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Revisão - Prova Habilidades Bloco ll Bases da Anamnese Anamnese – trazer à memória – Estabelece condições para um adequada relação médico-paciente; conhece os determinantes epidemiológicos do paciente; faz a história clínica; avalia os sintomas de cada sistema corporal; registra e desenvolve práticas de promoção da saúde; conhece hábitos de vida. A anamnese pode ser conduzia de duas maneiras: O médico pode permitir que o paciente relate livre e espontaneamente suas queixas, sem nenhuma interferência – psicanalistas enfatizam que essa técnica permite a não-inibição e a não-coação do paciente; A outra técnica é a dirigida, a qual o médico, com um modelo pré-estabelecido, conduz a entrevista. Identificação – Data, Nome (vínculo, não referir-se como “leito 5”), Idade (patologias específicas de cada faixa etária), Sexo/gênero (diferenças fisiológicas), Cor/Etnia, Estado Civil, Profissão, Local de Trabalho, Naturalidade, Procedência (residência anterior), Residência (atual), Nome da Mãe, Religião (especificidades religiosas), Plano de Saúde (encaminhamento para exames complementares) 14 itens Queixa Principal (QP) – motivo pelo qual o paciente procurou ajuda médica, i. e., o SINTOMA e a DURAÇÃO – esse item será o norteador da anamnese - REPETIR PALAVRAS UTILIZADAS PELO PACIENTE – não aceitar pré-diagnósticos trazidos pelo paciente – caso cite mais de um sintoma, perguntar qual mais o incomoda e anotá-lo – “Qual o motivo da consulta?” “Por que o(a) senhor(a) me procurou?” História da doença Atual (HDA) – registro cronológico e detalhado do motivo pelo qual o paciente procurou ajuda – utilizar termos médicos Sintoma-guia – pode ser o estabelecido na QP ou aquele que o paciente relata como mais duradouro – perguntar o Início do Sintoma Data do início, Início súbito ou gradativo, Fator desencadeante; Características do sintoma Localização, Intensidade, Tipo da dor, Frequência, Características próprias de cada sintoma; Fatores de melhora ou piora Fatores ambientais, Posição, Horário do dia, Medicamentos Relação com outras queixas Sintomas associados à QP ou ao sistema em questão, também destrinchá-los; Evolução do sintoma Comportamento do sintoma desde o início até a consulta, Dor aumentou ou diminuiu, Dor mudou de lugar Situação Atual Registrar a dor no exato momento da anamnese, Interrogatório Sintomatológico (IS) – análise minuciosa de todos os sistemas, podendo revelar sintomas os quais o paciente não deu importância na HDA; Sintomas Gerais Febre, Astenia, Alterações do Peso, Sudorese, Edema, Anasarca, Cefaleia, Calafrios, Cãibras; Pele e fâneros Alterações na cor, textura, umidade, temperatura, sensibilidade da pele, Alterações como queda de cabelo, fios frágeis, unhas fracas, pelos faciais; Cabeça e Pescoço Dores no crânio face e pescoço, Alterações do pescoço, Dor ocular, Cefaleia, Sensação corpo estranho nos olhos, Prurido ocular, Queimação ou ardência ocular, Lacrimejamento, Xantopsia, Iantopsia e Cloropsia, Diminuição da visão, Diplopia, Fotofobia, Nistagmo, Escotomas, Secreção ocular, Vermelhidão ocular, alucinações visuais; Ouvidos: Dor, otorreia, otorragia, acuidade auditiva, zumbidos, vertigem e tontura; Nariz: prurido, dor, espirros, rinorreia, corrimento nasal, epistaxe, dispneia, hiposia, hiperosmia, cacosmia, anosmia, parosmia, rinolalia; Faringe: dor de garganta, dispneia, disfagia, tosse, halitose, pigarro, ronco; Laringe: dor, dispneia, disfonia, afonia, tosse, disfagia alta, pigarro; Tireoide: dor, nodulação, bócio, rouquidão; Vasos e linfonodos: