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Alimentação de vacas no período de transição

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18/11/14
ALIMENTAÇÃO DE VACAS NO PERÍODO DE TRANSIÇÃO
Pré-parto (5-3 semanas hipertrofia acentuada do produto) pós-parto (3 semanas: colostro, leite)
Alterações: aumento da glândula mamária, reduz o consumo, alterações comportamentais por ação de hormônios.
A fase de transição pode ser divida em duas partes:
1- Pré-parto: ocorre grande aumento do tamanho dos tetos e tecidos fetais, aumento na demanda por nutrientes, formação do colostro e aumento da demanda energética pela glândula mamaria e pelo animal. Normalmente a redução do consumo gira em torno de 30% na ultima semana e a queda pode ser notada a partir da 3° semana pré-parto, e geralmente é maior em fêmeas adultas.
2- Pós-parto: ocorre a produção e síntese de colostro e produção de leite.
O pico de produção leiteira acontece entre a quarta e a oitava semana pos parto em quando que e pico de matéria seca acontece entre a decima e a decima quarta semana pós-parto. Geralmente o BEN é pior em novilhas. Consequências do BEN: redução do desempenho, menor produção de leite, demora de retorno ao cio, redução da eficiência reprodutiva, aumento de doenças metabólicas: esteatose hepática, cetose, deslocamento de abomaso, retenção de placenta.
Glândula mamaria: aumento na capacidade de produção (síntese), aumento do fluxo sanguíneo e aumento da captação dos nutrientes.
O feto pouca capacidade tem de utilizar lipídeos como fonte de energia, já que ácidos graxos e corpos cetônicos tem dificuldade em atravessar a barreira placentária. 
Tecido adiposo lipólise+	-lipogênese, aumentando o uso de lipídeos.
Fígado: melhora o uso dos carboidratos (aumenta a gliconeogênese), a partir do lactato, glicerol e aminoácidos. Reduz o uso da glicose, aumento da mobilização proteica. 
Lactato: pode ser obtido diretamente da dieta, pelo metabolismo de aminoácidos e pelo metabolismo energético de músculos e feto. No período de transição a transformação hepática de lactato em glicose é responsável de 15 a 20% de toda glicose presente no fígado. 
Aminoácidos: se a demanda por glicose for maior que a síntese e a absorção aumenta-se a gliconeogênese a partir dos aminoácidos. A glutamina e alanina são os principais precursores de glicose, cerca de 20 a 30% de toda glicose produzida no fígado é derivada de aminoácidos.
Glicerol: é o ultimo substrato para a síntese de glicose.
 
 
Os principais corpos cetônicos são: acetoacetato, betahidroxitobutirato, acetona. Normalmente os corpos cetônicos são produzidos na parede ruminal a partir do butirato, quando em BEN a maioria dos corpos cetônicos vem da cetogênese hepática, portanto quanto a maior a quebra dos triglicerídeos e produção dos ácidos graxos não esterificados, maior a produção de corpos cetônicos podendo desencadear uma cetose.
*DRENCH: http://www.milkpoint.com.br/radar-tecnico/nutricao/uso-de-solucoes-nutritivas-drench-em-vacas-recem-paridas-15897n.aspx
Reesterificação em triglicerídeos: quando a taxa de reesterificação é maior que a taxa de metabolização ou secreção de lipoproteínas (carreadoras) há acumulo de lipídeos no fígado. As principais consequências podem ser na redução do desempenho(fígado em mau funcionamento), diminuição da concentração de amônia em ureia, aumento da concentração de ureia, redução da produção de glicose a partir do propionato.
Alternativas para reduzir o BEN: redução do CMS, aumenta a densidade energética do alimento é a maneira mais pratica para diminuir os prejuízos causados pelo BEN, aumento de carboidratos não fibrosos, uso de ionóforos, propilenoglicol (é um dialcool, e no organismo animal é usado para síntese de carboidratos. Pode ser admistrado na forma de DRENCH, ração total, concentrado e cânulas ruminais.
Uso de gordura(CLA):18Carbonos
Dietas para o período de transição: novilhas 9kg de MS por dia e multíparas 11kg por dia. Score de fezes( de 1 a 5). Parâmetros mínimos: em novilhas 
Energia liquida para lactação(Mcal/kg)1.5 a 1.6
Proteína bruta: 13,5 a 15%
Proteína degradável no rumen 10%		
: 3,5%
FDN: 25 a 33%
FDA: 17 a 21%
Carboidrato não fibroso: 36 a 46%
	Parâmetros mínimos(625kg)
	Novilhas
	Vacas adultas
	Energia liquida para lactação(Mcal/kg)
	1,5%
	1,5 a 1,6%
	Proteína bruta
	13,5 a 15%
	12%
	Proteína degradável no rúmen
	10%
	10%
	PNDE
	3,5%
	2%
	FDN
	25 a 33%
	25 a 33%
	FDA
	17 a 21%
	17 a 21%
	Carboidrato não fibroso
	36 a 46%
	36 a 48%
Que alimentos usar?
-Alimentos de melhor qualidade e alta patalibidade
-Manter os mesmos alimentos do pre no pos-parto, mantendo principalmente os alimentos que são usados em maior quantidade.
-preferencialmente alimentos de fermentação propionica (milho)
Evitar uso de alguns alimentos:
-evitar uso de ureia pela alta metabolização hepática
-bicarbonato pela sua composição catiônica(aumenta o pH sanguíneo, favorecendo a hipocalcemia)
Dietas cátion aniônicas para vacas leiteiras
O termo balanço cátion aniônico (BCA) é o processo de balanceamento de rações na tentativa de interferir no equilíbrio acido-básico de vacas leiteiras. No pre e no pós-parto tende a reduzir a incidência de doenças metabólicas, principalmente a hipocalcemia e em situações de estresse por calor. O BCA negativo é usado no pré-parto e o BCA positivo é usado no pós-parto e estresse térmico. O pH do sangue é influenciado por pH ruminal, pressão ou quantidade de CO2, temperatura, cargas de íons fortes, tamponantes. 
Todos os cátion e anions presentes na dieta são capazes de influenciar o pH sanguíneo, já que suas cargas elétricas podem alterar a proporção de hidrogênio e hidroxila no sangue.
Cátions: Na+, K+, Ca2+, Mg2+
Aníons: Cl-, SO2-4, PO3-
 
