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1 A química dos compostos de carbono Renata Vasques da Silva Tavares Química Orgânica Qual a diferença entre Química Orgânica e Química Inorgânica? 1770 - Química Orgânica: química dos compostos encontrados em organismos vivos. Muitos químicos acreditavam que os compostos orgânicos continham uma “força vital” e que não podiam ser preparados e manipulados em laboratório. Com o passar do tempo muitos compostos orgânicos foram sintetizados em laboratório e a teoria da força vital foi enterrada. 1828 – Friederic Wöhler Síntese de uréia in vitro. Começa a ser abandonada a teoria da força vital. A química orgânica é a química dos compostos de carbono Também são encontrados: nitrogênio (N), oxigênio (O), fósforo (P), enxofre (S), Cloro (Cl) entre outros. Elemento Principal: Carbono (C) A maioria dos compostos apresenta Hidrogênio (H) Existem 4 ≠≠≠≠ formas de orbitais: s, p d e f 1 orbital s 1 orbital p 1 orbital d 1 orbital 2px 1 orbital 2py 1 orbital 2pz 3 orbitais 2p + + = 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d10 4s2 4p6 4d10 4f14 5s2 5p6 5d10 5f14 6s2 6p6 6d10 7s2 K L M O N P Q OBS: Quanto mais distante a camada estiver do núcleo, mais enegética será 2 8 18 32 32 18 2 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p6 6s2 4f14 ... Diagrama de Linus Pauling Distribuição eletrônica nos subníveis 2 Configuração eletrônica do carbono 6C – 1s2 2s2 2p2 1s 2s 2px 2py 2pz Como explicar? As ligações C – H do metano são iguais e orientadas na direção dos vértices de um tetraedro. 1s 2s 2px 2py 2pz 1s 2sp3 2sp3 2sp3 2sp3 Hibridação 1 orbital s e três orbitais p se combinam... ...para formar quatro orbitais sp3, híbridos e iguais hibridação 4 orbitais híbridos equivalentes sp3 1 orbital s 1 orbital p 1 orbital sp3 híbrido hibridação Hibridação: Orbitais sp3 e a estrutura do metano Lóbulo muito maior que o outro: melhor superposição com o outro átomo, formando ligações mais fortes CH H H H metano Sobreposição frontal dos orbitais LIGAÇÃO SIGMA (σσσσ) Hibridação: Orbitais sp3 e a estrutura do etano Carbono sp3 Carbono sp3 Ligação σσσσ sp3-sp3 Csp3 Hs Ligação σσσσ C – H C C H H H H H H etano Hibridação: Orbitais sp2 e a estrutura do eteno Por que o eteno tem estrutura planar? Por que os átomos de carbono compartilham quatro elétrons formando uma ligação dupla. C C H H H H eteno 1s 2s 2px 2py 2pz 1s 2sp2 2sp2 2sp2 2p Hibridação 1 orbital s e dois orbitais p se combinam... ...para formar três orbitais sp2, híbridos e iguais ...e um orbital p puro Hibridação: Orbitais sp2 e a estrutura do eteno Orbital p puro sp2 sp2 sp2 sp2sp2 sp2 Orbital p puro Vista lateral Vista superior 120°90° Orbitais hibridos sp2 Orbitais p puros Ligação dupla: superposição fontal σσσσ + superposição lateral (pipipipi) C C H H H H eteno 3 LIGAÇÃO PI Sobreposição lateral dos orbitais LIGAÇÃO PI (pipipipi) LIGAÇÃO DUPLA (1 SIGMA + 1 PI) pipipipi σσσσ σσσσ σσσσpipipipi σσσσσσσσ C C H H H H σσσσ σσσσ σσσσσσσσ σσσσ pipipipi Hibridação: Orbitais sp e a estrutura do etino 1s 2s 2px 2py 2pz 1s 2sp 2sp 2p Hibridação 2 orbitais s e um orbital p se combinam... ...para formar dois orbitais sp, híbridos e iguais ...e dois orbitais p puros 2p híbridos sp p puro p puro Ligação tripla Carbono – Carbono 1 superposição fontal σσσσ (sp-sp) + 2 superposição laterais (pipipipi) (py-py e pz-pz) C CH H etino LIGAÇÃO TRIPLA (1 SIGMA + 2 PI) σσσσ pipipipi pipipipi σσσσ σσσσ C C HH σσσσ pipipipi σσσσσσσσ pipipipi Resumo da hibridação do átomo de carbono Número de ligações sigma Tipo de hibridação Geometria do átomo de carbono 4 sigmas sp3 tetraédrica 3 sigmas sp2 trigonal plana 2 sigmas sp linear CLASSIFICAÇÃO DOS ÁTOMOS DE CARBONO Secundário: Ligado diretamente a dois outros carbonos Terciário: Ligado diretamente a três outros carbonos Quaternário: Ligado diretamente a quatro outros carbonos Primário: Ligado diretamente a um outro carbono 4 CH3 CH CH CH3 CH2 CH CH CH2 1) Cadeias abertas e fechadas Aberta = acíclica = alifática Fechada ou cíclica CLASSIFICAÇÃO DAS CADEIAS CARBÔNICAS: CLASSIFICAÇÃO DAS CADEIAS ABERTAS: Tipo de átomo Homogênea: apenas átomos de carbono na cadeia carbônica. Heterogênea: um ou mais heteroátomos na cadeia carbônica. Tipo de ligação Saturada: apenas ligações simples entre os carbonos. Insaturada: pelo menos uma ligação dupla ou tripla entre os carbonos. Presença de ramificações Normal: átomos de carbono dispostos em uma única seqüência. Ramificada: pelo