dor, adneomegalias, pulsação forte, turgência jugular; Tórax – Parede torácica: dor, alteração na forma do tórax, dispneia; Mamas: dor mamária, nódulos mamários, galactorreia, galactorralgia; Traqueia, brônquios, bronquíolos: dor, tosse, expectoração, hemoptise, vômica, dispneia, chieira, cornagem, estridor, tiragem; Diafragma e mediastino: dor, soluço, dispneia; Coração e grandes vasos: dor, palpitações, dispneia, intolerância a esforços, tosse e expectoração, chieira, hemoptise, desmaio e síncope, insônia, cianose, edema, astenia, posição de cócoras; Esôfago: Disfragia, odinofagia, dor, pirose, eructação, regurgitação, hematêmese, sialose; Abdome – Parede abdominal: dor, crescimento do abdome, hérnias, tumorações; Estômago: Dor, náuseas e vômito, dispepsia, pirose; Intestino Delgado: diarreia, esteatorreia, dor, flatulência, melena (sangue em borra de café), enterorragia (sangue vivo); Fígado e vias biliares: dor, icterícia, cor da urina; Pâncreas: Dor, icterícia, diarreia, esteatorreia, náuseas e vômitos Sistema Geniturinário – Rins e vias urinárias: dor, incontinência, oligúria, anúria, poliúria, disúria, noctúria, polaciúria, hematúria, hemoglobinúria, mau cheiro, dor lombar, edema, febre; Genitais Masculinos: lesões penianas, nódulos testiculares, distúrbios miccionais, dor, priapismo, hemospermia, corrimento uretral, disfunções sexuais; Genitais Femininos: ciclo menstrual, polimenorreia, oligomenorreia, amenorreia, hipermenorreia, hipomenorreia, menorragia, dismenorreia, TPM, corrimento, prurido, disfunção sexual, menopausa e climatério; Sistema Hemolinfopoiético – astenia, petéquias, equimoses, hematomas, gengivorragia, hematúria, hemorragia digestiva, adenomegalias, febre, esplenomegalia, hepatomegalia, icterícia Sistema Endócrino – Hipotálamo e Hipófise: nanismo, gigantimo, acromegalia, puberdade; Tireoide: dor, nódulo, bócio, rouquidão, hipersensibilidade ao calor, sudorese excessiva, perda de peso excessiva, taquicardia, exoftalmia, irritabilidade, insônia, hipersensibilidade ao frio, diminuição da sudorese, apatia, sonolência, unhas quebradiças, pele seca, rouquidão, macroglossia, bradicardia; Suprarrenais: aumento de peso, fáscie de lua cheia, poliúria, irregularidade menstrual, infertilidade, hipertensão arterial, anorexia, astenia, hipotensão arterial; Gônadas. Coluna vertebral, Ossos, Articulações e extremidades – Coluna vertebral: dor, caroços, arqueamento, rosário raquítico; Articulações: dor, sinais inflamatórios, crepitação articular; Bursas e Tendões: dor, limitação de movimento; Músculos: fraqueza muscular, atrofia, dor, cãibras, espasmos musculares (miotomia); Artérias, Veias, Linfáticos e Microcirculação – Artérias: dor, palidez, cianose, rubor, edema; Veias: dor, edema, hiperpigmentação, celulite, eczema, ulceras; Linfáticos: dor, edema; Microcirculação: alterações da coloração e temperatura da pele, alterações de sensibilidade; Sistema Nervoso – Obnubilação, coma, dor de cabeça e na face, tontura e vertigem, convulsões, perda de consciência, automatismos, amnésia, distúrbios visuais, distúrbios auditivos, distúrbios da marcha, distúrbios esfincterianos, distúrbios do sono; Exame Psíquico e avaliação das condições emocionais – alterações na consciência, nível de atenção, orientação, pensamento, memória, inteligência, sensopercepção, psicomotricidade, afetividade, comportamento; Antecedentes Pessoais e Familiares – não é sistematizada como o IS Antecedentes Pessoais – Dividido em FISIOLÓGICO E PATOLÓGICO Fisiológico – Gestação e Nascimento: como decorreu a gravidez, doenças contraídas