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1 88 8-1 Copyright (c) 2000 V. T. Motta BiossínteseBiossíntese dos Ácidos dos Ácidos NucléicosNucléicos 88 8-2 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Fluxo da informação genéticaFluxo da informação genética • Mecanismos de transferência de informação na célula DNA RNA Protein Transcription Translation Reverse transcription DNA replication R NA replication 2 88 8-3 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Replicação do DNAReplicação do DNA • O DNA de ocorrência natural existe sob duas formas diferentes de fitas simples e fitas duplas, e ambos podem existir na forma linear ou circular • Serão estudados inicialmente a replicação do DNA de fita dupla que se aplicam tanto no DNA linear quanto ao circular • A maioria dos detalhes dos processos aqui descritos foi primeiramente investigados em procariotos, particularmente a E. coli 88 8-4 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Replicação em Replicação em ProcariotosProcariotos • Desafios na duplicação da dupla hélice circular do DNA • Como executar o contínuo desenrolar da dupla hélice do DNA • Como proteger as partes desenroladas do DNA da ação das nucleases que atacam preferencialmente o DNA de fita simples • Os DNA são alongados somente no sentido 5’ para o final 3’. As duas fitas antiparalelas devem ser sintetizadas na mesma direção em moldes antiparalelos. • Çomo prevenir erros na replicação 3 88 8-5 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Replicação em Replicação em ProcariotosProcariotos • A replicação do DNA envolve a separação de duas fitas originais e a produção de duas novas fitas tendo as originais como molde •• Replicação semiconservativaReplicação semiconservativa: cada nova molécula de DNA contém uma fita do DNA original e uma fita recém-sintetizada • Foi estabelecida no final da década de 1950, em experimentos realizados por Meselson e Stahl • Uma observação chave é que 15N-DNA é mais denso que o 14N-DNA, e as duas foram separadas por centrifugação em gradiente de densidade 88 8-6 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Replicação em Replicação em ProcariotosProcariotos • O experimento de Meselson-Stahl • A bactéria E. coli foi crescida em um meio contendo 15NH4Cl como única fonte de nitrogênio; como resultado, as células só continham 15N-DNA • As células marcadas com 15N foram transferidas para um meio contendo somente 14NH4Cl • A cada nova geração crescidas em meio 14NH4Cl, o DNA celular era 14N,15N-DNA; cada molécula de DNA continha uma fita pesada e uma fita leve • Após duas gerações no meio contendo 14NH4Cl, metade do DNA era do tipo híbrido 14N,15N-DNA e a outra metade era 14N-DNA 4 88 8-7 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Replicação em Replicação em ProcariotosProcariotos • A dupla hélice do DNA desenrola-se a partir de um ponto específico chamado origem da replicaçãoorigem da replicação • Para cada origem de replicação, existem dois pontos (forquilhas de replicaçãoforquilhas de replicação), nos quais as novas cadeias polinucleotídicas são formadas • As cadeias polinucleotídicas são sintetizadas em duas direções, dando origem a duas moléculas-filhas completas de DNA. Essa replicação é bidirectionalbidirectional • Na replicação de um cromossomo procariótico, há uma origem de replicação e duas forquilhas de replicação • Na replicação de um cromossomo eucariótico, existem várias origens de replicação e duas forquilhas de replicação para cada origem 88 8-8 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Replicação em Replicação em ProcariotosProcariotos • DNA é sintetizado em direção 5’ -> 3’ (na direção 3’ -> 5’ do molde) • a fitafita--líder líder é sintetizada continuamente na direção 5’ -> 3’ no sentido da forquilha de replicação 3’ -> 5’ na fita molde • a fita retardada fita retardada é sintetizada a partir de uma série de fragmentos de fragmentos de OkazakiOkazaki, também na direção 5’ -> 3’ no sentido da forquilha de replicação • Os fragmentos de Okazaki da fita retardada são ligados de modo covalente uns aos outros pela enzima DNA DNA ligaseligase, , de modo a formar uma fita de DNA ininterrupta 5 88 8-9 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Replicação em Replicação em ProcariotosProcariotos O HO H HH HH B a s e 2 O HO H HH HH B a s e 1 P - O - C H 2 O - O - O - P - O - P - O - P - O - C H 2 O O - O - O O - O Growing chain New base to be added 88 8-10 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Replicação em Replicação em ProcariotosProcariotos O HO H HH HH B a s e 2 O HO HH HH B