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Empresarial I – AV2 Fontes do Direito Empresarial - Primária: leis empresariais. Direito positivo. - Secundária: usos e costumes, analogia, jurisprudência. Empresário: Quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços conforme previsto no artigo 966, CC. - Requisitos: estar em pleno gozo da capacidade civil e não ser legalmente impedido. O legalmente impedido, exercendo a atividade responderá pelas obrigações contraídas. O incapaz poderá CONTINUAR a empresa por meio de representante ou devidamente assistido (artigo 974), não podendo assumir função administradora de uma sociedade. Empresa: É o local onde o empresário exerce suas atividades. Empresário Individual: É aquele que exerce em nome próprio uma atividade empresarial. O patrimônio da pessoa natural e o do empresário individual são os mesmos, logo, ele responde de forma ilimitada pelas dívidas. Responde com o patrimônio pessoal. Nome Empresarial: Considera-se nome empresarial a firma ou denominação adotada para o exercício de empresa. Artigo 1.155 do CC. - Deve distinguir-se de qualquer outro já inscrito no mesmo registro. Sendo idêntico, deverá acrescentar designação que o distinga. - Não pode ser objeto de alienação - O nome do sócio que vier a falecer, for excluído ou se retirar, não pode ser conservado na firma social. - A inscrição no registro próprio, assegura o uso exclusivo do nome nos limites do respectivo Estado. - Sua inscrição será cancelada, a requerimento de qualquer interessado, quando cessar o exercício da atividade para que foi adotado, ou quando ultimar-se a liquidação da sociedade que o inscreveu. Firma -> Tem que constar no mínimo um nome civil. Os nomes civis podem ser por extenso ou abreviado e havendo mais de um, se algum deles for omitido, deverá ser usada a expressão "& Cia" ou "e companhia" ao final da firma Quem adota só firma: - empresário individual. Ex: Caetano Veloso; C. Veloso; C. Veloso Produções; etc. - sociedade em nome coletivo. Ex: Jair Melo & Tom Braz; Jair Melo & Cia; J. Melo & Cia Veículos; etc. - sociedade em comandita simples. Ex: João Rui, Tim Maia, Lia Silva & Cia; Rui, Maia & Silva Chocolates; etc.(aqui sempre vai haver a expressão " & Cia", para fazer referência aos sócios comanditários, uma vez que estes não figuram na firma, pois não possuem responsabilidade ilimitada. Denominação -> Tem que constar o objeto da empresa, ou seja, o ramo de atividade desenvolvida. Quem adota só denominação: - sociedade anônima. Em primeiro lugar é preciso frisar que vai ter que aparecer na denominação o tipo societário, ou seja, "Sociedade Anônima", "S.A." ou "S/A" no início, no meio ou no final da denominação, ou a expressão "companhia" ou "Cia" no início ou no meio da denominação. Ex: S/A Maremoto Eventos; Maremoto S.A. Eventos; Maremoto Enventos S.A.; Corcovado Produções Sociedade Anônima; Companhia de Shows Corcovado; Corcovado Cia. de Shows; etc. Quem pode adotar firma ou denominação: - sociedade limitada. Nesse caso, independentemente do nome que adotar, também se faz necessária a discriminação do tipo societário por meio da expressão "limitada" ou "Ltda.". Ex: Tom Jobim & Cia. Ltda.; Jobim & Veloso Limitada; T. Jobim & Cia. Produções Ltda.; Maremoto Produções Ltda.; etc. - sociedade em comandita por ações. É obrigatória a identificação do tipo societário pela locução "comandita por ações" ou "C.A." no início ou no fim do nome. Os exemplos podem ser idem aos de cima, mas onde lê-se Ltda., leia-se C.A. Proteção do nome empresarial: A partir do registro. - Sociedade Empresária: Na Junta Comercial ou no Cartório de Registro da Pessoa Jurídica. - Sociedade Simples: Registro Civil de Pessoas Jurídicas Sociedade em conta de participação: Está proibida de adotar nome empresarial que denuncie sua existência. Não pode ter firma ou denominação. - Não é personificado! - Ela é formada para desenvolver uma atividade por um curto tempo. Ex: venda de bebidas em uma determinada festa - O sócio ostensivo é o único que se obriga para com terceiro. Podendo ser processado. O sócio ostensivo tem que provar que tem um instrumento, um ato constitutivo. - Os outros sócios ficam unicamente obrigados para com o mesmo sócio por todos os resultados das transações e obrigações sociais empreendidas nos termos precisos do contrato. - A constituição da Sociedade em Conta de Participações (SCP) não está sujeita às formalidades