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CLASSE CIRRIPEDIA
São animais marinhos conhecidos como crarcas. Os cirripédios são o único grupo séssil de crustáceos, com exceção das formas parasitas e, como consequência, são um dos grupos mais aberrantes dos crustacea.
Habitat e hábito – as cracas são exclusivamente marinhas, aproximadamente 2/3 das quase 900 espécies descritas são de vida livre, fixadas a rochas, conchas, corais, madeiras flutuantes e outros objetos. Algumas cracas são comensais de baleias, tartarugas, peixes e outros animais e um grande número de cirripédios são parasitas. Ex. Craca da baleia, Coronula, comensal de outro crustáceo como lagosta Chonchoderma, vivem em rochas e gorgônias, Balanus, vivem em corais madreporários, Pyrgona, vivem nas nadadeiras de cetáceos como comensal, Xenobalanus, vivem dentro das conchas de caramujo com hermitão, Trypetesa.
Os membros que são inteiramente parasitas, é da Ordem Rhizocephala, são altamente especializados, todos os traços da estrutura dos artrópodos desapareceram no adulto. 
Classificação – Classe com 4 ordens:
Thoracica – cracas comensais e de vida livre com 6 pares de cirros bem desenvolvidos. 
 Manto geralmente coberto por placas calcárias. (3 subordens)
 1- Lepadomorpha – cirripédios pedunculados. Ex. Lepas, Heterolepas.
 2-Verrucomorpha – cracas séseis assimétricas. Parede composta de carena e 
 rostro, um escudo, um tergo ; o outro tergo e o escudo 
 formam o opérculo. Ex. Verruca.
 3-Balanomorpha – cracas sésseis simétricas com uma parede coroada por 
 tergos e escudos pares móveis. Balanus, Chthamalus e 
 Tetraclita.
Acrothoracica – espécies perfuradoras nuas com um disco quitinoso de fixação e 4 a 6 
 Pares de cirros (um bucal, os restantes terminais). Vivem em qualquer 
 Substrato calcário, incluindo conchas e corais. Ex. Trypetesa.
Ascothoracica- cracas parasitas de equinodermas e corais. Manto bivalve ou sacular. 
 Primeiras antenas prêenseis e abdome geralmente presente. Ex. 
 Dendrogaster, Ascothorax.
Rhizocephala – cirripédios nus, primeiramente parasitas de crustáceos decápodos; alguns 
 Parasitam tunicados. Apêndices e trato digestivo ausentes: o pedúnculo 
 forma processos parecidos com pés para absorção.Ex.Sacculina.
Coloração – quando estão incrustados com outros organismos sésseis, as cracas geralmente são animais coloridos. Branco, amarelo, rosado, vermelho, alaranjado e púrpura são cores comuns e encontram-se também padrões rajados.
Dimensões – os cirripédios pedunculados, incluindo o pedúnculo, variam de poucos milímetros a 75cm de comprimento. A maioria das espécies sésseis tem poucos centímetros de diâmetro, mas algumas são consideravelmente maiores. Balanus psittacus,da costa ocidental da América do Sul, atinge uma altura de 23cm e um diâmetro de 8 cm.
Estrutura externa – A larva cípris das cracas, a qual na realidade se parece muito com um ostrácodo, vai ao fundo e fixa-se ao substrato por meio de glândulas de cimento localizadas na base das primeiras antenas. A carapaça larval, que envolve todo o corpo como nos ostrácodos, persiste como carapaça ou manto nas cracas adultas. Cobre-se externamente com placas calcárias nas cracas ordinárias (Thoracica). A abertura da carapaça está, portanto, dirigida para cima e capacita ao animal projetar seus longos apêndices torácicos para filtrar o plâncton.
	Os cirripédios de vida livre, ou torácicos, podem ser divididos em pedunculados e sésseis (sem pedúnculo). Nos cirripédios pedunculados, há um longo pedúnculo que se fixa ao substrato por uma extremidade e sustenta a maior parte do corpo (capítulo) na outra extremidade. O pedúnculo representa a extremidade pré-oral do animal e possui vestígios das primeiras antenas larvais e das glândulas de cimento que se abrem nelas. O pedúnculo muscular é muito flexível. O capítulo contém todo o corpo menos a parte pré-oral e está rodeado pela carapaça (manto). A superfície do manto está coberta com pelo menos cinco placas básicas. Sobre a borda dorsal do manto existe uma estrutura em forma de carena e as duas partes superfícies laterais estão cobertas na parte posterior por um par de tergos e na parte anterior (em direção ao pedúnculo) por um par de escudos. As bordas anteriores não aderidas e opostas dos tergos e escudos podem unir-se para a extensão dos apêndices. Um grande músculo corre transversalmente entre os dois escudos. 
