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Digestório em grandes animais RESUMO

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Terapêutica do sistema digestório em grandes animais
Os PRÉ-ESTÔMAGOS são Rúmen, retículo e omaso, os mesmos devem ter ph neutro ou alcalino (5,8 a 7,0) para manter os MO vivos os quais fazem Digestão fermentativa através de enzimas microbianas nos substratos moleculares digerindo CH, prot e lipíodeos. Já o Abomaso realiza secreção gastrina e HCl e por isso o seu ph é ácido, é ele quem faz a disgestão química. O rúmen deve ter sempre a presença dos MO e de alimentos porque se não muda a motilidade, o ambiente deve se manter anaeróbio, com motilidade e temperatura constantes
A Motilidade ruminorreticular é constituída de contrações primárias e secundárias. Nas primárias ocorre a mistura da ingesta com os microrganismos , ocorre a contração dos sacos ruminais e isso ajuda a separar as partículas por tamanho onde as maiores são mandadas de volta para a boca e as menores seguem para o omaso para a retirada de água. A contração secundária consiste na eructação. É muito importante que ocorra a Salivação pois ela realiza o tamponamento do meio e é líquido para crescimento de micro-organismos
Os Princípios de tratamento de doenças digestivas em ruminantes consistem na descoberta e Remoção das causas primárias do distúrbio que na Maioria das vezes consiste em tratamento sintomático e suporte, Alívio da dor que leva a hipomitolidade, consequentemente a uma maior distensão abdominal que causa mais dor e compressão do diafragma, animal respira mal e pode ir a óbito por alcalose respiratória, Reposição de líquidos e eletrólitos pois animal com motilidade ruim perde água para o rúmen, Correção da motilidade, Alívio do tenesmo podendo-se utilizar laxantes para isso e Reconstituição da microbiota ruminal.
A Dor Leva à hipomotilidade ou atonia ruminal devido as Catecolaminas liberadas que agem diretamente no S.N. simpático gerando a inibição direta da motilidade ruminorreticular, distensão abdominal e consequentemente dor. Suas Manifestações clínicas consistem em anorexia e diminuição da motilidade pré-estômagos. Pode utilizar AINEs como 1ª escolha para alívio da dor (ácido acetilsalicílico, flunixin meglumine, cetoprofeno) se responder bem a ele o prognóstico é melhor do que se não responder. Alfa2-agonistas também podem ser utilizados, como a xilazina, tem analgésico excelente mas pode levar a hipomotilidade
No caso de Distensão abdominal deve descomprimir quase emergencialmente para Diminuir risco de choque e pressão ao diafragma, Diminuir risco de ruptura e Diminuir risco de parada respiratória. Para alívio da distensão No caso de Timpanismo pode usar sonda ruminal ou trocanter permitindo a saída do gás ou mesmo de modo cirúrgico. A utilização de Metoclopramida (plasial) pode permitir a volta da motilidade e liberação de gás. É importante realizar a Reposição de líquidos e eletrólitos em grades volumes parenteral podem ajudar a amolecer as fezes no caso de tenesmo, além de muitas vezes ajudarem a corrigir a Hipocalcemia e hipocalemia, causadoras da debilidade muscular e hipomotilidade TGI
A Correção da motilidade pode ser feita com Colinérgicos que estimulam o peristasltismo nos pré-estômagos devido a ação da acetilcolina no SNP causando o Aumento do tônus da musculatura lisa, Aumento dos movimentos peristálticos e Aumento da quantidade de secreções, porém pode causar sudorese, eructação, salivação, bradicardia, tremores musculares, broncoconstrição. Nos casos de intestinos ressecados pode aumentar a quantidade de secreção que isso amolece o bolo alimentar e permite a sua saída.
O uso de Fármacos ruminatórios como Neostigmina, Carbamilcolina, 2acetoxi-1-2-3-propanotricarboxílico – VO ( BLOTROL) ajudam na motilidade ruminal, porém nos casos de Anorexia prolongada e doença febril os animais podem ser não responsivos ao tratamento, nesses casos, quando você já fez de tudo e nada adiantou pode estimular a motilidade através da mastigação, pega capim altamente palatável, coloca na boca do animal e força a mastigação do mesmo, isso é um forte estímulo para a motilidade
Os Distúrbios fermentativos podem ser divididos em:
Acidose: causada devido a excesso de carboidrato, causa morte da microbiota devido a produção de ácido lático
 Acidose ruminal aguda: Deve realizar rumenotomia de emergência, existe a presença de timpanismo em todas as câmaras, muita dor, anorexia, apatia e dificuldade respiratória.
