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Síndromes Neurológicas Profª Laura Oliveira Lauraoliveira.ft@gmail.com DIAGNÓSTICO SINDRÔMICO: conjunto de sinais e sintomas caracterizando uma determinada doença DIAGNÓSTICO TOPOGRÁFICO: região afetada DIAGNÓSTICO ETIOLÓGICO: causa da lesão ou da alteração SÍNDROMES Diagnóstico Sindrômico A) SÍNDROME DO PRIMEIRO NEURÔNIO (NMS) (ANTIGA PIRAMIDAL) • ETIOLOGIA: TRAUMA (TCE, TRM = MEDULA); TUMORES; AVE; EM • TOPOGRAFIA: LESÃO CENTRAL (ENCÉFALO E MEDULA) Neurônio Motor Superior NMS Primeiro neurônio Lesão sequelas Ritmos de crescimento diferentes entre medula e canal vertebral CARACTERÍSTICAS DA SÍNDROME DO PRIMEIRO NEURÔNIO (Fase Crônica) ‐ DIMINUIÇÃO (PARESIA) ou ABOLIÇÃO (PARALISIA ou PLEGIA) DA FORÇA MUSCULAR ‐HIPERREFLEXIA ‐ESPASTICIDADE (lesão da via retículo‐espinhal?) ‐ SINAL DE BABINSKI ‐ CLONO *** A SINTOMATOLOGIA PODE SER IPSILATERAL (lesão abaixo das pirâmides do bulbo) OU CONTRALATERAL À LESÃO (lesões acima das pirâmides do bulbo) OBS: NA FASE AGUDA ‐ SÓ HÁ FRAQUEZA, HIPOTONIA E HIPORREFLEXIA B) SÍNDROME PERIFÉRICA • ETIOLOGIA: trauma; tumores; poli ou mononeuropatias periféricas; alcoolismo, diabetes, vírus, etc. • TOPOGRAFIA: raízes, nervos espinhais, nervos periféricos (mediano, ulnar, fibular, isquiático) Nervos cranianos. CARACTERÍSTICAS DA SÍNDROME PERÍFÉRICA Sinais motores ‐ATROFIA ‐ FLACIDEZ ‐ PARALISIA ‐ ARREFLEXIA OU HIPORREFLEXIA Sinais Sensitivos DIMINUIÇÃO DE SENSIBILIDADE (se o nervo lesionado for sensitivo ou misto) *** SINTOMATOLOGIA IPSILATERAL À LESÃO Neurônio Motor Inferior Segundo neurônio ATROFIA ALTERAÇÃO DE SENSIBILIDADE Inervação periférica sensitiva da mão Laranja: ulnar Roxo: mediano Rosa: radial C) SÍNDROME DO SEGUNDO NEURÔNIO (NMI) •ETIOLOGIA: ELA, poliomielite, outros vírus, etc. • TOPOGRAFIA: Corno anterior da medula, raiz motora (ventral), 2 neurônio do nervo espinhal, do nervo periférico ou do nervo craniano. CARACTERÍSTICAS DA SÍNDROME DO SEGUNDO NEURÔNIO ‐ATROFIA ‐ FLACIDEZ ou HIPOTONIA ‐ PARALISIA ‐ ARREFLEXIA OU HIPORREFLEXIA (mesmas perdas MOTORAS que as da síndrome periférica) *** SINTOMATOLOGIA IPSILATERAL À LESÃO D) SÍNDROME SENSITIVA • ETIOLOGIA: TRAUMA (TCE), TUMOR, AVE, EM, LESÃO PERIFÉRICA • TOPOGRAFIA: Receptor; Nervo periférico (ESPINHAIS OU CRANIANOS); Raiz nervosa; Tratos sensoriais da medula espinal; Tronco cerebral; Tálamo; Córtex. CARACTERÍSTICAS DA SÍNDROME SENSITIVA ‐ ALTERAÇÃO DA SENSIBILIDADE SUPERFICIAL, PROFUNDA, AMBAS OU COMBINADA (anestesia, analgesia, hipoestesia, alodinia) ‐ONDE: DERMÁTOMOS, HEMICORPO, MS, MI, TERRITÓRIO NERVOSO, ETC *** SINTOMATOLOGIA IPSILATERAL À LESÃO: lesão de nervo periférico; lesão de raiz dorsal; lesão na medula (sensibilidade profunda = entra, sobe e cruza). ‐ SINTOMATOLOGIA CONTRALATERAL: lesão na medula ou encéfalo (sensibilidade superficial = entra, cruza e sobe; lesão no encéfalo (sensibilidade profunda). E) SÍNDROME EXTRAPIRAMIDAL • ETIOLOGIA: DOENÇA DE PARKINSON, DOENÇAS QUE CAUSEM MOVIMENTOS INVOLUNTÁRIOS, AVE, TRAUMA (TCE), EM • TOPOGRAFIA: lesão nos NÚCLEOS DA BASE CARACTERÍSTICAS DA SÍNDROME EXTRAPIRAMIDAL HIPERCINÉTICA ‐movimentos involuntários (coréia, atetose, balismo..) HIPOCINÉTICA ‐ Parkinson ‐MARCHA EM PASSOS CURTOS (PETIT PASS) ‐MUDANÇA DO CENTRO DE MASSA (FLEXÃO) ‐ FÁCIES PARKINSONIANA (INEXPRESSIVA) ‐ TREMOR DE REPOUSO ‐ HIPERTONIA PLÁSTICA ‐ BRADICINESIA (MOVIMENTOS LENTOS) ‐ INDIVÍDUO DEMORA A RESPONDER AOS ESTÍMULOS F) SÍNDROME CEREBELAR • ETIOLOGIA: TRAUMA (TCE), TUMOR, AVE, EM • TOPOGRAFIA: CEREBELO OU SUAS VIAS CARACTERÍSTICAS DA SÍNDROME CEREBELAR ‐ ALTERAÇÕES DO EQUILÍBRIO ESTÁTICO ‐ ALARGAMENTO DA BASE DE SUSTENTAÇÃO ‐ ALTERAÇÕES DO EQUILÍBRIO DINÂMICO (MARCHA EBRIOSA) ‐ HIPOTONIA MUSCULAR ‐ HIPORREFLEXIA PROFUNDA ‐ ATAXIA MOTORA PROVOCANDO DISMETRIA, DECOMPOSIÇÃO DOS MOVIMENTOS, DISDIADOCOCINESIA E ADIADOCOCINESIA ‐ NISTAGMO ‐ DISARTRIA *** SINTOMATOLOGIA