a s e 1 P - O - C H 2 O - O O = P - O - C H 2 O - New phosphodiester bond +- O - P - O - P - O - O - O O - O 5' 6 88 8-11 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Replicação em Replicação em ProcariotosProcariotos • Existem três tipos de DNA-polimerase (Pol) Functions Polymerization 5' 3' Exonuclease 3' 5' Exonuclease 5' 3' Molecular weight Molecules per cell Nucleotides/min at 37°C Pol I Pol II Pol III 100,000 400 600 + + + + + - 120,000 30 140,000 10-20 9,000 + + + 88 8-12 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Replicação em Replicação em ProcariotosProcariotos • As reações da DNA polimerase requerem • Quatro desoxiribonucleosídios trifosfatos: dTTP, dATP, dGTP e dCTP • Mg2+ • um RNA iniciador – uma pequena fita de RNA à qual a cadeia polinucleotídica nascente se liga covalentemente nos estágios iniciais da replicação dTTP dATP dGTP dCTP DNA-dependent DNA polymerase DNA + PP i 7 88 8-13 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Replicação em Replicação em ProcariotosProcariotos • Supertorção do DNA circular procariótico • DNA girase (uma topoisomerase Type II) provoca uma quebra nas fitas de DNA circular • O ponto de ruptura introduz a converção da forma circular relaxada para o estado supertorcido • A girase veda esse ponto de rotação do DNA à frente da forquilha de replicação que avança • A energia necessária é suprida pela hidrólise do ATP a AMP e P i 88 8-14 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Replicação em Replicação em ProcariotosProcariotos • Replicação do DNA circular supertorcido • DNA girase introduz uma quebra no DNA supertorcido • É criado um ponto de rotação no sítio da quebra • A girase abre e veda o ponto de rotação do DNA à frente da forquilha de replicação • O DNA recém-sintetizado automaticamente assume a forma supertorcida, uma vez que não possui quebras no ponto de rotação da molécula • Helicase, uma proteína desestabilizadora de moléculas, promove o desenrolamento ao ligar-se à forquilha • Proteína ligadora de fita simples (SSB) estabiliza as regiões da fita simples ligando-se fortemente a elas 8 88 8-15 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Replicação em Replicação em ProcariotosProcariotos • A reação da primase • O RNA serve como um iniciador na replicação do DNA • A enzima primase catalisa a copia de um pequeno trecho da fita molde do DNA para produzir uma seqüência de RNA iniciadora • Síntese e ligação das novas fitas de DNA • Iniciada pela DNA polimerase III • O DNA recém-sintetizado está ligado a 3’-OH do RNA iniciador • A medida que a forquilha de replicação se move, o RNA iniciador é removido do DNA recém-formado pela DNA polimerase I 88 8-16 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Resumo Resumo -- ProcariotosProcariotos • 1. A síntese do DNA é bidirecional • 2. A síntese do DNA ocorre na direção de extremidade 5’ para 3’ da nova fita formada • Uma das fitas (fita-líder) é formada continuamente • A fita retardada é formada descontinuamente por uma série de fragmentos de Okazaki posteriormente unidos uns aos outros• 3. Existem três DNA polimerases na E. coli • Pol III é responsável pela síntese de novas fitas • Pol I é a enzima de reparo • A função da Pol II ainda não é bem-conhecida 9 88 8-17 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Resumo Resumo -- ProcariotosProcariotos • 4. Desenrolamento e proteção • A DNA girase introduz um ponto de rotação à frente do deslocamento da forquilha de replicação • A helicase liga-se à forquilha de replicação e promove o desenrolamento do DNA • A proteína ligadora de fita simples (SSB) estabiliza as fita simples expostas do DNA-molde • 5. A primase catalisa a síntese de um RNA iniciador • 6. Síntese • A síntese de novas fitas é catalisada pela Pol III • O iniciador é removido pela Pol I • DNA ligase sela os pontos de quebra restantes 88 8-18 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Verificação e ReparoVerificação e Reparo • Verificação • Em média, a replicação do DNA ocorre uma vez em cada geração em cada célula • Erros de replicação ocorrem espontaneamente apenas uma vez em cada 109 a 1010 pareamento de bases • Erros nas pontes de hidrogênio levam à incorporação de um nucleotídio incorreto a cada 104 a 105 pares de bases • DNA polimerase I usa sua atividade 3’-exonuclease para remover o nucleotídio incorreto e adicionar o correto • O DNA pronto também pode ser reparado pela DNA polymerase I usando um processo de corte-e-remendo chamado excisãoexcisão--reparoreparo 10 88 8-19 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Modificação do