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Sistema reprodutor feminino

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Aparelho Reprodutor Feminino 
 
Diferenciação Sexual 
 
Nas 5 primeiras semanas de gestação as gônadas feminina e masculina são 
indiferenciáveis e seus tratos genitais ainda não se formaram. 
As células germinativas primordiais as oogônias que sofrem eventual divisão 
reducional e maturação, transformando-se em grande número de ovócitos. 
Uma linhagem celular da gônada indiferenciada transforma-se nas células da 
granulosa do folículo ovariano (epitélio celômico). 
Função dessas células é de sustentar e fomentar as células germinativas, estimular 
sua maturação e orientar seu movimento para o interior do sistema de ductos genitais 
(fontes dos hormônios estrogênicos). 
Outra linhagem celular da gônada indiferenciada, as células mesenquimais, dão 
origem às células tecais no ovário. 
Função dessas células é de secretar os hormônios androgênicos, precursores para a 
síntese de estrogênios. 
A masculinidade e feminilidade final dos indivíduos são mais bem caracterizadas 
em termos de diferenças: 
1. sexo genético (genótipo) 
2. sexo gonádico (gônadas) 
3. sexo genital (fenótipo) 
 
Sexo Genético 
 
O complemento cromossômico feminino normal tem 44 autossomos e 2 sexuais, 
XX. Ambos os cromossomos X são ativos nas células germinativas. A gênese do ovário 
normal depende da presença de 2 cromossomos X e da ausência do cromossomo Y. 
Normalmente o segundo cromossomo X de uma fêmea XX é inativado 
precocemente em todos os tecido extragonádicos. A diferenciação dos ductos genitais 
femininos e da genitália externa requer que apenas o único cromossomo X restante seja 
ativo no sentido de orientar a transcrição na célula. 
Se uma anormalidade da meiose ou da mitose produz indivíduo com apenas um 
cromossomo X e sem cromossomo Y (cariótipo XO) o fenótipo ainda será feminino, apesar 
das gônadas serem defeituosas. 
 
Sexo Gonádico 
 
Com 22 a 24 dias de gestação, as células germinativas estão presentes no 
endoderma do saco vitelino, migram para a crista genital onde se associam com o tecido 
mesonéfrico para formar uma gônada indiferenciada (7 a 10 dias). 
A gônada primitiva consiste de epitélio celômico precursores das células da 
granulosa e das células do estroma do mesênquima, precursores da teca e das células 
germinativas. Na fêmea geneticamente normal a diferenciação da gônada indiferenciada em 
ovário começa somente com 9 semanas de idade, com a ativação de ambos os 
cromossomos X. As células germinativas começam a sofrer mitose, dando origem as 
oogônias que continuam proliferando. 
Logo a seguir a meiose tem início em algumas oogônias que são cercadas por 
células da granulosa e do estroma. Os oócitos primários permanecem no diplóteno (estágio 
tardio da prófase da meiose até a possível ovulação). O córtex predomina e a medula 
regride. A capacidade do ovário primitivo de sintetizar os hormônios estrogênicos 
manifesta-se na mesma época que a síntese de testosterona começa no testículo. 
 
Sexo Genital (Fenotípico) 
 
A diferenciação dos ductos genitais e da genitália externa depende da presença de 
hormônios. O principio orientador estabelece que as influências hormonais positivas com 
origem normalmente na própria gônada, são necessárias para produzir a genitália 
masculina. Na ausência de qualquer influxo hormonal gonádico forma-se á a genitália 
feminina. Na 3 a 7 semanas formam-se 2 ductos genitais em cada lado do embrião. Nas 
fêmeas os ductos wolffianos começam a regredir com 10 a 11 semanas, pois os ovários não 
secretam testosterona. 
Os ductos mullerianos continuam crescendo e se diferenciam nas trompas de 
Falópio, útero, colo uterino e terço superior da vagina. Com 18 a 20 semanas de gestação 
essa diferenciação é completada e não requer hormônio ovariano. 
A genitália externa de ambos os sexos começa a diferenciar-se com 9 a 10 semanas 
de gestação. Seus componentes derivam do mesmo primórdio o tubérculo genital, a 
proeminência genital, as pregas uretrais ou genitais e o seio urogenital. Nas fêmeas 
normais, ou na ausência de qualquer gônada, os tecidos primordiais se transforma em 
clitóris, nos grandes lábios, nos pequenos lábios e na vagina inferior. Os hormônios não são 
essenciais para a ocorrência desse desenvolvimento. Caso ocorra exposição do feto 
feminino a excesso de testosterona, ou de outros androgênios (adrenal), poderá ocorrer 
padrão masculino. 
 
Síntese dos Esteróides Gonádicos 
 
Ambos os gêneros utilizam a mesma via de biossíntese dos hormônios esteróides no 
tecido gonádico. Os androgênios são os precursores obrigatórios dos estrogênios. 
A etapa chave na conversão para estrogênio é a aromatização do anel A (reação 
favorecida no ovário e na placenta), todas as etapas da via biossintética estão presentes no 
ovário. As células da teca sintetizam e secretam a progesterona e testosterona. A 
testosterona se difunde para as células da granulosa (aromatase) e é convertida em estradiol. 
LH estimula a colesterol desmolase nas células tecais. FSH estimula a aromatase 
(células da granulosa). 
 
