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____________________________________Profa. Dra. Patrícia Bulegon Brondani (@patyqmc) 1 Análise Conformacional Para cada ligação química existe uma resistência desta ao giro. Esta resistência é chamada Barreira Rotacional ou Energética. Diferentes tipos de ligação possuem diferentes barreiras rotacionais. As ligações simples tem uma liberdade para rotação e, portanto, a rotação destas ligações pode levar a diferentes formas de arranjo que não envolvem quebra de ligação. Geralmente estes processos tem baixas energias associadas. Com isto, a molécula como um todo pode adotar diferentes formas. Claro que a geometria de cada átomo é mantida e, por exemplo, átomos tetraédricos continuam tetraédricos, mesmo com as ligações girando. A barreira energética que limita o giro em ligações duplas é alta e, por isto, os isômeros E e Z podem ser separados e isolados sem que um se interconverta no outro. Como comentado anteriormente, a barreira energética que limita o giro em ligações simples é baixa variando de acordo com os substituintes. Com isto, estes compostos assumem formas diferentes, que não podem ser isoladas como moléculas diferentes, pois o giro é livre. Por isto, em geral, diferentes formas podem ser interconvertidas livremente. Estas formas diferentes são chamadas Conformações diferentes e, moléculas do mesmo composto com conformações diferentes são chamadas Confôrmeros. Para que a interconversão seja lenta e permita que as espécies existam separadamente (como compostos diferentes), a barreira deve ser maior que 100 kJ/mol. A barreira no caso de ligações duplas é 260 kJ/mol. No caso de barreiras rotacionais maiores que 100 kJ/mol, os compostos existem como isômeros. Dois isômeros são duas moléculas diferentes, pois a interconversão necessita de quebra de ligações (uma reação é necessária!). Diz-se que os compostos tem configurações diferentes. Já, qualquer molécula pode existir em conformações diferentes, ou seja, diferirem de maneira temporária sendo interconvertidas sem quebra de ligações. ____________________________________Profa. Dra. Patrícia Bulegon Brondani (@patyqmc) 2 A Análise Conformacional é a análise da variação de energia que a molécula sofre com os grupos girando em torno de uma determinada ligação simples. É a análise da energia dos confôrmeros de uma determinada molécula. Como pode-se representar as diferentes formas que estas moléculas assumem? Pode-se representar através de fórmulas em perspectiva, fórmula em cavalete ou projeção de Newman e, a partir dos desenhos, pode-se analisar as formas ou os conformações assumidas. A projeção de Newman pode ser desenhada da seguinte forma: Posterior Frontal Fórmula em Perspectiva Fórmula em Cavalete Projeção de Newman ____________________________________Profa. Dra. Patrícia Bulegon Brondani (@patyqmc) 3 As conformações básicas em que os grupos podem se arranjar em torno de uma ligação são: Conformação Eclipsada e Conformação Alternada. Como exemplo, pode-se observar a molécula de etano. O etano existe em duas formas conformacionais (ou dois confôrmeros podem ser desenhados para o etano através do giro da ligação central C-C). Uma conformação é eclipsada e a outra é alternada. A conformação eclipsada, para determinada ligação, contém as ligações do átomo da frente encobrindo exatamente as ligações do átomo que fica para trás (mais distante do observador). Desenha-se as ligações levemente distorcidas para que se consiga visualizar com clareza todos os grupos ligados. Enquanto na conformação alternada, observa-se alternadamente as ligações do átomo de frente e do átomo de trás. O ângulo entre determinados grupos, presentes em carbonos adjacentes, é chamado Ângulo Diedro (θ). A conformação alternada é a mais estável e a molécula passa a maior parte do tempo nesta forma ou em forma aproximada. A conformação eclipsada é assumida na transição entre duas formas alternadas. A forma eclipsada é mais energética por uma série de fatores. Primeiro fatores Estéricos (ou Estéreos), que no caso do etano não são tão importantes, pois os átomos de hidrogênio são muito pequenos. Para moléculas mais substituídas, no entanto, as interações estéreas podem ser importantes. Outra razão é que os elétrons nas ligações se repelem, e esta