durante a gestação, condições de parto, ordem do nascimento, número de irmãos, uso de medicamentos na gravidez; Desenvolvimento Psicomotor e neural: dentição, engatinhar, andar, fala, desenvolvimento físico, controle dos esfíncteres, desenvolvimento escolar; Desenvolvimento Sexual: puberdade, menarca, sexarca, menopausa, orientação sexual; Patológico – doenças da infância, da vida adulta, alergias, cirurgias e intervenções, traumatismos, transfusões sanguíneas, história obstétrica, vacinas, medicamentos em uso Antecedentes Familiares – Estado de saúde dos pais e irmãos, enfermidades presentes na família e o seu grau de parentesco Hábitos e Estilo de vida – Alimentação: análise quantitativa e qualitativa, ingestão de fibras, teor de gorduras, teor de carboidratos, ingestão de líquidos, alimentação vegetariana; Ocupação Atual e Anteriores: retomar o registro da profissão e a aprofundar nanatureza do trabalho; Atividades Físicas: sedentário, atividade física moderada, atividade física intensa e constante e atividade física ocasional; Hábitos: consumo de tabaco (tipo, frequência, quantidade), bebidas alcoólicas (tipo, frequência, quantidade), drogas ilícitas, anabolizantes e anfetaminas; Condições Socioeconômicas e Culturais – Habitação, Condições socioeconômicas, Condições culturais, Vida conjugal Semiologia das Técnicas Básicas do Exame Físico Durante o exame, manter conversa com o paciente para deixa-lo mais agradável; Informá-lo acerca dos exames a serem feitos; Orientá-lo sobre alterações necessárias para a execução do exame (aumentar a profundidade da respiração, prender a respiração...) Ambiente adequado para o exame físico: sala tranquila, confortável, que forneça privacidade, temperatura agradável, possua macas para exame; Instrumentos necessários para o exame físico: Termômetro, Balança, Otoscopio, Rinoscópio, Oftalmoscópio, Anuscópio, Fita Métrica, Esfigmomanômetro, Lanterna, Estetoscópio, Luvas descartáveis, Abaixador de Língua, Glicosímetro Capilar, Lupa, Martelo de Reflexos, Diapasão, Espéculo Vaginal; Para o exame físico, é necessário o uso preciso do olfato, visão, tato e audição. Prescinde das habilidades em: INSPEÇÃO, PALPAÇÃO, PERCUSSÃO E AUSCULTA. Inspeção – feita a partir da utilização da visão, analisa-se a superfície corporal e as partes mais acessíveis – a posição do paciente varia de acordo com o estado dele, havendo uma adaptação para a posição mais confortável – geralmente paciente posiciona-se na beira do leito, cabendo ao médico a movimentação necessária; Inspeção Geral – iniciada no momento em que o paciente entra no consultório – analisa-se a marcha, fáscies; Inspeção Direcionada – pode ser feita a olho nu ou com o auxílio de lupas – exige boa iluminação (natural ou luz branca), na inspeção de cavidades utiliza-se o foco luminoso; essa inspeção deve ser feita por partes, desnudando-se somente a parte examinada; Frente a frente: inspeção frontal; Tangencialmente: busca por movimentos mínimos não perceptíveis na inspeção frontal, tais como pulsações, ondulações, abaulamentos e depressões; Palpação – feita a partir do uso do tato e da pressão, que fornecem, respectivamente, informações nos aspectos superficiais e profundos – geralmente analisa dados observados na inspeção – observa-se modificações em: textura, temperatura, umidade, espessura, consistência, sensibilidade, volume, dureza, elasticidade, crepitação, vibração, pulsação, edema, entre outros – a posição deve ser adaptada de acordo com as condições do paciente, sendo, em condições normais, adotada a posição do decúbito dorsal; Palpação