Ações das Gonadotropinas nas Gônadas 
 
LH: estimula a linhagem das células intersticiais das gônadas femininas (células 
tecais) a secretar principalmente androgênios. LH atua sobre a granulosa. FSH: atua sobre 
as células da granulosa ovariana. GnRH está presente no hipotálamo 4º semana de gestação 
e o FSH e LH hipófise 10 a 12 semanas. 
 
 
 
Ovários 
 
As gônadas femininas são os ovários que com o útero e as trompas de Falópio, 
compõem o trato reprodutor feminino. Os ovários têm duas funções: oogênese e a secreção 
dos hormônios sexuais femininos. Cada ovário adulto é fixado ao útero por ligamentos; 
cursando com eles estão as artérias, veias, linfáticos e nervos. O ovário apresenta 3 zonas 
(córtex, medula e hilo). 
1. Córtex: camada mais externa e maior é revestida por epitélio germinativo e contém 
todos os oócitos, cada um dos quais incluso em um folículo 
2. Medula: zona média contém mistura de tipos celulares 
3. Hilo: camada mais interna, através da qual passam os vasos sangüíneos e os linfáticos 
Os hormônios esteróides ovarianos têm funções parácrinas (desenvolvimento dos 
óvulos) e endócrinas (órgãos alvos: útero, mamas e osso). A unidade funcional dos ovários 
é o folículo ovariano individual - célula germinativa cercada por células endócrinas. 
Quando completamente desenvolvido o folículo ovariano desempenha diversos 
papéis críticos: 
1. fornece nutrientes para o oócito 
2. libera o oócito no tempo devido (ovulação) 
3. prepara a vagina e as trompas de Falópio para ajudar na fertilização do óvulo por 
um espermatozóide 
4. prepara o revestimento interno do útero para a implantação do óvulo fecundado 
5. mantém a produção de esteróides para o feto até que a placenta assuma esta 
função 
 
Oogênese 
 
As células germinativas produzem as oogônias por divisão mitótica, estas oogônias 
entram na prófase da meiose tornando-se oócitos primários. Os oócitos permanecem na 
prófase da meiose até a ovulação anos depois. Ao nascimento só restam 2 milhões de 
oócitos, na puberdade 400.000, na menopausa poucos oócitos. 
Os anos reprodutivos normais da mulher caracterizam-se por alterações rítmicas 
mensais da secreção dos hormônios femininos e por alterações físicas correspondentes nos 
ovários e em outros órgãos sexuais. Ciclo menstrual: duração média de 28 dias 
Apenas 1 óvulo único é liberado pelos ovários a cada mês, e o endométrio é 
preparado para a implantação do “óvulo fertilizado”. Durante os anos reprodutivos da vida 
adulta (13 a 46 anos de idade), 400 a 500 folículos primordiais se desenvolvem o suficiente 
para expelir seus óvulos (1 a cada mês). Os restantes passam por degeneração (tornam-se 
atrésicos). Entre os 9 e 12 anos de idade, a hipófise começa a secretar progressivamente 
mais FSH e LH (puberdade). Tanto FSH como o LH estimulam as suas célulasalvo 
ovarianas. 
 
Fase folicular 
 
Primeiros dias do ciclo (15 dias, variação de 9 a 23 dias) e envolve o 
desenvolvimento folicular. 
 
 
Fase ovulatória 
 
Dura 1 a 3 dias e culmina com a ovulação. 
 
Fase lútea 
 
 Corpo lúteo se desenvolve e produz progesterona e estradiol, duração mais 
constante (13 dias) do ciclo, termina com o sangramento menstrual. Células da granulosa 
são as únicas células com receptores para FSH. 
FSH: estimula o crescimento das células da granulosa, dos folículos. primários e a 
síntese de estradiol (sustenta o efeito do FSH sobre as células da granulosa) - mais células 
mais estradiol mais células mais estradiol. 
LH: a ovulação é desencadeada pelo LH antes da ovulação, o LH aumenta 
acentuadamente e promove a ruptura do folículo dominante. LH: estimula a formação do 
corpo amarelo, (luteinização) e mantém a produção de esteróides pelo corpo amarelo (fase 
lútea do ciclo menstrual). Nas mulheres o eixo hipotálamo-hipofisário é controlado tanto 
por feedback negativo como por feedback positivo, dependendo da fase do ciclo menstrual. 
Fase folicular o FSH e LH estimulam a síntese e a secreção do estradiol pelas 
células foliculares, que por feedback negativo sobre as células hipofisárias inibe a secreção 
adicional de FSH e LH (fase folicular regulada por feedback negativo). 
No meio do ciclo o padrão se altera, os níveis de estradiol aumentam 
acentuadamente (proliferação das células foliculares); quando é atingido nível crítico de 
estradiol - 200 pg/ml; ocorre feedback positivo sobre a hipófise anterior, com secreção 
adicional de FSH e LH (surto ovulatório de FSH e LH). Na fase lútea a principal secreção 
ovariana é a progesterona, feedback negativo, sobre a hipófise anterior para inibir FSH e 
LH. 
 