repulsão é máxima na conformação eclipsada (ligações perfeitamente ____________________________________Profa. Dra. Patrícia Bulegon Brondani (@patyqmc) 4 alinhadas). Além disto, a interação entre o obital molecular 𝛔 C-H e o orbital molecular 𝛔* C-H na forma alternada pode estabilizar o orbital antiligante. Esta interação é correta somente na conformação alternada, pois os orbitais 𝛔 e 𝛔* estão exatamente paralelos. Cada fator contribui mais ou menos dependendo da estrutura da molécula em questão. Conforme os átomos de hidrogênio vão sendo substituídos por grupos alquila, a barreira rotacional aumenta. Para o propano, por exemplo, tem muito a ver com a repulsão eletrônica aumentada pela metila que doa elétrons com maior intensidade que o hidrogênio. Para o butano ocorre a troca de dois hidrogênios por duas metilas, que são maiores. O efeito estéreo começa a contribuir significativamente para a barreira rotacional. Além disto, nem todas as conformações eclipsadas e alternadas são iguais para todas as ligações. As conformações geradas ao girar ligações C1-C2 e C3-C4 são idênticas as já vistas para etano e propano. Uma eclipsada e uma alternada. A diferença é que o grupo alquila em um dos carbonos é uma etila (no lugar da metila presente nas conformações da molécula de propano). No entanto, ao girarmos a ligação C2-C3 mais opções são possíveis, pois cada átomo de carbono possui pelo menos um substituinte alquila (pelo 1 2 3 4 n-Butano H H H Et HH H H H Et HH Conformação eclipsadaConformação Alternada ____________________________________Profa. Dra. Patrícia Bulegon Brondani (@patyqmc) 5 menos um substituinte diferente de Hidrogênio, neste caso metila). As conformações eclipsadas podem ser diferenciadas entre si através do ângulo diedro entre as metilas, assim como as alternadas. Ao total, temos duas conformações eclipsadas diferentes entre si e duas alternadas diferentes entre si. As principais conformações são mostradas no desenho abaixo (cada uma gerada através de um giro de 600 em torno da ligação C2-C3). No desenho, existem algumas conformações que são imagens especulares e, por isto, tem mesma energia. Existem 3 tipos de conformações eclipsadas desenhadas mas, duas delas tem a mesma energia entre si (são equivalentes entre si). Todas as conformações eclipsadas tem maior energia que as alternadas. Existem 3 tipos de conformações alternadas desenhadas mas, duas delas tem energia igual. Todas as conformações alternadas tem menor energia que as eclipsadas. Para diferenciar as conformações eclipsadas entre si, e também as alternadas, um segundo nome é empregado. Caso, os grupos alquila de cada carbono (neste caso C2 e C3) estejam ambos na metade pra cima ou na metade pra baixo do circulo da projeção de Newman, diz-se que elas estão SIN. Caso estejam em metades distintas, estão ANTI. Se os grupos alquila estiverem planares, chama-se periplanares (II e III), caso contrário, clinal (I e IV). A combinação destes termos leva a formação do segundo nome, usado para diferenciar as conformações eclipsadas entre si e as alternadas entre si. A energia da conformação eclipsada sinperiplanar é maior que da eclipsada anticlinal e, é a forma mais energéticade todas. Isto ocorre pois os grupos maiores de cada carbono (C2 e C3) estão o mais perto possível, causando um maior efeito estéreo. A conformação alternada antiperiplanar é a que tem menor energia de todas, pois os grupamentos metila estão o mais distante possível. A forma sinclinal ou gauche tem energia um pouco maior mas, ainda menor que as formas eclipsadas. As conformações eclipsadas representam uma forma intermediária entre duas formas alternadas, mas a molécula passa rapidamente por estas A B Grupos A e B estão na mesma metade (SIN) A B A Grupos A e B estão em metades opostas (ANTI) A B B I II III IV ____________________________________Profa. Dra. Patrícia Bulegon Brondani (@patyqmc) 6 formas, pois são as mais energéticas. Os confôrmeros mostrados são os principais, mas o butano pode existir em mais formas. Para hidrocarbonetos maiores segue-se o mesmo modelo, trocando-se apenas os grupos alquila envolvidos. Sempre que houverem grupos diferentes de Hidrogênio nos dois carbonos da ligação analisada, quatro conformações principais são possíveis (duas eclipsadas e duas