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Taylorismo: Histórico, fundamentos,princípios e aplicação no setor florestal

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Universidade Federa de Sergipe – UFS
Centro de Ciências Agrárias Aplicadas – CCAA
Departamento de Ciências Florestais – DCF
Taylorismo: 
Histórico, fundamentos,princípios e aplicação no setor florestal
Andressa Aiala Neves Rocha
Lucas Kauan Nacimento de Santana
São Cristóvão – SE
2017
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	3
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA	3
ABORDAGEM DA ADMINISTRAÇÃO	3
FREDERICK WINSLOW TAYLOR: BREVE BIOGRAFIA	4
ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA: SURGIMENTO, PRINCÍPIOS E APLICAÇÕES	4
APLICAÇÃO DO TAYLORISMO: DESDOBRO POLÊMICO
 NOS ESTADOS UNIDOS	6
TAYLORISMO NO BRASIL	6
ORGANIZAÇÃO RACIONAL DO TRABALHO E FUNDAMENTOS	6
SETOR FLORESTAL	7
APLICAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA NO SETOR FLORESTAL	8
ANÁLISE TÉCNICA (tempo-movimento e produtividade): FORWARDER	8
CONCLUSÃO	10
REFERÊNCIAS	11
INTRODUÇÃO
Criada por Frederick Winslow Taylor (1856-1915), a administração científica ou taylorismo compreende um conjunto de estudos voltados para a análise e racionalização do trabalho. Sua proposta consiste na gerência científica do trabalho, onde são feitas experimentações de regras e modos de execução visando à resolução de problemas complexos e de racionalização.
A proposta de Taylor era que a gerência garantisse a eficiência por meio da criação de regras e métodos padrões para que assim, a melhor equação entre tempo e movimento fosse obtida, resultando posteriormente na otimização de produção. Para tal, foram atribuídos quatro princípios: planejamento, preparo dos trabalhadores, controle e execução.
A finalidade da realização de análises de tempo e movimento é atribuída à preocupação com a minimização ou eliminação do desperdício, deste modo, é possível observar a perspectiva da exploração máxima limite do trabalho. Entretanto, é evidente nessa teoria um “caráter militar”, onde a gerência é responsável por impor de forma rigorosa a metodologia pela qual o trabalhador irá executar a sua tarefa, além do controle intenso. 
Outro aspecto a ser considerado pelo taylorismo é o conceito homo economicus, onde acredita-se que o homem trabalha apenas pela remuneração. Desta forma, Taylor criou o sistema de bonificação para os funcionários mais produtivos. Instigando-os assim, a superar os padrões de desempenho passados visando um lucro extra.
É possível observar no setor florestal características tayloristas quanto à racionalização e otimização de produção, estas são feitas através das análises de tempo e movimento, é notório a aplicabilidade desta teoria na colheita florestal (atividade de grande importância técnico-econômica) uma vez que este processo objetiva a preparação e extração da madeira através do uso de técnicas e padrões estabelecidos, visando o aproveitamento máximo da matéria prima.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
ABORDAGEM DA ADMINISTRAÇÃO
Os primeiros trabalhos que compreendiam a administração surgiram a partir do século XX, sendo elaborados e desenvolvidos por dois engenheiros: Henri Fayol e Frederick Winslow Taylor. Ambos se tornaram eventualmente os responsáveis pelo desenvolvimento da Teoria Clássica e da Escola da Administração Científica, respectivamente. Contudo, apesar de terem partido de pontos diferentes, as ideias destes acabaram por constituir as bases da Abordagem clássica da Administração (CHIAVENATO, 2004).
Desde o século supracitado, outras teorias, técnicas e inovações administrativas vêm sendo desenvolvidas com a finalidade de auxiliar as empresas na competitividade do mercado - que por sua vez, vive em constante mutação e alta instabilidade -. Atualmente, com a globalização e a caracterizada “Era da Informação”, é possível observar a combinação e inter-relação entre os métodos criados. Dentro das teorias da administração, encontram-se: Administração Científica, Administração Clássica, Teoria da Burocracia, Teoria das Relações Humanas ou Behavioristas, Teoria dos Sistemas com Humanos, Teoria Neoclássica, Teoria Comportamental e Teoria da Contingência (PASSOS, 2005; OLIVEIRA et al., 2015).