DNAModificação do DNA • DNA são modificado com propósitos específicos • A mais importante dessas modificações é a metilação • Em procariotos, são alterados resíduos específicos de adenina e timina • Em eucariotos, somente resíduos de citosina • As modificações incluem: N N N H 2 O H 5-Methylcytosine 6 C H 3 N N N N N H N 6 -Methyla denine C H 3H 5 88 8-20 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Modificação do DNAModificação do DNA • O doador de grupos metila é a S-adenosilmetionina • Os resíduos modificados são freqüentemente encontrados em seqüências que seriam facilmente atacadas por endonucleases de restrição na ausência dessas modificações 11 88 8-21 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Replicação em Replicação em EucariotosEucariotos • Três diferentes tipos de DNA polimerases • polimerase aa : encontrada no núcleo com papel semelhante a DNA polimerase III nos procariotos • polimerase bb : encontrada no núcleo, enzima de reparo • polimerase gg : encontrada na mitocôndria, catalisa a síntese de DNA mitocondrial • Essas polimerases não apresentam atividade exonuclease; existem enzimas específicas para esse propósito • A replicação é semiconservativa • Existe uma fita líder com síntese contínua na direção 5’ a 3’ 88 8-22 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Replicação em Replicação em EucariotosEucariotos • Existe uma fita retardada, com uma síntese descontínua na direção 5’ a 3’; a formação de fragmentos de Okazaki com 150 a 200 nucleotídios de comprimento, é catalisada pela DNA polimerase aa • Um RNA iniciador é formado por uma enzima específica • As falhas deixadas pela remoção do iniciador são preenchidas em uma reação catalisada pela DNA polimerase aa • O DNA eucariótico é complexado com proteínas, principalmente com as histonas 12 88 8-23 Copyright (c) 2000 V. T. Motta TranscriçãoTranscrição • Os detalhes da transcrição do DNA diferem-se de modo considerável entre os procariotos e eucariotos • A maior parte da pesquisa nesse assunto foi realizada com procariotos, especialmente E. coli • Características gerais da síntese de DNA • Todos os RNAs são sintetizados sobre um molde de DNA; catalisada pela RNA polimerase DNA-dependente • São precisos os quatro ribonucleotídios trifosfatos (ATP, GTP, CTP e UTP) , bem como o íon Mg2+ • Não é necessário um RNA iniciador, mas é requerido um molde de DNA 88 8-24 Copyright (c) 2000 V. T. Motta TranscriçãoTranscrição • A cadeia de RNA é sintetizada a partir da extremidade 5’ na direção da 3’; o nucleotídio no final 5’ da cadeia mantém seu grupo trifosfato (abreviado como ppp) • A enzima utiliza uma das fitas do DNA (a fita de senso) como molde para a síntese de RNA e move-se sobre ela, na direção 3’ para 5’ • A seqüência de bases do DNA contém sinais de iniciação e terminação da síntese do RNA • O molde de DNA não é alterado 13 88 8-25 Copyright (c) 2000 V. T. Motta E. E. ColiColi RNA RNA PolimerasePolimerase • O peso molecular dessa enzima é cerca de 500.000 • Quatro diferentes tipos de subunidades: aa , bb , bb ’ e rr • A enzima central é aa 2bbbb’ • A holoenzima consiste de todas as subunidades aa 2bbbb’rr • O papel da subunidade r r é o reconhecimento do locos de promotor; a subunidade rr é liberada assim que a transcrição se inicia • O locos do promotor ao qual a RNA polimerase se liga está mais próxima da extremidade 3’ do molde de DNA do que o gene a partir do qual o RNA será sintetizado • A seqüência de regiões do promotor dos genes procarióticos contém seqüências comuns (seqüências de consenso) 88 8-26 Copyright (c) 2000 V. T. Motta E. E. ColiColi RNA RNA PolimerasePolimerase • A seqüência de consenso de um promotor procariótico é • Nos eucariotos, a caixa TATA fica cerca de 25 bp acima do início de transcrição • To término da transcrição do RNA envolve seqüências específicas que ficam abaixo (downstream) do gene para o qual o RNA está sendo sintetizado • Uma proteína designada r r (rho) liga-se ao DNA, RNA e RNA polimerase e induz a liberação do RNA recém- sintetizado do complexo DNA-RNA polimerase TTGACA -(17 bp)-TATAAT -35 box -10 box 14 88 8-27 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Modificação do RNAModificação do RNA • Após transcrição, o RNA é modificado para produzir mRNA, rRNA e tRNA • O tipo de processamento em procariotos pode diferenciar-se significativamente do que ocorre nos eucariotos, em especial no caso do mRNA • O tamanho inicial dos transcritos de RNA é maior do que o tamanho final devido às seqüências líderes na extremidade 5’ e às seqüências traçadoras na 3’ • Modificações • Edição de