Universidade Federal Rural do Semiárido Centro Multidisciplinar Pau dos Ferros Curso de Engenharia de Computação Sistema de Transmissão de Dados Estudo Dirigido: Unidade II João Vitor Gouveia Ricarte Pau dos Ferros - RN Fevereiro – 2018 1. Modulação pulsada A técnica mais utilizada para a conversão do sinal analógico para digital é a modulação por código de pulso. Esta modulação baseia-se basicamente em três operações separadas: amostragem, quantização e codificação. No processo de conversão a mensagem é medida em intervalos retangulares de tempo, em seguida esses intervalos são aproximados para os níveis de referências estabelecidos e assim codificados em uma sequência de bits (pulsos). [1] Figura 1: Modulação por Código de Pulso A amplitude das amostras de sinal é representada por um código de vários bits, sendo cada bit transmitido a cada pulso, assim cada pulso para transmitir as amostras devem ter uma largura reduzida aumentando a banda passante do canal. As deformações na PCM em relação a largura e amplitude do pulso são irrelevantes de forma que possam distinguir claramente a presença e consequentemente a ausência do pulso. O ruído introduzido no início da transmissão pode ser excluído através do processo de regeneração, sendo a qualidade do sinal dependente do processo de geração do sinal e não do meio. [1] Uma grande vantagem da modulação PCM é o sinal digital que possibilita o uso de circuitos digitais para a computação e transmissão dos sinais, possibilitando a utilização dos diversos serviços de telecomunicações, constituindo uma rede de serviços digitais. [1] Dentre as diversas formas de modulação de ondas analógicas/digital destaca-se a modulação PWN – Modulação por Largura de Pulso e a PPM – Modulação por Posição de Pulso descritas nos tópicos seguintes. [1] 1.1. Modulação PWN – pulse witdh modulation (Modulação em Largura de Pulso) Esse tipo de modulação mantém a amplitude dos pulsos constante e varia a largura proporcionalmente aos valores de f(t) nos instantes relacionados, como mostrado na figura abaixo. [1] Figura 2: Modulação PWN Um dispositivo digital como um micro-controlador pode trabalhar com entradas e saídas em dois estados: ligado ou desligado. Podendo facilmente usá-lo para controlar o estado de um LED. No entanto, às vezes você precisa de mais do que apenas “ligar” e “desligar” no controle de dispositivos. Também pode-se controlar o brilho de um LED ou a velocidade de um motor elétrico CA, simplesmente não será possível aplicando somente o controle (ligar/desligar). [1] PWM é a técnica usada para gerar sinais analógicos de um dispositivo digital como um micro-controlador, tão eficiente que hoje em dia quase todos os micro-controladores modernos possuem hardware dedicado para a geração de sinais PWM. [3] Como o sinal PWN é totalmente digital em qualquer momento a alimentação CC ou está completamente ligada ou completamente desligada. O tempo de ativação é o tempo durante o qual a alimentação CC é aplicada e o tempo de desativação quando a alimentação está completamente desligada. [3] A figura 3 mostra sinais PWN com diferentes ciclos de trabalhos, um com 10% (a), 50% (b) e 90% (c). Caso a alimentação for de 9V e o ciclo de trabalho for 10%, temos um sinal analógico de 0.9V. Este ciclo ativo é definido pela largura do pulso dividido pelo período, multiplicado por 100% (por cento) resultando na porcentagem do ciclo de trabalho. [3] Figura 3: Modulação PWN em diferentes Ciclos de trabalho 1.2. Modulação PPM – pulse position modulation (Modulação em Posição de Pulso) No PPM (Pulse Position Modulation) a técnica de modulação de posição de pulso consiste na variação da posição de pulso da portadora, na proporção do sinal, mantendo constante a amplitude e a largura dos pulsos. De notar que o intervalo entre os pulsos pode não ser constante. Uma aplicação desta técnica, na transmissão de comandos de um RC (comando de rádio controlo, por exemplo um DX6i) com seis canais, o que resulta será um único frame de com sete pulses a qual terá seis pulses, um por cada canal, mais um pulse que indica o start do frame. [4] Figura 4: Modulação PWN O sinal PPM é gerado a partir do PWM, bastando utilizar um circuito monoestável na transição de descida dos pulsos do sinal PWM. A duração dos pulsos será determinada pela constante R.C. Figura 5: Modulação PPM 2. Modulações por amplitude de pulso: Processo de amostragem do sinal. Sabe-se que o sinal analógico é continuo no tempo e contém uma infinidade de valores, também conhecemos o meio de comunicação que possui uma banda limitada e que obriga a transmitir uma certa quantidade de amostras do sinal, como propõe o Teorema de Nyquist. O processo de amostragem é o primeiro passo na geração de sinais PCM, onde após a amostragem será quantizada e convertida em um código binário para ser transmitida. [1] Na modulação por amplitude de pulso (PAM), o sinal de informação é regularmente amostrado em determinados intervalos de tempo, e o valor das amostras é transmitido através de pulsos cuja amplitude é proporcional ao valor do sinal de informação no instante de amostragem. A figura 4 ilustra um diagrama de blocos que representa o processo de amostragem para uma modulação PAM. [1] Figura 6: Diagrama de blocos de um circuito de amostragem. O processo de amostragem baseia-se em condições dispostas no teorema da amostragem, na análise do espectro das frequências do sinal amostrado e do sinal de amostragem. [1] 2.1. Espectro de Frequências do Sinal de Amostragem [1] Um sinal ideal de amostragem é uma série periódica de impulsos de largura infinitesimal cuja a multiplicação do sinal de amostragem pela mensagem resulta um sinal contendo apenas o valor das amostras nos determinados instantes. O espectro de frequência do sinal é formado da frequência fundamental do sinal, que é também a frequência de amostragem (fa = 1/T) e suas harmônicas 2fa, 3fa, 4fa, sendo que as frequências componentes possuem a mesma amplitude (A = wo = 2πf). Na figura 5 é mostrado um sinal de amostragem ideal. Figura 7: Diagrama de blocos de um circuito de amostragem. Em sistemas reais o sinal de amostragem que é utilizado é um trem de pulso, uma série periódica de pulsos com amplitude fixa, largura finita e período. Assim definido o ciclo de trabalho, este representa a parcela de tempo em que o sinal possui energia. O espectro de frequência desse sinal possui as mesmas componentes de frequências do sinal de amostragem ideal, no entanto a amplitude das amostras varia de acordo com a função de amostragem. Figura 8: Sinal de amostragem real – tem de pulsos. Algumas características observáveis no espectro de frequências do sinal de amostragem: ➢ O número de frequências harmônicas sob o lóbulo central é inversamente proporcional ao ciclo de trabalho. ➢ O espaçamento das frequências no espectro é sempre determinado pela frequência de amostragem ➢ A amplitude componente contínua é proporcional ao ciclo de trabalho ➢ A frequência que limita o lóbulo central é inversamente proporcional a largura do pulso. 2.2. Espectro de Frequências do Sinal Amostrado [1] A obtenção do espectro de frequência do sinal de informação amostrado de forma natural utilizaremos o teorema da convolução na qual fala que: “A multiplicação do sinal de amostragem pelo sinal de informação f(t), no domínio do tempo, corresponde, no domínio da frequência, a convolução dos espectros