Entretanto, os princípios dos métodos das teorias e técnicas citadas trouxeram abordagens que não são utilizadas por muitas empresas, sendo algumas: estudo dos tempos e movimentos; melhorias das condições de trabalho; departamentalização com hierarquias e atrelada a elas a autoridade e responsabilidade; e, o processo de comunicação entre os setores. As inovações, por sua vez, quando relacionadas com as teorias, surgem para dar apoio à continuidade das mesmas, fazendo com que elas passem por processos de melhorias, como as evoluções nas áreas de marketing, dos meios de comunicação em geral, do controle de qualidade, dos processos de certificação, descentralização da responsabilidade das empresas e das estratégias focadas na organização (ROSSÉS, 2014; PASSOS, 2005).
FREDERICK WINSLOW TAYLOR: BREVE BIOGRAFIA
Nascido em uma família de classe média no subúrbio Germantown no Estado da Pensilvânia (EUA) em 20 de março de 1856, Frederick Winslow Taylor cresceu sob constante pressão para seguir carreira no ramo da advocacia em Boston na Universidade de Harvad, sendo previamente matriculado na Philips Exeter Academy para fins preparativos. Contudo, após arruinar sua vista em decorrência do grande empenho, o jovem se desmotivou a prosseguir nos estudos, abandonando os livros aos dezoito anos. Diante disso, passou a trabalhar em uma oficina mecânica ainda na mesma idade como aprendiz, onde trabalhou em máquina-ferramentas e na fabricação de modelos (SAYLOR, 2013). Contudo, se viu obrigado a mudar de área diante da depressão econômica em 1873, onde o mercado de trabalho para os mecânicos estava escasso. Desta forma, passou a atuar como operário até conseguir um emprego na oficina de construção de máquinas Midvale Steel Company, em 1878 (GERENCER, 1995)
Por conta de seu preparo no curso que fizera ainda na época do colegiado, Taylor foi encarregado provisoriamente da contabilidade na mesma empresa após o surgimento de uma vaga, ocupando o cargo como definitivo posteriormente. Devido ao seu desempenho, Frederick passou a ser promovido para outras funções: torneiro e mestre de tornos (SAYLOR, 2013). Em 1880, ingressou no Curso de Engenharia do Stevens Institute, completando sua formação em 1885. Enquanto trabalhava como chefe de seção e contramestre, passou a enfrentar questões referentes ao trabalho, dentre elas: a melhor forma de execução e as metas a serem atingidas. Diante disso, Taylor passou a objetivar que a produção daqueles sob sua direção passasse a ser aceitável, desta forma, passou a buscar os meios e pudesse posteriormente passar aos trabalhadores (GERENCER, 1995).
ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA: SURGIMENTO, PRINCÍPIOS E APLICAÇÕES
No final do século XIX, a produtividade do trabalho passou a ser uma temática de grande relevância para o desenvolvimento do capitalismo na época. O potencial dos novos processos produtivos não estava provendo retornos sólidos para a produção das novas fábricas, o que acabava por limitar a reprodução de capital. Diante desta problemática, surgiu a administração científica (POLIZELLI & RUIZ-JUNIOR, 2011; ROSSÉS, 2014). Desenvolvida por Frederick W. Taylor entre 1890 e 1930, esta visava determinar de modo científico os melhores métodos para a realização de qualquer tarefa para selecionar, treinar e motivas os trabalhadores (ROSSÉS, 2014).
Seu surgimento veio a partir da necessidade de estratégias de organização e controle do trabalho na época. Sua proposta consiste na gerência científica do trabalho, ou seja, através de métodos de experimentação, regras e maneiras de executar o trabalho, os problemas complexos e crescentes (que são inerentes ao controle), terão sua resolução (RIBEIRO, 2015).
