenas pediu para ouvir as pessoas, eu tenho que ser citada? Sim, porque eu sou interessada. A prova vai ser nula se eu não for ouvida (réu)? Nula não, porque ela é apenas produzida e vai ser valorada apenas no juízo da monitoria. Então por isso código fala que o juiz de oficio ou a requerimento (§1° do artigo 382), a prova é apenas produzida.
Ouvida todas as testemunhas o juiz homologa e fica a disposição das partes (o autor fica com o próprio processo) e o réu pode contestar e recorrer? Não cabe contestação e recurso, o único recurso cabível seria o do autor se o juiz indeferisse a produção da prova quando ela propôs (que é muito difícil, porque antigamente tinha que ter urgência e hoje não tem mais porque). 
§5° do artigo 381 – falta motivos para o juiz indeferir a medida. E o juiz não se manifesta sobre o fato e não se admite a defesa. 
Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que:
I - Haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação de certos fatos na pendência da ação;
II - A prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio adequado de solução de conflito;
III - o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação.
§ 1° O arrolamento de bens observará o disposto nesta Seção quando tiver por finalidade apenas a realização de documentação e não a prática de atos de apreensão.
§ 2° A produção antecipada da prova é da competência do juízo do foro onde está deva ser produzida ou do foro de domicílio do réu.
§ 3° A produção antecipada da prova não previne a competência do juízo para a ação que venha a ser proposta.
§ 4° O juízo estadual tem competência para produção antecipada de prova requerida em face da União, de entidade autárquica ou de empresa pública federal se, na localidade, não houver vara federal.
§ 5° Aplica-se o disposto nesta Seção àquele que pretender justificar a existência de algum fato ou relação jurídica para simples documento e sem caráter contencioso, que exporá, em petição circunstanciada, a sua intenção.
Prova escrita – é uma prova escrita oral documentada de acordo com o artigo 381. 
Não há prevenção do juízo da produção antecipada de prova (prevento). Artigo 381, §3°. 
A petição inicial – pode ser uma prova documentada, pode ser contrato, uma monitoria prescrita, um cheque, um papel, um e-mail, um guardanapo. Na petição inicial ele vai cumprir os requisitos do artigo 319, exceto o da audiência. Tem que ter valor da causa, pedido de produção antecipada de provas e dizer sobre o que consiste em a prova e vai dizer qual é o valor. Se ele está pedindo um valor ele tem que discriminar e atualizar esse valor e instruir com memória de cálculo. 
Quando a inicial não está corretamente instruída o juiz pode mandar emendar, quando o juiz não tem certeza da evidencia do direito ele intima para ele que querendo se adaptar ao procedimento comum, se estiver apta e corretamente instruída, e tem evidencia e ele vai determinar o mandado de pagamento ou entrega da coisa para adimplemento da obrigação, então como o réu ainda não faz parte da relação ele vai ser citado para pagar e entregar. Mas não apenas isso porque quando o juiz recebe a inicial e estando ele de acordo ele vai mandar expedir o mandado para pagar e mais 5% dos honorários advocatíciose esses são calculados sobre o valor da causa. 
ATITUDES DO RÉU
CUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO
O cumprimento da obrigação para o réu não é apenas entregar ou pagar a coisa, e pagar 5%. No CPC/73, quando isso incluiu o réu tinha uma benesse maior, que quando ele era citado e cumpria ele ficava isento de custas e honorários. Então se dentro do prazo de 15 dias ele pagasse a coisa e não tinha que pagar o 5%. Então aquele réu que não tinha muito argumento para se defender ele ia pensar duas vezes, porque não precisava pagar as custas e honorários. No entanto no CPC/2015 ele isenta o réu de pagar as custas, mas não dos honorários que são mais baixo, mas para ele ficar isento das custas ele tem que pagar com as honorários de 5%, pois se ele não fizer nada provavelmente terá honorários maiores e vai ter que arcar com todas as custas. 