menos três extremidades. CH3 CH2 CH3 CH3 CH2 NH2 CH3 NH CH3 CH3 CH2 O CH3 CH3 CH2 CH3 CH3 CH2 C O OH CH2 CH CH3 CH CH CH3 CH2 CH2 CH3 CH3 CH2 C O OH CH3 CH CH3 CH3 CH3 C CH3 CH3 CH3 CLASSIFICAÇÃO DAS CADEIAS FECHADAS: Aromática Homogênea: apenas átomos de carbono no ciclo. Heterogênea: um ou mais heteroátomos no ciclo. Não-aromática (alicíclica) Homogênea: apenas átomos de carbono no ciclo. Heterogênea: um ou mais heteroátomos no ciclo. Saturada: apenas ligações simples entre os carbonos. Insaturada: pelo menos uma ligação dupla entre os carbonos. N O O O NH Evolução das normas da IUPAC Um único composto pode ter vários nomes sistemáticos aceitáveis, mas dois compostos não podem ter o mesmo nome. Durante o século XX, a IUPAC fez importantes revisões e ampliações da nomenclatura orgânica. Versões: 1979 (http://www.acdlabs.com/iupac/nomenclature) 1993 (http://www.acdlabs.com/iupac/nomenclature) 2004 (http://www.iupac.org/reports/provisional/abstract04/favre_310305.html) Traduções: 1993: traduzidas pela IUPAC e a Sociedade Portuguesa de Química (IUPAC/SPQ. Guia de IUPAC para a Nomenclatura de Compostos Orgânicos: Tradução Protuguesa nas Variantes Europeia e Brasileira. Lidel - Edições Técnicas Ltda. Lisboa 2002). Nesta tradução são tratados aspectos da nomenclatura específicos da língua portuguesa. Nomes IUPAC Gerais e Preferenciais Uma das metas das recomendações da lUPAC de 2004 era estabelecer o conceito "nome IUPAC preferencial" (PIN) adequado ao uso em comunicações formais (patentes, comércio internacional, segurança saúde ocupacional, leis ambientais etc.). Para distinguir o PIN dos outros nomes lUPAC aceitáveis, refere-se a estes últimos como nomes IUPAC "gerais". CH3 CH CH2 CH3 OH 1979: 2-Butanol 1993: Butan-2-ol 2004: Butan-2-ol (PIN) Preferenciais Aceitável ALCANOS São hidrocarbonetos saturados: Contém apenas C e H Possuem somente ligações simples C – C ; C – H. geometria tetraédrica 5 NOMENCLATURA DE AlCANOS: no. de carbonos (n) Nome Fórmula (CnH2n+2) 1 Metano CH4 2 Etano CH3CH3 3 Propano CH3CH2CH3 4 Butano CH3(CH2)2CH3 5 Pentano CH3(CH2)3CH3 6 Hexano CH3(CH2)4CH3 7 Heptano CH3(CH2)5CH3 8 Octano CH3(CH2)6CH3 9 Nonano CH3(CH2)7CH3 10 Decano CH3(CH2)8CH3 Nomenclatura de alcanos de cadeia linear: Quando se remove um hidrogênio de um alcano, forma-se o chamado grupo alquil ou alquila: alcano grupo alquila nome do radical/ abreviatura CH3-H CH3 metil / Me CH3CH2-H CH3CH2 etil / Et CH3CH2CH2-H CH3CH2CH2 propil / Prop CH3CH2CH2CH2-H CH3CH2CH2CH2 butil / But NOMENCLATURA Nomenclatura de grupos alquil ou alquila: Prefixo Cadeia Principal Sufixo Localização de grupos funcionaise outros substituintes Quantos átomos de carbono na cadeia principal Qual é a função química que esta molécula pertence Segundo a IUPAC (International Union of Pure and Applied Chemistry) o nome de um composto orgânico é constituído de três partes: prefixo, cadeia principal e sufixo. NOMENCLATURA Substituinte metil na posição 2 4 átomos de carbono; é um alcano 2-metilbutano C – C – C – C 1 2 3 4 CH3H H H H H H H H H 3,3-dietilpentan-1-ol Dois substituintes etil na posição 3 5 átomos de carbono; é um álcool C – C – C – C – C 1 2 3 4 OH H H H H CH 2C H 3 H H 5 H H HCH2CH3 NOMENCLATURA Nomenclatura de alcanos de cadeia ramificada: 1) Identifique a cadeia principal. a) A cadeia principal é a cadeia contínua, mais longa possível. CH3 CH2 CH2 CH CH3 CH2 CH3 OBS: Se existir mais de uma opção escolha a cadeia mais ramificada. CH3 CH CH CH2 CH2 CH3 CH3 CH2 CH3 CH3 CH CH CH2 CH3CH2 CH3 CH2 CH2 CH3 2) Numere os átomos da cadeia principal. a) Numere a cadeia de modo que as ramificações tenham o menor número possível CH3 CH CH CH2 CH3CH2 CH3 CH2 CH2 CH3 CH3 CH2 CH CH2 CH2 CH CH CH2 CH3 CH3 CH2 CH3 CH3 3) Identifique e numere os substituintes. a) O número de cada substituinte é a posição em que ele está ligado na cadeia principal. CH3 9 CH2 8 CH 7 CH2 6 CH2 5 CH 4 CH 3 CH2 CH3 CH3 CH2 2 CH3 1 CH3 Em C3, CH2CH3 (3-etil) Em C4, CH3 (4-metil) Em C7, CH3 (7-metil) b) Se existirem dois substituintes no mesmo carbono, eles devem ter o mesmo número. Deve haver tantos números no nome, quantos forem os substituintes. CH3 6 CH25 CH2 4 C 3 CH 2 CH3 CH3 1 CH3 CH2 CH3 Em C2, CH3 (2-metil) Em C3, CH2CH3 (3-etil) Em C3, CH3 (3-metil) CH3 CH2 CH CH2 CH2 CH CH CH2 CH3 CH3 CH2 CH3 CH3 CH3 CH2 CH2 C CH CH3 CH3 CH3 CH2 CH3 6 4) Escreva o nome do composto com uma única palavra. Prefixo: a) Use hífens para separar a posição do nome do prefixo. b) Se