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Os Direitos Fundamentais na Constituição Federal de 1988

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OS DIREITOS FUNDAMENTAIS NA CONSTITUIÇÃO DE 1988
	O surgimento dos Direitos fundamentais está intimamente ligado ao constitucionalismo, para entender o surgimento desses direitos devemos conhecer a origem da Constituição para assim compreender o que deu origem a tais direitos, pois se trata de uma decisão política da sociedade com o intuito de inserir na Constituição aqueles direitos que acreditam serem indispensáveis para a realização da pessoa humana, eles traduzem as necessidades de cada período histórico, de cada época, de cada lugar. Segundo Lourivaldo da Conceição (2007, p.324):
De acordo com a doutrina, nem a Magna Carta, nem o Habeas Act, nem o Bill of Rights, são verdadeiras declarações de direitos fundamentais do homem. São declarações de direitos estamentais, visto que, quando de sua promulgação, garantiam apenas certos direitos de grupos, corporações ou de categorias que compunham a sociedade feudal inglesa.
	 Os direitos só tornam-se fundamentais a partir do momento em que são inclusos na Constituição, eles passam a ter caráter de norma jurídica. Um dos principais objetivos do Direito Constitucional é a proteção dos direito fundamentais de modo a promover a realização da pessoa humana. Os direitos fundamentais têm como principais características: historicidade, inalienabilidade, imprescritibilidade, irrenunciabilidade, inviolabilidade, universalidade, concorrência, efetividade, interdependência e complementaridade.
	A Constituição brasileira promulgada em 5 de outubro de 1988 apresenta em seu Título II uma série de Direitos e Garantias Fundamentais, estes estão divididos em cinco capítulos: dos direitos e deveres individuais e coletivos,dos direitos sociais, da nacionalidade,dos direitos políticos e dos partidos políticos. As doutrinas apresentam classificações para os direitos fundamentais por ordem cronológica de surgimento (1º geração, 2° geração, 3° geração e 4° geração), de acordo com o período em que foram conquistados. Os direitos fundamentais são sempre ampliados, os novos direitos não implicam do desaparecimento dos anteriores, as novas gerações vão apenas acrescentando novos direitos a Constituição.
	Os direitos fundamentais de primeira geração são os primeiros direitos conquistados pelo povo, eles constam nas primeiras Constituições escritas do século XVIII, estes primeiros direitos são ligados a Revolução Americana e Francesa, eles surgem como uma forma de defesa contra os abusos do Estado são considerados direitos negativos por que exigem que haja certa “abstenção” do Estado para com os cidadãos, estes direitos nascem ligados ao ideal de liberdade. De acordo com Bonavides (2002), “a sequência histórica da gradativa institucionalização dos Direitos Fundamentais, do que decorre sua divisão em três gerações, sucessivamente: direitos da liberdade, da igualdade e da fraternidade”. Os principais direitos dessa geração são: o direito à vida, à liberdade, à propriedade, à liberdade de expressão, à participação política e religiosa, à inviolabilidade de domicílio, à liberdade de reunião, entre outros.
	Considera-se que os direitos fundamentais de segunda geração, também conhecidos como direitos sociais surgiram com a Constituição Mexicana de 1917 e com a Constituição Alemã de Weimar de 1919. Diferentemente dos direitos de primeira geração que exigiam uma abstenção do Estado, estes exigem um comportamento atuante do Estado para com os indivíduos, pois o Estado não deve se afastar da vida destes, deve ter deveres para com os homens para dessa maneira garantir uma vida digna a eles. “Nota-se, portanto, que, ao contrário dos direitos de primeira geração, em que o Estado passa a ter o dever de não intervir, nos direitos de segunda geração o Estado passa a ter responsabilidade preponderante para a concretização de um ideal de vida digno na sociedade”. (ALEXANDRINO, 2012. p.102). A segunda geração busca a igualdade entre material entre os homens. Os principais direitos de segunda geração são: saúde, educação, lazer, segurança pública, moradia, direito dos trabalhadores, etc.
	Os direitos de terceira geração são considerados direito coletivos, são de todos os indivíduos sem pertencer individualmente a ninguém. Estes direitos tiveram origem na terceira revolução industrial, são ligados ao ideal de solidariedade e fraternidade, estes surgem a partir das reivindicações humanas causadas pelo impacto provocado pelo avanço tecnológico. São direitos de terceira geração aqueles que dizem respeito ao desenvolvimento ou progresso, ao meio ambiente, à autodeterminação dos povos, bem como ao direito de propriedade sobre o patrimônio comum da humanidade e ao direito de comunicação.
	As doutrinas divergem sobre a existência de direitos de quarta geração, há autores que afirmam que estes existem, enquanto outros afirmam que não. Os autores divergem a respeito do que tratam estes direitos. Para Norberto Bobbio os direitos fundamentais de quarta geração tratam dos direitos de engenharia genética, já para Paulo Bonavides, estes direitos tratam da luta pela participação democrática. 
	Os direitos fundamentais são o principal meio de promover a democracia de um país na prática, onde todos (maioria e minoria) têm as suas vontades e direitos preservados, é através desses direitos que o Estado assegura aos indivíduos as garantias necessárias para promover o princípio da dignidade da pessoa humana. Os cidadãos que têm os seus direitos fundamentais arduamente assegurados pela Constituição tendem a participar mais ativamente da democracia do seu país, contribuindo ativamente para o desenvolvimento da sociedade. . Todos os direitos fundamentais devem ser assegurados, desde o nascimento para que todos os cidadãos tenham a possibilidade de receber todos os benefícios que a vida em sociedade pode proporcionar.
	
REFERÊNCIAS
BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional positivo. 12. ed. São Paulo: Malheiros, 2002.
CONCEIÇÃO, da Lourivaldo. Curso de Direito Constitucional. Campina Grande: Eduep, 2007.
PAULO, Vicente, ALEXANDRINO, Marcelo. Direito constitucional descomplicado. 8º ed. Editora Método. São Paulo-SP. 2012.
SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. 15ª ed. – Malheiros       editores Ltda. – São Paulo – SP.

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