Por isso que quando o juiz defere ele fixa os honorários de 5% (de acordo com o artigo 701 do Código de Processo civil), que sendo evidente o direito do autor o juiz deferira a expedição de mandado de pagamento, de entrega de coisa, ou para o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer. 
O feito vai se desdobrar de acordo com o que o réu fizer, se ele:
Cumprir a obrigação;
Não fazer nada;
Opor embargos. 
Vamos supor que ele foi citado e queira cumprir a obrigação (consiste em pagar o valor + 5% ou entregar a coisa + 5%), que ficaria isento das custas, o que acontece com o processo? Tem o reconhecimento jurídico do pedido, que gera a extinção do feito com resolução do mérito. 
Então o cumprimento da obrigação não consiste apena no pagamento, entrega da coisa ou no adimplemento, ele tem que fazer isso e pagar mais 5 % dos honorários senão ele fica sujeito ao pagamento de mais honorários e as custas. A benesse que o réu tem é estar isento das custas. 
INERCIA 
Se o réu não cumpra a obrigação e não apresente embargos, neste caso depois de certificado pela secretária, o processo vai concluso para o juiz e ele vai na verdade e consistir de pleno direito o título executivo judicial, então tem uma decisão constituindo de pleno direito judicial e pode prosseguir para fase executiva. 
No que consiste a fase executiva, é no cumprimento de sentença convertido em titulo executivo judicial, e por conta de diversas discussões da doutrina que o legislador deixou claro que é cabível ação rescisória caso da decisão no §2°.
Artigo 701. § 2° Constituir-se-á de pleno direito o título executivo judicial, independentemente de qualquer formalidade, se não realizado o pagamento e não apresentados os embargos previstos no art. 702, observando-se, no que couber, o Título II do Livro I da Parte Especial.
Se o réu alegar que não houve uma citação adequada, ele vai propor uma ação rescisória sobre isso que foi constituído de pleno direito. 
E apenas quando transitada em julgada essa decisão que desse início a fase de execução. Se a fazenda pública for ré e não apresentar os embargos e não cumpriu a obrigação, tem que sofrer reexame necessário da decisão, os autos têm que ser remetidos ao tribunal.
Artigo 701. §4° Sendo a ré Fazenda Pública, não apresentados os embargos previstos no art. 702, aplicar-se-á o disposto no art. 496, observando-se, a seguir, no que couber, o Título II do Livro I da Parte Especial.
EMBARGOS MONITORIOS 
Tem que ser apresentados no prazo de 15 dias, contados da forma do artigo 331 (juntada nos autos do mandado de citação). 
A citação pode ser ficta no mandado a monitoria, então assim pode ser edital ou por hora certa. Imagine que o réu foi citado por edital ou por hora certa e daí vem a certidão de que não cumpriu a obrigação e não ofereceu embargos. Pode constituir título executivo de pleno direito porque ele não ofereceu embargos? Não. E o código fala no §2°, se ele não pagar constitui-se de pleno direito título executivo judicial, menos nesse caso, porque tem que ser nomeado um CURADOR ESPECIAL – para embargar (embargos monitórios) sendo uma defesa e os embargos não dependem de previa segurança do juízo e não são autuados em apartados (nos próprios autos com natureza de defesa). 
Então quando ele apresenta embargos ele está suspendendo a eficácia daquele mandado que foi expedido para pagar, com natureza de defesa. 
E esse mesmo réu pode oferecer reconvenção e quando ele oferece embargos o feito passa a tramitar pelo rito comum. Então o que significa tramitar pelo rito comum? intimado para se manifestar sobre os embargos, saneamento do processo, instrução e o juiz pode as vezes indeferir liminarmente os embargos que pode ser alegado qualquer matéria de defesa processual (uma das defesas que ele pode alegar é a defesa processual, que vai ser cobrado um valor superior, tendo que fizer qual valor é devido porque na monitoria os embargos vão suspender só parte da decisão. 
