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ARTIGO, LAJES MACIÇA E NERVURADAS- TRELIÇADAS E COM CUBAS PLASTICAS

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Teoria e Prática na Engenharia Civil, n.15, p.19-28, Abril, 2010 
 
Soluções de lajes maciças, nervuradas com cuba plástica e 
nervuradas com vigotas treliçadas pré-moldadas: análise 
comparativa 
 
Solutions of massive slabs, ribbed slabs with plastic vat and ribbed 
with frame and pre-shaped beam: comparative analysis 
 
Itamar Vizotto1 ; Artur Lenz Sartorti2 
 
1 Engenheiro civil, diretor da ILTRUK – Projetos & Consultoria Técnica Comercial Ltda. 
 email: itamar.vizotto@iltruk.com.br 
 
2 Mestre em engenharia civil – estruturas, engenheiro calculista na ILTRUK – Projetos & Consultoria 
Técnica-Comercial Ltda., professor no Centro Universitário Adventista de São Paulo. 
 email: artur.sartorti@iltruk.com.br 
 
 
 
RESUMO: Pela sua eficiência estrutural como placa e membrana, as soluções de lajes maciças e 
nervuradas com cuba plástica são comumente adotadas por auxiliarem no comportamento global da 
estrutura, dando à mesma um acréscimo de rigidez que alivia os esforços do pórtico espacial, reduzindo o 
consumo de materiais nas vigas e pilares. Entretanto, são observadas nestas duas soluções, algumas 
características não muito favoráveis, entre as quais se destacam o peso próprio elevado, grande consumo 
de concreto, acentuado consumo de fôrmas e grandes custos com mão-de-obra. Desta maneira, o 
consumidor tende a procurar um sistema construtivo que atenda os requisitos estruturais de placa e 
membrana e que tenha um menor custo. É objetivo deste artigo, que o leitor possua uma visão geral sobre 
as três soluções estruturais para as lajes estudas e tenha subsídios para a escolha da solução que atenda a 
melhor relação custo/benefício e acarrete na maximização da sustentabilidade da construção civil. 
 
ABSTRACT: For its structural efficiency as plate and membrane, solutions of slabs massive and ribbed 
solutions with plastic vat are commonly adopted by helping in the overall behavior of the structure, giving 
it an increase of stiffness that relieves the efforts of the frame reducing the space consumption of materials 
in the beams and pillars. However these two solutions are found, some characteristics not very favorable, 
which highlight the very high weight, high consumption of concrete, sharp intake of ways and big costs for 
labor. Thus, consumers tend to seek a constructive system that meets the structural requirements of plate 
and membrane and has a lower cost. The goal of this article is that the reader has an overview about the 
three structural solutions for the analyzed slabs and he has subsidies for the choice of the best solution that 
meets the lowest cost/benefit and results in the maximization of sustainable of civil construction. 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
As exigências referentes ao comportamento 
estrutural de um edifício e as relações custo x 
benefício que devem ser maximizadas, lança um 
grande desafio aos engenheiros. Devem ser 
estudadas soluções alternativas na construção civil, 
que garantam a segurança e promovam a 
economia. 
Desta maneira o presente artigo busca 
demonstrar uma análise comparativa entre três 
sistemas de lajes usuais no mercado brasileiro. A 
escolha das lajes é justificada pela importância que 
possuem no custo final de uma obra. 
 