alternadas). Caso, somente um dos átomos envolvidos na ligação tiver um grupo diferente de hidrogênio, somente uma conformação alternada e uma eclipsada são possíveis. Para moléculas com ligações contendo átomos com mais de dois grupos diferentes de hidrogênio, a informação sobre o ângulo diedro (para dar o segundo nome da conformação: sinclinal, sinperiplnar,...) é relativa e, geralmente, dada para os grupos com maior efeito estéreo de cada carbono ou para grupos pré-definidos. Por exemplo, para a molécula abaixo, o ângulo diedro entre os dois grupos maiores é 60 0C e estes estão em relação ____________________________________Profa. Dra. Patrícia Bulegon Brondani (@patyqmc) 7 sinclinal ou Gauche (os dois grupos etila, um de cada carbono). Quando deseja-se referir ao ângulo diedro entre etila de um carbono e metila do outro, deve-se citar os grupos. Neste caso, o ângulo diedro entre uma etila de um carbono e a metila de outro é 1800 e estes estão em uma relação antiperiplanar um do outro. A conformação base (primeiro nome) é alternada para o exemplo escolhido. Para moléculas que contém outros grupos funcionais, nem sempre, a conformação alternada antiperiplanar será a mais estável em todas as ligações analisadas. Isto acontece, por exemplo, para haloalcanos. Pode-se observar a molécula de 1-cloro-butano: Se a análise for realizada para a ligação C3-C4, somente duas conformações são possíveis, uma alternada e uma eclipsada, conforme ocorria para o n-butano. Se a análise for realizada para a ligação C3-C2, tem- se quatro conformações principais e a conformação alternada antiperiplanar é a mais estável, a exemplo do n-butano. No entanto, ao analisar-se a ligação C2-C1, a conformação mais estável é a alternada sinclinal (também chamada de Gauche). Me H Et Et HH 600 1800 Cl 1 2 3 4 CH2Cl H H Me HH H H CH2Cl Me HH 1-Clorobutano Vista da ligação C3-C2 Anti-periplanar Sinclinal (Gauche)Mais Estável CH3 H H CH2Cl HH CH3 H H H CH2ClH Maior Repulsão Impedimento estérico Cl H H Et HH H H Cl Et HH 1-Clorobutano Vista da ligação C2-C1 Anti-periplanar Sinclinal (Gauche) Mais Estável Cl H H C HH Cl H H H CH2CH3H H H3C H Maior Interação σ C-H // σ* C-Cl (vazio) ____________________________________Profa. Dra. Patrícia Bulegon Brondani (@patyqmc) 8 Isto acontece, pois quando na forma alternada antiperiplanar a interação entre o orbital molecular cheio (OMσ) C2-CH2(Me) com o orbital vazio antiligante (OMσ∗) C1-Cl é “atrapalhada”, em parte, pela rotação da ligação C2-CH2(Me), com o grupo Me passando na frente. Quando na forma alternada sinclinal, o orbital ligante cheio (OMσ) C3-H é o que interage com o orbital antiligante (OMσ∗) vazio C1-Cl. Neste caso, nenhum grupo dificulta a interação entre o orbital cheio e o orbital vazio (a ligação do referido carbono é só com o Hidrogênio). Além disto, na conformação alternada sinclinal, o efeito estéreo não é muito grande, já que o átomo de Cloro é pequeno (Cl e Et ficam em ângulo diedro de 60 0C um em relação ao outro). Mesmo assim, deve-se notar que a conformação mais estável é uma conformação alternada, pelo motivos já discutidos anteriormente. Outro exemplo interessante ocorre em éteres como o da figura abaixo. Caso o grupo R do éter fique em antiperiplanar ao Cl, ocorre uma repulsão eletrônica grande, e, por isto, a conformação alternada antiperiplanar é menos estável que a alternada sinclinal, novamente. Repare que considera-se os grupos diferentes de hidrogênio em cada átomo da ligação para classificar em antiperiplanar ou sinclinal de acordo com o ângulo diedro. Caso, existisse mais grupos diferentes de hidrogênio, dever-se-ia relatar os grupos considerados (ou considerar os maiores de cada carbono da ligação analisada). Compostos carbonilados também merecem atenção nesta discussão sobre análise conformacional. Um exemplo interessante são α-Hidróxi RO Cl HH Cl H H O R Anti-periplanar Maior Repulsão Sinclinal (Gauche) Mais Estável Menor Repulsão R OCl HH R OH ClH H H Cl O R ____________________________________Profa. Dra. Patrícia Bulegon Brondani (@patyqmc) 9 cetonas. Ao considerar-se a carbonila e o grupo hidroxila como os grupos de referência em cada carbono, no exemplo abaixo, o mais estável é que estes fiquem sinclinal um em relação ao outro. Neste caso, quando na conformação alternada sinclinal, ocorre