Em sua segunda publicação através do livro “Princípios de Administração Científica”, publicado em 1911, Taylor apresenta os quatro princípios fundamentais para a administração científica, sendo eles: planejamento, preparo dos trabalhadores, controle e execução (ROSSÉS, 2014; KOUMPAROULIS & VLACHOPOULIOTI, 2012)Princípio de planejamento: compreende a substituição dos métodos empíricos pelos científicos. Nesta perspectiva, o trabalho deve passar pelos processos de planejamento e teste, além disso, os movimentos devem ser reduzidos de modo a racionalizara execução;
Princípio de preparo dos trabalhadores: os operários devem ser selecionados de acordo com as suas aptidões, sendo posteriormente preparados e treinados para produzirem em maior quantidade e qualidade de acordo com o método planejado, para que ao final, atinjam a meta pré-estabelecida;
Princípio de controle: o desenvolvimento do trabalho deve ser controlado de modo a se certificar de que os processos estão sendo executados de acordo com a metodologia estabelecida dentro da meta;
Princípio de execução: as atribuições e responsabilidades devem ser divididas, para que desta forma, haja uma disciplina no trabalho.
Taylor buscava propor que se uma gerência criasse regras e maneiras padrões para se executar o trabalho através de métodos de experimentação, estas poderiam ser adquiridas pela melhor equação possível ente tempo e movimento. Para o autor, a gerência tinha como papel fundamental a garantia de eficiência, deste modo, criavam-se métodos padronizados de execução que resultariam na otimização em relação ao tempo e movimento (RIBEIRO, 2015).
O estudo entre tempo e movimento é justificado pela preocupação da teoria de Taylor com o desperdício. Uma vez que as normas, princípios e leis científicas da administração (na perspectiva em questão) visavam à exploração do trabalho em seu máximo limite. Diante disso, se tornou fundamental a separação entre os momentos de planejamento e execução do trabalho (BATISTA, 2008).
Quanto à proposta de controle intenso do trabalho, Taylor atribuiu à formação de uma gerência capaz de pré-planejar e pré-calcular todos os elementos do processo. Para ele, havia uma necessidade da gerência de impor de modo rigoroso ao trabalhador a metodologia pelo qual o trabalho deveria ser executado. Deste modo, é evidenciada uma característica fundamental da administração científica: expropriação do saber do trabalhador, a divisão entre a execução e concepção (RIBEIRO, 2015).
Com base nos estudos de tempo e movimento, a teoria divide a função de cada componente, projetando desta forma, os mais rápidos e melhores métodos para a execução de cada tarefa. Nessa perspectiva, Taylor estabeleceu quanto os trabalhadores deveriam ser capazes de produzir com o equipamento e materiais disponíveis. Além disso, estimulou o pagamento de uma tarifa a mais para os funcionários mais produtivos, sendo esta calculada com base no maior lucro que resultaria da maior produção. Desta forma, os funcionários eram instigados a superar os seus padrões de desempenho anteriores, visando um lucro a mais (ROSSÉS, 2014 KOUMPAROULIS & VLACHOPOULIOTI, 2012).
APLICAÇÃO DO TAYLORISMO: DESDOBRO POLÊMICO NOS ESTADOS UNIDOS
Pela perspectiva dos autores Polizelli & Ruiz-Junior (2011):
O estudo entre as relações tempo e movimento associado com a cronoanálise, foi utilizado como ferramenta para a redução do custo da força de trabalho. Como consequência, diversas tensões com sindicatos foram geradas, além de greves trabalhistas: Preed Stell (EUA - 1910), American Locomotive C (EUA - 1911), Mesta Machine Co (EUA - 1918) e Renault (França - 1912). Posteriormente, essas tensões com os sindicatos tomaram proporções maiores e atingiram o setor dos funcionários públicos com a greve Watertown. 