Se o réu vem e oferece os embargos alegando que está sendo cobrado em quantia superior da devida e não diz qual é a quantia, qual o valor correto o juiz pode indeferir liminarmente e prosseguir com a fase executiva da monitoria. 
Art. 702. Independentemente de prévia segurança do juízo, o réu poderá opor, nos próprios autos, no prazo previsto no art. 701, embargos à ação monitória.
§ 1° Os embargos podem se fundar em matéria passível de alegação como defesa no procedimento comum.
§ 2° Quando o réu alegar que o autor pleiteia quantia superior à devida, cumprir-lhe-á declarar de imediato o valor que entende correto, apresentando demonstrativo discriminado e atualizado da dívida.
§ 3° Não apontado o valor correto ou não apresentado o demonstrativo, os embargos serão liminarmente rejeitados, se esse for o seu único fundamento, e, se houver outro fundamento, os embargos serão processados, mas o juiz deixará de examinar a alegação de excesso.
§ 4° A oposição dos embargos suspende a eficácia da decisão referida no caput do art. 701 até o julgamento em primeiro grau.
§ 5° O autor será intimado para responder aos embargos no prazo de 15 (quinze) dias.
§ 6° Na ação monitória admite-se a reconvenção, sendo vedado o oferecimento de reconvenção a reconvenção.
§ 7° A critério do juiz, os embargos serão autuados em apartado, se parciais, constituindo-se de pleno direito o título executivo judicial em relação à parcela incontroversa.
§ 8° Rejeitados os embargos, constituir-se-á de pleno direito o título executivo judicial, prosseguindo-se o processo em observância ao disposto no Título II do Livro I da Parte Especial, no que for cabível.
§ 9° Cabe apelação contra a sentença que acolhe ou rejeita os embargos.
§ 10. O juiz condenará o autor de ação monitória proposta indevidamente e de má-fé ao pagamento, em favor do réu, de multa de até dez por cento sobre o valor da causa.
§ 11. O juiz condenará o réu que de má-fé opuser embargos à ação monitória ao pagamento de multa de até dez por cento sobre o valor atribuído à causa, em favor do autor.
Os embargos suspendem a eficácia do mandado, no entanto esses embargos ele se processa nos próprios altos, mas quando o réu vir e alegar excesso e uma parte dos embargos a monitoria vai prosseguir e a outra vai ficar suspensa, o juiz pode a critério dele determinar que os embargos sejam autuados em apartados. Se os embargos apenas para discutir a parte controvertida e a monitoria apenas com a parte incontroversa. De acordo com o §7° do artigo 702. 
Artigo 702. §7° A critério do juiz, os embargos serão autuados em apartado, se parciais, constituindo-se de pleno direito o título executivo judicial em relação à parcela incontroversa.
É possível reconvenção, mas não se admite reconvenção, mas não reconvenção da reconvenção.
O oferecimento dos embargos a monitoria gera preclusão consumativa e a parte não pode complementar as alegações. Essa decisão que acolhe ou rejeita os embargos tem a natureza de sentença e dela cabe apelação, em ambos os efeitos. 
Se o réu embargar a monitoria não vai ser mais célere, e tem alguma vantagem do autor em propor? Sim porque pode ser que o réu não embargue e apenas pague. 
O autor sempre tem a faculdade de utilizar o procedimentocomum, não precisa ser obrigatório a monitoria desde que tenha a prova escrita.
FASE EXECUTIVA
O que é o caput do artigo 700 fala? Artigo 700.  A ação monitória pode ser proposta por aquele que afirmar, com base em prova escrita sem eficácia de título executivo, ter direito de exigir do devedor capaz. Em que a pessoa na monitoria pegou um título que é executivo, o juiz tem que mandar emendar e passar pelo rito executivo. 
Mas vamos supor que o juiz não viu e depois de citado ele não pode converter, e ele pode manter pela monitoria? Sim. Sendo uma faculdade do executivo propor a monitoria, sendo ela de titulo executivo de que tipo de ação ele vai propor? Extrajudicial. 