2. FUNÇÃO DAS LAJES NO 
COMPORTAMENTO ESTRUTURAL 
 
Teoria e Prática na Engenharia Civil, n.15, p.19-28, Abril, 2010 
 
20 
As estruturas laminares ou elementos de 
superfície são amplamente utilizados na 
construção civil. Conforme Sáles et al [1] as 
placas litóides (lajes) aparecem freqüentemente 
em pisos de edifícios absorvendo esforços fora do 
seu plano médio. Sabe-se, no entanto que as lajes 
também possuem função de ligação entre os 
pórticos e pilares-parede quando é realizada a 
análise de estabilidade global. 
Giongo [2] comenta que todos os pórticos e 
pilares-parede que contribuem para o 
contraventamento e estabilidade global na direção 
analisada são interligados por barras rotuladas 
equivalentes as lajes atuando como um diafragma 
rígido. 
Desta maneira, para que as lajes possam 
desempenhar a função de diafragma rígido, devem 
ter a capacidade de absorver esforços paralelos ao 
seu plano médio, em outras palavras devem ter 
função de chapa ou membrana. A figura 1 
exemplifica as ações que devem ser absorvidas 
para que as lajes sejam consideradas placas e 
membranas. 
Desta maneira fica evidente que o 
comportamento global do edifício sofre grande 
influência do sistema construtivo da laje 
empregada. No presente artigo são comparados 
três sistemas construtivos de lajes que atendem as 
exigências de placa e de membrana. 
 
3. CARACTERÍSTICAS DOS SISTEMAS 
CONSTRUTIVOS COMPARADOS 
 
Não é objetivo do presente artigo detalhar 
cálculos e rotinas de projeto, nem mesmo 
apresentar uma ampla revisão bibliográfica sobre 
as características construtivas dos três sistemas 
analisados. No entanto, são destacadas algumas 
das principais características de cada um dos três 
sistemas construtivos. 
 
3.1 LAJE MACIÇA MOLDADA “IN LOCO” 
 
Este é o sistema estrutural de lajes mais 
utilizado e difundido no meio técnico. Para sua 
execução deve ser montada uma estrutura de 
fôrmas e escoras. O posicionamento das armaduras 
deve ser executado com o auxílio de espaçadores 
vulgarmente conhecidos como “caranguejos”, 
também usualmente em material plástico e/ou 
pastilhas de argamassa de cimento e areia. Suas 
características mais relevantes são descritas a 
seguir. 
 
Vantagens: 
 
9 Oferece funções de placa e membrana; 
9 Pode ser considerada uni ou bidirecional; 
9 Bom desempenho em relação à capacidade 
de redistribuição dos esforços; 
9 Apropriada a situações de singularidade 
estrutural (ex: Um, dois ou três bordos 
livres). 
 
Desvantagens: 
 
9 Elevado consumo de fôrmas, escoras, 
concreto e aço; 
9 Elevado peso próprio implicando em 
maiores reações nos apoios (vigas, pilares e 
fundações); 
9 Elevado consumo de mão-de-obra referentes 
as atividades dos profissionais carpinteiro, 
armador, pedreiro e servente; 
9 Grande capacidade de propagação de ruídos 
entre pavimentos; 
9 Limitação quanto a sua aplicação a grandes 
vãos por conta da demanda de espessura 
média de concreto exigida para esta 
situação; 
9 Posicionamento de armaduras por meio de 
espaçadores; 
9 Custo relativamente elevado. 
 
3.2 LAJE NERVURADA COM CUBA 
PLÁSTICA 
 
As lajes nervuradas são indicadas, sobretudo 
quando existe a necessidade de grandes vãos. Este 
sistema construtivo é caracterizado pela utilização 
de cubas ou cubetas plásticas reaproveitáveis. 
Conforme Nakamura [3] existem dois métodos de 
instalação das cubetas. No primeiro as cubas são 
posicionadas sobre um tablado de madeira, 
semelhante ao da laje maciça, e este apoiado a 
vigas e escoras geralmente metálicas. O segundo 
método consiste em praticar o apoio direto das 
cubas nas vigas metálicas eliminando o tablado de 
madeira, porém neste método muita atenção deve 
ser dada a locomoção dos operários durante a 
montagem e concretagem para evitar 
escorregamentos das cubas e acidentes. 
Cada cuba tem massa aproximada de 3,3 kg 
(valor médio, dependendo de suas dimensões) e 
Teoria e Prática na Engenharia Civil, n.15, p.19-28, Abril, 2010 
 
21 
resiste a carga do concreto fresco, armadura, 
pequenos equipamentos e operários sobre elas. 
Após o posicionamento da cuba deve ser aplicado 
um desmoldante que permitirá a retirada da cuba 
dando a oportunidade de reaproveitamento. O 
posicionamento das armaduras é feito com o 
auxílio de espaçadores. A figura 2 ilustra a 
montagem de laje nervurada com cuba plástica. 
As características mais relevantes são descritas 
a seguir. 
 