Diante das problemáticas geradas, foi organizado pelo senado americano a Comissão Hoxie a fim de estudar o problema e buscar uma mediação. Eventualmente, os sindicatos do serviço público conseguiram do congresso a proibição do uso dos métodos tayloristas entre os anos de 1912 e 1915. Sendo tal ato revisto futuramente em função da primeira guerra mundial.
Por conta da constante divisão e subdivisão do trabalho, foi produzido pelo taylorismo o “operário especializado”, uma vez que era adotada a perspectiva de que seria possível ensinar mais rapidamente ao operário as tarefas mais simples. Contudo, foi descoberto em seguida que a fragmentação excessiva das tarefas tornava necessária a qualificação do funcionário, além de dificultar a sua aprendizagem e exigir mais supervisão.
Apesar das polêmicas e críticas, o taylorismo foi capaz de elevar a produção da economia norte americana, uma vez que a racionalização proposta pelos seus adeptos gerou novas categorias profissionais como: a dos ferramenteiros. Além disso, houve uma grande contribuição para o desenvolvimento de máquinas e ferramentas universais, que por sua vez, permitiam a simplificação do trabalho e a incorporação de novos segmentos sociais ao mercado de trabalho.
TAYLORISMO NO BRASIL
As ideias da administração científica já eram defendidas por industriais brasileiros no início do século XX, uma vez que estes acreditavam que estas eram centrais para a solidificação de um projeto nacional, já que a racionalização era defendida como solução para os problemas socioeconômicos do país. Diante deste contexto, surgiram as propostas articuladas para a criação de uma entidade que defendesse os princípios de racionalização do trabalho com base nos princípios da administração científica (BATISTA, 2015).
Dos diversos nomes da elite industrial na época, Roberto Simosen foi um dos que mais contribuíram para a difusão do taylorismo no Brasil. Sendo este, responsável pela criação da Escola de Sociologia e Política de São Paulo, em 1933, visando preparar a elite empresarial para a atividade industrial (BATISTA, 2015; POLIZELLI & RUIZ-JUNIOR, 2011). Foi por meio do IDORT (Instituto de Organização Racional do Trabalho) que o desenvolvimento mais articulado das propostas de Taylor no Brasil foi possível, pois contribuiu para os programas de modernização do Estado durante a era Vargas (BATISTA, 2015).
ORGANIZAÇÃO RACIONAL DO TRABALHO E FUNDAMENTOS
Ao observar o modo como os operários aprendiam e executavam as tarefas, Taylor concluiu que fato conduzia a diferentes métodos para se realizar uma mesma função, além de uma grande variedade de instrumentos e ferramentas que divergiam de trabalhador para trabalhador. Sabendo da existência certa de um movimento mais rápido e um instrumento mais adequado, Taylor concluiu que por meio da administração científica era possível encontrá-los através da análise e um acurado estudo de tempos e movimentos, tirando desta forma, o critério pessoal. A tentativa de substituição dos métodos empíricos e rudimentares pelos métodos científicos recebeu o nome de Organização Racional do Trabalho (ORT) (CHIAVENATTO, 2004).
De acordo com o mesmo autor supracitado, a Organização Racional do trabalho se fundamenta nos seguintes aspectos:
Análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos: instrumento básico para se racionalizar o trabalho dos operários. Permite uma melhor execução e economicidade por meio da divisão e subdivisão de todos os movimentos precisos para a execução das tarefas;
Estudo da fadiga humana: consiste no estudo dos movimentos tendo como base a fisiologia e anatomia humana. Visa propor uma série correta aos movimentos, executando apenas os úteis do ponto de vista fisiológico;
Divisão do trabalho e especialização do operário: resultado do estudo dos tempos e movimentos. Cada operário passou a ser especializado na execução de uma única tarefa para poder se ajustar aos padrões e às normas de desempenho.
Desenho de cargos e de tarefas: compreende a especificação do conteúdo, métodos de execução e relação com os demais cargos existentes. 
Incentivos salariais e prêmios de produção: o estímulo salarial adicional para que os operários ultrapassem o tempo padrão é o prêmio de produção.