Ainda que a parte tenha titulo executivo é uma faculdade dela utilizar a monitoria, porque vai ter que passar pelo cumprimento de sentença. 
Súmula 247, STJ – O contrato de abertura de crédito em conta corrente, acompanhado do demonstrativo de débito, constitui documento hábil para o ajuizamento da ação monitória. 
Súmula 282 STJ – cabe a citação por edital em ação monitoria. 
Súmula 292 STJ- a reconvenção é cabível na ação monitoria, após a conversão do procedimento ordinário. 
Súmula 299 STJ- é admissível a ação monitoria fundada em cheque prescrito. 
Súmula 339 STJ - É cabível ação monitória contra a Fazenda Pública.
Súmula 384 STJ - Cabe ação monitória para haver saldo remanescente oriundo de venda extrajudicial de bem alienado fiduciamente em garantia.
Súmula 503 STJ - O prazo para ajuizamento de ação monitória em face do emitente de cheque sem força executiva é quinquenal, a contar do dia seguinte à data de emissão estampada na cártula.
Súmula 504 STJ - O prazo para ajuizamento de ação monitória em face do emitente de nota promissória sem força executiva é quinquenal, a contar do dia seguinte ao vencimento do título.
Súmula 531 STJ - Em ação monitória fundada em cheque prescrito ajuizada contra o emitente, é dispensável a menção ao negócio jurídico subjacente à emissão da cártula.
AÇÕES POSSESSÓRIAS
POSSE, ESBULHO E TURBAÇÃO
Possuidor, só pode perder a posse por meios legais, se ele for perturbado e perder a posse ele tem esse direito. 
Ele pode molestar na posse e o ordenamento jurídico protege contra essas molestas, as que seriam esbulho, turbação ou a ameaça.
Esbulho é a perda da posse. É a mais grave
Turbação é o incomodo, mas o possuidor continua podendo exercer a posse.
Quando falamos que resultou em esbulho ele não pode mais exercer a posse. 
Exemplo: pessoa que tem uma arvore frutífera se um vizinho vai todo o dia colhe frutos daquela arvore, mas o possuidor também pode colher os frutos desse arvore, é uma turbação porque o possuidor continua podendo exercer a posse. Quando ele não pode exercer a posse, que nesse exemplo o vizinho teria que cercar a posse ele não poderia mais colher os frutos.
Artigo 1196, código civil – diz quem é o possuidor, quem tem de fato o exercício dos poderes inerentes a sociedade, podendo ser mantido no caso de turbação e reintegrado no caso de esbulho. 
Se esbulho é a perda e o possuidor perdeu a posse, ele quer ser reintegrado da posse. Se o possuidor está sofrendo algum incomodo, ele continua podendo exercer a posse, mas não em sua plenitude, ele quer a manutenção da posse (mantido).
Os remédios possessórios para essas moléstias dependem da gravidade, da intensidade da moléstia. 
Interdito proibitório – é a medida cabível para evitar que aconteça uma moléstia, é um JUSTO RECEIO, mas nada aconteceu, sem esbulho ou turbação. 
Sendo que o possuidor é protegido pelo simples fato de ser possuidor, aliás o título que ele eventualmente (proprietário, locador), não importa e não pode importar em uma ação possessória. Por exemplo: ele só pode perder a posse pelos meios legais, em um contrato de locação, quem é possuidor? Os dois, mas a posse direta é a locatória, o locador é a posse indireta porque ele cede a posse. Vamos supor que esse inquilino parou de pagar o aluguel e tem a posse, o proprietário cobra extrajudicialmente que tem pagar, e final de semana o locatário vai viajar e quando ele volta estragaram a fechadura da casa dele e deixaram todos os pertencem do lado de fora (tudo embilhado) e ele não pode mais entrar, ele foi esbulhado porque não pode mais entrar e exercer a posse, qual seria o meio legal para ele ter perdido a posse? Despejo, a ação de despejo. O locador não poderia despejar porque ele tem a posse, e, portanto, ele está cometendo esbulho e esse locatário pode propor ação de reintegração de posse? Sim. O locador pode alegar, mas eu sou proprietário, não pois se fosse possível o vencedor sempre seria o proprietário e não estaria protegendo a posse de maneira devida. 