Vantagens: 
 
9 Oferece funções de placa e membrana; 
9 Deve ser considerada bidirecional; 
9 Bom desempenho em relação à capacidadede redistribuição dos esforços; 
9 Possibilidade de reaproveitamento de fôrmas 
e cubas. 
 
Desvantagens: 
 
9 Elevado consumo de cubas plásticas, fôrmas 
e escoras; 
9 Elevado consumo de mão-de-obra referente 
às atividades dos profissionais: carpinteiro, 
armador, pedreiro e servente; 
9 Significativo consumo de concreto e aço, 
com peso próprio elevado, cabendo 
otimização; 
9 Demanda significativa espessura de capa de 
concreto para manter condição de 
cobrimento inferior e superior da armadura 
de distribuição (tela); 
9 Demanda espaçadores adicionais para 
garantir adequado posicionamento das 
armaduras; 
9 Opções de altura limitadas pela produção 
padronizada das cubas; 
9 Geralmente necessita de acabamento da face 
inferior com forro falso. 
3.3 LAJE NERVURADA TRELIÇADA 
BIDIRECIONAL 
 
A principal característica dos sistemas 
treliçados é a dispensa, total ou parcial, das formas 
na fase construtiva da obra para execução das 
lajes. O sistema construtivo é constituído por 
elementos pré-fabricados treliçados adicionados de 
armadura de reforço, quando necessárias, 
elementos de enchimento, armaduras e concreto 
complementares de obra. 
Os elementos pré-fabricados treliçados 
utilizados nas lajes nervuradas treliçadas com 
seção “T” são comumente as vigotas treliçadas que 
geralmente podem ser transportadas manualmente. 
A figura 3 apresenta os detalhes de uma seção 
transversal da vigota treliçada. 
A laje nervurada treliçada unidirecional é 
constituída por vigotas pré-fabricadas treliçadas, 
intercaladas por elementos de enchimento 
geralmente em material cerâmico ou EPS, ambos 
capazes de resistir as cargas de trabalho ou seja, 
concreto fresco e armaduras sobre eles, armaduras 
complementares que devem ser especificadas no 
projeto estrutural e concreto do capeamento que 
também preenche a alma das nervuras 
longitudinais e transversais. 
As armaduras complementares são 
compreendidas por armadura inferior das nervuras 
de travamento, armadura de distribuição aplicada 
aproximadamente à meia altura da capa de 
concreto e armadura superior de tração, podendo 
eventualmente ter função apenas de controle de 
fissuração, genericamente indicadas na figura 4. 
O estabelecimento da nervura transversal é 
possibilitado construtivamente pelo afastamento 
entre elementos de enchimento e introdução de 
uma tábua deitada que terá a função de fôrma 
localizada, ou da disposição de caneletas que além 
de fôrma vedam as cavidades das lajotas através de 
suas paredes laterais impedindo a fuga do concreto 
fresco do capeamento. 
A altura da armadura treliçada é governada 
genericamente pela altura do elemento de 
enchimento, sendo esta relevante aos interesses 
técnicos e construtivos. Do ponto de vista técnico-
estrutural, tendo a armadura treliçada altura não 
inferior à altura do elemento utilizado para 
enchimento e pela condição de atendimento ao 
cobrimento mínimo às barras longitudinais 
inferiores da armadura treliçada, resultará que a 
armadura treliçada penetrará no concreto de 
capeamento com o valor do cobrimento 
estabelecido por norma para as armaduras das 
lajes, segundo condições específicas de localização 
e utilização de cada obra. Sendo assim, fica 
garantido também, que a armadura de distribuição 
ficará apoiada sobre a armadura treliçada 
dispensando-se os espaçadores. 
Para garantir-se que as diagonais da armadura 
treliçada realmente possam trabalhar como 
estribos, ligando zona tracionada com zona 
Teoria e Prática na Engenharia Civil, n.15, p.19-28, Abril, 2010 
 