um ou mais prefixos estiverem presentes, coloque-os em ordem alfabética. c) Use hífens para separar prefixos diferentes. d) Se os prefixos forem iguais use os prefixos di-, tri-, tetra-... (neste caso indique a posição dos prefixos iguais, separadas por vírgula). CH3 9 CH2 8 CH 7 CH2 6 CH2 5 CH 4 CH 3 CH2 CH3 CH3 CH2 2 CH3 1 CH3 Em C3, CH2CH3 (3-etil) Em C4, CH3 (4-metil) Em C7, CH3 (7-metil) 3–etil–4,7–dimetilnonano CH3 CH2 CH CH2 CH2 CH CH CH2 CH3 CH3 CH2 CH3 CH3 SUBSTITUINTES ESPECIAIS CH CH3CH3 isopropil CH3 CH2 CH2 n-propil isobutil n-butil sec-butil terc-butil C CH3 CH3 CH2 CH3 neopentil 3 átomos de carbono 5 átomos de carbono 4 átomos de carbono Para lembrar!!! 1. Números são separados de palavras por hífens. Ex: 2-buteno 2. Números são separados de números por vírgulas. Ex: 3,3-dietiloctano 3. Todas as palavras são reunidas sem quebras Ex: 2-metilpentano (Exceções: cadeia começada com h e com letra repetida ex: dimetilciclo–octano, metil–heptano) Algumas dicas!!! CH3 6 CH25 CH2 4 C 3 CH 2 CH3 CH3 1 CH3 CH2 CH3 3–etil–2,3–dimetil–hexano CH3 CH2 CH2 C CH CH3 CH3 CH3 CH2 CH3 Nomenclatura de cicloalcanos NOMENCLATURA ciclopropano Nomenclatura de cicloalcanos ramificados: 1) Identifique a cadeia principal: a) Se o n°de carbonos do anel for ≥ que o n°de carbonos da cadeia lateral o ciclo será a cadeia principal CH2 CH3 Nomenclatura de cicloalcanos ramificados: b) Se o n° de carbonos do anel for < que o n° de carbonos da cadeia lateral o ciclo será o substituinte CH2 CH2 CH2 CH2 CH3 2) Numere os substituintes e escreva o nome: Os substituintes devem ter os menores números possíveis. CH3 CH3 7 a) Se dois ou mais grupos alquila ou halogênios puderem receber o mesmo número, numere-os por ordem alfabética. Nomenclatura de cicloalcanos ramificados: CH3 CH3 b) Trate os halogênios como se fossem grupos alquila CH3 CH3 Br ALCENOS São hidrocarbonetos insaturados: Contém apenas C e H Possuem ligação dupla C-C Carbono da dupla apresenta geometria trigonal plana NOMENCLATURA DE ALCENOS: 1) Nomeie o hidrocarboneto principal que contenha a ligação dupla. C C H H CH2CH3 CH2CH2 CH3 2) Numere os átomos de carbono da cadeia começando pela extremidade mais próxima da dupla: CH3 CH2 CH2 CH CH CH3 CH3 CH CH2 CH CH CH3 CH3 Obs: Se houver empate, inicie pelo ponto mais próximo da primeira ramificação. CH3 CH CH CH CH2 CH3 CH3 3) Escreva o nome completo: * Numere os substituintes listando-os em ordem alfabética. * Indique a posição da dupla (menor número possível) e coloque este número antes do nome principal. CH3 CH2 CH2 CH CH CH3 CH3 CH CH CH CH2 CH3 CH3 4) Se houver mais de uma dupla, determine a posição de cada uma e use um dos sufixos -dieno, - trieno.. CH2 CH C CH2 CH3 5) Ciclos * uma dupla: não precisa especificar o n°(entre C1=C2) * mais de uma dupla: é necessário indicar o n°delas. CH3 CH3 ISOMERIA CIS/TRANS Ocorre em alcenos dissubstituídos cis trans Obs: Se o carbono da dupla tiver 2 substituintes iguais não existe isomeria cis/trans. C C CH3 CH3 H H Nem cis, nem trans 8 NOMENCLATURA E,Z Ocorre em alcenos trissubstituídos e tetrassubstituídos Usar as regras de Cahn-Ingold Prelog para atribuir prioridades para cada grupo ligado nos carbonos da dupla (definir como prioridade alta e baixa). Se os grupos de maior prioridade estiverem do mesmo lado = Z (zusammen) C C CH3 Cl H CH3alta baixa alta baixa (Z)-2-cloro-2-buteno C C Cl CH3 H CH3 alta alta baixa baixa Se os grupos de maior prioridade estiverem em lados opostos = E (entgegen) (E)-2-cloro-2-buteno NOMENCLATURA E,Z PARA DECORAR !!! Z Zuntos E Estão separados ALCINOS São hidrocarbonetos insaturados: Contém apenas C e H Possuem ligação tripla C-C. A ligação sigma: As duas ligações pi: NOMENCLATURA DE ALCINOS: A nomenclatura dos alcinos segue as regras de nomenclatura apresentadas até o momento para alcanos e alcenos. CH3 CH2 CH CH2 C C CH2 CH3 CH3 CH C CH2 C C CH3 CH3 CH CH C C CH2 CH2 CH3Br Cl A diferença observada é a utilização do sufixo –ino. Compostos contendo ligações duplas e triplas são chamados “eninos” e não “inenos”. NOMENCLATURA DE ALCINOS: CH C CH2 CH2 CH2 CH CH2 A numeração da cadeia de um “enino” inicia-se pela extremidade mais próxima da primeira ligação múltipla, seja ela dupla ou tripla. CH C CH2 CH CH2 CH2 CH CH CH3 CH3 1) Geralmente, quanto mais substituído o alceno, mais estável ele será. ESTABILIDADE DE ALCENOS cis trans Impedimento estérico C C CH3 H H CH3 C C H CH3 H CH3 Mais estável 2) O Isômero trans é mais