Crônica: A microbiota já está adaptada a situação porém não é saudável, pode usar hidróxido de Mg, de alumínio, carbonato de cálcio tudo isso via rúmen
Acidose metabólica: deve fazer a correção com urgência com bicarbonato de Na IV.
ALCALOSE: ocorre em intoxicação por ureia devido ao acúmulo de amônia no rúmen devendo-se administrar ácido acético VO ou sonda não excedendo a quantidade de 12L.
Para qualquer dos tampões usados deve-se adicionar grande volume de água aquecida VO
Para Reconstituição da microbiota ruminal deve inicialmente Corrigir o pH, depois pode fazer uma Transfaunação ruminal de um Animal sadio e adaptado à alimentação similar à do paciente, a qual pode obter por fístula ruminal, sondagem, ou de abatedouro o qual pode se manter 9h a temperatura ambiente ou até 24h refrigerado. A Administração pode ser por sonda ou rumetotomia onde um bovino adulto deve receber de 8 a 16 litros
Antiespumantes ou antifiséticos devem ser usados em timpanismo espumoso, servem para ajudar nos casos de acúmulo de espuma, como não pode retirar como o gás, o que eles fazem é estourar essas bolhas e transformá-las em gás para então permitir a sua saída isso ocorre através da Alteração da tensão superficial dos líquidos digestivos, além disso Impedem a formação de bolhas e rompem as já formadas. Favorecem a eliminação dos gases por eructação e flatulência (Polímeros de silicone 50 a 100ml blotrol, timpanol, ruminol, panzinol)
Os Laxantes podem ser divididos em várias categorias
EMOLIENTES OU LUBRIFICANTES: Óleos minerais ou vegetais que lubrificam e amolecem as fezes mas não são absorvidos ou digeridos (vaselina, líquida, óleo de parafina), ainda pode utilizar Docusato, um surfactante que facilita a entrada de água no bolo fecal, porém não pode ser de Uso prolongado, os emolientes podem ser utilizados no máximo por 5 dias pois diminuem a absorção de vitaminas A, D, E e K (lipossol.)
FORMADORES DE MASSA: ou colóides hidrófilos (metilcelulose) é pouco eficaz em ruminantes.
OSMÓTICOS SALINOS: tem efeito no ID, são Pouco absorvidos mas atraem a água para o lúmem e causam distensão das alças o que aumenta o peristaltismo. Tem efeito laxante ou purgante dose dependente (Sais de magnésio, Sais de sódio, Lactulose, Glicerina e sorbitol)
ESTIMULANTES OU IRRITANTES: causam Irritação da mucosa intestinal e diminui a absorção de água, eletrólitos e nutrientes. Estimulam plexos intramurais aumentando a motilidade intestinal (Óleo de rícino)
Os Princípios de tratamento de doenças digestivas em EQUINOS são baseados em analgesia, antiespasmódicos, descompressão abdominal, fluidoterapia, restauração da motilidade, descompactação de conteúdo intestinal e tratamento de úlcera gástrica.
O Desconforto abdominal pode ser devido ao TGI ou outros órgãos, deve-se saber Diferenciar a origem anatômica e tipo da lesão, Diferenciar presença de estrangulamento de vasos para realizar o Diagnóstico e o tratamento clínico ou cirúrgico
A Analgesia deve ser feita somente depois do exame físico, devendo usar antes somente se o animal está se automutilando ou se há risco para quem vai manipular o animal. A Resposta a analgésicos está diretamente ligada ao prognóstico. Pode usar inicialmente o AINE (Flunixin meglumine) por não ter muita inflamação, seu poder analgésico é maior quando é NE, Cetoprofeno e Dipirona. Não é bom nos quadros de cólica utilizar a Fenilbutazona sendo além de tudo perigoso a sua utilização antes de corrigir desequilíbrios eletrolíticos além de ser altamente nefrotóxico.