22 
comprimida, basta verificar se o banzo superior da 
treliça cruza a posição da linha neutra, ou mesmo, 
apenas penetre na mesa de compressão. 
O sistema construtivo com laje nervurada 
treliçada bidirecional, que é o sistema construtivo 
estudado neste artigo, consiste numa variação do 
sistema construtivo tradicional (unidirecional), 
onde as lajotas de formatos convencionais são 
substituídas por lajotas especiais de EPS com abas 
que funcionam como fôrmas para as nervuras 
transversais (enchimento analisado neste estudo), 
ou em material cerâmico, entre cada uma das 
lajotas intercala-se uma canaleta com recorte 
especial para apoio nas vigotas treliçadas, ambas 
as soluções gerando uma solução de laje nervurada 
armada em cruz agregando potencialidade de 
funcionamento como placa e membrana e a 
agilidade de montagem que o pré-moldado 
treliçado (vigota treliçada) oferece. 
Caracterizada por desempenhar função de placa 
e membrana, constitui uma solução para obras 
verticais esbeltas e/ou horizontais, apresentando-se 
em destaque para panos de lajes com relação de 
lados variando de 1,0 a 1,5. 
Neste sistema é espontâneo a formação de 
aberturas (buracos) nas lajes, uma vez que 
apresenta excelente capacidade para redistribuição 
de esforços. As figuras 5 e 6 apresentam mais 
detalhes sobre este sistema. 
As características mais relevantes são 
descritas a seguir. 
 
Vantagens: 
 
9 Oferece funções de placa e membrana; 
9 Deve ser considerada bidirecional; 
9 Bom desempenho em relação à capacidade 
de redistribuição dos esforços; 
9 Vence grandes vãos; 
9 Reduz forma e escoramento; 
9 Reduz tempo de execução; 
9 Estrutura monolítica; 
9 Facilidade de transporte, içamento e 
montagem; 
9 Maior eficiência ao combate ao esforço 
cortante; 
9 Teto liso com dispensa de forro falso; 
9 Alívio nas reações da estrutura; 
9 Reduz mão-de-obra em geral; 
9 Baixa propagação de ruídos; 
9 Altura otimizada devido à flexibilidade na 
produção de treliças e enchimento; 
9 Reduz custo final. 
 
Desvantagens: 
 
9 Necessidade de uso de aditivo para chapisco 
do EPS. 
 
As lajes nervuradas treliçadas seguem as 
exigências estabelecidas nas normas especificas: 
NBR 14859-1:2002 [4]; NBR 14859-2:2002 [5]; 
NBR 14860-1:2002 [6]; NBR 14860-2:2002 [7] e 
NBR 14862:2002 [8], todas atualmente em 
processo de revisão, as quais reportam a NBR 
6118:2003 [9] e NBR 9062:2006 [10], entre 
outras. 
 
4. RESULTADOS OBTIDOS 
 
Foram calculadas através do software TQS três 
lajes simplesmente apoiadas em vigas 
suficientemente rígidas e com relação de lados 
igual a 1,0 nos três sistemas estruturais 
comparados neste artigo. A carga utilizada 
permanente (além do peso próprio) foi de 2,0 
kN/m² e a acidental de 2,5 kN/m², ambas de 
natureza estática. O fck adotado foi de 25 MPa e o 
cobrimento das armaduras de 2,0cm. A figura 7 
apresenta a configuração da forma estrutural 
adotada para cada sistema. 
Com os resultados obtidos nos processamentos 
foram extraídos os dados apresentados nas tabelas 
1 a 4. 
 