legais prescritas para as demais sociedades, não sendo necessário o registro de seu contrato social na Junta Comercial. - Após, cumprido o objetivo, a sociedade se desfaz. Sociedade entre marido e mulher (artigo 977) Pode ocorrer desde que não tenham casado no regime da comunhão universal de bens, ou na separação obrigatória. Atos Constitutivos: - CONTRATO SOCIAL – Agente capaz, objeto lícito e forma prescrita ou não Defesa em Lei. Elementos: Pluralidade de Sócios Participação nos Resultados Affectio Societatis Capital Social Conforme previsto no artigo 967 do CC, é obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade. Estabelecimento - É o “todo” da empresa (marca, cliente, localização, maquinário, etc) - Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária. (artigo 1.142 CC) - Se ao alienante não restarem bens suficientes para solver o seu passivo, a eficácia da alienação do estabelecimento depende do pagamento de todos os credores, ou do consentimento destes, de modo expresso ou tácito, em trinta dias a partir de sua notificação. (artigo 1.145 CC) Cláusulas Essenciais do Contrato – artigo 997, CC - A sociedade constitui-se mediante contrato escrito, particular ou público, que, além de cláusulas estipuladas pelas partes, mencionará: I - nome, nacionalidade, estado civil, profissão e residência dos sócios, se pessoas naturais, e a firma ou a denominação, nacionalidade e sede dos sócios, se jurídicas; II - denominação, objeto, sede e prazo da sociedade; III - capital da sociedade, expresso em moeda corrente, podendo compreender qualquer espécie de bens, suscetíveis de avaliação pecuniária; IV - a quota de cada sócio no capital social, e o modo de realizá-la; V - as prestações a que se obriga o sócio, cuja contribuição consista em serviços; VI - as pessoas naturais incumbidas da administração da sociedade, e seus poderes e atribuições; VII - a participação de cada sócio nos lucros e nas perdas; VIII - se os sócios respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais. Processo de Administração da Sociedade (artigo 1.013, CC) - A adm compete a cada um dos sócios - Pode designar sócio adm, pessoa que mão faz parte da sociedade - Responde por perdas e danos perante a sociedade o administrador que realizar operações, sabendo ou devendo saber que estava agindo em desacordo com a maioria. Transformação da Sociedade - A transformação é a operação pela qual a sociedade passa independentemente de dissolução e liquidação, de um tipo para outro. - A transformação obedecerá aos preceitos que regulam a constituição e o registro do tipo a ser adotado pela sociedade. - Essa operação transforma as características societárias, mas não extingue sua individualidade, porque permanece íntegros a pessoa jurídica, o quadro dos sócios, o patrimônio, e inclusive, os créditos e débitos da sociedade, só que submetida ao novo regime adotado. Podem transforma-se todas as sociedades de natureza civil, com ou sem fins lucrativos, desde que o contrato assim o preveja ou pelo menos, não o impeça. - Para transformar uma sociedade é necessário o consentimento unânime de todos os sócios. - Assim, o sócio dissidente da transformação, tem o direito de retirar-se da sociedade, aplicando-se no silencio do contrato social, o disposto no art. 1.031, que exige a liquidaçãode sua quota, de acordo com a situação patrimonial da sociedade, verificada em balanço especialmente levantado. - Mantém a personalidade jurídica da sociedade, alterando somente seus atos constitutivos e também o grau de responsabilidade de seus sócios entre si e em relação à sociedade. Tudo isso atinge o interesse de terceiros. Contudo, como não se produz nenhuma alteração subjetiva com a transformação, apenas a modifica a qualificação jurídica de sua estrutura, os débitos e obrigações perante terceiros permanecem intactos na sociedade transformada. - Ademais, a transformação, não extingue a sociedade, ela tão somente “muda de roupa”. Desconsideração da Personalidade Jurídica - Quando a sociedade estiver ocupando o polo passivo de uma relação processual, desconsidera-se sua personalidade jurídica para poder alcançar o patrimônio dos sócios que agiram com fraude. (artigo 50 do CC) - Não significa a morte da Pessoa Jurídica, apenas o seu afastamento do polo passivo da relação processual. - Afasta a Pessoa Jurídica para alcançar o patrimônio pessoal do sócio.
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