Se os AINE não funcionarem pode partir para os Analgésicos sedativos alfa 2-agonistas (xilazina) que inibe a liberação de noradrenalina causandoAção analgésica forte, mas não pode usar em caso de choque, em idosos, desidratados ou muito debilitados. Seus Efeitos colaterais consistem em diminuição da FC e débito cardíaco, bloqueio atrioventricular, hipertensão seguida de hipotensão, Diminui o fluxo sanguíneo e motilidade de jejuno, ceco e cólon, Sudorese, anorexia, ataxia e decúbito
Analgesia com opióides Pode ser associados à xilazina para diminuir dose e efeitos colaterais causando Analgesia porém ocorre a Diminuição de motilidade intestinal e Baixa depressão respiratória e cardiocirculatória (Butorfanol – efeitos colaterais mínimos em TGI e cardiovasc, baixa incidência de excitação, ótima analgesia; Meperidina – ação curta, antiespasmódica; Morfina – diminui secreções e motilidade intestinal, predispõe à compactação, causa excitação, a longo prazo causa diminuição da motilidade, ressecamento e compactação, desse modo, evita-se o uso)
Os ANTIESPASMÓDICOS podem ser Hioscina ou N-butilescopolamina devem ser usados somente em quadros de espasmo ID, espasmos simples ou associados a obstrução simples, como a cólica espasmódica
Descompressão abdominal e fluidoterapia: No Estômago pode usar sonda, no Ceco sonda e tiflectomia. Deve ser feito antes de deitar o animal porque se não vai causar compressão contra o pulmão e o mesmo não consegue respirar. Ajuda na Restauração da função cardiovascular, Expansão do volume plasmático, Correção de desequilíbrio hidroeletrolítico é muito importante para que haja a presença de Potássio e Cálcio, muito importantes para que haja motilidade.
Restauração da motilidade intestinal: animal estará em Hipovolemia, hipotensão, distensão de alças e sentindo muita dor, tudo isso diminui ainda mais a motilidade, além disso pode haver, Peritonite, Isquemia intestinal. Pode usar o Flunixin meglumine como endotoxêmico e não deve fazer pró cinético se tem suspeita de obstrução com ou sem estrangulamento pois ele causa aumento da motilidade e possível ruptura. Pode realizar Ressecção e anastomose intestinal além do uso de Laxantes como carboximetilcelulose. Lembrando que a Hipomotilidade causa o acúmulo de liquido no ID, ceco, cólon causando uma dor maior ainda. Os medicamentos Parassimpatomiméticos podem ser usados também como o Neostigmine, inibidor da colinesterase agindo em ceco, cólon maior (flex pélvica) e inibe a motilidade gastroduodenal com uso prolongado (agem mais em IG). A Ioimbina age sobre as endotoxinas endo inibidor dos receptores de acetilcolina. A Metoclopramida causa liberação de acetilcolina e bloqueia hiperatividade adrenérgica mas promove excitação e automutilação então caiu em desuso. A Eritromicina é ATB macrolídeo que causa esvaziamento gástrico, mas só há a apresentação humana. A Lidocaína tem ação analgésica e diminui a quantidade de catecolaminas circulantes, diminui inflamação, estimula diretamente musculatura lisa intestinal e é de grande aplicabilidade em pós-operatório
Úlceras gastrointestinais são causadas devido a Desequilíbrio entre mecanismos lesivos e protetores, não adianta usar anti ácidos em cavalos, não funciona, não deve usar AINEs. A liberação de HCl ocorre em 3 receptores (acetilcolina, gastrina, histamina H2), pode usar Cimetidina, ranitidina, famotidina, nizatidina. O Sucralfato é um polissacarídeo que ao ser quebrado em sais de alumínio gera adesão à mucosa lesada e protege a mesma da ação de HCl e pepsina. Os medicamentos aumentam a viscosidade, quantidade de muco e secreção de bicarbonato auxiliando no controle da úlcera. Ainda pode usar Omeprazol que inibe a bomba de hidrogênio. O tratamento das úlceras tem melhora imediata, isso normalmente faz o proprietário achar que já pode parar a medicação, sendo que o tratamento deve durar de 20 a 30 dias, se não durar isso volta a ter SC.

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