estável que o cis. Menos estável 9 Estabilidade pode ser medida pela energia da reação de hidrogenação: ANÁLISE CONFORMACIONAL ROTAÇÃO LIVRE: A maioria dos átomos unidos por um aligação simples são livres para girar em torno da ligação. Ou seja, as duas extremidades da ligação podem girar (uma em relação à outra). CONFORMAÇÃO: Diferentes arranjos internos dos átomos em uma molécula que diferem por rotação (ou rotações) em torno de uma (ou mais) ligações simples. CONFÔRMEROS NÃO SÃO ISÔMEROS Conformações são diferentes arranjos da mesma molécula (O padrão de conexão dos átomos não muda). Tensãode torção ou tensão torcional Maior energia Menor energia No entremeio há outras numerosas conformações A conformação alternada tem energia mais baixa Conformações do butano Projeção de C2 em C3: ANÁLISE CONFORMACIONAL DE CICLOALCANOS C ligado a 4 átomos – (109,5°) tetraédrico 60° 90° 108° 120° Ângulos internos dos cicloalcanos segundo Bayer Desvios de alguns ângulos de ligação do valor tetraédrico, provocam nestas moléculas certa tensão. 10 Em que Bayer estava errado? Bayer considerava os aneis planares, o que só se aplicava aos aneis de 3 e 4 membros. 27,6 26,3 6,5 0 6,4 Tensão de anel nos cicloalcanos ANÁLISE CONFORMACIONAL DO CICLO-HEXANO O ciclo-hexano é planar? 120° Tensão angular Ângulo interno maior do que 109,5° Resp: O ciclo-hexano não é planar Tensão torcional Todos os hidrogênios estão eclipsados Os cicloalcanos, exceto o ciclopropano, não são planos. Conformações tridimensionais possuem menor energia Combinação de três fatores: 1. Tensão angular: Provocada pela expansão ou compressão dos ângulos de ligação; 2. Tensão de torção: Energia extra causada quando as ligações estão eclipsadas. 3. Tensão estérica: Provocada pelas interação repulsivas quando átomos se aproximam muito um do outro. Conformação mais estável do ciclo-hexano Conformação cadeira Ângulo entre as ligações C-C = 109,5° Não apresenta tensão angular.H H H H H H H H H H H H 109,5° Os hidrogênios estão todos alternados. Não apresenta tensão torcional. Outras conformações para o ciclo-hexano Conformação bote Os hidrogênios da lateral do bote estão eclipsados. Apresenta tensão torcional. Ângulo entre as ligações C-C = 109,5° Não apresenta tensão angular. Apresenta tensão estérica. Repulsão causada pela interação do “mastro”. Conformação “bote” Hidrogênios eclipsados Tensão estérica 11 Haletos de alquila Compostos orgânicos contendo halogênio ligado a carbono saturado. Halogênios = F, Cl, Br, I, At C R R R X δδδδ+ δδδδ- X = halogênios R = alquila ou hidrogênio NOMENCLATURA 1) Identifique e dê nome a cadeia mais longa. Se uma ligação dupla ou tripla estiver presente, a cadeia principal deverá contê-la. 2) Numere os átomos de carbono da cadeia principal começando pela extremidade mais próxima do primeiro substituinte (independentemente se o substituinte for um halogênio ou um grupo alquila). CH3 CH CH2CH CHCH2CH3CH3 CH3 Br Br CH CH2CH CHCH2CH3CH3 CH3 CH3 Se dois ou mais substituintes estiverem presentes, numere- os empregando os prefixos di, tri, tetra e assim por diante. Cl CH CHCH CH2CH3CH3 CH3 Cl Se átomos de halogênio diferentes estiverem presentes, numere-os (atribuindo a eles o menor número) e coloque-os em ordem alfabética ao escrever o nome completo. CH2CHCH CH3CH2 CH3 Br Cl Se a cadeia principal puder ser numerada por ambas as extremidades, comece pela que estiver mais próxima do substituinte (seja ele um grupo alquila ou um halogênio) que tenha precedência alfabética. CH3 CHCH2CH2CH CH3CH3 Br Alguns nomes comuns: CH3I Iodeto de metila Br IUPAC = iodometano CH CH3CH3 Cl Álcoois Metanol Álcool primário Álcool secundário Álcool terciário Álcoois são substâncias cujas moléculas têm um grupo hidroxila (-OH) ligado a um átomo de carbono saturado. R-OH Nomenclatura de Álcoois 1) A cadeia principal é a cadeia contínua, mais longa possível, que contenha o grupo hidroxila (-OH). 2) Numere a cadeia começando pela extremidade mais próxima ao grupo hidroxila. 3) Escreva os substituintes em ordem alfabética e o nome da cadeia principal substituindo o sufixo –o do alcano correspondente pelo sufixo –ol. 4) Numere os substituintes de acordo com sua posição na cadeia, escrevendo o nome do composto colocando os substituintes em ordem alfabética. 12 Exemplos de álcoois CH3 C CH2 CH2 CH3 CH3 OH CH CH CH3 CH3 OH Éteres Éteres são compostos que contêm um átomo de oxigênio ligado a dois átomos de carbono. 