Conceito de homo economicus: acredita-se que toda pessoa é influenciada exclusivamente por recompensas salariais, econômicas e materiais.
Condições ambientais de trabalho (como iluminação e conforto, por exemplo): observou-se a influência que este fator exercia na eficiência do trabalho. As condições que maispreocuparam: adequação dos instrumentos e ferramentas de trabalho, arranjo físico e projeto de instrumentos e equipamentos especiais;
Padronização de métodos e de máquinas: feito com o intuito e reduzir a variabilidade e diversidade no processo produtivo, eliminando desta forma, o desperdício e aumento a eficiência.
Supervisão funcional: por ser contrário à centralização de autoridade, Taylor propôs que houvesse diversos supervisores, cada qual especializado em uma determinada área e com autoridade inerente apenas à sua especialidade.
SETOR FLORESTAL
No Brasil, o agronegócio é um importante elemento de desenvolvimento econômico e social, hoje o setor representa 20% do PIB, 37% dos empregos e 40% das exportações brasileiras. Dentro deste contexto, a área florestal representa um importante segmento do agronegócio na economia(JUVENAL & MATOS, 2002).Segundo dados estatísticos, o setor florestal brasileiro gera cerca de 6,5 milhões de empregos (9% da população economicamente ativa brasileira PEA), a contribuição anual de mais de RS $ 22,0 bilhões (5% do PIB nacional), a exportação de US$ 5,5 bilhões (7,5% das exportações brasileiras) e a arrecadação anual, em 60.000 empresas, de R$ 4,8 bilhões (2% do total arrecadado no país) (CGEE, 2012).
Da perspectiva empresarial, para o ganho no mercado, é importante que haja organização intelectual, eficiência e agilidade, não só produção, mas também na comercialização, além da evolução tecnológica. O que vem trazendo grandes benefícios ao setor florestal, principalmente aos plantios, às tecnologias de georreferenciamento e à evolução das máquinas e equipamentos. Estes, são exemplos destes benefícios, possibilitando melhor conhecimento da área, otimizando o tempo e consequentemente aumentando a produção (CGEE, 2012).
APLICAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA NO SETOR FLORESTAL
ANÁLISE TÉCNICA (tempo-movimento e produtividade): FORWARDER
Em uma operação, torna-se necessária a análise técnica para fins de estudo do tempo e movimento, além da racionalização das atividades. Por meio deste tipo de estudo, é possível determinar o quanto que funcionário treinado em um método específico leva para executar uma determinada tarefa em um ritmo considerado normal (BRAZ, 2010).
Visando a avaliação técnica do desempenho do forwarder, Minette et al. (2004) realizaram um estudo em três sub-sistemas de colheita em florestas de eucalipto:
Sub-sistema 1: derrubada feita com feller-buncher em um único sentido, enquanto que o processamento era realizado dentro do talhão pelo slingshot partindo extremidade. A etapa final por sua vez, consistiu na extração pelo forwarder, que era deslocado sobre a mesma linha de tráfego do slingshot.
 Sub-sistema 2: derrubada e processamento feito pelo slingshot em uma faixa de corte de quatro linhas, posteriormente era feito o empilhamento entre a terceira e quarta linhas de corte. Para a extração, foi utilizado o forwarder, sendo o procedimento operacional o mesmo que o sub-sistema 1. Contudo, neste caso, o fato de a distância entre as pilhas formadas nos eitos de trabalho ser menor proporcionava condições para que o carregamento fosse realizado por ambos os lados (direito e esquerdo). 
Sub-sistema 3: a etapa completa de corte (derrubada + processamento) foi realizada de forma semimecanizada, com o uso da motosserra e machado. A equipe foi composta de um operador de motosserra e um ajudante, trabalhando em sistema de revezamento em uma faixa de corte de cinco linhas. Entretanto, a extração foi feita com o forwarder. Na primeira faixa, o forwarder deslocava-se sobre a primeira linha de corte, carregando por um lado, a madeira proveniente da primeira, segunda, terceira e quarta linhas de um eito de corte e, por outro, a madeira proveniente da quarta e quinta linhas do outro eito. Na segunda faixa de extração, o forwarder deslocava-se sobre a quinta linha de um eito de corte, baldeando apenas a madeira proveniente desta linha, e por fim, na terceira faixa de extração, o forwarder deslocava-se sobre a primeira linha do outro eito de corte, baldeando por um único lado a madeira proveniente da primeira, segunda e terceira linhas daquele eito. Em todos os sistemas o comprimento das toras era de 6 m e a mão de-obra utilizada foi toda própria.