5. ANÁLISE DOS RESULTADOS 
 
Realizaram-se cotações dos materiais na região 
da cidade de Campinas no estado de São Paulo – 
Brasil em julho de 2009 e foram obtidos os valores 
apresentados na tabela 5. 
Com estes valores pode ser feita uma 
composição de custos de mão-de-obra e materiais 
seguindo a tabela 6. 
Esta composição de custos gera o gráfico de 
custo total estimado por metro quadrado 
apresentado na figura 8. 
Analisando a figura 8 pode ser observado que 
os custos da laje nervurada cuba plástica da laje 
nervurada treliçada são 0,8% e 19,1% mais 
econômicos que a laje maciça respectivamente. A 
laje nervurada treliçada é 18,5% mais econômica 
que a laje nervurada cuba plástica nesta análise. 
Esta diferença entre as lajes nervuradas deve-se 
Teoria e Prática na Engenharia Civil, n.15, p.19-28, Abril, 2010 
 
23 
ao fato de que na laje treliçada o pré-moldado 
(vigota) juntamente com o elemento de 
enchimento tornam o sistema de rápida execução 
(redução de mão-de-obra) e com os gastos de 
fôrma e cimbramento reduzidos pela ausência de 
fôrmas e pela capacidade auto-portante da vigota 
treliçada. 
Quanto à deslocabilidade da estruturaa laje 
nervurada cuba plástica, por ter nervuras 
trapezoidais (largura média espessa) e capa de 6cm 
é menos deformável. Porém com o recurso de 
contra-flecha estabelecido na tabela 13.2 da NBR 
6118:2003, é perfeitamente viável ser aplicada 
uma laje treliçada com mesma altura final da laje 
nervurada com cuba plástica porém com uma 
espessura média 7,7% menor o que neste simples 
pavimento implicaria em uma redução de 8,46 kN 
= 846 kgf na reação das fundações, valor que 
aparentemente é irrisório porém ao extrapolarmos 
para grandes áreas e múltiplos pavimentos torna-se 
um diferencial da laje nervurada com pré-moldado 
treliçado. 
Outro aspecto que deve ser destacado é a 
redução drástica de fôrmas do sistema treliçado em 
relação aos outros dois. Esta redução é uma 
importante medida levando-se em conta não 
somente o custo, mas também o aspecto da 
sustentabilidade na construção civil. 
Cabe salientar que na composição de custos não 
foi considerada as necessidades de acabamentos 
das lajes que incluem chapisco, emboço, reboco, 
forro falso, etc. 
 
6. CONCLUSÕES 
 
A apresentação desta comparação teve por 
objetivo apresentar uma solução tecnicamente 
viável e segura, porém mais econômica na grande 
maioria dos casos já estudados. Nota-se claramente 
uma vantagem econômica da laje nervurada com 
pré-moldado treliçado sobre as lajes maciça e 
nervurada com cuba plástica. Esta vantagem é 
governada pela agilidade de montagem e a 
dispensa de fôrmas que o pré-moldado treliçado 
oferece bem como a redução de consumo de 
concreto que este sistema promove. 
Os autores têm tido resultados semelhantes para 
muitas outras análises comparativas, sendo que o 
caso apresentado é apenas uma amostra destes 
casos. 
Não se pretende, no entanto, afirmar que um 
sistema construtivo é melhor que o outro, pois 
cada projeto específico deve ser analisado com 
cuidado antes de serem tomadas quaisquer 
decisões. 
 