1°sistema: Os nomes dos dois grupos ligados ao átomo de oxigênio são listados em ordem alfabética, precedidos da palavra éter. Nomenclatura de Éteres Os éteres podem ser nomeados através de dois sistemas diferentes: CH3OCH2CH3 CH3CH2OCH2CH3 CH3 CH CH3 CH2 O C CH3 CH3 CH3 2°sistema: O éter é nomeado como um alcano com um substituinte –OR. A parte éter é considerada um substituinte alcóxido. CH3 CH CH2 CH3 OCH3 CH2 CH CH2 CH2 CH3 CH3 OCH2CH3 Aminas Metilamina amina primária Dimetilamina amina secundária Trimetilamina amina terciária Metilamina Dimetilamina Trimetilamina Mapas de potencial eletrostático para: Nomenclatura de Aminas 1.1) Aminas simples: Adicionar o sufixo –amina ao nome do substituinte alquílico. C CH3 CH3 CH3 NH2 NH2 1.2) Amina como cadeia principal: O sufixo –amina pode ser usado em substituição à terminação –o. NH2 CH3CH3 1) Aminas primárias: CH3CH2NH2 13 Nomenclatura de Aminas 1.3) Aminas com mais de um grupo funcional: São nomeadas considerando-se o grupo –NH2 como um substituinte amino na molécula principal. COOH NH2 NH2 CH3 C CH2 CH2 O NH2 C CH CH2 CH3 O OH NH2 2) Aminas secundárias e terciárias: 2.1) Aminas simétricas: Adicionar o prefixo di- ou tri- ao grupo alquila. N H N CH2 CH3 CH2 CH3 CH2 CH3 2.1) Aminas assimétricas: Nomear como aminas N-substituídas. O maior grupo alquila é escolhido como cadeia principal e os outros grupos alquila são considerados como N-substituintes da cadeia principal. N CH2 CH2 CH3 CH3 CH3 N CH2 CH3 CH3 pirrol piridina quinolinaimidazol pirimidinapurina N .. .. N N H N N H .. N N N N N H N 3) Aminas heterocíclicas: pirrolidina piperidina N H N H Compostos carbonílicos C O δ- δ+ Oxigênio nucleofílico reage com ácidos e eletrófilos Carbono eletrofílico reage com bases e nucleófilos As ligações duplas carbono-oxigênio são polarizadas devido a alta eletronegatividade do oxigênio em relação ao carbono. Região rica em elétrons Região deficiente em elétrons Grupo carbonila Alceno sp2 Ligação pipipipi em compostos carbonílicos Estrutura trigonal plana Nomenclatura de aldeídos Substituir o sufixo –o dos nomes dos alcanos correspondentes por -al. � A cadeia principal deve conter o grupo –CHO � O Carbono do –CHO é numerado como carbono 1. CH3 CH O CH2CH O CH3 CH CH O CH2 CH2 CH3 CHCH3 CH3 14 Nomenclatura de cetonas Substituir o sufixo –o dos nomes dos alcanos correspondentes por -ona. � A cadeia principal deve conter o grupo cetona � O início da numeração deve ser a extremidade mais próxima do grupo carbonila. CH2CH2CH2C O CH3 CH3 CH3CH2C O CHCHCH3 C CH3 CH3 O C O CH3 C O Substituir o sufixo –o dos nomes dos alcanos correspondentes por –óico, precedido pela palavra ácido � A cadeia principal deve conter o grupo –COOH � O Carbono do –COOH é numerado como carbono 1. Nomenclatura de ácidos carboxílicos Sais de ácidos carboxílicos Os ácidos carboxílicos reagem com bases como NaOH e NaHCO3 para formarem sais. C R O OH + NaOH H2O C R O O-Na+ + H2O ácido carboxílico (insolúvel em água) sal de ácido carboxílico (solúvel em água) Os sais de sódio e de potássio da maioria dos ácidos carboxílicos são facilmente solúveis em água, mesmo os de cadeias longas (são os principais componentes dos sabões). ÁCIDOS CARBOXÍLICOS E DERIVADOS ÉSTERES Produtos de uma reação de condensação entre um ácido carboxílico e um álcool.Nomenclatura: nome do ácido carboxílico + ato ou oato de nome do álcool + ila CH3 C O O CH3 CH2 C O O CCH3 CH3 CH3 CH3 C O O CH2 Cl CH3 ANIDRIDOS CARBOXÍLICOS São, formalmente, derivados de duas moléculas de ácido carboxílico pela remoção de uma molécula de água. Nomenclatura: Anidridos simétricos: Substituir a palavra ácido pela palavra anidrido. Anidridos assimétricos: Citar os nomes dos dois ácidos em ordem alfabética precedido da palavra anidrido. 15 CLORETOS DE ACILA OU CLORETOS DE ÁCIDO Nomenclatura: Substituir a palavra ácido pela palavra cloreto, e a terminação –ico pela terminação –oila. CH3 C O Cl CH3 CH2 C O Cl C Cl O AMIDAS Nomenclatura: 1) Amidas com um grupo NH2: Retirar a palavra ácido e substituir o final –óico ou –ico por -amida 2) Amidas substituídas: identificar primeiro os substituintes ligados ao nitrogênio (precedidos por N- ou N,N-), e depois a amida principal (geralmente a maior cadeia). CH3 C O NH2 C NH2 O C N O CH3 CH3 CH2 C O NH CH2CH3 CH3 CH3 C O N CH2 CH2 CH3 NITRILAS Nomenclatura: As nitrilas acíclicas são denominadas pela adição do sufixo –nitrila ao nome do hidrocarboneto correspondente. CCH3 N C CH2 N CH2CH3 C CH N CH2 Acidez e basicidade 1) Definição de Arrhenius: "Ácido é toda substância que em solução aquosa produz íons H+, como único tipo de cátion." "Base é toda substância que, dissolvida em água, produz íons hidróxido como único tipo de ânion." HCl H+ + Cl- H2O NaOH Na+ + OH-H2O Definição de Bronsted-Lowry: "Ácido é uma substância que doa um íon H+” HCl + H2O H3O+ + Cl- ácido ácido conjugado base base conjugada “Base é uma substância que aceita um íon H+” 3) Definição de Lewis: Ácido de Lewis – Substância que aceita um par de elétrons Setas Curvas: Indicam a direção do fluxo de elétrons em uma reação. Base de Lewis – Substância que doa um par de elétrons. 