com a mão espalmada – usa toda a palma de uma ou ambas as mãos Palpação com uma das mãos superpondo-se à outra Palpação com a mão espalmada usando as polpas digitais e a parte ventral dos dedos Palpação com a borda da mão Palpação com o polegar e o indicador em forma de “pinça” Palpação com o dorso dos dedos ou das mãos Digitopressão – polpa do polegar ou indicador em busca de edemas, análise da capilaridade Puntipressão – avaliar a sensibilidade Vitropressão – diferenciar eritema de púpura/petéquia Fricção com Algodão – algodão úmido para anpalise de sensibilidade térmica Pesquisa de Flutuação – dedo indicador de um lado da tumefação, enquanto o da outra mão exerce compressões no lado oposto, podendo elevar (flutuar) o dedo no outro lado Palpação Bimanual – exame glândulas salivares, ginecológico Percussão – baseia-se no princípio de que, ao se golpear um ponto qualquer, originam-se vibrações de características próprias quanto a intensidade e ao timbre Percussão Direta – golpeia-se diretamente a região alvo com as pontas dos dedos que estão fletidos – os golpes são feitos a partir da articulação do punho – deve-se aplicar golpes secos e rápidos, levantando o dedo da região logo após o golpe – utilizada nas regiões sinusais do adulto e no tórax da lactente Percussão Ditodigital – borda ungueal do dedo médio ou indicador golpeia a segunda falange do dedo médio da outra mão duas vezes seguidas – o dedo que golpeia chama-se PLEXOR e o dedo golpeado chama-se PLEXÍMETRO (único dedo em contato direto com o corpo) – assim como a percussão direta, a digitodigital é feita com a articulação do punho, permanecendo o cotovelo em 90° Som maciço – obtido percutindo-se bloco de madeira – fígado, coração, baço – regiões desprovidas de ar Som submaciço – variação do som maciço – existência de ar em quantidade restrita Som Pulmonar – obtido percutindo-se um livro grosso – tórax Som Timpânico – obtido percutindo-se caixa vazia – abdome, intestino – regiões que possuam ar e sejam recobertas por uma membrana flexível Punho-percussão – com a mão fechada, golpeia-se com a borda cubital a região desejada – utilizada para identificar dor na região lombar (causas renais) Percussão com a borda da mão – dedos estendidos e unidos, golpeando-se a região com a borda ulnar – utilizada para identificar dor na região lombar (causas renais) Percussão por piparote – com uma das mãos o examinador golpeia o abdome com piparotes, enquanto a outra, localizada da extremidade oposta, procura captar ondas líquidas – utilizada na pesquisa por ascite Ausculta – feita com o auxílio do estetoscópio clássico, máster, digital, com amplificador, eletrônico e pediátrico – necessário um ambiente silencioso; posição do paciente adequada à ausculta; instruções, quando necessárias, para o paciente; aplicação do receptor de forma correta, permitindo uma vedação de ruídos externos Partes do Estetoscópio – Olivas auriculares: pequenas peças cônicas que permitem a vedação do pavilhão auditivo; Armação metálica: provida de uma mola, faz a comunicação entre as peças auriculares e o sistema flexível de borracha; Tubos de borracha: conduzem o som, quanto menor o comprimento e maior o diâmetro, melhor; Receptores: pode ser campânula (tem uma superfície côncava, ideal para sons de baixa frequência – sopros, bulhas cardíacas anormais) ou diafragma (contém uma membrana semirrígida ideal para ruídos de alta frequência – ruídos respiratórios, intestinais, sopros, bulhas cardíacas); Olfato como instrumento do exame físico – pode fornecer indícios diagnósticos – alguns