REFERÊNCIAS 
 
1. SALES, J. J.; MALITE, M.; GONÇALVES, R. 
M.; MUNAIAR NETO, J.; DIAS, A. A., 
(2005). Sistemas Estruturais: teoria e 
exemplos. 1ª ed. São Carlos: EESC – 
Universidade de São Paulo. 
2. GIONGO, J. S., (2003). Concreto Armado: 
Projeto Estrutural de Edifícios. São Carlos: 
EESC - Universidade de São Paulo. 
3. NAKAMURA, J., (2008). Lajes nervuradas 
com cubas plásticas. Revista Equipe de Obra 
N°16 Ano IV – Março/Abril 2008. São Paulo: 
Pini. 
4. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS 
TÉCNICAS (2002). Laje pré-fabricada – 
Requisitos Parte 1: Lajes unidirecionais NBR-
14859-1. Rio de Janeiro. 
5. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS 
TÉCNICAS (2002). Laje pré-fabricada – 
Requisitos Parte 2: Lajes bidirecionais NBR-
14859-2. Rio de Janeiro. 
6. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS 
TÉCNICAS (2002). Laje pré-fabricada – Pré-
laje – Requisitos Parte1: Lajes unidirecionais 
NBR-14860-1. Rio de Janeiro. 
7. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS 
TÉCNICAS (2002). Laje pré-fabricada – Pré-
laje – Requisitos Parte1: Lajes bidirecionais 
NBR-14860-2. Rio de Janeiro. 
8. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS 
TÉCNICAS (2002). Armaduras treliçadas 
eletrossoldadas – Requisitos NBR-14862. Rio 
de Janeiro. 
9. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS 
TÉCNICAS (2003). Projeto de estruturas de 
concreto - Procedimento NBR-6118. Rio de 
Janeiro. 
10. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS 
TÉCNICAS (2006). Projeto e Execução de 
Estruturas de Concreto Pré-Moldado NBR-
9062. Rio de Janeiro. 
 
 
 
 
 
Teoria e Prática na Engenharia Civil, n.15, p.19-28, Abril, 2010 
 
ANEXO - FIGURAS E TABELAS 
 
As figuras e tabelas são apresentadas neste anexo conforme sua citação no texto. 
 
FIGURAS 
 
 
 
Figura 1 – Esforços que a laje deve absorver para ser computada na rigidez global. 
 
 
 
 
 
Figura 2 – Montagem de uma laje nervura com cubas plásticas 
 
 
 
3 a 5cm
12 a 13cm
8 a 30cm
Base em concreto 
estrutural
Armadura de reforço 
(inferior de tração)
Armadura Treliçada
 
Figura 3 – Detalhes da seção transversal de uma vigota treliçada pré-moldada 
 
Teoria e Prática na Engenharia Civil, n.15, p.19-28, Abril, 2010 
 
25 
 
Figura 4 – Detalhe da laje nervurada treliçada unidirecional 
 
 
Figura 5 – Disposição dos elementos de EPS e as armaduras para laje treliçada bidirecional. 
 
 
Figura 6 – Detalhe da laje nervurada treliçada bidirecional 
Teoria e Prática na Engenharia Civil, n.15, p.19-28, Abril, 2010 
 
26 
 
V1 20/70
V2 20/70
20
/7
0
V4
20
/7
0
L1
h=14cm
P1
20/20
P2
20/20
P3
20/20
P4
20/20
20 600 20
20
60
0
20
FORMA LAJE MACIÇA
V1 20/70
V2 20/70V
3
20
/7
0
V4
20
/7
0
L1
h=24 (18+6)cm
P1
20/20
P2
20/20
P3
20/20
P4
20/20
20 600 20
20
60
0
20
FORMA LAJE NERVURADA COM CUBA PLÁSTICA
V1 20/70
V2 20/70V
3
20
/7
0
V4
20
/7
0
L1
h=24 (19+5)cm
P1
20/20
P2
20/20
P3
20/20
P4
20/20
20 600 20
20
60
0
20
FORMA LAJE NERVURADA TRELIÇADA
4
52
8
52
8
52
8
52
8
4
52
8
52
8
52
8
10
50
9
50
9
50
9
10
50
9
50
9
50
9
 
Figura 7 – Forma estrutural das lajes estudadas 
 
 
Figura 8 – Custo por metro quadrado de cada sistema construtivo na análise 
Teoria e Prática na Engenharia Civil, n.15, p.19-28, Abril, 2010 
 