O artigo 1.210 do Código Civil fala que o possuidor tem direito de ser mantido na posse em caso de turbação e ser restituído no caso de esbulho e segurado e violência eminente em caso de justo receio de ser molestado. 
O nosso ordenamento proibiu a autotutela, ou seja, a justiça com as próprias mãos deixando algumas hipóteses então o possuidor que for esbulhado, turbado ou ameaçado ele pode se defender com a própria força (1.210, §1°) que ele pode desde que ele faça LOGO, e que os ATOS NÃO SEJAM ALÉM DOS INDISPENSÁVEIS. 
Sendo irrelevante a titulação para a proteção desta posse. 
O CABIMENTO – vai depender a intensidade da moléstia. Quando ainda a moléstia for mais intensa é porque a parte, então a medida correta é a reintegração, e o esbulho quando há a perturbação, o interdito proibitório, não tem a prática de nenhum ato, e se não houve ilícito é uma tutela preventiva, mas há um justo receio. 
REGRAS GERAIS APLICADAS A TODAS AS AÇÕES POSSESSORIAS
Quando falamos de ação possessória, está falando que o juiz faz um juízo possessório, isso significa que na ação possessória apenas importa a defesa relacionada a posse, não pode o réu falar que é proprietário, locador, por conta de um contrato. Essas discussões não têm cabimento na ação possessória, estamos se referindo de ações possessórias puras, aquelas tratadas no artigo 554 do CPC. Porque o fundamento de uma ação possessória pura, é a POSSE, e a defesa do réu é a posse, qualquer outra discussão não vai ter fluência no juízo possessório. 
Porque falamos de ação possessória pura? Porque há ações em que a parte autora por exemplo pode até pedir a reintegração de posse, mas não com fundamento da posse, sendo a posse como um desdobramento de alguma outra matéria, e a não é considerada uma ação possessória pura e no vão se aplicar as regras do artigo 554 e seguintes.
Exemplo: que alguém está morando em uma casa, e ela sofre um esbulho e propõe a ação de reintegração de posse, e vai dizer que é possuidora e perdeu a posse, ou sou possuidora e estou sendo perturbada, e o réu vai poder se defender dizendo que não cometeu o esbulho ou se ele é o possuidor. Em uma ação possessória se discute quem tem a melhor posse. 
AGORA, imaginem um outro exemplo (não é uma hipótese de ação possessória pura) o Joao vende um bem para Maria e estabeleceu que a maria iria pagar uma parte por mês em dez meses, e o João aceitou para ter uma garantia de que ele iria passar apenas a posse e não a propriedade, e fica como Joao o proprietário e quando terminar de pagar ele passava. A Maria parou de pagar, ele tem duas alternativas de cobrar o valor que falta para quando ela pagar e passar a propriedade ou ele pega a posse para ele novamente. Nome da ação de reintegração de posse, mas ela não vai seguir pelo artigo 554 e seguintes, porque a reintegração é uma consequência da rescisão de um contrato, porque o juiz vai ter que verificar uma questão contratual e a questão da posse é uma consequência do feito de uma relação contratual. 
A AÇÃO POSSESSÓRIA PURA O ÚNICO FUNDAMENTO É A POSSE. Ela pode ou não tramitar pelo procedimento especial. 
Ela tramita pelo procedimento especial quando ela for considerada uma AÇÃO DE FORÇA NOVA – quando o esbulho ou a turbação ocorrerão DENTRO DE UM ANO E UM DIA. 
Quando a parte propõe a ação depois de um ano e um dia é consideradauma AÇÃO DE FORÇA VELHA ele vai prosseguir pelo rito comum, mas não perde o caráter possessório, que vai ser aplicado o disposto no artigo 554 e 559.