odores são característicos de patologias específicas (hálito, odor corporal) Sinais Vitais São eles: TEMPERATURA, FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA, FREQUÊNCIA CARDÍACA, PRESSÃO ARTERIAL Temperatura – Axilar mede em torno de 35,5°C a 37°C, demora de 5 a 10 minutos para aferição, são as menos precisas; Oral: demora de 4 a 5 minutos, mede em torno de 36°C a 37,4°C; Retal: 3 minutos, 36°C a 37,5° / A temperatura tem o HIPOTÁLAMO como o seu centro regulador, sendo a PIREXIA (febre) um mecanismo de ajuste hipotalâmico que desencadeia o aumento da frequência cardíaca e respiratória. Já a hipertermia e a hipotermia não são desencadeadas pelo hipotálamo – Idade, Exercício Físico, Estresse, Níveis hormonais de progesterona são alguns dos fatores que interferem na temperatura Frequência Respiratória – observar frequência das incursões, profundidade, o ritmo e o esforço no período de 1 minuto – geralmente, adultos apresentam de 12 a 20 incursões por minuto e recém-nascidos de 30 a 40 incursões/min – Eupneia: de 16 a 20 incursões/min; Taquipneia: mais de 20 incursões/min; Bradipneia: menos de 16 incursões/min; Hiperpneia: respiração rápida e profunda; Dispneia: respiração irregular; Apneia: sem respiração; Ortopneia: respirar em posição ortostática; Frequência Cardíaca – analisada a partir dos pontos de pulso arterial, principalmente o radial – apalpar com as polpas dos dedos indicador e médio. Pulsos: Temporal, Carotídeo, Radial, Ulnar, Braquial, Cubital, Femoral, Poplíteo, Tibial Posterior, Pedioso Valores de referência – Adultos 60 a 80 BPM, Crianças abaixo de 7 anos 80 a 120 BPM, Bebês 110 a 130 BPM / Bradicardia: frequência inferior a60 BPM; Taquicardia: frequência superior a 80 BPM; Características dos pulsos – Frequência: número de pulsações por minuto; Amplitude ou Magnitude: é a intensidade com que o sangue bate nas paredes das artérias – amplo, mediano ou pequeno – Tensão ou Dureza: avaliada pela compressão progressiva – pulso duro ou mole – Tipos de ondas: pulso martelo d’agua (aparece e some rápido), anacrótico, dicrótico (dupla onda na pulsação, sendo a primeira mais intensa), bisferiens (duas ondulações fortes), alternante (onda ampla seguida de fraca), filiforme (pequena amplitude e mole); Ritmo: sequência de pulsações – se for igual, ritmo regular; Estado da Parede Arterial: geralmente não apresenta tortuosidades e é facilmente depressível Pressão Arterial – Força exercida pelo sangue nas paredes das artérias, tendo como objetivo a boa perfusão dos tecidos para permitir as trocas metabólicas – Deve ser medida em todas as idades – PA = DC X RPT débito cardíaco indica a pressão sistólica e a Resistência periférica indica a pressão diastólica Fatores determinantes da Pressão Arterial Débito cardíaco: Frequência Cardíaca (BPM) x Volume Sistólico (L), i. e., o débito cardíaco indica volume de sangue bombeado por minuto – em repouso, o DC geralmente atinge 5 Litros/min, em atividade pode atingir 30 Litros/min – portanto, quanto maior o DC, maior a PA ( PA = DC x RPT ); Resistência Periférica: representada pela contratilidade da rede arteriolar, regulando a pressão diastólica; Elasticidade da Parede dos Grandes Vasos: tem relação com a pressão sistólica, uma vez que a elasticidade é responsável por dissipar a energia cinética contida inicialmente no sangue; Volemia: o volume de sangue contido interfere tanto na sistólica como na diastólica de forma DIRETAMENTE PROPORCIONAL; Viscosidade Sanguínea: diminuição da viscosidade ~ diminuição da PA; Esfigmomanômetro – é formado por um manguito que possui