possibilidade de formação de ligação de hidrogênio. Moléculas de alcanos cíclicas também aparecem em diferentes conformações e, apesar de ser comum o seu desenho na forma planar, nem todos os ciclos são mais estáveis assim. Antes de iniciar uma discussão a este respeito deve-se dar atenção para alguns termos novos: - Tensão angular: É a energia necessária para distorcer os carbonos tetraédricos de modo a permitir a sobreposição dos orbitais. Em outras palavras, é o distanciamento do ângulo ideal para o carbono sp3. - Tensão torsional: É gerada pela presença de ligações eclipsadas na molécula. Quanto maior o número de ligações eclipsadas maior a tensão torsional (devido a maior repulsão eletrônica). Nos ciclos saturados os átomos, mesmo sendo sp3, não tem ângulos de 1090 quando ficam na forma planar. Isto ocorre por que as ligações são forçadas a certos ângulos para que a molécula permaneça cíclica. O R1 R3 R2 OHOH R3 R2 O R1 Anti-periplanar O R1 O R3 R2R2 O R3 O R1 Sinclinal (Gauche) Mais estável H H ____________________________________Profa. Dra. Patrícia Bulegon Brondani (@patyqmc) 10 Número de átomos no ciclo de carbono Ângulo interno quando na forma planar Desvio angular da idealidade (1090)a 3 600 49,50 4 900 19,50 5 1080 1,50 6 128,50 -10,50 8 1350 -25,50 a Medida de tensão angular para ciclo na forma planar. Alguns ciclos podem distorcer sua forma, para aliviar a tensão torsional. Claro que nem todos os ciclos tem tal liberdade. O ciclopropano, por exemplo, acaba sendo forçado a ser planar, com uma tensão angular grande e uma conformação em que todas as ligações ficam eclipsada entre si (tensão torsional grande). Isto ocorre devido ao próprio tamanho do ciclo, onde as ligações não podem ser giradas como para moléculas acíclicas e não podem ser levemente movidas, como para ciclos maiores. Apesar de conter alta tensão angular e torsionalna forma planar, o ciclopropano é obrigado a ficar planar e é pouco estável. Além disto, para que exista na forma cíclica, o ângulo de sobreposição dos orbitais formando as ligações C-C não é o ideal e as ligações são mais fracas que o normal. O ciclobutano, tem um maior grau de liberdade (naturalmente, mesmo planar, já tem tensão angular menor que o ciclopropano) e pode realizar a distorção da planaridade. Isto diminui a tensão torsional quando ____________________________________Profa. Dra. Patrícia Bulegon Brondani (@patyqmc) 11 comparado a forma planar, apesar de aumentar um pouco a tensão angular (ângulo interno passa de 900 para 880). A conformação em que isto ocorre é chamada de ASA (em referência ao formato de uma asa delta). Esta conformação possui três átomos no plano e um acima ou abaixo do plano. Considerando a grande diminuição da tensão torsional, apesar do aumento da tensão angular, a conformação asa é mais estável que a planar para o ciclobutano e, este permanece a maior parte do tempo nesta forma. A tensão angular no ciclopentano é menor do que no ciclopropano e no ciclobutano (considerada inexistente na forma planar). Há uma maior liberdade, e o ciclopentano pode assumir diferentes conformações. A conformação mais estável é a conformação envelope (apresenta quatro átomos no plano e um acima ou abaixo do plano). Esta ocorre com o aumento da tensão angular (pequeno aumento) e grande diminuição da tensão torsional. Já o cicloexano adota várias conformações por ter maior grau de liberdade. A conformação mais estável é chamada cadeira e, não tem ____________________________________Profa. Dra. Patrícia Bulegon Brondani (@patyqmc) 12 ligações eclipsadas. Com isto, esse sistema tem baixa energia, não possuindo tensão angular nem tensão torsional. O cicloexano também pode assumir outras conformações menos estáveis. A conformação em bote (ou barco) tem todas as ligações eclipsadas e ainda possui uma interação estérea entre os átomos de H centrais. Isto explica, por que esta conformação é menos importante e tem maior energia que a conformação em cadeira do cicloexano. Girando as ligações levemente, as interações eclipsadas diminuem. A forma em que isto ocorre é chamada barco torcido. Esta conformação tem energia maior que a de cadeira, mas menor que a de barco. ____________________________________Profa. Dra. Patrícia Bulegon Brondani (@patyqmc) 13 Entre uma forma de cadeira