27 
TABELAS 
 
 
Tabela 1 – Consumo de materiais A 
Sistema Construtivo Concreto consumido na laje (m³) 
Espessura média da 
laje (cm) 
EPS 
(m³/m²) 
Cuba Plástica 
(unid./m²) 
Laje Maciça 5,04 14,00 0 0 
Laje Nerv. Cuba Plástica 4,23 11,75 0 2,78 
Laje Nerv. Treliçada 3,89 10,81 0,13 0 
 
 
Tabela 2 – Consumo de materiais B 
Sistema Construtivo Vergalhão (kg/m²) 
Treliça 
(kg/m²) Tela (kg/m²) 
Consumo 
Total (kg/m²) 
Taxa de Armadura 
(kg/m³) 
Laje Maciça 9,81 0,00 0,00 9,81 70,04 
Laje Nerv. Cuba Plástica 5,53 0,00 1,48 7,01 59,64 
Laje Nerv. Treliçada 4,25 1,69 1,21 7,15 66,16 
 
 
Tabela 3 – Consumo de materiais C 
Sistema Construtivo Fôrma (m²/m²) 
Escoras Metálicas 
(unid./m²) 
Viga metálica 
(m/m²) 
Treliça 
Sugerida 
Laje Maciça 1,00 0,83 1,67 --- 
Laje Nerv. Cuba Plástica 1,00 0,67 1,67 --- 
Laje Nerv. Treliçada 0,00 0,44 0,87 TR18 745 
 
 
 
Tabela 4 – Comparativo de deformações 
Sistema Construtivo Flecha Diferida do Tempo (cm) 
Limite de 
Flecha (cm) 
Contra-flecha 
Necessária (cm) 
Limite de Contra-
flecha (cm) OBS 
Laje Maciça 2,35 2,40 0,00 1,71 Ok 
Laje Nerv. Cuba Plástica 2,40 2,40 0,00 1,71 Ok 
Laje Nerv. Treliçada 3,05 2,40 0,65 1,71 Ok 
 
 
 
Tabela 5 – Valores dos materiais cotados em julho de 2009 na região de Campinas - SP 
Insumo Valor Unidade 
Concreto C25 200,00 R$/m³ 
Vergalhão 3,47 R$/kg 
Treliça 3,92 R$/kg 
Tela 4,44 R$/kg 
Fôrma (reaproveitada 3 vezes) 3,25 R$/m²/3 
Aluguel Escora Metálica (15 dias) 9,00 R$/unidade/ciclo 
Aluguel Viga Metálica (15 dias) 6,00 R$/m/ciclo 
EPS 120,00 R$/m³ 
Aluguel Cuba Plástica (15 dias) 3,90 R$/unidade/ciclo 
 
 
 
Teoria e Prática na Engenharia Civil, n.15, p.19-28, Abril, 2010 
 
28 
Tabela 6 – Valores de consumo de mão-de-obra convencionados para a análise 
Mão-de-Obra 
Servente Pedreiro Carpinteiro Armador Insumos 
(h) Unidade (R$/h) (h) Unidade (R$/h) (h) Unidade (R$/h) (h) Unidade (R$/h)
Concreto 
C25 0,60 h/m³ 7,03 0,60 h/m³ 8,76 --- --- --- --- --- --- 
Vergalhão 0,08 h/kg 7,03 --- --- --- --- --- --- 0,08 h/kg 8,76 
Treliça --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 
Tela 0,04 h/kg 7,03 --- --- --- --- --- --- 0,04 h/kg 8,76 
Fôrma 0,16 h/m² 7,03 --- --- --- 0,16 h/m² 8,76 --- --- --- 
Escora 
Metálica 0,08 h/unid. 7,03 --- --- --- 0,08 h/unid. 8,76 --- --- --- 
Viga 
Metálica 0,08 h/m 7,03 ------ --- 0,08 h/m 8,76 --- --- --- 
EPS 0,35 h/m³ 7,03 0,35 h/m³ 8,76 --- --- --- --- --- --- 
Cuba 
Plástica 0,17 h/unid. 7,03 0,17 h/unid. 8,76 --- --- --- --- --- ---

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