uma câmara inflável comunicando-se com um pêra com uma válvula interligada a um manômetro – deve atentar-se ao tamanho do braço e do manguito, sendo este último 20% maior que o primeiro Aferição – o paciente precisa estar em repouso por 3 minutos, em um local tranquilo; posição sentada sem cruzamento de pernas; deitado ou em pé, sempre mantendo a artéria braquial ao nível do coração e a mão em supinação; pode ser feita em diferentes momentos da consulta Método palpatório – Colocar o manguito 2cm acima da fossa cubital; Palpar o pulso radial; Inflar o manguito até o desaparecimento do pulso; Ao desaparecer, acrescentar 30mmHg ao valor obtido no início; Soltar o ar lentamente – 2 a 3 mmHg/min; Quando o pulso reaparecer, tem-se a PRESSÃO SISTÓLICA Método Auscultatório – Colocar o receptor do estetoscópio sobre a artéria braquial; Inflar o manguito PS + 30mmHg; soltar o ar com constância de 2 a 3mmHg; Observar as Fases de Korotkoff Fase l – Aparecimento de Sons – o primeiro som é forte e claro como uma pancada – Determinação da PRESSÃO SISTÓLICA Hiato Auscultatório – Desaparecimento dos sons entre a fase l e a fase ll – evita-se com o método palpatório Fase ll – Batimentos com murmúrio – Com a dilatação da artéria antes pressionada, a contracorrente sanguínea reverbera e cria murmúrios Fase lll – Murmúrio desaparece – Batimentos mais audíveis e acentuados Fase lV – Abafamento dos Sons – batimentos acentuam-se e tornam-se abafados – PRESSÃO DIASTÓLICA EM CRIANÇAS Fase V – Desaparecimento dos Sons – reestabelecimento do calibre arterial, não causando ruídos na parede – PRESSÃO DIASTÓLICA Valores de Referência – 120mmHg x 80mmHg (ótima); 130mmHg x 85mmHg (normal); 140mmHg x 88mmHg (Hipertensão 1) Exame Físico Geral Dividido em Somatoscopia e Exame dos diferentes sistemas Sequência do exame: Avaliação do estado geral Avaliação do nível de consciência Avaliação da fala e da linguagem Avaliação do estado de hidratação Altura e medidas antropométricas Peso Avaliação do estado de nutrição Desenvolvimento físico Fácies Atitude e decúbito preferido no leito Pele, mucosas e fâneros Tecido subcutâneo adiposo Musculatura Movimentos Involuntários Enfisema Subcutâneo Exame dos Linfonodos Veias Superficiais Circulação Colateral Edema Temperatura Corporal Postura ou atitude na posição em pé Biotipo ou tipo morfológico Marcha Estado Geral – avaliação subjetiva dos dados que o paciente aparenta – utiliza-se: Estado Geral Bom, Estado Geral Regular, Estado Geral Ruim – contribui para compreender até que ponto a enfermidade está afetando o paciente Nível de Consciência – avaliação entre estado de vigília e coma grau lV Perceptividade: capacidade de responder perguntas simples, atender comandos simples “como vai?” “sente-se; Reatividade: reagir a estímulos externos inespecíficos e a dor (olhar para um local após ouvir barulho); Deglutição: levar alimentos a boca e degluti-los; Reflexos: resposta a reflexos Graus de Coma Coma Leve – Grau l – comprometimento leve da consciência – atende a ordens simples, responde perguntas pessoais, reage bem ao estímulo doloroso, deglutição normal; Coma de Grau Médio – Grau ll – perda da consciência quase total – perceptividade bastante reduzida – responde aos estímulos dolorosos, deglutição com dificuldade, reflexos preservados; Coma Profundo – Grau lll – perda total da consciência – não responde a solicitações externas, perceptividade igual a zero, não deglute água, irresponsivo a estímulos dolorosos, sem reflexos Coma depassé – Grau lV – comprometimento das funções vitais – parada respiratória, silêncio