Levando em conta o número de observação juntamente com as faixas de trabalho utilizadas pela empresa, foi definido o tamanho da área a ser explorada por cada subsistema que proporcionasse o número mínimo de observações precisas. Desta forma, um talhão foi selecionado e explorado. Posteriormente, foram alocadas três parcelas contendo 42 linhas de plantio cada. Em seguida, foi feito um inventário e um censo de cada parcela. A análise técnica de cada subsistema teve como base os parâmetros de tempo e movimento e produtividade.
Para o estudo de tempo e movimento, foi adotado o método de tempo parcial. Desta forma, foram utilizados um cronômetro sexagesimal, uma prancheta e formulários específicos, onde foram registrados os dados. Os tempos dos elementos do ciclo foram registrados na forma sexagesimal e foram convertidos posteriormente para a forma centesimal. Em relação à produtividade do forwarder, esta foi determinada em metro cúbicos com casca por hora efetiva de trabalho, para cada parcela, sendo a produtividade representativa para cada subsistema a média de três parcelas, em que: o número de árvores era obtido através de um censo completo realizado a priori em cada parcela experimental; o volume por árvore, ou seja o volume médio por árvore em cada parcela, obtido através do inventário da área; e horas efetivamente trabalhadas, que compreendiam as horas efetivas de trabalho gastas em cada parcela experimental, obtidas por meio do estudo de tempos e movimentos e da coleta das horas efetivas trabalhadas em cada subsistema.
Como resultado, os pesquisadores obtiveram a constituição média dos elementos do ciclo operacional do forwarder nos subsistemas analisados. Por meio dos dados apresentados no estudo, foi possível observar que os elementos de carregamento e descarregamento correspondiam juntos a mais de 80% do tempo total do ciclo operacional do forwarder, em todos os subsistemas analisados, sendo a distância média percorrida a principal influência. Foram observadas também as interrupções operacionais, como: manobra para retorno ao talhão após a descarga, ajuste da carga na carreta, ajuste da pilha formada na beira do talhão e limpeza da estrada, retirando os galhos e as toras que caem na formação das pilhas.
O subsistema 2 apresentou um tempo total 8% menor do que o subsistema 1, sendo tal fato atribuído ao elemento de carregamento, uma vez que houve um menor número de deslocamentos, sendo 3,78 para o S2 e 4,92 para o S1. Tal diferença também é relacionada à distância entre as pilhas no S1, o que permitia ao forwarder fazer o carregamento por apenas um lado, enquanto que no S2 este processo era feito por ambos.
O subsistema 3 por sua vez, apresentou um tempo total superior aos outros susbsistemas, principalmente por conta de seu carregamento. Neste, a madeira era apenas aproximada para a formação de feixes dispersos pela área por conta do método de corte semi-mecanizado. Considerando o tamanho das toras e que o empilhamento era feito de modo manual, a movimentação foi dificultada. Desta forma, o forwarder precisou realizar um maior número de deslocações, em média 7,82 vezes.
Em relação à produtividade apresentada pelo forwarder em m³ com casca por hora efetiva de trabalho por subsistema, foram obtidos para os S1, S2 e S3 respectivamente: 35,47; 40,15 e 24,38. No subsistema 2, houve uma redução média no tempo total do ciclo de 8,00% quando comparado ao subsistema 1, o que acabou proporcionado um rendimento (volume baldeado) superior de 13,19%. O subsistema 3 por sua vez, apresentou rendimento bem mais inferior em relação aos demais (64,68% para o S2 e 45,49% para o S1).