É uma ação possessória proposta de força nova proposta dentro de um ano e um dia da turbação, com rito especial.
É de força velha quando o esbulho ou a turbação é proposta após um ano e um dia, rito processual comum.
LEGITIMIDADE: 
Possuidor direto quanto indireto.
Se um terceiro tivesse cometido um esbulho, quem poderia ter proposta a ação? Tanto o locador quanto o locatário. 
Composse: é a posse exercida por mais de uma pessoa, quem pode proteger a posse? Qualquer um dos compossuidores pode defender em nome próprio. 
Vamos imaginar que esses compossuidores sejam casados e vivam em regime jurídico de união estável e este bem é imóvel e nesse caso tem que haver a participação de ambos. O compossuidor pode em nome próprio, mas se ele é casado depende, qualquer um dos dois. Para saber se tem que configurar tem que ser cônjuge e participar da posse ou do esbulho ou da turbação. 
Se não souber a qualificação completa do réu não precisa, desde que seja possível a sua citação. E quando não tem como saber o oficial vai no local vai fazer a qualificação e a identificação podendo ser de uma ou duas pessoas, no atual código fala que tem um grande numero de pessoas (ocupações) em que tem a reintegração de posse e não sabe a quantidade de pessoas (réus desconhecidos) não tem como o oficial fazer a identificação de todas, é uma regra ele vai comparecer uma vez (um dia) ele vai fazer a citação pessoal de todos que se encontrarem no local, depois os que não estiverem lá vai ser expedido por edital, e a ampla publicidade. 
§1° do artigo 544. 
CITAÇÕES 
Se não souber a qualificação completa do réu não precisa, desde que seja possível a sua citação. E quando não tem como saber o oficial vai no local vai fazer a qualificação e a identificação podendo ser de uma ou duas pessoas, no atual código fala que tem um grande número de pessoas (ocupações) em que tem a reintegração de posse e não sabe a quantidade de pessoas (réus desconhecidos) não tem como o oficial fazer a identificação de todas, é uma regra ele vai comparecer uma vez (um dia) ele vai fazer a citação pessoal de todos que se encontrarem no local, depois os que não estiverem lá vai ser expedido por edital, e a ampla publicidade. 
§1° do artigo 544. 
Nessas hipóteses com a intimação do ministério público, e por se tratar de pessoas hipossuficientes tem que intimar a defensoria pública (o juízo que deve intimar a defensoria). A recomendação que existe, é um pleito de diversas ONGs, que ela seja intimada antes e compareça no momento da citação. 
FUNGIBILIDADE
Visto que a finalidade única é a proteção da posse e não importa qual foi a moléstia que aconteceu, se o autor é possuidor e está sendo molestado e provou que é possuidor ele tem que ser protegido.
As vezes o autor afirma na inicial que ele está sofrendo um esbulho (alegação da perda da posse) e não se trata de esbulho e turbação, o juiz vai dar a proteção adequada independente do nome. 
Por exemplo: as vezes tem a mudança da situação possessória no curso do processo e o juiz tem que dá a proteção adequada, no interdito proibitório uma ameaça mas o réu comete a turbação, começou a praticar o ato, e tem que dar a manutenção de posse e passa mais o tempo e ele começa a esbulhar, tem que ser dada a proteção legal correspondente cujo os pressupostos estejam provados. 
O ideal é dizer que quer uma ação e pedir uma fungibilidade (principalmente na OAB).
Mitigação do princípio da congruência artigo 492 (adstrição do juiz ao pedido). 
NATUREZA DÚPLICE
Que a tutela jurisdicional pode ser dada tanto ao autor quanto ao réu, sendo a proteção para qualquer um. 
Em uma ação possessória a posse pode ser concedida tanto para o autor (proteção), como para o réu por isso é verificado que em uma ação possessória tem que ser verificado quem tem melhor posse, independentemente do polo que ocupa.