16 Ácido CH3CH2OH H2O HCN CH3CO2H HF pKa 16,0 15,74 9,31 4,76 3,45 Base conjugada CH3CH2O- HO- CN- CH3CO2- F-A u m e n ta a a c id e z Au m e n ta a ba s ic id a de *Quanto mais forte for o ácido, mais fraca será a base conjugada. * Quanto mais fraca a base, mais forte será o ácido conjugado. Quanto maior a constante de acidez Ka, mais forte será o ácido. Quanto menor o pKa, mais forte é o ácido AVALIANDO A FORÇA DE UM ÁCIDO Íon hidrônio comum para todos os ácidos em solução aquosa Cada ácido possui o seu ânion específico Quanto mais estável for a base conjugada (A-), mais forte será o ácido (HA). Fatores que aumentam a acidez ... E conseqüentemente estabilizam a base conjugada. 1) Ressonância A possibilidade de ressonância para a base conjugada, estabiliza a base. Consequência: o ácido é mais forte. R e s s o n ân c ia m a is e fe tiv a Valores de pKa 2) Eletronegatividade OBS: Para comparar átomos do mesmo período (com tamanho aproximado). Quanto mais eletronegativo o elemento da base conjugada, mais estável esta será e portanto, mais forte será o ácido. F O N Cl Br I S C P H Valores de pKa El et ro n eg at iv id ad e Ac id ez 3) Tamanho OBS: Para comparar átomos da mesma família. Quanto maior (mais polarizável) o elemento da base conjugada que contém a carga, mais estável esta será e portanto, mais forte será o ácido. Ta m a n ho do át o m o Ac id ez Valores de pKa 17 4) Hibridização Quanto maior o caráter s do orbital da base conjugada onde a carga negativa está localizada, mais estável a base e portanto, um ácido mais forte. Quanto maior o caráter s, mais os elétrons estão próximos ao núcleo. 50 35 25 Ca rá te r s Ac id ez Valores de pKa 5) Efeitos indutivos Menor intensidade, mas também contribuem. * Grupos doadores de elétrons: grupos alquila * Grupos retiradores de elétrons: elementos eletronegativos. efeito indutivo X ressonância: Grupos doam ou retiram elétrons através do sistema sigma de ligação. Grupos doam ou retiram elétrons através do sistema pipipipi de ligação Influência do efeito indutivo provocado por grupos retiradores de elétrons. Valores de pKa Como o efeito indutivo opera por meio das ligações σσσσ e portanto é dependente da distância. Acidez dos ácidos carboxílicos H3C C O H O + H3O++H2O . . .. . . .. .. H3C C O O .. .. . . . . - - H3C C O O.. .. . . . . . . ácido carboxílico íon carboxilato estabilizado por ressonância Ácido 2-clorobutanóico pKa 2,85; ácido 3-clorobutanóico pKa 4,05; ácido 4-clorobutanóico pKa 4,50 Acidez álcoois x ácidos carboxílicos Mais ácido Base conjugada mais estabilizada 18 Acidez de alguns ácidos carboxílicos C OH O CH3O O2N C OH O ácido p-metoxibenzóico pka = 4,46 C O OH ácido benzóico pka = 4,19 ácido p-nitrobenzóico pka = 3,41 Grupos doadores de elétrons Grupos retiradores de elétrons Influência dos substituintes no anel aromático na acidez Quando um efeito “doa” densidade eletrônica em direção à extremidade negativamente carregada da base conjugada, a base conjugada ficará ainda mais desestabilizada, e consequentemente o ácido será mais fraco. Quando um efeito “retira” densidade eletrônica para longe da extremidade negativamente carregada da base conjugada, a base conjugada ficará mais estável, e consequentemente o ácido será mais forte. Aumento da acidez Acidez de compostos orgânicos alcanos alcenos; aminas cetonas; álcoois; amidas e alcinos fenóis e ββββ-dicetonas ácidos carboxílicos e nitrofenóis ISÔMEROS CH3 CH2 CH2 CH3 CH3 CH CH3 CH3 butano isobutano CH3 O CH3 CH3 CH2 OH etanol éter dimetílico = C4H10 = = C2H6O = Possuem estruturas diferentes, mas a mesma fórmula molecular C OH CH3 CH2CH3 H C OH CH3 H CH2CH3 (S)-2-butanol (R)-2-butanol apresentam seus átomos ligados em uma ordem diferente Possuem os átomos ligados na mesma ordem, mas o arranjo espacial é diferente Possuem o mesmo padrão de conexão dos átomos