elétrico cerebral Fala e Linguagem – Disfonia ou Afonia – alteração no timbre da voz causada por algum problema no órgão fonador Dislalia – alterações menores na fala – disritmolalia, dislalia, taquilalia Disartria – decorre de alterações nos músculos da fonação, incoordenação da cerebral (voz arrastada), hipertonia no parkinsonismo (voz baixa, monótona e lenta) ou perda do controle piramidal (paralisia pseudobulbar) Disfasia – músculos e aparelho fonador estão em perfeitas condições – alterações corticais – o paciente não entende o que se diz a ele, entende mas não consegue se expressar Estado de Hidratação – avalia-se: Alterações abruptas do peso, alterações na pele quanto a umidade, elasticidade e turgor; Alterações das mucosas; Fontanelas; Alterações Oculares Desidratação Leve – paciente alerta, olhos normais ou pouco fundos, boca normal ou ligeiramente seca, sinal da prega ausente na pele, urina normal, perda de peso de até 5%; Desidratação Moderada – paciente irritado, olhos fundos, boca seca com saliva espessa, sinal da prega discreto na pele, urina diminuída, perda de 5 a 10% do peso; Desidratação Grave- paciente prostrado, olhos muito fundos, boca muito seca e sem saliva, sinal da prega evidente, anúria, perda acima de 10% do peso; Altura e Medidas Antropométricas – determinada com a ajuda de uma haste milimetrada – em crianças até 4 anos, mede-se em decúbito – os idosos apresentam uma diminuição no tamanho Envergadura – distância entre os extremos dos membros superiores abertos – normalmente equivale à altura vértice-plantar Pubovértice – distância entre a sínfise púbica e o ponto mais alto da cabeça Puboplantar – distância entre a sínfise púbica e a planta dos pés Peso – medido com o auxílio de uma balança – compara-se aos valores normais para a idade e a altura Peso Ideal – se aproxima do número de centímetros que excede um metro de altura no sexo feminino, subtrai-se 5% do valor Magreza – paciente abaixo do epso ideal Caquexia – estado de extrema magreza com comprometimento do estado geral Peso Máximo Corporal – peso ideal + 5% ou 10% Peso Mínimo Corporal – peso ideal – 5% ou 10% IMC – índice de massa corpórea – leva em conta sexo, peso, altura – IMC = peso (kg) / altura² (m) – não leva em consideração a massa muscular Baixo peso: <19,99 kg/m²; Normal: 20 a 24,99 kg/m²; Sobrepeso: 25 a 29,99 kg/m²; Obesidade: 30 a 29,99 kg/m²; Obesidade Mórbida: acima de 40 kg/m² Circunferência Abdominal – medida importante pararisco de doenças mesmo com peso corporal normal – medida acima da crista ilíaca Valores de Referência – Homens até 102cm e Mulheres até 88cm Relação Cintura-Quadril (RCQ) – mede-se a circunferência da cintura em um ponto médio entre o fim dos arcos costais e a cicatriz umbilical e mede-se a do quadril no nível das espinhas ilíacas anteriores Valores de Referência – RCQ Mulheres < 0,8 e RCQ Homens < 0,9 Avaliação do Estado de Nutrição – avalia-se se o peso, musculatura, panículo adiposo, desenvolvimento físico, estado geral, pele, pelos e olhos estão normais Desenvolvimento Físico – comparação entre a altura e os valores de referência – Desenvolvimento Normal, Hiperdesenvolvimento, Hipodesenvolvimento, Hábito Grácil, Infantilismo Fácies – conjunto de dados exibidos na face do paciente Fácie Normal – comporta muitas variações, procurar por sinais de tristeza, ansiedade, medo... Fácie Hipocrática – olhos fundos, parados e inexpressivos, nariz afilado, palidez, cianose labial, batimento das asas do nariz Fácie Renal – edema ao redor dos olhos, palidez cutânea Fácie Leonina – pele