seqüências terminais e modificações de base • Adição de seqüências terminais • Modificação da estrutura de bases específicas 88 8-28 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Modificação dos Modificação dos RNAsRNAs • RNA de Transferência (tRNA) • O precursor de várias moléculas de tRNAs é, muitas vezes, transcrito como uma única longa seqüência polinucleotídica • Cortes, adição de seqüências terminais e modificação de bases acontecem na transformação do transcrito inicial até a obtenção de tRNAs maduros • A metilação e a substituição de oxigênio por enxôfre são os dois tipos mais comuns de modificação de bases • Todos os tRNA contêm uma seqüência CCA na extremidade 3’ que é aceptora de aminoácidos que serão adicionados à cadeia da proteína nascente 15 88 8-29 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Modificação dos Modificação dos RNAsRNAs • RNA Ribossômico (rRNA) • O processamento dos rRNAs envolve basicamente metilações e cortes até o tamanho adequado • As modificações de bases, tanto em rRNA procarótico como eucariótico, envolvem principalmente metilações • RNA Mensageiro (mRNA) • Um processamento bastante longo ocorre no mRNA eucariótico • As modificações incluem um capeamento da extremidade 5’ com um guanilato, metilado na posição N-7 e ligado ao resíduo vizinho por uma ligação 5’ -> 5’ trifosfato 88 8-30 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Modificação dos Modificação dos RNAsRNAs O O HO H HH HH N H N N O N H 2N C H 3 O O -C H 3O HH H C H 2H B a s e - O - P- O - P -O - P -O - C H 2 O O - O O - O O P O O O - + a 5'-5' triphosphate linkage a 2'-O-Methylribosyl group an N-7 methylated guanine 16 88 8-31 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Modificação dos Modificação dos RNAsRNAs • Os genes de eucariotos freqüentemente apresentam seqüências intervenientes, que não aparecem na seqüência final de bases do mRNA daquele gene • As seqüências de DNA que são expressas (que aparecem no produto final) são chamadas exonsexons • As seqüências intervenientes, que não são expressas, são chamadas intronsintrons • O gene da bb -globina de camundongo, que codifica a cadeia b b da hemoglobina, é dividida em três partes, com duas seqüências intervenientes 240 120 500 550 250 Introns 88 8-32 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Modificação dos Modificação dos RNAsRNAs • Em eucariotos, a seqüência inteira de DNA (introns e exons) é transcrita para produzir um precursor mRNA • Os introns são então retirados pelas nucleases e os exons (seqüências codificantes) são unidos por ligases • O processo ocorre por um mecanismo de laço (1) hidrólise no sítio de processamento, (2) formação de um laço no intron no sítio de processamento, (3) hidrólise no ponto de ramificação e (4) formação de dois exons Exon ExonIntron Splice site 1 Splice site 2 Branch point 17 88 8-33 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Regulação genéticaRegulação genética • Algumas proteínas são sintetizadas somente em presença de uma substância adequada •• IndutorIndutor: substância que desencadeia a produção de uma proteína em particular (induçãoindução)) •• Enzima Enzima indutívelindutível: uma enzima cuja produção é induzida pela presença de uma substância adequada • Um exemplo bem-estudado de proteína indutível é a enzima bb-galactosidase lactose b -b -galactosidase H 2 O +glucose galactose+ 88 8-34 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Regulação genéticaRegulação genética • Em 1961, Jacob e Monod propuseram uma teoria para explicar a indução da síntese de polipeptídios Regulatory gene Control sites Structural genes Structural gene for production of repressor protein Binding site where RNA polymerase initiates transcription Gene coding for bb-galacto- sidase Genes coding for permease and acetyl transferase I P O Z Y A 18 88 8-35 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Regulação genéticaRegulação genética • Postulados da teoria de Jacob e Monod •• Gene estrutural (Z)Gene estrutural (Z): especifica a seqüência de aminoácidos da proteína •• Gene Gene regulatórioregulatório (I)(I): controla a expressão de um ou mais genes estruturais •• repressorrepressor: uma proteína produzida por um gene regulatório que inibe a expressão de um gene estrutural •• OperadorOperador: porção do DNA na qual o repressor opera •• Região promotora (P)Região promotora (P): porção do DNA que facilita a expressão do gene estrutural •• Sítios de controleSítios de controle: a combinação do operador e do promotor 88 8-36 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Regulação