A dieta BCA negativa vai diminuir o pH sanguíneo do organismo, muito utilizada na prevenção da hipocalcemia e na urolitiase em ovinos (principalmente machos).
Uso pratico na alimentação de vacas leiteiras
1-pre-parto: no pré-parto o principal uso do BCA é quanto a alterar o metabolismo do cálcio. Vacas mais velhas apresentam menor eficiência na absorção intestinal de cálcio, menos receptores intestinais ao paratormônio e menor numero de osteoclatos. Apresentando assim menor resposta ao paratormônio. 
	Animais em hipomagnesemia apresentam menor resposta ao paratormônio. Em acidose metabólica (compensada, não patogênica) há aumento da resposta ao paratormônio, aumento da reabsorção óssea e aumento da atividade osteoclastica Eq/kg MS, juntamente com 1,5% de cálcio na dieta.
Problemas com dieta muito aniônica; todo sal aniônico reduz a palatabilidade e reduz o consumo. 
O pH urinário deve ficar entre 5,8 e 6,5. pH entre 5 e 5,5 reduzir a inclusão de aníons e pH maiores que 7 pode resultar em hipocalcemia pós-parto(mínimo 7 dias de adaptação).
Vacas em alta produção: BCA positivo de pelo menos +380 mEqkg/MS.
19/11/14
NUTRIÇÃO X REPRODUÇÃO
http://www.milkpoint.com.br/radar-tecnico/reproducao/relacao-entre-nutricao-e-reproducao-da-vaca-em-lactacao-parte-1-63000n.aspx
		MEDIADORES NUTRICIONAIS
1- Glicose: a glicose é o metabolito primário usado pelo sistema nervoso central. Reduções dos níveis de glicose resulta em menores níveis de GnRH. Aumentos na gliconeogênese resultam em maior eficiência nutricional e pode ser conseguida aumentando a oferta de propionato.	
2- Aminoácido: já foi demostrado que aumentos no suprimento ou desbalanço de aminoácidos pode alterar a pulsatilidade de LH.
3- Neurohormônio: o neuropeptídio Y (NPY) esta relacionado com a inibição do LH. Com o bezerro ao pé, há aumento de NPY e consequentemente anestro pós-parto, exceto em bom plano nutricional. 
4- Insulina: talvez seja o metabolito nutricional mais importante para modulação reprodutiva. A concentração de insulina no sangue tem sido usada como indicativo de status nutricional do animal.
IGF.1(produzida no fígado)- é o fator de crescimento semelhante a insulina e tem relação com a reprodução. Alguns humanos diabéticos apresentam hipofunção ovariana e baixa taxa de prenhez. É sinalizador de efeitosnutricionais junto com a glicose. Nos ovários promove aumento da proliferação celular, no fígado a insulina promove aumento da produção de IGF1 que induzira aumento de receptores de LH e FSH e formação de corpo lúteo.
5- Leptina: é um hormônio secretado pelo tecido adiposo e é regulado cronicamente pela insulina, pode ser o mensageiro para o hipotálamo. Ela não é regulada pela alimentação e sim pelo escore corporal.
6- Grelina(um dos hormônios da fome): produzida nas células estomacais e intestinais, atua de forma oposta a leptina, é regulada pela saciedade. Em ratas e humanos é sinalizador reprodutivo, em ruminantes ainda não se sabe.
PARTIÇÃO DE NUTRIENTES
Ordem de importância:
1-metabolismo basal;
2-atividades ou trabalho;
3-crescimento;
4-reserva de energia básica;
5-gestação;
6-lactação;
7-reserva de energia adicional;
8-ciclo estral e inicio de gestação; 
9-reserva de energia em excesso;
Consequências da:
1-Excesso de energia: baixa taxa de concepção; distocia; retenção de placenta;
2-Deficiencia de energia: atraso na puberdade; supressão na ovulação; supressão do estro;
3-Excesso de proteína: mudanças do pH uterino, baixa taxa de concepção;
4-Deficiencia de proteína: supressão do estro; baixa concepção; reabsorção fetal; parto prematuro; crias nascidas fracas; 
5-Deficiencia de vitamina A: anestro; baixa concepção; reabsorção fetal; aborto; retenção de placenta;
6-Deficiencia de vitamina D: má formação esquelética; viabilidade reduzida do feto;
7-Deficiencia de calcio: má formação esquelética; viabilidade do feto reduzida
8-Deficiencia de fosforo: anestro ou estro irregular; 
9-Deficiencia de iodo: má formação fetal; estro silencioso; retenção de placenta;

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