espessa, supercílios caídos, nariz alargado, lábios grossos e proeminentes Fácie Adenoidiana – nariz pequeno e afilado, boca sempre aberta Fácie Parkinsoniana – cabeça inclinada pra frente, olhar fixo, expressão de espanto, Fácie Basedowiana – exoftalmia, aspecto de espanto, presença de bócio Fácie Mixedermatosa – rosto arredondado, nariz e lábios grossos, pele seca, espessad, desânimo e apatia Fácie Acromegálica – saliência das arcadas supraorbitárias, proeminência das maças do rosto, desenvolvimento da mandíbula Fácie Cushingoide ou de Lua Cheia – rosto arredondado, acne, atenuação dos traços faciais Fácie Mongoloide – fenda palpebral, rosto redondo, boca quase sempre entreaberta, olhos oblíquos Fácie de Depressão – observar a expressividade do rosto, olhos fixos Fácie Pseudobulbar – súbitas crises de riso ou choro, aspecto espasmódico Fácie da Paralisia Facial Periférica – assimetria na face Fácie Miastênica ou de Hutchinson – ptose palpebral bilateral Fácie do Deficiente Mental – boca constantemente aberta, hipertelorismo (olhos afastados), estrabismo Fácie Etílica – olhos avermelhados, ruborização da face, hálito etílico, voz vagarosa Fácie Esclerodérmica – quase completa imobilidade facial Atitude e Decúbito Preferido no Leito – posição adotada pelo paciente por comodidade, hábito ou com o objetivo de conseguir alívio para algum padecimento Atitudes Voluntárias – paciente adota por sua própria vontade – Ortopneica (alivia a falta de ar), Genitupeitoral (de bunda pra lua, facilita o enchimento do coração nos casos de derrame pericárdico), Cócoras (cardiopatia congênita, alivia a hipóxia), Parkinson (semiflexão da cabeça, do tronco e dos membros superiores), Decúbito Lateral (dor de origem pleurítica – deita-se sobre o lado da dor), Decúbito Dorsal, Decúbito Ventral (portadores de cólica) Atitude Involuntárias- independem da vontade do paciente – Ortótono (tronco e membros rígidos), Opistótono (contratura da lombar, bucho pra frente), Emprostótono (concavidade para frente), Pleurostótono (corpo curvado lateralmente – tétano), Gatilho (hiperetensão da cabeça, corpo com concavidade para frente) Musculatura – palpação para identificar tonicidade, e troficidade – pode ser hipetrófica, hipotrófica, normal, hipertonicidade, hipotonicidade Movimentos Involuntários – tremores (observado com a colocação de uma folha para analisar o grau), coreicos, atetósicos (movimentos em tentáculo de polvo – lentos), hemibalismo (abruptos, amplos, violentos), mioclonia (contrações musculares breves), mioquinia (contrações fibrilares orbicular da pálpebra, quadríceps), Asterix, Tiques, Convulsões, Tetania Circulação Colateral – presença de circuito venoso anormal visível ao exame de pele – indica dificuldade do fluxo venoso Edema – excesso de líquido acumulado no espaço intersticial Temperatura Corporal – Axilar: 35,5 a 37°C; Bucal 36 a 37,4°C, Retal: 36 a 37,5°C 0,5°C maior que a axilar Biotipo Longilíneo – pescoço longo e delgado, tórax afilado e chato, membros alongados, musculatura delgada, panículo adiposo pouco desenvolvido, tendência para estatura elevada Mediolíneo – equilíbrio entre os membros e o corpo, desenvolvimento harmônico da musculatura e do panículo adiposo Brevilíneo – pescoço curto e grosso, tórax alargado e volumoso, membros curtos em relação ao tronco, musculatura e panículo adiposo bem desenvolvidos, tendência para baixa estatura Linfonodos - Consistência: dura, mole ou flutuação; Coalescência: presente ou não; Limites (tamanho); Mobilidade; Sensibilidade dolorosa
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