IPSILATERAL À LESÃO CASOS CLÍNICOS O paciente FDO, 28 anos, sexo masculino, sofreu lesão do nervo fibular por PAF há 7 meses. Ao exame físico, foi constatada fraqueza (força muscular grau 2 no teste muscular manual) e hipotonia dos dorsiflexores do tornozelo, extensores dos dedos e eversores. Foi constatada ainda perda de sensibilidade superficial no território inervado pelo fibular comum (espaço entre o primeiro e segundo dedos do pé e a superfície lateral e dorsal da perna). O arco de movimento passivo está preservado para todas as articulações do membro inferior. O paciente apresenta ainda uma marcha com pé caído. Usando as informações acima, RESPONDA: ‐ Qual(is) a(s) síndrome(s) apresentada(s) pelo paciente? ‐ Qual a etiologia dos problemas? ‐ Qual a topografia da lesão? Paciente de 67 anos, procurou atendimento devido à dificuldade progressiva de realizar tarefas manuais, tais como abotoar as roupas, pentear‐se e outras. O exame do aparelho locomotor evidenciou tremor em repouso de extremidades, o qual cessava ao fazer um movimento ativo. Havia discreta rigidez muscular. Chamava a atenção o aspecto apático e tristonho do paciente. Queixou‐se de dificuldades para deambular. Usando as informações acima, RESPONDA: ‐ Qual(is) a(s) síndrome(s) apresentada(s) pelo paciente? ‐ Qual a etiologia dos problemas? ‐ Qual a topografia da lesão? A paciente L.F.S., 49 anos, há mais ou menos um ano, sofreu um AVE hemorrágico que afetou apenas o cerebelo esquerdo. Atualmente, ao exame, ela apresenta alterações do equilíbrio estático, alterações do equilíbrio dinâmico (marcha ebriosa), alargamento da base de sustentação, hipotonia muscular, hiporreflexia profunda e ataxia motora (dismetria, decomposição dos movimentos e disdiadococinesia). Todas as sequelas foram detectadas no dimídio esquerdo. Usando as informações acima, RESPONDA: ‐ Qual(is) a(s) síndrome(s) apresentada(s) pelo paciente? ‐ Qual a etiologia dos problemas? ‐ Qual a topografia da lesão? Paciente J.F.R., 27 anos, sexo masculino, pedreiro. Sofreu traumatismo raquimedular após queda de uma construção. Ao exame físico apresentava fraqueza muscular, hipertonia e hiperrreflexia em membro inferior direito, principalmente em glúteo médio, panturilha e pé, perda de sensibilidade vibratória em membro inferior direito e perda de sensibilidade dolorosa em membro inferior esquerdo. Usando as informações acima, RESPONDA: ‐ Qual(is) a(s) síndrome(s) apresentada(s) pelo paciente? ‐ Qual a etiologia dos problemas? ‐ Qual a topografia da lesão? BHD, sexo feminino, 35 anos. A doença surgiu aos 15 anos, quando andando de ônibus, começou arrastar a perna esquerda, sem forças e então chamou o pai que foi buscá‐la. Ele observou que ela falava de uma forma “enrolada”. Foi levada ao hospital onde permaneceu por alguns dias realizando exames. Foi diagnosticada como portadora de esclerose múltipla. Estes sintomas passaram e ela não teve mais queixas até que há 3 dias teve outra crise, relatando dormência e falta de sensibilidade no MS esquerdo. Usando as informações acima, RESPONDA: ‐ Qual(is) a(s) síndrome(s) apresentada(s) pelo paciente? ‐ Qual a etiologia dos problemas? ‐ Qual a topografia da lesão? Homem de 65 anos, destro, artista, que procurou um neurologista por ter dificuldade em pintar os seus quadros devido à instabilidade da sua mão direita. Também se queixa de uma dificuldade cada vez maior em se levantar das cadeiras e de uma certa rigidez dos braços e das pernas. Ao exame físico apresenta uma notável falta de expressão facial e falava em tom monocórdico, rigidez do tipo “roda dentada” em ambos os braços. A sua caminhada era lenta mas normal, com uma postura ligeiramente inclinada. Usando as informações acima, RESPONDA: ‐ Qual(is) a(s) síndrome(s) apresentada(s) pelo paciente? ‐Qual a etiologia dos problemas? ‐ Qual a topografia da lesão?
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