genéticaRegulação genética •• opéronopéron: é o conjunto completo do promotor, do operador e do gene estrutural • Os sítios de controle, o promotor e o operador estão fisicamente adjacentes aos genes estruturais na seqüência do DNA • O gene regulatório pode estar bastante distante do opéron 19 88 8-37 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Regulação genéticaRegulação genética • A teoria de Jacob e Monod • A seqüência de bases do gene estrutural codifica a seqüência de aminoácidos da proteína • Em ausência de indutor, o gene regulatório produz uma proteína, o repressorrepressor • O repressor funciona ligando-se a uma porção do DNA conhecida como operadoroperador, bloqueando a produção do gene(s) estrutural • Na presença do indutor, o repressor é produzido, mas torna-se inativo quando o indutor está ligado a ele • Quando o repressor inativo não se liga ao operador, o gene(s) estrutural do opéron pode se expressar 88 8-38 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Regulação genéticaRegulação genética •• laclac opéronopéron: contêm genes estruturais para • bb-galactosidase • Uma permease, que medeia o transporte ativo de lactose para o interior das células • Uma acetiltransferase, cuja função ainda não é bem entendida • O opéron lac é induzido quando a E. coli possui lactose sem glicose • Quando glicose e lactose estiverem presentes, as células não farão as proteínas lac • A repressão da síntese das proteínas lac pela glicose é chamada repressão repressão catabólicacatabólica 20 88 8-39 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Regulação genéticaRegulação genética • O mecanismo pelo qual a E. coli reconhece a presença de glicose envolve a seqüência do gene promotor • O gene promotor tem duas regiões; uma delas é o sítio de ligação da RNA polimerase, e o outro, é o sítio de ligação de uma outra proteína regulatória, a proteína proteína catabólicacatabólica ativadora (CAP)ativadora (CAP) • A ligação da proteína CAP ao promotor depende da presença ou da ausência de cAMP (AMP-3’,5’-cíclico) • Quando a glicose não estiver presente, o cAMP será formado, atuando como um sinal de fome para a célula • A proteína CAP faz um complexo com o cAMP e esse complexo liga-se ao sítio da CAP na região do promotor 88 8-40 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Regulação genéticaRegulação genética • Quando o complexo CAP-cAMP estiver ligado ao sítio da CAP no promotor, a RNA polimerase irá ligar-se fortemente ao seu sítio promotor • Se, ao mesmo tempo, a lactose estiver presente, o complexo repressor-indutor irá formar-se, de modo a permitir que a RNA polimerase se ligue ao sítio disponível para ela e prossiga com a transcrição • Quando a célula possuir um suprimento adequado de glicose, o nível de cAMP será baixo. O sítio de ligação não estará disponível para a RNA-polimerase quando o complexo CAP-cAMP não estiver associado ao promotor, assim, as proteínas lac não serão produzidas. 21 88 8-41 Copyright (c) 2000 V. T. Motta Regulação genéticaRegulação genética •• CoCo--repressorrepressor • Em alguns casos, um co-repressor liga-se à proteína repressora • O complexo repressor/co-repressor liga-se ao operador, ao passo que o repressor sozinho é incapaz de fazê-lo • O opéron do triptofano da E. coli é um exemplo de regulação que envolve o co-repressor • Tal opéron contem cinco genes estruturais de enzimas que convertem corismato em triptofano • O co-repressor desse opéron é o próprio triptofano • Quando há triptofano em abundância, a célula não precisa investir energia na produção dos mRNA dessas cinco enzimas ou produzir as enzimas 88 8-42 Copyright (c) 2000 V. T. Motta RibozimasRibozimas •• RibozimasRibozimas: RNAs com atividade catalítica • Os primeiros RNAs catalíticos (ribozimas) descobertos incluíram os que catalisavam seu próprio processamento (splicing) • Mais recentemente foi demonstrado que os RNAs podem catalisar envolvidas na síntese das proteínas • O enrolamento do RNA é crucial para a sua atividade catalítica • Um cátion divalente (Mg2+ ou Mn2+) é necessário para o processo 22 88 8-43 Copyright (c) 2000 V. T. Motta RibozimasRibozimas • Ribozimas do Grupo I • Apresentam um requerimento para uma guanosina externa, que se torna covalentemente ligada ao sítio de junção das cadeias durante a excisão • Um exemplo é o autoprocessamento do protozoário pré-rRNA do Tetrahymena • Ribozimas do grupo II • Apresenta um mecanismo de operação em laço semelhante aquele de remoção e junção do mRNA • Não há a necessidade de um nucleotídioexterno
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