Segundo os autores, o rendimento do forwarder no subsistema 3 poderia ter um ganho expressivo caso houvesse um melhor planejamento daetapa de corte juntamente com a redução do comprimento das toras. Isso acabaria facilitando a movimentação e arranjamento das mesmas.
CONCLUSÃO
O taylorismo trata-se do ponto de iniciação da administração, uma vez que este foi responsável pelo início da preocupação com os processos produtivos, objetivando analisar e padronizar os mesmos para fins de aumento na produtividade e eficiência. A sua implantação acabou por resultar no complemento da tecnologia, já que técnicas e métodos de racionalização eram desenvolvidos. Apesar da polêmica e resistência por parte dos operários no século XX, a administração científica obteve êxito na racionalização.
Contudo, independente de sua coerência e cumprimento do que é proposto, esta teoria acaba se limitando à produção apenas, não levando em consideração outros fatores como a logística, organização empresarial e comercial, por exemplo. Outro ponto a ser considerado é a caracterização de que o homem é movido à remuneração. Tal perspectiva não considera o lado psicológico e social do operário, transformando-o apenas em uma parte do maquinário da indústria.
A concepção de superespecialização acaba por limitar o funcionário, uma vez que este irá apresentar somente a capacidade de desenvolvimento dentro da função específica a qual foi instruído, o que pode levar à insatisfação e posterior frustração. Tal fator interfere também no sistema de gestão por conta da separação de conhecimento e execução, dificultando desta forma, a tomada de decisão imediata ou generalizada diante de problemas complexos.
REFERÊNCIAS
BATISTA, E. Fordismo, taylorismo e toyotismo: apontamentos sobre suas rupturas e continuidades. In: Simósio Lutas Sociais na América Latina – Trabalhadores em movimento: constiuição de um novo proletariado?. Londrina/PR. Caderno de Resumos do III Simpósio Lutas Sociais na América Latina. Gráfica UEL, Londrina/PR. 97-109p. 2008.
BATISTA, E. L. A influência do Taylorismo na indústria brasileira e o processo de constituição do IDORT na década de 1930. Revista Lutas Sociais. 25-38p. 2015.
BRAZ, E. M. Subsídios para o planejamento e manejo de florestas da Amazônia. Tese (Doutorado em Engenharia Florestal). Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria/RS. 236p. 2010.
CENTRO DE GESTÃO E ESTUDOS ESTRATÉGICOS. CGEE. Ciência e tecnologia no setor florestal brasileiro. Brasília: CGEE, 2012.
CHIAVENATO, I. Teoria Geral da Administração. São Paulo: CAMPUS, 7ª Edição. 48-66p. 2004.
Faculdade Integrada Simonsen – FIS. Trabalho no mundo contemporâneo: Taylorismos e Fordismo. Rio de Janeiro, RJ. Apostilas Simonsen. 2p. 2015.
FENNER, PT. Estudo de acidentes do trabalho em uma empresa florestal. Universidade Federal do Paraná, Curitiba/PR. Dissertação (Mestrado em Engenharia Florestal) – Setor de Ciências Agrárias.140p.1991.
JUVENAL, T. L.; MATTOS, R. L. G. O setor florestal no Brasil e a importância do reflorestamento. BNDES Setorial, Rio de Janeiro, n. 16. 30p. 2002.
KOUMPAROULIS, D. N.; VLACHOPOULIOTI, A. The evolution of Scientific Management. Academic Research International, v. 3, n. 2. 420-426p. 2012.
MINETTE, L. J.; MOREIRA, F. M. T.; SOUZA, A. P.; MACHADO, C. C.; SILVA, K. R. Análise técnica e econômica do Forwarder em três subsistemas de colheita de florestas de Eucalipto. Revista Árvore, Viçosa – MG, v. 28, n. 1. 91-91p. 2004.
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TAYLOR, F.W. Princípios de Administração Científica. 8. ed. São Paulo: Atlas, 1995. 109 p.
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