C OH CH3 CH2CH3 H C OH CH3H3CH2C H (S)-2-butanol (R)-2-butanol (2R,3S)-dibromopentano C C CH3 H3CH2C Br Br H H C C Br CH2CH3 CH3 Br H H (2R,3R)-dibromopentano Moléculas são imagem especular uma da outra (não se sobrepõe) Moléculas não são imagem especular uma da outra (não se sobrepõe) 19 QUIRALIDADE Enantiômeros – imagens especulares não sobreponíveis. Uma molécula quiral não é superponível a sua imagem no espelho Centro Estereogênico ou Quiral O carbono que contém quatro substituintes diferentes ligados a ele é chamado de centro estereogênico ou centro quiral. C ClBr H OH Centro estereogênico Dois grupos idênticos tornam o carbono aquiral Encontrar os átomos de carbono estereogênico: R-(+)-limoneno odor laranja S-(-)-limoneno odor limão (R) – Talidomida sedativo e antiemético (S) – Talidomida teratogênico O método consiste em atribuir uma ordem de prioridade a cada substituinte em torno do carbono estereogênico. 2 3 4 1 20 Nomenclatura de estereoisômeros 1. Determinar a prioridade dos substituintes ligados ao carbono quiral (regras de Cahn-Ingold-Prelog) R1 – Analisar primeiro os átomos diretamenteligados ao centro quiral. O átomo de maior número atômico tem maior prioridade. 1 2 ou 3 2 ou 3 4 CH3 C CH2 CH3 OH H R2 – Se os substituintes tiverem o mesmo átomo ligado ao centro quiral use sucessivamente os grupos de átomos mais afastados até encontrar a primeira diferença. C – H, H, H C – H, H, C 1 4 1 3 2 4 CH3 C CH2 CH3 OH H CH3 C CH2 CH3 OH H R3 – As ligações duplas e triplas devem ser expandidas. C C H H H C C H H H C CC – C, C, H C H C C H H H H H H CH CH2 C – C, C, H C – H, H, H C – C, H, H CH CH2 CH(CH3)2tem maior prioridade que CH(CH3)2 R4 - quando temos isótopos do mesmo elemento ligados ao carbono estereogênico, o átomo de maior número de massa tem prioridade. C CH3 D T H 1 4 2 3 2. Depois de estabelecida as prioridades, gira-se a fórmula (ou modelo), de modo que o grupo de prioridade mais baixa fique afastado do observador. 41 2 3 2 3 4 1 girar Grupo de menor prioridade para trás. 3. Traça-se um caminho de 1 para 2 para 3. Se a direção é no sentido horário, o enantiômero é chamado de (R). Se a direção é no sentido anti-horário, o enantiômero é chamado de (S). 21 Um par de enantiômeros apresenta as mesmas propriedades físicas Propriedades físicas (R)-2-butanol (S)-2-butanol ponto de ebulição (1 atm) 99,5 oC 99,5 oC densidade (20 oC/ 4 oC) 0,808 0,808 índice de refração (20 oC) 1,397 1,397 Um par de enantiômeros apresenta diferença somente na rotação do plano da luz polarizada. As moléculas que interagem com a luz plano polarizada são ditas opticamente ativas. Instrumento usado para determinar se uma substância é opticamente ativa e medir a direção e grau da rotação óptica. Polarímetro Luz ordinária Luz plano polarizada Cada um dos enantiômeros do par, desvia a luz plano polarizada para um lado diferente. Enantiômeros separados, apresenta o mesmo ângulo αααα, de rotação da luz plano polarizada, só que em direções opostas. Não existe correlação direta entre o sinal de rotação da luz plano polarizada (+)- ou (-)- e a estrutura de um determinado enantiômero (R)- ou (S)- [α][α][α][α] = αααα c . l [αααα ] = rotação específica αααα = rotação observada c = concentração da solução (g/mL) l = comprimento do tubo (dm) Se uma substância girar a luz plano-polarizada na direção horária (sinal de αααα positivo) ela será chamada de dextrógira (ou dextrorrotatória). Se uma substância girar a luz plano-polarizada na direção anti-horária (sinal de αααα negativo) é chamada de levógira (ou levorrotatória). Para determinar a rotação específica: Mistura racêmica ou racemato Mistura equimolar (mesma molaridade) dos dois enantiômeros. Uma mistura racêmica não desvia a luz plano polarizada. O efeito de cada molécula de um isômero é compensado pelo seu enantiômero 22 Moléculas com mais de um centro estereogênico. O número de estereoisômeros possíveis ≤ 2n onde n = número de carbonos assimétricos Ex: 2,3-dibromopentano CH3 CH CH CH2 CH3 Br Br 2 carbonos assimétricos São possíveis até 4 estereoisômeros para este composto. (pois 22 = 4) (2R,3S)-dibromopentano C C Br CH2CH3 CH3 Br H H (2R,3R)-dibromopentano C C CH3 H3CH2C Br Br H H C C CH3 CH2CH3 Br Br H H (2S,3R)-dibromopentano C C Br H3CH2C CH3 Br H H (2S,3S)-dibromopentano 4 estereoisômeros possíveis para o 2,3-dibromopentano enantiômeros enantiômeros Enantiômeros Diasteroisômeros Diasteroisômeros apresentam propriedades físicas diferentes Compostos