Então quando o juiz julga improcedente em uma possessória implicitamente que quem tem a melhor posse é o réu, só que o código fala no artigo 556, CPC, pode o réu alegar na contestação que ele foi deferido na sua posse e não precisa de reconvenção, mas não é pelo fato que o réu não poder alegar isso na contestação que a ação possessória tem a natureza dúplice.
A ação possessória tem natureza dúplice porque negada a posse ao autor ela é automaticamente concede ao réu.
Exemplo: imagine que foi proposta uma ação possessória e o réu foi citado e não confessou (revel – que não induz a presunção de veracidade, principalmente agora tem que haver verossimilhança), sendo que o juiz pode pedir para o autor provar melhor a sua posse, e o autor não consegue provar. Imaginem isso em uma ação qualquer por danos em acidente de trânsito isso o juiz não deferiu o réu não vai ter que pagar nada, mas na possessória se ele julgar improcedente ele está falando que a posse do réu é a melhor sendo uma decorrência automática. 
CUMULAÇÃO DE PEDIDOS
Na ação possessória o fundamento único é a posse, mas as vezes o esbulho e a turbação cometidos pelo réu podem gerar prejuízo ao autor. Então o autor quer a proteção da posse, mas não seria razoável que dissesse que não poderia cumular pedidos de indenização. Não apenas com relação a indenização, podendo ser uma ordem também.
§ único. Só que o réu comprovar que também tem direito de alguma indenização sendo que o autor cometeu algum ato, só que para o réu ter direito isso ele tem que pedir expressamente isso na contestação. 
Artigo 556 do Código de processo civil. Que pela natureza dúplice poderia também ser feita pelo réu, só que não caberia reconvenção (cabível quando aquilo que o réu pretende obter não poderia obter apenas contestando), porque na contestação ele consegue e não teria interesse de agir na reconvenção. 
EXCEÇÃO DE DOMÍNIO
A parte não pode dizer que tem direito porque é proprietário e é apenas admitido a exceção de domínio relacionada a posse, então pode ser a propriedade que tenha dado titulo a pessoa de possuidor, seja isenta de qualquer dúvida, mas ela não pode influenciar no juízo possessório.
Exemplo: a parte comprou uma chácara, fez cerca, iluminação e plantação ela tem que demostrar que teve o esbulho, ela vai-te que comprovar a posse de que maneira, com o documento dela? Não, pode comprovar com isso, mas não vai significar nada, porque para provar ela tem que demonstrar que estava usando, zelando e sendo ela possuidora. Porque tem pessoas que tem propriedade, mas não tem posse, se você comprar um bem do leilão da caixa de um imóvel ocupado, mas a pessoa não desocupou, você é proprietário, mas nunca foi possuidor, tem que postular uma ação petitória. 
Ação petitória – é uma emissão de posse, aquele que nunca teve a posse poder ter o direito de possuir. Mas se existe uma ação possessória não pode propor uma ação de reconhecimento de domínio, salvo quando for realizada me face de uma terceira pessoa. 
Exemplo: quando a pessoa adquiriu a posse por violência, mas por muito tempo nada foi feito, sendo que ela estabiliza no tempo e tem direito da proteção possessória. Poderia depois de um tempo alguém querer retomar esse bem da pessoa? Não, porque ela diz que construiu a casa, que fez as melhorias, mesmo sendo proprietária não pode influenciar no juízo possessório. 
Se existe uma ação possessória as partes não podem propor uma ação petitória. Primeiro tem que verificar quem tem a melhor posse, para não ter casos distintos com o mesmo direito. 
Súmula 487 STJ – será deferida a posse a quem, evidentemente, tiver domínio, se com base neste for ela disputada.
Prevê a hipótese que duas pessoas pretendem a posse a título de proprietária, e fala se em relação a uma delas falhar a prova da propriedade não é possível julgar a posse a favor dela. Essa súmula aplica-se as ações petitórias, e de maneira residual em ação possessória, quando a ação é possessória, mas a prova da posse (que deve ser de ambos) ela for duvidosa

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