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Cap. 14 - Carl Rogers e a Perspectiva centrada na pessoa

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ACP
Principais conceitos
	A premissa básica de Rogers é a de que as realidades das pessoas são assuntos pessoais e só podem ser conhecidas pelos próprios indivíduos.
Campo da experiência
	É tudo que está acontecendo dentro do envoltório do organismo em qualquer momento e está potencialmente disponível a consciência. Isso inclui eventos, percepções e sensações das quais uma pessoa não está cônscia, mas poderia estar se concentrasse a atenção nestes dados.
	Esse campo da experiência é seletivo, subjetivo e incompleto. Ele é restrito por limitações psicológicas (do que desejamos estar cônscios) e limitações biológicas (do que somos capazes de ter consciência).
No caso Glória, isto se mostra no momento em que ela apresenta a queixa inicial, de existir a possibilidade de ser rejeitada pela filha por causa das relações sexuais com outros homens. Ainda, de não ser uma boa mãe como relatado ao longo da entrevista.
Self como processo
	O self é uma entidade instável, mutável. O self é uma Gestalt organizada consistentemente, constantemente se formando e reformando enquanto as situações mudam.
Percebe-se isto quando Glória transfere pra Rogers a possibilidade de decisão, então Rogers devolve a pergunta com o que ela esperava ouvir. Gloria assume que gostaria de ser mais honesta com ela e a filha, seguindo seus sentimentos e não só os conteúdos introjetados.
Self ideal
	O self ideal é “o autoconceito que o indivíduo mais gostaria de possuir, sobre o qual atribui maior valor para si mesmo”. O self ideal é um modelo pelo qual uma pessoa pode se esforçar.
	Na medida que o self ideal é inteiramente diferente de nosso comportamento e valores reais, ele pode inibir nossa capacidade de desenvolvimento. O self ideal pode se tornar um obstáculo para a saúde pessoal quando ele difere muito do self real.
	É quando Gloria relata que gostaria de ser uma boa mãe, se arriscar mais e se aceitar mais.
Tendência para auto realização
	Rogers conclui que em cada um de nós existe um impulso natural para sermos os mais competentes e capazes que biologicamente pudermos ser. A tendência para auto realização não é simplesmente outro motivo entre muitos, ela é o impulso primordialmente motivacional.
	Isto acontece em dois momentos no vídeo, no primeiro foi quando Rogers indaga o que ela gostaria de ouvir, então ela expõe aquilo que ela sente e do que precisa como pessoa e como mãe.
Poder pessoal
	Poder pessoal, refere-se ao “centro de tomada de decisão: quem toma as decisões que, conscientemente ou inconscientemente, regulam ou controlam os pensamentos, sentimentos ou comportamento dos outros ou de si mesmo. Em suma, é o processo de obter, utilizar, dividir ou abrir mão do controle do controle e da tomada de decisão.
	Isto acontece quando Gloria diz que se sente melhor quando começa a seguir os próprios sentimentos, igual quando fez com o marido.
Congruência e incongruência
	Rogers define como congruência o grau de exatidão entre experiência, comunicação e consciência. Um alto grau de congruência significa que a comunicação (o que estamos expressando), a experiência (o que está acontecendo) e a consciência (o que estamos percebendo) são todos quase iguais. Crianças pequenas apresentam alto grau de congruência.
	Ocorre incongruência quando existem diferenças entre consciência, experiência e comunicação. Quando a incongruência se manifesta como uma discrepância entre a consciência e a comunicação, uma pessoa não expressa o que realmente está sentindo, pensando ou experimentando.
	Expressões comumente usadas por incongruentes. “Não consigo tomar uma decisão, “não sei o que quero” e “parece que eu nunca consigo permanecer em nada”.
No caso Gloria a incongruência se faz presente a todo momento, tanto verbal quanto não-verbal. No não-verbal foi quando ela começou a chorar em um momento em que estava sorrindo. No verbal é quanto ela relata que se sente bem em fazer aquilo que parece ser certo para ela, mas ela acaba fazendo ao contrário. Ela faz congruência quando ela sente e deveria falar com a filha.
Crescimento psicológico
	O ciclo de autocorreção e auto intensificação ajuda as pessoas a superar obstáculos e facilita o crescimento psicológico. A aceitação de si mesmo é um pré-requisito para uma aceitação mais fácil e genuína dos outros. Ser aceito pelo outro, por sua vez, acarreta uma maior disposição para aceitar a si mesmo.
	O fato da Gloria está buscando a terapia demonstra a sua predisposição para o crescimento psicológico, através da quebra dos obstáculos ao crescimento.
Obstáculos ao crescimento
	Os obstáculos aparecem na infância e são aspectos normais do desenvolvimento. O que a criança aprende em um estágio como benéfico deve ser reavaliado nos estágios posteriores.
	Condições de valor. Comportamentos ou atitudes que negam algum aspecto do self são denominadas condições de valor. Essas condições são consideradas necessárias para se ter um sentido de valor e para receber amor. As condições de valor inibem não apenas o comportamento, mas também a maturação e a consciência, elas levam a incongruência e, posteriormente, a menos consciência pessoal. As condições de valor criam uma discrepância entre o self e o autoconceito (self ideal).
	No caso Gloria podemos encontrar as condições de valor no relato que ela faz do pai dela que era julgador, fazendo com que ela não expressa-se os seus sentimentos e sim o que ele gostaria que ela fosse para ter o amor do pai.

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