Efeitos do Estrogênio 
 
Útero: 
 
• fase secretora 
• fase proliferativa 
• período menstrual 
 
Trompas de Falópio: 
 
• aumenta o número de cílios e sua velocidade de batimento, assim como o número de 
células epiteliais que estão secretando ativamente 
• estimula as secreções tubárias que proporcionam meio mucóide no qual os 
espermatozóides podem movimentar-se eficientemente corrente acima contra o 
batimento ciliar 
• fímbrias tornam-se mais vascularizadas 
 
 
 
Vagina: 
 
• epitélio pavimentoso estratificado da vagina é aumentado e suas células acumulam 
glicogênio 
• aumento das secreções vaginais 
 
Mamas: 
 
• crescimento dos ductos lobulares, aumento da aréola 
• aumento seletivo do tecido adiposo da mama 
 
Outros tecidos: 
 
• modificações do fenótipo feminino adulto normal: estímulo de crescimento dos órgãos 
reprodutores internos e mamas; crescimento puberal dos grandes e pequenos lábios 
• crescimento linear (fechamento precoce dos centros de crescimento epifisários) 
• aumento dos quadris e cintura pélvica 
• deposição específica de gordura nas proximidades dos quadris; a massa adiposa total é 
duas vezes maior que a dos homens, enquanto a massa muscular e óssea corresponde a 
2/3 da dos homens 
 
Esqueleto: 
 
• inibe a reabsorção óssea - efeitos nos osteoclastos; induz fatores locais de crescimento 
 
Rim: 
 
• reabsorção de Sódio estimulada pelo estradiol 
• antagonista da aldosterona (junto com a 17hidroxiprogesterona), induz a natriurese 
 
Fígado: 
 
• aumento da síntese de proteínas hepáticas: globulina fixadora de tiroxina, globulina 
fixadora de cortisol, SSBG, angiotensinogênio, VLDL e as HDL (reduz LDL) 
 
Árvore vascular: 
 
• efeito vasodilatador (induz a liberação local de vasodilatadores como o Óxido nítrico, 
prostaglandinas) e anti- vasoconstritivo (reduz a produção de endotelina) 
 
Efeitos da Progesterona 
 
Útero: 
 
• promove ações secretoras no endométrio uterino, durante a segunda metade do ciclo 
menstrual, preparando o útero para a implantação do ovo fertilizado 
• diminui a intensidade das contrações uterinas ajudando desta maneira a impedir a 
expulsão do ovo implantado 
 
Trompas de Falópio: 
 
• estimula as secreções tubárias que proporcionam meio mucóide no qual os 
espermatozóides podem movimentar-se eficientemente corrente acima contra o 
batimento ciliar 
 
Mamas: 
 
• promove o desenvolvimento dos lóbulos e dos alvéolos 
 
Poucas as ações sistêmicas da progesterona são conhecidas: 
 
• elevação da temperatura corporal (0,5ºC) que ocorre após a ovulação 
 
SNC: 
• aumento do apetite, sonolência e sensibilidade exagerada do centro respiratório à 
estimulação pelo CO2 
 
Metabolismo dos Esteróides Gonádicos 
 
Estradiol e estrona se fixam a SSBG, porém suas afinidades são muito mais baixas 
que as da testosterona. Circulam ligados frouxamente à albumina e sua depuração 
metabólica é relativamente alta. Em mulheres no menacme a maior parte do estradiol 
circulante deriva da secreção ovariana; pequena fração é formada a partir da testo no tecido 
adiposo, no fígado e outros locais. A progesterona pode fixar-se à globulina fixadora de 
cortisol (impedida pela concentração elevada de cortisol). Circula ligada frouxamente à 
albumina. Durante a fase folicular metade da progesterona circulante é secretada pelos 
ovários e a outra metade pelas adrenais; na fase lútea a maior parte da progesterona têm 
origem nos ovários. Cerca de 70 a 80% da testo circulante deriva da conversão periférica de 
DHEA e da androstenediona. 
 
Menopausa 
A capacidade reprodutora das mulheres começa a diminuir na 5º década de vida e as 
menstruações terminam por completo na idade média de 50 anos. Com o desaparecimento 
de praticamente todos os folículos, a secreção ovariana de estrogênios e de inibinas cessa. 
A pequena quantidade de estradiol presente na circulação provém dos precursores 
androgênicos das supra-renais; o estrogênio dominante é a estrona (relação 3/1). Os níveis 
de LH e FSH aumentam gradualmente nos últimos anos da vida reprodutiva e após a 
menopausa, a perda do feedback negativo, faz com que os níveis de gonadotropinas sejam 
em média 4 a 10 vezes maiores que os da fase folicular. Efeitos: adelgaçamento do epitélio 
vaginal e perda das secreções, redução da massa mamária, fogacho vascular (pulsos de LH) 
e labilidade emocional. Mulheres obesas podem ter menos efeitos de privação estrogênica 
(conversão periférica estrogênios).

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