meso O ácido tartárico apresenta apenas 3 estereoisômeros Os compostos meso não apresentam atividade óptica 23 COMPOSTOS AROMÁTICOS Benzeno e seus derivados estruturais. A estrutura do benzeno foi proposta em 1866 por Friederich Kekulé O Benzeno é planar (ângulo interno 120º) Todas as ligações C-C possuem o mesmo comprimento (1,39 Å) Ligações σσσσ entre orbitais sp2 Ligações pipipipi entre orbitais p Ligações σσσσ entre orbitais s e sp2 ESTRUTURA DO BENZENO NOMENCLATURA 1) Nomes comuns para alguns compostos aromáticos: CH3 OH NH2 SO3H Tolueno Fenol Anilina Ácido benzenossulfônico C O CH3CO H CO OH Benzaldeído Acetofenona Ácido benzóico 2) Benzenos monossubstituídos: Br NO2 F Bromobenzeno a) Se o substituinte alquila for menor do que o anel aromático: CH(CH3)2 CH2CH3 b) Se o substituinte alquila for maior do que o anel aromático, ou se a cadeia for insaturada: Substituintes: fenil benzil CHCH3 (CH2)4CH3 CCH3 CHCH3 CH2 CH2 Cl 24 3) Benzenos dissubstituídos: Prefixos: orto (o) meta (m) para (p) Cl Cl CO2H NO2 C Cl O H 4) Benzenos com mais de dois substituintes: a) Numera-se a posição de cada grupo substituinte de maneira que sejam utilizados os menores números. b) Ao se escrever o nome do composto, os substituintes são colocados em ordem alfabética. Cl ClCl CH3 CH3 Br Br BrBr NO2 ClO2N c) Quando um substituinte, juntamente com o anel benzênico, formar um nome base, admite-se que este substituinte esteja na posição 1 e usa-se o novo nome como base da nomenclatura. CO2H NO2O2N BrBr OH pirrol, azol furano, oxol tiofeno, tiol piridina, azina indol benzofurano benzotiofeno quinolinaisoquinolina carbazol acridina S N .. N H .. O .. .. S .. .. .. NN: N H N H N O COMPOSTOS HETEROCÍCLICOS AROMÁTICOS Benzeno é muito mais estável do que um alceno típico ESTABILIDADE A ressonância no anel é a responsável pela estabilidade do benzeno. 25 RESSONÂNCIA H H HH H H H H HH H H H H HH H H H H HH H H Incorreto H H HH H H Correto Jumento égua Burro (híbrido) Híbrido + = Quando existe aromaticidade as ligações C-C são todas do mesmo comprimento (1,39 Å) Ligações carbono-carbono no benzeno Condições para um composto ser aromático 1) Molécula cíclica e com uma nuvem contínua de elétrons pipipipi deslocalizados. H H HH H H H H (Ex: O que ocorre nas moléculas cíclicas conjugadas) Para que a deslocalização dos elétrons ocorra: carbonos sp3 impedem a deslocalização dos elétrons a) O anel não deve possuir carbonos com hibridação sp3 (ou seja, carbonos que façam quatro ligações simples). b) O anel deve ser planar, pois senão, a deslocalização dos elétrons não será efetiva, dificultando a ressonância e quebrando a aromaticidade. Ex: [10]Anuleno (Nenhuma das estruturas abaixo é aromática, pois nenhuma é plana. Repulsão entre os hidrogênios faz com que a molécula evite o plano [14]Anuleno [16]Anuleno [18]Anuleno Exemplos de anulenos planares: Nestes casos os hidrogênios estão distantes, não existindo repulsão entre eles, permitindo que a molécula seja planar. Todos estes compostos são aromáticos? 2) Deve obedecer a Regra de Hückel 4n + 2 = número de elétrons pipipipi Se n for um número inteiro Se n não for um número inteiro Obedece a regra de Hückel Não obedece a regra de Hückel Exemplos: benzeno Contém 6 elétrons pipipipi (cada dupla possui dois elétrons pipipipi) 4n + 2 = 6 n = 1 (n é um nº inteiro) composto aromático [4]anuleno 26 LEMBRE-SE: Se um composto é aromático as ligações C-C possuem o mesmo tamanho. Isso é uma conseqüência da formação do híbrido de ressonância. benzeno é aromático Comprimentos das ligações C-C são iguais [4]anuleno não é aromático Comprimentos das ligações C-C são diferentesCOMPOSTOS HETEROCÍCLICOS AROMÁTICOS Compostos aromáticos: * Presença de ressonância * Planaridade * Regra de Hückel N .. N H .. O .. .. S .. .. (4n + 2) = n°de e- pipipipi (onde n deve ser um número inteiro) piridina pirrol tiofeno furano Requisitos para a Aromaticidade 1. Composto cíclico 2. Composto planar 3. Sistema completamente conjugado 4. 4n + 2 pi elétrons (Regra de Huckel) • 6 elétrons pipipipi deslocalizados ao longo de 7 carbonos • carga positiva dispersa pelos 7 carbonos • carbocátion muito estável • também chamado de cátion tropílio Cátion CicloCátion Ciclo--heptatrienilaheptatrienila Ânion CiclopentadienetoÂnion Ciclopentadieneto * 6 elétrons pi deslocalizados ao longo de 5 carbonos; * carga negativa dispersa sobre 5 carbonos; * ânion estabilizado.
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