 	Cracas sésseis não há pedúnculo e sua superfície inferior recebe o nome de base e é membranosa ou calcária. Esta é a região pré-oral do animal e contëm as glândulas de cimento. Certas placas situadas na base do capítulo de muitos cirrípédios pedunculados estão presentes nas cracas sésseis como placas murais, que formam com a carena e o rostro uma parede vertical que rodeia o animal. A parte superior do animal está coberta por um opérculo, formado pelos tergos e escudos pares móveis. As placas que formam a parede se superpõe umas às outras e podem conserva-se unidas por tecido vivo ou por dentes articulados, ou podem realmente fundir-se até certo ponto. Dentro do manto, o corpo está flexionado para trás em um ângulo de 900 no ponto de fixação da cabeça ao corpo, de modo que o longo eixo do corpo está em ângulo reto com o eixo vertical do manto. Os apêndices estão dirigidos para cima, mais em direção à abertura do manto que para o lado.
	As primeiras antenas são vestigiais, exceto quanto às glândulas de cimento, e as segundas antenas estão presentes apenas na larva. Existem, tipicamente, seis pares de apêndices torácicos para a alimentação (cirros), de onde provém o nome Cirripedia. O exopodito e endopodito de cada apêndice são muito longos, segmentados e providos de cerdas. 
	
CRACAS PARASITAS
	A mais importante delas é a ordem Rhizocephala que é parasita, em grande, de crustáceos decápodos. O corpo é sacular e o manto não possui placas calcárias. Há também uma completa ausência de apêndices e de segmentação.
	Em Peltogasterella, um dos rizocéfalos bem conhecidos, um ciprídeo, destinado a ser fêmea, se fixa com sua primeira antena às bases das cerdas de um caranguejo. Efetua-se uma perfuração no tegumento do hospedeiro, o que permite a entrada de uma massa de células desdideferenciadas do parasita. Dentro do hospedeiro o crescimento do parasita ocorre mediante a ramificação de rizóides para nutrição.
	O desenvolvimento sexual compreende a formação de uma câmara incubadora externa, que se projeta em forma de cogumelo através de uma nova abertura produzida no tegumento do caranguejo, próximo à base do abdome. Um ciprídeo macho pode fixar-se à abertura da câmara incubadora e liberar células desdiferenciadas que migram até a câmara especial na fêmea, na qual voltam a diferenciar-se em testículo. A fêmea agora transformou-se em um hermafrodita. Os efeitos deste parasitismo no caranguejo são numerosos e graves. Dois dos efeitos mais chamativos são a inibição da muda e a castração parasitária. O desenvolvimento das gônadas é retardado ou as gônadas se atrofiam. A castração parasitária, por sua vez, é acompanhada de graus variáveis de mudanças nas características sexuais secundárias. A ordem Ascothoracica são ecto e endoparasitas.
Estrutura
	Carapaça quitinosa, basicamente bivalve, que envolve o corpo. Há seis pares de apêndices torácicos, apesar destes poderem estar reduzidos ou perdidos. As segundas antenas não existem, mas todas as espécies possuem primeiras antenas prênseis e, geralmente, um abdome sem extremidades. Nos ectoparasitas, os apêndices bucais estão modificados para sugar; nos endoparasitas, o manto é portador de lobos ou papilas absorventes.Nutrição- durante a alimentação os tergos e os escudos pares se abrem e os cirros se desenrolam e se estendem através da abertura; quando se estiram, muitos cirros de cada lado formam um dos lados de um cesto. Os dois lados batem rapidamente para baixo um em direção ao outro, cada metade atuando como um coador. Na correnteza, algumas cracas podem manter os cirros estendidos por algum tempo, e outros tais como Pollicipes polymeros, não batem os cirros ritmicamente.
	Durante o movimento de fechar, as partículas alimentícias em suspensão na água são apanhadas pelas cerdas e o primeiro

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