e outra, o máximo de energia é a conformação meia-cadeira (muito energética). A molécula para nesta conformação, é apenas uma transição. Já a forma barco é a mais energética entre duas conformações barco torcido. Como a conformação em cadeira é mais estável do que as outras, mais de 99% das moléculas estão, em um dado instante, na conformação cadeira. Por isto, geralmente, desenha-se o cicloexano na forma de cadeira. As ligações de um mesmo carbono (mesmo sendo com o hidrogênio) em uma conformação em cadeira podem ser diferenciadas em AXIAL ou EQUATORIAL. ____________________________________Profa. Dra. Patrícia Bulegon Brondani (@patyqmc) 14 As duas conformações em cadeira, para o cicloexano sem substituintes, tem a mesma energia e estão em equilíbrio. Quando o cicloexano tem substituintes, podemos diferenciar duas conformações em cadeira que tem energias diferentes entre si. Para um ciclohexano monossubstituído tem-se dois confôrmeros em cadeira em equilíbrio. Um onde o substituinte está em equatorial e o outro onde está axial. As formas são interconvertidas por um giro. Com uma inversão todas as ligações que estavam em equatorial ficam em axial e vice- versa. Em quase todos os casos, o confôrmero com o substituinte em axial é mais energético e está presente em menor proporção. Existem duas razões para a forma axial ser mais energética. Primeira razão: no confôrmero equatorial a ligação C-X é antiperiplanar a duas ligações C-C (estão a 1800), enquanto no confôrmero axial a ligação C-X é sinclinal a duas ligações C-C (estão a 600). X Substituinte em Axial X Substituinte em equatorial H H ____________________________________Profa. Dra. Patrícia Bulegon Brondani (@patyqmc) 15 Outra razão para a conformação em cadeira com substituinte axial ser mais energética é que ocorre uma interação estérea entre o grupo em axial e os dois hidrogênios em axial, em interações que são conhecidas como 1,3- diaxiais. Quanto maior é o grupo X, mais importante é esta interação e mais energética é a forma axial. Para cicloexanos com mais de um substituinte, a forma mais estável é a que tem o maior número de grupos em equatorial ou os grupos maiores em equatorial. Grupos como t-butila e i-propila, geralmente, ficam em equatorial devido a grande interação estérea 1,3-diaxial. Para cicloalcanos com dois substituintes podemos utilizar a nomenclatura Cis/Trans. Quando tem-se os substituintes do mesmo lado do ciclo, o composto é cis. Quando os substituintes estão em lados opostos o composto é trans. ____________________________________Profa. Dra. Patrícia Bulegon Brondani (@patyqmc) 16 Quando o ciclo não está desenhado na forma planar, é um pouco mais complicado a atribuição do lado da ligação. Como exemplo, pode-se utilizar a conformação em cadeira de cicloexanos para nomear os cicloexanos substituídos, conforme as figuras genéricas abaixo. Deve-se ter em mente que a ligação, em cada carbono, que estiver mais acima é considerada ligação de cima. Enquanto que a ligação que estiver mais abaixo naquele carbono, é a ligação de baixo. Se estiverem presentes, nos carbonos analisados, grupos que estão na ligação de cima no referido carbono, estes estão no mesmo lado (o mesmo ocorre caso os grupos estejam todos nas ligações de baixo). Já se um grupo está na ligação de cima e outro na ligação de baixo, estes estão em lados opostos. ____________________________________Profa. Dra. Patrícia Bulegon Brondani (@patyqmc) 17 Nos desenhos acima, somente uma ligação de cada carbono foi desenhada, mas deve-se ter em mente que caso tenhamos um ligação em axial desenhada a outra deve ser equatorial para completar. Da mesma maneira, se uma ligação equatorial está desenhada para determinado carbono, a outra deve se axial. A verificação, em cada caso, se a ligação é de cima ou de baixo deve ser realizada levando em conta as duas ligações de cada carbono: Bibliografia Material baseado em: CH3 CH3H H H CH3 H H3C Ligação Axial Neste caso, ligação de cima Ligação axial Neste caso, de baixo Composto Trans (metilas em lados opostos) Ligaç ão em equa torial Neste caso , ligaç ão de cima . Ligação equatorial Neste caso, ligação de baixo ____________________________________Profa. Dra. Patrícia Bulegon Brondani (@patyqmc) 18
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